maketing pessoal para atletas

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Agradecimentos GostarĂ­amos de agradecer primeiro a Deus, pois foi Ele quem nos fortalece e ajuda a virar o jogo em todos os segundos tempos da vida !!

ANDERSON CANTARELLI Copyright Š 2015 por Anderson f Camtarelli . 2


Publicado originalmente por andup editora

Coordenação editorial: Anderson Cantarelli Preparação de texto: Anderson Cantarelli Revisão: Anderson cantarelli Supervisão de produção: Anderson Cantarelli Capa: Anderson Cantarelli Anderson Cantarelli — Revisado — São Paulo Andup editora. 2015.

Publicado no Brasil com a devida autorização c com todos os direitos reservados pela: andup editora Rua Maria dos Reis Marthins141 klavim. — CEP 13460-000 — Nova OdessaSão Paulo — SP — Brasil Telefone: (I9) 3476-3379 — Home Page: www.wix.com/andup 3


ÍNDICE Pág.

Introdução ............................................................................................

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Marketing pessoal x Marketing esportivo ....................................

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O esporte como produto: como interpretar ? .....................................

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Marketing para Atletas .......................................................................

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Conclusão ..............................................................................................

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Sobre o autor .....................................................................................

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Referências Bibliográficas ....................................................................

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Introdução Mesmo sendo relevante ao Marketing Pessoal ao graduando e ao profissional de Educação Física, parece passar despercebido esta ferramenta tão importante, que muitos ainda não a utilizam ou por não conhecerem ou por não saber como tira benefícios dela. Além de observar poucos estudos sobre o assunto. Devido a esta inquietação surge o problema de pesquisa, será que os alunos do curso de Educação Física e os profissionais desta área conhecem e realizam o Marketing pessoal.

O objetivo do trabalho foi identificar o conhecimento sobre o Marketing Pessoal , para no futuro próximo divulgar e promover a reflexão sobre o tema, podendo assim realizar as devidas correções onde for necessário. A metodologia pode ser realizada através de pesquisa bibliográfica por livros e artigos e a pesquisa de campo com a aplicação gerais.

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Marketing Pessoal x Marketing esportivo:

Se você não estivesse presente, como as pessoas falariam de você? Quais adjetivos usariam? Como elas te veem? Você planejou que elas falassem aquilo ou foi algo natural e espontâneo? Muitos profissionais são ótimos no que fazem, mas possuem pouco reconhecimento das

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pessoas, outros são apenas razoáveis, mas os outros os enxergam como diferenciados. Isso acontece por causa da marca pessoal e do marketing pessoal que as pessoas usam.

Marketing pessoal no esporte – São ações de investimentos, feitos por você , pela sua iniciativa , visando retorno de imagem e de mercado,e de conquista de apoio ou patrocínio ou mesmo contrato por uma equipe esportiva como consequência dos trabalhos de comunicação;

A marca pessoal é o conjunto de características físicas, psicológicas, morais e comportamentais que fazem com que as pessoas te diferenciem de outras pessoas.

No fundo, ela é a sua essência, algo único que você possui e que os outros reconhecem.

Ela envolve a reputação que a pessoa constrói em torno de seu nome ao se relacionar com as outras pessoas.

Por exemplo: “Fulano está sempre pronto a ajudar, é prestativo e divide muito seus conhecimentos!”;

“Beltrano é autoritário, gosta muito de mandar, mas é justo com suas cobranças, o importante para ele é que as coisas sejam entregues no prazo combinado”. Ambos os exemplos mostram que as pessoas comentam sobre o comportamento e a maneira que atuamos, e aquilo que elas falam de nós é a reputação que criamos por sermos de uma determinada maneira.

Além da reputação existe o posicionamento (algo que também acontece com os produtos e serviços). O posicionamento é o espaço que você ocupa na mente das pessoas, o reconhecimento máximo que elas te dão. Quando as pessoas se deparam com uma situação, acabam se recordando de você por causa de seu posicionamento.

Por exemplo: “Hoje falei com uma pessoa super gentil que me fez lembrar de você”; “Esse tipo de problema só o Fulano é que saberá resolver”; “Nosso maior especialista neste assunto é o Beltrano, pode procura-lo”.

É importante destacar que o posicionamento e a reputação podem ser construídos, alterados e mudados, mas se você comunicar algo que não está baseado na verdade, em seu DNA e em sua essência, então ao invés de ter um efeito positivo, a comunicação destruirá sua marca. Vamos abordar um pouco mais disso ao falarmos de marketing pessoal.

Mas antes, reflita um pouco: Sua marca pessoal é aquela que você deseja? Ela reflete sua essência? Você se vê como as pessoas te veem? Vamos entender como trabalhar para melhorar isso.

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Marketing pessoal: a maneira de se posicionar e se diferenciar

A reputação e o posicionamento de uma marca podem ser construídos de maneira espontânea, mas também podem ser criadas estratégias e atividades que as faça mudar e melhorar. O conjunto de estratégias usadas para diferenciar uma pessoa é chamado de marketing pessoal. No fundo, o marketing pessoal não é muito diferente do marketing de produto, serviços ou empresarial, pois ele é responsável por determinar qual o preço (tempo, salário, algo que você venda, solicitação para que você resolva um problema e não outra pessoa de sua equipe, mesmo que isso crie um mal-estar) que as pessoas estão dispostas a pagar para te terem por perto. Ao mesmo tempo esse preço está diretamente relacionado à percepção que as pessoas possuem de você e isso depende muito mais da maneira como você se promove e dos resultados que você entrega, que de qualquer outra variável. O problema do marketing pessoal é que ele pode se basear em uma falsa percepção. Por exemplo, vários políticos querem parecer honestos para que você dê seu voto a eles, mas ao assumirem o cargo público, se mostram descomprometidos com a realidade das pessoas. Essa manipulação das estratégias de marketing costumam levar ao descrédito da marca. Logo, o melhor a fazer é usar estratégias de comunicação que evidenciem realmente aquilo que as pessoas pensam sobre você. É importante também destacar que marketing, comunicação e percepção são indissociáveis. Ou seja, ao estabelecer uma estratégia de comunicação, o que você está fazendo é marketing, pois está pensando na mensagem que quer comunicar, no meio que usará, no canal, no público que se conectará com aquela mensagem e na forma como irão receber aquela comunicação, estes são básica mente os mesmos elementos avaliados em um dos 4 Ps do composto de marketing, no P de Promoção/Comunicação. Outra prova de que marketing é fundamentalmente comunicação é que as faculdades possuem vários cursos de Pós-graduação sobre Marketing e Comunicação Integrada e os cursos de marketing costumam estar associados à humanas e não às ciências aplicadas.

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Entendendo a importância do marketing pessoal para a marca pessoal e vice-versa Se você traçar uma meta de ser reconhecido como um especialista em determinada área, então sua estratégia deve ser estudar mais sobre o assunto, realizar melhorias naquela área para que as pessoas vejam os resultados que você é capaz de entregar, falar mais sobre o assunto, sempre que for pertinente e (porque não?) escrever mais sobre o assunto em redes sociais como o Linkedin ou em blogs especialistas no assunto. Isso é marketing pessoal alicerçado em uma estratégia de entregar verdades sobre você para as pessoas! O reconhecimento que as pessoas te darão como especialista e a maneira como se recordarão de você, é a marca pessoal. No entanto, nenhuma marca mantém seu posicionamento e reputação se não continuar investindo em estratégias que a promova, é neste ponto que voltamos ao marketing que terá sua tarefa facilitada, por causa da marca pessoal.

O Marketing Esportivo e a diferença para outros tipos de Marketing

Para entender o que é o Marketing Esportivo é necessário, primeiramente, saber o que é o Marketing. Segundo Philip Kotler, uma autoridade mundial do assunto, o Marketing é a capacidade de produzir e entregar uma demanda de mercado e gerar lucro e a capacidade de enxergar essa demanda, e não simplesmente desejos. É a partir daí que o Marketing e suas ferramentas entram em ação para oferecer e promover os serviços e produtos demandados por um determinado mercado. Agora que o significado de Marketing está mais claro, podemos falar sobre o Marketing Esportivo. O Marketing Esportivo é uma segmentação do Marketing que tem como principal função gerar oportunidades de negócios no mundo dos esportes e usar o esporte como uma ferramenta para as estratégias de Marketing. Ou seja: criação e execução dos artifícios do Marketing no meio esportivo e em tudo o que o envolve, sejam marcas, clubes, times, atletas, equipamentos ou personalidades. 9


Formas de marketing no esporte – Patrocínio de eventos; – Apoio de eventos; – Patrocínio de equipes; – Patrocínio de atletas; – Compra de espaço nas mídias que transmitem eventos esportivos (durante os eventos e nos intervalos); – Compra de espaços físicos de exibitécnicas, no local do evento; – Investimento em mídias alternativas (compra de espaço: na roupa do atleta, no boné do corredor, etc.); – Licenciamento; – Franquia; – Promoções de venda;

-

É o processo, percebido pelos usuários, através do qual o esporte é parte integrante da educação permanente;

-

É o planejamento e a administração do esporte, levando em consideração a percepção do usuário e os "fatores de desenvolvimento" do mesmo;

-

É o trabalho que visa desenvolver o esporte, através da aplicação dos conhecimentos de administração e marketing, nas 3 manifestações esportivas (formação, participação e performance); proporcionando satisfação dos usuários;

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Fatores de desenvolvimento do esporte -

Utilização de novos recursos tecnológicos para popularizar e democratizar as práticas esportivas, bem como aumentar seus adeptos;

-

Pesquisas nos 3 níveis (formação, participação e performance) para se conhecer melhor as diferentes realidades;

-

Planejamento e pensamento estratégico e administração estratégica;

-

Fixação de etapas para o desenvolvimento;

-

Integração do sistema de comunicação (popularizar o esporte) com os grupos sociais;

-

Melhor formação de dirigentes esportivos;

-

O trabalho de "base" feito pelos professores de educação física;

-

Melhor formação de técnicos e treinadores;

-

Acesso aos conhecimentos imprescindíveis (administração e

marketing), para todos os envolvidos com a organização dos esportes; -

Integração do esporte com a comunicação social (propaganda, relações públicas e jornalismo);

-

Aperfeiçoamento técnico dos praticantes, através de intercâmbios;

-

Criação de mais espaços físicos para a prática esportiva;

-

Criação e perpetuação de ídolos esportivos;

-

Criação e aproveitamento dos equipamentos para a prática esportiva;

-

Organização das competições;

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-

Organização e estrutura do esporte no País (legislação esportiva);

-

Administração descentralizada e participativa em todos os níveis do esporte;

-

Identificação de cursos,seminários,encontros,congressos festivais sobre a administração e o Marketing esportivo;

-

Investimentos Proporcionais nas três manifestações esportivas;

-

Descentralização do poder da informação e democratização através dos recursos da tecnologia.

Sugestão política -

Formação de uma política desportiva nacional, criando-se um organismo autônomo e amplo de nível ministerial;

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O esporte como produto: Como interpretar?

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"O produto na vitrine" ou "o espetáculo esportivo": Para que o produto (modalidade esportiva) possa ser vista pelo público, e necessário colocarmos o mesmo na "virtude". Ou seja, é preciso que o espetáculo esportivo aconteça e aconteça bem. Para isto, acreditamos ser necessário atentarmos para:

-

O espetáculo esportivo deve ser sempre uma incógnita em relação a quem será o vencedor. Esta dúvida deve ser trabalhada de forma à se tornar efetivamente desafiadora, provocando a necessidade de comparecimento, por parte dos espectadores, ao espetáculo esportivo; desta forma o público comparece ao evento motivado e curioso.

O espetáculo esportivo se torna "feio" e gerador de prejuízo, quando não atende à necessidade de vivência de emoções (vitória x derrota). Outra forma de deterioração do espetáculo esportivo é a violência; seja ela presente no espetáculo (acontece com os participantes ativos do espetáculo), ou presente na platéia (participantes passivos do espetáculo).

"Quando o produto se estraga" ou a "violência no espetáculo esportivo": Das 3 manifestações esportivas, é no esporteperformance que a violência chega ao seu auge.

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Pressupostos da violência: No espetáculo: -

Falta de preparo, seja: técnico, tático, físico ou psíquico de um dos competidores ou equipes, principalmente nas modalidades esportivas de contato;

-

Erros ou injustiças cometidas pelos árbitros e seus auxiliares (se for o caso).

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a platéia: -

Os "desordeiros" vão ao espetáculo pré-dispostos a se envolverem em distúrbios. Existem 3 tipos de desordeiros:

1º)o incitador (é o que inicia o distúrbio e ativa a massa); 2º)o influenciado (é o que se deixa incitar e acompanha as ações do distúrbio); 3º)o vitimado (é o que sofre a violência e reage). Mas, ao reagir com a mesma energia, se torna um novo incitador, realimentando um ciclo vicioso.

Como administrar a violência: A fim de evitarmos e comprometermos a imagem da modalidade esportiva, seja ela qual for, recomendamos: -

Melhor formação dos dirigentes e dos árbitros, a fim de edificar a competência;

-

Despertar a consciência de atletas, através de reuniões e palestras esclarecedoras e alertantes, e das torcidas através de campanhas de propaganda;

-

Incentivar a ordem e a disciplina, de atletas e torcedores, através de premiações e até mesmo soma de pontos para a classificação. ( Ex.: torcida mais disciplinada: recebe 10 pontos. Equipe que cometa menor número de faltas: recebe 04 pontos a mais, na classificação; etc.)

-

Não permitir o acesso de objetos que possam colocar em risco integridade física dos participantes ativos e passivos, nos locais de competição: •

Revista pessoal e em bolsas (detectador de metais); 16


• -

Bafômetros;

Punir severamente os causadores de violência: •

ATIVOS (Em relação do espetáculo esportivo): afastamento dos espetáculos (períodos de suspensão) e Multa;

PASSIVOS (Assistentes): Retirar do recinto e se for o caso "fichar" o elemento na polícia;

-

Legislação

esportiva

prevendo

punições

severas

para

os

envolvidos diretamente em violência, durante os espetáculos esportivos; -

Punir os organizadores ou responsáveis pela segurança do espetáculo esportivo: Proibir novos espetáculos no local; Impor multa (paga pelo clube); Punir o dirigente; Perder pontos;

-

Criar normas que supervisionem as condições de segurança nos locais dos espetáculos esportivos.

-

Instruir

e

despertar

a

consciência

dos

profissionais

da

imprensa, que "A VIOLÊNCIA" NÃO DEVE SER FONTE DE NOTÍCIA;

1. Casos de Sucesso 2. A utilização e aplicação do Marketing Esportivo se dá de diversas maneiras e em diversas vertentes. 3. Atualmente, dois casos se destacam pela imensa quantidade de dinheiro que movimentam e pelo poder de atração e retenção de público que possuem. 4. Super Bowl 5. Um exemplo disso é o Super Bowl, evento que marca a final da temporada da liga de futebol americano (NFL) dos Estados Unidos. 17


6. Trata-se do evento de maior popularidade no país — e um dos maiores do mundo. E é onde e quando o Marketing Esportivo se mostra em sua melhor forma. 7. Para se ter uma ideia, o valor de um comercial de TV durante a final de 2016 chegou a US$ 650 mil por segundo de exibição. 8. Diversas ações começam a ser aplicadas dias, semanas e até mesmo meses antes da tão esperada final. 9. Marcas de vários segmentos de mercado concentram seus esforços no evento e produtos de todos os tipos possíveis são criados também com foco na grande final. 10. Alguns exemplos de produtos e serviços anunciados: chocolates, carros, refrigerantes, cervejas, filmes, produtos de higiene como desodorantes e cremes dentais, celulares, empresas de fast food, calçados, salgadinhos, empresas de tecnologia, marcas de ketchup…. 11. Qual o motivo de tudo isso? 12. Oportunidade de negócio voltado para um público que é bem específico (fãs de esporte, principalmente) mas ao mesmo tempo muito plural (faixa etária, sexo, classe social…). É a essência do Marketing. 13. Os esportes são aliado a uma demanda de consumo, e o Marketing se aproveita desse momento para atrair, reter e obter mais lucro diante de uma situação de muita movimentação financeira e um período de descontração do público. 14. Por isso as campanhas costumam ser muito criativas, irreverentes, divertidas e de grande investimento! Afinal, todo esse investimento tem gerado muito retorno. •

cursos de administração esportiva;

número de competições oficiais nacionais;

número de competições oficiais internacionais, no país;

audiência ativa dos eventos e especificações do público;

audiência passiva dos eventos e especificações do público;

número de cursos de: pós-graduação, conforme especializações; bem como número de profissionais pósgraduados;

intercâmbios internacionais; 18


número de pólos esportivos (escolhinhas);

número de professores de ed. física e técnicos atuando;

número de encontros, seminários, debates e congressos;

15. Total de investimento, em US$ (dólar), nas suas três manifestações, por modalidade, realizados pela iniciativa privada;

16.

Número de instalações esportivas (ginásios, campos,

estádios, quadras etc.). Por estado, e em todo o Brasil (públicos e privados);

17. Relação das mídias impressas especializadas e programas especializados na mídia eletrônica, por estado e em todo Brasil;

18. Números de bibliotecas especializadas, bem como o registro do número de livros sobre esporte (divididas por modalidades e por manifestações);

Número de centros de excelência para o esporte-performance;

19. Número de processos julgados nos Tribunais de Justiça Desportiva, por modalidades;

20. Mensuração da relação custo x benefício; dos investimentos nas diversas modalidades esportivas;

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21. Retorno de mídia em (centímetro x coluna), nas diversas modalidades esportivas;

22. Importação de materiais esportivos para treinamento das equipes do esporte- performance, em dólar, por modalidade;

23. Situação dos resultados conseguidos por Estado, comparados (em medalhas, em participação etc.);

24. Número de academias por estado;

25. Número de confederações e suas respectivas federações com suas respectivas filiadas, comparadas;

26. Duração em meses dos investimentos realizados no esporte, por manifestação e por modalidade;

27. Média

dos

(professores,

salários,

técnicos,

dos

profissionais

médicos

que

supervisores,

trabalham

massagistas,

dirigentes e atletas) nas três manifestações esportivas, por modalidade;

28. Total de recursos humanos, trabalhando (registrados/CLT), nas diversas manifestações e modalidades;

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29.

Número de projetos esportivos, que oportunizaram condições de uma nova vida para os menores carentes. (dados numéricos);

Esta ausência de dados, bem como a não-divulgação dos mesmos em anuários estatísticos estaduais e federais, vem contribuindo para as seguintes conseqüências:

A dificuldade de conhecimento real do potencial de uma modalidade esportiva, no que se refere a investimentos;

A imprecisa identificação do público de uma determinada modalidade esportiva;

A falta de visualização do esporte como uma tentativa economicamente produtiva;

A falta de identificação do esporte como um fenômeno social;

As modalidades esportivas sem conhecerem seus reais problemas, para uma futura transformação;

A "pequena"expressão das atuações do Brasil no cenário desportivo internacional;

A continuada atuação dos dirigentes esportivos, sem comprometimento social e amadores;

A evasão de talentos esportivos para os países com o esporte melhor estruturado.

Estas conseqüências são agravadas quando constatamos que está faltando

uma

preocupação

maior

das

organizações

que 21


administram o esporte no país, em registrar seus eventos e analisá-los em relatórios anuais de atividades.

Também está faltando que os organizadores de pesquisa se preocupem em dimensionar este fenômeno social que também é uma atividade econômica, no intuito de revelar e tornar público: a realidade brasileira, de hábitos desportivos; do potencial gerador de negócios; contribuição do esporte para o Desenvolvimento Social.

O

trabalho

conjunto

de

ambas

organizações

citadas

anteriormente, é que poderá revelar o potencial deste fenômeno social, fazendo-o constar nos documentos que na verdade relatam a história do Brasil.

O Produto e seus clientes

O esporte, enquanto fenômeno social, se manifesta de três maneiras (como já vimos anteriormente), e estas manifestações acontecem sob a forma de modalidades esportivas, (volei, handebol, futebol,basquete etc.). Todas as pessoas de forma ativa (envolvidas diretamente) ou de forma passiva (assistentes, torcidas etc.) são clientes do fenômeno esporte. E, através dele (esporte), se tornam: admiradores, praticantes, adeptos, torcedores, enfim, "CLIENTES"; pois, determinadas modalidades 22


conquistam uns e outras modalidades conquistam outros.

Você conhece alguma outra "coisa" ou "fenômeno" que tenha tantos clientes e força no mundo além de

( audiência ativa e

receptiva ) quanto as OLIMPÍADAS?

O produto e a concorrência O termo "concorrência", sob a ótica da Marketing esportivo, oportuniza a Interpretação da democracia no esporte, ou seja, já que existem modalidades esportivas, é dever da Marketing esportivo, fazê-las presentes (popularizar) em todas as regiões. Os "clientes"

(usuários)

tem

liberdade

de

escolha,

por

qual

modalidade optar. Na realidade, funciona como estímulo para o trabalho da Marketing esportivo das diversas modalidades.

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Resumindo: buscar o "quantitativo" (esporte-formação e esporteparticipação) e proporcionar condições de acesso, para quem quiser, o "qualitativo"(esporte- performance).

Outro termo, relacionado a concorrência, que merece citação é "produtos substantivos". Entendemos que de acordo com os fins buscados, pelo meio esporte, podem ocorrer, por parte da clientela, a identificação destes objetivos fins em outros "produtos" que, na realidade, substituem os benefícios proporcionados pela modalidade esportiva. A título de exemplos poderíamos citar, entre inúmeras outras, o vídeo-game substituindo a modalidade esporte, na busca do desafio e de entretenimento. Portanto, acreditamos ser importante lembrar: Identifique, Conquiste e mantenha clientes, atento aos concorrentes, com ética e responsabilidade social.

Como utilizar o Marketing Esportivo? Tudo isso só comprova a eficácia do Marketing Esportivo quando feito de maneira estratégica e inteligente. A criação e desenvolvimentos de produtos, a divulgação de imagens de atletas e marcas e outras coisas apenas si só não se sustentam. A qualidade e produção de um conteúdo atrativo é extremamente importante e, comprovadamente, funciona. Os esportes movem multidões, tratam paixões e envolvem as pessoas de uma forma diferente. Esportes não são somente esportes. Diante desse cenário, o Marketing Esportivo deve atuar para fazer a conexão entre a paixão, o entretenimento e o prazer de viver, sentir e presenciar o esporte em busca de provocar 24


emoções nos indivíduos e, ao mesmo tempo, lucro e faturamento para as empresas envolvidas. E essas empresas devem agir para serem vistas como parceiras dos times, não somente como um negócio que visa o lucro. A imagem de uma empresa associada a um evento, atleta ou time, torna-a mais agradável aos olhos de todos, ao vê-la como um fator que pode levar aquilo somos apaixonados as melhores glórias. As empresas se tornam parte das vidas dos indivíduos e serão lembradas de maneira positiva e saudosa.

Os "dez princípios" da Qualidade esportiva: 1. Proporcionar a fé para a transformação; 2. Adotar a reforma-íntima; 3. Estabelecer a confiança no processo; 4. Instruir e educar; 5. Estimular a liderança; 6. Afastar o medo; 7. Desburocratizar; 8. Esquecer os dogmas; 9. Valorizar o qualitativo; 10. Práxis na transformação.

Para entendermos a que nos referimos, podemos resumir: Ao comportamento moral dos dirigente esportivos, em suas práticas decisórias. Vejamos:

1. Proporcionar a fé para a transformação 25


Este princípio se refere à importância do planejamento. Proporcionar a fé para a transformação, significa visualizar hoje as condições necessárias, acreditando e se dedicando às mesmas, com o firme propósito de reduzir as incertezas futuras e proporcionar transformações mentais e sociais através do desenvolvimento do esporte. A maioria dos administradores vivem no imediatismo de resolver problemas atuais e esquecem de criar e manter constância de propósitos, numa perspectiva futura de um esporte melhor, mais humano e mais social. Proporcionar a fé, como princípio de uma organização esportiva, é acreditar e fazer-se acreditar que a mudança é possível, se não nos iludirmos com a vaidade, não nos embriagarmos no egoísmo, visualizarmos e conhecermos de perto os problemas que afligem hoje a organização, interferindo na realidade, com o propósito de passar-se de uma situação conhecida para uma outra situação, desejada, dentro de um intervalo de tempo prédeterminado. Quem serve de exemplo e apresenta condições, até pelo cargo que exerce, para proporcionar a fé para a transformação, é o dirigente esportivo. Porém, o verdadeiro exemplo é dado por aquele que não fica só em palavras e gestos entusiastas, o verdadeiro homem de fé é aquele que denota boa-vontade, com base nas leis morais, examinando-lhes a ausência espiritual para a práxis cotidiana. Proporcionar a fé para a transformação significa interpretar a 26


qualidade

como

uma

melhoria

continuada,

ou

seja

sempre

buscando a perfeição, e se comprometer socialmente com: 1.1. investimentos; 1.2. Administração participativa; 1.3. Inovação.

1.1. investimentos em: – Pesquisa - a fim de conhecer e tornar público, as informações consideradas importantes no tópico: Avaliação do produto. – Treinamentos e valorização dos recursos humanos administrar uma organização significa administrar primordialmente recursos humanos. Não

conseguimos

entender

como

algumas

organizações

conseguem separar o funcionário, dirigente, professor, ou o que seja, do ser humano. Acreditamos que é obrigação das organizações, estabelecer e trabalhar o projeto de vida das pessoas envolvidas no processo organizacional.

O

projeto

de

vida

dos

envolvidos

em

uma

organização é fator preponderante para o sucesso das estratégias organizacionais. Os exemplos nos comprovam que organizações vencedoras tem á frente pessoas vencedoras. A valorização dos recursos humanos, significa se preocupar e interferir para melhorar a qualidade de vida das pessoas, e só assim, conseguimos identificar a qualidade das organizações esportivas. 27


O treinamento de recursos humanos, significa proporcionarmos condições de aprimoramento das funções existentes, através da apropriação do saber sistematizado, a fim de democratizá-lo, e do saber-fazer didático. Estes fatores é que nos darão condições de interferir no real histórico da administração esportiva.

1.2. Administração participativa: proporcionarmos

a

administração

participativa

significa

ter

humildade para reconhecer que não somos detentores de todos os conhecimentos, nem de todas as verdades. Significa saber ouvir e refletir para melhor decidir, ou até mesmo decidir juntos.

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Marketing para atletas – como conseguir visibilidade e patrocínio?

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O primeiro deles é ter boa apresentação pessoal – não digo aparência, mas sim em como as pessoas te vêem, qual a influência que você tem sobre elas. Cuide bem das suas redes sociais– e se possível crie conteúdo exclusivo para elas – seja em blog, YouTube, ou até mesmo Instagram. Acho legal mostrar que – apesar de ser um pouco “feio” dizer isso – é preciso ser um pouco “mais” do que atleta (eu sei que ser atleta não é pouco, é bem complicado, você abre mão de muitas coisas para chegar num objetivo). É preciso ter um perfil que venda, ou ser alguém influente o suficiente para indicar os produtos de alguma marca. E como vender é algo intimamente relacionado à confiança, é preciso que as pessoas confiem em você para que comprem os produtos da marca que te patrocina. É um pouco triste dizer isso, mas muitas marcas estão interessadas mais em vender do que apoiar o sonho de um atleta. E por um lado não estão erradas, afinal, contas precisam ser pagas e os lucros precisam chegar. Você precisa ser bom no que faz, e mais do que isso, ser influente. Ganhe o carinho das pessoas, mostre que você é dedicado, consiga mais seguidores relacionados ao seu público, e então os resultados virão. É bacana também ter um portfólio competindo, seus títulos, redes sociais.

onde

tenham

suas

fotos

Pense numa apresentação bem bonita para enviar as marcas que você está prospectando. Feito isso, entre em contato com as empresas e também conheça todas as pessoas do meio – organizadores de evento, professores de academias da região, árbitros etc. Os resultados virão em breve. 30


Se você tem uma marca do segmento esportivo, pense em apoiar atletas do ramo – é um baita incentivo ao esporte, além de gerar uma imagem positiva para o seu negócio. Se você é atleta, mais do que ser bom no que faz, pense em como melhorar sua imagem perante às pessoas. Patrocinar e ser patrocinado é bom para ambos os lados! Então vender m imagem pra uma empresa hoje é indispensável para Obter apoio para seus objetivos e sonhos ....

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CONCLUSÃO:

O Produto esporte deveria ser uma verdadeira preocupação nacional, seus valores e sua aplicabilidade no contexto educacional são indiscutíveis. O Planejamento estratégico deve ser obrigatório em todas as modalidades esportivas, a fim de se obter integração e coerência nos planos, programas e projetos.

O Marketing esportivo, sob a ótica apresentada neste e-book, é necessário de ser compreendido e de ser aplicado. O dirigente esportivo tem que ser ético em seus relacionamentos e estar compromissado socialmente com os resultados que podem ser conseguidos. O esporte é um agente integrador e mobilizador das causas sociais de qualquer país desenvolvido –

E aí ? Ao adquirir esse conhecimento, qual a sua visão ? Será que já não está na hora de nós mudarmos a realidade encontrada ? Vamos transformar ou vamos nos conformar ? Que DEUS lhe ajude a refletir sobre essas indagações e lhe dê força para que você faça a sua parte neste novo milênio,sendo um agente transformador e modificador .....

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Sobre o autor : Anderson de Faria Cantarelli, Casado com Raquel J Cantarelli Formado em Administração,eTeologia e Ed Fisica e Tec Enfermagem, Missiologia Presidente do EC Vasco da Gama Americana Basquete . Atua como : escritor, conferencista , coaching e Palestrante Ex Jogador de Basquete . Para compartilhar testemunhos, ler mais estudos ou nos chamar para a realização de conferências , palestras , clinicas e eventos em geral em sua igreja , escola , empresa , clubes entre em contato peloe-mail anderson12144@hotmail.com ou aindapelostelefones: (19)9829-06751. 34


Referências bibliográficas

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