Módulo 4: Textos Narrativos e Descritivos I
Conto Tradicional Popular Disciplina: Português Maria Fatério - nº3326 Maria Neves - nº3325 Kátia Gouveia - nº3322 Margarida Santos - nº3324
Índice 0.
Introdução....................................................................................................................................... 2
1.
Biobibliografia do autor do conto ................................................................................................... 3
2.
Conto Tradicional Popular .............................................................................................................. 5 2.1.
Definição: ................................................................................................................................ 5
2.2.
Estrutura: ................................................................................................................................ 5
2.3.
Características: .......................................................................... Erro! Marcador não definido.
3.
Distinção entre o conto tradicional popular e o conto literário ..................................................... 5
4.
Categorias da Narrativa: ................................................................................................................. 7 4.1.
Ação ........................................................................................................................................ 7
4.2.
Espaço ..................................................................................................................................... 8
4.3.
Tempo ..................................................................................................................................... 8
4.4.
Personagem ............................................................................................................................ 8
4.5.
Narrador .................................................................................................................................. 9
4.6.
Narratário.............................................................................................................................. 10
4.7.
Modos de expressão ............................................................................................................. 10
4.8.
Modos de expressão ............................................................................................................. 11
5.
Ficha de trabalho .......................................................................... Erro! Marcador não definido.
6.
Conclusão .................................................................................................................................. 12
7.
Referências bibliográficas ......................................................................................................... 13
8.
Anexos ....................................................................................................................................... 14
0. Introdução O presente trabalho foi feito na área da disciplina de português do módulo 4- Textos Narrativos e Descritivos I. Fizemos uma breve pesquisa do autor do nosso conto e tentamos aprofundar conhecimentos pesquisando as características, estrutura e etc do Conto Tradicional Popular. A metodologia utilizada foi a pesquisa na internet, enriquecida com algumas entrevistas e vídeos.
1. Biobibliografia do autor do conto
José Jorge Letria é o autor do nosso conto. Nasceu a 8 de junho de 1951 (64 anos) em Cascais e é jornalista, político, poeta e escritor. Estudou Direito e História na Universidade de Lisboa, sendo pós-graduado em Jornalismo Internacional e Mestre em “Estudos da Paz e da Guerra nas Novas Relações Internacionais” pela Universidade Autónoma de Lisboa. É neste momento doutorado em Ciências da Comunicação no ISCTE. Ganhou vários prémios, como, o Prémio Literário Ferreira de Castro, o Prémio Literário Almeida Firmino, o Prémio de Poesia Cesário Verde, entre outros. Desempenhou, entre 1994 e 2002, as funções de vereador da Cultura no município local. Os seus livros estão traduzidos em várias línguas, como castelhano, francês, inglês, italiano, coreano, japonês, russo, búlgaro, romeno, húngaro e checo.
Discografia Nos anos 70 foi um ativo cantor de intervenção, ao lado de nomes como José Afonso, Manuel Freire, Adriano Correia de Oliveira e Francisco Fanhais, entre outros, tendo gravado entre 1968 e 1981, cerca de uma dezena de discos e realizou centenas de espetáculos, nomeadamente na Galiza e em Madrid entre 1972 e 1973.
2. Conto Tradicional Popular 2.1.
Definição: O Conto Tradicional Popular é uma narrativa breve que pertence à tradição oral, tendo a
sua origem no povo anónimo. Tem a função de divertir e, ao mesmo tempo, de dar uma lição de moral.
2.2.
Estrutura:
A unidade dramática constitui uma unidade ou célula dramática: um só conflito, um só drama, uma só ação. Tudo leva a um mesmo objetivo, a um mesmo ponto. Ao conto aborrece as divagações, digressões e excessos; a unidade de espaço é o lugar físico em que a ação decorre e possui interesse dinâmico. Ocorre num único lugar; a unidade de tempo tem um período que é sempre curto, horas ou dias; o número reduzido de personagens fica limitado em termos de espaço e da própria ação se o conto apresentar um número reduzido de personagens e assim a narrativa fica reduzida; o diálogo dominante corresponde ao discurso direto. Existe muito mais diálogo entre as personagens do que propriamente narração; a descrição e narração tendem a anular-se e são pouco utilizadas mas a descrição pode ter mais importância, dependendo do tipo de história. As personagens dos contos são diferenciadas pelo contorno dramático ou psicológico e não pela fisionomia ou vestimenta; a dissertação é praticamente ausente e é uma modalidade de redação ou composição, escrita em prosa ou apresentada de forma oral, sobre um tema sobre o qual se devem apresentar e discutir argumentos, provas, exemplos, etc.
2.3.
Características:
O narrador não participa na ação, é narrador não participante, e as personagens são estereotipadas, ou seja, têm sempre as mesmas características;
Categorias da Narrativa: 2.4.
Ação A ação é constituída por sequências narrativas (acontecimentos) provocadas ou
experimentadas pelas personagens, que se situam num espaço e que decorrem num tempo, mais ou menos, extenso. A ação é fechada quando se conhece o desenlace da história; e é aberta sempre que se verifica o contrário. A ação divide-se em ação principal que consiste nas sequências narrativas com maior relevância dentro da história e que, por isso, detêm um tratamento privilegiado no universo narrativo; ação secundária que a sua importância depende da ação principal, em relação à qual possui menor relevância; construção da narrativa que são as sequências narrativas, que fazem parte da ação e variam em número e seguem, normalmente, a estrutura: apresentação, desenvolvimento, peripécia, clímax (ponto culminante) e desenlace; encadeamentos que são as sequências narrativas seguem uma ordem cronológica, em que o final de cada uma é o ponto de partida:
Sequência inicial
Sequência 1
Apresentação
Sequência 2
Desenvolvimento
Sequência final
Sequência (…)
Conclusão
Encaixe: uma (ou mais) história é introduzida no interior da que estava a ser narrada, a qual é, por isso, interrompida, prosseguindo mais tarde:
Narrativa principal
Narrativa encaixada
2.5.
Espaço O espaço não se resume apenas ao lugar onde a ação se realiza, possuí também uma
dimensão social e psicológica importante para a interpretação textual. Divide-se em espaço físico que consiste no espaço real (geográfico; interior e exterior) onde os acontecimentos ocorrem; espaço social que consiste no ambiente social vivido pelas personagens (ver personagens-tipo) e cujos traços ilustram a atmosfera social (características culturais, económicas, políticas...) em que se movimentam e espaço psicológico que corresponde às vivências íntimas, pensamentos, sonhos, estados de espírito, memórias, reflexões... das personagens e que caracterizam o ambiente a elas associado.
2.6.
Tempo As sequências narrativas ocorrem durante um tempo que pode ser, mais ou menos
extenso e que abarca várias aceções. Essas sequências são histórica que consiste na época ou período da história em que se desenrolam as sequências narrativas; da diegese: consiste no tempo durante o qual a ação se desenrola, segundo uma ordem cronológica, e em que surgem marcas objetivas da passagem das horas, dias, meses, anos...; do discurso que consiste no modo como o narrador conta os acontecimentos, podendo elaborar o seu discurso segundo uma frequência, ordem e ritmo temporais diferentes. O tempo do discurso pode não ser igual ao da diegese e psicológica que se trata de um tempo subjetivo, diretamente relacionado com as emoções, a problemática existencial das personagens, ou seja, a forma como estas sentem a passagem do tempo, vivendo momentos felizes e/ou infelizes.
2.7.
Personagem A personagem é uma entidade ficcional, dotada de um retrato físico (características
físicas observáveis) e psicológico (maneira de ser/pensar), e à qual é, normalmente, atribuído um nome. Divide-se em personagem principal/protagonista/herói e o seu desempenho é fundamental para o desenvolvimento da ação, na qual possui um papel central; personagem secundária que desempenha um papel menos importante do que o do herói no desenvolvimento dos acontecimentos; figurante que assume um papel irrelevante na economia da obra, cabendo-lhe a função de ilustrar um espaço-social, uma profissão, uma ideologia e personagem-tipo que representa um estatuto social, cultural, económico, profissional, com as qualidades e defeitos que lhe são associados.
Os processos de caracterização das personagens são a caracterização direta as características da personagem são proferidas diretamente; a autocaracterização que é a própria personagem que refere explicitamente os seus traços característicos; a Heterocaracterização que se caracterizam pelos traços distintivos da personagem e são apresentados explicitamente pelo narrador e/ou outras personagens e a caracterização indireta que é o resultado de deduções feitas a partir de atitudes, comportamentos, reações, atos de fala da personagem ao longo da ação.
2.8.
Narrador
O narrador, à semelhança de qualquer outra personagem, é uma entidade fictícia, que tem a função de contar a história. Em relação ao narrador, divide-se em autodiegético que é quando o narrador participa na ação como personagem principal (discurso na primeira pessoa); Homodiegético que é quando o narrador participa na ação como personagem secundária (discurso na primeira pessoa). heterodiegético que é quando o narrador não participa na ação como personagem, sendo, portanto, exterior à história (discurso na terceira pessoa). Focalização omnisciente: o narrador possui um conhecimento ilimitado de toda a história, bem como do íntimo das personagens. Ele sabe tudo, assumindo uma posição de transcendência no relato dos acontecimentos. Focalização interna: o narrador relata os acontecimentos, assumindo o ponto de vista de uma personagem, daí que, neste caso, o seu conhecimento se restrinja ao que a personagem vê/sabe. Focalização externa: o narrador conhece apenas o que é observável exteriormente, sabendo menos do que a personagem. Objetiva: o narrador é imparcial relativamente ao que conta, não emitindo juízos de valor. Subjetiva: o narrador defende uma posição/opinião face ao que conta, proferindo, explícita ou implicitamente, juízos de valor, comentários, orientações ideológicas.
2.9.
Narratário
O narratário surge no interior da narrativa como entidade fictícia, a quem o narrador se dirige, explícita ou implicitamente. É, portanto, o destinatário da mensagem do narrador, surgindo textualmente assinalado pelo uso da segunda pessoa.
2.10. Modos de expressão A narrativa pode-se apresentar através de diferentes formas de expressão literária, que condicionam a forma como o leitor reage à narrativa. Afinal, não é só o que se conta que define a qualidade de uma narrativa, mas também como se conta. A narração organiza e apresenta, verbalmente, os elementos que compõem a narrativa (tempo, espaço, personagens...), confere dinamismo à ação ao apresentar factos e acontecimentos, permite o avanço da ação através de funções cardinais ou núcleos, que podem ser apresentados de forma cronológica ou não, e de forma alternada, encadeada ou encaixada (Cf. As Categorias da Narrativa - a Ação), recorre frequentemente a verbos de movimento no presente e no pretérito perfeito e embora seja uma forma de expressão literária essencial numa narrativa, requer a existência de outras formas de expressão que a complementem. A descrição apresenta algo ou alguém de forma relativamente pormenorizada, introduz pausas na narração, designados segmentos descritivos, que podem ser compostas desde simples expressões a parágrafos mais ou menos extensos e os segmentos descritivos podem incluir catálises, ou seja, acontecimentos que, embora não façam avançar a história, fornecem informações importantes para a composição do retrato de algo ou alguém. Recorre frequentemente a adjetivos e verbos no pretérito imperfeito, assim como a uma grande variedade de recursos estilísticos, com destaque para a comparação, a metáfora, a enumeração e a adjetivação, entre outros.
Podem-se definir dois tipos de descrição: a descrição técnica que é definida pela apresentação objetiva, precisa e fiel de algo ou alguém e tem como principal objetivo informar de forma ordenada e imparcial e descrição Literária que se define pela apresentação subjetiva de algo ou alguém, tem como principal objetivo imprimir uma imagem, ou visão, de acordo com um ângulo mais ou menos parcial, não é necessariamente imprecisa ou infiel à realidade, mas é frequentemente parcial, num grau mais ou menos elevado.
2.11. Modos de expressão O diálogo reproduz a fala de dois ou mais interlocutores, permite um rápido avanço da ação e recorre ao discurso direto e, por vezes, a marcas de oralidade (sintaxe expressiva, transgredindo algumas normas gramaticais; registos populares presentes no vocabulário, etc). O monólogo reproduz a fala de um interlocutor, que fala consigo próprio, ocorre quando o interlocutor está na companhia de outras pessoas, que o podem estar a ouvir ou não, quando o interlocutor está completamente sozinho, utiliza-se o termo solilóquio e recorre à primeira pessoa do singular e, geralmente, implica um discurso desordenado, vergado aos pensamentos e reflexões do interlocutor.
3. Conclusão Neste trabalho concluímos de forma mais prática o módulo 4 da disciplina de português com poucas dificuldades. Concluímos também todos os pontos faltando apenas ficha que se encontra noutro documento à parte. Este trabalho ajudou-nos a concluir e a compreender este módulo, sendo muito importante para o nosso conhecimento.
4. ReferĂŞncias bibliogrĂĄficas https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Jorge_Letria https://www.wook.pt/autor/jose-jorge-letria/1762 http://pt.slideshare.net/isabellecouto04/o-conto-tradicional-6833594 http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/577808
5. Anexos
Entrevista: https://www.youtube.com/watch?v=51eVyIKSgFc Canção: https://www.youtube.com/results?search_query=jose+jorge+letri a