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Alea Iacta est 1


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EDITORIAL Esse almanaque é uma edição única e tem por fim fazer uma breve análise dos últimos cem anos da cultura mundial. Em 2050 houve o golpe que mudou de maneira drástica as diversas facetas da cultura. O que era pra ser diversificado e transformador, tornou-se uniforme e restritivo. Nessa perspectiva surgiu uma corrente do movimento Illuminati, voltado para contestar os paradigmas atuais. O símbolo escolhido para representar este movimento, que também dá nome ao nosso almanaque, é a letra grega delta maiúsculo que na matemática é usada para representar uma diferença no valor de uma variável. Além de tudo ela é sinônimo de grandes mudanças que no contexto dessa publicação podem ser enxergadas de dois modos: representa a mudança que nossa cultura sofreu nos últimos 50 anos; e também a mudança que desejamos que ocorra no cenário político mundial. Os ideais aqui representados consistem em um guia rápido e lúdico para a (sobre)vivência em meio ao caótico contexto trazido pelas desgraças da ditadura. Oferecemos escapismos imediatistas nessas folhas para aqueles que desejam retornar aos tempos de paz e harmonia do passado: desde artes a cinema, literatura a teatro, proporcionamos uma breve elucidação de como a cultura se metamorfoseou tão drasticamente por estes longos 100 anos, para que você possa comparar e tirar suas próprias conclusões do que foi e do que atualmente é a cultura popular. A escolha da abordagem dos “100 anos de cultura” foi feita levando-se em conta o início do planejamento do Golpe, em uma base subterrânea na Antártida no ano de 2000. Após anos de preparação, espionagem e infiltração dos golpistas em absolutamente todos os países do planeta anteriormente conhecido como Terra, a Ditadura foi instaurada em 2050, de forma rápida e repentina. Não acreditem na versão Deles sobre o acontecimento, não é verdade que foi uma escolha democrática da sociedade mundial. A partir do Golpe, a dinâmica cultural e social se inverteu; a Coca-Cola se tornou uma das representações de nós, revolucionários, e Andy Warhol se tornou um ícone com sua estética pop. E é esse universo à parte que nos trouxe a produzir esse guia para todos aqueles que estão saturados de informações mecanizadas e influenciadoras, que só nos deixam cientes do que Eles querem que sejamos. Não somos máquinas. Buscamos correr atrás de todo o tipo de cultura avessa a essa imposta diariamente. Selecionamos o que há de melhor para quem quer ser um revolucionário. Abram seus olhos e vejam através do prisma.

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Que o nosso público leitor fique ciente desde já que não é a intenção deste almanaque impor conceitos. Pelo contrário, acreditamos que isto não é necessário, pois os fatos publicados em cada página falam por si e, principalmente, porque acreditamos no seu bom senso e capacidade de decisão enquanto ser racional e dotado de autonomia. Se você foi capaz de sair da inércia e abrir este almanaque chegando até a esta página editorial e se está lendo o que nela está escrito, foi a sua escolha que o trouxe até esse momento. E que as suas escolhas sempre prevaleçam, acima de qualquer imposição ou ditadura.


SUMÁRIO artes A Arte da Revolução................Pág. 6 Caroline Evans, a Vítima da Repressão.............Pág. 8

cinema

“Somewhere Over the Rainbow...”.................Pág. 10 Por Trás da Telona............................................................Pág. 12

literatura Panorama dos 100 anos.........Pág. 14 Os Livros Delta...........................................Pág. 18 Os 5 Proibidos.................................................................Pág. 19

música Mártir pela Arte......................Pág. 20

O Clube dos 27..........................................Pág. 22 O Símbolo da Revolução...................................................Pág. 24

teatro Eles parecem hologramas pra você?.............Pág. 26 4

5 Clássicos Censurados....................................................Pág. 28

Linha do Tempo.............Pág. 16 Manifesto Illuminatti..........................Pág. 30


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ARTES A Arte da Revolução D

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ezoito anos após o golpe, em 2068 – centenário do famoso Maio de 68 e do atentado sofrido por Andy Warhol que quase levou sua vida – ocorreu uma grande exposição mundial dos revolucionários em homenagem a esses dois acontecimentos. Como a repressão já era muito forte na época, surgiu a ideia de andar com as obras pelas ruas mais escondidas e vazias das cidades – inaugurando a primeira Exposição Móvel. Baseados nessa Exposição, diversos artistas por todo o planeta passaram a adotar as estéticas pop e clássica-revolucionária em seus trabalhos, fazendo com que se tornasse sólida, pelas semelhanças, uma Arte Revolucionária.

Esta obra, de Warhol, foi uma das mais influentes para a Revolução, trazendo a Coca-Cola – antes tida como um símbolo repressivo – para o âmbito da luta política, social e cultural. Inspirou uma série de artistas a utilizarem-se da marca – que foi proibida após a descoberta dos golpistas de como estava sendo utilizada – para realizar outros trabalhos, como Jay Smith, Marie Dansfour e Bárbara Alighari.


Jay Smith, Think Coca-Cola, 2070

Nessa obra, Dansfour usa como referência o artista Duchamp e sua “A Fonte”, em um diálogo entre o antigo movimento dadaísta – também proibido pelo Regime, como a Coca-Cola – e seu ideais de “anti-arte” e a marca-símbolo da Revolução.

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Marie Dansfour, La Fointaine du Coca, 2074


Caroline Evans, a Vítima da Repressão

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ra março de 2082 quando amigos e familiares deram falta da jovem artista revolucionária Caroline Evans, de 24 anos. Caroline foi um ícone da Revolução com seus trabalhos que relacionavam ditaduras do século XX com a de hoje em dia, com referências a símbolos da resistência como Warhol. Também fazia parte da organização DELTA (Diretório Estudantil da Luta Transgressista Armada) que promovia a guerrilha urbana.

Andy Herzog, 2081

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Seu corpo jamais foi encontrado, e as autoridades locais não se manifestaram sobre o caso, que logo tomou proporções mundiais, instituindo Evans como um símbolo dos Revolucionários. Curiosamente, muitos de seus trabalhos, como Andy Herzog, de 2081, tinham como temática as vítimas da repressão de regimes totalitários.


The Eye of the Revolution, 2080

DELTA killing the F端hrer, 2082

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CINEMA S

Somewhere Over the Rainbow...

tanley Kubrick foi um dos grandes nomes do cinema do século XX. Cineasta, roteirista, produtor e fotógrafo, teve muito de seus títulos reconhecidos mundialmente. Variando bruscamente em seus estilos, dentre os filmes mais famosos podemos citar “O Iluminado”, “Laranja Mecânica”, “2001 – uma odisseia no espaço”, “Lolita”, “Spartacus” e “De Olhos Bem Fechados”.

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E é justamente a sua última obra que norteia toda a nossa ideia cinematográfica revolucionária atualmente. “De Olhos Bem Fechados” à época do lançamento não foi bem recebido pela crítica, entretanto, observando atentamente aos detalhes, podemos constatar que Kubrick trabalhou com vários elementos ocultos, a começar pelo nome. Somente aqueles que não estivessem de olhos bem


fechados é que seriam capazes de enxergar as mensagens por detrás de sua história. Hoje vivemos em um meio de censuras, portanto faz-se necessário utilizarmos dessas mesmas formas ocultas para que possamos transmitir nosso recado e recrutarmos o maior número de pessoas para aderir ao nosso movimento. “Outro ponto do filme que nos serve de modelo é o ritual oculto com pessoas mascaradas e encapuzadas. Por medo da repressão não podemos nos identificar, manifestar e discutir nossos ideais livremente, por isso nossas reuniões ocorrem como nesses rituais.”

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O que causou bastante estranheza foi que dias após a apresentação da edição final do filme o cineasta acordou “morto”. Complicações cardíacas teriam sido a causa mortis, mas sabemos que na verdade já existia toda uma força opressora querendo que ele se calasse. O que não contavam é que ele deixaria um legado forte, que nunca deixou de disseminar suas ideias, muito menos que logo após o centenário do filme Stanley Kubrick estaria de volta para abrir seus olhos.


Por trás da telona Adevelistaassistirobrigatória de filmes com mensagens ocultas que todo resistente 01 V de Vigança (2008) Na Inglaterra, onde está em vigor um regime totalitário, vive Evey Hammond, que é salva por um mascarado apenas conhecido com V. Ao convocar seus compatriotas para lutar contra a tirania, V inicia uma verdadeira revolução.

02 Eles Vivem (1988) John Nada é um trabalhador braçal que chega a Los Angeles e encontra trabalho numa fábrica. Após a polícia queimar todo um quarteirão no bairro onde Nada vive, ele encontra uns óculos aparentemente normal, mas que consegue ver alienígenas disfarçados de seres humanos através deles. Após perceber que Eles estão controlando O Advogado do Diabo (1997) o planeta, Nada decide se engajar no movimento Kevin Lomax um advogado de pequena cidade de resistência. que nunca perdeu um caso é contratado por uma das maiores empresas de Nova Iorque. Ainda que sua mãe, religiosa fervorosa que Matrix (1999) compara NI à Babilônia, não seja a favor e sua mulher comece a ver aparições demoníacas, Um hacker de computador escapa de seu mundo Lomax permanece cada vez mais empenhado. ilusório e descobre as forças ocultas que escondem o verdadeiro propósito da humanidade.

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05 1984 (1984)

06 Toxic Skies (2008)

O Reino Unido encontra-se em um regime socialista e tem espalhadas por todos os cantos TV’s a fim de controlar a população. Winston Smith, que trabalha para o Governo manipulando informações, engata em um romance com sua companheira de trabalho Julia, algo inaceitável pelo regime, pois esse quer exterminar a libido.

Surge uma epidemia e as pessoas não conseguem resistir, nem medicamentos funcionam, porque as pessoas continham no sangue, excesso de metais pesados, bário, alumínio, etc., tudo isso era espalhado na atmosfera, pelos aviões, o que fazia o sistema imunitário das pessoas enfraquecer.

07 Dark City (1998)

08 Star Wars (1977)

Uma cobaia inesperadamente desperta de um ex- Um político ambicioso inicia uma guerra intergalácperimento e descobre que ele tem a capacidade tica, a fim de consolidar o seu poder e instalar uma ditadura universal. de fabricar suas próprias realidades..

09 Arquivo X (1998) Dois agentes do FBI tentam evitar um ataque terrorista de todas as formas. Ficam estarrecidos ao descobrir que a explosão teria sido causada para tentar abafar o caso de um vírus alienígena, que esteve adormecido por milhares de anos e agora volta superfície. Um médico tenta alertá-los, porém o Governo o persegue e tenta fazer com que ele seja desacreditado.

10 Equilibrium (2002)

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Após a 3ª Guerra Mundial no início do séc. XXI, todos sabem que o mundo não aguentaria uma 4ª Guerra. Então uma lei foi criada, o Clero Grammaton, cuja única tarefa é procurar e erradicar a fonte de crueldade entre os humanos. Desta forma existe um estado totalitário, que obrigada a sociedade a tomar uma cápsula controladora de sentimentos. Um dia Preston, que é um ‘controlador da lei’ esquece de tomar essa cápsula e pela primeira vez ele sente emoções e começa a fazer questionamentos sobre a ordem dominante.


LITERATURA Panorama dos 100 anos M

uito do mundo que conhecíamos antes de 2050 mudou drasticamente. Sofreu uma metamorfose que, para os olhos mais kafkanianos, é bem pior do que um simples inseto asqueroso. Isso se, quem estiver lendo, ainda saiba quem é Kafka. Ou ainda saiba ler. Nossa sociedade emburreceu muito depois dos primeiros passos da ditadura, que hoje encontra-se já bem estruturada, capaz de caminhar com os próprios pés e sem muita ajuda da mídia - tamanha é sua “aceitação” pelo povo. A proposta é revisar todos esses cem anos de cultura (2000-2100) e compará-los com o passado, para que fique registrado, aos futuros manipulados que aqui habitarão, todo o processo pelo qual passou a literatura no mundo todo. É elucidar -aos que tentam amputar novamente os ditadores e impedi-los de nos encaminhar ao caos de uma vez- as transformações sofridas nestes longos 100 anos de ditad/cult(ura). Que as gerações futuras possam nos salvar!

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A noção de “Biblioteca” perdeu-se lá em meados do século XXII. As crianças de hoje não tem noção do que se tratam, muito menos já ouviram falar, das “livrarias”. Atualmente, como se sabe, os livros* (os que não foram confiscados, ou o que sobrou deles) são vendidos junto com revistas jurássicas da era pré-tomada ditatorial e raros folhetins contra-governo, em algumas ruas suspeitas que poucos se atrevem a ir. Os “livros” pós-tomada foram remodelados, de


acordo com a necessidade manipuladora do governo e com o nível intelectual da população. Não passam, atualmente, de versões em áudio, bem resumidas, vendidas no que chamamos “Postos de Áudio”- cujo acervo abrange desde “A História da Era de Ouro pós 2050” à “A necessidade do Governo e suas enormes contribuições”. Passam a ser chamados de “audiobooks” a partir de 2063. Os livros eram vendidos nas já citadas livrarias ou bibliotecas. As livrarias passaram a inexistir no ano de 2062, e as Bibliotecas em 2057. Foram vagarosamente sendo substituídas por Academias e Salões de Beleza, até sumirem completamente e, hoje, não passarem de resquícios sabidos por poucos. Eram inteiramente ESCRITOS e, PASMEM, a maioria possuía mais de 4 páginas (uns chegando a 400, 500, 600!).

Um respiro sufocado de liberdade Os livros começam a ser proibidos com o argumento de serem “improdutivos” e “deixarem as pessoas infelizes”. O processo de reeducação (?) da leitura visual para a auditiva começou com a prisão por posse de livros, almanaques, revistas e dicionários que estavam na lista negra do governo, em 2050/2051. Depois, em meados de 2066, foram desenvolvidos Corpos de Bombeiros especializados em incendiar qualquer tipo de escrito/impresso e denunciar o possuidor ao Ministério da Verdade. Entretanto, tomou-se conhecimento de um fato curioso em 2078 (os dados sobre o ocorrido foram apagados de qualquer mídia eletrônica e os que o propagavam oralmente foram perseguidos e acabaram por desaparecer). “1984”, de George Orwell, um dos livros mais polêmicos e mais temidos dos ditadores, mesmo depois da criação da Lei Geral do Índex (2050) e de sua total proibição, continuou sendo propagado: descobriu-se a existência de uma comunidade (A terra dos homens -livros) formada por pessoas que memorizavam seus livros e os passavam verbalmente adiante. O Ministério da Verdade (órgão regulador de todo o tipo de conteúdo, e também denominado MinV) perseguiu todos os conhecidos e desconhecidos membros da comunidade, que aos poucos se dizimou e nunca mais se ouviu falar.

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Nota-resumidora: Livro*: espécie de audiobook da era pré-tomada; era escrito ao invés de falado.


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clandestinos de cultura alternativa, grupos pequenos que têm como ideal a liberdade de expressão e como musa Lady Gaga.

2030 - 2040: Surgem redutos

tivos têm suas obras boicotadas pelos grandes comglomerados da mídia que os tratam como “vandalos marginais”

2020 - 2030: Artistas alterna-

o planeta começam a difundir, ainda de forma tímida, o símbolo da revolução, revelando a adesão aos Iluminatti

2010 - 2020: Artistas em todo

co sem se dar conta do mal iminente consome cada vez mais os produtos da indústria cultural, fortalecendo o sistema manipulador.

2000 - 2010: O grande públi-

Linha do tempo: 100 anos de cultura


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ser bloqueada se durante o acesso for detectado qualquer conteúdo que fuja ao padrão imposto pela ditadura cultural.

2080 - 2090: Internet passa a

chel Teló recebe o título de Rei da MPB através de votação popular em um reality show. Latino foi o vice.

2070 - 2080: No Brasil, Mi-

giu o seu ápice: proibição de venda de livros e revistas, desaparecimento misterioso de jornaleiros e escritores da resistência.

2060 - 2070: A ditadura atin-

grande golpe, dando inicio oficial e global à censura que limita drasticamente a difusão cultural. A “década cinza”.

2050 - 2060: Acontece o

Gaga causou grande comoção mundial desencadeando a adesão cada vez maior à causa Iluminatti.

2040 -2050: Morte de Lady


Os Livros Delta O

s chamados “Livros Delta” são consequência da “geração L”, que começou a se proliferar nos meados de 2053. Têm, como base ideológica, os preceitos Illuminati. Seus livros são recheados de referências históricas das nossas Lutas e seus personagens são baseados nos mais renomados e conhecidos “Iluminados” da história. Um dos livros Delta mais difundidos oralmente até hoje se intitula “O olho que tudo vê”. Esta ficção -que é mais atual do que nunca- nos traz a vida detalhada de seus personagens e como suas respectivas vidas passam a mudar depois da derrubada do Governo Democrático. As personagens, diferentemente de todos os alienados ao seu redor, têm sede de indagar. Eles não entendem por quê, nem como a sociedade onde vivem se transformou em tão poucos séculos e tão radicalmente. O amor entre as pessoas é condenado, as imprensas são altamente manipuláveis, a noção de família não passa de uma mera palavra desconhecida, os livros deixam de ser livros. Em meio a este caos aculturado, subdesenvolvido e exploratório, surgem grupos revolucionários que tentam atuar pelas costas de seus ditadores universais. Até onde a vida imita a arte?

Os Livros Delta mais difundidos:

01 O Livro dos Illuminati - A. C. Robert P.

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02 Os Segredos da Nova Ordem Mundial - A. D. 03 O Crime dos Illuminati - C. Videl W.


E

Os 5 proibidos

stes são cinco dos vários livros proibidos pelo Novo Regime que, para nós, são considerados leitura fundamental:

01

Revolução dos Bichos - ORWELL, George (Livro proibido em 2050)

02 Admirável Mundo Novo - HUXLEX, Aldo (Livro proibido em 2051)

03 Laranja Mecânica - BURGESS, Anthony (Livro proibido em 2052)

04 TAZ- Zona Autônoma Temporária - BEY, Hakim (Livro proibido em 2050)

05 O curto verão da anarquia - MAGNUS, Hans (Livro proibido em 2050)

Enquanto isso, no novo regime...

Estes são os audiobooks mais vendidos no Novo regime: 1) “Como se drogar sem viciar”, Lindsay Lohan III 2) “A História Pós 50”, MinV. 3) “A cura rápida para a depressão” Oprah Winfrey V. 4) “A arte para o Selfie perfeito” France Hilton. 5) “Os governantes mais influentes de 2050 até hoje”, MinV. 6) “A história dos meus músculos”, Justin B. Ieber. 8) “A incompetência de Che Guevara”, MinV. 9) “O manual para a vida correta”, MinV. 10) “Esquecer, ouvir, comprar”, Elizabeth Gillbert.

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7) “Como ouvir e memorizar mais rápido”, MinV.


MÚSICA Mártir pela arte L

“We’re all watching Gaga, LOL, ah-ah Dying for the art so, really, she’s a martyr” Lily Allen - “Sheezus” (2014)

ily Allen quando escreveu a frase acima, lançada em seu CD “Sheezus” de 2014 não imaginava que, infelizmente essa frase se tornaria verdadeira. Provavelmente você já ouviu falar de Lady Gaga. Ela foi uma cantora, artista e ativistas de várias causas que marcou o século XXI. Ela estourou nas paradas com Just Dance no fim da primeira década do século. Após abandonar sua carreira de cantora em 2040 aos 54 anos, Gaga começou a se dedicar as artes plásticas junto de seu time criativo criado em 2008, a “Haus of Gaga”. Após a instalação do novo regime, seus projetos passaram a conter um cunho político de contestação. Em abril de 2055, Gaga planejava uma exposição mundial onde depositaria suas obras em lagos espalhados pelo mundo, isso representaria a arte deixada à deriva pelo novo regime. Porém essa exposição foi proibida pois, segundo os governantes, possuíam ideias que “poderiam ser prejudiciais ao bem estar social”.

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As obras foram expostas então em seu próprio ateliê em Nova York, onde ficavam penduradas em tanques aquáticos no teto suspendidos por hastes de ferro. Uma semana após a estreia da exposi-


ção e seu tremendo sucesso, um desses tanques despenca sobre Lady Gaga matando-a instantaneamente aos 69 anos de idade.

Gaga, desde então, é tida pelos seguidores do movimento Illuminati como a Mártir da luta contra a repressão, pois mesmo impedida de expor sua arte de contestação lutou para mostra-la ao mundo e acabou sendo morta em causa dela (e por ela).

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As investigações sobre o “acidente” concluíram que uma das hastes que suspendiam o tanque cedeu devido ao peso, fazendo-o cair. O estranho é que os tanques carregavam apenas 30% de sua capacidade total.


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O Clube dos 27

esde meados do século XX tem-se notado um padrão no mundo da música: alguns músicos influentes acabam morrendo aos 27 anos, muitas vezes de maneira misteriosa e no auge de suas carreiras. Listamos aqui, então, o TOP 10 desses músicos e suas causas de morte: Cobain 10 Kurt Morto em 05/041994 Grande ícone do grunge dos anos 1990, suicidou-se com um tiro na boca.

The Creator 09 Tyler, Morto em 17/10/2018 Rapper famoso na década de 2010 foi vítima de um latrocínio em sua viagem de férias.

Lorde

08 Morta em 29/12/2023 Morta no auge de sua carreira por uma seita religiosa na Tunísia que se sentia ameaçada por suas canções.

Cyrus 07 Miley Morta em 14/05/2020 Cantora pop de gande sucesso desde a primeira década do século XXI, acidentou-se no ensaio para sua nova turnê caindo de uma altura de 20m.

Ivy Carter 06 Blue Morta em 28/08/2039 Cantora que seguiu os passos dos pais, Beyoncé e Jay-Z. Foi encontrada morta em sua residência, autópsia não foi realizada a pedido da família.

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Hendrix 05 Jimi Morto em 18/09/1970 Guitarrista e compositor, morreu asfixiado pelo seu próprio vômito enquanto dormia após misturar remédios e álcool.


Winehouse 04 Amy Morta em 23/07/2011 Cantora e compositora britânica enfrentava problemas com drogas e álcool. Acabou morrendo por intoxicação alcoólica.

Morrison 03 Jim Morto em 03/07/1971 A causa da morte do vocalista do The Doors foi listada como insuficiência cardíaca, embora uma autópsia não tenha sido realizada

02 Rihanna Morta em 29/05/2015 A cantora foi encontrada morta na piscina de sua residência nas Bahamas. Afogou-se, provavelmente após o uso de drogas.

Joplin 01 Janis Morta em 04/10/1970

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Cantora e compositora estadunidense considerada a “Rainha do Rock and Roll” morreu de uma possível ovrdose de heroína.


O Símbolo da Revolução

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delta grego maiúsculo sempre foi usado com muita frequência após o início do século XXI por cantores em seus shows, vídeo clipes e demais aparições públicas. Muitos se perguntavam qual era o significado disso, outros tomavam apenas como um movimento involuntário ou algo “da moda”. Eis que, finalmente, o verdadeiro propósito do gesto é re velado, infelizmente não em boas circunstâncias. O triângulo com a mão era na verdade um cumprimento secreto, usado para sinalizar estabilidade entre os Illuminatti de todo planeta. Hoje serve para identificar os adeptos do movimento revolucionário contra esta ditadura global. A princípio foram os cantores os selecionados para enviar esse tipo de mensagem pois, eram os adeptos do movimento mais expostos n na grande mídia. Além disso, também usavam seus vídeos e canções para difundir as ideias do grupo. A técnica de difusão em vídeos ficou mais comum a partir da década de 2010.

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Hoje, devido a censura, tornou-se um pouco mais difícil a difusão desses ideais para a nova geração. Por isso é importante que a ideologia do Δ seja compartilhada e difundida. Se você é contra a repressão, censura e a falta de liberdade de expressão, compartilhe Δ. Mostre que está de acordo com os movimentos Illuminatti. Use Δ em suas fotos e vídeos e mostre aos ouros que juntos podemos mudar essa situação.


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TEATRO Eles parecem hologramas pra você? A

São pessoas de verdade, acredite!

contece que nos anos 2000 o teatro era completamente diferente do que conhecemos hoje. Sem o advento do holograma, as peças teatrais eram protagonizadas por pessoas de verdade, em carne e osso. Eram tempos em que as pessoas preferiam ir ao cinema, tanto porque o custo dos ingressos era bem mais barato, como em diversos lugares via-se o mesmo filme. Atualmente o panorama que vivemos é tão distinto que o fato de o cinema ser hoje uma atividade bem mais refinada não nos causa espanto. Causaria nos nossos antepassados que iam ao cinema todo final de semana. Houve uma completa inversão no que tange a popularidade do teatro. Esse tornou-se um entretenimento popular, enquanto o cinema uma atividade para poucos.

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Isso aconteceu pois os hologramas permitiram que atores em um palco fossem exibidos em outros

(O novo Mundo que Quero, de Keane George)


(Faith in Love, de Charles S. Southenn) muitos, com clones perfeitos, que são os hologramas. E é bem claro que a população preferiu ver atuações ao vivo, em que a emoção está muito mais presente, em que distingue-se um bom ator de um mau ator, em que há a beleza do improviso, a surpreso do erro, e o arrepio com um monólogo ou diálogo bem feito. Toda a artificialidade do cinema foi substituída pela autenticidade teatral. Além disso o ingresso de uma peça teatral hoje é muito mais acessível. Uma pessoa desse século não acreditaria se eu afirmasse que nos anos 2000 o traje para ir a uma ópera era fino. Compravam-se ingressos meses antes, pagavam-se absurdos.

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Essa total alteração de panorama fez com que surgisse um movimento teatral pautado na diversidade do público consumidor. No entanto, com o Golpe em 2050 os palcos viram a pluralidade teatral aos poucos extinguir-se. Sendo substituídas pelas peças previamente autorizadas a serem exibidas. Dessa forma limitou-se de maneira inexpressiva a performance do teatro no contexto artístico mundial.


O

5 clássicos censurados

atual regime ditatorial censurou diversas peças clássicas devido a seus padrões estéticos ou conceituais não alinhados com os exigidos e restritos à sociedade contemporânea. Selecionamos cinco obras primas, nas quais o conhecimento para a construção crítica e intelectual é imprescindível para o ser humano.

Macbeth, escrita por William Shakespeare. A peça é uma tragédia escrita por um dos maiores dramaturgos já conhecidos. É a história de Macbeth, um general do exército escocês muito apre¬ciado pelo seu monarca, o rei Duncan, estimado por sua lealdade e seus préstimos guerreiros. Um dia, ele e Banquo, outro general, são abordados por três bruxas, que fazem os seguintes vaticínios: Macbeth será rei; Banquo é menos importante, no entanto mais pode¬roso que Macbeth; e os filhos de Banquo serão reis. Macbeth não compreende as confusas palavras das aparições. Ele, então, relata o estranho encontro para a mulher, Lady Macbeth - uma das mais perfeitas vilãs da lite¬ratura - que, ambiciosa, exerce seu poder sobre o marido, levando-o a cometer o gesto fatal de traição ao rei que desencadeará a tragédia dos dois e uma reviravolta na corte

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Hair, escrita por Gerome Ragni e James Rad O musical mostra o início do movimento hippie nos anos 60/70 tendo como finalidade quebrar os tabus pré-concebidos pela sociedade; com integração racial, nudez e a temática de liberdade sexual e drogas, foi uma produção marcante na história dos musicais. A peça conta a história da “Tribo”, um grupo de jovens hippies que defendem a paz e a livre expressão do amor em todas as suas formas e lutam contra o alistamento militar para a guerra do Vietnã.


Roda Viva, escrita por Chico Buarque Primeira peça de Chico Buarque e um dos marcos do teatro brasileiro, foi escrita pelo cantor e compositor no final de 1967 e estreou no ano seguinte sob a direção de José Celso Martinez Corrêa. O espetáculo é uma comédia musical, dividida em dois atos, que narra a história de um cantor que decide mudar de nome para agradar ao público. Mas, o que marcou de fato foi a sua agressividade proposital com o intuito de alertar a plateia para os problemas que cercavam o país na época, a ditadura militar.

Turandot, escrita por Giacomo Puccini. A ópera é composta por três atos e baseada na peça A Princesa Turandot de Carlo Gozzi. Foi a última peça escrita por Puccini,um dos maiores compositores italianos de oóperas, que a deixou inacabada- foi concluída por Franco Alfano. A história é sobre a filha do imperador chinês, a princesa Turandot. Uma mulher linda e cruel, que se nega a casar com qualquer homem- a nãos ser aquele que responda suas três charadas. No entanto, os pretendentes se vêem ameaçados de morte.A crueldade e frieza da princesa atiçam a paixão de Caláf, príncipe que decide arriscar a própria vida para conseguir sua mão.

Um homem é um homem, escrita por Bertolt Brecht

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A peça foi escrita e reescrita diversas vezes entre 1926 e 1956. O trabalho de Brecht como artista concentrou-se na crítica artística ao desenvolvimento das relações humanas no sistema capitalista. Misturando elementos de cabaré, circo, teatro de rua, música e teatro épico, a peça narra a transformação do estivador Galy Gay numa máquina de guerra. Um alerta sobre o poder da manipulação e os perigos que corre aquele que não sabe dizer “não”. A peça tem como pano de fundo a guerra de ocupação de um exército ocidental, num longínquo país do oriente. O homem é representado como ser passível de constantes transformações.


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Manifesto Illuminati


Amantes da arte e revolucionรกrios de todo o mundo, UNI-VOS

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