Capa
Sumario
O que é o fotojornalismo? O fotojornalismo é um ramo da fotografia onde a informação é clara e objetiva, através da imagem fotográfica, é imprescindível. Também pode ser considerada uma especialização do Jornalista. Através do fotojornalismo, a fotografia pode exibir toda a sua capacidade de transmitir informações. Essas informações são transmitidas pelo enquadramento escolhido pelo fotógrafo diante do fato. Nas comunicações impressas, como jornais e revistas, bem como pelos portais na internet, o endosso da informação através da fotografia é uma constante. Gênero A fotografia nos meios de comunicação é muito importante como uma fonte de informação. Atualmente, matérias jornalísticas destacam-se com a presença da fotografia. A fotografia em preto e branco publicada em jornais existe há mais de cem anos. Sendo uma das características do fotojornalismo. Embora, a fotografia colorida tenha ganhado espaço nessa categoria, no início dos anos 70 com as revistas semanais brasileiras. Alguns gêneros de fotografia jornalística podem ser destacados:
Fotografia social: Nesta categoria estão incluídas a fotografia política, de economia e negócios e as fotografias de fatos gerais dos acontecimentos da cidade, do Estado e do País, incluindo a fotografia de tragédia;
Fotografia esportiva: Nessa categoria, normalmente as informações de lances individuais influi na sua publicação;
Fotografia cultural: Este tipo de fotografia costuma chamar a atenção para a notícia antes de ser lida;
Fotografia policial: Categoria associada a imagens de combate, apreensão e/ou repressão policial, crimes e mortes. Este tipo de fotografia, muitas vezes, recebe destaque na sua publicação, provocando as mais variadas reações diante dos fatos.
Fotografias que marcaram historia.
Steve McCurry, fot贸grafo da National Geographic, autor da famosa foto de uma menina afeg茫 que foi capa da revista e reconhecida mundialmente.
Robert Capa, cujo nome verdadeiro era Endre Erno Friedman (22 de Outubro de 1913 - 25 de maio de 1954) foi um dos mais famosos fotógrafo de guerra, cobrindo os conflitos da primeira metade do século XX.
Martin Chambi, nascido no Peru, em 1891, foi o primeiro fotógrafo indígena na América Latina e sempre tentou registrar seu povo da maneira que parecia.
A vida de Richard Avedon (1923, Nova York) se cruzou com a fotografia em 1944, esse foi o pontapĂŠ inicial de sua carreira incrĂvel focada em moda.
Ansel Adams, americano, famoso por suas fotografias magistrais das paisagens nacionais do Oeste Americano, com tĂŠcnicas inovadoras e importantes.
Brassal foi um importante fotógrafo húngaro conhecido por seu trabalho em Paris, onde desenvolveu sua carreira.
Sebastião Salgado Ribeiro Júnior (8 de Fevereiro de 1944)é mundialmente conhecido por seu estilo único de fotografar. O brasileiro é um dos mais respeitados fotojornalistas atualmente.
A historia do fotojornalismo no mundo Os Daguerreótipos obtidos pelos irmãos Natterer em 1841, pretendiam retratar o centésimo aniversário de Joseph II, em Viena, foi então o primeiro registo rigoroso de um evento a ser divulgado. O tempo de exposição em apenas um segundo, levou as imagens a serem designados como Sekundebilder permitiu assim pela primeira vez o congelamento do movimento, o final do século XIX e início do século XX foi quando se detectou o aparecimento de películas cada vez mais sensíveis, isto permitia o registo da ação durante seu acontecimento, o que acabando assim por ser chamado de FOTOJORNALISMO. A ideia do fotojornalismo independente surgiu na França depois da Segunda Guerra Mundial. Formou-se assim uma agência de fotógrafos com um mesmo objetivo: ter liberdade de pauta, discutir os trabalhos realizados, aprofundar as reportagens e, sobretudo lutar pelos direitos autorais. Agência Cooperativa Magnum, fundada em 1947 em Paris, por quatro fotógrafos: Henri CartierBresson, Robert Capa, David Seymour e George Rodger. A criação dessa nova forma de agenciar imagens viria modificar toda a história do fotojornalismo no mundo. Breve historia do Fotojornalismo no Brasil Pela consciência de que a fotografia é um veículo próprio de comunicação, Augusto Malta é considerado um dos precursores do fotojornalismo no Brasil. Suas fotos, publicadas em revistas e jornais como Kósmos, Renascença, FonFon, A Noite e Ilustração Brasileira, documentavam a paisagem urbana e social do Rio de Janeiro, registrando de maneira espontânea cenas cotidianas e marcantes da cidade. Foi o fotógrafo oficial da Prefeitura, constituindo, na primeira metade do século XX um acervo de mais de 80 mil imagens, incluindo os registros da derrubada do Morro do Castelo e o crescimento vertical das construções da modernidade. Nas revistas ilustradas do início do século XX, texto e imagem já vinham articulados, porém nota-se a ausência de uma narrativa visual. Em 1935, com o lançamento da revista São Paulo a fotografia é introduzida em um novo projeto gráfico, com forte influência do construtivismo russo, as imagens vem acompanhadas com legendas e pequenos textos. Mas a grande mudança no cenário foto jornalístico brasileiro vem com o surgimento da revista O Cruzeiro, que foi criada em 1928, mas a partir de 1944, com a entrada de Jean Manzon, a revista começa a compartilhar os paradigmas editoriais das grandes revistas europeias e americanas, deixando de usar a fotografia como mera ilustração e elevando-a principal fonte de informação da matéria.
A partir daí a fotografia ganha força total nas grandes reportagens ilustradas. Páginas inteiras de fotos mescladas às legendas estabelecem um conceito de leitura por imagens, através de sequências narrativas, valorizam o repórter fotográfico que passa a ter espaço para criar ensaios muito mais elaborados que o simples registro documental. Nesse momento, a fotografia assumiu o papel de representante visual da nação, que neste período ainda era um gigante desconhecido, mesmo para os próprios brasileiros. Por meio das séries fotográficas de Pierre Verger, Jean Manzon, José Medeiros entre outros, documentando os costumes tradicionais da sociedade e alimentando o imaginário da identidade cultural brasileira, o Brasil e o mundo passaram a conhecer o Brasil.
No auge da Guerra Fria e aproveitando o crescimento do consumo das revistas semanais, surge, em 1952, a revista Manchete, criada por Adolpho Bloch. Em sua primeira edição a Manchete prometia ser “um espelho escrupuloso do mundo trepidante em que vivemos e da hora assombrosa que atravessamos”. Apesar da força do conceito, a revista torna-se uma espécie de porta voz do governo, sempre noticiando as conquistas políticas, econômicas e sociais, publicando, por exemplo, reportagens entusiasmadas sobre a construção de Brasília. Fotógrafos como Walter Firmo, Gervásio Batista, Claus Meyer, Humberto TDC, entre outros tiveram seu aprendizado nesse campo editorial fértil da revista Manchete. A Revista Realidade, nos anos 60 – quase 40 anos depois de vir a público pela primeira vez – é considerada uma experiência memorável no campo do fotojornalismo brasileiro, por trazer uma nova e surpreendente abordagem da fotografia. Inspirada na revista francesa Realité, pelas mãos de Carlos Civita, seguia uma linha editorial crítica e inventiva. Sua proposta inicial era ser uma publicação semanal, mas por resistência do grupo Abril, a ideia foi modificada e a revista era publicada mensalmente, por essa ser considerada uma opção economicamente mais viável. Segundo Walter Firmo, que trabalhou para a revista, esse foi o início de uma trajetória “de um incerto projeto que nem nome tinha, mas que quinze meses depois (...) seus repórteres se transformariam em um grupo, temido, invejado e laureado”. Seus profissionais trabalhavam com uma abordagem incomum dos fatos, por meio de uma latente capacidade e habilidade em mergulhar na ficção, sem jamais perder o humor. Seu primeiro exemplar, 1966, trouxe na capa uma foto de Pelé com um chapéu da guarda inglesa, o sucesso pode ser conferido pela tiragem de duzentos e cinquenta mil exemplares esgotados em poucos dias. Fonte: Fotografia no Brasil - Ângela Magalhães e Nadja Peregrino Fotografia: Evandro Teixeira
Coletânea de frases sobre fotografia.
“Fotografar é colocar na mesma mira a cabeça, o olho e o coração.” Henri Cartier Bresson.
“Minhas fotografias são um vetor entre o que acontece no mundo e as pessoas que não têm como presenciar o que acontece. Espero que a pessoa que entrar numa exposição minha não saia a mesma.” Sebastião Salgado. “Você não fotografa com sua máquina. Você fotografa com toda sua cultura.” Sebastião Salgado. “Se uma foto não está suficiente boa, é porque você não se aproximou o suficiente do fato” Robert Capa. “Enquanto o desenhista começa pelo centro da folha, o fotógrafo principia pela moldura.” J. Szarkowski. “A fotografia é uma lição de amor e ódio ao mesmo tempo. É uma metralhadora, mas também é o divã do analista. Uma interrogação e uma afirmação, um sim e um não ao mesmo tempo. Mas é, sobretudo um beijo muito cálido.” Henri Cartier-Bresson. “A gente olha e pensa: Quando aperto? Agora? Agora? Agora? Entende? A emoção vai subindo e, de repente, pronto. É como um orgasmo tem uma hora que explode. Ou temos o instante certo, ou o perdemos… e não podemos recomeçar…” Cartier Bresson.
“A câmera não faz diferença nenhuma. Todas elas gravam o que você está vendo. Mas você precisa VER.” Ernst Haas. “(…) já está no terreno de quem pensa que tudo o que não é fotografado é perdido, que é como se não tivesse existido, e que então para viver de verdade é preciso fotografar o mais que se possa, e para fotografar o mais que se possa é preciso: ou viver de um modo o mais fotografável possível, ou então considerar fotografáveis todos os momentos da própria vida. O primeiro caminho leva à estupidez. O segundo, à loucura.” Trecho do conto “A aventura de um fotógrafo”, de Ítalo Calvino.
Resumo da história de alguns fotojornalista.
Henri Cartier-Bresson
Largou a carreira de pintor quando ganhou a sua câmera fotográfica e hoje é considerado o pai do fotojornalismo moderno
James Nachtwey Pela revista Time, James Nachtwey ficou muito conhecido por alguns dos maiores conflitos do século XX
Steve McCurry Especializou-se em fotojornalismo e um de seus trabalhos mais conhecidos é a foto conhecida como “Garota Afegã”, tirada em 1984. McCurry foi um dos maiores colaboradores da revista National Geographic
Robert Capa Nascido em 1913 na Hungria, foi um famoso fotógrafo de guerra que cobriu grandes conflitos do século XX como a Guerra Civil Espanhola, onde fez a tocante foto “A morte do soldado legalista” em 1936, a Segunda Guerra Sino Japonesa e a Segunda Guerra Mundial. Uma de suas famosas frases é “Se suas fotos não são boas o suficiente, você não está perto o suficiente”.
Sebastião Salgado É um grande fotojornalista brasileiro reconhecido internacionalmente. As suas fotos têm características muito próprias, com uma premiada marca capaz de retratar contrastes sociais da realidade, motivando assim, a sensibilidade e o engajamento das pessoas para ajudar. Entre livros de sua autoria, destacamse “Outras Américas (1986), Trabalhadores (1993) e Terra (1997). Em setembro de 2000, com o apoio das Nações Unidas e do Unicef, Sebastião Salgado montou uma exposição com 90 retratos de crianças desalojadas.
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