14 superliga 2012 2013

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INTERVENÇÃO DE ROSE BRAGA SOBRE FOTOS DE LEO FONTES

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Especial Superliga

DOMINGO, 18 DE NOVEMBRO DE 2012

EDITORIA DE ARTE

TODOS OS CAMPEÕES BRASILEIROS

CAMPEONATO BRASILEIRO DE CLUBES ANO

FEMININO

MASCULINO

1976

Fluminense (RJ)

Botafogo (RJ)

1978

Flamengo (RJ)

Paulistano (SP)

1980

Flamengo (RJ)

Pirelli (SP)

1981

Fluminense (RJ)

Atlântica/Boavista (RJ)

1982

Paulistano (SP)

Pirelli (SP)

1983

Supergasbras (RJ)

Pirelli (SP)

1984

Atlântica (RJ)

Minas (MG)

1985

Supergasbras (RJ)

Minas (MG)

1986

Supergasbras (RJ)

Fiat/Minas (MG)

1987

Lufkin (RJ)

Banespa (SP)

LIGA NACIONAL DE VOLEIBOL ANO

FEMININO

MASCULINO

1988/89

Sadia (SP)

Pirelli (SP)

1989/90

Sadia (SP)

Banespa (SP)

1990/91

Sadia (SP)

Banespa (SP)

1991/92

Colgate/São Caetano (SP)

Banespa/São Paulo (SP)

1992/93

L’Aqua/Minas (MG)

Suzano/Hoechst (SP)

1993/94

Nossa Caixa/Recra (SP)

Nossa Caixa/Suzano (SP)

SUPERLIGA BRASILEIRA DE VOLEIBOL ANO

FEMININO

MASCULINO

1994/95

Leite Moça (SP)

Frangosul/Ginástica (RS)

1995/96

Leite Moça (SP)

Olympikus/Telesp (SP)

1996/97

Leites Nestlé (SP)

Report/Suzano (SP)

1997/98

Rexona (PR)

Ulbra/Diadora (RS)

1998/99

Uniban/São Bernardo (SP)

Ulbra/Pepsi (RS)

1999/2000

Rexona (PR)

Telemig Celular/Minas (MG)

2000/01

Flamengo (RJ)

Telemig Celular/Minas (MG)

2001/02

MRV/Minas (MG)

Telemig Celular/Minas (MG)

2002/03

BCN/Osasco (SP)

Ulbra (RS)

2003/04

Finasa/Osasco (SP)

Unisul (SC)

2004/05

Finasa/Osasco (SP)

Banespa/Mastercard (SP)

2005/06

Rexona-Ades (RJ)

Cimed (SC)

2006/07

Rexona-Ades (RJ)

Telemig Celular/Minas (MG)

2007/08

Rexona-Ades (RJ)

Cimed (SC)

2008/09

Rexona-Ades (RJ)

Cimed (SC)

2009/10

Sollys/Osasco (SP)

Cimed/Malwee (SC)

2010/11

Unilever (RJ)

Sesi-SP

2011/12

Sollys/Nestlé (SP)

Sada Cruzeiro (MG)

HISTÓRIA DA BOLA VOADORA NO BRASIL

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CURIOSIDADES OS MAIORES CAMPEÕES

POR TIME MASCULINO

Minas Tênis Clube*

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títulos 1984; 1985; 1986; 1999/2000; 2000/01/ 2001/02; 2006/07

* UTILIZOU TAMBÉM OS NOMES DE FIAT-MINAS, TELEMIG CELULAR-MINAS E VIVO-MINAS

Unilever (RJ Vôlei Clube)**

FEMININO

7

títulos 1997/98; 1999/2000; 2005/06; 2006/07; 2007/08; 2008/09; 2010/11

* USOU TAMBÉM OS NOMES REXONA E REXONA-ADES

POR ESTADO MASCULINO

São Paulo

15 títulos FEMININO

Rio de Janeiro e São Paulo

15 títulos cada EVOLUÇÃO O campeonato começou a ser disputado em 1976, com o nome oficial de Campeonato Brasileiro de Clubes Entre 1976 e 1980, o torneio era realizado de dois em dois anos, ou seja, nesse período houve apenas três edições A partir de 1988, o nome muda para Liga Nacional de Voleibol, e o torneio passa a ser disputado entre o segundo semestre de um ano e o primeiro do ano seguinte para se adequar aos calendários internacionais A partir da temporada 1994/1995, o campeonato passa a se chamar Superliga Brasileira de Voleibol Em 2012, foram instituídas a Superliga A, que corresponde à Primeira Divisão, e a Superliga B, que até 2011 era conhecida como Liga Nacional e corresponde à Segunda Divisão. O campeão e o vice da Série B garantem vaga no grupo principal da Superliga. FONTE: CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE VOLEIBOL

EXPEDIENTE - Edição: Denner Taylor - Reportagem: Daniel Ottoni - Edição de Fotografia: Rejane Araújo - Diagramação: Anderson Carvalho - Capa: intervenção de Rose Braga sobre fotos de Leo Fontes Infografias: Andréa Viana e Denver Oliveira * Caderno fechado no dia 13 de novembro


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HoradaVERDADEparaos maioraisdovôleibrasileiro Superliga começa no dia 23 de novembro com expectativa de grandes duelos em um dos maiores torneios de clubes do mundo; 12 times no masculino e dez no feminino disputam a condição de melhor do país; Sada Cruzeiro e Sollys-Nestlé defendem seus títulos LEO FONTES - 09.11.12

¬ DANIEL OTTONI ¬ A bola está prestes a subir para um dos

campeonatos de vôlei mais importantes do mundo. A Superliga começa na próxima sexta-feira, dia 23 de novembro, e a promessa é de um competição equilibrada, com a presença de times de alto nível e grandes estrelas. O grau de competitividade é reconhecido por alguns dos principais treinadores que estarão na disputa. “É um torneio muito difícil, longo, com grandes equipes, e temos que entrar com o objetivo de sermos campeões”, afirma o argentino Marcelo Mendez, técnico do Sada Cruzeiro, atual campeão nacional. “Acompanho esse campeonato há algum tempo e sei da importância que o torneio tem, principalmente pela qualidade de muitos jogadores”, diz o também o argentino Horacio Dileo, técnico do VivoMinas. “A Superliga está cada vez melhor. A cada ano, melhora algo. As equipes trazem mais estrangeiros e o valor de mídia fica maior também. Avalio este momento do torneio nacional como muito positivo, atingindo um nível importante

de maturidade”, diz o técnico do time masculino do Sesi-SP, Giovane Gávio. Enquanto 12 times estarão disputando a taça no masculino, no feminino serão dez equipes lutando muito a cada ponto em busca da classificação entre os oito primeiros colocados, que se classificam para as quartas de final. Apesar de as metas de algumas equipes serem distintas, a promessa é de um torneio que fará as emoções ficarem à flor da pele. Todos os times se prepararam bastante nos quatro meses que separaram o término da última temporada e o início desta, que teve como pontapé inicial a participação nos campeonatos estaduais e minitorneios com quatro ou cinco equipes. Para os paulistas, uma vantagem, já que o torneio regional reserva a presença de um maior número de equipes de melhor nível. Tanto no masculino como no feminino, o número de favoritos pode ser considerado alto. Serão quatro ou cinco equipes com reais condições de brigar, até o fim, pelo título do maior campeonato de

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Serginho LÍBERO DO SADA CRUZEIRO

“A estabilidade econômica do Brasil e a crise da moeda europeia ajudaram no fortalecimento da Superliga. O torneio, cada vez mais, atrai jogadores estrangeiros e também desperta maior atenção da torcida e da mídia, fatores fundamentais para a evolução do esporte.” vôlei do país. Entre os homens, Sada Cruzeiro, RJX, Sesi-SP e Medley-Campinas estão em um patamar mais elevado que o das demais equipes. No feminino, muitas fichas para Sollys-Nestlé (SP), atual campeão mundial, Sesi-SP, Vôlei Amil (SP) e Unilever (RJ).

19ª edição desde que o campeonato nacional passou a se chamar Superliga

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equipes estarão participando da competição, sendo 12 no masculino e 10 no feminino


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MINEIROSentramcom força,apesardosdesfalques Minas Gerais, com grandes conquistas e tradição no vôlei, terá representantes de peso, que poderão fazer com que o Estado continue sendo bem-representado; no entanto, duas ausências serão sentidas, uma no masculino e outra no feminino ANDRE FOSSATI - 7.4.2012

¬ DANIEL OTTONI ¬ A tradição de Minas Gerais no vôlei

será, mais uma vez, bem-representada. Esse é, pelo menos, o desejo das equipes mineiras que estarão disputando a Superliga masculina e feminina de vôlei. Mas o fato de ser de um Estado cujo público gosta e conhece do esporte não é suficiente. Para se destacar e obter a desejada projeção e o reconhecimento, são necessários muito trabalho, planejamento e resultados dentro de quadra. No masculino, serão três representantes. O Vivo-Minas é a única equipe com participação em todas as edições do torneio. A UFJF chega para tentar se manter na elite, depois de um primeiro ano positivo. E o Sada Cruzeiro foca o título, já atingido na última temporada, resultado que o colocou, definitivamente, entre os maiores do país. Quem estará fora, pela primeira vez desde sua criação, será o Montes Claros. No feminino, Usiminas-Minas e Banana Boat-Praia Clube estarão tentando fazer seu melhor pelo vôlei mineiro. As duas equipes tiveram dificuldades na preparação pela falta de um Campeonato Mineiro. Uma ausência entre as mulheres também foi bastante sentida e fez com que uma campeonato com apenas duas equipes ficasse inviável de ser realizado. O Mackenzie, que, no último ano, fez bonito, dando um verdadeiro sufoco no badalado Unilever, também estará fora por questões financeiras. Praia e Minas se limitaram a disputar amistosos entre si e com outras equipes para tentar encontrar um ritmo de jogo condi-

zente com as exigências da sempre disputada Superliga. Nos quatro encontros entre as mineiras, foram três vitórias das uberlandenses, que mostram estar um nível acima das comandadas de Jarbas Soares. As ausências são sentidas também por equipes de fora do Estado. “Neste ano, tivemos a saída de duas equipes, por isso, acho que a Superliga não será a mesma. Espero que melhore, porque acredito muito no campeonato. Porém, se as equipes continuarem sendo fechadas, não tem como dizer que está melhorando. Quero uma Superliga melhor a cada ano e tenho certeza de que o voleibol brasileiro melhorará ainda mais se isso acontecer”, destacou a ponta Jaqueline, do Sollys-Nestlé (SP).

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Jaqueline PONTEIRA DO SOLLYS-NESTLÉ

“Neste ano, tivemos a saída de duas equipes. Por isso, acho que a Superliga não será igual. Serão somente três ou quatro equipes disputando o título. Então, não temos uma competição nivelada o tempo inteiro.” Clássico. Vivo-Minas e Sada Cruzeiro estão consolidados como potências do vôlei nacional JOÃO GODINHO - 9.12.2011

Clubes esbarram na falta de patrocínio ¬ Quem fará falta no torneio masculino

Ausência. Meninas do Mackenzie fizeram bonito no ano passado, mas estão fora da temporada

será o BMG-Montes Claros, equipe que estreou na temporada 2009/2010 conquistando o vice-campeonato e passou, nos últimos meses, por problemas administrativos envolvendo membros de sua diretoria. Toda a confusão, que começou durante a última temporada, enquanto a equipe fazia uma campanha desastrosa, mesmo depois de um bom começo de campeonato, forçou os mandatários da equipe a reconhecerem a falta de estrutura e a desistirem do projeto, que mostrava potencial para evoluções e bons resultados. A ausência da equipe do Norte de Minas já no Estadual de 2012 mostrou que o Pequi Atômico não estaria mais entre os grandes, fazendo a torcida se lamentar bastante com a não-presença

em competições de relevância. O time, que se acostumou a ver o ginásio cheio, principalmente nos momentos de destaque, agora, terá que aguardar por uma possível reviravolta para sonhar em estar presente novamente a competições oficiais. No feminino, a diretoria do Mackenzie correu atrás até os últimos passos possíveis. A falta de um patrocinador master, que pudesse ajudar nos gastos de transporte, alimentação e hospedagem, limitou a participação. “Não dá para fazer loucuras. Não posso ficar gastando o dinheiro do sócio com time de vôlei. Para isso, preciso da ajuda do empresariado, que, nos momentos mais difíceis, desaparece”, lamenta o presidente do clube tricolor do bairro Santo Antônio, Carlos Rocha. (DO)


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Presença de ESTRELAS é a garantia de bons públicos Superliga conta com nomes de peso, alguns, na reta final da carreira, enquanto outros estão apenas começando; no entanto, a dúvida sobre a presença contínua de patrocinadores gera uma incerteza: até quando a Superliga poderá contar com craques? LEO FONTES - 9.11.2012

¬ DANIEL OTTONI ¬ Mais do que jogos disputados e a pro-

messa de boas brigas por pontos dentro de quadra, a Superliga garante a presença de grandes nomes do vôlei nacional e internacional. E esse fator é justamente um dos que mais atrai o grande público a lotar os ginásios do país. Tudo graças à credibilidade que o esporte e o torneio nacional ganharam nos últimos anos, incentivando empresas a investirem pesado na criação de times e na contratação de jogadores de muita qualidade, seja para a Superliga masculina ou para a feminina. Mas, apesar dessas presenças que sempre motivam o crescimento do vôlei nacional, o mais desejado é a continuidade dos investimentos, que acabam não acontecendo como muitos gostariam. “A Superliga poderia crescer muito mais do que já cresce. Existe uma grande dificuldade em conseguir segurar os patrocinadores. Em quase todos os anos, uma equipe acaba e uma nova começa. Nunca sabemos por quanto tempo essas agremiações irão durar. Pode ser que fiquem por dois ou três anos ou por apenas uma temporada. Isso complica muito o planejamento de jogadores, de treinadores, comissão técnica e clubes. Nunca vi um projeto começar e se garantir, desde o início, por quatro anos, por exemplo”, lamenta o ponta Murilo, dando uma visão que merece reflexão. A dúvida sobre a presença das equipes a longo prazo acaba, inevitavelmente, refletindo-se na motivação de alguns jogadores, que podem preferir a saída do país a jogar em um campeonato em que as garantias não estão presenALEXANDRE ARRUDA/CBV

Gigante. Com 2,17 m, o oposto Renan, do São Bernardo, fez parte da seleção brasileira. Mesmo sem muitas chances, ele confirmou seu potencial ao ser lembrado por Bernardinho.

tes como se gostaria. Focando no presente, é de se comemorar que quase todo o elenco da seleção brasileira masculina e feminina estará representado nas equipes de maior poder aquisitivo. Além de importantes nomes, como Ricardinho, Murilo, Lorena, Bruninho e Wallace, a Superliga irá contar com jogadores de fora, que, motivados pela maturidade da Superliga, foram atraídos a fazer parte de um dos campeonatos mais importantes do mundo. O cubano Leal, por exemplo, chegou ao Sada Cruzeiro depois de dois anos sem poder ter as devidas condições de preparação. As boas atuações da Liga Mundial 2010, quando o jogador fez “estragos” contra o time brasileiro, são a maior esperança do time de Marcelo Mendez para que o jogador reencontre a boa e velha forma. FUTURO. Além dos medalhões, muitos ou-

tros prometem chegar ao fim da Superliga mais reconhecidos e bem-preparados, graças às oportunidades que devem receber. Jogadores com idade juvenil também já garantiram suas vagas em alguns times do país, mostrando que a base brasileira continua sendo bem-trabalhada e merecendo espaço na concorrência com jogadores de mais bagagem. Os bons resultados das categorias inferiores deixam clara a qualidade brasileira, que reserva para os próximos anos a manutenção de um bom nível e a substituição dos nomes atuais por outros que ainda podem ser desconhecidos, mas que prometem não deixar o vôlei brasileiro em maus lençóis. ALEXANDRE ARRUDA/CBV

Sempre ele. A experiência de Ricardinho é o maior trunfo do Vôlei Futuro. Depois do retorno à seleção brasileira, ele irá comandar o time paulista na competição.

Definidor. Wallace, que mostrou seu talento também em Londres, tem todas as condições para figurar, novamente, entre os maiores pontuadores da Superliga ALEXANDRE ARRUDA/CBV

Novo capitão. Murilo, do Sesi-SP, deve ser o próximo capitão da seleção brasileira. Acostumado com grandes decisões, ele mostra frieza em momentos de pressão.

CRISTIANO ANDUJAR/VIPCOMM

Quer mais. O central Otávio, do Vivo-Minas, deve ter, nesta edição da Superliga, mais oportunidades de jogar para mostrar o valor, que já foi provado nas seleções de base.

LEO FONTES - 19.9.2012

Crescimento. Destaque do Vivo-Minas em 2011, Lucarelli está na lista de revelações mais pela idade, pois já se afirmou como uma realidade do vôlei nacional.


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SUPERLIGA MASCULINA DE VÔLEI

TURNO 11h 18h 19h30 20h 21h30 13h

19h30 19h30 20h 20h 20h 20h

17h 18h 19h 19h30 21h30 12h

19h30 20h 22h

1ª RODADA 24/11/2012 São Bernardo Vôlei X Sesi-SP São Bernardo Funvic/Midia Fone X Volta Redonda Pindamonhangaba UFJF X RJX Juiz De Fora Canoas X Super Imperatriz Vôlei Canoas Vivo/Minas X Sada Cruzeiro Belo Horizonte 25/11/2012 Medley/Campinas X Vôlei Futuro Campinas 2ª RODADA 29/11/2012 Vivo/Minas X Super Imperatriz Vôlei Belo Horizonte Medley/Campinas X Sesi-SP Campinas Sada Cruzeiro X Canoas Contagem Volei Futuro X São Bernardo Vôlei Araçatuba RJX X Funvic/Midia Fone Rio De Janeiro UFJF X Volta Redonda Juiz De Fora 3ª RODADA 01/12/2012 Sada Cruzeiro X Super Imperatriz Vôlei Contagem Medley/Campinas X São Bernardo Vôlei Campinas Volta Redonda X RJX Volta Redonda UFJF X Funvic/Midia Fone Juiz De Fora Vôlei Futuro X Sesi-SP Araçatuba 02/12/2012 Vivo/MInas X Canoas Belo Horizonte 4ª RODADA 04/12/2012 Volta Redonda X Sada Cruzeiro Volta Redonda Funvic/Midia Fone X Vivo/Minas Pindamonhangaba Sesi-SP X UFJF São Paulo 06/12/2012

18h30 20h 20h30

19h30 João 20h 18h 20h 20h 21h

21h 19h30 19h 20h 20h 21h

17h 17h 18h 19h 19:30 21:30

São Bernardo Vôlei X RJX São Bernardo Canoas X Medley/Campinas Canoas Super Imperatriz Vôlei X Vôlei Futuro Florianópolis 5ª RODADA 06/12/2012 Volta Redonda X Vivo/Minas Volta Redonda Ilha De São Funvic/Midia Fone X Sada Cruzeiro Pindamonhangaba 08/12/2012 São Bernardo Vôlei X UFJF São Bernardo Canoas X Vôlei Futuro Canoas Super Imperatriz Vôlei X Medley/Campinas Florianópolis Sesi-SP X RJX São Paulo 6ª RODADA 12/12/2012 RJX X Vôlei Futuro Rio De Janeiro 13/12/2012 Vivo/Minas X São Bernardo Vôlei Belo Horizonte Volta Redonda X Super Imperatriz Vôlei Volta Redonda UFJF X Medley/Campinas Juiz De Fora Funvic/Midia Fone X Canoas Pindamonhangaba Sada Cruzeiro X Sesi-SP Contagem 7ª RODADA 15/12/2012 Sada Cruzeiro X São Bernardo Vôlei Contagem Vivo/Minas X Sesi-SP Belo Horizonte Funvic/Midia Fone X Super Imperatriz Vôlei Pindamonhangaba Volta Redonda X Canoas Volta Redonda UFJF X Vôlei Futuro Juiz De Fora Medley/Campinas X RJX Campinas 8ª RODADA 20/12/2012

18h 19h30 20h 20h 20h30 21h

18h 19h30 21h30 13h 16h30 21h30

18h 19h 19h30 20h 20h 20h30

11h 17h 17h 17h 20h 20h30

Sesi-SP X Canoas São Paulo Medley/Campinas X Volta Redonda Campinas UFJF X Sada Cruzeiro Juiz De Fora Vôlei Futuro X Funvic/Midia Fone Araçatuba Super Imperatriz Vôlei X São Bernardo Vôlei Florianópolis Azul RJX X Vivo/Minas Rio De Janeiro 9ª RODADA 22/12/2012 Vôlei Futuro X Volta Redonda Araçatuba UFJF X Vivo/Minas Juiz De Fora RJX X Sada Cruzeiro Rio De Janeiro 23/12/2012 Medley/Campinas X Funvic/Midia Fone Campinas 29/12/2012 Super Imperatriz Vôlei X Sesi-SP Florianópolis São Bernardo Vôlei X Canoas São Bernardo 10ª RODADA 10/01/2013 Sesi-SP X Funvic/Midia Fone São Paulo São Bernardo Vôlei X Volta Redonda São Bernardo Vivo/Minas X Vôlei Futuro Belo Horizonte Sada Cruzeiro X Medley/Campinas Contagem Canoas X RJX Canoas Super Imperatriz Vôlei X UFJF Florianópolis 11ª RODADA 12/01/2013 Sesi-SP X Volta Redonda São Paulo São Bernardo Vôlei X FuNvic/Midia Fone São Bernardo Sada Cruzeiro X Vôlei Futuro Contagem Vivo/Minas X Medley/Campinas Belo Horizonte Canoas X UFJF Canoas Super Imperatriz Vôlei X RJX Florianópolis

RETURNO 20h 19h 19h30 20h 20h 20h30

17h 17h 18h 18h 20h 20h30

19h30 19h30 20h 20h 20h 20h

10h 17h 17h 18h 18h 19h30

1ª RODADA 17/01/2013 Sesi-SP X Medley/Campinas São Paulo São Bernardo Vôlei X Vôlei Futuro São Bernardo Volta Redonda X UFJF Volta Redonda Canoas X Sada Cruzeiro Canoas Funvic/Midia Fone X RJX Pindamonhangaba Super Imperatriz Vôlei X Vivo/Minas Florianópolis 2ª RODADA 19/01/2013 Sesi-SP X Vôlei Futuro São Paulo São Bernardo Vôlei X Medley/Campinas São Bernardo Funvic/Midia Fone X UFJF Pindamonhangaba RJX X Volta Redonda Rio De Janeiro Canoas X Vivo/Minas Canoas Super Imperatriz Vôlei X Sada Cruzeiro Florianópolis 3ª RODADA 24/01/2013 Vivo/Minas X Funvic/Midia Fone Belo Horizonte Medley/Campinas X Canoas Campinas Sada Cruzeiro X Volta Redonda Betim Vôlei Futuro X Super Imperatriz Vôlei Araçatuba UFJF X Sesi-SP Juiz De Fora RJX X São Bernardo Vôlei Rio De Janeiro 4ª RODADA 26/01/2013 RJX X Sesi-SP Rio De Janeiro Vivo/Minas X Volta Redonda Belo Horizonte Sada Cruzeiro X Funvic/Midia Fone Betim Medley/Campinas X Super Imperatriz Vôlei Campinas Vôlei Futuro X Canoas Araçatuba UFJF X São Bernardo Vôlei Juiz De Fora

18h 19h 19h30 20h 20h 20h30

17h 17h 18h 18h 20h 20h30

18h 19hh30 20h 20h 20h 20h30

19h 19h30 19h30 20h 20h 20h

5ª RODADA 31/01/2013 Sesi-SP X Sada Cruzeiro São Paulo Vila São Bernardo Vôlei X Vivo/Minas São Bernardo Medley/Campinas X UFJF Campinas Canoas X Funvic/Midia Fone Canoas Vôlei Futuro X RJX Araçatuba Super Imperatriz Vôlei X Volta Redonda Florianópolis 6ª RODADA 02/02/2013 Sesi-SP X Vivo/Minas São Paulo São Bernardo Vôlei X Sada Cruzeiro São Bernardo RJX X Medley/Campinas Rio De Janeiro Vôlei Futuro X UFJF Araçatuba Canoas X Volta Redonda Canoas Super Imperatriz Vôlei X Funvic/Midia Fone Florianópolis 7ª RODADA 06/02/2013 Sesi-SP X São Bernardo Vôlei São Paulo Volta Redonda X Funvic/Midia Fone Volta Redonda Sada Cruzeiro X Vivo/Minas Contagem Vôlei Futuro X Medley/Campinas Araçatuba RJX X UFJF Rio De Janeiro Super Imperatriz Vôlei X Canoas Florianópolis 8ª RODADA 21/02/2013 São Bernardo Vôlei X Super Imperatriz Vôlei São Bernardo Volta Redonda X Medley/Campinas Volta Redonda Vivo/Minas X RJX Belo Horizonte Sada Cruzeiro X UFJF Contagem Funvic/Midia Fone X Vôlei Futuro Pindamonhangaba Canoas X Sesi-SP Canoas

17h 17h 17h 18h 19h30 20h

19h30 19h30 20h 20h 20h 20h

21h15 21h15 21h15 21h15 21h15 21h15

9ª RODADA 23/02/2013 Sada Cruzeiro X RJX Contagem Sesi-SP X Super Imperatriz Vôlei São Paulo Vivo/Minas X UFJF Belo Horizonte Funvic/Midia Fone X Medley/Campinas Pindamonhangaba Volta Redonda X Vôlei Futuro Volta Redonda Canoas X São Bernardo Vôlei Canoas 10ª RODADA 28/02/2013 Medley/Campinas X Sada Cruzeiro Campinas Volta Redonda X São Bernardo Vôlei Volta Redonda Vôlei Futuro X Vivo/Minas Araçatuba UFJF X Super Imperatriz Vôlei Juiz De Fora RJX X Canoas Rio De Janeiro Funvic/Midia Fone X Sesi-SP Pindamonhangaba 11ª RODADA 02/03/2013 Vôlei Futuro X Sada Cruzeiro Araçatuba Medley/Campinas X Vivo/Minas Campinas RJX X Super Imperatriz Vôlei Rio De Janeiro UFJF X Canoas Juiz De Fora Volta Redonda X Sesi-SP Volta Redonda Funvic/Midia Fone X São Bernardo Vôlei Pindamonhangaba

Quartas de Final Semifinal Final

9/3, 12/3 e 16/3/2013* 23/3, 30/3 e 2/4/2013* 14/4/2013 * SE FOR NECESSÁRIO A TERCEIRA PARTIDA


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ALEX DE JESUS - 6.11.2012

Beneficiado. Cubano Leal é o segundo estrangeiro do Sada, que já contava com o também cubano Sanchez

Muita EXPECTATIVA e poucas mudanças

Alteração na recepção do saque deve ser adiada ¬ Uma das mudanças sugeridas no

Muito se falou sobre a possibilidade de uso da tecnologia nesta edição da Superliga, mas as únicas alterações a serem vistas serão na marca da bola e no número de estrangeiros por equipe ¬ DANIEL OTTONI ¬ As inovações nas regras da Superliga

podem ser creditadas ao presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Ary Graça, que, até o fechamento desta edição, estava prestes a entregar o cargo para seu vice, Walter Laranjeiras. Graça, conhecido pelo gosto pela tecnologia, foi eleito, em 21 de setembro, presidente da Federação Internacional de Volleyball (FIVB). Após a eleição, ele deixou clara a vontade de fazer a tecnologia estar cada vez mais presente no vôlei. Uma das ideias é colocar um chip nas bolas, ou até mesmo considerar o replay, para que jogadas duvidosas possam ser decididas com justiça. No entanto, essas mudanças não devem acontecer tão brevemente quanto Graça gostaria. Na última edição da Superliga, o microfone da lapela dos árbitros foi uma das novidades para que todos tivessem acesso às conversas entre eles e os jogadores, diminuindo a distância dos telespectadores com as partidas que eram transmitidas ao vivo. Para este ano, a situação irá se repetir. No entanto, outras mudanças eram esperadas para este ano. Mas o que se tem confirmado são apenas duas questões. A primeira é em relação ao número de estrangeiros. Antes limitado a apenas

um no masculino, agora serão permitidos até dois jogadores de fora do país em cada equipe. No feminino, o número de duas estrangeiras já era permitido no ano passado. A outra se refere à bola da Superliga. Antes praticada com a Penalty, agora é a vez de a japonesa Mikasa entrar em ação. Essa nova bola já era utilizada anteriormente em competições internacionais como Jogos Olímpicos e Mundiais.

Apesar disso, a Mikasa não é unanimidade. “Ela exige muito na defesa e no ataque. O desgaste é grande, principalmente para os ombros. Prefiro a Penalty por ser mais leve”, comenta o oposto Filip, do Vivo-Minas. Já Filipe, do Sada Cruzeiro, vê a nova bola com outros olhos. “A Mikasa é menos inconstante. A Penalty tem uma variação que atrapalha muito, principalmente nas recepções”, declarou o ponteiro.

Possíveis novidades não são unanimidade Contragosto. Grande parte das pessoas ouvidas pela reportagem, entre técnicos e jogadores, afirma não ser favorável à exclusividade da manchete na recepção dos saques. A regra valeria para todas as categorias, e um dos argumentos utilizados seria para “forçar” atletas da base a aperfeiçoarem a manchete. “Fico triste pelo fato de não nos consultarem. Nós (atletas) somos os maiores interessados e nossa opinião não costuma ser levada em conta. Só poderemos avaliar quando isso valer de forma oficial”, comenta o ponta Murilo, do Sesi-SP.

Deu certo. Um dos usos da tecnologia que foi muito elogiado aconteceu durante o Mundial de Clubes, quando os times podiam pedir o replay de lances duvidosos. O “challenge”, ou desafio, foi usado por vários times durante a competição e serviu para evitar decisões controversas. Os jogadores do Sada Cruzeiro aprovaram a ideia e afirmaram que a inovação dá um importante toque de credibilidade ao esporte, que, nos últimos anos, tem visto a velocidade do jogo como um elemento que dificulta bastante a decisão dos árbitros de forma definitiva.

congresso da Federação Internacional de Volleyball (FIVB), em Anaheim (EUA), foi sobre recepção do saque. A ideia é que os serviços não possam mais ser recebidos de toque, e, sim, somente de manchete. Pelo menos, foi essa a interpretação da nova regra, que ainda não foi debatida e nem, ao menos, confirmada. A ideia seria que a mudança fosse efetivada a partir de 2013. Sendo assim, a decisão, caso confirmada, deve ficar somente para a próxima Superliga. “Não faria sentido iniciarmos com essa regra no meio da Superliga, a partir de janeiro. Teríamos que ter um período de adaptação, não somente para os times, mas também para os árbitros serem orientados”, comentou Carlos Rios, presidente da Federação Mineira de Vôlei (FMV), que agora acumula o cargo de presidente da Comissão Brasileira de Arbitragem de Voleibol (Cobrav). No entanto, para Rios, há a possibilidade de o toque ser permitido, desde que aplicado com eficiência. Para isso, uma definição na padronização seria necessária para se evitar desacordos entre envolvidos na competição. “Se um saque for dominado por meio de um toque perfeito, sem cometer nenhuma falha, não vejo o motivo de proibição”, argumentou Rios. (DO)


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TRADIÇÃOenovotécnico sãoostrunfosdoVivo-Minas O sempre respeitado clube da rua da Bahia teve poucas, mas importantes mudanças em seu elenco; o treinador argentino Horacio Dileo prega humildade e confiança no trabalho diário para trazer os bons resultados esperados por torcida e diretoria ¬ DANIEL OTTONI ¬ Depois da terceira colocação na Su-

perliga 2011/12, que foi considerada positiva, o Vivo-Minas sofreu poucas mudanças no elenco. Na temporada passada, o tradicional time da rua da Bahia caiu para o rival Sada Cruzeiro na semifinal da competição. A maior alteração ocorreu no comando. Saiu Marcelo Fronckowiak, que dirigiu a equipe nas duas últimas temporadas, quando conseguiu, respectivamente, um quarto e um terceiro lugares. Para o lugar do gaúcho, foi contratado o argentino Horacio Dileo, 49, com passagem pela seleção colombiana e também por times de seu país, como River Plate, Club Náutico Hacoj, Club Regatas Santa Fe, Olympikus Azul Voley, Conarpesa, além do Petrom Ploiest, da Romênia. “Acredito muito no trabalho diário, de muita dedicação e confiança. Tenho na mão um grupo muito respeitoso, que

está tentando fazer tudo o que peço de forma bem direta. Esse dia a dia pode nos dar um retorno com uma boa possibilidade de jogar de igual para igual com qualquer time do país”, relata Dileo, que diz ter bom conhecimento sobre a Superliga. “É um campeonato muito disputado, que eu acompanho de perto há muito tempo e que conta com vários jogadores de alto nível. Com trabalho, humildade e tranquilidade, podemos chegar longe”, acredita o treinador, que terá a companhia do conterrâneo Quiroga do lado de dentro da quadra. O capitão e ponteiro da seleção argentina foi a principal contratação do Vivo-Minas, que também trouxe o líbero Lukinha, do Medley-Campinas (SP). A base foi mantida, e a permanência de peças, como o levantador Marcelinho, o oposto Filip e o ponta Lucarelli, será um importante trunfo. Para o tcheco Filip, a estreia pode dar

uma noção do potencial do time. “O Minas sempre é favorito. O primeiro jogo pode nos indicar algum caminho e erros a serem corrigidos”, diz o oposto minastenista.

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Horacio Dileo TÉCNICO DO MINAS

“É um campeonato muito disputado, com vários jogadores de alto nível, que realmente sabem desempenhar bem sua função. Com trabalho, humildade e tranquilidade podemos chegar longe.”

7 Títulos tem o Minas Tênis Clube, o maior vencedor do campeonato nacional de vôlei ANGELO PETTINATI

Base. Vivo-Minas tem poucas novidades em relação ao time que ficou em terceiro lugar na Superliga masculina 2011/12

“Ao meu ver, o Minas sempre entra na Superliga como um dos favoritos.” Filip Rejlek oposto do Vivo-Minas

“Para mim, o jogo de estreia é como qualquer outro.” Horacio Dileo treinador do Vivo-Minas


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LEO FONTES

0 Histórico

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Horacio Dileo técnico VIVO-MINAS

“Quero dar uma identidade ao time” O que você pode dizer sobre nível e grau de competitividade da Superliga? Conheço bem o campeonato, o acompanho de perto há muito tempo. O que mais me impressiona é o nível técnico das equipes. Muitas possuem jogadores de muita qualidade.

Sem mistério. Para Dileo (dir.), fórmula do sucesso é trabalho e dedicação

Desfalques atrapalharam a preparação da equipe ¬ O começo de temporada do

Minas não foi o ideal. O vicecampeonato regional era até esperado, uma vez que o time encarou o Sada Cruzeiro, bastante elogiado pelo treinador Horacio Dileo. “O Sada é o melhor time do Brasil. Não há dúvidas sobre isso”, apontou o comandante. No entanto, o que mais preocupou foi ter tido, poucas vezes, todo o elenco à disposição.

Lucarelli e Quiroga chegaram após participarem dos Jogos de Londres. O central Otávio ficou 11 semanas contundido. “Treinamos por 13 semanas com apenas dois centrais. O Samuel também estava se recuperando. Tudo isso prejudicou nossa evolução”, lamenta Dileo, que não poderá contar nas primeiras rodadas com seu principal reforço, o ponteiro Quiroga, com lesão no menisco. (DO)

Como está sendo o contato até aqui com o grupo? Está sendo muito bom. Claro que, em todo lugar novo, é preciso algum tempo de adaptação, mas tenho nas mãos um grupo respeitoso, que está tentando fazer tudo o que peço. O que você prioriza nos treinamentos? O mais importante é fazermos um trabalho forte no dia a dia. Essas atividades diárias serão fundamentais lá na frente. Fazendo o nosso melhor a cada oportunidade, teremos boas possibilidades de jogar de igual para igual com qualquer time do país. Os desfalques durante o período de treinamento atrapalharam a preparação? Bastante. As ausências foram muitas. Os pontas Lucarelli e Quiroga só se reintegraram ao elenco depois dos Jogos Olímpicos de Londres. O Samuel esteve quase o tempo todo se recuperando. O Otávio ficou 11 semanas fora,

por conta de lesão. Durante 13 semanas, treinamos com apenas dois centrais. Tudo isso prejudica o planejamento e a evolução desejada. O que você pode dizer sobre o Super Four, disputado no interior do Rio Grande do Sul, contra Super Imperatriz (SC), Canoas Vôlei (RS) e Drean Bolívar (ARG)? Foi um campeonato importante, que serviu mais para darmos oportunidades para atletas que não vinham sendo aproveitados. Utilizamos a competição para finalizar nossa preparação. Foi um passo importante para todo o grupo. Qual sua principal preocupação? Quero muito dar uma identidade ao time o quanto antes. Sabemos que o ritmo de jogo da Superliga é realmente muito forte e precisamos estar bempreparados nos aspectos tático, físico, técnico e psicológico. Temos que pensar no jogo a jogo, trabalhar com humildade, tranquilidade e confiar nesse trabalho diário. Dessa forma, tenho certeza de que podemos ir muito longe. Jogar contra o Sada na estreia faz alguma diferença? Não. Apesar de ser o melhor time do Brasil, trata-se de um adversário como qualquer outro.

Peças de qualidade, entre remanescentes e contratados Gringo. Logo nos primeiros jogos pelo Vivo-Minas, em 2011, o oposto tcheco Filip Rejlek mostrou para que veio. Com boa atuação na final do Mineiro do ano passado, contra o Sada, ele mostrou que poderia ser uma peça importante no time de Marcelo Fronckowiak, um dos responsáveis por trazê-lo da França, país onde os dois foram adversários. As expectativas se confirmaram e Filip foi um dos destaques na Superliga 2011/2012. Neste ano, sem

Fronckowiak, ele continua sendo peça-chave no esquema de Horacio Dielo. A língua, que antes era um empecilho, principalmente no contato com os jogadores, agora já mostra estar sendo dominada pelo jogador. Mais um. Aproveitando a ampliação do limite de estrangeiros para dois em cada time, o Minas trouxe Rodrigo Quiroga, ponteiro e capitão da seleção argentina, que disputou por seu país as

Olimpíadas de Londres. No entanto, a torcida terá que esperar para ver o jogador em quadra. Uma lesão no menisco faltando duas semanas para a estreia irá deixar o jogador afastado por aproximadamente um mês. Quiroga chegou para a vaga de Manius, que foi para o RJX (RJ). Esta será sua primeira passagem pelo vôlei brasileiro. O jogador estava no Fenerbahçe, da Turquia. Com 25 anos, ele acumula passagem por dez times ao redor do mundo.

Organizador. O levantador Marcelinho traz ao Minas uma boa carga de experiência. Integrante da seleção durante vários anos seguidos, Marcelinho também atuou no vôlei italiano, que conta com uma das ligas mais fortes do mundo. Sua categoria promete ser importante para os ataques de Lucarelli e companhia. Time-base: Marcelinho, Filip, Lucarelli, Quiroga, Henrique e Otávio. Líbero: Lukinha.

Formador. O Minas Tênis Clube é uma referência no país quando o assunto é voleibol. O trabalho de base é o principal fator para que equipes de qualidade sejam montadas e estejam sempre participando das maiores competições do país. Mais do que participar, as equipes costumam entrar nas competições com o objetivo de bons resultados, o que acontece, com méritos, em muitas das vezes. Apoio. A presença de patrocinadores de peso é importante para a formação de um time competitivo. A contratação de jogadores de alto nível serve para dar motivação aos mais novos, que crescem muito com este intercâmbio. Com sete títulos nacionais e a tradição ao seu lado, o Minas não esquece os times que fizeram história, como o que teve Pelé e Urbano na década de 80. Apesar das glórias do passado, as conquistas do futuro próximo são o maior objetivo do clube, a fim de fortalecer sua história.

0 Resultado 2012 - Vice-campeão mineiro - Terceiro lugar na Superliga - Terceiro lugar no Super Four

2011 - Quarto colocado na Superliga - Vice-campeão mineiro

2010 - Sétimo lugar na Superliga

2009 - Quarto lugar no Sul-Americano de Clubes - Vice-campeão mineiro - Vice-campeão da Superliga

2008 - Vice-campeão da Superliga - Vice-campeão Mineiro


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UFJF/ DIVULGAÇÃO

Realidade. Projeto da UFJF começou em 2008 e se consolidou na temporada passada; agora, o time quer voos mais altos

Mantida na elite, UFJF quer a CLASSIFICAÇÃO Time de Maurício Bara foi uma das boas surpresas da última Superliga; neste ano, a meta é surpreender novamente, mas, desta vez, a meta é evoluir e se classificar, garantindo de vez importante presença entre as oito maiores equipes de vôlei do país ¬ DANIEL OTTONI ¬ Depois de conseguir a desejada per-

manência na elite do vôlei brasileiro logo em sua temporada de estreia, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) já quer alçar voos mais altos. O time do técnico Maurício Bara, importante peça do projeto da universidade, que começou em 2008, quer, neste ano, tentar uma classificação para as quartas de final, resultado que colocaria o time entre os oito melhores do país. Para este ano, o que pode contribuir é o período de preparação. Em 2011, o

tempo foi reduzido e fez com que o time encontrasse dificuldades antes mesmo de as competições oficiais começarem. “Não tivemos esse tempo maior de preparação no ano passado, e isso comprometeu o ritmo desejado. Para este ano, o planejamento já aconteceu de uma forma diferente, mais bem-trabalhada. Isso pode fazer a diferença”, comenta o líbero Fábio Paes, que chegou ao time no ano passado, depois de jogar por três temporadas em Montes Claros. Paes comemora o novo momento, assim como a chegada de importante peças que podem ajudar em melhores resultados. “As escolhas nas contratações foram mais benfeitas, os jogadores foram selecionados a dedo. Os treinos es-

tão sendo firmes em busca dessa evolução contínua. A classificação será muito comemorada na cidade e também merecida por todo o empenho que atletas e comissão técnica estão fazendo”, destaca o defensor. O período sem jogos após o Estadual, quando ficou em terceiro lugar, fez com que o time se concentrasse nos treinos. “Acredito que atingiremos nosso ápice no decorrer da Superliga. Esse tempo sem partidas oficiais não foi bom, prejudicou nosso ritmo de jogo e tivemos que fortalecer a parte física nesta intertemporada forçada. Mas acredito em um bom resultado na Superliga”, analisa o ponta Juninho, que chega do Sesi-SP, pensando em mais oportunidades.

“O Campeonato Mineiro foi muito importante na preparação.” Fábio Paes líbero da UFJF

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Maurício Bara

TÉCNICO DA UFJF

“Seria uma alegria muito grande dar para a cidade esse presente de estarmos nos play-offs. A expectativa do ano passado era sobreviver. Para 2012, a meta já é maior.”

“Atingiremos nosso ápice no decorrer do torneio.” Juninho ponta da UFJF


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A favor, amistosos e mais tempo para treinos

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Juninho ponteiro UFJF

¬ Na fase preparatória, a UFJF fez

importantes amistosos contra times de diferentes níveis. O time de Maurício Bara enfrentou Botafogo (RJ), Vivo-Minas, Volta Redonda (RJ) e o poderoso RJX (RJ). Ao todo, foram dez partidas e cinco vitórias, sendo duas delas sobre o VivoMinas. “Esses testes foram interessantes para que nos adaptássemos a um nível maior de jogo, principalmente contra equipes superiores. Apesar das derrotas para o RJX, a intenção é sempre válida. Tenho certeza de que esses quatro jogos contra eles irão nos ajudar lá na frente”, diz o motivado Bara. O treinador destaca o maior tempo de preparação para esta edição da Superliga. “No dia 24 de outubro do ano passado, estávamos nos apresentando. Nesta mesma data neste ano, já havíamos começado a treinar e a fazer vários amistosos. Esse tempo de diferença interfere bastante na preparação e nos resultados. Conhecer o grupo e ter a oportunidade de crescer a cada treino e jogo é muito importante. A expectativa para este ano é muito boa”, conclui o treinador. (DO)

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“Queremos muito atrapalhar a vida dos times grandes” Você estava no Sesi-SP, um dos maiores times do país, e, agora, atua por um time de menor expressão, que deve brigar por uma classificação. Qual o motivo da mudança? Jogar mais, em resumo. Queria ter mais oportunidades de mostrar meu potencial. No Sesi, eu entrava pouco, e isso não era muito bom. Na UFJF, tenho certeza de que as chances serão maiores. Minhas expectativas de jogar com mais frequência já estão sendo confirmadas. Como analisa o time até aqui? Acho nosso elenco muito bom. O ponto forte é a média de idade. Temos jogadores experientes e outros mais novos. No entanto, a maioria já atuou em times de expressão do cenário brasileiro e conhece a responsabilidade de se jogar um torneio tão difícil como a Superliga. Queremos muito atrapalhar a vida dos times grandes. Nossa meta já foi traçada, queremos estar entre os oito classificados, a qualquer custo. Como foram os amistosos feitos na pré-temporada? Foram muito bons para termos o

termômetro da equipe, como nosso time se comportaria sob pressão, jogando contra times mais fortes tecnicamente e mais experientes, também. Achei uma ótima oportunidade para um maior entrosamento. Vocês enfrentaram equipes de níveis diferentes, como RJX e Volta Redonda. É melhor atuar contra times mais fortes neste período de preparação? Acho que todas as oportunidades são importantes, para que saibamos o que precisamos melhorar e em que estamos acertando. O período sem jogos após o Mineiro foi muito prejudicial? Não posso dizer que esse tempo sem jogar ajudou. Estávamos vivendo uma sequência de partidas oficiais e tivemos que interromper e voltar a treinar. Focamos muito a parte física e ainda estamos buscando o nosso melhor padrão de jogo. A regularidade vai ser muito importante para os resultados, e essa meta ainda não foi alcançada, precisamos evoluir mais um pouco. Acredito que atingiremos o ápice durante a Superliga. UFJF/DIVULGAÇÃO

Elenco reformulado

Evolução. O projeto do vôlei na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) começou em 2008, tendo Maurício Bara como referência. A meta era obter, aos poucos, importantes avanços e tentar alcançar uma maturidade para que campeonatos de maior nível fossem disputados pela equipe da Zona da Mata. Passos. Os primeiros campeonatos disputados passavam longe da Superliga, mas foram de fundamental importância para conhecer os jogadores e a força do grupo como um todo, fazendo avaliações de quem poderia ser mantido e em quais posições existia uma necessidade de reposição. Torneios como Jogos do Interior de Minas (Jimi) e os Jogos Universitários foram importantes para o crescimento da equipe, que se fortaleceu rapidamente após participações no Campeonato Mineiro e na Liga Nacional, torneio que rendeu vaga na Superliga.

0 Resultado 2012 - Terceiro lugar no Campeonato Mineiro

Novatos. A UFJF manteve poucos jogadores da temporada passada, como os líberos Tatinho e Fábio Paes, o central Filipe, o levantador Danilo e o ponta Clinty. Apesar de não ter mantido a base, fator considerado importante por muitos para uma evolução dentro da principal competição do país, as contratações feitas “a dedo” enchem a comissão técnica e a torcida de esperança para os esperados resultados. Dos que chegaram, destaques para o oposto Wanderson, que estava no vôlei francês, e para o central Aureliano, ex-Volta Redonda (RJ).

2011 - Vice-campeão da Liga Nacional - 10º lugar na Superliga 2011-2012 - Vice-campeão da Copa Rio - Campeão geral dos Jimi

2010 - 4º lugar geral do Jimi 2009 - Vice-campeão dos Jimi - Campeão dos Jogos Universitários de Juiz de Fora - Estreia na Liga Nacional 2008 - Participação no Estadual depois de 17 anos de ausência de uma equipe de Juiz de Fora

Chance. Os ponteiros Japa e Juninho, que estavam no forte Sesi-SP, chegam em busca de mais oportunidades. O grupo também conta com o central Lucão e o ponta Hugo, que se consagraram campeões brasileiros na última temporada, defendendo o Sada Cruzeiro. A jovem dupla também chega querendo cavar uma vaga no time titular. Assim como no ano passado, a regularidade do elenco é o ponto forte. A intenção é que o time não deixe o ritmo cair no momento das substituições. Time-base: Danilo Gelinkski, Wanderson, Robinho, Aureliano, Juninho e Japa. Líbero: Fábio Paes Crescimento. Para o ponteiro Juninho, time da UFJF tem muito a crescer no cenário nacional


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0 Histórico Apoio. O início da equipe se deu em 2009, por meio de importante apoio de uma das entidades mais fortes do país. Com o aval do Serviço Social da Indústria (Sesi), foi possível criar uma equipe que entraria para brigar pelo título em todas as suas participações, impulsionado pelo peso de importantes contratações. A participação do ex-jogador Montanaro na direção ajuda bastante nas decisões que acontecem do lado de fora da quadra. Nomes. Os nomes do atual elenco mostram a força da equipe. Outros jogadores de muita qualidade também atuaram pelo time da capital paulista, como o oposto Wallace, hoje peça fundamental do atual campeão brasileiro, Sada Cruzeiro, e do ponta Vini, que foi um dos poucos remanescentes no elenco do Vôlei Futuro (SP). Time-base. Sandro, Lorena, Murilo, Cléber, Sidão e Éder. Líbero: Serginho. Técnico: Giovane Gávio

0 Resultado 2012 -Campeão Paulista - 6º lugar na Superliga - Campeão Copa São Paulo

2011 - Campeão da Superliga 2010/2011 - Campeão Sul-Americano de Clubes - 4º lugar no Mundial Interclubes - Campeão Paulista - Campeão Copa São Paulo

2010 - Campeão Copa São Paulo

2009 - Campeão Paulista -Campeão Copa São Paulo

Com elenco FORTE, Sesi-SP entra como um dos favoritos Equipe manteve importantes peças do elenco e também trouxe, para a saída de rede, o oposto Lorena, um dos destaque da última Superliga; time de Giovane Gávio quer repetir o feito de 2010/11 EVERTON AMARO/FIESP

¬ DANIEL OTTONI ¬ O campeão brasileiro da penúltima

temporada da Superliga prefere focar seu trabalho a pensar nas potencialidades de importantes adversários, como Sada Cruzeiro e RJX (RJ). O elenco do Sesi-SP justifica tal pensamento. O time, comandado por Giovane Gávio, manteve peças de grande importância, como o líbero Serginho, os centrais Sidão e Éder, o levantador Sandro e o ponta Murilo. A grande contratação foi o oposto Lorena, que disputou a última final pelo Vôlei Futuro (SP). “Com uma equipe competitiva como a nossa, temos que pensar sempre em títulos. Acredito que podemos, sim, estar entre os favoritos, mas também não podemos nos esquecer da grande competitividade, pois há outras equipes que têm condições reais de fazer frente ao nosso time”, afirma Gávio. O ponta Murilo amplia o leque de concorrentes e coloca o Vivo-Minas como uma das equipes que podem surgir na reta final, mesmo correndo por fora. “O fato da grande tradição já faz do Minas uma equipe que requer cuidado e atenção. Teremos, mais uma vez, muitos times brigando até o fim. O MedleyCampinas (SP), por exemplo, se reformulou e está mais forte”, destaca o ponta e provável novo capitão da seleção brasileira de Bernardinho.

x Giovane Gávio

TÉCNICO DO SESI-SP

“Acredito que somos um dos favoritos, até pelo forte elenco que montamos para esta temporada. Não podemos nos esquecer de mais três ou quatro equipes que irão brigar de igual para igual até o fim do campeonato pelo título.”

Reforço. Lorena (centro), que disputou a temporada passada pelo Vôlei Futuro, agora defende o Sesi-SP

Depois de polêmica e título, confiança em saques e bloqueios ¬ O Sesi-SP chega para a Superliga masculi-

na de vôlei bastante motivado, depois de participar com intensidade do Campeonato Paulista, competição que conta com várias equipes que estarão presentes ao principal torneio do país, como Vôlei Futuro, Medley-Campinas e Funvic-Midia Fone. Depois da classificação sem muitas dificuldades, a decisão do torneio Estadual foi bastante disputada diante de um Medley-Campinas reforçado e motivado. No primeiro jogo da decisão, em Campinas, muita confusão fora de quadra, envolvendo jogadores e membros da comissão técnica do time do interior paulista. A derrota no jogo de abertura da série contou, ainda, com a expulsão de dois jogadores do Sesi. Entre eles, o sempre polêmico Lorena. Depois de colocar a cabeça no lugar, o time de Giovane teve dois jogos em casa para definir o título. Jogando o que sabe, os paulis-

“Nossos saque e bloqueio podem fazer a diferença” Murilo PONTA DO SESI-SP

tanos garantiram o título, que dá moral para entrar na Superliga pensando alto. Na competição nacional, o ponta Murilo destaca alguns caminhos que podem ser úteis, tanto contra as equipes mais fortes como contra os adversários de menor tradição. “Acredito que nosso saque e nosso bloqueio podem ser fundamentais em uma boa campanha. No serviço, temos jogadores que podem fazer a diferença, como Sidão, Éder e Lorena. Até eu e o Sandro podemos desempenhar um bom papel nesse fundamento. No bloqueio, também contamos com peças preparadas para anular os ataques adversários e que podem funcionar bastante”, diz o ponta da seleção brasileira. (DO)


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Novatos com momentos e OBJETIVOS distintos Enquanto Funvic-Midiafone (SP) tem projeto modesto, Canoas Vôlei (RS), comandando pelo campeão olímpico Paulão, conta com maior investimento e com nomes conhecidos de quem acompanha o esporte RICARDO RIMOLI/CBV

¬ DANIEL OTTONI ¬ A criação da Superliga B foi positiva

não somente para dar espaço para times de outros locais de pouca tradição, como Fortaleza e Recife, mas, principalmente, para trazer novas equipes capazes de tirar pontos dos favoritos ao título. Canoas Vôlei (RS) e Funvic-Midia Fone (SP) foram as duas equipes que conseguiram o acesso à elite. Agora, depois de muita comemoração, a dupla quer aproveitar a oportunidade para mostrar ainda mais do que já foi visto. Mas a tarefa não será fácil. O primeiro ano, muitas vezes, costuma ser o mais difícil, sendo necessários um período de adaptação e importantes vitórias para não ser rebaixado. Pelo lado de Pindamonhangaba, o time conta com uma importante peça fora de quadra. O experiente Ricardo Navajas, que se destacou como treinador de importantes equipes, como a extinta agremiação da cidade paulista de Suzano, agora atua como diretor técnico. “Temos uma equipe modesta e, em um primeiro momento, nem pensamos em classificação. A permanência na elite já seria uma grande vitória. Contratamos jogadores jovens de cidades próximas e vamos enfrentar equipes com o nível bem acima do nosso”, admitiu Navajas. No paulista, a equipe enfrentou grandes adversários que também estarão na Superliga. A classificação só não veio pelo critério de sets. Enquanto o time do interior paulista chega com estrutura e elenco modestos, o time gaúcho de Canoas conta com referências do vôlei nacional, como os pontas Dentinho e Minuzzi, os levantadores Jotinha e Rafa, o central Gustavo e o treinador Paulão, uma das importantes peças do time campeão olímpico em Barcelona-1992, que também acumula a função de tentar obter patrocínios e fazer contatos comerciais.

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0 Histórico Ressurgimento. Após formar uma equipe de vôlei que chegou a jogar contra grandes times brasileiros na década de 60, a prefeitura de Pindamonhangaba foi uma das responsáveis pela criação de um novo time da modalidade. “O esporte tem crescido em nossa cidade, sendo uma importante ferramenta para se trabalhar a formação da sociedade. Que, neste ano, a equipe de voleibol possa ter uma jornada coroada de êxito e que todos possamos reviver a história de sucesso de Pinda no vôlei”, comentou o prefeito João Ribeiro na apresentação do time no ano passado. E o êxito projetado vem dando certo. Apoio. No caso do Canoas, o projeto surgiu da parceria com a Associação dos Pais e Amigos do Vôlei (Apav). O fortalecimento se deu com a entrada do Centro Universitário Lasalle.

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Faz-tudo. Além de ser o técnico do Canoas, Paulão acumula a função de contato comercial

Canoas Vôlei

Minientrevista

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Paulão treinador CANOAS VÔLEI (RS)

2012 - Quarto lugar no Super Four - Campeão Gaúcho

2011 - Campeão da Superliga B

“Estamos motivados pelo projeto de resgatar o vôlei gaúcho” O fato de o Canoas ser um novato na Superliga é favorável, uma vez que a pressão pode ser menor em relação a outros clubes? Não. Os meus atletas são, na sua maioria, muito experientes. Estamos motivados pelo projeto de resgatar o vôlei gaúcho.

do Super Four, um torneio rápido que contou com VivoMinas, Super Imperatriz (SC) e Drean Bolívar, da Argentina. Tudo serviu como preparação. Sendo forte ou não, precisamos correr contra o tempo. Espero fazer mais amistosos.

O Campeonato Gaúcho foi uma boa preparação? Sim, mas também participamos

Jogar em casa será uma das maiores vantagens da equipe? Também podemos consi-

“O fator casa é um dos mais importante. Mas cada jogo será um desafio.” Paulão Treinador do Canoas Vôlei

derar esse fator como um dos mais importante. Mas cada jogo será um novo desafio. Já encontraram um oposto depois da desistência de André Nascimento? Contratamos Bergamo Gaúcho, que estava jogando pela equipe de Bento Gonçalves. Quanto ao caso André, sem comentários.

Funvic/Midia Fone 2012 - Quinto lugar no Campeonato Paulista - Pentacampeão dos Jogos Regionais do Estado de São Paulo

2011 - Vice-campeão da Superliga B


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WASHINGTON ALVES/VIPCOMM

Mais experiência no São Bernardo ¬ DANIEL OTTONI ¬ Eliminado pelo Sada Cru-

zeiro nas quartas de final na última temporada, o BMGSão Bernardo (SP) chega para brigar por uma vaga entre os oito classificados. No entanto, para este ano, a meta é tentar alcançar uma posição melhor do que a oitava da última participação, o que pode render um confronto menos difícil na briga pela semifinal. “Mantivemos a base e trouxemos alguns jogadores experientes, como o oposto Joel e o ponta Pedrinho, que possuem boa bagagem internacional”, comentou o treinador Rubinho, em sua 11ª tem-

porada na equipe paulista, a quinta como treinador. Para Rubinho, a falta de experiência acabou sendo determinante em importantes momentos da última temporada. “Jogamos bem contra o Sada, mas ficou faltando esse adendo. Com estas chegadas, nossa meta pode ter mais chances de ser transformada em realidade”, destaca. A equipe caiu na semifinal do Paulista deste ano para o Sesi-SP, que acabou ficando com o título regional. O destaque do time fica por conta do jovem oposto Renan, de 2,17 m, que já foi convocado por Bernardinho algumas vezes.

Paulo Renan, levantador do São Bernardo

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temporadas Rubinho está presente no time do BMG-São Bernardo (SP)

Confiança Evoluir. O levantador Paulo Renan confirma a vontade de melhorar o resultado do ano passado. “Nosso time está mais amadurecido”.

ALEXANDRE LOUREIRO/INOVAFOTO

Reforços de peso no RJX ¬ Forte candidato ao título

da Superliga masculina de vôlei, o RJX (RJ) terá, nesta temporada, mais uma grande oportunidade de conquistar o título da principal competição do país. Importantes nomes chegaram ao time do milionário Eike Batista, como o líbero Mário Júnior, o levantador Bruninho, o oposto Théo e o ponta Thiago Alves, todos da seleção brasileira. Ainda entre os destaques, estão o central Lucão e o ponta Dante, que foram mantidos. “Vim para conquistar títulos. Estamos focados na Superliga e sabemos que será duro. Espero poder ajudar

Ex-Cimed, Bruninho agora atua no RJX

meus companheiros a fazer uma excelente campanha”, comentou Alves. Este será o segundo ano da equipe na Superliga. Na estreia no torneio, o time, que recebeu investimento de R$ 16 milhões, caiu na semifinal para o Vôlei Futuro (SP). Para comandar esta verdadeira constelação, o RJX trouxe do Vivo-Minas o técnico Marcelo Fronckowiak, que levou o time ao terceiro lugar na última temporada. Nos dois primeiros torneios disputados em 2012 (Super Four e Campeonato Carioca), dois títulos, mostrando que o time veio para incomodar quem estiver pela frente. (DO)

participação do RJX na Superliga, principal competição do país

Fazer valer Agora é jogar. O levantador Bruninho espera que o time, forte no papel, confirme as expectativas dentro de quadra.

CINARA PICCOLO/VIPCOMM

Vôlei Futuro na base da superação ¬ O Vôlei Futuro (SP), vice-

campeão da última Superliga, tomou um verdadeiro susto no início desta temporada. Uma grande indefinição no patrocínio fez com que a confirmação do time na Superliga acontecesse de forma tardia. Um dos “fantasmas” foi a extinção do time feminino. No entanto, com muito custo, o time masculino foi mantido e conseguiu a permanência de peças como o ponta Vini, o central Michael e o levantador Ricardinho. “Desde o primeiro dia, mostrei grande confiança no projeto. Se eu aceitasse alguma

das propostas que recebi e o time acabasse, não iria me sentir bem. Passamos por um período de instabilidade e iremos correr por fora. Queria que fosse diferente, mas, infelizmente, não será assim”, lamentou Ricardinho, capitão da equipe de Cézar Douglas, outro que permaneceu. “Na teoria, nosso objetivo e ambições são diferentes dos do ano passado. Mas tivemos, no Paulista, uma boa prévia do que podemos mostrar. Acredito muito que poderemos complicar as coisas para as equipes favoritas”, comentou Douglas. No Paulista, o time caiu nas semifinais. (DO)

9 jogadores saíram da equipe, entre eles, Camejo, Lorena, Maurício e Dentinho

Outro momento Aos poucos. Para Ricardinho, o passo a passo é o caminho a seguir antes de a equipe pensar em ser finalista novamente.

Michael é uma das atrações do Vôlei Futuro


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DOMINGO, 18 DE NOVEMBRO DE 2012

e. 15 ALEXANDRE ARRUDA/CBV

Medley-Campinas com cara de gente grande ¬ DANIEL OTTONI ¬ As ambições do

MedleyCampinas (SP) para esta temporada são bem maiores do que as do ano passado, quando foi eliminado nas quartas de final. A chegada do técnico Marcos Pacheco já apontava que grandes investimentos seriam feitos e que o time chegaria para esta temporada para brigar de igual para igual com os favoritos. “O Sada, o RJX e o Sesi estão com uma base muito boa. Mas nosso time também está preparado e vai lutar para estar entre os primeiros”, comentou Marcos Pacheco, que esteve à frente da Cimed

no ano passado. Além de Pacheco, o time trouxe sete jogadores. Entre os destaques, estão o ponta cubano Jurquín, o central Orestes, o líbero Alan, o levantador Murilo e o oposto Rivaldo. Permaneceram outras peças como o oposto Franco, o levantador Rodriguinho e os centrais André Heller e Gustavão. Apesar dos reforços e do segundo posto no Paulista, Pacheco prefere pensar primeiro na classificação. “Não vou falar que somos favoritos, acho que ainda é cedo para isso. Acredito que temos que pensar primeiro em nos classificar para as quartas de final”, projeta Pacheco.

Pacheco é o comandante do Campinas

7 contratações fez o Medley-Campinas para a temporada 2012/2013 da Superliga

Mais bagagem Experiência. Marcos Pacheco teve influência nos reforços. “Buscamos atletas que ocuparam espaço no cenário nacional”, disse.

ALEXANDRE ARRUDA/CBV

Novo grupo motiva Volta Redonda

Ezinho Ezinho dá dá experiência experiência ao ao Volta Volta Redonda Redonda

¬ Candidato a brigar nas últi-

mas posições, o Volta Redonda (RJ) entra na Superliga sabendo de sua realidade. Mesmo assim, as pretensões do clube são maiores e uma classificação para quartas de final é almejada. Um elenco equilibrado é o grande trunfo. “Temos um elenco nivelado em todas as posições. Neste momento, é até difícil definir um time titular, pois todos os atletas têm uma boa condição de ocupar esse espaço dentro da equipe”, comenta o técnico Alessandro Fadul. Para ele, o grupo é diferente dos de anos anteriores, e

isso motiva na busca por melhores resultados. “É o melhor grupo que montamos desde o início do projeto. Estamos confiantes em conquistar nosso objetivo, que é disputar os play-offs”, relata Fadul. Uma das referências da equipe é o ponteiro Ezinho, que já atuou por Minas Tênis Clube e Montes Claros. “Há uma mescla de jogadores jovens e experientes. Nosso objetivo é chegar aos play-offs e, para isso, precisamos estrear bem e, com confiança, manter uma regularidade. Acredito no melhor resultado da história da equipe na Superliga”, destaca Ezinho, cheio de otimismo. (DO)

2008 ano em que o projeto do vôlei Volta Redonda começou a entrar em vigor

Todos titulares Equilíbrio. O fato de todos os jogadores do elenco terem uma qualidade similar é comemorado pela comissão técnica.

HERMÍNIO NUNES/VIPCOMM

Cimed agora é Super Imperatriz ¬ Um dos melhores times do

Brasil também sofreu com a indefinição de patrocinador. A Cimed-SKY (SC), que tinha Bruninho e Giba em seu elenco, agora é Super Imperatriz (SC), graças ao apoio de uma rede de supermercado. O investimento caiu drasticamente e fez com que o time perdesse suas principais peças, tendo que buscar nomes menos conhecidos, que prometem suar para que o esforço feito para que a equipe não desaparecesse do mapa seja recompensado. “Com menos recursos, os objetivos mudam. No ano passado, nosso objetivo era o

título, e, agora, a meta é classificar”, comenta o técnico Douglas Chiarotti. Um dos destaques é o experiente Dirceu, que acredita que a força de vontade do grupo pode fazer a diferença. “Sabemos que estamos fazendo parte de um time novo, sem estrelas e com uma folha salarial que talvez seja igual ao salário de um único jogador do RJX. A garra pode contar a nosso favor. Dentro de quadra, podemos perder ou ganhar, mas, na vontade, acho difícil alguém nos superar. Por aqui, não existirá falta de trabalho e de empenho. Queremos muito conquistar bons resultados”, afirma Dirceu. (DO)

4 títulos da Superliga teve a Cimed em sua trajetória no torneio

Tudo nos treinos Dedicação. Dirceu enfatiza a vontade do time. “O Douglas nem precisou pedir empenho nos treinos. Isso mostra a vontade do grupo”.

Chiarotti quer, pelo menos, ir às quartas


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Sada Cruzeiro quer manter a HEGEMONIA nacional Time de Marcelo Mendez assimilou bem as lições adquiridas durante o Mundial de Clubes, quando perdeu a decisão para o Trentino; para esta temporada, equipe pensa em dar um passo de cada vez, mas de olho em um lugar na fase final, entre os grandes do país ¬ DANIEL OTTONI ¬ Apesar de haver muitos candidatos

ao título da Superliga masculina de vôlei, não há como negar que a maior atração será o Sada Cruzeiro. Os resultados obtidos nos últimos anos fazem do time de Marcelo Mendez um alvo certo, seja de equipes de menor expressão ou das agremiações de grande investimento, que tentarão tirar do time cruzeirense o rótulo de melhor do Brasil. “Todos vão querer tirar uma casquinha do nosso ti-

me”, admite o líbero Serginho, uma das peças mais experientes da equipe. Para Mendez, repetir o desempenho de 2012 é o grande desafio do time. “Fizemos uma temporada excelente até aqui, e conseguimos ótimos resultados. Agora, temos que nos preparar para a principal competição do Brasil”, declarou. Depois do primeiro lugar na última edição da Superliga, o Sada partiu com tudo para o Sul-Americano, campeonato que foi conquistado sem muitas dificulda-

des. A exigência mesmo veio no Mundial Interclubes, em Doha, no Catar, no mês de outubro. Por lá, o Sada encontrou algumas das melhores equipes do mundo, entre elas, o Trentino, algoz na primeira fase e também na decisão, o que deixou o Sada com o vice-campeonato. Apesar da derrota na decisão, o resultado foi comemorado. O status de segundo melhor time do mundo é para poucos, e o elenco sabe bem disso. Mendez não esconde a vontade de

disputar o torneio novamente. “A Superliga nos credencia a disputar um SulAmericano, que dá vaga no Mundial. Queremos repetir esse ciclo novamente”, disse o técnico argentino. A maturidade adquirida no Mundial não será tirada tão cedo dos jogadores, que se mostram motivados para manter a hegemonia nacional. “Ficamos muito felizes com o resultado geral do Mundial. E, agora, temos um novo foco pela frente”, destaca o central Acácio. LEO FONTES

Meta ambiciosa. Grupo do Sada Cruzeiro está empenhada em buscar o inédito bicampeonato da Superliga

“Não podemos negar que também somos um dos favoritos.”

“Estamos focados em dar um passo de cada vez.”

CENTRAL DO SADA CRUZEIRO

LÍBERO DO SADA CRUZEIRO

Acácio

Serginho


O TEMPO Belo Horizonte

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DOMINGO, 18 DE NOVEMBRO DE 2012

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0 Histórico

Minientrevista

G

Serginho Líbero SADA CRUZEIRO

“Todos vão querer tirar uma casquinha do nosso time” Você é um dos atletas mais experientes do Sada e com mais participações na Superliga. Sabe de quantas edições do torneio você já participou? Aí você me apertou. Não sei esse número de cabeça, infelizmente. Mas foram muitas. Como você vê o atual momento da Superliga? Acredita que o campeonato vem crescendo a cada ano ou o torneio conseguiu manter uma estabilidade nas últimas temporadas? Depois que tivemos esse crescimento da economia brasileira, aliado à crise da moeda em vários países da Europa, a Superliga de vôlei teve importante crescimento. Conseguimos trazer jogadores estrangeiros com mais frequência, e isso atrai muito o público para os ginásios, além dos patrocinadores, que se mostram mais dispostos a realizar investimentos no esporte. Hoje, temos o vôlei mais fortalecido no Brasil, definitivamente. Algum segredo para se fazer uma boa Superliga? É possível já pensar na segunda fase da competição e em uma nova participação na final? Temos que fazer o que sempre fize-

mos nas últimas temporadas: dar um passo de cada vez. O que dizer da postura em partidas contra times que não são candidatos ao título? Temos que ter muito cuidado com esses jogos. Não podemos deixar o ritmo cair, nem nosso comportamento pode ser diferente. Isso pode ser traiçoeiro. Não temos que entrar em quadra já achando que a vitória está bem-encaminhada pelo fato de estarmos jogando em casa ou de encararmos um adversário de menor tradição. A postura deve ser a mesma, assim como a intensidade do jogo, contra adversário A ou B, seja ele o primeiro ou o último colocado. Cada jogo deve ser encarado como uma final. O fato de ter jogado o Mundial faz do Sada um alvo mais visado? Acho que sim, todos os times vão querer tirar uma casquinha da nossa equipe. Temos que estar preparados para tudo e para todos. O que a participação no Mundial trouxe de positivo? Podemos obter alguns aprendizados importantes jogando contra algumas

das melhores equipes do mundo. O time do Trentino, por exemplo, não muda sua tática de saque em nenhum momento. O adversário pode ser qualquer um do outro lado da quadra e o placar pode estar apontando para uma vantagem ou uma desvantagem deles. Mesmo assim, eles forçam o saque a todo momento, do início ao fim da partida, estejam eles ganhando, perdendo ou empatando a partida. Uma outra coisa que me chamou a atenção é a eficiência que eles aplicam na direção do saque. Eles conseguem, com muita competência, sacar naquele determinado jogador que tem o passe menos eficiente. Eles conseguem fazer exatamente aquilo que foi combinado nas reuniões antes das partidas. É possível já pensar em uma nova participação no Campeonato Mundial? Ou ainda é muito cedo? Acho que é precoce demais. Sabemos muito bem que o caminho é árduo e longo. Temos que ir com calma, não podemos colocar o carro na frente dos bois. Temos condições de brigar pelas primeiras posições e, se o título vier, podemos começar a pensar em um novo Mundial. LEO FONTES

Parceria. Um projeto inovador que começou em 2006 e que atingiu resultados expressivos em pouco tempo. Assim pode ser resumida a parceria do Sada com o vôlei mineiro. Depois de ter Betim e Itabira como sedes, a equipe se mudou para Belo Horizonte, em 2009, em parceria com o Cruzeiro, um dos maiores clubes de futebol do país. Um ano antes, o trabalho já havia ganhado um importante reforço por meio da criação das categorias de base, focando a formação de atletas de qualidade que pudessem, em um futuro não muito distante, fazer parte do time adulto. Destaque. Depois de fazer boas campanhas para uma equipe novata no maior campeonato de vôlei do país, os resultados de destaque não demoraram a aparecer. Depois do bicampeonato de Irvine, nos EUA, a Superliga bateu na trave, com o vice em 2010/2011. Em 2011/2012, vieram o título e a histórica participação no Mundial Interclubes.

0 Resultado 2012 - Campeão da Superliga - Campeão Mineiro - Campeão Sul-Americano - Vice-Campeão Mundial

Base mantida será aliada a duas contratações pontuais

2011 ¬ Em todoinício detemporada,

mudanças acabam acontecendo. No caso do Sada Cruzeiro, não foi diferente. No entanto, as mudanças foram poucas, e a manutençãodabaseseráopontoforte do time de Marcelo Mendez. Ao todo, foram duas contratações para esta temporada, ambas na entrada de rede. O ponta Túlio jogou o último ano pelo BMG-São Bernardo e chegou ao Sada para a disputa do Estadual. Túlio chega para compor o elenco e ser uma opção interessante de banco. “Venhoparabuscarmeuespaçoeestou muito feliz por fazer parte de um elenco tão vitorioso”, comemorou o jogador em sua chegada. Aoutranovapresençaédenível internacional. O cubano Leal, ponteiro de muita força nos ataques, só pôde estrear pela equipe cruzeirense no Mundial de Clubes, quando recebeu algumas oportunidades. Antes de chegar a Belo Horizonte, Leal teve que ficar dois anos sem poder

atuar, devido à legislação cubana, e a falta de ritmo de jogo e do preparo físico ideal era notória. No entanto, a qualidade técnica do jogador é inegável e, em pouco tempo, o cubano pode ocupar o lugar de titular na equipe. “O Leal vem somar muito. Ele ainda não está na sua melhor forma, pois ficou dois anos sem jogar, maséumgrandejogadoreacrescentará muito ao nosso entrosado elenco”, aponta Mendez. Filipee Maurício terãoque se virar para convencer Mendez sobreapermanêncianaequipetitular.Maisimportante doque adupladeponteiros,éaforçadogrupo,quepoderá contarcom peças de bom nível para o revezamento em um campeonato longo e disputado como a Superliga. Sem muitas oportunidades, o Sada liberou jovens promessas,comoocentralLucãoeoponta Hugo, que foram para a UFJF. OtambémponteiroLucasLohrecebeu boa proposta do Vivo-Minas e estará defendendo o rival dos celestes. (DO)

- Vice-campeão da - Superliga - Campeão Mineiro - Bicampeão do Torneio de Irvine (EUA)

2010 - Campeão Torneio de Irvine (EUA) - Campeão Mineiro - Quarto lugar na Superliga

2009 - Bronze no Sul-Americano - Terceiro lugar na Superliga

Comandante. Marcelo Mendez disputará sua terceira Superliga à frente do Sada Cruzeiro


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e.

O TEMPO Belo Horizonte

Especial Superliga

DOMINGO, 18 DE NOVEMBRO DE 2012

SUPERLIGA FEMININA DE VÔLEI

TURNO 4ª RODADA

1ª RODADA 18h 19h30 19h30 20h 21h

23/11/2012 Sesi-SP X E.C. Pinheiros São Paulo Banana Boat/praia Clube X São Bernardo Vôlei Uberlândia Unilever X São Caetano Rio De Janeiro Usiminas/minas X Rio Do Sul Belo Horizonte Sollys/nestlé X Vôlei Amil Osasco

19h 19h30 19h30 20h 20h

4/12/2012 Sesi-SP X Vôlei Amil São Bernardo Vôlei X Rio Do Sul Banana Boat/praia Clube X São Caetano E.C. Pinheiros X Sollys/nestlé Usiminas/minas X Unilever

São Paulo São Bernardo Uberlândia São Paulo Belo Horizonte

19h 19h30 20h 20h15 21h

5ª RODADA 2ª RODADA 19h 19h30 19h30 20h 20h15

27/11/2012 Vôlei Amil X Unilever Campinas Sollys/nestlé X São Bernardo Vôlei Osasco São Caetano X Usiminas/minas São Caetano Do Sul E.C. Pinheiros X Banana Boat/praia Clube São Paulo Rio Do Sul X Sesi-SP Rio Do Sul

19h30 19h30 20h 20h15 21h

19h30 19h30 20h 20h15 21h

São Caetano Do Sul Campinas Belo Horizonte Rio Do Sul Rio De Janeiro

6ª RODADA

18h30 19h30 20h15 21h 16h

10/12/2012 Sollys/nestlé X Banana Boat/praia Clube

3ª RODADA 30/11/2012 São Caetano X Sollys/nestlé São Caetano Do Sul Banana Boat/praia Clube X Sesi-SP Uberlândia E.C. Pinheiros X Unilever São Paulo Rio Do Sul X Vôlei Amil Rio Do Sul São Bernardo Vôlei X Usiminas/minas São Bernardo

7/12/2012 São Caetano X E.C. Pinheiros Vôlei Amil X São Bernardo Vôlei Usiminas/minas X Sesi-SP Rio Do Sul X Sollys/nestlé Unilever X Banana Boat/praia Clube

18h30 11/12/2012 19h30 Vôlei Amil X São Caetano 19h30 Unilever X Rio Do Sul 22h Sesi-SP X São Bernardo Vôlei 12/12/2012 19h30 Usiminas/minas X E.C. Pinheiros

9ª RODADA

Osasco Campinas Rio De Janeiro São Paulo Belo Horizonte

7ª RODADA 13/12/2012 São Bernardo Vôlei X UnileverBranco São Bernardo Baetão 14/12/2012 Banana Boat/praia Clube X Usiminas/minas Uberlândia E.C. Pinheiros X Vôlei Amil São Paulo Rio Do Sul X São Caetano Rio Do Sul Sollys/nestlé X Sesi-SP Osasco 8ª RODADA 17/12/2012 São Caetano X São Bernardo Vôlei São Caetano Do Sul 21/12/2012 Vôlei Amil X Banana Boat/praia Clube Campinas Rio Do Sul X E.C. Pinheiros Rio Do Sul Unilever X Sesi-SP Rio De Janeiro 22/12/2012 Sollys/nestlé X Usiminas/minas Osasco

18h 19h30 19h30 19h30 20h

11/01/2013 São Caetano X Sesi-SP São Caetano Do Sul São Bernardo Vôlei X E.C. Pinheiros São Bernardo Unilever X Sollys/nestlé Rio De Janeiro Banana Boat/praia Clube X Rio Do Sul Uberlândia Usiminas/minas X Vôlei Amil Belo Horizonte

RETURNO 4ª RODADA

1ª RODADA 19h30 19h30 19h30 20h 20h15

15/01/2013 Vôlei Amil X Sollys/nestlé Campinas São Bernardo Vôlei X Banana Boat/praia Clube São Bernardo São Caetano X Unilever São Caetano Do Sul E.C. Pinheiros X Sesi-sp São Paulo Rio Do Sul X Usiminas/minas Rio Do Sul

19h30 19h30 19h30 19h30 20h15

10h

18/01/2013 Sesi-sp X Rio Do Sul São Paulo São Bernardo Vôlei X Sollys/nestlé São Bernardo Banana Boat/praia Clube X E.C. Pinheiros Uberlândia Usiminas/minas X São Caetano Belo Horizonte 19/01/2013 Unilever X Vôlei Amil Rio De Janeiro

18h 19h30 19h30 19h30 20h

São Paulo Osasco Campinas Rio De Janeiro Belo Horizonte

19h30

5/ 2/2013 Sesi-sp X Sollys/nestlé São Paulo São Caetano X Rio Do Sul São Caetano Do Sul Unilever X São Bernardo Vôlei Rio De Janeiro Usiminas/minas X Banana Boat/praia ClubeBelo Horizonte 06/02/2013 Vôlei Amil X E.C. Pinheiros Campinas

18h 19h30 19h30 20h 20h

19/02/2013 Sesi-sp X Unilever Banana Boat/praia Clube X Vôlei Amil São Bernardo Vôlei X São Caetano Usiminas/minas X Sollys/nestlé E.C. Pinheiros X Rio Do Sul

21h 21h 21h 21h 21h

22/02/2013 Sollys/nestlé X Unilever Vôlei Amil X Usiminas/minas Sesi-sp X São Caetano Rio Do Sul X Banana Boat/praia Clube E.C. Pinheiros X São Bernardo Vôlei

18h 19h30 19h30 20h

8ª RODADA

18h 19h30 19h30 19h30 20h

29/01/2013 Sesi-sp X Usiminas/minas Sollys/nestlé X Rio Do Sul São Bernardo Vôlei X Vôlei Amil Banana Boat/praia Clube X Unilever E.C. Pinheiros X São Caetano

19h30

01/02/2013 Banana Boat/praia Clube X Sollys/nestlé

19h30

São Caetano X Vôlei Amil

19h30

São Bernardo Vôlei X Sesi-sp

20h

E.C. Pinheiros X Usiminas/minas

São Paulo

20h15

Rio Do Sul X Unilever

Rio Do Sul

São Paulo Osasco São Bernardo Uberlândia São Paulo

6ª RODADA

3ª RODADA 22/01/2013 Sesi-sp X Banana Boat/praia Clube Sollys/nestlé X São Caetano Vôlei Amil X Rio Do Sul Unilever X E.C. Pinheiros Usiminas/minas X São Bernardo Vôlei

25/01/2013 Sollys/nestlé X E.C. Pinheiros Osasco Unilever X Usiminas/minas Rio De Janeiro São Caetano X Banana Boat/praia ClubeSão Caetano Do Sul Vôlei Amil X Sesi-sp Campinas Rio Do Sul X São Bernardo Vôlei Rio Do Sul 5ª RODADA

2ª RODADA 20h 19h30 19h30 20h

7ª RODADA

São Paulo Uberlândia São Bernardo Belo Horizonte São Paulo

9ª RODADA Uberlândia

São Caetano Do Sul São Bernardo

Quartas de Final Semifinal Final

Osasco Campinas São Paulo Rio Do Sul São Paulo

27/2, 2/3 e 5/3/2013* 9/3, 16/3 e 22/3/2013* 7/4/2013 * SE FOR NECESSÁRIO A TERCEIRA PARTIDA


TIM LIBERTY

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O TEMPO Belo Horizonte

Especial Superliga

DOMINGO, 18 DE NOVEMBRO DE 2012

ANGELO PETTINATI

Solução caseira. Com a perda de algumas estrelas, Minas contará com jovens da base, principalmente no banco de reservas

HISTÓRIA e raça para compensar o investimento Usiminas-Minas perdeu importantes peças e fez poucas contratações para esta temporada, mas a dedicação a cada jogo é a arma para que a equipe de Jarbas Soares possa ter um desempenho que faça valer o peso de ter disputado todas as edições da Superliga ¬ DANIEL OTTONI ¬ Impulsionado pela sua enorme tradi-

ção no cenário do vôlei nacional, o Usiminas-Minas entra na Superliga feminina sendo bastante respeitado pelas adversárias, principalmente pelo fato de ser, ao lado do Pinheiros, a única equipe que disputou todas as edições da competição. Mas, para este ano, o time do técnico Jarbas Soares terá que suar bastante para alcançar a quarta posição conquistada na última temporada. O orçamento disponibilizado não permitiu a permanência de suas maiores es-

trelas, tampouco a contratação de peças de reposição à altura. Saíram da equipe as cubanas Ramirez e Herrera. Essa última foi a sensação da Superliga 2011/2012, terminando o campeonato como a maior pontuadora. Além das duas caribenhas, a ponta Mari Paraíba decidiu se dedicar à carreira de modelo. A central Natasha, agora, faz parte do Vôlei Amil, e Dani Suco foi para o Sollys. O posto de referência agora é da levantadora Claudinha, que integra a seleção brasileira de novas. Para tentar trazer um pouco mais de experiência ao time, foram contratadas a ponta Thaisinha, que fez bem seu papel na última Superliga pelo Mackenzie, a oposta Lia e a central Bárbara. A ponta Thaís tam-

bém chega para somar, trazendo bagagem internacional, depois de defender o Puntotel Sala Consilina, da Itália. “A nossa maior perda foi no banco, que agora será composto de jogadoras muito jovens, a maioria delas formadas dentro do próprio clube. Perdemos bastante em experiência, mas, em compensação, ganhamos em força, vontade e muita determinação. Essa mescla pode, sim, trazer bons resultados”, comenta Jarbas Soares, que ainda acha cedo para uma previsão de qual posição o time pode terminar a temporada 2012/2013. “Vamos tentar fazer valer a tradição do Minas, com muito empenho. Acredito que podemos atingir nosso ápice no decorrer da competição”, prevê o treinador.

“Perdemos em experiência, mas ganhamos na vontade da juventude.” Jarbas Soares

TÉCNICO DO USIMINAS-MINAS

x

Jarbas Soares

TÉCNICO DO USIMINAS-MINAS

“A ausência de um campeonato estadual de bom nível acabou atrapalhando a nossa preparação. Fazer amistosos é bem diferente de fazer jogos oficiais, com torcida, arbitragem e valendo medalha.”

“Na reta final, nossa preparação foi intensa.” Jarbas Soares

TÉCNICO DO USIMINAS-MINAS


O TEMPO Belo Horizonte

Especial Superliga

DOMINGO, 18 DE NOVEMBRO DE 2012

0 Histórico

Minientrevista

Ausência de Estadual atrapalhou preparação

G

Jarbas Soares técnico USIMINAS-MINAS

¬ Acreditar que o time encontrará

seu melhor ritmo no meio da Superliga. Esse pensamento é motivado pelo fato de o Usiminas-Minas não ter tido um campeonato no qual pudesse jogar contra adversárias do mesmo nível. “Isso fez diferença na preparação. Jogos oficiais, com torcida, árbitros e mais competitividade trazem um outro espírito”, comenta Jarbas. Amistosos foram realizados contra o Banana Boat-Praia Clube, seleção brasileira juvenil e Unilever (RJ). Nos quatro jogos contra o Praia Clube, apenas uma vitória da equipe minastenista. Nos anos anteriores, o Campeonato Mineiro foi disputado com a participação de três equipes. No entanto, o trio era participante da Superliga, e sempre agregava na evolução das equipes. Com a desistência do Mackenzie, ficou inviável a realização de um campeonato. “O Estadual nos dava um bom ritmo de jogo. Partidas valendo medalha são diferentes, não tem como negar isso. É uma pena que isso tenha acontecido. Tivemos que buscar alternativas para não perdermos tempo”, lamenta Jarbas. (DO)

e. 21

“Nosso time titular conta com jogadoras de boa rodagem” Vocês fizeram amistosos contra o Unilever, um dos favoritos ao título. Jogar contra equipes mais fortes é melhor? Para mim, o mais importante é a oportunidade de jogarmos e darmos um tempo nos treinamentos. Foi bom para termos um parâmetro da qualidade que iremos encontrar durante a Superliga.

A ausência de um campeonato atrapalhou? Demais. Jogos oficiais são diferentes de treinos e amistosos. As jogadoras entram em quadra com um outro espírito quando se tem torcida, arbitragem e uma competição onde existe a disputa por medalhas. Foi uma pena o Mackenzie não ter tido condições financeiras.

Como está a preparação do time nesta reta final? Neste período, a equipe cresceu muito, os treinamentos ficaram mais intensos. Tivemos algumas ausências por contusões, nada muito sério, mas os treinos estão muito bons e me dão uma expectativa boa para a competição.

O investimento para este ano não permitiu a manutenção de importantes peças e também a contratação de jogadoras à altura. Isso também prejudica? É claro que sim, tivemos perdas que não gostaríamos, em função do orçamento que foi disponibilizado. Perdemos em experiência, mas ganhamos na motivação e na vontade da juventude. O que mais perdemos foi nessa bagagem, principalmente no banco de reservas. Mas nosso time titular conta com jogadores de boa rodagem, com experiência em seleção e times internacionais.

Será possível realizar mais amistosos? Queremos, sim, ter essa oportunidade, mas não sei se será possível. Os times de São Paulo preferem fazer jogos entre si. Mas gostaríamos de fazer mais dois ou três amistosos depois destes três adversários (Praia Clube, seleção juvenil e Unilever) que tivemos durante este período de preparação para a disputa da Superliga.

Alguma projeção para o campeonato? Acho cedo para falar disso. No decorrer da competição, teremos uma ideia mais clara. ANGELO PETTINATI

Elenco definido

Recordista. O Minas Tênis Clube conta com a tradição nesta Superliga feminina de vôlei. Ao lado do Pinheiros, é a única equipe que disputou todas as edições do campeonato nacional. O começo da história do time do bairro de Lourdes no vôlei feminino remete ao ano de 1937, mostrando a força e a representatividade que a modalidade tem não somente no clube, como na cidade e no Estado. Conquistas. Nos anos 90, a equipe minastenista teve resultados expressivos com o Lacqua di Fiori, que contava com a presença de ícones como Ana Paula, Arlene, Leila e Hilma. Nos anos 2000, foi a vez de a ponta romena Cristina Pirv ser a bola da vez e ocupar o status de ídolo. Nos últimos anos, o time continuou fazendo bonito e conseguindo se manter entre as principais equipes do país, mesmo com o investimento ficando longe do desejado. A formação de atletas da casa sempre conta a favor do Minas em momentos de transição.

0 Resultado 2012 - Quarto lugar na Superliga

Perdas. Para esta temporada, o Usiminas-Minas teve que ver seu orçamento comprometer a permanência de importantes peças. Ramirez, Herrera, Natasha e Mari Paraíba foram algumas das que se ausentaram.

2011 - Terceiro lugar no Campeonato Mineiro - Quinto lugar na Superliga

2010

Ganhos. Jogadoras de qualidade vieram e podem fazer a diferença. A central Bárbara, a oposta Lia, as pontas Thaís e Thaisinha foram algumas das contratações. O bom desempenho de Thaisinha pelo Mackenzie na última temporada é uma das grandes esperanças para este ano. A impulsão da atleta impressiona, assim como seu poder de definição. Sua xará Thaís também pode contribuir com a experiência do título nacional em 2010 pelo Sollys.

- Quinto lugar na Superliga - Vice-campeã mineira

2009 - Oitavo lugar na Superliga

2008 - Sexto lugar na Superliga

Ficaram. A oposto Carla é uma das jovens do banco de reservas que também podem surgir como surpresa para a temporada. A central Fernanda Ísis foi importante peça na quarta colocação da temporada 2011/2012 e sua permanência foi comemorada pelo técnico Jarbas Soares. A regularidade da líbero Tássia também será de grande valia.

2007 - Terceiro lugar na Superliga - Terceiro lugar na Copa Brasil

2006 - Sétimo lugar na Superliga

Time base: Claudinha, Lia, Fernanda Isis, Bárbara, Thais e Thaisinha. Líbero: Tássia Olhar para frente. Jarbas Soares lamenta perda de atletas, mas confia que atual grupo fará bonito


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DOMINGO, 18 DE NOVEMBRO DE 2012

Para SUPERAR o maior resultado de sua história Praia Clube manteve a base do ano passado, mas também fez boas contratações, com destaque para a ponteira cubana Herrera, maior pontuadora da última Superliga; objetivo é classificar-se para as quartas, de preferência com campanha superior à última ¬ DANIEL OTTONI ¬ O Banana Boat-Praia

Clube parece não ter ficado satisfeito com o melhor resultado de sua história na última Superliga. O sexto lugar na edição passada do Campeonato Nacional serviu para mostrar que o trabalho está sendo benfeito e que os resultados aparecem, quando seriedade e comprometimento são aplicados em cada oportunidade. O treinador Spencer Lee continua no comando do time praiano. “Queremos melhorar em relação ao último resultado. Nosso investimento é distante das favoritas, mas não podemos deixar de ter essa ambição”, afirma Spencer. Para este ano, os recursos foram ampliados, o que colaborou para a contratação de importantes reforços. A ponta cubana Herrera – que foi a maior pontuadora da última Superliga pelo UsiminasMinas – foi disputada por outras equipes, mas a decisão foi pelo time do Triângulo, o que foi muito comemorado.

Além dela, também foram contratadas a central Letícia Hage, ex-Mackenzie, uma das maiores bloqueadores da última edição da Superliga, e sua companheira de posição Mayhara Silva, que atuou pelo Rio do Sul (SC) no ano passado, mas que também mostrou ser um paredão dentro de quadra. Os treinamentos tiveram que ser intensificados, uma vez que a não-realização do Estadual deixou o clube um pouco distante do ritmo ideal. “O Mackenzie era mais do que um adversário. Era um parceiro”, elogia o treinador. Amistosos foram realizados contra o Vivo-Minas e também contra o Unilever (RJ), um dos favoritos ao título. Contra o Minas, foram quatro jogos, com apenas uma derrota, mostrando importante evolução e notável superioridade sobre o time de Jarbas Soares. Mas a vitória mais comemorada foi contra o Unilever. No primeiro encontro, 3 sets a 1, quando o time de Bernar-

dinho entrou em quadra com força total, sem desfalques. “Este resultado nos deu muita alegria e serviu para mostrar que estamos no caminho certo”, comemora Spencer.

x

Spencer Lee

TÉCNICO DO PRAIA CLUBE

“Vai ser difícil, mas queremos fazer frente às favoritas ao título, que possuem um investimento muito superior ao nosso. Não podemos deixar de ter essa ambição. Acredito muito no alcance desta meta.”

6º lugar posição do Praia na última edição da Superliga, a melhor colocação em toda a história do time de Uberlândia no Campeonato Nacional

ANGELO PETTINATI

Consolidado. Com apenas cinco anos de existência, time de vôlei feminino do Praia Clube, de Uberlândia, já é destaque no nacional

“Jogar solto contra o Unilever fez a diferença. Foi um resultado surpreendente.”

“Temos um quarto do investimento do Sollys-Nestlé.”

TÉCNICO DO PRAIA CLUBE

TÉCNICO DO PRAIA CLUBE

Spencer Lee

Spencer Lee


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WANDER ROBERTO/VIPCOMM

0 Histórico

Minientrevista

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Spencer Lee técnico BANANA BOAT-PRAIA CLUBE

“Nossa evolução vem de um somatório de fatores.”

Responsabilidade. Juliana (camisa 8) substituirá Camila Torquette

Grupo terá que superar a ausência da capitã ¬

Semanas antes da estreia na Superliga feminina de vôlei, o Banana Boat-Praia Clube se deparou com um inesperado desfalque para as primeiras rodadas da competição. A capitã e levantadora Camila Torquette, 26, sentiu dores no joelho direito após os jogos amistosos contra o Vivo-Minas. Ao relatar o incômodo aos médicos do clube, um exame de imagem detectou a necessidade de uma pequena cirurgia para corrigir um problema no menisco da jogadora, que fez boa temporada na última edição da Superliga. “Ela estava em excelente formas física e técnica. Estivemos ao seu lado quando ficamos sabendo da cirurgia. Estamos dando todo o apoio neste momento, ela merece muito”, comentou Juliana Carrijo, substituta imediata de Torquette. A cirurgia foi realizada no final do mês de outubro, e a previsão de retorno é para o início de dezembro deste ano. Juliana também aproveitou bem as oportunidades na última temporada e, com apenas 20 anos, foi um dos destaques do Praia na competição, mostrando que o técnico Spencer

Lee está bem-servido na posição. “Os treinos estavam intensos e uma ajudava a outra a buscar essa evolução contínua. Sem a presença dela, fico até com receio de que meu crescimento fique comprometido, uma vez que não terei alguém ali do lado, disputando a posição”, salientou Luciana Carrijo na semana em que ficou sabendo da contusão da companheira de posição. Se o problema era uma sombra para motivar, ele não existe mais. Mesmo com Juliana à disposição de Spencer Lee, o Praia tratou de buscar uma nova jogadora para a posição. Camila Adão, que estava no Pinheiros, foi contratada e já treina com o elenco praiano. A atleta possui boa experiência e um currículo de fazer inveja a muitas jogadoras. Além do tricampeonato da Superliga pelo extinto Rexona-Ades, Camila foi campeã mundial juvenil com a seleção brasileira em 2003. “Aos poucos, vamos também dando oportunidades para essa jogadora, para que ela possa ganhar ritmo e nos ajudar durante a temporada”, diz Spencer Lee. (DO)

O time deste ano é mais forte do que o do ano passado? Acredito que sim. Conseguimos fazer uma boa seleção de jogadoras da última temporada, quando mantivemos oito peças do elenco. Com a ajuda de parceiros, tivemos mais recursos e conseguimos trazer atletas de muita qualidade, como foi o caso da Herrera, da Mayhara e da Letícia Hage.

mento, o que acaba refletindo nos resultados. A estrutura do Praia ajuda muito. Temos um ginásio e uma academia de bom nível e, aos poucos, outras partes do clube vão sendo disponibilizadas para as equipes de alto rendimento. Por fim, a comunidade de Uberlândia abraçou o projeto, e isso nos dá um belo incentivo para fazermos o nosso melhor, ciente da responsabilidade que temos.

Alguma meta foi traçada? Nosso maior objetivo é conseguir um resultado melhor que o do ano passado, quando ficamos em sexto. Um quinto lugar já estaria de bom tamanho. No entanto, queremos fazer frente às equipes que possuem um investimento muito superior ao nosso, como é o caso do Sollys-Nestlé (SP), que investiu R$ 12 milhões. Nosso orçamento é apenas um quarto deste valor. Não podemos deixar de ter essa ambição.

O que representa uma vitória contra o Unilever? Representa muito. Conseguimos ganhar de uma das melhores equipes do mundo, comandadas por um treinador que dispensa comentários. Nossas jogadoras estiveram soltas e o time delas entrou em quadra com toda a força, com Logan Tom, Fabi, Natália e cia. Este resultado nos dá uma alegria muito grande e mostra que estamos no caminho certo.

O que faz o projeto conseguir essa evolução? Trata-se de um somatória de fatores. Tivemos a entrada de um novo parceiro, que possibilitou que tivéssemos mais verba para contratações. Isso ajuda muito. A experiência de nossa comissão técnica também é fundamental. Temos profissionais de qualidade, que, a cada ano, mostram um cresci-

Neste ano, podemos dizer que o Praia está à frente do Minas? Talvez sim, mas mais pela presença da Herrera, que saiu de lá e agora será a nossa artilheira. Mas o Minas faz um trabalho fantástico e pode surpreender muita gente com resultados expressivos. Acredito muito na competência do Jarbas Soares e de toda a sua equipe de profissionais. (DO)

Praia está ‘tom acima’ Na frente. Ao contrário das últimas temporadas, quando o rival Minas Tênis Clube mostrava um elenco encorpado e uma possibilidade mais real de brigar de igual para igual com as favoritas ao título da Superliga feminina, nesta temporada que se inicia, a situação parece ter se invertido. O investimento feito pelo clube de Uberlândia foi maior e teve como referência a contratação de uma ex-minastenista, a ponta cubana Herrera, maior

pontuadora da última competição nacional. Respeito. Apesar das impressões, Spencer Lee alerta para a força do Usiminas-Minas. “A tradição merece respeito. Eles fazem um grande trabalho e não é de hoje. O Minas deve surpreender muita gente e pode, mesmo com os desfalques que teve, conseguir resultados expressivos”, detalha o treinador praiano.

Evolução rápida. O projeto do vôlei feminino do Praia Clube começou há apenas cinco anos. A intenção inicial era conseguir se manter na elite da Superliga feminina para, aos poucos, buscar melhores resultados, alcançando um outro patamar. A estrutura do Praia Clube ajuda bastante na evolução do time dentro da competição nacional. Ginásio, academia e profissionais de qualidade são fundamentais para o crescimento da equipe em um torneio tão competitivo. Façanha. Depois de participações que não chamaram muito a atenção, o Praia conseguiu, no último ano, um inédito sexto lugar, posição que encheu todos os envolvidos de esperança para as próximas temporadas. Com mais investimento disponível para este ano, a expectativa é de resultados expressivos e de vitórias sobre equipes que receberam mais recursos, como é o caso das favoritas Unilever, Sollys-Nestlé, Vôlei Amil e Sesi-SP.

0 Resultado 2011 - Campeã Mineira - Campeã dos Jogos Abertos Brasileiros - Sexto lugar na Superliga

2010 - Terceiro lugar no Mineiro - Sétimo lugar na Superliga

2009 - Nono lugar na Superliga

2008 - Campeã da Liga Nacional

2007 - Quarto lugar na Liga Nacional


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0 Histórico Início. O Unilever começou sua trajetória em 1997, em Curitiba, com o nome de Rexona-Ades. Foram vitoriosos anos na capital paranaense, sob o comando de Bernardinho. A transferência para o Rio de Janeiro aconteceu em 2004, e as conquistas continuaram acontecendo, influenciadas pelo forte patrocínio por trás do projeto, que possibilitaram a manutenção do treinador e também pela chegada de jogadoras de expressão. Êxito. Com um time coeso na mão, Bernardinho aliou o seu talento para fazer o time conquistar sete campeonatos nacionais. O currículo da equipe e os fortes elencos montados credenciam a Unilever como uma das favoritas ao título da forte competição nacional. Nem os adversários têm dúvidas de que a equipe carioca estará, novamente, na parte de cima ao fim do torneio nacional. Time base: Fofão, Sarah Pavan, Logan Tom, Natália, Régis, Valeskinha. Líbero: Fabi.

0 Resultado 2012 - Vice-campeã da Superliga

2011 - Campeã da Superliga

2010 - Vice-campeã da

Com ESTRELA no banco, Unilever busca oitavo título Além de Bernardinho, equipe carioca terá importantes jogadoras dentro de quadra para fazer valer o favoritismo; dupla de estrangeiras e a experiente levantadora Fofão são as atrações ALEXANDRE ARRUDA/CBV

¬ DANIEL OTTONI ¬ A presença de Bernardinho já é moti-

vo para o Unilever (RJ) ser cotado como favorito ao título da Superliga. Mas o forte elenco faz o time carioca se confirmar entre as equipes que estarão lutando, até o fim, pelo título da competição nacional. Para a temporada 2012/2013, foram mantidos importantes nomes como as centrais Walewska e Juciely, a líbero Fabi e as ponteiras Régis e Natália. A veterana levantadora Fernanda Venturini deixou de vez as quadras e precisava de uma substituta à altura, uma vez que a jovem Roberta era a única para a posição. Mesmo parada há um ano, a experiente Fofão foi a alternativa encontrada por Bernardinho, que mostra muita confiança na jogadora. Fazendo valer o direito de ter duas estrangeiras na equipe, o Unilever contratou a norte-americana Logan Tom e a oposta canadense Sarah Pavan. Quem também chegou para compor o grupo, mas que deve receber boas oportunidades, é a ponta Gabi, de apenas 18 anos, que se destacou no último ano pelo Mackenzie. “Estamos iniciando um trabalho, construindo uma nova equipe. O importante é buscar o entrosamento e fazer com que todas as peças se encaixem nesse novo trabalho”, afirma a líbero Fabi.

Personalidade. Também técnico da seleção brasileira masculina, Bernardinho é garantia de alto nível

Minientrevista

G

Bernardinho técnico UNILEVER

Superliga

2009 - Campeã da Superliga

2008 - Campeã da Superliga

2007 - Campeã da Superliga

2006 - Campeã da Superliga

x

“Estaremos na briga por uma vaga na decisão.”

Bernardinho

TÉCNICO DO UNILEVER

“Temos um time muito competitivo, como o da temporada passada. O Sollys-Nestlé tem grandes chances de chegar à final do campeonato. Estaremos na briga para enfrentá-las na decisão desta disputada Superliga.”

2005 - Vice-campeã da Superliga

Você acredita que o time do Unilever está mais forte que o do ano passado? Posso dizer que é um time competitivo como o da temporada passada. Ser mais forte ou não depende de alguns parâmetros. A presença da Fofão serve de motivação para as jogadoras mais novas? Sim, ela é uma referência por sua postura e

“O importante é fazer com que todas as peças se encaixem nesse novo trabalho.” Fabi

LÍBERO DO UNILEVER

capacidade. Trata-se de uma campeã olímpica que vem contribuir com seu talento e experiência. Acha saudável a presença de mais uma equipe (Vôlei Amil) para brigar pelo título? A Superliga já teve edições em que vários times tinham chances de brigar pelo título. Já fizemos finais muito du-

ras, com diferentes equipes. Dessa vez, Osasco, no meu entender, tem muita chance de chegar à final. Estaremos na briga pela outra vaga na decisão.


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MELHOR do mundo, Sollys quer manter a hegemonia Equipe vem conquistando todas as competições que disputa; no entanto, o segredo do time de Luizomar de Moura para continuar se destacando é esquecer os últimos títulos e focar os próximos objetivos CINARA PICCOLO/VIPCOMM

¬ DANIEL OTTONI ¬ O Sollys-Nestlé começa a Superliga fe-

minina tão forte quanto nos anos anteriores. No entanto, nesta temporada, o time de Luizomar de Moura carregará o almejado status de melhor equipe do mundo. Tudo em virtude do título do Mundial Interclubes, conquistado no mês de outubro, em Doha, no Catar. O posto não é suficiente para garantir o bicampeonato nacional. “Os jogos do Mundial se tornaram fáceis, porque nós jogamos muito bem. Nosso grupo é muito forte, e espero que possamos chegar a mais uma final de Superliga, porque esse é o nosso objetivo”, destaca a ponteira Jaqueline. O elenco e o histórico no Sollys nos últimos anos são suficientes para colocar o time entre os candidatos ao título. No entanto, esse favoritismo terá que ser comprovado dentro de quadra, como se tudo estivesse começando do zero. “O Mundial já passou. Nós comemoramos nossa conquista merecida até o dia seguinte. Agora, estamos focadas nos próximos objetivos”, comenta Jaqueline. “Enquanto o Mundial é um torneio curto, a Superliga é uma competição na qual você precisa estar bem desde a primeira rodada. As meninas vieram de uma conquista importante, que foi o bicampeonato olímpico, mas chegaram focadas para o Mundial, e o nosso objetivo é que o mesmo aconteça nesta Superliga”, comentou Luizomar, que agradece pelo fato de ter em seu elenco sete campeãs em Londres (Jaqueline, Fabíola, Sheilla, Fê Garay, Thaísa, Adenízia e Camila Brait). “A Superliga é uma competição longa. Por isso, outros fatores, além da qualidade do elenco, pesam para se estar em uma final”, analisou Luizomar. Apesar de ter, nos últimos tempos, vencido tudo o que disputou, não se dar por satisfeito pode ser o segredo para mais triunfos.

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0 Histórico Refundação. A criação da equipe veio na temporada 2009/2010, depois de o Finasa, antigo patrocinador da equipe de Osasco, desistir do projeto. Em parceria com a prefeitura da cidade, a gigante do ramo de alimentos Nestlé resolveu fazer uma empreitada no vôlei feminino, decisão que culminou em excelentes resultados. Conquista. Logona primeiratemporada, depoisdeotime incorporarolaranja,a equipeconquistouo quartotítulodaSuperliga, somandoasconquistas comoantigopatrocinador. Asequênciafoiaindamais vitoriosa,comtítulos estadual,nacional, continental (Sul-Americano)e intercontinental (Mundial),coroandoa trajetóriadesucessode umgrupoquepromete aindamaisparaas próximastemporadas. Time-base:Fabíola, Sheilla,JaquelineeFê Garay,AdeníziaeThaísa. Líbero:CamilaBrait.

0 Resultado

Conjunto. Para a ponteira Jaqueline, dedicação e empenho são o que torna os jogos “fáceis”

2012

Minientrevista

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Luizomar de Moura

- Campeão da Superliga - Campeão Sul-Americano - Campeão Mundial - Campeão Paulista

Técnico SOLLYS-NESTLÉ

“Chegar a uma final de Superliga já pode ser considerado uma vitória” Ter conquistado o Mundial faz o Sollys estar um patamar acima das outras equipes? De maneira alguma. Sabemos que a Superliga é um campeonato difícil, e, a cada ano que passa, chegar a uma final é uma grande vitória. Você se sente um privilegiado por contar com sete campeãs olímpicas? Contar com jogadoras de qualidade sem-

pre foi uma das vocações do projeto, que nos ajuda bastante a ter atletas que são disputadas pelos principais mercados mundiais. Com relação aos elencos das outras favoritas, acredito que eles se equivalem. É uma competição longa, e outros fatores, além da qualidade do elenco, pesam para se estar em uma final. A Superliga pode ser conside-

“A Superliga exige que estejamos bem desde a primeira rodada.” Luizomar de Moura TÉCNICO DO SOLLYS-NESTLÉ

rado um campeonato mais difícil que o Mundial pelo maior número de equipes de alto nível? São campeonatos diferentes. O Mundial é um torneio curto e disputado em pouco mais de uma semana, por isso, estar bem naquele momento pode ser um diferencial. A Superliga é uma competição na qual você precisa estar bem desde a primeira rodada.

2011 - Vice-campeão da Superliga

2010 - Campeão da Superliga - Campeão Sul-Americano - Vice-campeão Mundial Campeão Paulista


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0 Histórico Inspiração. Depois da criação do time masculino, em 2009, o time feminino foi confirmado na temporada passada. O retorno positivo do time masculino deu importante aval para que o projeto fosse estendido às mulheres. Com contratações de grande impacto, não demorou para que a equipe fosse considerada uma das candidatas ao título das competições que disputaria.

Falta algo. No entanto, os resultados, até aqui, não atingiram o esperado ápice. Nas duas participações no Campeonato Paulista, foram dois terceiros lugares. Na Superliga 2011/12, eliminação para o Usiminas-Minas, depois de terminar a fase de classificação em quinto lugar. As expectativas para este ano são ainda maiores. O título é o grande objetivo do grupo, que quer fazer valer todo o investimento realizado nos dois anos de existência. Time-base: Dani Lins, Tandara, Fabiana, Bia, Suelle e Elisângela. Líbero: Verê.

0 Resultado 2012 - Quinto lugar em sua estreia na Superliga feminina - Terceiro lugar no Campeonato Paulista

2011 - Terceiro lugar no Campeonato Paulista

Sesi-SP quer, finalmente, confirmar FAVORITISMO Equipe do técnico Talmo de Oliveira cansou de bater na trave e, agora, espera chegar na frente das outras equipes consideradas favoritas; presença de jogadoras de ponta é o que mais motiva o grupo ALEXANDRE ARRUDA/CBV

¬ DANIEL OTTONI ¬ Depois de uma campanha que ficou

aquém da expectativa na última temporada, quando caiu diante do UsiminasMinas nas quartas de final, o Sesi-SP começa a Superliga feminina pensando grande, como não poderia deixar de ser. O investimento feito pede que as pretensões sejam altas. Com jogadoras do quilate das selecionáveis Dani Lins, Fabiana, Tandara e Elisângela, o time do técnico Talmo de Oliveira busca fazer bonito e tentará ir mais longe que na temporada passada. O quarteto de qualidade tem tudo para levar o time para uma briga acirrada com Unilever (RJ), Vôlei Amil (SP) e Sollys-Nestlé (SP). “Acho que o título deve ficar entre essas quatro equipes. Tivemos alguns problemas de contusão e acredito que encontraremos nosso melhor ritmo no decorrer da competição”, analisa a central Fabiana, um dos destaques da seleção brasileira feminina, medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres. A eliminação na semifinal do Paulista para o Vôlei Amil foi considerada normal. Mas, na Superliga, a ordem é entrar com tudo e diminuir as chances de imprevistos. Para as atletas, fazendo um jogo consistente, o Sesi-SP pode, sim, fazer valer o título de favorito ao título da competição nacional.

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Fabiana CENTRAL DO SESI-SP

“Tivemos algumas contusões que atrapalharam a nossa preparação, mas o time vem mostrando um crescimento muito interessante, principalmente no aspecto tático. Podemos evoluir ainda mais, tenho certeza.”

Grife. Sesi conta com jogadoras campeãs olímpicas neste ano em Londres, como a levantadora Dani Lins

Minientrevista

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Fabiana

Central SESI-SP

“O vôlei foi o esporte que mais evoluiu dentro do cenário nacional” Você percebeu mudanças no vôlei brasileiro após o seu retorno? O jogo está muito bom e nivelado. O esporte foi o que mais evoluiu no Brasil. Dá para sentir uma diferença no início, mas, logo, pegamos o jeito e o ritmo.

os jogos, a equipe vai se entrosando mais. Tivemos algumas contusões que atrapalharam a nossa preparação, mas o time vem mostrando muita evolução e acho que vai ser assim até o fim.

O time pode evoluir ainda mais, principalmente dentro da Superliga? Acredito que essa evolução sempre tem espaço para acontecer. Com

Ofatodevocêtersidoumdos destaques da seleção emLondrespodemotivar ainda mais as adversárias?

“Ter menos times torna o campeonato mais rápido e equilibrado.” Fabiana

CENTRAL DO SESI

Pode ser, mas outros times também têm seus destaques que estavam em Londres. O que motiva os adversários é vencer, e não é diferente com o nosso time. (DO)


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Vôlei Amil chega com investimento e grande EXPECTATIVA Empresa do ramo de saúde investiu pesado na montagem de um time a partir do zero; foram contratadas jogadoras de muita qualidade, além do treinador tricampeão olímpico José Roberto Guimarães ALEXANDRE ARRUDA/CBV

¬ DANIEL OTTONI ¬ Mais um patrocinador de peso chega

à Superliga feminina para montar uma equipe de estrelas e responsabilidades tão grandes quanto o investimento. A Amil, empresa de plano de saúde, decidiu montar, em Campinas, o Vôlei Amil, um time de alto nível para competir de frente com os favoritos Sesi-SP, Unilever (RJ) e Sollys-Nestlé (SP). Além de jogadoras de renome nacional e internacional, um técnico de muita tradição e vitórias no cenário mundial. José Roberto Guimarães é o único brasileiro com três medalhas de ouro em Olimpíadas e terá a missão de comandar uma equipe que promete figurar entre as primeiras colocadas. “Eu nunca tinha vivido essa experiência de integrar um time que sai do zero. Mas tem sido muito bom o crescimento desse grupo. Acredito que teremos muitas alegrias por aqui”, diz a levantadora Fernandinha. Nomes de destaque foram trazidos e prometem fazer valer o investimento e a confiança no talento e a qualidade já reconhecidos. A central Walewska chega do Vôlei Futuro, enquanto a oposto cubana Ramirez veio do Usiminas-Minas. Fernandinha esteve no Azerbaijão na última temporada. Priscila Daroit esteve no Mackenzie e já é figura certa em convocações para a seleção de novas, assim como a líbero Suellen, que deu um importante salto na carreira, deixando o Pinheiros para estar em uma das maiores equipes do país. Além dessas, também chegaram as pontas Soninha e a búlgara Vasileva, que, aos 22 anos e com 1,94 m, já tem boa trajetória pela seleção de seu país e pelo vôlei italiano, o que lhe rende o status de uma das principais do mundo em sua posição. O primeiro campeonato disputado pelo Amil rendeu análises positivas. No Paulista, a segunda posição, atrás do Sollys-Nestlé, ficou de bom tamanho.

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0 Histórico Novato. O Vôlei Amil fará sua estreia na Superliga feminina. A presença de um forte patrocinador é fundamental para uma estrutura condizente com as expectativas de bons frutos. Como não existia nenhum time na cidade, todo o trabalho teve que começar do zero. A estrutura presente dá todas as condições para que o time se preocupe somente com o fator quadra. Academias e salas para reuniões, com equipamentos tecnológicos de última geração, para conferências e análise de vídeos, são apenas alguns dos fatores que estarão à disposição. Apostas. Com jogadoras de renome e um treinador vitorioso, a tendência é que o Amil esteja brigando pelas primeiras posições da tabela. Time-base: Fernandinha, Daimy Ramirez, Pri Daroit, Ju Nogueira, Natasha e Walewska. Líbero: Suellen.

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Mais uma missão. José Roberto Guimarães aceitou o desafio de montar uma equipe competitiva

2012

Minientrevista

- Vice-campeã paulista

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José Roberto Guimarães

técnico VÔLEI AMIL

“Além do nosso elenco, confio muito na força do nosso torcedor” O novo time de Campinas pode incomodar os favoritos Unilever e Sollys? O primeiro ano é muito complicado, pois saímos do zero em termos de montagem de elenco e entrosamento. Mas nosso objetivo é figurar entre os três primeiros colocados da Superliga. Você acredita que participar de um forte campeonato co-

mo o Paulista deixa o time mais bem-preparado? Ainda temos um longo caminho a percorrer, mas, certamente, jogar uma competição forte, como é o Estadual de São Paulo, sempre ajuda. Como você vê o time atualmente? Acredita que pode render ainda mais? Somos um time novo e temos muito a evoluir, principalmente no

“A união do grupo fez a diferença no Paulista.” Priscila Dairot

PONTA DO VÔLEI AMIL

sistema defensivo. O que fará a diferença para uma boa participação no torneio nacional? O que faz a diferença é a dedicação de atletas e comissão técnica em busca de um objetivo. Também acredito que o nosso torcedor, que lotou a Arena Amil durante o Paulista, pode nos ajudar muito nos jogos em casa.


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ARRUDA/CBV

São Bernardo quer subir ¬ DANIEL OTTONI ¬ O BMG-São

Bernardo (SP) conta com um elenco distante daquele das equipes favoritas ao título da Superliga feminina de vôlei. Depois de ficar em oitavo lugar na última temporada, o objetivo é brigar pela classificação às quartas de final, o que já pode ser considerado um bom resultado, em virtude do investimento feito para 2012. “Queremos estar nos playoffs e buscar uma posição melhor que a de 2011 é uma das metas que podemos alcançar. Sabemos das dificuldades do campeonato e do nível das principais equipes. Então, ficar entre a quinta e oitava posições pode ser considerado um desempenho satisfatório”, destaca o técnico José Alexandre, que ganhou três

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jogadoras com idade juvenil fazem parte do elenco do São Bernardo

Meta de José Alexandre é ficar entre o quinto e o oitavo lugares

reforços que podem ser muito úteis na campanha. Além da experiente levantadora Ana Cristina, que estava no Vôlei Futuro (SP), vieram a central Ednéia, ex-Sollys-Nestlé (SP) e a ponteira e oposto cubana Maso, 22, que dará ao time boa dose de garra e força nos ataques. A intenção de manter a base foi conseguida. Importantes peças do ano passado permaneceram no elenco, ao mesmo tempo em que novas jogadoras, reveladas pelo clube, deverão ter importantes oportunidades de estar em quadra, mostrar serviço e ganhar experiência. “Teremos seis jogadoras da equipe juvenil subindo nesta temporada. Esperamos que elas possam jogar e ganhar maturidade ao longo da competição”, comenta Alexandre, que também esteve à frente do grupo na última temporada.

Ausências Início. As contratadas Ana Cristina e Maso não jogaram no Campeonato Paulista e só vão estrear pelo São Bernardo na Superliga.

FELIPE CHRIST/VIPCOMM

Pelo orgulho de Rio do Sul ¬ Para o Rio do Sul, equipe

Técnico Rogério Portela destaca a importância da torcida

que leva o nome da cidade do interior de Santa Catarina, a vontade é de retribuir o carinho da torcida, que costuma marcar boa presença no ginásio Artenir Werner e empurrar o time em todos os jogos. Aproveitando o fim da equipe feminina do Vôlei Futuro (SP) e a pouca participação de algumas jogadoras em outras equipes, o Rio do Sul fez algumas contratações para a nova temporada, mesmo tendo o orçamento restrito. “Sabemos da limitação do nosso time por questão de orçamento. Estamos ainda buscando patrocinadores e, quem sabe, novas contratações aconteçam até o início do campeonato. Mas o time está muito empolgado e com vontade de da or-

8 contratações fez o time do Rio do Sul para esta temporada da Superliga

gulho à cidade de Rio do Sul, que se apaixonou pelo voleibol e sempre lota nosso ginásio e nos incentiva”, destacou o técnico Rogério Portela, que foi o comandante no último ano, quando a equipe fugiu da última posição e conseguiu a permanência na elite do torneio. Uma das que chegaram foi a ponteira Eli, ex-Banana BoatPraia Clube, que fala do que foi traçado para a competição. “Teremos que buscar vitórias contra algumas equipes que consideramos adversárias diretas. Lógico que alguns times são considerados favoritos por causa dos altos investimentos, mas acredito na força da nossa equipe. Será um campeonato equilibrado e vamos tentar, também, beliscar alguns sets dessas grandes equipes”, projeta a atacante. (DO)

Novatas Caras novas. Alguns dos destaques que chegaram ao Rio do Sul são a central Camila Paracatu e a ponta Ju Odilon.


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e. 29 DIVULGAÇÃO/CBV

Pinheiros tem história ¬ DANIEL OTTONI ¬ O Estado de São Paulo cos-

tuma ser o que recebe grandes investimentos e forma boa parte das maiores equipes da Superliga feminina de vôlei. No entanto, o Pinheiros, tradicional clube da capital, não conta com os mesmos recursos de algumas conterrâneas, como SollysNestlé e Sesi-SP. Permanecer na elite pode ser considerado um bom resultado, mas a classificação é o objetivo do time de Wagner Coppini, o Wagão. “Vencer uma equipe favorita pode nos dar confiança e motivação muito grande para o restante da competição. Sabemos que é difícil e nossa meta é os play-offs”, comenta Wagão, que terá um grupo de baixa para média idade

9º lugar posição alcançada pelo Pinheiros na última edição da Superliga

em suas mãos. “A principal arma do Pinheiros é a equipe jovem, que está vindo com um gás novo. Temos meninas que têm o objetivo de conquistar um espaço dentro do cenário do vôlei nacional”, salienta o comandante. No Paulista, o time chegou até as semifinais, e a oportunidade de jogar contra as maiores equipes do país foi considerada positiva pelo treinador. “Em São Paulo, pudemos enfrentar as três superforças do voleibol nacional, o que nos dá experiência, favorecendo a nossa entrada na Superliga. Foi uma chance interessante, que pode ser muito útil dentro da competição”, comemora Wagão. Ao lado do Minas, o Pinheiros é a única equipe que disputou todas as edições da Superliga feminina.

Quem sabe Zebra. Uma das maiores aspirações do Pinheiros é tentar vencer uma das equipes favoritas ao título da Superliga.

Para Wagão, predominância de jovem tem suas vantagens

SÃO CRISTÓVÃO/DIVULGAÇÃO

SãoCaetanopensanofuturo Ângela Moraes é a jogadora mais experientes desta edição da Superliga

¬ Outra equipe paulista que

entra na Superliga com aspirações diferentes às das favoritas é o São Caetano, que, neste ano, entra com o nome do patrocinador São Cristóvão Saúde. Para o time paulista, o pensamento se mistura entre o atual momento e o futuro. “Nosso projeto foi feito a médio e longo prazo. Classificar para as quartas de final seria o ápice, mas ficar na elite também pode ser considerado um bom resultado, se levarmos em conta o nosso modesto orçamento. Este ano pode ser importante para ganharmos maturidade na competição, já pensando no ano que vem, para quando temos a proposta já definida de fazer uma participação mais competitiva”, afirmou o treinador Hairton Cabral. A juventude é a marca do

3 experientes foram contratadas: a central Ângela, a líbero Marcinha e a levantadora Jordane

time, mas jogadoras experientes também foram buscadas para dar maturidade ao elenco. “Temos um elenco melhor que o do ano passado. Trouxemos três jogadoras mais rodadas, com destaque para Ângela Moraes, uma jogadora que já atuou em grandes equipes do Brasil. Temos limitações, mas esse ‘know-how’ das mais velhas vai contribuir bastante para a evolução das que estão começando agora sua carreira profissional”, comenta Cabral, que também esteve à frente da equipe no último ano. Apesar de ter ficado na última posição na temporada 2011/2012 da Superliga, o time foi beneficiado pela desistência de Mackenzie (MG) e Macaé (RJ) para não perder a vaga na principal competição do país. (DO)

Diferenciada Ajuda. Ângela Moraes, 40, possui boa experiência internacional, tendo atuado, inclusive, pela seleção brasileira.


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e.

O TEMPO Belo Horizonte

Especial Superliga

DOMINGO, 18 DE NOVEMBRO DE 2012

Entrevista ALEXANDRE ARRUDA/CBV

Renato D’Avila Superintendente CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE VÔLEI (CBV)

Há alguns anos como superintendente da CBV, Renato D’Avila acompanhou, de perto, a rápida evolução do vôlei brasileiro. Mas, para ele, ainda há espaço para melhorias, e medidas devem ser implantadas para atrair mais patrocinadores

‘Contrato com TV até 2016 dá garantias aos parceiros’ Qual a expectativa para esta edição da Superliga? A última edição foi considerada, antes mesmo de começar, como a mais disputada dos últimos tempos, e isso acabou se confirmando. Para este ano, é possível superar a temporada 2011/2012. mesmo com perdas de jogadores e times importantes? A Superliga tem se consolidado, nos últimos anos, como um dos principais eventos esportivos do país e um dos melhores campeonatos do mundo na nossa modalidade. A movimentação de entrada e saída de clubes e também de atletas pode ser considerada normal e sempre existiu Estamos confiantes de que esta será mais uma temporada eletrizante para o voleibol brasileiro. O que é necessário para que a Superliga continue em ascensão? Precisamos consolidar todas as condições de visibilidade na televisão aos nossos patrocinadores. Nenhuma modalidade clubística, fora o futebol, tem a exposição que a Superliga tem, atualmente. É muito importante continuarmos contando com a confiança e a parceria dos patrocinadores da competição e também dos clubes participantes, além do contínuo investimento em aperfeiçoamento técnico de todos os envolvidos, como árbitros, técnicos etc. A saída de clubes como Montes Claros e Mackenzie pode fazer a competição perder um pouco do seu brilho? A saída desses dois clubes, em especial, muito nos entristece, pois são duas referências do voleibol

brasileiro e no mineiro. Um teve, infelizmente, vida curta, como foi o caso da equipe de Montes Claros, que ainda assim atingiu a final da competição em sua primeira temporada na Superliga e mudou a média de público em seu primeiro ano, colocando, só ele, mais de 400 mil pessoas em seu ginásio. Já o Mackenzie é um tradicional clube formador e descobridor de talentos para o nosso voleibol, e muito nos sensibilizou que nenhuma empresa tenha se disponibilizado a ajudar em suas permanência e evolução, patrocinando as suas pretensões para esta temporada, depois de uma brilhante participação na edição passada. De toda maneira, as portas da nossa competição continuam abertas assim que ambos conseguirem resolver seus problemas de continuidade. Algo pode ser feito pela CBV para que, em um futuro próximo, esses clubes não dependam tanto de um patrocinador e possam continuar a disputar a competição? O que precisa acontecer é o amadurecimento do mercado esportivo brasileiro como um todo, para que se enxergue a enorme oportunidade que o esporte proporciona para todos. O voleibol, em particular, é uma modalidade olímpica bastante vencedora, que tem ampla cobertura da mídia e da TV. E foi essa a contribuição que a CBV deu e dá aos clubes. Temos contratos com a TV firmados até o ano de 2016, dando importante garantia aos parceiros e investidores. Esperamos que este movimento aconteça e que nossos clubes prosperem sempre mais e mais.

“A finalização em jogo único traz mais emoção e visibilidade para o evento.”

“Nenhuma modalidade, fora o futebol, tem a exposição que a Superliga tem.”

A Superliga B também deve ganhar mais força e notoriedade, tanto no masculino como no feminino? É o que esperamos para o futuro desta importante competição. Mas, como tudo, ainda temos um longo caminho pela frente. Estamos apenas no começo, mas certos de que este é um caminho sem volta. A ideia de uma final em partida única é motivada por patrocinadores e emissora que transmitem a partida? Na sua opinião, é o melhor modelo, em vez de três ou cinco partidas? Sem dúvida que sim. E isso já foi provado em outros torneios de relevância. A finalização em jogo único traz muito mais emoção e visibilidade para o evento como um todo, além do que, nos Jogos Olímpicos, só temos um jogo para decidir, assim como no Campeonato Mundial. Ou seja: no mundo todo e nas principais competições oficiais, a final é em jogo único, e estamos satisfeitos com os resultados que foram apresentados até aqui. Em que a Superliga pode melhorar nos próximos anos? Podemos crescer em alguns quesitos, como na visibilidade para as equipes participantes, com mais transmissões e novidades para o evento, seja na TV aberta, na fechada ou até mesmo na internet. Precisamos também buscar a consolidação da quantidade de equipes no masculino e no feminino, com 12 em cada naipe. Consideramos este número como a quantidade ideal. E temos que, além de tudo, tentar manter a condição de termos nas equipes nossos principais talentos, atuais e futuros.

“Entrada e saída de clubes e de atletas podem ser consideradas normais.”

“Estamos apenas no começo, mas certos de que a Superliga B é um caminho sem volta.”




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