REVISTA SEM FINS COMERCIAIS
EXPEDIENTE
REVISTA SEX N’ROLL DIREÇÃO DE ARTE: André Nominando DIAGRAMADORES: Alisson Matheus e André Nominando DESIGNERS: Alisson Matheus André Nominando Laíssa Oliveira Michael Douglas Paula Velozo PRODUÇÃO GRÁFICA: Alisson Matheus REDATORA: Paula Velozo COLUNISTA: Laíssa Oliveira IMPRESSÃO: Gráfica Nacional
EDITORIAL Nós da Sex n’ Roll, temos a honra de apresentar para você, leitor(a), seu novo guia de notícias e lazer. Todos os meses você irá encontrar dicas, novidades e curiosidades da atualidade sobre cinema, música, viagem, street art, moda, esporte, sexo e tecnologia. Toda nossa equipe se esforçou para garimpar as melhores informações sobre o que há de mais novo e diferente. A diversidade é a marca principal da nossa revista. Baseamo-nos na tese de que cada leitor é diferente e único, por isso, temos como nosso maior objetivo conseguir atender a todos os tipos de culturas sem fazer comparações ou exclusões, procurando destacar a importância e a influência das mesmas perante nossas matérias, com o intuito de fazer com que cada uma entenda um pouco mais sobre a sua própria cultura e as demais, gerando um vínculo de interesse maior no leitor sobre novas culturas e estilos. Essa é a nossa missão: oferecer nas bancas um produto sem igual no mercado. Nesta edição, buscamos o que há de mais novo no ramo da música, com destaque para a banda Bon Iver, que foi bastante aclamada no Grammy Awards. Na área de cinema, o destaque vai para o filme “Drive”. Em viagem, explicamos melhor para você sobre a Cultura Backpacker e toda sua ideologia. Na parte de tecnologia, ajudamos você a entender a diferença e os pontos positivos e negativos do Galaxy Tab e Ipad. A matéria principal foi feita para você, leitor, entender melhor do que se trata a Geração KY, de como surgiu à sua definição final. Na área de sexo, temos uma matéria com Laíssa Oliveira explicando de forma geral sobre o sexo e seus tabus, e dando dicas e conselhos do que fazer e de como se portar diante de tal assunto. Você verá também as principais tendências de moda da estação outono inverno que foram ditadas nas passarelas de Paris. Conhecerá a arte urbana de Edgar Müller com suas fascinantes pinturas em 3D, e irá conhecer um pouco mais sobre “Slackline”, um novo tipo de esporte. Aprecie, e sem moderação.
ÍNDICE 10 11 16 22
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CINEMA
Drive RYAN GOSLING É O HERÓI AMERICANO, COM DIREITO À VERSÃO MODERNA DA PALHA DE TRIGO NO CANTO DA BOCA.
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Você provou ser um herói de verdade e um ser humano de verdade”, diz a canção do College, “A Real Hero”, que encerra Drive, o filme que deu ao dinamarquês Nicolas Winding Refn (Bronson, O Guerreiro Silencioso) o prêmio de melhor diretor no Festival de Cannes. Herói, sem dúvida. Já ser humano... Ryan Gosling interpreta em Drive menos um “ser humano de verdade” do que um ideal de herói, um action figure no sentido mais literal do termo. Em inglês, drive não significa apenas dirigir, quer dizer também impulso, motivação. O personagem de Gosling é uma figura movida pela ação e o seu lugar de pertencimento, portanto, não seria outro senão aquele cinema que desde sempre gestou heróis que “fazem o que precisa ser feito”, o americano. Refn presta uma homenagem ao imaginário hollywoodiano da forma mais direta possível: elegendo um dublê como protagonista, uma garçonete de diner como donzela e um mafioso judeu como vilão. São não apenas emblemas do cinema americano,
como também se portam como tal: a donzela cria um filho sozinha, o mafioso coleciona facas e o dublê veste camisas e jaquetas de brim. Pra ser mais típico, o herói só precisaria da palha de trigo no canto da boca, como um John Wayne. Na falta da palha, o dublê se contenta com palitos de dente. E o seu cavalo é o do Ford Mustang. É um dublê sem nome, obviamente, como se exige de um Modelo de Herói. Na trama, entre trabalhos em Hollywood e em uma oficina mecânica, ele ocasionalmente serve de motorista de fuga para quem contratar seus serviços. Não questiona a encomenda, “faz o que precisa ser feito”. Mas quando decide ajudar o
marido (Oscar Isaac) da sua vizinha (Carey Mulligan) em um assalto suspeito, o dublê se envolve num esquema que foge à sua moral e ao seu controle. Drive é fetiche puro, enfim. Essa é a sua intenção e também a sua limitação. Dá facilmente para defendê-lo (Refn conseguiu criar um herói de presença e de impacto, e a Steady Clothing vai vender ajaqueta do escorpião como água) e dá também para recusálo (Quentin Tarantino e Robert Rodriguez fizeram homenagens iconográficas parecidas em À Prova de Morte e Machete de um jeito mais divertido e menos poser). Independente do julgamento, Drive merece ser visto. 05
VIAGEM
Cultura Backpacker UM NOVO CONCEITO DE LIBERDADE
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A Cultura Backpacker surgiu da necessidade do ser humano de buscar o novo, o inusitado, e explorar o desconhecido. Mergulhar em outras culturas, descobrir outros jeitos de viver, conhecer a si mesmo e livrar-se das limitações que colocamos em nossas vidas são apenas alguns motivos pelo qual a cultura de mochileiros teve iniciação. Uma tradução literal seria “cultura mochileira”. E é ótimo ser mochileiro! Mas esta ideia pode levar a interpretações equivocadas. A ideologia não se limita a 06
colocar uma mochila nas costas e sair por aí. Também não significa que se deva viajar, necessariamente, de mochila. Certamente não é a concepção da bagagem o xis da questão. A cultura backpacker e a filosofia viajante acreditam na responsabilidade de um cidadão do planeta: ecológica, pacifista, convicta nos direitos humanos – ainda que sem obrigação de levantar bandeiras. O importante é a consciência. Talvez utopicamente possamos acreditar em um mundo melhor – mas não como
uma delicada miss que sonha com a paz mundial após a leitura do Pequeno Príncipe. O viajante, como você, afinal, pode fazer algo. Pode viajar. Grande sacrifício, nós sabemos. Mas é sério. Viaje. Saia. Interaja. Conheça. Experimente. Compreenda. Quebre preconceitos. Supere seus limites. Expanda seus horizontes. E volte. Volte uma pessoa melhor. Mais sábia. Mais aberta. Mais pacifista. Mais produtiva. Mais saudável. Como deveria ser nossa sociedade. Muitos dizem que os pioneiros da arte de “andar sem rumo” foram escritores e artistas da Geração Beat, nascidos nos EUA nas décadas de 50 e 60, que não acreditavam em empregos comuns, lutavam para sobreviver e viajavam sempre que pudessem. Porém, desde que o homem é homem, o desconhecido nos fascina. No Brasil, essa cultura não é nem um pouco difundida, mas está crescendo lentamente. É fácil perceber como no Brasil isso é tão diferente apenas pela reação das pessoas ao ouvir que alguém viajou “de mochilão”. Muitos – muitos mesmo – brasileiros acham que mochilão é sinônimo de pobreza, de nômades sem o que comer
fazendo dreads e pulseirinhas, de albergues a la O Albergue (que, junto com Turistas, está no ranking de filmes mais deprimentes da história)… Enfim, uma visão totalmente distorcida da situação real de um mochileiro, do estilo de viajar e da diferença entre pagar uma companhia e viajar por conta própria.
HOTEL X HOSTEL Não, um albergue não é um pulgueiro – não se você se informar antes. Na maioria das vezes o mochileiro opta por viajar com menos “mordomias” pela experiência, não porque tem poucos recursos financeiros. Num hotel, você nunca vai conhecer os outros viajantes, já no hostel (como são chamados os albergues) isso acontece todo o tempo. Com um pacote, você nunca vai conhecer a cultura de um país, só seus pontos turísticos e os restaurantes afiliados. Vai conversar com meia dúzia de nativos, chutando alto. São milhares de diferenças que fazem as pessoas optarem por este método alternativo (no Brasil ainda é classificado desta maneira) de viajar . É claro que milhares de imprevistos podem acontecer, mas no fim se tornam boas histórias para contar. Bagagem que você só vai conseguir se fizer esse tipo de viagem. O grande dilema do Século XXI quando o assunto é turismo é “conforto + comodismo”. Locais com poucos recursos hídricos, por exemplo, não podem ter dezenas de pousadas com piscina. Porto de Galinhas é um bom exemplo dessa realidade. Não há água potável e nem rede de esgoto. Mas há dezenas de pousadas de luxo e todas com piscinas monumen-
tais, muitas delas de frente para o mar e a poucos metros das piscinas naturais. Portanto achamos que a preocupação com esse tipo de assunto deve ser uma constante O que chamo de viajar não tem muiquando se busca por uma viagem to a ver com viagens de férias. Tamao “ Estilo Mochile- pouco significa necessariamente iro”. O “Ecoturismo” desbravar terras virgens. [...] Viajar é organizado por isto: deslocar-se para um lugar onde grandes operadoras nada tem a ver possamos descobrir que há, em nós, com a cultura back- algo que não conhecíamos até então. packer e também não tem nada de Contardo Calligaris “eco”. Antes de colocar a mochila nas costas, e melhor tê-la na mente e saber que esse tipo de viagem é você quem faz. Turismo Mochileiro feito por agências de turismo
emissivo e operadoras é uma farsa e não é reconhecido como tal em nenhum lugar do mundo. Mochileiros não viajam de pacote. Antes de qualquer coisa, o mochileiro é uma viajante independente. Quando você abre mão da comodidade e ver o mundo do jeito que ele é, você está fazendo disso uma
prática sustentável. Se essa prática for desenvolvida de forma consciente como mercado, em localidades onde o turismo pode fazer a diferença, não estaremos apenas praticando o hedonismo, mas sim, fazendo com que locais possam se desenvolver de fato. Você, mochileiro, estará fazendo a diferença! 07
TECNOLOGY
Briga de Titãs NESTE CASO, GOLIAS LEVOU A MELHOR
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Antes de tomar uma decisão de compra entre o iPad 2 e o Galaxy Tab, a primeira coisa que você deve se perguntar é: pra que mesmo eu quero um tablet? Depois de responder esta pergunta você estará mais bem preparado para entender cada ponto destes dois fantásticos dispositivos e decidir qual deles cumprirá melhor com as suas tarefas. Tela: Essa é a primeira diferença entre os dois gadgets. O Galaxy Tab tem uma tela de 7 polegadas, com resolução de 1024x600. Já o iPad, possui uma tela de 9.7 polegadas com resolução de 1024x768. Pontos para o iPad. Design: O iPad apresenta o clássico desenho minimalista e simples, com grande tela na frente, bordas arredondadas e ângulos inclinados na parte de trás. 08
Teclado: Aí está um ponto negativo do Tab. O excelente teclado utilizado nos celulares não funciona tão bem no Tab. O motivo é simples: uma única mão para deslizar de um lado a outro em uma tela de 7 polegadas é algo bem complicado, e ao usar as duas mãos você vai acabar fazendo vários erros de digitação. A melhor solução por hora, embora ainda longe de ser satisfatória, é o QWERTY nativo da Samsung. Enquanto isto a Apple repete a fórmula de sucesso do teclado touchscreen do iPhone e iPod Touch. Se digitar no iPhone já não era problema, escrever no iPad é uma tarefa bem mais agradável e fácil do que você pode imaginar, graças ao tamanho, a interface intuitiva, e a todos os recursos e facilidades que alguém poderia pensar para um teclado virtual. Pontos para o iPad.
O acabamento é impecável, a tela conta com revestimento “anti-gordura” e é bem fácil de lim- Depois de responder esta pergunta par, sem falar que você estará mais bem preparado todas as partes são sólidas e resistentes, para entender cada ponto destes inclusive a traseira em dois fantásticos dispositivos e dealumínio. Um prob- cidir qual deles cumprirá melhor lema é seu peso, que com as suas tarefas. chega a 730g. Já o Tab é todo em plástico, embora ele conte com um bom acabamento, o material barato deixa muito a desejar em relação ao alumínio do seu concorrente. A parte traseira na cor branca ganha marcas e arranhões com facili- Camera: Neste quesito o dade, portanto o uso de um case é Galaxy Tab vence de goleada, pois recomendável. Embora pareça ser possui duas câmeras, a principal mais grosso do que o iPad, o tablet fica na parte de trás e conta com da Samsung é um milímetro mais 3.2 megapixels (2048x1536), foco fino, além de ser muito mais leve, automático e um flash LED que pesando 380 gramas. não é lá muito eficiente. A câmera
frontal de 1.3 megapixels para chamadas em vídeo é uma verdadeira mão na roda. Quanto ao iPad, bem... ele não possui câmera. Mas, isso já foi resolvido no iPad 3 que estará brevemente nas lojas. Aplicativos: Os usuários do iPad podem até reclamar que a Apple censura aplicativos, mas elogiam a inteligência da AppStore, que é a “única” alternativa, mas pelo menos funciona. Para aqueles que optarem pelo Tab, o Android Market pode ainda deixar a desejar, mas o seu potencial é muito grande. No final, ambos estão bem servidos, e a escolha depende do gosto de cada pessoa. Preço: Fazendo uma ráp-
ida pesquisa vamos ter diferentes situações que dependem de onde você vai comprar e como. Pacotes de operadoras fazem o preço cair muito, mas o saldo final do mês concluímos que o melhor, a principio é comprar desbloqueado, neste caso o iPad tende a ser mais barato, mas como estamos falando de valores entre R$ 1.400 e R$ 2.700 (dependendo da loja e versão) não são poucos reais que vão influenciar sua compra. E o vencedor é: Embora as diferenças entre Galaxy Tab e iPad sejam muito maiores que as do Galaxy S em relação ao iPhone 4, novamente a questão se resume a gosto, circunstância e religião. Se
você já usa iPhone, iPod ou iMacs e MacBooks dificilmente será completamente feliz com outro tablet que não um iPad, um tablet que surpreende a todos pela sua facilidade de uso. Mas se este não for o seu caso, o Galaxy Tab é a melhor opção, mesmo que não aproveite todo o seu potencial. Não queremos ficar em cima do muro, mas a resposta depende muito do tipo de usuário. Ou seja, ambos tem suas qualidades e alguns defeitos. Cabe ao consumidor decidir qual será sua compra. Se segue a ‘religião Apple’, e todo o status que a marca carrega com ela. Ou, se parte para o ‘diferente’ ou ‘antiApple’ optando pelo Galaxi Tab. 09
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INFOGRテ:ICO
SEX N’ROLL
Geração KY A EVOLUÇÃO DAS GERAÇÕES
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Um salve ao mundo dos esclarecidos! Um salve a minoria da sociedade que é os frutos da geração Y e que hoje, se encontra na geração Z. Mas o que raios são estas gerações? O que elas representam nesta história social e antropológica de humanos que cada vez mais se renovam, cada vez mais abrem novos caminhos, mesmo não sabendo muito bem onde eles vão chegar. Se ligue: Você é parte de algumas destas gerações, saiba onde você se encontra. Agora, falando em conceitos e origens, as gerações foram nomeadas por letras, e estas letras vem em ordem alfabética, que indica a “evolução” dos seres. A geração Y é também chamada geração do milénio ou geração da Internet, é um conceito em Sociologia que se refere, segundo alguns autores, à corte dos nascidos após 1980 e, segundo outros, de meados da década de 1970 até
meados da década de 1990, sendo sucedida pela geração Z. Essa geração desenvolveu-se numa época de grandes avanços tecnológicos e prosperidade econômica. A geração Z para definir geração de pessoas nascidas desde a segunda metade da década de 90 até os dias de hoje. A teoria mais aceita por estudiosos é que essa geração surgiu como concepção sucessora no final de 1982 (começo do Echo Boom), aceita internacionalmente e adotada entre 1993 a 1995. Ou seja, geração que corresponde à idealização e nascimento da World Wide Web, criada em 1990 por Tim Berners-Lee (nascidos a partir de 1991) e no “boom” na criação de aparelhos tecnológicos (nascidos entre o fim de 1993 a 2010). A grande nuance dessa geração é zapear, tendo várias opções, entre canais de televisão, internet, vídeo game, telefone e mp3 players. Depois desse blá blá blá conceitual, que só pra dar aque-
la situada, percebemos que hoje, neste ano de 2012, a bola da vez é a galera que nasceu no período dentre as gerações Y e Z. Esses períodos de transições, descobertas e novas tendências, provocaram o não mascaramento de outras. Assumir sua opção sexual perante a sociedade era motivo de grandes problemas. Desde a falta de apoio da família, mortes, confusões, e a própria exclusão do indivíduo do meio social eram consequências muito recorrentes e completamente aceitas pelos demais. O termo “Don’t ask, don’t tell” ilustra esse assunto, onde pessoas do exército dos Estados Unidos eram impedidas de expressarem sobre serem homossexuais ou bissexuais. Ao longo do dos anos (do período do ano 2000 até hoje), conflitos e questionamentos envolviam grupos divergentes do heterosexualismo, fazendo-os pen-
SEX N’ROLL sar o por que de eles não poderem expressar abertamente sua opção, e mostrarem toda sua independência sendo o que são. Daí vem o grande “boom” da geração KY. A brincadeira do trocadinho com o produto usado no momento da relação sexual, faz a ligação direta do por que da geração ganhar esse nome. A origem do termo não se sabe, mas, a galera aqui da Sex N’Roll achou todo o sentido nisso. Falam também que essa geração em questão é aquela que não gosta de lutar muito por direitos, que é acomodada com as questões impostas, afinal, depois de tantas revoluções musicais, tecnológicas, políticas e sociais, vê se que alguns jovens não fazem questão de algumas coisas. Mas nessa matéria, vamos saber de pessoas que mudaram suas vidas completamente, por que não aguentaram mais viver na escuridão dos “certos”. Nenhum deles hoje está pedindo pra que os demais gostem ou aceitem totalmente o fato deles se relacionarem com pessoas do mesmo sexo. O que eles pedem é que respeitem a opção deles e que não os diferenciem, afinal, são homens e mulheres que trabalham e lutam, matando um leão por dia e tentando nesse meio tempo, serem felizes. Abaixo, algumas histórias de pessoas que nasceram esse tipo de amor “colorido”, a geração KY. 12
Quer entender bem o que eu sentia antes de me assumir gay? Entao tá, imagina que você vive em um quarto de mais ou menos 3m², sem portas ou janelas , só há uma abertura pela qual você recebe, ao invés de comida e água, drogas de vários tipos. Do lado de fora tem uma criatura que faz muito barulho e, por medo de enfrentá-la, você acaba ficando dentro desse espaco restrito. Não, não é exagero meu! Um homossexual que vive no “armário“ se sente assim, sufocado, no escuro, confuso e anestesiado, com medo de sair, se expor e ser atacado por alguma fera irracional! Seu corpo tem fome e cede de algo que ele não pode comer ou mesmo de algo que ele não conhece. O primeiro passo para sair do armário foi me aceitar como sou. Eu descobri que ser gay nao é doença (é um absurdo isso, eu sei, mas eu sempre aprendi o contrário), que um relacionamento homossexual nao é simplesmente feito de sexo, existe também carinho, amor e cumplicidade como em qualquer casal hétero que se ama. Tomar coragem e contar pra alguém nao é fácil, mas é necessário. Comecei contando para amigos mais próximos e depois para parentes. Esperava sempre uma reação negativa de todos. Eu geralmente dizia algo do tipo “sei que é difícil pra você e se não quiser mais falar comigo eu vou entender“. O que mais me surpreendeu é que as pessoas não reagiram com a mesma agressividade que tratavam o tema homoxessualidade. De alguma forma o amor que eles sentiam por mim fez o preconceito ficar de lado. Minha mãe é minha heroína. Mesmo sendo católica e pernambucana (eu também sou nordestino e sei como o tema é tratado por essas bandas) ela me disse, quando eu contei pra ela que era gay, algo que para mim foi muito importante: “Não vou dar pulos de alegria agora, mas você é e nunca vai deixar de ser meu filho. Eu te amo do jeito que você é“. Ela me disse que estava mais preocupada com o preconceito da sociedade do que com o fato de eu ser gay. No momento estou morando na Alemanha, o preconceito contra gays aqui é expressivamente menor do que no Brasil. É uma pena que eu tenha mais liberdade de caminhar pelas ruas de um país estranho do que em meu próprio país, mas essa é a realidade. Nada melhor do que ser eu mesmo em qualquer hora e lugar. Assumir-se representa o fim de todas as perguntas inconveninentes que nunca tem resposta, “cadê a namorada?“,“e aí?! Tá pegando quantas loiras na Alemanha?“, “as mulheres daí sao gostosas/safadas/putas?“. Aff! Uó! Um conselho para quem está pensando em sair do armário: “Se joga, bee!“
Foto: Thiago Santos
Bem, minha vida antes de assumir que sou gay era muito vazia. Vivia fazendo as coisas escondido, não saia para muitos lugares com medo de ser reconhecido. Eu posso falar que eu era um patinho feio tanto na escola como também na família, todos debochando e falando pelas minhas costas! Quando resolvi me assumir tudo mudou, hoje eu digo que a minha vida se iniciou depois de assumir, no inicio foi um grande choque para todos os familiares principalmente para o meu pai que chorou e disse não acreditar no que estava escutando. Minha vida nesse momento, chegou no lugar que eu tanto almejava, que eu tanto sonhava, quando passei por todas as dificuldades no inicio. Hoje, tenho uma relação maravilhosa com meus familiares e principalmente com meus pais. Hoje trabalho na noite como dj em boates gays e tenho o total apoio do meu pai que é a quem devo tudo isso”. Júnior Macêdo
O início da adolescência que foi difícil (por volta dos 11 anos). Acho que foi a pior fase da minha vida até hoje. Depois de diversas separações, meus pais separaram-se de vez. Além disso, é nessa fase que nossos interesses mudam e a personalidade começa a se formar. Troquei de colégio, pra uma turma maior, e a timidez foi inevitável. Tive muita dificuldade de fazer amigos nesse colégio, e até meus 14 anos sofri demais. Sentia-me mal comigo mesmo, não conseguia ter amigos e tudo por conta da inadequação. Fora a terrível dúvida: Eu gosto de meninas ou de meninos?
“Assumir-me gay foi uma libertação de toda aquela hipocrisia de mesmo sabendo que era gay ainda perguntavam “cadê a namorada?”, no colégio o bullying é coisa corriqueira para a maioria dos homossexuais e comigo não foi diferente, até o momento que eu cheguei para dar um basta nisso tudo e não por mérito meu, já que morria de medo que aqueles que tinham como amigos se afastassem de mim. Minha mãe sempre foi àquela base segura que sempre me apoiou e protegeu de tudo que tentasse me atingir, seja em casa ou na rua. Hoje em dia as coisas estão diferentes já que posso ficar de consciência tranquila ao trazer um amigo em casa, pedir carona para ir a uma balada e até mesmo trazer meu namorado para dormir na minha casa. Minha família (pai, mãe e irmão) são pessoas que dividem comigo tudo!” Carlos R. Roma
Eduardo de Andrade 13
MÚSICA
Bon Iver
O INVERNO DO ROCK ALTERNATIVO
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Antigamente, antes da internet, a gente se deparava com uma dica na ‘Revista Bizz’, uma música na ‘Fluminense FM’, mais tarde uma nota no Dapieve do ‘O Globo’, ou mesmo aquela dica do amigo roqueiro no bar, na praia, sobre uma banda nova que ele não parava de escutar e você também iria adorar, ‘é a tua cara’, dizia o amigo. Hoje em dia, você liga o computador e se depara com um vídeo despretensioso no ‘facebook’, postado por Vídeo lindíssimo, gravado na fria aquela amiga que de uns sons Islândia com aquelas paisagens de gosta diferentes, meio inposter de agência de viagens, uma dies. Você fica meio criança ‘fofinha’ no meio daquela desconfiado, ‘será paisagem devastadora de bela e que eu vou curtir?’, mas clica mesmo selvagem, isso tudo é o Bon Iver assim...resultado:um grande vídeo, com uma banda nova que faz aquele som indie-folk-rock simples que você tanto aprecia hoje, no meio de tantas bandas pretensiosas. Pois bem, tudo emoldurado por um vídeo lindíssimo, gravado na fria Islândia com aquelas paisagens de poster de agência de viagens, uma criança ‘fofinha’ no meio daquela paisagem devas14
tadora de bela e selvagem, com aquela música maravilhosa de canto em falsete, violões, baixo vibrante, cama de ‘piano’ para deitar, fechar os olhos e viajar... e refrescar este verão achapante. Isso tudo é o BON IVER (das palavras francesas “bon” e “hiver”, que significa “bom inverno”), no vídeo da música “Holocene”, que você vê em: http://migre.me/8glYE Trata-se de uma banda folk norte-americana liderada e fundada por Justin Vernon no ano de 2007, em Eau Claire, Wisconsin. Lançou um álbum em 2008 intitulado “For Emma, Forever Ago- Bon Iver”, e um EP (Blood Bank EP). Justin Vernon é secundado por Sean Carey (drums, vocals, piano), Michael Noyce (vocals, baritone guitar, guitar) e Matthew McCaughan (bass, drums, vocals). Noyce foi aluno de guitarra de Vernon durante o “high school”. Eu escutei de uma só vez o segundo disco, de mesmo nome da banda que lembra o SIGUR ROS, o ARCADE FIRE e até o mesmo o velho e bom grupo folkro c k
CROSBY, STILLS, NASH & YOUNG. Não consegui esquecer as músicas, escutando de novo no mesmo dia, percebendo coisas diferentes, climas di-
versos e sentimentos idem. É um som para se escutar nos fones de ouvido, contemplando a natureza, ou de olhos fechados... inspirador, lírico e interessante demais, especialmente as harmonias vocais da banda em um mix de indie rock, folk e até de música eletrônica. Por causa do extenso uso de harmonias vocais no primeiro disco “For Emma, Forever Ago Bon Iver”, Vernon considerou que não teria vozes suficientes para duplicar o som das canções do álbum ao vivo. Para compensar este problema a banda distribuiu, em apresentações recentes, letras das músicas para o público cantar junto. Vernon descreveu este dilema: “Eu não quero ser o cara com um violão cantando músicas acústicas, porque isso é chato para a maior parte das pessoas. A música realmente precisa 80-500 pessoas cantando ou seja qual for a
vibe do ambiente, ele precisa dessa luta”. O primeiro álbum da banda foi recebido com interesse pela crítica americana, apesar da forte crítica ao modo como são cantadas as letras das músicas que, segundo as exageradas críticas, chegam ao limiar do imperceptível. Contudo, músicas do álbum chegaram a ser executadas em cenas de séries como Dr. House, Grey’s Anatomy e Chuck. “For Emma, Forever Ago - Bon Iver” foi lançado em 2008 pela editora Virgin Records. O álbum nasceu de um período de isolamento de Justin Vernon, que se fechou durante meses num local remoto do estado americano do Winsconsin. O álbum foi produzido por Justin Vernon, inteiramente na sua cabana de retiro, compondo sozinho o álbum completo.
Bon Iver tocou no Lollapalooza 2009 e também participou do Austin City Limits Music Festival, Bonnaroo, Glastonbury, Øyafestivalen, Way Out West and Sasquatch!, dentre outros. Em 2011, o BON IVER retornou com um disco com o mesmo nome da banda e que chega a ser tão bom quanto “For Emma, forever ago - Bon Iver”. Descrito como ambicioso, “Bon Iver - Bon Iver”, tem músicas como “Perth”, “Holocene”, “Minnesota”, “WI” e “Calgary” que são cativantes logo na primeira vez que se escuta. A maioria das faixas possui elementos diversos do folk, do indie e até da música eletrônica. Entre pontos altos e bios, onde só se ouve o bom e velho instrumento de corda seguido do fabuloso falsete de Justin Vernon, as músicas desenrolam-se suaves. 15
SEX TIME
Sex Time
É HORA DE SE CONHECER
O
Olá, meus amores. Nesta primeira edição da Sex N’Roll, fiquei na parte mais hot da revista: O Sexo. Fizemos um top 3 dos assuntos mais comentados da revista, mas não se preocupe, no blog da Sex N’Roll [ www.revistasexnroll.wordpress.com ] você vai ter acesso a mais informações. Vamos tentar tirar suas dúvidas ou fazer você se divertir um pouco. Vamos começar?
PRIMEIRO, ANTES DE QUALQUER COISA: PREVENÇÃO...
Laíssa Oliveira: Falante, curiosa, travestida e interessadíssima no assunto sexo. 16
Não é só de evitar filhos que a camisinha (aquele material belíssimo e super fácil de usar) é feita. Doenças sexualmente transmissíveis (que são muitas) estão por aí a solta, então, por favor, ponha a mão na consciência (an-
tes de pôr em outro lugar), por que ninguém merece contrair esse tipo de coisa por aí. Também tem a questão de ser pai e mãe precoce, e ter um bebê enquanto você ainda é um bebê. Anticoncepcionais de todas as formas e DIUs estão aí dando sopa pra você, garota, agarra e usa, mas tudo isso com um acompanhamento da sua ginecologista. Já a pílula do dia seguinte, é pras esquecidinhas que trelaram sem proteção. Mas, use com moderação, pílula não é tic-tac.
VAMOS COMEÇAR?
Fazendo uma pesquisa rapidinha, percebi que algumas dúvidas que não são esclarecidas pela falta de (ou preguiça de catar) informação ainda rolam, então, vamos fazer um bate bola jogo rápido, e tentar desmistificar algumas
MASTURBAÇÃO FEMININA
Começando com as meninas. Hoje, muitas perguntas sobre pontos de prazer e como chegar ao orgasmo são, quase 100%, devidos à falta de conhecimento da própria garota com seu corpo. Algumas acham nojento, errado e até pecado... mas gata, pecado é você nem saber onde você pode ser estimulada, ai na hora H, puff , não sabe nem por onde começar. A recomendação não é que você saia enfiando a mão em tudo que é canto, o negócio é você saber que seu corpo funciona como um mapa, e que, certos pontos, atribuídos a outros, podem gerar uma maravilhosa sensação na hora da transa. Muita menina nem sabe o que realmente o orgasmo em si. No banho, sozinha, sem fazer nada em casa, passa a mão por aqui, por ali, e veja aquelas partes que tem mais sensibilidade. Se aquilo está ali é para ser usado. Não tenha medo nem vergonha do seu corpo ou de tocar nele. Tomem como exemplo os meninos, que sabem exatamente o ritmo e frequência das coisas na hora certa. Afinal, a prática deles é mais constante (rs).
POSIÇÕES NA HORA DO SEXO O kama sutra é uma grande enciclopédia sexual, o livro contem acrobacias e posições que levam o casal a perdição na hora da transa. Mas calma aí Daianne dos Santos e Diego Hyppolito, sejam moderados, só façam aquilo que está ao alcance de vocês. Casos bizarros de posições mal sucedidas estão por aí pelos hospitais e clinicas desse meu Brasil.
Então, vejam quais são as posições que mais estimulam e que são confortáveis para ambos. Nada que dói é bom. Não force o que você está vendo que não vai dar certo. O sexo é um momento de prazer, pra relaxar, e não pra se contundir ou ter um espasmo. E pra os curiosos, tem o livro Kama Sutra em pdf, logo, nootbook, pc, iphone, celulares em geral podem obter o arquivo, é só colocar em prática. E para os mais filosóficos, o livro contém texto que tratam a questão sexo com muito cuidado e com explicações ótimas. Classificações e dicas para o casal sobre relacionamento sexual existem lá também.
BRINQUEDOS SAFADINHOS, BEBÊ!
Para aqueles momentos sozinhos, ou aqueles que você e seu parceiro (a) querem mudar um pouco a rotina, alguns apetrechos super legais e de preços variados estão aí para lhe proporcionar momentos bem massas. Fantasia, vibradores, bolinhas eróticas, produtos, óleos, jogos, enfim, uma infinidade de coisas bem diferentes pra você. Aposto que você passou por várias sex shops e nem reparou. E juro que pra quem não foi, ir pela primeira vez é bem divertido.
ORGASMOS MÚLTIPLOS
Algumas mulheres se diferenciam das outras nessa ‘questão’ quando se trata desse assunto de orgasmos múltiplos. Algumas mulheres nascem com essa característica de serem multiorgasmicas, e gozarem várias vezes, em um tempo muito curto. Isso é normalíssimo, e tem mulheres que adoram ser desse jeito.
BOLINHAS DE POMPOAR Meninas eu acho que esse assunto tem muito haver com a matéria de hoje. Essas bolinhas são ótimas e ajudam muito aquelas que querem aprender a arte do pompoarismo. Dando uma explicação formal: “O pompoarismo é uma antiga técnica oriental, derivada do tantra, que consiste na contração e relaxamento dos músculos circunvaginais, buscando como resultado o prazer sexual.” Tipo, você vai aprender a ter controle vaginal, é a contração e o relaxamento. Saca os exercícios: CHUPITAR - “sugar” e “mamar” o pênis com a vagina. ESTRANGULAR - apertar o pescoço da glande com um dos anéis vaginais. EXPELIR - forçar para fora o corpo do pênis, ficando somente a glande no interior da vagina. ORDENHAR - massagear o pênis de maneira ordenada, utilizando os anéis vaginais. SUGAR - introduzir somente a glande peniana na mulher, que tentará após isso sugar com a vagina o corpo do pênis. TORCER - apertar e torcer o pênis com os anéis vaginais. TRAVAR - contrair a vagina de modo a impedir a saída do pênis. Estes exercícios fazem parte do livro “Exercícios de Kegel”, quem quiser saber, vai atrás e arrasa. BEIJOS E ATÉ A PRÓXIMA! 17
MODA
Tendências Outono/Inverno 2012 AS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS LANÇADAS DURANTE A SEMANA DE MODA DE PARIS.
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Entre os aguardados desfiles e lançamentos que movimentam o calendário fashion já no início do ano, já se propagam as críticas e análises daquelas que podem ser as grandes tendências para as próximas temporadas. E na Semana de Moda, em Paris, não foi diferente! Após as grandes apresentações dos nomes mais influentes na moda, listamos para você as apostas femininas e masculinas que se destacaram nas passarelas:
MODA FEMININA: • Mix de texturas: Marc Jacobs, Anna Sui, entre outros, destacaram bem o mix de misturas e diferentes superfícies em suas coleções. Looks compostos por aplicações e bordados com cotas, o paetê continua em alta, as plumas chegam contando também com junção de materiais como as peles e couro combinadas à bustos trabalhados com brilhos e transparências. 18
• Pele, couro, veludo e rendas: foram materiais bem constantes nas coleções de Mi-
chael Kors, Dennis Basso, Anna Sui e Carlos Miele. Além dos clássicos lãs, tweeds, sedas e acetinados. A presença desses tecidos mais refinados foi o que garantiu o glamour e personalidade às produções. Quando o assunto é moda inverno, a pele – seja ela natural ou sintética – volta com todo o peso de sempre, dessa vez chegando em detalhes como golas e punhos, ou peças inteiras como casacos, sobretudos e estolas. Já o látex, visto muitas vezes como tecido de apelo sensual, tem suas aplicações nas saias, jaquetas e calças, como foi destaque nas propostas da Diesel Black Gold e da Proenza Schouler. O veludos também marcou presença constante em calças e paletós estilo anos 70’s, como na coleção da grife Tommy Hilfiger. Fazendo a linha romântica, as
MODA MASCULINA: • Gola alta: Garantindo o conforto térmico para os homens, as blusas em malhas e cashmeres justos ao corpo chegam com tudo nessa temporada. A gola alta é uma presença constante, estilo role, arrematando o visual característico dessas peças dando um ar mais charmoso ao look. A Hermès investiu nos modelos mais sofisticados trabalhados em tricô com pinceladas nas cores como o azul e o laranja ajudam a quebrar a monotonia. • Xadrez: Típico das estações frias, o xadrez volta com grande peso na moda masculina do inverno 2012. Destacando-se em tons frios e discretos como nuances de marrom, cinza e verde, foram utilizados por Balenciaga, Balmain e Maison Martin Magriela, se destacando especialmente em camisas e calças; o desfile da grife Kenzo apostou em paletós e ternos com a estampa xadrez. rendas segue entre as tendências para o inverno 2012, presentes em vestidos e valorizando peças mais delicadas como as que foram lançadas por Anna Sui. • Saias (mini, midi ou maxi): dividindo as atenções das calças nas passarelas, as saias chegam garantindo seus lugares em praticamente todas as coleções, variando em vários tipos de comprimentos. As minis – com um toque mais jovial – destacam-se, por exemplo na DKNY. É uma tendência que se destaca e dá um toque mais feminino em meio às outras trends da temporada. Com apelos vintages, são trabalhadas em modelos plissados, cortes retos, lápis e justos. As opções midi e maxi foram bastantes evidenciadas nos lançamentos da Vera Wang, Carolina Herrera, Rodarte, entre outros.
• Looks monocromáticos: Apostando na estética minimalista, as combinações monocromáticas – em geral em tons sóbrios – mostraram-se freqüentes nas passarelas da Semana de Moda Masculina de Paris. Com foco em tonalidades únicas e dispensando coordenadas demasiadamente elaboradas, destacam-se os designers Rock Owens, Givenchy e Jean Paul Galtier da marca Dior Homme.
• Sobreposições: Uma tendência que se destacou por servir tanto para produções mais clássicas e looks casuais, o jogo de sobreposições entre: camisas, moletons, cashmeres, casacos, paletós e sobretudos, chegam como um forte aliado dos homens; podendo fazer um jogo de misturas entre texturas e diferentes estilos na hora de compor seus visuais. Kenzo apostou em paletós e ternos com a estampa xadrez. 19
ARTE
Street Art EDGAR MÜLLER E SUA ARTE DE RUA
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Edgar Müller nasceu em 10 de julho de 1968 em Mülheim, oeste da Alemanha, e cresceu em Straelen, cidade próxima a Düsseldorf. Mesmo jovem Edgar já era fascinado pela pintura, começando logo cedo a mostrar seu talento artístico. Estudou na cidade vizinha de Geldern, onde há 30 anos acontece anualmente um famoso concurso de pintores de rua. Inspirado nos antigos trabalhos que fez na escola, Edgar participa pela primeira vez do evento com apenas 16 anos. Após 3 anos consegue o primeiro prêmio, com a cópia de uma pintura de Caravaggio, tendo com isso seu espaço garantido em diversos concursos internacionais do gênero. Nos anos que se seguiram, ele entrou em muitas outras competições internacionais. Desde 1998, Edgar Müller manteve o título de “maestro madonnari” (mestre pintor de rua), concedido por apenas alguns poucos artistas no mundo inteiro. O título é concebido no maior festival de rua do mundo pintura, The Grazie Festival, que é realizado na cidade do pequeno 20
peregrino Grazie na Itália. Com cerca de 25 anos de idade, Müller decidiu dedicar-se totalmente à pintura de rua. Ele viajou por toda a Europa, tornando a vida com sua arte transitória. Ele ministrou oficinas em escolas e foi co-organizador e membro da comissão de diversas festas de pintura em rua. Müller criou o primeiro (e até agora único) conselho Internet para pintores de rua na Alemanha - um fórum destinado a promover a solidariedade entre o alemão e pintores de rua internacional. Edgar Müller abriu um estúdio na rua. Ele apresenta as pessoas com as grandes obras
Edgar Müller manteve o título de “maestro madonnari” (mestre pintor de rua), concedido por apenas alguns poucos artistas no mundo inteiro.
de mestres antigos, tirando suas cópias perfeitas aos pés dos observadores. Müller convida o público a compartilhar seu fascínio pela arte antiga, ajudando-os a ganhar uma compreensão profunda de vista. Apesar de frequentar vários cursos com artistas conhecidos e estudos abrangentes na área do design de comunicação, Edgar é, na verdade um autodidata. Ele está sempre procurando novas formas através das quais se expressar. Inspirado em pinturas tridimensionais ilusionarias (especialmente pelas obras de Kurt Wenner e Julian Beever). Ele está agora buscando esta nova forma de arte e criando seu próprio estilo. Por causa de sua terra na pintura tradicional e comunicação moderna, Müller usa uma linguagem mais simples e gráfica para sua arte. Ele pinta sobre grandes áreas da vida pública urbana e dá-lhes uma nova aparência, assim, desafiar as percepções das pessoas que passam observando-as, fazendo com que o observador se torne parte do novo cenário oferecido. A arte extraordinária de Edgar Müller foi amplamente reconhecida em mídia impressa e digital. 21
ESPORTE
Slackline
CONHEÇA MAIS SOBRE ESSE ESPORTE!
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Já imaginou andando por uma corda bamba? Parece um quanto tanto estranho, sendo que para muitos, andar na corda bamba é um estilo de vida, um esporte, que trabalha muito com o equilíbrio dos participantes, hoje em 22
nossa matéria, falaremos um pouco mais sobre esse esporte que está ganhando milhares de seguidores por onde é apresentado, saiba o que é slackline e como praticar. Um esporte de total equilíbrio sobre uma fita de nylon estreita e flexível, geralmente é praticado a uma altura de 30 cm do chão, para que o usuário não sofra acidentes ao cair no chão, a origem desse esporte é das escaladas, sendo que o slackline servia para que os escaladores ganhassem um maior equilíbrio, e nos dias de hoje, graças aos esportistas escaladores o slackline é um esporte muito praticado no Brasil. Sua origem é dos Estados Unidos, em meados dos anos 80, onde escaladores passavam a semana toda acampando em
busca de novas vias de escaladas, nos tempos vagos, os escaladores esticavam fitas de nylon para treinar o equilíbrio ao caminhar, conhecido também como corda bamba, o Slackline traduzido para o Português significa Linha Folgada, podendo ser comparado ao cabo de aço usado por artistas de circo, pois sua flexibilidade oferece a oportunidade dos praticantes desse esporte de saltar e criar manobras inusitadas.
A regra do Slack para a pratica é que não há uma regra, o Slackline é para todas as idades, desde as crianças até os idosos, jovens e adultos que praticam outros esportes como skate e surf, utilizam o slackline como uma ótima forma de se divertir e treinar seus movimentos, pois os músculos trabalhados no slackline são semelhantes aos músculos trabalhados no skate ou no surf. Alguns dos principais benefícios do Slackline é a concentração, equilibro, consciência corporal, velocidade de reação e coordenação motora, sendo que os benefícios são mentais e físicos.