Av. Paulista Uma cidade, um mundo. A cidade nasce de uma inteligência, mas também é um espaço de sonho de uma nova ordem. “El único sitio propicio para encarnar” (encarnar no sentido de vestir outras personas, explorar novas representações de si). O projeto Av. paulista. Uma cidade, um mundo foi elaborado com recortes de material impresso recolhido na região da Paulista. O conceito da cartografia não está exposto no formato de mapa ou imagens similares que sujerem direção. Buscou-se criar um percurso por meio da vivência de um transeunte pela paulista, o que esse personagem faz, a visão dele sobre a cidade, os ponto que ele indica visitação. O processo sujere compartilhamente e descoberta, não revela imagens diretas dos pontos de visitação, mas sim um relato um comentário sobre tal experiência. A linguagem gráfica se apróxima de um relato documental particular, um caderno de anotações
O objetivo não é apenas sugerir espaços para visitação, mas colocar para o observador / leitor uma nova perspectiva sobre o caminhar pela cidade, muitas vezes saímos de casa com um trajeto lógico pré-definido ir ao banco, ir para a faculdade e o sujeito está tão concentrado em alcançar seu local de chegada que o em torno passa despercebido. Logo, mais do que o percurso cultural ofertado na Paulista o projeto tem por finalidade estabelecer novas conexões entre sujeito x espaço x cidade.
AV. PAULISTA é Projeto gráfico cartografia afetiva A tipografia usada no projeto foi: ITC Avant Garde Gothic Std / Book / 14. A escolha da tipografia foi determinada pela fonte do material para recorte era preciso estabeler uma coerência entre ambas tipografias. O processo utilizado para a produção da peça foi colagem, foi usado matérias de um jornal distribuído em parceria com o espaço cultural Casa do povo, localizado no bairro do Bom Retiro em São Paulo. Além de outras peças gráficas recolhidas na Paulista no dia da saída de campo. A montagem traz recortes, colagem de post-it, rasgos de jornal e panfletos de exposições. A impressão é digital, jato de tinta e o papel utilizado é o polén gramatura 90gm. O impresso traz uma dobra utilizada na confecção de fanzinis, pode ser lido como livreto ou como um cartaz/ mapa.
Buscou-se construir algo que despertasse interesse em descobrir o espaço da Av. paulista, a montagem não traz fotografias de prédios, mas sim algo que faça parte daquele espaço ou que foi retirado do mesmo. As informações são descontraídas e se interrelaciona com outros textos e imagens viralizados nas redes sociais. A cartografia afetiva desenvolvida não parte da localização, mas sim de um impulso em conhecer e descobrir como é este memso espaço para um outro sujeito e como ele o lê.
webgrafia: RAMA, Angel. A cidade e as letras. Boi Tempo, 2015, São Paulo.