R.U.A.

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CAPA

Nº3 • 2014 • R$19,90

EDITORA GRUPOECO


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NOME DO ARTIGO

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NOME DO ARTIGO


20

9 12 CARTA AO LEITOR

BAM BO RUA LEAR

14 16

27

ARTRUA 2014

ESCUTA

28 29 1 9 KOUR LE PAR

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RUA DO

MÊS

2

ÍNDICE

ENIVO

TOZ

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3

TALITHA

ROSSI BINHO RIBEIRO

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ÍNDICE


20

9 12 CARTA AO LEITOR

BAM BO RUA LEAR

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ARTRUA 2014

ESCUTA

28 29 1 9 KOUR LE PAR

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RUA DO

MÊS

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ÍNDICE

ENIVO

TOZ

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3

TALITHA

ROSSI BINHO RIBEIRO

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ÍNDICE


COLABORADORES

Anita

Gabriela

Larissa

Maitê

Manuella

Marina

Potiguar adotada pelo Rio, bailarina de corpo e alma e estudante de Comunicação da UFRJ. Quer viver das letras e por elas, livros como amigos mais confiáveis, um caderninho sempre na bolsa, e muitas história pra contar. Mais mística do que deveria, aprecia astrologia, arte e religião. Não sabe exatamente quem é, mas também não acha que precisa saber, no momento. Aprecia um bom chá e uma tarde com cheiro de flor.

Carioca, tem 20 anos e é apaixonada por cada ponto do Rio de Janeiro. Moradora de Laranjeiras, adora dias ensolarados e água de coco. Estudante de Comunicação Social na UFRJ, sonhadora e muito criativa. Adora desenhar, fotografar e, principalmente, viajar. É muito generosa, sincera e otimista. Como típica sagitariana, ama demais e é muito brincalhona. Valoriza a liberdade e é muito feliz.

19 anos, paulista criada no Rio de Janeiro. Estudante de Comunicação na UFRJ é apaixonada por verão, sol, altinha, praia e matte. Viciada em purpurina e bambolê. Ama viajar, vida diurna, natureza. Hiperativa, está sempre praticando alguma atividade física. Modelo, DJ residente e produtora da festa Putzbrilha, colabora também nas mídias sociais da marca DressTo. Está sempre carregando sua câmera analógica por aí, e o resultado vocês conferem aqui: www.petitejeune.tumblr.com

Carioca de abril de 96. 18 anos. Ariana torta, vive de amor profundo. Estudante da UFRJ, futura publicitária. Romântica incorrigível, sensível por essência, ansiosa por natureza. Sofre constantemente pelo que ainda não viveu. Vive pelas viagens, pela música, pelo esporte, por belas paisagens, pelo ambiente e seus animais. É dada a extremos, como no gosto por música clássica e rock’n roll. Apreciadora da arte, arrisca-se na fotografia. É apaixonada pelo mar, pela lua e por açaí.

Estudante de comunicação social na UFRJ, futura jornalista, escorpiana, 19 anos. Viciada em escutar música, ama ver o mar e viver na cidade. Perseguidora da moda e de suas tendências, gosta de política e economia, procura sempre estar próxima de tudo aquilo que é realmente inovador. Extremamente ansiosa, só sofre por sofrer pouco.

Carioca da gema. Estudante da ECO-UFRJ, quase formada em administração. Curte dançar, namorar, sol, praia, cinema e é apaixonada por música. Aonde quer que vá está sempre com um fone de ouvido, porque não importa a situação, a vida tem que ter uma trilha sonora! Libriana pura, detesta injustiças e adora um bom papo e pessoas simpáticas. Não se esquenta com quase nada e não deseja mal a quase ninguém.

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GALERA DA RUA

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GALERA DA RUA


COLABORADORES

Anita

Gabriela

Larissa

Maitê

Manuella

Marina

Potiguar adotada pelo Rio, bailarina de corpo e alma e estudante de Comunicação da UFRJ. Quer viver das letras e por elas, livros como amigos mais confiáveis, um caderninho sempre na bolsa, e muitas história pra contar. Mais mística do que deveria, aprecia astrologia, arte e religião. Não sabe exatamente quem é, mas também não acha que precisa saber, no momento. Aprecia um bom chá e uma tarde com cheiro de flor.

Carioca, tem 20 anos e é apaixonada por cada ponto do Rio de Janeiro. Moradora de Laranjeiras, adora dias ensolarados e água de coco. Estudante de Comunicação Social na UFRJ, sonhadora e muito criativa. Adora desenhar, fotografar e, principalmente, viajar. É muito generosa, sincera e otimista. Como típica sagitariana, ama demais e é muito brincalhona. Valoriza a liberdade e é muito feliz.

19 anos, paulista criada no Rio de Janeiro. Estudante de Comunicação na UFRJ é apaixonada por verão, sol, altinha, praia e matte. Viciada em purpurina e bambolê. Ama viajar, vida diurna, natureza. Hiperativa, está sempre praticando alguma atividade física. Modelo, DJ residente e produtora da festa Putzbrilha, colabora também nas mídias sociais da marca DressTo. Está sempre carregando sua câmera analógica por aí, e o resultado vocês conferem aqui: www.petitejeune.tumblr.com

Carioca de abril de 96. 18 anos. Ariana torta, vive de amor profundo. Estudante da UFRJ, futura publicitária. Romântica incorrigível, sensível por essência, ansiosa por natureza. Sofre constantemente pelo que ainda não viveu. Vive pelas viagens, pela música, pelo esporte, por belas paisagens, pelo ambiente e seus animais. É dada a extremos, como no gosto por música clássica e rock’n roll. Apreciadora da arte, arrisca-se na fotografia. É apaixonada pelo mar, pela lua e por açaí.

Estudante de comunicação social na UFRJ, futura jornalista, escorpiana, 19 anos. Viciada em escutar música, ama ver o mar e viver na cidade. Perseguidora da moda e de suas tendências, gosta de política e economia, procura sempre estar próxima de tudo aquilo que é realmente inovador. Extremamente ansiosa, só sofre por sofrer pouco.

Carioca da gema. Estudante da ECO-UFRJ, quase formada em administração. Curte dançar, namorar, sol, praia, cinema e é apaixonada por música. Aonde quer que vá está sempre com um fone de ouvido, porque não importa a situação, a vida tem que ter uma trilha sonora! Libriana pura, detesta injustiças e adora um bom papo e pessoas simpáticas. Não se esquenta com quase nada e não deseja mal a quase ninguém.

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GALERA DA RUA

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GALERA DA RUA


CARTA AO LEITOR O evento ArtRua chega na sua terceira edição ainda mais surpreendente. E, como não poderia deixar de ser, a R.U.A. marcou presença cobrindo todo o festival; documentando, através de fotos excepcionais, as obras mais impactantes do evento.

COORDENADOR

REDATORES

Gabriela Mariz

A feira, composta por obras nacionais e internacionais - inspiradas nas almas das ruas -, mostra que, assim como a arte clássica e moderna, a arte urbana é capaz de promover eventos de grande porte; atraindo novos idealizadores e influenciando futuros artistas.

Anita Prado Larissa Busch Manuella Teixeira

EDITOR DE TEXTO

DESIGNERS

Maitê Paes

Nesta edicão você encontra também entrevistas exclusivas. Renomados artistas do universo urbano, como os artistas Enivo, Toz e Binho Ribeiro, renomados grafiteiros, e Talitha Rossi, fotógrafa e colaboradora do site RioEtc - contando suas inspirações, aspirações e, também, decepções.

Gabriela Mariz Maitê Paes Marina Abi-Rihan

REVISORES

PROPAGANDAS

Anita Prado Manuella Teixeira

Reservamos ainda um espaço especial para o rapper Criolo. Caso você ainda não esteja ligado no lançamento de “Convoque seu Buda”, relaxa! Separamos tudo o que você precisa saber sobre esse novo álbum, feito após mais de 20 anos de carreira. Vamos te mostrar que o cara ainda tem, sim, voz ativa no rap e quer deixar sua mensagem! A equipe R.U.A. espera que você se aventure no mundo artístico urbano através das páginas dessa revista; tornando seus dias cinzas mais coloridos, levando arte pra onde você for e te inspirando a criar cada vez mais. Afinal, a vida com arte tem mais graça!

Gabriela Mariz Maitê Paes Marina Abi-Rihan

FOTOS Derek Mangabeira - I hate flash Fernando Schalaepfer - I hate flash Juliana Rocha - Rioetc

PRODUTORES Manuella Teixeira Marina Abi-Rihan

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EXPEDIENTE

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R.U.A FALA


CARTA AO LEITOR O evento ArtRua chega na sua terceira edição ainda mais surpreendente. E, como não poderia deixar de ser, a R.U.A. marcou presença cobrindo todo o festival; documentando, através de fotos excepcionais, as obras mais impactantes do evento.

COORDENADOR

REDATORES

Gabriela Mariz

A feira, composta por obras nacionais e internacionais - inspiradas nas almas das ruas -, mostra que, assim como a arte clássica e moderna, a arte urbana é capaz de promover eventos de grande porte; atraindo novos idealizadores e influenciando futuros artistas.

Anita Prado Larissa Busch Manuella Teixeira

EDITOR DE TEXTO

DESIGNERS

Maitê Paes

Nesta edicão você encontra também entrevistas exclusivas. Renomados artistas do universo urbano, como os artistas Enivo, Toz e Binho Ribeiro, renomados grafiteiros, e Talitha Rossi, fotógrafa e colaboradora do site RioEtc - contando suas inspirações, aspirações e, também, decepções.

Gabriela Mariz Maitê Paes Marina Abi-Rihan

REVISORES

PROPAGANDAS

Anita Prado Manuella Teixeira

Reservamos ainda um espaço especial para o rapper Criolo. Caso você ainda não esteja ligado no lançamento de “Convoque seu Buda”, relaxa! Separamos tudo o que você precisa saber sobre esse novo álbum, feito após mais de 20 anos de carreira. Vamos te mostrar que o cara ainda tem, sim, voz ativa no rap e quer deixar sua mensagem! A equipe R.U.A. espera que você se aventure no mundo artístico urbano através das páginas dessa revista; tornando seus dias cinzas mais coloridos, levando arte pra onde você for e te inspirando a criar cada vez mais. Afinal, a vida com arte tem mais graça!

Gabriela Mariz Maitê Paes Marina Abi-Rihan

FOTOS Derek Mangabeira - I hate flash Fernando Schalaepfer - I hate flash Juliana Rocha - Rioetc

PRODUTORES Manuella Teixeira Marina Abi-Rihan

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R.U.A FALA


CONVERSE

CAPA

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NOME DO ARTIGO

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CONVERSE

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Rua Escuta O universo de Criolo Texto: Larissa Bush :: Foto: Thiago Cadena

Sem grandes firulas e avisos prévios, o rapper Criolo lançou seu terceiro álbum de estúdio no dia 3 de Novembro. Com audição e download gratuito, “Convoque Seu Buda” (2014) foi um dos lançamentos mais aguardados do ano. Após o sucesso de seu último álbum, “Nó Na Orelha” (2011), com hits como “Não Existe Amor Em SP” e “Subirusdoistiozin”, Criolo parece redescobrir a própria essência, demonstrando maturidade musical aos mais de vinte anos de carreira e intimidade com o rap. Em “Convoque Seu Buda”, o rapper paulistano mergulha em temas cotidianos, assumindo um papel de observador pelas ruas e avenidas de São Paulo. Como o de costume, Criolo estabelece um diálogo atento com o presente, lançando seu olhar crítico e questionador, a respeito de temas inquietantes e atuais, como consumismo, dinheiro e ostentação. O rapper ironiza a elite brasileira, ainda R.U.A. | RELAÇÕES URBANO ARTÍSTICAS

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resgatando o episódio de sua entrevista com o ator Lázaro Ramos, que virou piada na internet: tira sarro de si mesmo no verso “A alma flutua/ Leite a criança quer beber/ Lázaro, alguém nos ajude a entender”. De guitarras psicodélicas a toques tropicalistas, o disco é marcado por uma pluralidade de referências musicais e instrumentos. Criolo transita com leveza entre rap, samba, rock, reggae e baião. O álbum foi produzido por Marcelo Cabral e Daniel Ganjaman e conta com participações de Kiko Dinucci, Juçara Marçal, Tulipa Ruiz, Neto (do grupo Síntese) e Rodrigo Campos. O trabalho também foi divulgado na Europa e nos Estados Unidos, através dos selos “Stems Music” e “Circular Moves”. O projeto gráfico da capa do álbum é de Lucas Rampazzo, trazendo uma colagem feita a partir do acervo do museu Rjksmuseum, na Holanda. RUA ESCUTA

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Rua Escuta O universo de Criolo Texto: Larissa Bush :: Foto: Thiago Cadena

Sem grandes firulas e avisos prévios, o rapper Criolo lançou seu terceiro álbum de estúdio no dia 3 de Novembro. Com audição e download gratuito, “Convoque Seu Buda” (2014) foi um dos lançamentos mais aguardados do ano. Após o sucesso de seu último álbum, “Nó Na Orelha” (2011), com hits como “Não Existe Amor Em SP” e “Subirusdoistiozin”, Criolo parece redescobrir a própria essência, demonstrando maturidade musical aos mais de vinte anos de carreira e intimidade com o rap. Em “Convoque Seu Buda”, o rapper paulistano mergulha em temas cotidianos, assumindo um papel de observador pelas ruas e avenidas de São Paulo. Como o de costume, Criolo estabelece um diálogo atento com o presente, lançando seu olhar crítico e questionador, a respeito de temas inquietantes e atuais, como consumismo, dinheiro e ostentação. O rapper ironiza a elite brasileira, ainda R.U.A. | RELAÇÕES URBANO ARTÍSTICAS

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resgatando o episódio de sua entrevista com o ator Lázaro Ramos, que virou piada na internet: tira sarro de si mesmo no verso “A alma flutua/ Leite a criança quer beber/ Lázaro, alguém nos ajude a entender”. De guitarras psicodélicas a toques tropicalistas, o disco é marcado por uma pluralidade de referências musicais e instrumentos. Criolo transita com leveza entre rap, samba, rock, reggae e baião. O álbum foi produzido por Marcelo Cabral e Daniel Ganjaman e conta com participações de Kiko Dinucci, Juçara Marçal, Tulipa Ruiz, Neto (do grupo Síntese) e Rodrigo Campos. O trabalho também foi divulgado na Europa e nos Estados Unidos, através dos selos “Stems Music” e “Circular Moves”. O projeto gráfico da capa do álbum é de Lucas Rampazzo, trazendo uma colagem feita a partir do acervo do museu Rjksmuseum, na Holanda. RUA ESCUTA

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NOME NOME DO DO ARTIGO ARTIGO


Bambolear Rebolando sorrindo

Texto: Anita Prado :: Fotos: Derek Mangabeira

Todos sabem que o bambolê não é novidade em lugar algum. Entretanto, o que poucos imaginam é que sua história tenha início no Egito, há mais de três mil anos. Feita de fios de parreira secos, a inspiração egípica deu origem à versão mais atual do brinquedo: o hula hoop, fabricado, por sua vez, em plástico colorido para adultos e crianças. Surge nos Estado Unidos, ao fim da década de 1950; tendo sido importado para o Brasil pelo grupo Estrela, com o nome de “bambolê” – proveniente do verbo bambolear, gingar. No começo do novo milênio, a prática do hooping já havia sido difundida por grupos de amigos praticantes. Ao redor de todo o mundo, mudanças como o aumento do peso e do diâmetro, ou o ganho de formas e cores diferentes, não impediram o hula hoop de virar vebre por onde quer que chegasse. Quem cresceu nos anos 90 sabe que o bambolear era quase uma obrigação entre os grupos de jovens. Todos tinham o brinquedo em casa, e não era difícil ver a fitas coloridas meticulosamente enroladas nos arcos, pelas praças e ruas das cidades. Contudo, assim como várias práticas e modas, o objeto da música “Dança do Bambolê” - do grupo baiano “É o Tchan” – foi sendo, aos poucos, substituído e esquecido pelas pessoas. Vez por outra, porém, presenciamos a volta de hábitos e costumes do passado, seja ele recente ou não. E, com os brinquedos, isso não é diferente. Há alguns anos, o diabolô e o pula elástico, por exemplo, causaram verdadeira euforia com seu retorno; mas R.U.A. | RELAÇÕES URBANO ARTÍSTICAS

nada, nada se comparou com o regresso do bambolê. Atualmente, ele é visto não apenas como uma prática infantil, uma brincadeira de criança. Hoje em dia, o hooping é tido por um estilo de vida. É possível, agora, encontrar bambolês de todos os tipos. Os mais comuns são feitos de tubos e fitas de cetim coloridas que, com o uso, vão rasgando e começam a pinicar. Quando isso acontece, você pode trocá-las facilmente, de maneira prática e simples. Estes são brinquedos mais baratos e custam em média 60 reais, ideais para quem está começando. Para que procura modelos mais leves, o ideal é escolher um Polypro. Independentemente do que você pretenda com a prática do bambolê, seja brincar esporadicamente ou usá-lo como ferramenta fitness, por exemplo, prefira as versões dobráveis. Elas facilitam bastante o transporte e, dessa forma, você pode pegar um transporte coletivo com muito mais praticidade. Aos que se interessarem em aprender a bambolear, adquiram sem receio o modelo que melhor sirva a vocês. O bamboleio é um exercício que domina aos poucos, por isso, procure coletivos de bambolê na sua cidade, onde mais admiradores poderão se reunir para trocar experiências, inovações e dicas. Prefira lugares abertos e bonitos para praticar. Aproveite para apreciar a natureza e a companhia de bons amigos. No mais, sorria! Bambolear é “rebolar sorrindo” , portanto, se vale a dica: mostra esses dentes e vai se exibir por aí! Uma vida mais esférica é uma vida mais feliz.

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RUA EM MOVIMENTO

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Bambolear Rebolando sorrindo

Texto: Anita Prado :: Fotos: Derek Mangabeira

Todos sabem que o bambolê não é novidade em lugar algum. Entretanto, o que poucos imaginam é que sua história tenha início no Egito, há mais de três mil anos. Feita de fios de parreira secos, a inspiração egípica deu origem à versão mais atual do brinquedo: o hula hoop, fabricado, por sua vez, em plástico colorido para adultos e crianças. Surge nos Estado Unidos, ao fim da década de 1950; tendo sido importado para o Brasil pelo grupo Estrela, com o nome de “bambolê” – proveniente do verbo bambolear, gingar. No começo do novo milênio, a prática do hooping já havia sido difundida por grupos de amigos praticantes. Ao redor de todo o mundo, mudanças como o aumento do peso e do diâmetro, ou o ganho de formas e cores diferentes, não impediram o hula hoop de virar vebre por onde quer que chegasse. Quem cresceu nos anos 90 sabe que o bambolear era quase uma obrigação entre os grupos de jovens. Todos tinham o brinquedo em casa, e não era difícil ver a fitas coloridas meticulosamente enroladas nos arcos, pelas praças e ruas das cidades. Contudo, assim como várias práticas e modas, o objeto da música “Dança do Bambolê” - do grupo baiano “É o Tchan” – foi sendo, aos poucos, substituído e esquecido pelas pessoas. Vez por outra, porém, presenciamos a volta de hábitos e costumes do passado, seja ele recente ou não. E, com os brinquedos, isso não é diferente. Há alguns anos, o diabolô e o pula elástico, por exemplo, causaram verdadeira euforia com seu retorno; mas R.U.A. | RELAÇÕES URBANO ARTÍSTICAS

nada, nada se comparou com o regresso do bambolê. Atualmente, ele é visto não apenas como uma prática infantil, uma brincadeira de criança. Hoje em dia, o hooping é tido por um estilo de vida. É possível, agora, encontrar bambolês de todos os tipos. Os mais comuns são feitos de tubos e fitas de cetim coloridas que, com o uso, vão rasgando e começam a pinicar. Quando isso acontece, você pode trocá-las facilmente, de maneira prática e simples. Estes são brinquedos mais baratos e custam em média 60 reais, ideais para quem está começando. Para que procura modelos mais leves, o ideal é escolher um Polypro. Independentemente do que você pretenda com a prática do bambolê, seja brincar esporadicamente ou usá-lo como ferramenta fitness, por exemplo, prefira as versões dobráveis. Elas facilitam bastante o transporte e, dessa forma, você pode pegar um transporte coletivo com muito mais praticidade. Aos que se interessarem em aprender a bambolear, adquiram sem receio o modelo que melhor sirva a vocês. O bamboleio é um exercício que domina aos poucos, por isso, procure coletivos de bambolê na sua cidade, onde mais admiradores poderão se reunir para trocar experiências, inovações e dicas. Prefira lugares abertos e bonitos para praticar. Aproveite para apreciar a natureza e a companhia de bons amigos. No mais, sorria! Bambolear é “rebolar sorrindo” , portanto, se vale a dica: mostra esses dentes e vai se exibir por aí! Uma vida mais esférica é uma vida mais feliz.

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RUA EM MOVIMENTO


Le Parkour Superando obstáculos

Texto: Manuella Teixeira :: Foto: Fernando Schalaepfer

Inspirado no método natural de exercer esportes, o Le Parkour surgiu durante a belle époque, em Paris criado pelos irmãos David Malgogne, Frederic Hnautra e Yahn, juntamente do amigo David Belle. O objetivo principal do Parkour é a locomoção rápida e eficaz, superando obstáculos desde os mais simples galhos de árvore, até os grandes e imponentes prédios de concreto. O esporte foi baseado no treinamento militar Francês, o parcours du combattan -que, por sua vez, contibuiu com a nomeação da prática. A popularização do Parkour, contudo, veio apenas no início do século XXI, com a popularidade do filme “Yamakasi – Os samurais dos tempos modernos” e do documentário “London Jump”. Além disso, o esporte foi também tema de um dos mais comentados e elogiados videoclipes da legendária Rainha do Pop, Madonna. O sucesso de “Jump” coloca o Parkour, em definitivo, no cenário moderno; virando febre ao redor de todo o mundo. Traceurs é o nome dado aos praticantes do sexo masculino e traceuses, para as praticantes do sexo feminino. O esporte promove a interação homem-espaço, urbano ou rural, sendo o mais importante, a percepção de um ponto para a ultrapassagem de obstáculos no percurso. Assim, a boa prática de Le Parkour depende, principalmente, do conhecimento profundo do local escolhido pelo Traceurs (ou traceuses). Cada mínimo detalhe importa e, às vezes, um pequeno erro pode gerar consequências não muito agradáveis. Acidentes, entretanto, não são muito comuns entre os praticantes da modalidade. A prática do esporte não exige quase nenhum material específico. Um bom tênis de sola reta e roupas

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Le Parkour Superando obstáculos

Texto: Manuella Teixeira :: Foto: Fernando Schalaepfer

Inspirado no método natural de exercer esportes, o Le Parkour surgiu durante a belle époque, em Paris criado pelos irmãos David Malgogne, Frederic Hnautra e Yahn, juntamente do amigo David Belle. O objetivo principal do Parkour é a locomoção rápida e eficaz, superando obstáculos desde os mais simples galhos de árvore, até os grandes e imponentes prédios de concreto. O esporte foi baseado no treinamento militar Francês, o parcours du combattan -que, por sua vez, contibuiu com a nomeação da prática. A popularização do Parkour, contudo, veio apenas no início do século XXI, com a popularidade do filme “Yamakasi – Os samurais dos tempos modernos” e do documentário “London Jump”. Além disso, o esporte foi também tema de um dos mais comentados e elogiados videoclipes da legendária Rainha do Pop, Madonna. O sucesso de “Jump” coloca o Parkour, em definitivo, no cenário moderno; virando febre ao redor de todo o mundo. Traceurs é o nome dado aos praticantes do sexo masculino e traceuses, para as praticantes do sexo feminino. O esporte promove a interação homem-espaço, urbano ou rural, sendo o mais importante, a percepção de um ponto para a ultrapassagem de obstáculos no percurso. Assim, a boa prática de Le Parkour depende, principalmente, do conhecimento profundo do local escolhido pelo Traceurs (ou traceuses). Cada mínimo detalhe importa e, às vezes, um pequeno erro pode gerar consequências não muito agradáveis. Acidentes, entretanto, não são muito comuns entre os praticantes da modalidade. A prática do esporte não exige quase nenhum material específico. Um bom tênis de sola reta e roupas

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leves já são suficientes para dar início à diversão; mas vale dizer que acessórios são opcionais. Pés descalços já resolvem a situação; mostrando que o Parkour é um esporte de todos, extremamente acessível a todos que quiserem praticá-lo. No Brasil, o Parkour também encontrou seu espaço. A partir de 2004, a formação de dois grupos importantes - o “Le Parkour Brazil”, criado por Eduardo Bittencourt, e o “Parkour Brasil”, fundado por Leonardo Akira - foram responsáveis por reunir todos aqueles que desejassem aprender e exercitar o esporte em solos brasileiros. Apesar da grande aceitação popular, o esporte também acabou sofrendo preconceito por parte da mídia nacional. A primeira entrevista sobre o assunto, veiculada pela revista “Isto é”, foi extremamente hostil - descrevendo a prática como “kamikaze”. Depois disso, o grupo Le Parkour Brazil apareceu em um programa da MTV. E, por mais que a edi-

ção tenha, novamente, “vandalizado” a imagem do esporte, a matéria foi igualmente importante para sua divulgação. Os principais movimentos do Parkour são: “Two hand” (movimento mais simples, responsável por dar confiança na hora de ultrapassar um obstáculo) e o “Monkey” (imitação da maneira como os macacos andam, a passagem dos pés entre as mãos) que exige um pouco mais de técnica do praticante, em relação ao anterior. O Parkour é, definitivamente, um esporte inovador. Além do exercitar, ele disponibiliza um conhecimento único do espaço urbano e do próprio corpo. Embora de início cause um certo medo, a modalidade, quando aprendida de fato, traz diversos benefícios a seus praticantes. Superação física e mental, melhorias da noção de espaço, queima de calorias só pra dizer o mínimo. Vale a pena a tentativa!

RUA DO MÊS Maria Quitéria - Ipanema/RJ Texto: Manuella Teixeira

BARTODOMEU Procurando um lugar pra beliscar e relaxar, tomando aquela cervejinha ou aquela caipiroska caprichada? O Bartodomeu oferece uma eperiência bem divertida com música ao vivo e diversos belisquetes. O local está sempre animado e convidativo. Não é à toa que recebe esse nome; você se sente em casa mesmo, na maior tranquilidade. Além disso, ele possui o famoso litrão de caipirinha (ou caipiroska). O tamanho assusta, mas ele não deve ser consumido sozinho. A ajuda dos amigos é fundamental nessa pedida, afinal, é impossível ser feliz sozinho! Meio restaurante, meio bar, o Complex é a escolha ideal para uma noite tranquila e descontraída com os amigos. O ambiente, super aconchegante, possui uma área externa onde a conversa fiada e boas risadas prevalecem. Já na parte in-

EMPÓRIO Bateu aquela vontade de dançar no ritmo de um bom rock’n roll? Então é só correr pro Empório! E, se o problema for falta de grana, não precisa se preocupar. Aos fins de semana a entrada é gratuita, ou seja, você não paga nada e ainda tem o direito a dançar a noite toda! O local também oferece um cardápio de destilados variados. Além do mais, o bar está locali-

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COMPLEX ESQUINA 111

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terna, o segundo andar chama particular atenção. Super bem decorado, o espaço conta até com tocador de vinil retrô, onde o próprio cliente pode escolher uma música e escutar tranquilamente. O forte da casa são os drinks, super descolados e variados. Você pode escolher desde os clássicos, como o cosmopolitan - direto do Upper East Side de Nova York -, a um drink feito especialmente e com exclusividade pelo Complex. Definitivamente, uma parada obrigatória!

zado em frente ao Bartodomeu. Sendo assim, dobradinhas são frequentes e extremamente recomendáveis. Caso você ainda não tenha feito um programa único desses, corre já para a Maria Quitéria que eles vão estar lá te esperando!

OSKLEN Pensou que nossa Rua do Mês fosse só farra? Compras são mais do que bem vindas no nosso guia. A tradicional marca carioca Osklen possui filial na rua desse mês, com roupas únicas, vindas diretamente das passarelas da Fashion Week. O consumidor pode escolher desde uma peça básica a um vestido de alta costura, com estampas exclusivas, tecidos espetaculares e super bem trabalhados. O preço salgado justifica-se na qualidade presente nos produtos. Osklen é a marca de maior influência e patrocínio do street style carioca. Você não pode deixar de conferir! RUA DO MÊS


leves já são suficientes para dar início à diversão; mas vale dizer que acessórios são opcionais. Pés descalços já resolvem a situação; mostrando que o Parkour é um esporte de todos, extremamente acessível a todos que quiserem praticá-lo. No Brasil, o Parkour também encontrou seu espaço. A partir de 2004, a formação de dois grupos importantes - o “Le Parkour Brazil”, criado por Eduardo Bittencourt, e o “Parkour Brasil”, fundado por Leonardo Akira - foram responsáveis por reunir todos aqueles que desejassem aprender e exercitar o esporte em solos brasileiros. Apesar da grande aceitação popular, o esporte também acabou sofrendo preconceito por parte da mídia nacional. A primeira entrevista sobre o assunto, veiculada pela revista “Isto é”, foi extremamente hostil - descrevendo a prática como “kamikaze”. Depois disso, o grupo Le Parkour Brazil apareceu em um programa da MTV. E, por mais que a edi-

ção tenha, novamente, “vandalizado” a imagem do esporte, a matéria foi igualmente importante para sua divulgação. Os principais movimentos do Parkour são: “Two hand” (movimento mais simples, responsável por dar confiança na hora de ultrapassar um obstáculo) e o “Monkey” (imitação da maneira como os macacos andam, a passagem dos pés entre as mãos) que exige um pouco mais de técnica do praticante, em relação ao anterior. O Parkour é, definitivamente, um esporte inovador. Além do exercitar, ele disponibiliza um conhecimento único do espaço urbano e do próprio corpo. Embora de início cause um certo medo, a modalidade, quando aprendida de fato, traz diversos benefícios a seus praticantes. Superação física e mental, melhorias da noção de espaço, queima de calorias só pra dizer o mínimo. Vale a pena a tentativa!

RUA DO MÊS Maria Quitéria - Ipanema/RJ Texto: Manuella Teixeira

BARTODOMEU Procurando um lugar pra beliscar e relaxar, tomando aquela cervejinha ou aquela caipiroska caprichada? O Bartodomeu oferece uma eperiência bem divertida com música ao vivo e diversos belisquetes. O local está sempre animado e convidativo. Não é à toa que recebe esse nome; você se sente em casa mesmo, na maior tranquilidade. Além disso, ele possui o famoso litrão de caipirinha (ou caipiroska). O tamanho assusta, mas ele não deve ser consumido sozinho. A ajuda dos amigos é fundamental nessa pedida, afinal, é impossível ser feliz sozinho! Meio restaurante, meio bar, o Complex é a escolha ideal para uma noite tranquila e descontraída com os amigos. O ambiente, super aconchegante, possui uma área externa onde a conversa fiada e boas risadas prevalecem. Já na parte in-

EMPÓRIO Bateu aquela vontade de dançar no ritmo de um bom rock’n roll? Então é só correr pro Empório! E, se o problema for falta de grana, não precisa se preocupar. Aos fins de semana a entrada é gratuita, ou seja, você não paga nada e ainda tem o direito a dançar a noite toda! O local também oferece um cardápio de destilados variados. Além do mais, o bar está locali-

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COMPLEX ESQUINA 111

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terna, o segundo andar chama particular atenção. Super bem decorado, o espaço conta até com tocador de vinil retrô, onde o próprio cliente pode escolher uma música e escutar tranquilamente. O forte da casa são os drinks, super descolados e variados. Você pode escolher desde os clássicos, como o cosmopolitan - direto do Upper East Side de Nova York -, a um drink feito especialmente e com exclusividade pelo Complex. Definitivamente, uma parada obrigatória!

zado em frente ao Bartodomeu. Sendo assim, dobradinhas são frequentes e extremamente recomendáveis. Caso você ainda não tenha feito um programa único desses, corre já para a Maria Quitéria que eles vão estar lá te esperando!

OSKLEN Pensou que nossa Rua do Mês fosse só farra? Compras são mais do que bem vindas no nosso guia. A tradicional marca carioca Osklen possui filial na rua desse mês, com roupas únicas, vindas diretamente das passarelas da Fashion Week. O consumidor pode escolher desde uma peça básica a um vestido de alta costura, com estampas exclusivas, tecidos espetaculares e super bem trabalhados. O preço salgado justifica-se na qualidade presente nos produtos. Osklen é a marca de maior influência e patrocínio do street style carioca. Você não pode deixar de conferir! RUA DO MÊS


ArtRua 2014 Arte de rua, uma flor que nasce do asfalto Texto: Larissa Busch :: Fotos: Juliana Rocha R.U.A. | RELAÇÕES URBANO ARTÍSTICAS

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Não dá para falar sobre arte urbana no Brasil sem mencionar o ArtRua, evento carioca que desloca multidões de diferentes faixa-etárias. Se no passado esse movimento artístico era marginalizado, hoje ele é valorizado e reconhecido no mundo das artes. Em sua terceira edição realizada entre os dias 11 e 14 de Setembro, o evento foi hospedado no Centro Cultural de Ação da Cidadania, na Gamboa, Zona Portuária da cidade do Rio de Janeiro. O surgimento do ArtRua, há três anos atrás, foi resultado da influência das tendências de feiras de arte espalhadas por todo o mundo, em especial a Miami Basel e Stroke de Berlin. Uma das grandes novidades é que nesse ano, o evento ganhou status de feira, com espaço para venda de obras, sendo mais de 20 galerias nacionais e internacionais, reconhecidas no mercado da arte urbana. Além da francesa Itinerrance, foi possível contar com as principais galerias nacionais, entre elas as paulistas Choque Cultural e A7MA, a pernambucana Nuvem, a mineira Quarto Amado e as cariocas Huma, Movimento e Galeria 95. “Transformar o Art Rua em feira representa um fomento para esta área de economia criativa. As galerias precisam gerar receita para valorizar os artistas e assim tornar este mercado um negócio de sucesso. Queremos ter a chance de apresentar para o público carioca as galerias que trafegam neste meio”, expõem André Bretas, um dos organizadores do evento. Ainda apostando em novidades, o espaço contou com exposições individuais de alguns artistas como Antonio Bokel e Acidum Project, de Fortaleza. O pátio principal foi composto por sete painés gigantes, assinados por renomados artistas do segmento: Ana Marieta (Porto Rico), Toz (Brasil, RJ), Bicicleta sem freio (Brasil, Goania), Branco (Brasil, SP), The London Police (Holanda) e Seth Globepaint (França). Além das atividades no Centro Cultural de Ação e Cidadania, foram realizadas diversas ações e intervenções artísticas externas, espalhadas em locais próximos a Zona Portuária. Inovando em relação as edições anteriores, foram feitas pinturas nas laterais de prédios da região, assinadas por cinco artistas nacionais e internacionais, como Acidum Project (Fortaleza), Gais AMA (Rio de Janeiro), Inti (Chile) e El Seed (França/Tunísia).

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Não dá para falar sobre arte urbana no Brasil sem mencionar o ArtRua, evento carioca que desloca multidões de diferentes faixa-etárias. Se no passado esse movimento artístico era marginalizado, hoje ele é valorizado e reconhecido no mundo das artes. Em sua terceira edição realizada entre os dias 11 e 14 de Setembro, o evento foi hospedado no Centro Cultural de Ação da Cidadania, na Gamboa, Zona Portuária da cidade do Rio de Janeiro. O surgimento do ArtRua, há três anos atrás, foi resultado da influência das tendências de feiras de arte espalhadas por todo o mundo, em especial a Miami Basel e Stroke de Berlin. Uma das grandes novidades é que nesse ano, o evento ganhou status de feira, com espaço para venda de obras, sendo mais de 20 galerias nacionais e internacionais, reconhecidas no mercado da arte urbana. Além da francesa Itinerrance, foi possível contar com as principais galerias nacionais, entre elas as paulistas Choque Cultural e A7MA, a pernambucana Nuvem, a mineira Quarto Amado e as cariocas Huma, Movimento e Galeria 95. “Transformar o Art Rua em feira representa um fomento para esta área de economia criativa. As galerias precisam gerar receita para valorizar os artistas e assim tornar este mercado um negócio de sucesso. Queremos ter a chance de apresentar para o público carioca as galerias que trafegam neste meio”, expõem André Bretas, um dos organizadores do evento. Ainda apostando em novidades, o espaço contou com exposições individuais de alguns artistas como Antonio Bokel e Acidum Project, de Fortaleza. O pátio principal foi composto por sete painés gigantes, assinados por renomados artistas do segmento: Ana Marieta (Porto Rico), Toz (Brasil, RJ), Bicicleta sem freio (Brasil, Goania), Branco (Brasil, SP), The London Police (Holanda) e Seth Globepaint (França). Além das atividades no Centro Cultural de Ação e Cidadania, foram realizadas diversas ações e intervenções artísticas externas, espalhadas em locais próximos a Zona Portuária. Inovando em relação as edições anteriores, foram feitas pinturas nas laterais de prédios da região, assinadas por cinco artistas nacionais e internacionais, como Acidum Project (Fortaleza), Gais AMA (Rio de Janeiro), Inti (Chile) e El Seed (França/Tunísia).

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A ideia dos organizadores foi que ao entrar no galpão, o público mergulhasse num universo lúdico e positivo. Por mais que a arte urbana carregue em diversos momentos fortes críticas ao sistema com temáticas agressivas, os conceituadores da feira optaram por construir uma temática central diferente. O chileno Inti e o tunisiano El Seed, que pintaram as faixadas laterais dos prédios, já são artistas bem contestadores em suas obras, não deixando que a função crítica da arte urbana fosse esquecida nessa edição. “Ano passado, foram mais de 40 painéis feitos por artistas de vários estados. Esse ano, optamos

por fazer uma coisa mais exclusiva, com poucos nomes e artistas gringos. Nos preocupamos em fazer um mix dos já consagrados com os novos talentos, mas que já tem alguma projeção no exterior”, revela Marina Bortoluzzi, uma das curadoras da feira. Além das intervenções artísticas, a feira proporcionou outras atividades ao público, como os tours gratuitos guiados por profissionais instruído, além de festas agitadas com ingresso a parte. Os DJ’s das festas de música eletrônica DISCOLAND e MOO tomaram conta da Sexta-Feira na Gamboa, não deixando o público ficar parado. No Sábado, foi a vez

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do lendário rapper Black Alien embalar a noite dos cariocas em uma noite repleta de DJ’s convidados e black music. O ArtRua possui um papel fundamental no cenário urbano artístico brasileiro, divulgando e valorizando a cultura urbana e suas diversas manifestações. Por mais que esse segmento artístico já tenha vencido grandes barreiras de preconceito, ainda existem muitas outras para serem superadas. Esperamos que cada vez mais jovens, crianças, idosos e adultos, de todas as classes e estilos, possam consumir e mergulhar no universo da arte urbana, cheio de mistérios, beleza e poesia.

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FOTO

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A ideia dos organizadores foi que ao entrar no galpão, o público mergulhasse num universo lúdico e positivo. Por mais que a arte urbana carregue em diversos momentos fortes críticas ao sistema com temáticas agressivas, os conceituadores da feira optaram por construir uma temática central diferente. O chileno Inti e o tunisiano El Seed, que pintaram as faixadas laterais dos prédios, já são artistas bem contestadores em suas obras, não deixando que a função crítica da arte urbana fosse esquecida nessa edição. “Ano passado, foram mais de 40 painéis feitos por artistas de vários estados. Esse ano, optamos

por fazer uma coisa mais exclusiva, com poucos nomes e artistas gringos. Nos preocupamos em fazer um mix dos já consagrados com os novos talentos, mas que já tem alguma projeção no exterior”, revela Marina Bortoluzzi, uma das curadoras da feira. Além das intervenções artísticas, a feira proporcionou outras atividades ao público, como os tours gratuitos guiados por profissionais instruído, além de festas agitadas com ingresso a parte. Os DJ’s das festas de música eletrônica DISCOLAND e MOO tomaram conta da Sexta-Feira na Gamboa, não deixando o público ficar parado. No Sábado, foi a vez

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do lendário rapper Black Alien embalar a noite dos cariocas em uma noite repleta de DJ’s convidados e black music. O ArtRua possui um papel fundamental no cenário urbano artístico brasileiro, divulgando e valorizando a cultura urbana e suas diversas manifestações. Por mais que esse segmento artístico já tenha vencido grandes barreiras de preconceito, ainda existem muitas outras para serem superadas. Esperamos que cada vez mais jovens, crianças, idosos e adultos, de todas as classes e estilos, possam consumir e mergulhar no universo da arte urbana, cheio de mistérios, beleza e poesia.

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Rua Entrevista

TALITHA ROSSI 1. Um acontecimento do passado que tenha influenciado na sua vida artística? Talvez a minha coleção de bonecas. Sempre ficava imaginando o que elas gostariam de falar se tivessem voz. E onde elas gostariam de estar, se pudessem sair das suas casinhas. E se relamente elas se sentiam felizes em usar tantas roupas. Certa vez, ganhei uma boneca do meu primeiro namorado. Tive muito afeto por ela e iniciamos um contato. Ela me entendia e eu entendia ela. Acho que foi a partir daí que tudo começou. 2. Sua maior realização profissional até hoje? Como artista de rua, me senti lisonjeada em fazer uma exposição na galeria Logo em SP junto com o super Titi Freak! Mas o que me realiza mesmo é pintar na rua. Não importa em qual esquina. 3. O que inspira? Olho no olho e histórias da vida real. Mulheres de verdade que coleciono para a minha vida e que refletem no meu trabalho, como a Larissa Bush <3. Mulheres que não bordam suas dores porque enten-

Foto: Taissa Sterim

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dem que estamos todos por um fio e que lã é luta. O BEM, amores, paixões e poesias me inspiram desde sempre. Na estética, tenho uma quedinha pelo universo fetichista e burlesque.

4. O que broxa? O que omite, o que mente, o que fica em cima do muro e o que não é intenso. Em tempos de ‘’fast foda’’ o ronco enche barriga. E isso também me broxa, viu? 5. Perspectivas futuras? Gostaria de não perder o cometa que tenho em minha cabeça livre de perspectivas terrenas. 6. Deus? É o fiel, o melhor amigo, o mano, o boy magya, o cara, o pai, o filho...Deus é tudão! 7. Drogas? Oi moço, uma lichia e um chocolate, por favor! 8. Delírios? Meu maior delírio é realizar todos os meus delírios! Um pouco de cada é muito para o todo.

RUA ENTREVISTA


Rua Entrevista

TALITHA ROSSI 1. Um acontecimento do passado que tenha influenciado na sua vida artística? Talvez a minha coleção de bonecas. Sempre ficava imaginando o que elas gostariam de falar se tivessem voz. E onde elas gostariam de estar, se pudessem sair das suas casinhas. E se relamente elas se sentiam felizes em usar tantas roupas. Certa vez, ganhei uma boneca do meu primeiro namorado. Tive muito afeto por ela e iniciamos um contato. Ela me entendia e eu entendia ela. Acho que foi a partir daí que tudo começou. 2. Sua maior realização profissional até hoje? Como artista de rua, me senti lisonjeada em fazer uma exposição na galeria Logo em SP junto com o super Titi Freak! Mas o que me realiza mesmo é pintar na rua. Não importa em qual esquina. 3. O que inspira? Olho no olho e histórias da vida real. Mulheres de verdade que coleciono para a minha vida e que refletem no meu trabalho, como a Larissa Bush <3. Mulheres que não bordam suas dores porque enten-

Foto: Taissa Sterim

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dem que estamos todos por um fio e que lã é luta. O BEM, amores, paixões e poesias me inspiram desde sempre. Na estética, tenho uma quedinha pelo universo fetichista e burlesque.

4. O que broxa? O que omite, o que mente, o que fica em cima do muro e o que não é intenso. Em tempos de ‘’fast foda’’ o ronco enche barriga. E isso também me broxa, viu? 5. Perspectivas futuras? Gostaria de não perder o cometa que tenho em minha cabeça livre de perspectivas terrenas. 6. Deus? É o fiel, o melhor amigo, o mano, o boy magya, o cara, o pai, o filho...Deus é tudão! 7. Drogas? Oi moço, uma lichia e um chocolate, por favor! 8. Delírios? Meu maior delírio é realizar todos os meus delírios! Um pouco de cada é muito para o todo.

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ENIVO

TOZ

Foto: Leda Abuhab

1. Um acontecimento do passado que tenha influenciado na sua vida artística?

5. Perspectivas futuras? Viajar e produzir mais! Pintar cada vez em maior escala e mais consciente. Ver a linha do horizonte, encontro de céu e mar.

Vida e morte do artista NIGGAZ, que possuía um talento imensurável e veio a falecer em 2003 aos 21 anos. Sempre me motivou muito com suas atitudes e amizade.

6. Deus? Somatória geral do Eu, você, árvore, cachorro, gato, peixe, ave e leão. Água, fogo, vento e terra.

2. Sua maior realização profissional? Ter tido a oportunidade de conhecer outros países através da arte.

7. Drogas? São arriscadas novas possibilidades de ver o mundo, ou fugir dele. Ponto de fuga.

3. O que inspira?

A vida, natureza, São Paulo, cheiro de roupa limpa, cheiro de comida, pôr do sol, pessoas lindas e o amor.

4. O que te broxa? Inveja, bad vibe, corrupção, miséria, arrogância e delegacia. R.U.A. | RELAÇÕES URBANO ARTÍSTICAS

8. Delírios? Delírios e deleites. Delitos e devaneios. Sonhar todos os dias acordados, olhar nos olhos da cidade.

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Foto: RioEtc

1. Um acontecimento do passado que tenha influenciado na sua vida artística? Meu pai me levou para fazer minha primeira tatuagem aos 9 anos. 2. Sua maior realização profissional? Minha maior realização é poder fazer o que mais amo, fazendo meu dia a dia sem uma pressão imposta pelo mercado e sim por mim mesmo. 3. O que inspira? Tudo me inspira! Vejo tv, filmes, documentários, adoro quadrinhos e amo dar um rolê na Uruguaiana, ultimamente isso é o que mais tem me inspirado.

(Risos) Essa é boa, não sou de broxar! (Risos) Tento não me contaminar com coisas ruins, tenho um bom filtro, mas incompetência me irrita! 5. Perspectivas futuras? Fazer tudo que ainda não fiz. 6. Deus? Uma palavra. 7. Drogas? Influência e inspiração com moderação. 8. Delírios?

4. O que te broxa? R.U.A. | RELAÇÕES URBANO ARTÍSTICAS

Pintar um navio. 27

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ENIVO

TOZ

Foto: Leda Abuhab

1. Um acontecimento do passado que tenha influenciado na sua vida artística?

5. Perspectivas futuras? Viajar e produzir mais! Pintar cada vez em maior escala e mais consciente. Ver a linha do horizonte, encontro de céu e mar.

Vida e morte do artista NIGGAZ, que possuía um talento imensurável e veio a falecer em 2003 aos 21 anos. Sempre me motivou muito com suas atitudes e amizade.

6. Deus? Somatória geral do Eu, você, árvore, cachorro, gato, peixe, ave e leão. Água, fogo, vento e terra.

2. Sua maior realização profissional? Ter tido a oportunidade de conhecer outros países através da arte.

7. Drogas? São arriscadas novas possibilidades de ver o mundo, ou fugir dele. Ponto de fuga.

3. O que inspira?

A vida, natureza, São Paulo, cheiro de roupa limpa, cheiro de comida, pôr do sol, pessoas lindas e o amor.

4. O que te broxa? Inveja, bad vibe, corrupção, miséria, arrogância e delegacia. R.U.A. | RELAÇÕES URBANO ARTÍSTICAS

8. Delírios? Delírios e deleites. Delitos e devaneios. Sonhar todos os dias acordados, olhar nos olhos da cidade.

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Foto: RioEtc

1. Um acontecimento do passado que tenha influenciado na sua vida artística? Meu pai me levou para fazer minha primeira tatuagem aos 9 anos. 2. Sua maior realização profissional? Minha maior realização é poder fazer o que mais amo, fazendo meu dia a dia sem uma pressão imposta pelo mercado e sim por mim mesmo. 3. O que inspira? Tudo me inspira! Vejo tv, filmes, documentários, adoro quadrinhos e amo dar um rolê na Uruguaiana, ultimamente isso é o que mais tem me inspirado.

(Risos) Essa é boa, não sou de broxar! (Risos) Tento não me contaminar com coisas ruins, tenho um bom filtro, mas incompetência me irrita! 5. Perspectivas futuras? Fazer tudo que ainda não fiz. 6. Deus? Uma palavra. 7. Drogas? Influência e inspiração com moderação. 8. Delírios?

4. O que te broxa? R.U.A. | RELAÇÕES URBANO ARTÍSTICAS

Pintar um navio. 27

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BINHO RIBEIRO

Foto: Ivan Shupikov

1. Um acontecimento do passado que tenha influenciado na sua vida artística?

Chile Graffiti Tour 1996. Com Vitche, Os Gêmeos e Speto.

2. Sua maior realização profissional? Como artista: realização de uma pintura em Accra - Ghana na comunidade denominada Tabom, onde pintei o muro de contenção, onde escravos eram reunidos para serem enviados ao Brasil e que depois foram devolvidos para a Africa, no mesmo local onde existe a comunidade.

3. O que inspira?

Minha vivência, meu estilo de vida e admiração pela cultura de Graffiti original e segmentos da arte em geral.

4. O que te broxa? R.U.A. | RELAÇÕES URBANO ARTÍSTICAS

A ignorância de pessoas desinformadas ou preconceituosas. 5. Perspectivas futuras? Realizar mais projetos de inclusão e de resultados urbanístico impactantes, ocupar novas áreas como prédios e espaços inusitados. 6. Deus? Energia Criativa. 7. Drogas? Ponto de Vista. 8. Delírios? Decisões Equivocadas. 28

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CAPA

Nº3 • 2014 • R$19,90

EDITORA GRUPOECO


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