Cultura na Ride

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Cultura na RIDE

Alex e Fumaça: unidos pela cultura

Jornal Cultural da Região Integrada de Desenvolvimento do Entorno do Distrito Federal Ano I | Nº 1 |Maio de 2012

Marcelo Yuka fala de Cultura

E Mais: Xadrez Poesia Cidadania Hip-Hop Conferência

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José Jorge fala de Poesia


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PITACOS “O Hip-Hop é uma legítima expressão cultural não só das periferias brasileiras como uma linguagem artística hoje respeitada em museus, galerias e palcos de todo mundo. Como em qualquer forma de arte, há de tudo: trabalhos medianos, lixo e obras preciosas. Como em tudo na vida, sem preconceito fica mais fácil enxergar o que realmente importa”.

Hip-Hop é Cultura? Claro que é! André Brito Ilustração: Draco. Fotos: Marcelo Tas e Facebook Marcelo Yuka

Que o Movimento Hip-Hop abrange Rap, Grafitti, Break Dance e a própria arte do DJ, que consiste em “virar os pratos” dos toca-discos e produzir remixes e sons diferentes para dançar, é cultura, isso é fato. Mas, falar um pouco mais sobre o assunto nunca é demais, creio eu, pois qualquer conversa sobre arte e cultura, traz novas reflexões sobre a arte, leva o conhecimento adiante, forma opiniões, revela novos entusiastas daquela prática cultural e principalmente, pretende dissolver preconceitos. Quando surgiu nos anos 70, ganhando contornos mais organizados nos 80, o Rap, com sua característica suburbana foi mal visto (pela elite), pois dava voz aos favelados, em sua maioria, negros, moradores dos guetos norte-americanos. Originário do Funk e do Jazz, que por sua vez, era uma fusão de R&B e Rock, que por sua vez vinham do Blues cantado majoritariamente pelos descendentes dos escravos dos Estados Unidos sulista, região extremamente segregada, o Rap ganhou vertentes mais radicais (Gangsta Rap) e politizadas. O fato é que, desde o seu surgimento, dado o caráter empreendedor dos norte-americanos, o destino do Rap era fazer parte de um movimento social que pretendia dar novas esperanças à juventude. O Hip-Hop elevou a auto-estima do jovem da periferia, negro ou não. Mostrou que ele também poderia trilhar o caminho do sucesso artístico. Se não mundialmente ou nacionalmente, localmente, em seu próprio bairro. Rappers e BBoys (dançarinos de Break), passaram a ter status de celebridades locais, conhecidos até em outros bairros. Quem imaginaria que quase 30 anos depois, o Hip-Hop seria o único gênero musical/cultural/social presente em quase todas as oficinas culturais de diversas OnGs e projetos governamentais capaz de arregimentar milhares de jovens para aprender suas práticas, tirando-lhes das ruas (onde ironicamente começou o movimento) e formando cidadãos cheios de atitude, ritmo e conhecimento? Em Cidade Ocidental já está em ação, projeto sócio-desportivo da Secretaria de Esporte e Lazer onde o Hip-Hop é ensinado por instrutores qualificados pelo governo para jovens que queiram aprender as práticas culturais do Movimento e se tornem eles mesmos, difusores da cultura de rua. Em breve, outro projeto, que terá duração de um ano, coordenado pela Superintendência Municipal de Cultura, levará o Hip-Hop e outras modalidades desportivas e culturais às escolas de todo o município gratuitamente. O fato é que não podemos virar as costas para a juventude que almeja um lugar ao sol e tem talento para mostrar sua cara. Discriminar qualquer forma de cultura, vinda ou não da periferia, praticada por negros ou brancos, religiosos ou agnósticos, é jogar esses jovens no limbo para sempre. Vários de nossos maiores artistas brasileiros apóiam o Hip-Hop como forma de arte legitima. Leia ao lado, algumas opiniões. André Brito é Superintendente de Cultura em Cidade Ocidental-GO

Ar te de Ro be rt Car ter

Marcelo Tas jornalista e apresentador do CQC. “A cultura popular é o que define nossa identidade e você vê que o Hip-Hop se desdobra pelo mundo por conta de sua identificação com a cultura de rua. Não tem como medir a musica ou a cultura. Até podemos medir o gosto das pessoas, mas a cultura em si não. HipHop é cultura irremediavelmente.” Marcelo Yuka, músico.

Cultura, Cultura e Mais Cultura em Cidade Ocidental

O

bonito da cultura é a diversi-

dade, diria alguém bastante econômico nas palavras. Mas

não deixam de ser sábias, as poucas palavras proferidas. O Poeta

Nesta edição, a primeira de muitas,

se Deus permitir, conversamos com

Jorge José, cujo nome de batismo é... José Jorge. O poeta decidiu-se por um pseudônimo menos pomposo para que seus leitores não tenham dificuldade de identificá-lo. E você leitor,

terá a oportunidade de conhecê-lo nas próximas páginas.

Jorge nos revelou também que

possui mais de cinco livros já prontos, faltando apenas “verba” para prensá-los. Belas poesias, como a que

declamou para nós, sobre o papel do verdadeiro poeta, inspirado em um conhecido político da cidade, que segundo ele, não faz jus a alcunha adotada.

Crítico de uma sutileza e elegân-

cia invejável, nos revelou que pretende escrever uma autobiografia. Seria um

livro bastante denso, de pura filosofia,

foi construído ao redor do Jardim.

Jorge varria singelamente o

quintal de sua arejada casa, repleta de plantas e bem simples. fruto de

mais de 50 anos de trabalho árduo e assalariado, conforme nos revelou.

Já na porta de sua casa, um ou-

tro Jorge nos recebe, esse, pintado à lápis de cor e caprichosamente emoldurado. Presente de um amigo artista e caprichoso com as tintas.

recer em nossa busca por crescer e

aparecer culturalmente em Cidade Ocidental, Goiás.

Busque informações, continue

batendo à porta de quem pode apoiar, seja político ou empresário. O artista não se rende jamais.

A primeira Conferência

nossa cultura.

zação, os artistas seguem seu caminho,

to Antônio. Na verdade todo o bairro

os governantes, que devemos esmo-

Cultura Rica e sem apoio

poeta conhecido.

Jardim da Imaculada, residência dos

religiosos locais da Paróquia de San-

batida na cara, ao pedir apoio para

A primeira Conferência de Cultura

A cultura de Cidade Ocidental sempre

so de Cidade Ocidental por abrigar o

Mas não é por ter tido a porta

dada sua longa trajetória até se tornar

Jorge nos recebeu em sua casi-

nha no Ocidental Park, bairro famo-

foi rica, diversa e aguerrida. Com pouco apoio das autoridades e pouca organialgumas vezes no improviso.

As cobranças são muitas. Cada

vez mais organizados, a classe clama

por alguém que a represente. Nenhu-

de Cidade Ocidental vem aí para dar mais credibilidade e organização à

Participe das setoriais e dê sua

contribuição para que possamos ter representatividade junto aos órgãos oficiais.

Precisamos crescer e aparecer.

Veja como em www.culturaocidentalense. wordpress.com.

ma legislatura eleita em Cidade Oci-

Yuka

políticos relegam a segundo plano as

Brasil, O Rappa.

dental se disse defensora da cultura

Entrevistamos o grande músico, fun-

manifestações culturais do municipio,

até hoje. Sinal claro de que os próprios algumas bastante tradicionais com mais de 60 anos de história. Outras remetem aos tempos dos escravos, praticadas por seus descendentes hoje.

dador de uma das maiores bandas do

Marcelo Yuka, produtor e ativis-

ta cultural deu uma palhinha para a gente. Confira. Boa leitura!

CulturaNaRIDE / Maio de 2012


“I

nfelizmente, a moral se compromete a mulher vai se exibindo e o mundo não se esquece de sua beleza traduzida em requebrado com gingado acelerado só para o homem perceber (...)”

Jorge José, o verdadeiro poeta3 de Cidade Ocidental

Jorge José de Lima. Nome comum. Mas a trajetória do homem comum rumo ao poeta que vivia em seu interior não é nada comum.

HINO DE CIDADE OCIDENTAL Letra: Jorge José Música: Jorge José e Nilton Batata Sob a luz e o calor desse chão, edifica-se nosso amanhã. São pioneiros, são jovens e irmãos, a criança a família e o nosso ancião. Descendentes de estados distantes, contribuem para a nossa educação. Foi assim o princípio da crença, que nos trouxe nossa emancipação. Nossas ruas acolhem quem chega, cada um com o seu imaginar. É assim nosso espaço-metrópole, que Cidade Ocidental quer sua história contar. No extenso solo geográfico, a natureza germina a semente. É o marmelo somando a riqueza, que alimenta o futuro da gente. É o grão que se multiplica, é o verde do nosso Centro - Oeste. É o suor do homem do campo, que nossa terra enobrece. Nossas ruas acolhem quem chega, cada um com o seu imaginar. É assim nosso espaço-metrópole, que Cidade Ocidental quer sua história contar. Não tememos a imagem do medo, nossa gente sempre acreditou. Vida Sim, Aborto Não Na obediência do servo “A mente se envolveu de um jeito fiel, nossa mente se estruturou. que lhe falta respeito Nossa flâmula trêmula até para legislar no ar, para saudar cada Se subentende que Heródes opinião. manda os seus discipulos, No Plenário, nosso legislador, que propõe nos para o meio parlamentar. tornar cidadãos. A lei que proíbe a vida Nossas ruas acolhem que se forma no ventre quem chega, cada um e espera nascer. com o seu imaginar. Na filosofia do conceito É assim nosso espaçoum mero sentimento metrópole, que Cidade para se esquecer.” Ocidental quer sua história contar.

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O

maranhense Jorge José trilhou um longo caminho para chegar até Cidade Ocidental e despertar de vez o escritor que sempre viveu dentro de si. Não viveu com os pais verdadeiros, cuja mãe morrera ainda quando tinha mal completado um ano de idade. Mas foi logo adotado pelo casal Manoel e Carlota Pires, permanecendo com eles até os 16 anos. Ainda na escola primária, escreve poema chamado Afeto Materno, onde revela a saudade que ainda sentia de sua mãe e a gratidão por seus pais adotivos. Mas antes deste, Jorge já havia escrevido diversos outros poemas, de qualidade incomum para um jovem estudante, recém egresso da infância, passada no Nordeste. Logo interrompe os estudos para dedicar-se ao trabalho. Viaja do Piauí, estado onde tinha residência, para se aventurar na grande Jundiaí, estado de São Paulo, onde trabalharia como montador de máquinas de costura, profissão que o levaria a trabalhar na Singer, referência na área de máquinas de costurar no Brasil. De Jundiaí, muda-se para Indaiatuba e em seguida move-se para Campinas onde descobre sua vocação para a liderança comunitária, presidindo uma associação local. Sua natureza persistente o leva de forma “predestinada” ao Planalto Central em busca de uma vida melhor e muda-se, em 1977, para o então

Núcleo Habitacional de Cidade Ocidental, que à ocasião, contava com

da mulher brasileira, tranformando-a em objeto sexual, para admira-

apenas uma Superquadra pronta, a de número 11. Trazendo na bagagem a experiência de líder comunitário em São Paulo, Jorge assume a primeira presidência da Associação de Moradores de Cidade Ocidental AMCO, em 1980. Jorge também fundou a primeira Seara Espírita do município, Chamada Luz e Vida, que até hoje funciona na Superquadra 12. Jorge José, pela valorosa experiência que acumula como líder comunitário, conhece como ninguém os anseios de sua comunidade. Observador perspicaz da alma humana, seus poemas são povoados de sentimentos nobres como amor e compaixão. Seus poemas têm sempre pitadas autobiográficas, revelando trechos de sua longa trajetória que incluem a saudade de entes queridos, os amigos que ficaram pelo caminho, a gratidão aos seus pais adotivos e a experiência de ser pai. Jorge José não se faz de rogado ao criticar o stabilishment. Atento às mudanças em nosso mundo, escreve sobre praticamente tudo em forma de poesias. Em 1999, quando o grupo É o Tchan estava no auge, presente em todos os canais de TV, Jorge percebeu que a excessiva valorização da bunda feminina denegria a imagem

ção das massas. O aborto, em 1950, já era uma preocupação em nossa sociedade e o Brasil já vivia às voltas com polêmicas sobre esse tema espinhoso. O poeta traçou um panorama sobre o debate que acontecia entre os deputados e senadores (que ainda não despachava em Brasilia e sim no Rio de Janeiro) sobre sancionar ou não a lei que permitia o aborto. Essa e outras histórias, em forma de verso, estão presente em livro lançado em 2004 pela Thesaurus Editora chamado Um Pouco de Mim, que abrange poesias de quase todas as décadas deste e do século passado, escritos por Jorge. Poesias que datam desde 1945, atualissimas, coloridas com os pincéis abstratos da vida, trafegam entre a política e o amor, a paixão e a devoção religiosa. O pioneiro poeta possui inúmeros escritos prontos para serem editados. No momento, seu segundo livro intitulado “Pensando para Fazer Pensar” aguarda apenas a revisão final e o capital para ser publicado. José Jorge é figura essencial para se entender o município. O poeta participou de concurso para escolha do hino de Cidade Ocidental do qual foi vencedor. A interpretação ficou sob a responsabilidade de Nilton Batata e é executado em todas as cerimônias oficiais.


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Abadá Capoeira de Cidade Ocidental

a r u Projeto Cultural e Social Mais Um t l u C Na na Cultura, Menos Um Nas Drogas

+1

Projeto que vem contribuindo despertando valores incontáveis através da Cultura e do Esporte que a Capoeira representa. Através dele, os moradores do Entorno recebem aulas de Capoeira totalmente gratuitas, duas vazes por semana e é cobrado somente a disciplina e respeito ao próximo. O professor Luiz Geral “Fumaça” integrante da Escola Abadá Capoeira tomou a iniciativa de fomentar a cultura popular brasileira em todas as escolas do Município de Cidade Ocidental e Entorno. Projeto esse que vem transformando a vida de muitos jovens, até mesmo exportando atletas profissionais de capoeira para outros países, como Alemanha e Portugal através da arte. Benefícios da Capoeira • Melhora a capacidade cardiovascular e respiratória; • Oferece um melhor condicionamento físico e mental; • Alivia os problemas relacionados ao stress diminuindo tensão e fadiga; • Seu corpo torna-se mais forte e flexível; • Melhora a postura eliminando maus hábitos levando ao correto alinhamento corporal; • Fortalece a musculatura abdominal • Melhora o estado geral de saúde; • Melhora sua auto-estima e segurança; • Aumenta o metabolismo, força muscular e densidade óssea sem exageros; • Diminui o percentual de gordura. O professor Luiz Fumaça lembra que investir em Educação, Esporte, Cultura e Lazer dos jovens de Cidade Ocidental é a forma mais barata de combater a criminalidade. Confira o local de treino do projeto e seus horários no Entorno GO/DF. Estamos disponibilizando 500 vagas para aula de capoeira TOTALMENTE GRATUITA! Entre em contato: Instrutor Luiz Fumaça Telefone: 61- 92123588 E-mail: fumaca.abadaentorno@hotmail.com

Prefeito de Cidade Ocidental, Alex Batista e grupo de capoeiristas mirins nos IX jogos de capoeira Abadá-DF, em 2009: apoio aos projetos sociais

Horários Local

Dias

Horários

Professor

2º e 4º feira

18h às 19h

Fumaça

Multiuso Nápolis 2º. 4º e 6º feira

19h às 20h30

Fumaça

Escola Silva Neto 3º e 5º feira

18h às 19h

Fumaça

Feira Coberta

3º e 5º feira

08:h às 9h30

Fumaça

Mesquita

6º feira

08 h às 16h

Fumaça

E.M. Paulo Freire 2º e 4º feira

18h às 19H

Alex

E. M. E. A. de Aguiar 3º e 5º feira

18h às 19h

Alex

CEO

4º e 6º feira

18 h às 19h

Wesley

2º, 4º e 6º feira

08h às 16h

Wesley

Ginásio do J. ABC 3º e 5º feira

18 h às 20h

Jailton

E. M. D. Agostinho 5º feira

08 h às 16h

Jailton

E. M. Friburgo

18 h às 19h

Paulo

Multiuso Nápolis 3º e 5º feira

10 h as 11 h e

Paulo

14 h às 16 h

Araguari

PETI

3º e 5º feira

Centro Cultural Friburgo

2º. 4º feira

16 h às 17 h

Paulo

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Setorial de Cultura do PT

Cultura ao

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Povo Brasileiro

No dia 24 de março de 2012, em Goiânia, o Partido dos Trabalhadores do Estado de Goiás deu um grande salto para a construção da Cultura no Estado. Nesse dia foi realizado o Encontro Estadual de Cultura de Goiás, do Partido dos Trabalhadores, em que foi eleito o novo Secretário de Cultura do PT de Goiás, nosso companheiro e amigo, Rogério Fleury. Elegemos também o Coletivo Estadual de Cultura, que na composição contamos com o companheiro de Cidade Ocidental, Luiz Geraldo (Fumaça). Nessa construção, a participação de Cidade Ocidental foi fundamental. Levamos 10 delegados para eleição e conseguimos emplacar nosso candidato a Secretário e indicar o Fumaça para representar Cidade Ocidental e todo Entorno de Brasília no Coletivo. “O companheiro Fumaça desempenha um ótimo trabalho à frente da cultura de Cidade Ocidental e temos certeza que conduzirá muito bem os trabalhos no Coletivo de Cultura, sendo um ótimo nome para representar a cultura de todo entorno”, afirma Kedma Karen - Secretária Geral do PT. A cultura em Cidade Ocidental é muito rica. A comunidade quilombola do Mesquita faz com que o município tenha uma das maiores fontes de riqueza na área da cultura negra, sendo motivo de orgulho para cada ocidentalense. Os quilombos são patrimônio do povo brasileiro. O Quilombo Mesquita tem uma rica história que se estende há mais de 200 anos. A comunidade produz, há mais de 150

anos, marmelo, goiaba, e fabricam artesanalmente marmelada e goiabada seguindo a receita e modo de produzir herdada pelos seus ancestrais. Seu artesanato é voltado para produção das caixinhas de madeira que embalam a marmelada e a goiabada, biscuit e tapetes, que são comercializados em feiras. As festas são comemoradas com a dança da Catira, tradicional de Goiás. Essa cultura tão rica tem que ser divulgada e valorizada, tendo o Partido dos Trabalhadores um o papel fundamenta na conscientização e valorização desse patrimônio de Cidade Ocidental e do povo brasileiro. Essa é apenas uma das fontes de culturas existentes em Cidade Ocidental, que também é muito rica na diversidade cultural. A cultura está para o povo assim como a alma está para vida. Um povo sem memória é um povo sem destino, talvez por isso o setorial de cultura seja um dos mais importantes segmentos. Estiveram presentes no Encontro: Presidente do PT de Cidade Ocidental, Sírio Parrião; Secretária Geral do PT de CIdade Ocidental, Kedma Karen; Secretária da JPT de Ocidental, Emanuella Freire; Conselheira Tutelar, Ruth Delevedove; Delegada para o Encontro Nacional de Cultura, Josy Linhares; Chiquinho do PT; Zuleide Campos; Rafael Braga; Daiana Tavares e nosso ex-superintendente de Cultura, Fumaça.

“L

uiz Fumaça desempenha um ótimo trabalho à frente da cultura de Cidade Ocidental e conduzirá muito bem os trabalhos no Coletivo de Cultura, sendo um ótimo nome para representar a cultura de todo entorno.” Kedma Karen - Secretária Geral do PT-CO

Governo de Cidade Ocidental SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA A Biblioteca Pública da Secretaria Municipal de Educaçao e Cultura de Cidade Ocidental está atendendo a comunidade escolar no horário de 8h às 18h, de segunda à sexta-feira. Além de bons livros para ajudar nos trabalhos escolares, os alunos contam ainda com a sala de informática, onde têm acesso aos serviços de internet. A educação inclusiva é direito de todos.

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Governo de Cidade Ocidental Superintendência de Cultura

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III TORNEIO ABERTO DE CIDADE OCIDENTAL

A origem do Xadrez é tão re- Raimundo Costa e Carlos Alberto mota, que as teorias referentes a sua “Manguito”, agradeceram aos mais criação figuram nos campos mitoló- de 30 participantes que comparecegicos e lendários, pois não há regis- ram à escola, enalteceram o trabalho tros de sua gênese. Os escritos rela- da Superintendência de Cultura pelo tivos à sua origem, conhecido como apoio dado ao evento e comprometeXadrez Moderno, datam da Renas- ram-se com a comunidade no senticença, período de redescoberta cul- do de divulgar mais a arte do xadrez COMUNIDADE ENXADRISTICA tural, imediatamente após a Idade na cidade. das Trevas. André Brito, professor do muni Aos poucos o Xadrez foi ga- cípio e colaborador da Cultura, pronhando o mundo até chegar a Ci- feriu algumas palavras em relação ao dade Ocidetnal, onde se realizou evento e ressaltou a importância da na Escola Municipal Silva Neto, cultura enxadrística no município, centro, o III Campeonato Aberto de levando os presentes a refletir sobre Xadrez, organizado pela Comuni- o caráter multidisciplinar da modadade Enxadrística de Cidade Oci- lidade, que perpassa pelos aspectos dental, CECO. culturais, educativos, desportivos e Previsto para começar às 11h00 artísticos, tendo em vista que é uma do dia 4 de março, o campeonato prática milenar. foi amplamente divulgado nas redes Antes do inicio da segunda rosociais, escolas municipais e teve dada, o Superintendente Luiz Gegrande apoio do Governo de Cidade raldo “Fumaça”, tomou o microfone Ocidental por meio da Superinten- para saudar os presentes e anunciar dência de Cultura do município. que a Prefeitura, em coordenação Os organizadores Paulo Santos, com a Secretaria de Educação, está

Os vencedores

trabalhando para transformar a prática em atividade pedagógica regular nas escolas, a exemplo do que acontece em outros países. 1° lugar: Advindos não só de Cidade Claudio Sérgio Santos de Araujo Ocidental, mas de várias partes do Cidade Ocidental-GO DF, os competidores aproveitaram 2°-lugar: as pausas entre as sete rodadas, de DE CIDADE OCIDENTAL CECO William Barreto Pimentel 15 minutos cada, para socializar e Lago Sul-DF discutir os rumos da prática, suas 3° lugar: benesses e dificuldades. Adriano Henry Franklin de Oliveira Cosme, morador do Gama, correCidade Ocidental-GO tor de seguros e William Pimentel, Sub 18: Lago Sul, investidor, costumam ir Vitor Amor Wolfgram aonde o Xadrez está, participando Gama-DF de todas as competições que poFeminino: dem, melhorando sua performance Aline Santos Pereira a cada partida. Santo Antonio Descoberto-GO Alexei Leonardo (foto abaiMaster: xo), 14, morador do Saia Velha, foi Francisco Chagas dos Santos o primeiro a deixar a primeira roCidade Ocidental-GO dada. “Embora tenha perdido, acre-

04 de março de 2012 |11h00 |Escola Municipal Silva Neto Informações: (61) 92813021

Premiação: 1º Lugar troféu + R$ 120,00 reais 2º Lugar Troféu + R$ 80,00 reais 3º Lugar Troféu + R$ 50,00 reais

dito que o campeonato foi uma bela oportunidade para praticar e espero que os próximos ocorram com mais regularidade e maior divulgação.”

Árbitro: Westerley Batista Campos Ceilândia-DF

Aline, presença feminina no Xadrez e Manguito à esquerda, incentivam a prática do xadrez nas escolas

Apoio: Abadá Capoeira | Casa da Carne | Panificadora Kariny | Bar do Silão Mercadinho Silva | Bar do Evaldo | Espetinho do Dimas Mototáxi Águia | Bar do Marciel | Raimundo Costa Jawsen Neto

O árbitro Westerley e Raimundo: sorteio eletrônico

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Cidadania

Evento com ações sustentáveis agita o Jardim ABC, em Cidade Ocidental Governo e comunidade se mobilizam e transformam o Jardim ABC Nos dias 23 e 24 de março, o bairro Jardim ABC, na Cidade Ocidental (GO) foi palco de um evento promovido pela Associação “Bairro Sustentável”, da Damha Urbanizadora, com a realização de várias ações simultâneas. Entre elas, o início do projeto de revitalização da Praça das Nações, que contou com o plantio de mudas de árvores, arbustos e forrações. Cerca de 40 pessoas estiveram presentes somente nesta ação, que será continuada com a execução dos passeios em concreto, instalação de bancos e playground, para proporcionar um ambiente de lazer e convívio à comunidade local. No mesmo dia, alunos das escolas Aleixo Pereira Braga e Albino Ferreira participaram de outra atividade do evento. Com orientação dos professores, deram andamento ao processo de restauração dos muros que cercam as escolas, por meio de pintura e expressão artística. Os desenhos realizados pelos alunos foram selecionados em uma gincana interna e serão reproduzidos, transformando o local em um grande painel.

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A restauração teve início no dia 17 de março, por meio da organização de mutirão entre os voluntários da comunidade. As primeiras ações foram realizadas na escola Albino Ferreira no dia 21 e, nos dias 23 e 24 (sexta-feira e sábado), foi iniciada a reprodução de símbolos em referência às atividades pedagógicas desenvolvidas na própria escola. Para orientar a pintura, foi contratado um artista plástico do próprio bairro, que realiza os trabalhos em conjunto com o grupo de alunos. Na Praça das Nações, foram organizadas ainda ações com a comunidade, como distribuição de pipoca e algodão doce e a instalação de um brinquedo pula-pula para as crianças, para permitir que os pais pudessem participar das outras atividades. Estima-se que mais de 200 pessoas compareceram a cada um dos dias do evento, entre adultos e crianças, participando ativamente das ações, com o objetivo de valorizar espaços urbanos importantes para a comunidade.

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Lazer e Cultura em Cidade Ocidental, bairro OCP

R

olou dia 2 de março de 2012, o primeiro Lazer Cultural, organizado pela Organização Educacional Assistencial 31 de Março - OEA em parceria com o Governo de Cidade Ocidental, representado pela Superintendência de Cultura, órgão subordinado à Secretaria de Educação e Cultura de Cidade Ocidental. O evento contou com diversas atividades culturais que tiveram como objetivo inserir a comunidade em um contexto cultural diversificado, levando mais lazer à comunidade do bairro Ocidental Park. Com a presença de multiplicadores da cultura ocidentalense, tais como BBoys (dançarinos de HipHop), grafiteiros, capoeiristas, lutadores de Jiu-Jitsu, enxadristas e outras atrações, os jovens da região puderam ter momentos de lazer e cultura que alegraram o bairro. Tudo com cobertura da TV Anhanguera. A OEA 31 de Março, originária da cidade de Rio Verde - GO, presente agora em Cidade Ocidental, já conta com mais de 40 anos de atividades assistenciais e culturais no estado e sempre busca parcerias para incrementar suas ações. Uma dessas parcerias trouxe para o evento,o Comandante da Polícia Rodoviária Federal no DF, R. Bomfim que conscientizou as crianças sobre os riscos no trânsito e distribuindo brindes educativos. Segundo a presidente da OEA, Rose Mery Ribeiro, “com o apoio da PRF, os jovens puderam aprender mais sobre normas de trânsito, de uma maneira lúdica e divertida, e levarão adiante uma mensagem de prevenção em relação aos acidentes automobilisticos. Esperamos realizar mais eventos como esses em todos os

bairros da cidade, em breve.” Luiz Geraldo, conhecido como Fumaça, atual Superintendente de Cultura da cidade, professor de capoeira e idealizador de diversos projetos sociais, não poupou esforços no sentido de realizar este grande evento: “é com grande satisfação que vejo todos esses jovens, brincando, dançando, participando de oficinas culturais e principalmente se divertindo. Eventos assim levam a comunidade a reconhecer que o Governo de Alex Batista pensa nos jovens como mola propulsora de dias melhores, longe da violência que acomete os jovens de todo o País,” vaticinou o Superintendente. Entre os artistas que participaram esteve presente o rapper Davi Torres, peruano radicado em Valparaízo de Goiás há 6 anos, que cantou junto com os grupos Voz Na Ativa, Século XXI, Discipulos da Periferia e Rivais do Sistema. Mas o destaque sem dúvida foi para os rappers Guilherme e Vitor (SBW Metanóia,) que mandaram super bem utilizando o recurso de Freestyle (cantar de improviso) e Beatbox (que imita os sons de bateria eletrônica, mas feitos com a boca) levando a galera ao delírio com tamanho talento. Os BBoys Salomão, Cesinha e Soraya, comandaram os movimentos do Break Dance, animando os alunos da Escola Paulo Freire que compareceram em massa ao evento e participaram das atividades. Parabéns aos professores da escola e ao diretor Emanuel, coordenadoras Kátia Regina, Leni e Genilda que deram grande apoio para a realização do evento. Agradecemos também ao radialista DJ Tonelada que conscientizou a molecada sobre os malefícios da pichação e comandou os microfones do evento.

Grafitti e oficinas culturais deram o tom do evento

Davi Torres e esposa: direto de Lima, Peru.

Vitor e Guilherme: freestyle rap

Campus da Universidade Federal de Goiás em Cidade Ocidental Uma conquista do Governo de Cidade Ocidental CulturaNaRIDE / Maio de 2012


9 de Ocidental Governo de Cida Apresenta

Projeto

o t n e m i v o m em

LA

x

] às 19h00 -Hop 0 p 0 i h H 8 1 e [ d s feira Aulas B e sextas s a t r riburgo a F u a v o Às q N l unicipa n] Escola M 18h40mi s à n i a m 0 ia de Lim as [17h4 r r a i e f M s a f a t e quin a Jos rofessor Terças e P l a p i c i un Escola M nsões Suleste Ma Setor de Organização:

D

O GRUPO RD2 FOI CRIADO NO ANO DE 2009 APÓS OUTROS GRUPOS DA CIDADE TEREM SIDO EXTINTOS. JUNTARAM-SE PARA FORTALECER UM SÓ GRUPO CHAMADO READY TO DANCE (R2D): PRONTOS PARA DANÇAR. NO DECORRER DESSES ANOS PARTICIPARAM DE MUITAS COMPETIÇÕES OBTENDO BONS RESULTADOS ENTRE ELES O BATTLE OF THE YEAR, CAMPEONATO BRASILEIRO DE BREAK REALIZADO NO ESTADO DE SÃO PAULO EM 2010. DISPUTARAM COM GRUPOS DE VÁRIOS ESTADOS E FICANDO ENTRE OS 8 MELHORES, TUDO ISSO COM A AJUDA DO PREFEITO ALEX BATISTA, QUE PATROCINOU 8 BBOYS CUSTEANDO TODAS AS DESPESAS. TAMBÉM PARTICIPARAM DE VÁRIOS OUTROS CAMPEONATOS PELO ENTORNO TRAZENDO O 1º E 2º LUGAR E DESTAQUE DE MELHOR BBOY DO EVENTO. (PRECONCEITO) HOJE A CULTURA HIP-HOP AINDA É VISTA COMO COISA DE VAGABUNDO, AINDA SOMOS JULGADOS POR NOSSAS ROUPAS E MUSICAS, MAS VAGABUNDO NÃO SE IMPORTA COM AS PESSOAS E NEM FAZ TRABALHO SOCIAL. ROUPA NÃO É CAPAZ DE EDUCAR CRIANÇAS OU JOVENS E SIM A PESSOA EMBAIXO DESSAS ROUPAS, TANTO FAZ SE FOR BERMUDÃO OU PALETÓ. CONSEGUIMOS ISSO ENCANTANDO COM ARTE E

CulturaNaRide / Maio de 2012

HIP-HOP DE CIDADE OCIDENTAL: A NOVA GERAÇÃO DESENVOLVENDO TRABALHO SOCIAL OFERENCENDO A ELES PORTUNIDADE DE SE ENVOLVER COM COISAS BOAS, DANDO BONS EXEMPLOS E SE AFASTANDO DA CRIMINALIDADE. REALIZAMOS APRESENTAÇÕES EM ESCOLAS COM O INTUITO DE ATRAIR CRIANÇAS E JOVENS. GRAÇAS A ISSO, JÁ TEMOS MAIS DE 70 ALUNOS NO PROJETO SOCIAL HIP HOP EM MOVIMENTO DA SUPERINTENDENCIA DE CULTURA EM AULAS MINISTRADAS POR NÓS: R2D.

(OBJETIVOS) LEVAR A CULTURA HIP HOP PARA TODOS OS BAIRROS DA CIDADE OCIDENTAL E TER A OPORTUNIDADE DE LEVAR O NOME DE NOSSA CIDADE EM COMPETIÇOES NACIONAIS E INTERNACIONAIS DA CULTURA HIP-HOP.

O

(INTEGRANTES) BGIRL SOL, BBOY SALOMAO, BBOY TON, BBOY BOCAO, BBOY CESAR, BBOY KALED, BBOY FELIPE, BBOY MAICON, BBOY KABU, BBOY TOM, BBOY TAZ. E BBOY TODYNHO FRIBURGO. (CONTATOS)

BGIRL SOL (61 9335-5583) BBOY SALOMAO (61 9183-8554).


Marcelo Yuka 10

“A

educação e a cultura criam as possibilidades, apaziguam relações mesmo em situações adversas”

M

arcelo Fontes do

solo, trabalhando em um disco

Nascimento Viana de

com um Dj americano Maga BO

Santana, 45, natural de

(N. do E.: Maga é um DJ que

Campo Grande – RJ, mais conhe-

mescla muitos estilos, formando

cido como Yuka, fundou o grupo

um caleidoscópio sonoro de sons

o Rappa, do qual atuava como

de outros países, onde as princi-

compositor e baterista cujo grupo

pais influências são o Hip-Hop

vendeu mais de 5 milhões de discos.

e o Dub), estou terminando

Yuka compôs os maiores sucessos

um livro de poesia e escreven-

da banda antes de deixá-la: canções

do um roteiro para um longa.

como Minha Alma, O Que Sobrou

Cidade Ocidental, localizada no Entorno

do Céu, Me Deixa e Lado B Lado A.

do Distrito Federal, conhecido como

Acho horrível! Vejo com medo

cadeirantes ou da maioria dos

a periferia da periferia da Capital,

porque quando esta saída, que

deficientes quase não existe, ou

Acho que isto é uma coisa que

de assalto e fica paralítico, o que o

já foi tida como o local mais violento

é para conscientizar ou para

melhor, existe no papel chama-

não vai embora porque assim vai

impossibilitaria de continuar na ba-

do Brasil por conta da quantidade de

orientar um jovem se passa para a

do Constituição mas em via de

ter que proceder a um cidadão

teria. Mesmo assim lança junto com

crimes cometidos aqui, tendo inclusive

proibição de um gênero musical é

fato não. Não acredito que eu

moderno, não dá para esperar

o Rappa, o disco Instinto Coletivo

recebido a intervenção da Força Na-

porque as proibições se colocam

tenha melhores chances por ser

tudo do estado e nem da para

e no ano seguinte deixa a banda.

cional de Segurança por duas vezes. Em

como um mal maior do que os

mas visível a sociedade, acredi-

esperar pouco do estado. Logo

Com projetos sociais relevantes

longo prazo, acha que ações culturais e

seus supostos motivos. Nem em

to que tenho maiores chances

as ONGs se fazem necessárias

como o grupo F.UR.T.O. e B.O.C.A.,

sociais contribuem para a diminuição

países fundamentalistas islâmicos

porque ainda tenho uma condição

para cobrarmos do Estado e nos

Marcelo se destaca como produ-

da violência entre jovens? Se sim, como

são capazes de proibir um gênero,

financeira que pode me proteger

organizarmos.

tor no cenário nacional, partici-

isso deve ser feito em sua opinião?

eles proíbem uma letra, o que já

porque quando não existe mais

é um absurdo. Eles não podem

direito o dinheiro compra.

Em 2001 Yuka sofre tentativa

pando de debates, promovendo

Marcelo gostaria de agradecer a

palestras, cursos e festivais.

Acredito que educação sempre

proibir o gênero, posso dizer

é a melhor saída é sempre aonde

que isso é um atraso tremendo.

Marcelo, desde os tempos de Rappa,

devemos investir. A educação e a

notamos que seu trabalho sempre teve um

cultura criam as possibilidades,

Um dos maiores problemas do Brasil e

enfoque social, letras conscientes e um

apaziguam relações mesmo em si-

lidar com as pessoas com necessidades es-

Na B.O.C.A. (N. do E: Brigada

sociais que somados tiraram mais

som bastante contemporâneo. Às vezes

tuações adversas, agora como você

peciais de locomoção. Sabemos que poucas

Organizada de Cultura Ativista,

de 5 mil crianças das ruas, todos

lembra o Rap dos anos 90 com aquela

mesmo falou precisamos de tempo

cidades se dispõem a modificar suas ruas

instituição sem fins lucrativos

com apoio da Prefeitura Muni-

pegada de denúncia, outras aquele Rock

para isto não existe soluções

em beneficio dos cadeirantes. Dentro desse

cujo principal mote são os cursos

cipal. Gostaria de deixar alguma

que dá vontade de pular bastante. Como

mágicas sem abraçar algum tipo

enfoque, como é viver em uma cadeira de

de edição sonora e visual, com

mensagem para a comunidade?

você define agora suas produções?

de fascismo o que para mim apre-

rodas sendo uma celebridade musical?

sede no Rio de Janeiro com forte

Como ativista, em que projetos so-

para quando estiver em Brasília,

ciais anda trabalhando agora?

conhecer o Entorno e Cidade Ocidental. Temos alguns projetos

atuação educacional e social

A origem da palavra comu-

Não muda muita coisa porque as

que leva cultura e educação

nidade é o espaço comum,

para entidades carcerárias).

como mudar este espaço?

senta uma violência maior ainda. Não sei se tenho um estilo

entrevista concedida e convidá-lo

único a seguir, acho que nunca

Muitos criticam o Funk carioca pelas

pessoas quando me conhecem são

tive, sempre procurei alguma

suas letras que, dizem, expõem e denigrem

capazes de ser mais gentis mais

coisa que me emociona além

as mulheres, além de outras composições

carinhosas (e me admira), mas

Desde o primeiro governo Lula, perce-

ou pelo menos tenta do fun-

das barreiras de um estilo.

que falam abertamente de sexo, como

o certo é que não precisamos de

bemos um crescimento considerável no

do do coração nos sentimos

o som do Mr. Catra. Aqui em Brasília

ajuda e sim de direitos. Direito

numero de Organizações não governamen-

mais únicos mais inteiros.

Em que projetos musicais anda traba-

e Entorno, os jovens curtem bastante

não é um favor e mais do que isto

tais no Brasil, preenchendo uma lacuna

Consequentemente mais

lhando agora? Algum trabalho solo?

e as escolas chegam até a proibir de

é uma obrigação! Obrigação de

deixada pelos Governos. Como vê esse

corajosos para lutar

maneira velada ou não, a execução das

me defender e de defender todos

crescimento? Acha que as ONGs devem ser

pelo o que

musicas. Como vê essa situação?

nós, tendo isto a deficiência dos

transitórias ou permanentes na sociedade?

acreditamos.

Estou trabalhando no meu disco

Quando a gente exerce isto

CulturaNaRIDE / Maio de 2012


À esquerda: Robert Carter

Arte em todo canto

11

Foto maior: Kansbar

Pós-Graduação Pós-Graduação

Pós-Graduação FaculdadeDarwin Pólo Cidade Ocidental Coordenação: Liliene Lopes e Maria Vitória Telefones: 3605-2842 / 9297-2120

CulturaNaRide / Maio de 2012


12I Conferência Municipal de Cidade Ocidental Discutindo o Plano Municipal de Cultura 28|abril|2012 Escola Municipal Silva Neto

Encerramento com shows de Uilson Piazza Abadá Capoeira e + a partir das 20h00 a Axé Funk

lh llet Quadri

ance Ba Dança Break D

Rap Axé

PB Erudita

ode Jazz M Samba Pag

Programação 08h00 08h30 09h30 10h20 11h30 13h00 15h30 16h30 17h00

Credenciamento Abertura do evento Painéis expositivos / leitura do Texto-Base da II Conferência de Cultura do Estado de Goiás Discussão sobre o Sistema Municipal de Cultura Intervalo de almoço Elaboração de propostas de estratégias por eixo Compartilhamento de resultados e priorização Escolha dos Delegados Orientação sobre os próximos passos

20h00

Encerramento com celebração cultural e confraternização.

Quer aprendear rciais? artes m

Participe do projeto

KARATÊ

Gospel

Música Rock s rdel Conto ra s Poesia Co ro v Li rafitti Pintu a r mentário G cu Literatu o D o e sas Cinema Víd das Religio Fotografia l a val Cavalga u a is rn v a C io la d o Au uilomb sQ na Populare

o Indíge uras Circo Afr

Cult dy d Up Come pular Stan o P r la o sc Teatro E

Realização

Aulas na da Costa Seferino Teotônio al ip ic un M la co Es (Bairro Araguari) iras às 18h00 Terças e quintas fe Monitor: Lucas Organização:

Gover no de Cidade Ocident al Apresenta

Aulas de Violão Professor Grátis Nilson Albuquerq ue

Às segundas e quartas-feiras de 18h00 às 19h00 Salão Multiuso Parque Nápolis “A” Organização: Cidade Ocidental

CulturaNaRIDE / Maio de 2012


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