PORTFÓLIO ARQUITETURA
ANDRÉ FERREIRA
CV ANDRÉ FERREIRA Data de Nascimento: 03/04/1991 Morada: Travessa do Rego Edifício Pateo do Carmo, Bloco A 3ºC, Funchal Tlm: +351 963934434 Email: andreadferreira91@gmail.com Site: http://andreadferreira91.wix.com/ andreferreira FORMAÇÃO ACADÉMICA 2009 – 2014 Instituto Superior Técnico – Universidade Técnica de Lisboa, Portugal _Mestrado Integrado em Arquitetura com nota final na Tese de Mestrado de 18 Valores 2006 - 2009 Escola da APEL (Associação Promotora do Ensino Livre) – Funchal, Madeira _Ensino Secundário - Agrupamento de Artes concluído com a média final de 17 Valores ATIVIDADES E EXPOSIÇÕES 1998 – 2009 Prática de Andebol no Clube Desportivo Infante D. Henrique, Monte; 2008 – 2009 Presença na Convocatória da Seleção da Madeira de Andebol para integrar o Campeonato Nacional de Andebol no escalão de Juvenis;
2009 – 2014 Participação anual na Semana Relâmpago do Mestrado Integrado em Arquitetura, Instituto Superior Técnico; 2010 - Participação na Trienal Universidades – Cova da Moura – Falemos de Casas 2009 – Presença do Trabalho desenvolvido no Concurso Trienal Universidades na Exposição no Museu da Eletricidade,em Lisboa, correspondente aos 30 melhores Projetos concorrentes; 2010 - Publicação do Projeto no livro Falemos de Casa: Concursos / Let’s talk about houses: Competitions, Athena, Lisboa 2010 (pp. 178,179) 2013 – Presença do Trabalho Centro Cultural da Mouraria na Exposição de trabalhos coletivos do 4ºAno no IST; 2013 – Participação no concurso “Caça Talentos”, promovido pela Câmara Municipal da Ponta do Sol; 2014 – Participação na reconstrução do espaço de restauração WELL.com, Rua das Murças, nº16 Funchal; 2014 – Elaboração e defesa da Tese de Mestrado, intitulada Projeto Urbano Santa Apolónia-Xabregas, Estação de Metropolitano do Vale de Santo António; 2014 – Presença do Trabalho Projeto Santa Apolónia-Xabregas na Exposição 5x5 no IST, promovido pelo NucleAR;
TRIENAL UNIVERSIDADES . 2010 COVA DA MOURA, Lisboa - Falemos de Casa / Let’s talk about houses
Rua Interior da Cova da Moura
2010 / Cova da Moura
Ao intervir na Cova da Moura, o mais importante foi não anular a vivência de comunidade sentida ao visitar o bairro. É sem dúvida essa mesma vivência que faz com que este bairro seja tão diferente da restante cidade e por isso, não se relacione da melhor forma com ela. Nesse sentido, o principal objectivo foi manter essa vivência, conseguindo, no entanto relacionar o bairro com a sua envolvente. A rua, o espaço mais vivido neste local é, assim o foco de intervenção, sem no entanto esquecer que existe uma envolvente ao mesmo que com ele não se relaciona. Prentende-se então trazer a Cova da Moura à restante cidade e vice-versa.
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Maquete da Proposta 1:200
2010 / IST
A área envolvente a este bairro sofre do problema de toda a periferia da cidade de Lisboa, sendo um dormitório desta. Assim sendo pretende-se criar nesta área pólos de autonomia que permitam a vivência deste local, tanto diurna como nocturna. Só assim se pode pensar na Cova da Moura como um local de visita e estadia. Se não se reflectir acerca da envolvente e da vivência desta, é impossível pensar na Cova da Moura com estas condições, sendo que, se assim fosse ela passaria simplesmente a ser um local mais qualificado, não havendo assim relação com a envolvente.
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Fotografias da Maquete 1:200 2010 / IST
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PROJETO Os elementos considerados no diagnóstico em causa passam pela identificação dos espaços verdes, qualificados ou não, que envolvem o Bairro, nos limites do mesmo, nos equipamentos que o servem, nos vazios urbanos com potencialidade e nos espaços mais vividos pela comunidade. Também a fachada de Bairro teve grande importâcia visto ser a imagem do mesmo para a envolvente e encontrar-se neste momento degradada, transmitindo uma ideia de insegurança a quem circunda o Bairro. Assim sendo, os espaços verdes que considerámos potenciais passam pela área destinada à Santa Casa da Misericórdia que se fecha em si mesma, mas que, no entanto é um espaço com extremo potencial. O espaço verde representado a Norte como limite do Bairro considerou-se potencial por poder facilitar a relação deste com a envolvente. É no entanto um espaço com grande diferença de cotas, o que dificulta a sua utilização como espaço de estada. Encontra-se neste momento organizado em socalcos e utilizado para cultivo. Os espaços de estada existentes foram considerados escassos, visto a rua ser extremamente vivida pela comunidade. Com a importância dessa mesma vivência foram considerados poucos os espaços de estada assinalados. Assim sendo a proposta passará pela requalificação dos mesmos, assim como pela criação de mais espaços com esta linguagem numa malha que possibilita uma maior relação do Bairro com a sua envolvente.
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COVA DA MOURA Pequenos pátios surgem ao longo de ruas estreitas. O alcatrão impera no meio de casas que a cada dia vão crescendo até atingirem os 5 e 6 pisos. As pessoas vivem as ruas de manhã à noite, sentando-se nas escadas das suas próprias casas e falando a quem passa. As casas são assim meros espaços de dormida e refeição. A descrição poderia ser a de qualquer malha medieval, em que o crecimento desordenado toma conta do território, sobrando pouco espaço de circulação e estadia, no entanto falamos da Cova da Moura. Contundo, uma preocupação é adequada às duas situações, a de não destruir a sua identidade
Charneira com a envolvente 2010 / Cova da Moura
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BIBLIOTECA CARNIDE . 2011 LARGO DA LUZ, Lisboa
PROJETO A Biblioteca está implantada num terreno a este do largo da Luz (Jardim Teixeira Rebelo), no alinhamento do Convento dos Padres Franciscanos, pois esta área de intervenção já havia sido delimitada a quando da realização do projecto de urbanismo. Tendo em conta que este edifício conforma o largo da Luz dando um limite continuo e fisico a este do largo. Coincidente com esta area de implantação está o Jardim Romântico do Convento dos Padres Franciscanos, que é um jardim privativo deste convento. Neste jardim existem momentos, acontecimentos interessantes ao publico que estao encerrados, e que podem ser apenas observados por quem frequenta o Convento. O castelo rodeado por água e a fonte são os exemplos mais importantes de marecos dentro do largo. A Biblioteca apresenta linhas projectuais que visam o aproveitamento das pre-existencias, e deste modo valoriza-las, trazendo-as para o Largo da Luz e para as pessoas que frequentam esta zona, e que iram usufruir da Biblioteca de Carnide. Estas linhas conincidem com a fachada sul do Concento dos Padres Franciscanos, com o caminho já existente para a Fonte do Jardim e por Fim o alinhamento com o Castelo. Estes alinhamentos tendo em conta a valorização das pre-existencias modelam todo o edificio e principalmente a sua volumetria exterior.
Planta Piso 0 2011 / Carnide
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A biblioteca é composta no piso terreo por tres nucleos principalmete funcionais e de serviços, por isso mesmo este piso tem uma espacialidade muitpo mais compartimentada e por sua vez por espaços muito mais pequenos que se ligam entre eles. No centro da fachada tem uma entrada que nos possibilita a ida para três pontos diferentes (Jardim romantico, Átrio da biblioteca principal e o Átrio para a biblioteca infantil). Estes dois átrios , são os únicos dois pontos do edifício onde se encontra duplo pé direito, pois são zonas de recepção e tem de ser desafogadas de grandes compartimentações, e tem de ser centros distribuidosres para as principais funções. Neste Piso Encontramos a Biblioteca Infantil (Sala do conto, instalações sanitárias, e zona de arrumos), as areas administrativas e tambem a cafetaria, sla de exposiçoes e areas tecnicas, estes ultimos tres pontos ja se encontram no nucleo do interior do jardim romantico. No piso superior a estrutura espacial é completamente oposta à do piso inferior, pois é um andar muito desafogado e fluído, pois é um espaço continuo, onde podemos encontrar as principais areas da Biblioteca como a sala de estudo, sala de estantes, consulta de existencias, slas para trabalhos de grupo,e Biblioteca Infantil, é um espaço onde predominam as vistas e as sensações de quem percorre os espaço.
Planta Piso 1 2011 / Carnide
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Secções da Biblioteca 22
2011 / Carnide
Entrada Principal da Biblioteca
2011 / Carnide 23
CARNIDE No final do séc. XIX, a construção de duas fábricas de cerâmica no arredores das povoações, e ainda a instalação de unidades fabris em freguesias vizinhas, dinamizaram a economia e fomentaram a fixação de operários em Carnide. Onde nessa época estava a Quinta dos Inglesesinhos, uma comunidade de frades católicos irlandeses, ergue-se desde 1983 a Escola Secundaria de Vergílio Ferreira. No séc. XX, os hábitos agrícolas aliados ao êxodo rural deixaram ao abandono muitas quintas. Decorre desse facto o início da urbanização intensa na zona. Carnide sempre fora uma freguesia onde a aristocracia estava misturada como as camadas sociais mais desfavorecidas. Actualmente Carnide tem zonas mais antigas e zonas mais modernas.
Charneira com a envolvente 2010 / Cova da Moura
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CASA H . 2011 Barragem Marechal Carmona, Idenha-a-Nova - Castelo Branco
Barragem Marechal Carmona
2011 / Idenha a Nova
A Barragem Marechal Carmona, também conhecida por Barragem da Idanha é uma barragem situada no rio Ponsul, perto de Idanha-a-Nova, Portugal. A barragem foi construída durante o Estado Novo e inaugurada em 1946. A barragem inclui duas estruturas: a barragem propriamente dita e o escoadouro ou descarregador de cheias. Actualmente pertence à Associação de Regantes e Beneficiários de Idanha-a-Nova. 28
Terreno de Implantação do Projeto na Barragem
2011 / Idenha a Nova
A barragem destinava-se ao aproveitamento das águas para a agricultura e para a produção hidroelétrica, contando para isso com um grupo gerador com uma turbina Francis, que num ano médio produz 4.5 Gwh de electricidade. Hoje em dia, a sua albufeira é um local de grande atração turística.
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PROJETO A Casa H está implantada na Barragem Marechal Carmona, em Idenha-a-Nova. O terreno onde se insere é plano e tem acesso directo à Barragem, tendo que se ter em conta a subuda e descida do nível da água desta. A Casa está dividida em dois núcleos principais. O núcleo Privado que conresponde à zona de quarto e a suite e as respectivas casas de banho. O núcleo Público, insere-se no outro volume da proposta e tem no seu interior a cozinha, sala de estar, sala de jantar, e casa de banho pública. Os dois volumes apresentam uma rotação, centrada no ponto central entre os volumes, gerados de todo o projeto, que possibilita uma maior vista sobre a Barragem Marechal Carmona e uma maior exposição solar de todoas as áreas da casa.
Planta Cobertura 2011 / Idenha a Nova
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Planta Piso 0 2011 / Idenha a Nova
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Corte AA’ 2011 / Idenha a Nova
Corte BB’ 2011 / Idenha a Nova
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Render Entrada da Habitação 36
2011 / Idenha a Nova
Render Interior da Sala de estar
2011 / Idenha a Nova 37
Render Exterior da Casa H 38
2011 / Idenha a Nova
Render Exterior da Casa H
2011 / Idenha a Nova 39
PROJETO URBANO CHELAS . 2012 Habitação colectiva Quadra de Chelas, Lisboa
Ortofotomapa de Intervenção
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2012 / Chelas
A área de Marvila integrava-se na extensa Herdade de Marvila, caracterizada por todas as rendas e terras de Marvila que possuíam mesquitas dos mouros, doada por D. Afonso Henriques à Mitra de Lisboa, após a conquista de Lisboa, em 1147. Em 1150, a herdade foi dividida ao meio, pelo então Bispo de Lisboa, D. Gilberto.De uma das metades da herdade, resultaram 31 courelas que o prelado entregou aos cónegos da Sé e que, a partir do século XV deram origem às muitas quintas de Marvila. Até essa altura foram muitas as instituições religiosas que aqui tiveram propriedades como a Mitra de Lisboa, Mosteiros de São Felix, de S. Vicente de Fora e de Santa Cruz de Coimbra, Ordens do Templo, do Hospital e de Santiago, além de alguns particulares.
Esquiço de Conceito do Projeto
2012 / Chelas
Nos séculos XVII e XVIII, a Zona foi habitada pela aristocracia, a par de algumas ordens conventuais. Em meados do século XIX, com a ajuda da abolição dos morgados em 1863, muitas das propriedades da nobreza que existiam, foram desmembradas e transitaram para a gestão de homens de negócios em ascensão, como comerciantes e industriais. A realização da Expo 98, veio contribuir para uma maior fragmentação de Marvila, com a construção de vias expressas que cortaram o bairro, visando conectar as zonas afluentes da cidade com o parque Expo. Os espaços verdes só recentemente têm vindo a ser concretizados, e o centro de comércio e serviços previsto anteriormente começou a ser construído nos últimos anos.
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PROJETO No âmbito da disciplina de projecto de Arquitectura III, segundo semestre, foi proposto um projecto, cujo enunciado consiste na realização de um projecto de habitação colectiva em Chelas. A proposta consiste no desenho de um projecto urbano, para requalificação de um troço de espaço de cidade, no qual podem ser identificados alguns problemas, tais como: - colmatar vazios urbanos - atravessamentos - espaço público - coerência da malha urbana - interligação com o Bairro das Amoreiras - corrigir carências de comercio e serviços - espaço verde escaço e incoerente
Planta Cobertura 2012 / Chelas
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Para responder a estes problemas da cidade, elaborei uma proposta que visa o melhoramento das condições daqueles que frequentam aquele troço de cidade, focando-me essencialmente nos acessos relevantes e na organização de espaço que se interliga com a cidade já existente. A proximidade com a escola e com a avenida que distribui as pessoas do Bairro das Amoreiras e a futura implantação do IPO e do Hospital Universitário foram dois dos aspectos mais importantes do projecto. Sem uma malha regularizada e com alguma carência de serviços, comercio e habitação, com o princípio de um projecto desenvolvido através de um centro gerador, o espaço público e a habitação são melhorados e reorganizados através deste. O espaço público desenvolve-se à cota da avenida da escola e que depois tem uma acessibilidade directa com a habitação e espaço verde. Este espaço caracteriza se por apresentar uma forma circular que tem uma posição central no projecto com um pé direito de 4m de maneira a vencer o declive do terreno. A habitação gera-se em torno desta praça pública central em forma de espiral que se afasta deste centro de maneira a abraçar as hortas existentes a este do terreno. Os edifícios de habitação têm 7 pisos para parecerem peças lineares não muito altas à escala urbana envolvente. Na orla poente do terreno a projecção de um edifício mais alto, que irá ser o edifício de comercio e serviços de apoio a praça, terá uma altura superior aos outros conformando e garantindo serviços e dinamismo à avenida.
Planta Piso Terreo 2012 / Chelas
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O espaço verde também tem um papel muito importante na proposta atribuindo e fazendo ligações do interior da proposta ao existente, tendo, também, alguma presença nos espaços entre os edifícios de habitação. Para solucionar o estacionamento para as pessoas que querem usufruir deste espaço, foi concebido um parque de estacionamento por debaixo da praça, para que o carro não invada o espaço publico.
Planta Piso -2 2012 / Chelas
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Fotografia Maquete 1:500 PVC 1mm Entrada Área Comercial
Fotografia Maquete 1:500 PVC 1mm Áreas Habitacionais e espaço Público 50
Fotografia Maquete 1:500 PVC 1mm Vista Superior do Projeto
Fotografia Maquete 1:1000 PVC 1mm Vista Geral sobre a Proposta 51
Render Espaço Público Comercial 52
2012 / Chelas
Render Interior da Sala de estar
2011 / Idenha a Nova 53
Render Espaรงo Comercial 54
2012 / Chelas
Render Espaço Público cota Piso Terreo
2012 / Chelas 55
CENTRO CULTURAL . 2012/2013 MOURARIA, Intendente - Lisboa
MOURARIA
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A Mouraria é um dos mais tradicionais bairros da cidade de Lisboa, que deve o seu nome ao facto de D. Afonso Henriques, após a conquista de Lisboa, ter confinado uma zona da cidade para os muçulmanos. Foi neste bairro que permaneceram os mouros após a Reconquista Cristã. Por sua vez, os judeus foram confinados aos bairros do Castelo.
Largo do Intendente, Mouraria
2012 / Mouraria 59
Edifícios Passivéis de ser demolidos
2012 / Mouraria
A intenção de projecto assenta na criação de um elemento charneira que se materializa através da regularização da malha, tendo como princípio, não só a valorização do vazio urbano como uma optimização dos acessos a esta zona. A proposta resulta da intersecção da Travessa do Maldonado com a Rua Maria que se estende até à Travessa da Cruz aos Anjos. 60
Conceito de Volumes da Proposta
2012 / Mouraria
A massa edificada surge, então, como um elemento articulador a potencializador de novos fluxos e dinâmicas. Tendo em conta o programa proposto - a criação de um Silo Automóvel - pareceu-nos de maior importância acupular a este programa outras valências.
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PROJETO A intenção de projecto assenta na criação de um elemento charneira que se materializa através da regularização da malha, tendo como princípio, não só a valorização do vazio urbano como uma optimização dos acessos a esta zona. A proposta resulta da intersecção da Travessa do Maldonado com a Rua Maria que se estende até à Travessa da Cruz aos Anjos. A massa edificada surge, então, como um elemento articulador a potencializador de novos fluxos e dinâmicas. Tendo em conta o programa proposto - a criação de um Silo Automóvel - pareceu-nos de maior importância acupular a este programa outras valências. Procurou-se que o espaço interno fosse o mais amplo possivel e, por isto, o espaço é criado segundo um jogo de mezanines que acompanham a fachada. O espaço interno é rasgado por um unico volume que contem as zonas de transição de cota.
Planta Cobertura 2013 / Mouraria
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Planta Piso 1 2013 / Mouraria
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Planta Piso Terreo 2013 / Mouraria
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Planta Piso -1 2013 / Mouraria
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Planta Piso -1 2013 / Mouraria
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Detalhe construtivo da Caleira de recolha de agua das coberuras
Detalhe construtivo do banco do espaço público
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Detalhe Construtivo do Edificio Multiusos
2013 / Mouraria 73
Detalhe construtivo da รกrea administrativa da Oficina 74
2013 / Mouraria
Detalhe construtivo sala de conferencias
2013 / Mouraria 75
Render Espaço Público Central do Projeto 76
2013 / Mouraria
Render Espaço Público Central do Projeto
2013 / Mouraria 77
PROJETO URBANO . 2013/2014 SANTA APOLÓNIA-XABREGAS - Lisboa
Interior Estação Ferroviária de Santa Apolónia
SANTA APOLÓNIA
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2014 / Lisboa
Toda a frente oriental da cidade de Lisboa é carácterizada pela convivência de antigos conventos e palacetes com edifícios industriais e vilas operárias, assumindo uma heterogeneidade de espaços e complexidade urbana próprias, a que se associa a forte presença de infraestruturas viárias, ferroviárias e portuárias. Este pequeno troço de cidade foi deixado, ao longo da história, à mercê de vontades politicas que alteraram o seu uso, passando por momentos de abandono e esquecimento. Esta situação contribuiu para a formação de um território marginal à cidade, dado o facto de durante vários anos ter um uso apenas direcionado para a infraestrutura portuária.
Linha Ferroviária de Santa Apolónia-Xabregas
2014 / Lisboa
O problema central desta zona, prende-se com a falta de atratividade, provocada pela desqualificação urbana de que foi alvo, resultado do desrespeito pelas pré-existências, pela fraca integração das infraestruturas necessárias ao serviço da zona industrial — comboio, porto e vias rodoviárias — e pela falta de acessibilidade e falhas de relação com a cidade. O abandono e ocupação abusiva dos antigos conventos e palácios e a indiferença perante o seu valor histórico e patrimonial, promoveu a alteração e a demolição de alguns destes edifícios para melhor servir os propósitos das indústrias.
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Frente Ribeirinha de Santa Apolónia
2014 / Lisboa
O porto, por seu lado, afirma-se pela ocupação ribeirinha e pela atitude autista perante a cidade, constituindo uma barreira física para o rio, impossível de transpor, e que apenas garante uma relação de contemplação apartir de um ponto elevado. Neste território podemos encontrar duas grandes infraestruturas marcantes: a Estação de Comboios de Santa Apolónia e o Terminal de Contentores de Lisboa. O Terminal de Contentores de Lisboa, situado junto à Estação Ferroviária de Santa Apolónia, está vocacionado para o tráfego short-sea, isto é, porto de mercadorias a nível continental, dispondo de um ramal ferroviário específico. 82
Vista Rio do Pante達o Nacional
2014 / Lisboa 83
Divisรฃo Programรกtica do espaรงo 84
2014 / Lisboa
Alteração da linha de Margem da área de Projeto
2014 / Lisboa 85
Alinhamentos Área Habitacional Sul
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2014 / Lisboa
Área Habitacional Sul - situa-se junto à estação de comboios de Santa Apolónia, sendo que fará a conexão com o bairro histórico junto ao Panteão Nacional e que terá o dinamismo proporcionado pela proximidade ao Porto de Cruzeiros. Uma das principais preocupações tida no desenho deste núcleo habitacional foi o distanciamento às construções já existentes, pois seria necessário garantir sempre a insolação dos edifícios, já que os que fazem charneira com o projeto apresentam uma altura considerável. Os edifícios mais altos foram colocados no alinhamento das ruas existentes perpendiculares ao rio, garantindo uma ligação com o existente, preservando os alinhamentos iniciais dos arruamentos, respeitando sempre as permissas historicas do local.
Alinhamentos Área Habitacional Norte
2014 / Lisboa
Área Habitacional Norte - situa-se na área mais a norte do projeto junto ao rio. Tem o ensejo de devolver à margem ribeirinha a habitação, como existira antes da criação dos sucessivos aterros para a instalação de infraestruturas de apoio à cidade. Neste núcleo habitacional pretendeu-se uma abordagem diferente, tanto pela falta de condicionantes formais relativamente à envolvente, como pela proximidade ao rio. A nova malha urbana foi implantada junto a um local com uma malha urbana indefinida, sem um conceito urbano, o que em termos de liberdade formal de conexão com o existente é maior, podendo assim elaborar um plano que futuramente possa contagiar todas as construções do Vale de Chelas. 87
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PROJETO
Planta geral do Projeto Urbano Santa Apolónia-Xabregas 2014 / Lisboa
O Parque Urbano implanta-se na frente ribeirinha junto ao Vale de Santo António, no centro do projeto desenvolvido no primeiro semestre (Masterplan). Este espaço caracteriza-se pelo posicionamento estratégico que faz a conexão de vários pontos da cidade, tendo sempre em vista obter a fluidez natural inexistente. Neste território podemos identificar vários objectivos e que devem ser alvo de um tratamento especial para que não haja uma apropriação indevida no território: a) Convento Santos-o-Novo e a Igreja de Madre Deus, que pela sua dimensão e história apresentam-se como elementos a preservar; b) Reduzir o tráfego automóvel, contudo é necessário preservar o Viaduto da Avenida Infante D. Henrique dada a sua preponderância na ligação viária ao vale de Santo António e na transição aérea para a continuidade do trajeto automóvel para o Oriente; c) Colmatar a falta de um percurso pedonal na frente ribeirinha de Lisboa, dando continuidade para oriente do passeio público que está a ser projetado, através do programa de reformulação da frente ribeirinha promovido pela Câmara Municipal de Lisboa; d) Fazer a ligação deste sistema urbano com as áreas habitacionais existentes na envolvente; e) Reabilitar a ligação pedonal ao Vale de Santo António; f) Incorporar neste sistema a Estação de Metro do Vale de Santo António, garantindo o seu melhor funcionamento e acessibilidades. Com esta análise, pretende-se aumentar a qualidade de inserção do Parque Urbano do Vale de Santo António no terreno, preservando todos os elementos considerados preponderantes e possibilitando novas dinâmicas, relacionando-os com o projeto desenvolvido, mantendo intacto todo o património histórico e infraestruturas existentes. 89
Ponto central do Parque Urbano Vale de Stº António
2014 / Lisboa
A primeira abordagem para a elaboração do projeto do Parque Urbano iniciou-se com a ligação dos espaços verdes da envolvente com os da proposta. Para que o parque urbano penetrasse nos espaços existentes sem que se adulterasse a sua génese e carácter na cidade, diluindo assim a proposta na envolvente. Este processo foi realizado de forma mais exaustiva no Vale de Santo António, para poder garantir uma continuidade do sistema do parque urbano para o interior do Vale. Isto permite-nos ter uma unidade entre os espaços verdes existentes e uma acessibilidade facilitada ao Vale de Santo António.
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Programa Espaços de estada do Parque Urbano
2014 / Lisboa
Na conceção deste projeto do parque urbano, achou-se conveniente suprir as carências programáticas determinadas na envolvente, juntamento com as definidas no Masterplan. As carências que o Parque Urbano do Vale de Santo António se propõe colmatar são: a) Atividades desportivas; b) Espaços verdes qualificados; c) Áreas de trabalho multifuncionais; d) Áreas comerciais; e) Áreas de restauração; f) Anfiteatro público; g) Ligação ao Metropolitano de Lisboa; h) Passeio público ribeirinho;
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No contexto do parque urbano foram projetados quatro edifícios, cada um com um programa específico: a) O Anfiteatro surge da necessidade de satisfazer a falta de infraestruturas deste carácter no território, cuja existência só se identifica no centro da cidade. Dada a escala do projeto, este não representa uma grande infraestrutura em termos de dimensão, mas tem a capacidade de satisfazer a sociedade com atividades que só possam ser feitas no âmbito do anfiteatro. Foi tido em conta, também, a presença do centro administrativo e da galeria de arte na sua proximidade, elementos que podem potencializar o uso deste espaço; b) O Centro de Artes tem como missão apoiar o desenvolvimento das Artes e da Cultura. Os Museus Municipais integram diversas infraestruturas que têm vindo a ser criadas pela Câmara Municipal com a função de apoiar a produção artística e promover eventos e atividades de âmbito cultural. Oferece a artistas e estudantes condições propícias para aprofundarem e desenvolverem o seu trabalho; c) O Espaço de Restauração garante o suporte aos outros programas anteriormente enunciados, no entanto este será sempre um espaço para disfrutar da vista sobre o parque, ponto de partida de vários prepósitos de seu uso; d) O Espaço Multiusos surge com o objetivo de colmatar a carência de espaços que propiciem atividades diversas. O programa interior do espaço multiusos é comporto por: salas de estudo; salas de trabalho de grupo; salas de dança e de música;
Render Espaço Público entrada do Parque Urbano 2014 / Lisboa
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Esquemas conceptuais da construção sob o Viaduto da Avenida Infante D. Henrique 2014 / Lisboa
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Render Mural de Entrada do Parque Urbano
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Render Massiço Construído Sob Viaduto
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Em termos construtivos, consideramos os edifícios projetados como híbridos, isto é, são edifícios que se adaptam às necessidades das cidades contemporâneas, havendo divisão entre os domínios público e privado. Trata-se de projetos que propôem complexidade formal, fragmentação e diversidade programática. Devido à presença do Viaduto da Avenida Infante D. Henrique, era necessário garantir que não sofria estruturalmente com a construção dos edifícios, como tal optou-se por uma solução de estruturas independentes. O Viaduto apresenta uma estrutura em estacas de secção circular, em betão armado, que sustentam um tabuleiro (betão armado), com um perfil de 12 metros. Esta faz a ligação ao Vale de Santo António através de uma ponte atirantada, com varões de aço pré-esforçado. Esta solução prende-se com a necessidade de vencer o vão que tem a largura da linha de comboios, e que não permite haver a colocação de pilares intermédios, verificando-se a necessidade de fazer uma estrutura sobrelevada continua.
2014 / Lisboa
Render Espaço Público frente Ribeirinha do Projeto
A acessibilidade urbana é tida, na literatura, como fator de oportunidades para a população, dependente da sua localização, além de ser fortemente influenciada pela estruturação dos sistemas de transportes. O movimento natural de pessoas no interior de um parque urbano depende do acesso inicial ao mesmo por meio de outros sistemas de transporte: carro, autocarro, bicicleta, comboio, etc… O final dos fluxos principais do Parque Urbano coincide com as ligações exteriores ao parque, garantindo uma melhor acessibilidade ao exterior e linhas de fluxo mais eficientes no que toca à relação interior/exterior deste sistema. Este cuidado, prende-se com o facto de se acreditar que o parque pode não servir apenas para usufruto de si próprio, mas sim uma linha continua que garanta a fluidez espacial eficaz na cidade. O principal fluxo criado no desenvolvimento do projeto, foi a conexão com o Vale de Santo António. Este permite a conexão entre estes dois tecidos urbanos, de forma eficaz, potencializando a deslocação das pessoas em direção ao rio.
2014 / Lisboa
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Render Mural de Entrada na Estação de Metropolitano 2014 / Lisboa
A estação de Metro do Vale de Santo António surge no contexto da estratégia desenvolvida para a área compreendida entre Santa Apolónia e Xabregas. Esta representa o ponto intermédio da intervenção, tendo um distanciamento para com as infraestruturas do mesmo carácter de 500m, facultando uma maior área de abrangência na cidade. A estação de Metropolitano está implantada por baixo do viaduto da Avenida Infante D. Henrique. Este posicionamento prende-se com a necessidade de resolver a falta de acessibilidade por parte dos habitantes do Vale de Santo António e pela aglutinação de todos os elementos construídos sob o viaduto. Por se implantar na mesma área do que a praça pública, este necessitou de um acesso direto à estação, fazendo fluir o volume de pessoas oriundas da estação para o centro do projeto. A estação foi planeada de modo a garantir o acesso direto à frente ribeirinha do projeto, assim como a acessibilidade directa ao Vale de Santo António. Em termos de organização interior a estação desenvolve-se em dois pisos: a) O primeiro piso da estação, implantado à cota -4m, permite o acesso à estação, e a transição entre o espaço público e o espaço privado da estação. Este piso tem duplo pé direito para induzir um espaço amplo para a vivência dos utentes ao longo do dia. Aqui são feitas as ligações através de dois braços, perpendiculares á orientação da estação, que fazem a ligação entre o Vale de Santo António e a frente do Rio Tejo; b) No piso mais enterrado, que se apresenta à cota -9m, encontramos a plataforma de acesso ao metro, a qual desenvolve-se na zona central, através de um corredor único para ambos os sentidos de circulação do metro, com 4metros de largura. O corredor central faz a distribuição dos fluxos de pessoas para as plataformas de acesso ao metro, estas têm uma dimensão de 3 metros. 99
Planta Piso -1 da Estação de Metro do Vale de Santo António 100
2014 / Lisboa
Planta Piso -2 da Estação de Metro do Vale de Santo António
2014 / Lisboa 101
Seccão AA’ da Estação do Vale de Santo António 102
2014 / Lisboa
Pormenor Construtivo
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Render Interior da Estação de Metropolitano 104
2014 / Lisboa
Render Interior da Estação de Metropolitano
2014 / Lisboa 105
AndrĂŠ David Andrade Ferreira http://andreadferreira91.wix.com/andreferreira 963934434 andreferreirasite@gmail.com