PEQUE NO MA NUAL D a PEQUE NA órfã
Pequeno m a n u a l da pequena
ó r f ã
Andréa Cals
© 2014 Andrea Cals Direitos em língua portuguesa para o Brasil As Cibernéticas www.asciberneticas.com.br editora@asciberneticas.com.br Capa, projeto gráfico e textos Andrea Cals
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pequeno manual da pequena órfã
Andréa Cals
Prefácio Eu sou a mãe de uma pequena órfã. Quando eu tinha uns 5 aninhos, já gostava de novelas e acompanhava uma em preto e branco que se chamava, adivinha... ”A pequena órfã”. A coitada sofria o pão que o diabo amassou, mas tinha um amigo fofo, o “Velho Gui”. https://vimeo.com/55266316 Quem poderia imaginar que eu seria a mãe de uma garotinha como aquela, mas só os cachinhos loiros são parecidos. Sentimos muita dor com a perda do meu marido, pai da minha filha e hoje já faz 4 anos que estamos sem ele aqui na Terra. Mexendo em meus escritos achei este que foi teclado ha uns 3 anos, quando ainda estávamos nós duas nos refazendo de todas as mudanças que aconteceram em nossas vidas. Como ela está? Bem, ela tem 12 anos agora e está andando de skate e ouvindo uma música muito alta, muitas amigas e acredite...estamos muito bem, alegres, curtindo a vida adoidado. Sem ele, mas como muitos já disseram, TUDO PASSA. Quis publicar o que escrevi num momento de muitos questionamentos porque achei que poderia ajudar algumas crianças que estão passando por esse momento que é muito, muito difícil, mas que se soubermos lidar com ele, pode dar frutos interessantes. Minha frutinha vai sair diferente do que eu imaginava, mas eu garanto que está linda, com sabores marcantes e surpreendentes. Tomara que você se sinta um pouquinho melhor :) Andrea Cals
Joana é uma menina muito legal, alegre que vive no meio dos bichos. A casa dela é no alto de um morro lindo, de onde ela pode ver montanhas sem fim. Mas a Joana não é uma menina que só convive com cachorros, sapos, jacus, tempestades de raios e estrelas cadentes. Ela gosta de internet, equipamentos eletrônicos, tem muitos amigos da escola, adora rock, faz jiu-jitsu e anda de skate. Ela está sempre conectada à tecnologia e à natureza. Ela sabe que cada pessoa é de um jeito. Tem gente que não enxerga direito, tem outros que ouvem muito bem, alguns andam com uma perna só. Algumas amigas têm famílias enormes com irmãos tios, primos, periquito e papagaio. Outras amigas têm vários pais e mães, irmãos que apareceram de repente bem grandões, outros que chegaram de cores diferentes e ela mesma, Joana aos 8 anos viveu um momento muito diferente de tudo que já havia vivido em sua vida tão cheia de amor, bichos, papai, mamãe... Quando nós adultos ouvimos uma criança perguntar se todo mundo morre, ficamos com aquela cara de tacho, sem saber como dar essa notícia meio esquisita a quem acaba de chegar ao mundo. A gente nasce, todo mundo sabe dessa parte, até mesmo as crianças, afinal, estamos
todos aqui. Nascer é uma coisa muito doida, não é? Pensa bem, quem lembra daquela hora do nascimento? Eu não lembro e não conheço ninguém que lembre, mas que a gente nasce, disso ninguém duvida. Aí vamos crescendo e aprendendo um monte de coisas, inclusive que tudo se transforma. Essa transformação faz uma lagarta cabeluda virar uma borboleta, faz um bebê gorducho e careca esticar e virar um menino magrelo que depois ganha cabelos no rosto, fala grosso, fica barrigudo mais tarde e depois fica careca de novo! A gente vai no horto, compra uma muda de alface que planta na terra, ela cresce vira uma alface verde grande, que a gente colhe, bota um bom azeite extra-virgem e...come! Sabe o que ela vira? Você deve imaginar, ela foi pra dentro da sua barriga, tem que sair, é ou não é? Então, quando uma criança começa a perceber todas essas transformações que acontecem com tudo que existe à nossa volta, ela pergunta para os adultos se todo mundo morre. Se os pais morrem, se ela morre, aaaaai meu Deus. E nós ficamos com aquela cara que falei agorinha: cara de tacho.
A Joana tinha uma vida muito legal e feliz com seus pais que sempre a amaram muito, mas quando ela estava com 8 anos, o pai dela teve um defeito no coração e morreu. Joana ficou sem pai. A mãe da Joana ficou sem o pai da Joana. Os amigos do pai da Joana ficaram sem ele também. Ele ficou sem toda essa gente que ficou aqui com saudade dele. Quando uma criança perde alguém assim tão importante como um pai ou mãe, ela leva um susto. Criança gosta de brincar, gosta de coisa legal. Quando a brincadeira está boa, ninguém gosta quando os pais chegam pra terminar com a farra, dizendo que acabou o tempo e que é hora de fazer dever de casa! Ah isso é um saco. Certas coisas são assim: elas acontecem e não há nada que a gente possa fazer. Ela chorou muito, ficou muito muito triste, ficou irada. “Alguém faça alguma coisa, meu pai não pode morrer! É o MEU pai!” Só que ninguém pode resolver isso pra Joana. E ela chorou até adormecer com a cara inchada e acordou chorando, e todo mundo estava muito triste, caras inchadas, olhos vermelhos e não havia nada que alguém fizesse para resolver o assunto. O pai da Joana tinha morrido e a partir daquele momento não estaria mais em casa, ou no carro, ou na porta
da escola. O tempo dele aqui com todos tinha acabado e ele havia se transformado, como tudo se transforma. O problema é que quando uma pessoa morre, ela não apenas se transforma e tudo bem. Tudo bem uma pinoia. E a gente aqui como é que fica? Como a Joana vai fazer com tanta saudade? Como ela vai aprender aquela música que ele ia ensinar no dia seguinte? “Alguém tome alguma providência, assim não dá? Eu preciso ver o meu pai!!” Pensava Joana, e isso não resolvia nada e ela chorava. E os dias foram passando, ela foi à escola dois dias depois da morte de seu pai, suas amigas estavam lá. Na hora da saída, sua mãe foi pegá-la, elas pararam na padaria e comeram um pão na chapa, compraram um chocolate e foram pra casa. Ela tinha uma tonelada de deveres pra fazer e estava quase na semana de provas. Ela choramingava de vez em quando. E arrumava a sapatilha pra ir pro balé. E tinha a sensação de que ia contar uma coisa pro pai, quando lembrava que ele não estava mais lá, e ficava triste, e se arrumava pra festa da amiga. A festa foi irada, tinha uma tirolesa enorme e as amigas foram, um menino maior que ninguém conhecia estava lá e ensinou uma manobra nova de skate. E você não sabe da maior,
o Tio Antônio chamou pra passar o feriado em Búzios com direito a levar três amigas. A Joana sente muita saudade do pai dela, com quem assistia os filmes da Barbie quando tinha 3 aninhos, que se jogava na piscina com ela quando ninguém mais aguentava aquela água fria, que levava todas as amigas juntas ao cinema pra ver filme de vampiro. Mas a vida está aqui para ela e pra todas as pessoas que ainda não se transformaram e ela aprendeu uma coisa que as amigas ainda não sabem: que a morte acontece sim pra todo mundo. Viver também doi de vez em quando, mas é bom mesmo assim e as dores e tristezas passam igualzinho às coisas gostosas e felizes. O que a Joana aprendeu com isso que as amigas não aprenderam ainda? Quando ela ganha uma competição de balé e faz um solo no palco e todo mundo bate palmas de pé na apresentação, ela agradece, fica feliz e orgulhosa, saboreia aquele momento e ele passa. Quando uma coisa triste e frustrante acontece como o cachorro que se perdeu, ela lamenta, tenta resolver como pode, sofre e se acalma porque aquele momento também passa. Joana aprendeu cedo que viver é cada coisa de uma vez e que todas as coisas passam e se transformam.
Um dia ela começou a conversar sobre a morte de seu pai, porque ela ficou muito tempo sem querer tocar no assunto. “Vou falar de coisa triste, eu hein?!” Mas o tempo passou, um monte de outras coisas aconteceram também, coisas incrivelmente legais, outras chatas, que passaram todas elas e aí a Joana pediu pra ajudar a montar um manual para as outras crianças que passassem pela mesma coisa, porque é muito mais fácil quando a gente tem um manual de instruções, ora bolas!
Pequeno manual da pequena órfã by Joana (mas garotos órfãos também podem usar) 1 Por que meu pai (ou minha mãe) morreu? Alguma coisa aconteceu no meio do caminho da vida do seu pai ou da sua mãe. Pode ter sido uma doença que já existia há muito tempo, mas tem coisas que acontecem na saúde assim de uma hora pra outra! Acidentes também acontecem. É isso aí, ninguém sabe exatamente por que chega a hora de alguém morrer, a não ser quando é muito velha. #NaoAcreditoQueIssoAconteceu 2 Então todo mundo morre e até eu posso morrer? É isso mesmo, eu aprendi perdendo o meu pai que todo mundo pode morrer, mas aprendi com ele também que não precisa ficar esperando que isso aconteça. Ele por exemplo, nem imaginava que poderia morrer e o vizinho da minha avó que tem 89 anos e está de cama há muitos anos, não morre! #TudoSeTransforma
3 O que acontece quando a pessoa morre? O coração para de bater, a respiração e o cérebro também deixam de funcionar. Ela fica quieta como se estivesse dormindo e não fosse mais acordar. Aquela pessoa que ela era de verdade não está mais naquele corpo, a energia se vai. Algumas pessoas têm religiões e acreditam que acontecem várias coisas depois da morte. Eu que passei por isso, vejo de outro jeito. É um mistério!!! #Mistério 4 Nunca mais verei meu pai ou minha mãe? Quando o pai ou a mãe da gente morre, a gente não vai mais encontrá-los no nosso dia a dia, assim em casa, numa festa, por aí, mas podemos rever nossos pais em nossos sonhos, nas lembranças, nas coisas que aprendemos com eles. Dentro da gente tem uma parte muito grande de cada um de nossos pais, eles estão na gente sempre. A saudade fica. #Saudade 5 Estou com medo. Quem vai cuidar de mim? Sempre tem alguém que cuida da gente! É um tal
de tia, avô, primos mais velhos...Aparece gente que a gente nem imagina e que toma conta das coisas práticas pra que a nossa vida continue funcionando. Além do que, se você tinha pai e mãe, um deles ficou pra segurar essa onda com você. Mas é bom aproveitar para cuidar da sua vida! Você pode tomar banho sem ninguém ter que mandar, fazer seu lanche, essas coisas. #EuCuidoDeMim 6 Minha mãe às vezes chora e eu não quero que ela fique mais triste. Por isso eu resolvi não falar do meu pai. Sua mãe chora porque está triste e com muita saudade. As coisas todas ficaram um pouco diferentes. Não é você que vai deixar a sua mãe mais triste ao falar no seu pai. #SnifSnif 7 Eu posso chorar? Posso ficar com raiva? E dar gargalhadas, pode? Quando uma criança perde o pai ou a mãe ela pode sentir tudo. É uma coisa muito difícil passar por isso e você poderá ficar muito triste e chorar, berrar mesmo. Pode também ficar quietinho choramingando baixinho. E de vez em quando
poderá até pensar que isso poderia ter sido evitado se algum outra coisa fosse feita a tempo...e isso dá uma raiva!!! A gente fica revoltado e não quer acreditar que papai ou mamãe morreram. Dá vontade de gritar. Aí esses sentimentos vão e vêm e de repente a gente vai relaxar e assistir a um desenho muito louco e engraçado e dar aquela gargalhada. Pode rir, pode sentir o que vier, porque não é uma coisa fácil o que você está passando, mas acredite em mim: isso vai passar, você vai ficar melhor e poderá ser tão alegre quanto todas as outras crianças. Tem gente com outros problemas que você nem imagina. Esse é o meu problema, não tenho mais meu pai e eu vivo a minha vida assim. #kkkkkkkkk 8 Mas e quando eu sentir saudades? Minha dica é: lembre com todo amor, faça uma massagem com a mão fechada bem no meio do seu peito. Respire fundo e bata bem no meio do peito. Pense sempre coisas muito boas ao lembrar do seu pai ou da sua mãe. Nessa hora pode ser que você chore, mas continue fazendo isso: respire e bata no seu peito, até acalmar o seu coração. A saudade sempre existirá, mas acredite: o tempo vai passar e você vai sentir menos tristeza quando
sentir saudade. Vai até dar muitas risadas ao lembrar das coisas engraçadas! #RespireFundo 9 Essa tristeza vai passar mesmo? Vai. #TudoPassa 10 É esquisito ser órfã(o) É mesmo. Todo mundo imagina que uma criança tenha pai e mãe, mas e daí? Cada um tem a sua história. É um bom momento pra você construir uma bela e forte personalidade. #OrfaoEhEsquisitoTemAteDoisAcentos 11 Eu tenho vergonha de ser órfã Não há de que se envergonhar, mas é mesmo diferente e um pouco embaraçoso dizer pra alguém que a gente não tem pai ou mãe, mas pensa bem. Quantas crianças foram adotadas e estão felizes com seus novos pais que as escolheram? Há crianças que têm pais que nunca aparecem em casa. Você não precisa ter vergonha, mas eu juro que te entendo. #CadaUmComSeusProblemas
12 Como vai ser no dia dos pais ou no dia das mães na escola? Isso é meio chato mesmo. Tem algumas escolas que não comemoram dia dos pais e dia das mães. Elas comemoram um dia da família, justamente para não fazer com que as crianças se sintam diferentes, afinal hoje em dia tem cada família tão diferente. Eu tenho uma amiga com dois pais! Eu não participo da comemoração de dia dos pais da minha escola que comemora essa data. Mas acabo participando da preparação daqueles presentinhos que temos que fazer. Aí eu escolho um homem da família que eu queira homenagear e faço o presente pra ele, mas tiro um dia de folga enquanto os amigos comemoram com seus pais. Eu tenho um avô e ele dá pro gasto! Meu tio também. Na verdade, eu fiquei com vários quasepais. #DiaDaFamiliaNasEscolas 13 E se uma criança chata ficar perguntando sobre meu pai? No começo eu ficava muito sem graça. É muito esquisito alguém perguntar sobre o nosso pai e a gente responder: “Meu pai morreu”, ou “Eu não tenho pai”. Fica aquele clima, a criança fica
te olhando, até os adultos também. Ficam com aquela cara de tacho. Todo mundo afinal fica com essa cara, que coisa! Tem uma foto no meu Instagram (@pequenaorfa) Aí a gente tem que explicar e isso é horrível! Mas quando aparece uma pessoa muito chata e faz cara de peninha ou uma criança sem noção que fica perguntando sem parar: “Como ele morreu? De quê? Você chorou? Sua mãe arrumou outro namorado?” Ah me poupe, eu deixo falando sozinho. Vai ver se eu estou na esquina! #MeErra 14 Será que a minha mãe vai casar com outro cara??? A minha não! Intervenção da mãe: “Acho melhor eu me meter aqui neste texto porque mesmo que a Joana não queira nem pensar no assunto, a vida da gente continua como a de todo mundo e assim como a morte pode acontecer, os encontros e o amores também podem. E da mesma maneira, não tem quem consiga parar o movimento da vida. O pai da Joana nunca será substituído, ninguém pode ser.” #MinhaMaeNuncaVaiCasar #IssoEOQueVcPensa (Mamãe)
16- Por que a gente nasce e vive, se de repente morre? Isso é uma coisa que todo mundo sempre quis saber. Eu penso assim: eu nasci, todo mundo nasce. Se fosse pra gente morrer logo, a gente só duraria uns dias, como uma abelha, por exemplo. Então, a gente tem que aproveitar e viver, fazer coisas que gosta. Meu pai fez isso, ele viveu como sempre quis, ele era muito feliz. Morreu, mas não é bem melhor viver do jeito que a gente quer até o fim? Minha mãe tem uma composteira, uma caixa onde ela coloca todas as cascas de frutas, verduras, cascas de ovo, terra, minhocas, etc. As minhocas comem essas coisas e fazem coco de minhoca. Aquilo vira uma espécie de terra preta, o húmus. Aí, ela pega o húmus e coloca na horta pra ajudar as plantas a crescerem. É assim com a gente também. #VidaEhMovimento 17- Você ficou com medo? Eu tenho um pouco de medo de algumas coisas. Tenho medo de elevador. Me sinto mal lá dentro. Eu faço terapia e isso me ajuda porque eu tenho alguns truques pra me acalmar. Respiro lentamente e tento lembrar de uma coisa que
minha mãe me ensinou: tudo passa. Coisa boa e coisa ruim. Até quando eu fico muito ansiosa e tenho medo, eu sei que essa sensação vai passar. E passa. Pensando bem, eu me acho corajosa, mais do que antes de perder o meu pai. #TudoBemTerMedo 18- E se alguém tivesse feito alguma coisa? Olha, sempre que você começar a pensar assim: “E se...” é bom parar porque não resolve nada. Ninguém volta a viver e mesmo que você tenha uma ideia incrível que pudesse evitar aquela morte, isso não vai acontecer e você vai se sentir muito mal, quer dizer, nada de “E se”. #NaoExisteSE 19- O que eu posso aprender com isso? A gente aprende que a morte existe. É uma coisa meio triste, mas ao mesmo tempo, eu sei que muitos amigos meus não sabem disso de verdade, como eu sei. E saber disso me fez ficar mais atenta. Eu não sei explicar muito bem, mas aprendi que ter ficado muito triste me fez crescer. Essa parte eu acho que foi boa. Eu não preciso ficar alegre o tempo todo e não é isso que me faz
menos feliz. Eu me divirto muito! #VivendoEAprendendo 20 – Eu vou ser feliz? É o que todo mundo quer. Muitas pessoas me falaram isso: “Joana, você vai ser feliz, mesmo passando por isso.” Minha professora de filosofia tem mania de dizer que o ser humano só quer ser feliz. Pode ser, mas eu quero ser eu, sendo feliz de vez em quando, triste quando eu tiver que ficar triste, com raiva quando isso acontecer, calma quando estiver aqui na minha casa olhando o céu, muito feliz quando estiver brincando com meus cachorros, animada quando estiver fazendo uma coisa muito legal. Eu quero ser eu, a Joana que tem uma mãe, não tem mais o pai, tem três cachorros, joga tênis, faz jiu-jitsu, não nada muito bem, gosta de nutella, mora no mato, adora as amigas, tem avô, avó, tios e irmãos muito mais velhos. Só isso tudo. #EuSouVariasCoisas
Espero ter ajudado você com o meu pequeno manual. Às vezes é chato conversar sobre essas coisas com os familiares, e pode ser que você se sinta melhor sabendo que não está só. Se quiser, entre no meu Instagram. http://instagram.com/pequenaorfa #PartiuJoana
Oi, você perdeu seu pai? Sua mãe? Alguém que você conhece está passando por isso? É muito ruim, esquisito, tudo fica estranho...Mas tem algumas maneiras de passar por isso e ficar mais forte do que era antes. Não acredita? Eu também não acreditava. Talvez a lista de questões da Joana possa a judar nas suas questões. Na pior das hipóteses, você vai ver que não está só. Muitas pessoas passam por isso e é muito bom poder trocar ideias com quem temos algo em comum. Respire fundo, calma, vamos juntos.
Andrea Cals é uma carioca arquiteta blogueira que teve uma breve carreira na publicidade, casou aos 35, teve filha aos 37 e ficou viúva aos 45. Depois de escrever seus blogs “Muié do Mei do Mato” e “A Viúva Verde”, e depois de um bocado de terapia, formatou a partir das questões vi vidas pela filha que perdeu o pai aos 8 anos, algumas questões que fazem parte da vida de quem passa por isso tão cedo.