Revista In Prudente

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PRUDENTE N I Ano 1 - N潞 1 - Junho de 2012

Mazzaropi

O jeca mais amado do cinema nacional

Fotos Imorais - Cr么nica - Playground - Esportes Bizarros - Entrevistas - Curiosidades


Índice R E V I S T A

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I N

P R U D E N T E

-

J U N H O

D E

2 0 1 2

- Editorial (3) - Dicas Fúteis (4 e 5) - 100 anos de Mazzaropi (7 a 9)

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- Música (10 e 11) - Entrevista: Coquinho (12 e 13) - Exame de Próstata (14 e 15) - Caçadores de Mitos (16 e 17)

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- Entrevista: Reginaldo Carlota (18 a 21) - Futebol de Mesa (22 e 23) - Diga não à inércia (24 27) - Esportes Bizarros (28 a 32)

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- Comportamento (34 e 35) - Crianças & supermercados (36 a 39) - O Lado Estranho dos Filmes (40)

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- Fotos Imorais (41 a 43) - Crônica (44 e 45) - Playground (46 e 47)

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Editorial

O

O que é ser esquisito? utro dia olhando alguns vídeos na internet, me deparei com uns nomes de filmes que me chamaram muito a atenção. E na verdade só bateu a curiosidade, pois os títulos eram meio estranhos.

Não hesitei e cliquei, ao carregar o primeiro trailer, um filme de 2001, "Sharkman", ou, "Homem tubarão", acreditem, não foram os melhores dois minutos e tantos segundos que gostei! Logo percebi que me prendeu a atenção, pelo roteiro curioso e instigante de querer saber o final, mas em contra partida, um filme que não tem hipótese alguma de se tornar real, a não ser que se torne por conta da nossa alta tecnologia, afinal estamos no século XXI! Daí outros trailers relacionados a este, estavam disponíveis e meu "tique" de não se aquietar com o mouse, logo se fez carregar mais um. E este era bem pior, mas com uma situação real para com o personagem principal: ele sofria de distúrbio obsessivo. Sim... Este era o ponto crucial do filme "Centopeia Humana". E todos os outros que naquela noite assisti se fizeram pela mesma linha, com histórias vibrantes e curiosas, mas que não teriam nada a ver com o mundo social, a não ser que estudássemos e víssemos que o tema principal chega á uma situação crível. Aí, meus caros, percebi que ser esquisito, ser estranho é uma dádiva para qualquer mortal, afinal muita coisa diferente tem neste mundão e encontrar pessoas que se identifique com elas se tornou normal. Afinal, o esquisito da coisa é ser realmente esquisito e provar desta sensação, nem que seja por trailers do YouTube! Thais Lopes Editora da revista In Prudente

Centopeia Humana, um clássico dos filmes “trash”


Se você pensa que é muito diferente da população mundial só porque lava as mãos antes de usar o banheiro e não depois como todo mundo, está enganado. Existem por aí muita coisa estranha e nós selecionamos algumas dicas para você não se sentir mais um alienígena. Afinal, você não está sozinho.

Dicas

ta na e faz esse tipo de pergun qu esa pr em da e nfi sco De entrevista de emprego: São usando o Facebook em ão est as sso pe s ta an • Qu ) uma sexta-feira? (Google Francisco às 14h30 de da. tos, eu não vou falar na inu m 5 r po ha en et tr • Me en (Acosta) , como vo mais alto do mundo • Se os alemães são o po lett-Packard) você provaria isso? (Hew Joe’s) ões de jardim? (Trader • O que você acha dos an faculdade reflete seu po na l ua an ia éd m ta no • A sua d) tencial? (Advisory Boar nheiro ndhi seria um bom enge • Será que Mahatma Ga de software? (Deloitte) , mas empregado número um • Se você pudesse ser o inde você ou o décimo qu m sse sta go o nã as leg seus co eria? de você, qual você escolh to, mas todos gostassem (ADP) mazon. m a fome do mundo? (A co ia ar ab ac cê vo o m • Co com) o? al você limparia primeir qu – o rr ca e esa m , to • Quar (Pinkberry) est & Young) • A vida te fascina? (Ern

Sua vida vai mudar dep disso: • O corpo humano possu de veias e ar térias e out Isso é suficiente para dar em volta da Terra. • Uma girafa pode limpa lhas com a língua. • Milhões de ár vore s no m por esquilos que ente rram bram onde as escond eram • Em 1997, a Amer ican zou US$ 40.000 el iminan cada salada. • J é a única letra que nã períodica.


Fúteis

Por Kelly Freire

pois que você souber

ui 100 mil quilômet ros tros vasos sanguíne os? r duas voltas e mei a

ar suas próprias or e-

mundo são plantada s m nozes e não lemm. Airlines economindo uma azeitona de

ão aparece na tabe la

Essas são só para os gênios: • Sopa vegetariana fica mais nutritiva com um pouco de carne. • A maioria dos elet rodomésticos consom e menos energia na posição desligado.

• Se você não usar seus sapatos eles du ram mais. • Se o parafuso não entrar, pegue um m ar telo e bata com força, pois ele nada mais é que um pr ego girado com uma chave de fenda. • Para distinguir um falso de um verdad eiro relógio Suíço, basta atira-lo com força no chão da loja,
se for verdadeiro o vended or terá um enfarte.



100 anos de

Mazzaropi Por Jaqueline Sevilha


A história

A

mácio Mazzaropi nasceu em 9 de abril de 1912 e foi uma peça muito importante no cinema brasileiro. Um ator e cineasta nascido no interior de São Paulo, que tocava viola e dançava cana verde quando era pequeno. Aos quatorze anos, o já talentoso menino começou a trabalhar com o circo e em 1926 entrou para a caravana do Circo La Paz. Em 1932, estreou em sua primeira peça de teatro, A herança do Padre João. Em 1946, Mazzaropi inicia o programa dominical Rancho Alegre, o que o empurrou para entrar na TV Tupi. Em 1958, o ator vendeu sua casa e criou a PAM Filmes (Produções Amácio Mazzaropi). O primeiro filme da produtora é Chofer de Praça, exibido em todo o Brasil. Em 1963 entao, surge o filme Jeca Tatu.

Jeca Tatu Jeca Tatu é a história de um roceiro preguiçoso de dar dó, mas a preguiça dele está com os dias contados no filme, pois seu rancho está ameaçado pela ganância de latifundiários sem coração. E Jeca precisa usar todo seu jeito esperto para conseguir seu cantinho de terra. É um filme engraçado, mas em alguns momentos, de uma beleza tocante, ele trata com muita simplicidade a figura do homem do campo e a questão da reforma agrária neste filme, que é uma declarada homenagem do Mazzaropi à Monteiro Lobato. Cinco anos mais tarde, Mazzaropi lança seu filme mais conhecido, O Corintiano, um recorde de bilheteria do cinema nacional.


O filme conta com imagens de jogos reais do Corinthians e a participação de jogadores como Rivellino e Dino Sani. É uma ótima comédia, assistida até hoje, mesmo sendo muito antiga. Mazzaropi morreu aos 69 anos de idade, em 13 de junho de 1981, no Hospital Albert Einstein em São Paulo. Foi enterrado na cidade de Pindamonhangaba, junto com seu pai. O ator nunca se casou, mas deixou um filho adotivo, Péricles Mazzaropi. Em 1994 foi inaugurado o Museu Mazzaropi, em sua homenagem. O museu conta a história de sua carreira no cinema, teatro e na televisão brasileira.

Mazzaropi morreu aos 69 anos de idade. O ator nunca se casou!

O Corintiano O filme conta a história de Manoel, um barbeiro e corintiano fervoroso que é capaz de tudo para torcer pelo seu time, o que sempre acaba trazendo problemas para ele. Pela grande paixão, ele cria confusões com a esposa e os filhos, que não aguentam mais o fanatismo de Manoel pelo time. O barbeiro arranja confusão até com seus vizinhos, que são palmeirenses. Ele é tão fanático que faz até promessas malucas para São Jorge, pedindo pela vitória do timão.


Bizarrice ou apenas uma questão de gosto?

A

música, ou até mesmo o estilo musical já foram tópicos de referência do nosso pais internacionalmente, como por exemplo, a bossa nova com Caetano Veloso, Gilberto Gil, Djavan e muitos outros. Existem ritmos que deixaram o Brasil conhecido para o mundo, um deles é o samba, até por este motivo hoje o nosso país é conhecido como o pais do carnaval, uma festa que envolve alegria e música agitada. Com o passar do tempo a visão dos estrangeiros não mudou muito para com o nosso país, mas o nosso estilo musical sim, hoje não pode-se falar que o Brasil é o pais do samba porque existem outros estilos musicais que predominam muito mais do que o samba, como

Por Flávia Rosa por exemplo, o Funk Carioca e o próprio sertanejo que por muito e muito tempo foi rejeitado. Hoje ele é responsável por mais da metade de músicas tocadas nas rádios, ou seja, a cada onze músicas, seis são do estilo country. Essa mudança de gostos, ou até mesmo de preferência musical deu-se através do tempo com a evolução não somente tecnológica, mas sim humanitária também, que o que era impossível pra muitos há dez anos, hoje já se faz permitida. Hoje existem pessoas de todos os tipos e estilos, com jeitos diferentes e gostos diferentes, isso faz com que muitas opções de qualquer tipo de coisa sejam criadas, ou seja, isso permite que a cada dia que passe um novo estilo musical seja aceito na

sociedade, seja ele brega, cafona ou bizarro, para alguns é mais visível do que para outros, seja super interessante divertido e até mesmo legal. Assim sendo, hoje em dia existem milhares de grupos, bandas, duplas e derivados das músicas, que fazem do nosso pais não apenas o pais do samba, do funk ou do sertanejo, mas sim o pais de diversas culturas raças e crenças da exata maneira que realmente somos, por este motivo o brega e o bizarro são apenas uma questão de gosto que segundo Gilberto Rapouzo Souza produtor musical, o que realmente importa não é o ritmo que se toca ou canta, e sim a alegria que o mesmo proporciona á alguém.



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Coquinho, o vereador com a cara do povo José Antônio Queiroz da Rocha talvez seja desconhecido, mas “Coquinho” certamente não é. De pagador de contas de luz, tornou-se líder de votos há doze anos em Porto Feliz Por Luís Felipe Conte


D

ono de um físico invejável – sim, ele é muito magro – e uma simpatia ímpar, o vereador Coquinho está, há doze anos, ou três mandatos, produzindo obras públicas e, principalmente, ajudando na evolução da população, inclusive pagando as contas dos mesmos.

Deus para servir a população.

Na entrevista, o vereador, de uma receptividade maravilhosa e boa vontade, abre sua vida sem escrúpulos e de forma muito objetiva.

O fato de ser bem quisto e popular atrapalha ou ajuda a vida social? E a pessoal?

Nome completo e idade: José Antônio Queiroz da Rocha, 57 anos; Profissão: Funcionário da empresa financeira IOSAN e vereador. Formação: Bacharel em direito. Vereador há quanto tempo: Há três mandatos, 12 bons anos. Por que Coquinho? Esse pseudônimo (apelido) vem dos tempos de futebol na infância. O Badu (José Neto) discutiu comigo num jogo e queria me bater. Eu corri dele, pulei uma cerca de arame enfarpado e corri até um pé daqueles pequenos coquinhos, sabe? Então, juntei um monte e os atirei nele, para não apanhar. Desde então, meus amigos me chamam de Coquinho. Ah, o pé de coquinho existe há mais de 40 anos. Qual o motivo de ingressar na política? Paixão. Eu frequentava a câmara municipal desde os 15 anos. O “político” é algo inerente a cada cidadão, tenho como um dom de

Como criou essa grande identificação com o público? Foi um trabalho longo. Todo político tem a sua forma de ser, é da minha índole ser popular, é de mim. Tudo isso surgiu naturalmente.

Isso é uma honra de Deus. É evidente que existe uma cobrança diária sobre vários problemas de diversas áreas. Todo mundo identifica você no trânsito da cidade pelo seu carro, um clássico Corcel. Qual a história desse carro? Vende? Troca? Empresta? Eu o comprei em dezembro de 1975 e ficou comigo por 36 anos. O vendi no início do ano para um colecionador. Foi uma boa oferta. Existe algum tipo de aproximação do político com o público? Eu acho que na vida política a aproximação vem com o passar dos anos, com os comentários dos pais para os filhos, de forma natural. Como é feito o trabalho para angariar votos, ou melhor, como foi feito, já que hoje sua popularidade é de nível elevado? Trabalho consistente e contínuo, em atividade, trabalhando e mostrando, atendendo as reivindicações possíveis. Existem pedidos viáveis e coerentes, outros, não. Os pedidos são os mais variados possíveis. Doação de tijolos, cal, cimento, pagamentos de contas

são rotineiros. Há pedidos que beneficiam a cidade, como um córrego obstruído, reparo em ruas, em estradas rurais. Evidente que por vezes sai dinheiro do meu próprio bolso. Na política brasileira, quem se salva? Alguns. Pedro Simon, senador do Rio Grande do Sul, e Álvaro Dias, senador do Paraná, se destacam numa lista de uns doze nomes. Qual o maior espelho na política? Pedro Simon, na atualidade. Sempre fui apaixonado por Mário Covas, um grande estadista. E o seu blog, como funciona? Foi colocado em atividade há pouco tempo, com a dinâmica que o atual presidente da câmara Sr. Roberto Brandão Rodrigues forneceu na informática. Falta muita coisa. Sobre o “Coquinho”, qual o seu hobby? Ler. Sou apaixonado pelo jornalismo clássico e gosto de estar bem atualizado. Qual é o seu time de coração? Torço para o Sport Club Corinthians Paulista. Casou-se? Tive a oportunidade, mas o relacionamento se findou por motives pessoais. Uma frase, para finalizar. Confúcio! “Para andar mil quilômetros há a necessidade de se dar o primeiro passo”.


O exame de Próstata verdades e mitos

Por Jaqueline Sevilha

O

temido exame de próstata recomenda-se ser feito pelos homens a partir dos 45 anos de idade, principalmente quando há histórico de câncer na família. O exame é feito por um médico especialista, que introduz, onde todos devem saber, o dedo indicador para localizar a próstata. Se o médico diagnosticar alguma alteração nas glândulas ou algum nódulo, o paciente é encaminhado

para ultrassonografia e biopsia, para definir se é realmente câncer e quão maligno ele é.

O câncer de próstata A próstata é uma glândula que produz e armazena o sêmen. O câncer de próstata é o tumor mais comum entre homens acima de 50 anos. Fatores que podem influenciar são: histórico familiar da doença, idade avançada, fatores hormonais, maus hábitos alimen-

tares, sedentarismo e excesso de peso. Na maioria dos pacientes, o câncer cresce lentamente e não causa sintomas. Em casos mais avançados pode causar dificuldades para urinar e sensação de não conseguir esvaziar a bexiga. Em casos de dores nas costas, pode significar que o tumor evoluiu muito. O câncer de próstata pode ser diagnosticado por meio do exame físico, mais conhecido como toque retal, ou por exame de sangue.


O tratamento Para o câncer de próstata, existem vários tipos de tratamentos. O método escolhido para tratar o câncer de próstata depende de seu estágio, velocidade de crescimento, da idade e saúde do paciente. Na escolha do tratamento, vai influenciar também os benefícios e efeitos colaterais de cada opção. As opções são: - Quimioterapia - Radioterapia - Hormonioterapia - Terapia expectante - Cirurgia Vai depender do diagnóstico do medico e das opções do paciente, em relação a efeitos colaterais e vantagens de cada tratamento, para determinar o tratamento. Mas, com o avanço da medicina nos últimos anos, os pacientes com câncer de próstata estão vivendo e se recuperando muito

melhor, com muito mais conforto e resultados positivos. O exame não é algo fácil ou rapidamente aceito pelos homens, mas é um caminho que todos deverão seguir, cedo ou tarde, não tem como escapar. É um tabu na sociedade o assunto “exame

de próstata”, mas não deveria ser assim. Se fosse abordado de uma forma mais natural, não causaria tanto medo ou aversão, o que diminuiria os casos de câncer em estágio avançado e ninguém teria vergonha de falar sobre o assunto.


o d e m m ê t a r o g a s pe Conte

os mito

li

e Por Luís F

Dois homens, algumas câmeras e muita ciência para desvendar os mais bizarros mitos existentes

O

s Caçadores de Mitos, originalmente Mythbusters, é um programa do canal de televisão por assinatura norte americano Discovery Channel, apresentado por dois mega especialistas em efeitos especiais, Adam Savage e Jamie Hyneman. O uso de elementos de métodos científicos é a principal arma para testar a validade de mitos urbanos, cenas de filmes famosos, vídeos da internet, provérbios e rumores. Os episódios do programa são feitos com o foco em duas ou mais crendices, através da pesquisa com o uso de muitas fontes, principalmente as vividas pelos integrantes do elenco, da equipe e dos fãs, que se manifestam pelo fórum oficial do “Mythbuster”

no site da Discovery. Há ainda a consulta com especialistas sobre as áreas dos mitos que necessitem de assistência, como, por exemplo, quando se faz necessário o uso de armas de fogo para desvendar algum mistério. Os MythBusters tipicamente testam mitos em um processo de quase sempre dois passos. Nos primeiros episódios, os passos são descritos como "replicar as circunstâncias, depois duplicar os resultados", como diz o apresentador Savage. Primeiro, a equipe tenta recriar as circunstâncias como o mito (acontecimento em questão) possivelmente teria acontecido para determinar se os resultados alegados ocorrem de fato.Se falhar, tentam expandir as circunstâncias para descobrir o

que causará o resultado descrito. Ocasionalmente, a equipe (geralmente Savage e Hyneman) realiza uma competição amistosa para ver qual dos dois consegue criar uma solução mais prática e funcional para recriar os resultados, fato que é mais comum com mitos envolvendo a construção de objetos para atingir um objetivo. Apesar de não haver nenhuma fórmula específica que a equipe obedeça sobre os termos do procedimento físico, a maioria dos mitos envolve a construção de vários objetos para possibilitar o teste. Existe uma espécie de oficina para criar qualquer coisa que seja necessária, geralmente, incluindo aparelhos mecânicos e cenários para simular as circuns-


tâncias do mito. As ações humanas são frequentemente simuladas através de meios mecânicos para aumentar a segurança, e conseguir repetir as ações de modo mais perfeccionista possível. Os métodos para testar os mitos são planejados e executados de maneira a produzir resultados visualmente dramáticos e, se possível, engraçados e espetaculosos que podem envolver explosões, fogo e/ou acidentes automobilísticos. Adam Savage Adam Whitney Savage, nascido em Nova Iorque no dia 15 de julho de 1967, é um dos mais bem gabaritados nomes quando se fala em efeitos especiais. Antes de trabalhar com programa de televi-

são, Savage foi responsável direto pelos efeitos especiais de vários filmes produzidos pela Warner Bros e para, nada mais, nada menos que para os estúdios Disney. Star Wars, Matrix e o Homem Bicentenário são as produções mais famosas comandadas por ele. Mais informações sobre o louco produtor de efeitos especiais podem ser encontradas em seu site oficial, www.adamsavage.com. Jamie Hyneman James Franklin "Jamie" Hyneman, nascido em Marshall, no estado de Michigan, Estados Unidos, no ano de 1956, ficou famoso por apresentar o programa Mythbusters. Ele é proprietário da oficina de efeitos especiais M5 Industries, na qual o programa é gravado junta-

mente com o seu parceiro Adam Savage. Hyneman é especialista em efeitos especiais, trabalha também com a confecção de comerciais de televisão para empresas como Nike, Coca-Cola, 7up, Discovery Channel, Electronic Arts. Em 2010, tornou-se doutor em Engenharia na Villanova University e se formou em língua russa pela Indiana University. Uma variedade de ocupações preenche seu currículo, como capitão de barco, dono de pet shop, chef de cozinha, linguista e mecânico. O programa é exibido diariamente em dois períodos do dia. No primeiro deles, acontece a atual temporada, com episódios – e mitos – inéditos e no segundo deles, reprise de episódios das temporadas passadas.

Jamie Hyneman e Adam Savage, os caçadores de mitos do Discovery Channel


Popular e PolĂŞmico Por Gabriela Candiani

Reginaldo Carlota, editor-chefe do NotĂ­cia Popular de Itu, solta o verbo e conta um pouco mais sobre sua vida, seus projetos, o jornal que trabalha e como ĂŠ fazer jornalismo policial


C

onte um pouco sobre você, sua idade, formação, trabalhos anteriores, profissão atual, nome completo...

crimes que abalaram Itu. A coluna começou a fazer tanto sucesso, que tiraram o cara que fazia editoria de polícia e eu assumi tudo. Em menos de um ano, o Folha era o jornal mais polêmico da cidade Meu nome é Reginaldo Carloe trazia reportagens policiais que ta, 37 anos. Sou jornalista, mas nenhum outro veículo conseguia nunca fiz faculdade de jornalismo. ter. Terminei o Ensino Médio e nunca Desenvolvi uma rede de contatos mais pisei numa sala de aula como com as Polícias Civil, Militar, aluno. Mas, já retornei como GCM, Rodoviária e até Federal convidado pra dar palestras sobre e passei a me dedicar totalmente jornalismo policial. ao jornalismo policial. Nunca Antes de começar nessa profisusei boletins de ocorrência como são escrevia livros e histórias em muleta, até hoje vou pessoalmente quadrinhos. Umas dessas histórias a todas as cenas de homicídios e que escrevi a HQ Cão Maraviacidentes fatais. Perdi a conta de lha Reencontro Mortal, ganhou quantas pessoas mortas já fotogramanchetes de meia página no Estadão, na Folha de São Paulo e em pelo menos três grandes jornais dos Estados Unidos, além de aparecer em centenas de sites nacionais e internacionais. Nessa história, um super-herói, o Cão Maravilha, assassinava a tiros o presidente dos EUA, George W. Bush, ao descobrir que ele teria tramado os atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001, com fei nesses anos todos. a complacência da CIA e do FBI. Fiquei proibido de pisar nos EUA Como surgiu o Jornal Notícia enquanto Bush fosse o presidente. Popular?

dendo da manchete, já teve edição que vendeu apenas 1200 cópias e edição que vendeu cinco mil. Anote o que vou dizer: o povo quer sangue. Quanto mais morte tiver no jornal, mais vende. Quando morreu aqueles oito no acidente da SP-79, tive que imprimir duas edições extras na mesma semana. Imprimi quatro mil e faltou na cidade inteira. Se tivesse mandado rodar dez mil teria esgotado do mesmo jeito. O NP circula exclusivamente em Itu, já que, como sempre digo, é melhor ser um tubarão num riozinho, do que um peixinho no oceano. Temos aproximadamente 80 pontos de vendas, entre bancas, mercearias, padarias, açougues e mercadinhos, e todos, sem exceção, vendem muito bem o jornal. Cada ponto vende de 10 a 100 exemplares, dependendo sua localização geográfica. Criei o NP para as classes C e D, mas, as pessoas dos condomínios de luxo também compram o jornal, então, ele vende tão bem na periferia, como no centro.

Como começou no jornalismo?

Como eu disse, o povo quer sangue. A cidade de Itu precisava de um jornal sem cortes e sem censura, que mostrasse a cara do bandido, que colocasse o nome dele, que mostrasse quem morreu, como foi o crime ou acidente, quem matou e revelasse os detalhes do caso que não estavam redigidos no boletim de ocorrência. Esse é um tipo de jornalismo que tem de ser feito na própria cena do crime, e não num balcão de delegacia. É assim que trabalhamos na cena o crime. O sucesso incontestável hoje do NP, como você mesmo pode apurar na banca que quiser, é a

“Não tem um jornalista em Itu que não paga pau pro Notícia Popular”

Até os 30 anos eu nunca pensei em ser jornalista, pois não fiz faculdade nessa área, gostava mesmo de escrever sobre crimes macabros. Nessa época conheci a jornalista Diana Vieira, que havia acabado de sair da faculdade e havia comprado o jornal Folha da Cidade, que não passava de um panfleto político em preto e branco. Ela gostou das minhas histórias sobre crimes antigos que eu reconstituía com precisão de detalhes e acabei assumindo uma coluna no Folha da Cidade sobre os

Seis anos depois, quando o Folha Cidade foi vendido pra outro grupo, pedi demissão e montei o Notícia Popular de Itu. Já recebi propostas até de 400 mil reais pra vender o NP, mas o que muita gente ainda não acredita, é que comecei o jornal com apenas mil reais, era o dinheiro pra pagar a primeira tiragem de dois mil exemplares. Isso foi em março de 2011. Qual a tiragem do Jornal? Qual a circulação? O jornal vende bem? Onde tem mais saída? A tiragem do jornal varia depen-

Porque vocês adotaram essa linha editorial mais voltada para o lado criminal?


prova de que só damos aquilo que o público já estava querendo. Sem contar as matérias factuais, da onde surge ideia para outras matérias? Quais tipos de pauta poderiam fazer parte do Notícia Popular? Dramas urbanos, escândalos políticos e escândalos sexuais, não vendem tão bem quanto um cara cortado ao meio na linha do trem, mas, são bons temas que substitui o sangue, quando ninguém quer morrer ou matar pra sair na capa do jornal. Qual é a atual equipe que trabalha no Jornal Notícia Popular? Qual a rotina de vocês? Nossa estrutura é bastante enxuta, de fixo só temos o diagramador, o motorista e eu que sou o repórter policial e editor chefe. O resto são freelance ou colaboradores, mas a maior parte sobra para mim mesmo. Minha rotina é não ter rotina. O maior problema de trabalhar na cena do crime, vendo tudo ao vivo e a cores, é que não existe dia nem hora pra trabalhar. A maior parte dos acidentes fatais e assassinatos ocorrem nos finais de semana, durante a noite ou madrugada. Isso significa que já deixei e não foi uma nem, duas nem três vezes, esposa, namorada, ou 'ficante', sozinha na cama na hora 'h', pra ter que ir fotografar um maluco que levou sei lá quantos tiros na cabeça. Durmo com o celular e o Nextel ligados, na cabeceira da cama. Tocou, saio a mil por hora, independente do dia, da hora ou do lugar que tenho que ir. Já cheguei andar 20 km no meio do mato e terra pra fotografar neguinho morto. Essa é

a minha rotina. Você sofre preconceito por parte dos demais jornalistas de outros veículos de comunicação por conta da linha editorial do jornal? Olha, não quero ser mala, mas não tem um jornalista em Itu que não paga pau pro NP e não queria ter a coragem, credibilidade e reputação internacional que eu tenho nessa área. Não sei se você sabe, mas no ano passado fui entrevistado como autoridade no programa Instinto Assassino do Discovery Channel. Participei do episódio "O Monstro de Rio Claro", que narra a história do serial killer Laerte Patrocínio Orpinelli. Foi eu quem escreveu o livro reportagem "O Matador de Crianças", que conta toda a história desse assassino. O livro serviu de base para o roteiro do Discovery. Voltando a sua pergunta, todos os jornalistas com quem converso dizem que queriam ter a liberdade que tenho e principalmente coragem, pra fazer o que faço, já que precisa muito sangue frio pra ser repórter policial. Se rolar preconceito, só se for por parte dos frustrados e invejosos de plantão, mas como estou num grau acima, isso nem chega até mim. Gosto da maioria dos jornalistas da região e me dou bem com eles. Até passo pautas pra eles, quando não me interessam. Você tem algum projeto paralelo? Quais? Além de querer dominar o mundo? Se eu te contasse todos, você teria que encher duas páginas da revista. Bom, vamos ver o que posso contar. Acabei de abrir minha própria editora de livros e tenho

quatro títulos inéditos pra serem lançados, além de dois álbuns em quadrinhos. Um desses livros é uma coletânea de Lendas Urbanas que escrevi nos últimos anos e outro, um romance infanto-juvenil intitulado Questão de Coragem. Já os quadrinhos são sobre uma implacável caçadora de vampiros chamada "Sanguinária". Esse material também será lançado ano que vem nos Estados Unidos e Europa. As conversas já estão bem adiantadas. A história é escrita por mim e desenhada pelo Adriano Batista. Se digitar o nome desse cara no Google, vai ver que ele é celebridade no mundo dos quadrinhos. O cara é estrela nos EUA. Já na área de informação, além de investir pesado no NP, vamos lançar aqui em Itu a revista NOVA CLASSE. É uma revista que pode ser definida como uma versão local da VEJA. Sou o dono da revista, mas não trabalho nela. A editora responsável por tudo é a jornalista Lilian Sartóri. A estrutura também será enxuta, só com jornalistas free-lance. Fora isso, eu estou escrevendo um roteiro para um filme em curta metragem da Sanguinária, desenvolvendo uma linha de bonecos articulados dela e tentando encontrar tempo pra desenhar mais histórias da Batata Sinistra, que é um dos destaques do jornal NP e finalizar meu segundo livro reportagem "A Loira da Sepultura 328". Pra saber mais sobre meus trabalhos, é só visitar meus blogs: www.carlotacriminal.blogspot. com, www.crimesdeitu.blogspot. com, www.loirasinistra.blogspot. com, www.omatadordecriancas. blogspot.com ou simplesmente digitar meu nome no Google e dar um "enter".


À esquerda, a história em quadrinhos do Cão Maravilha, personagem criado por Carlota, que teve repercussão mundial. À direita, a livro-reportagem “O Matador de Crianças”, que conta a trajetória de crimes do Mostro de Rio Claro, um dos maiores assassinos seriais da história do Brasil.


Futebol de mesa: esporte ou brincadeira? Por André Roedel Para os adeptos da modalidade, o “futebol de botão” é coisa séria. Conheça mais sobre esse jogo, que tem até campeonato mundial

A

ntes dos modernos videogames, que simulam jogos de futebol com detalhes incríveis, a garotada curtia mesmo era jogar futebol de botão. Os pequenos artefatos, geralmente fabricados em acrílico, carregavam os escudos de vários times do mundo todo. Era naquele campo de madeira que confrontos existentes somente na cabeça dos jogadores, como o Santos de Pelé contra o Flamengo de Zico, aconteciam.

Em Itu, o tradicional Bloco do R é quem representa a cidade nos torneios da modalidade Brasil afora. Recentemente, integrantes da equipe estiveram no Rio de Janeiro onde participaram do 2º Campeonato Mundial de Futebol de Mesa. Um dos botonistas presentes foi Robson Candiani, que apesar de eliminado na primeira fase, diz que vê a competição como uma oportunidade única, ainda mais pelo evento ser em nosso país.

Mas, com o tempo e o surgimento de jogos como FIFA e Pro Evolution Soccer, o futebol de botão foi sendo esquecido. Só que aquelas crianças que jogavam nas décadas de 1970, 80 e 90 cresceram e continuaram a tradição, agora atendendo pelo nome de futebol de mesa, com regras estabelecidas e até mesmo confederações, como no futebol “de verdade”. No Brasil, quem regula o esporte é a Confederação Brasileira de Futebol de Mesa (CBFM), que promove competições como o Campeonato Brasileiro da modalidade.

“Para que eu chegasse a disputar este torneio, foi válido o meu ranking no Estado de São Paulo, graças a bons resultados obtidos no ano de 2011. Como o Mundial foi disputado no Brasil, cada estado da federação tinha um número X de vagas pré-selecionadas”, disse o botonista, que se apaixonou pelo esporte ainda criança, quando improvisava campos no piso de sua casa, demarcando com giz branco. A paixão de Robson pelo futebol de mesa cresceu e, junto com

amigos da época de adolescente, começou a organizar os primeiros torneios. “A cada final de semana, a casa de um amigo era considerada a sede da liga. No final tinha até medalhas. A paixão era tanta que uma vez levamos nossos materiais para um retiro da igreja e fizemos um torneio lá, nos momentos de intervalo como almoço, café e banho”, conta o atleta. Com o tempo, o que era hobby se tornou coisa séria. Em 1993, Robson conheceu alguns praticantes do esporte que jogavam profissionalmente. Foi aí que ele comprou um time (no caso, os botões oficiais) e começou a disputar torneios com eles. “Em 1997 a equipe foi transferida para o Bloco do R, onde permanece até hoje”, explica. Hoje o time de futebol de mesa do Bloco do R disputa vários campeonatos oficiais, sendo filiada à Federação Paulista de Futebol de Mesa (FPFM). Respondendo a pergunta no título dessa matéria, dá pra dizer que o futebol de mesa é uma brincadeira que cresceu e, assim como


seus praticantes, amadureceu e se transformou num esporte competitivo e prazeroso. História O futebol de mesa é hoje um esporte de alto rendimento reconhecido pelo Ministério dos Esportes e por uma legião de praticantes no Brasil e no exterior. Porém não se sabe com certeza onde e como surgiu o “jogo de botões”. Duas brincadeiras de criança que podem ter dado origem ao esporte: o “jogo da pulga”, muito praticado na Europa, que consistia em pressionar uma ficha contra outra fazendo com que esta saltasse para um determinado alvo, ou um jogo com três tampinhas de garrafa, no qual com o dedo fazia-se com que esta tampinha passasse entre duas outras, por três vezes, sem esbarrar nas demais até chegar ao seu alvo, que seria o gol. Mas foi o futebol, esporte mais popular do mundo, o grande inspirador para a criação do futebol de mesa. Botões de qualquer tipo de

roupa, casacos e camisas foram as Hino do Botonista primeiras peças utilizadas para se jogar. Botões maiores se transfor- Botonista eu sou com justo orgumavam nos “zagueiros” e menores lho viravam “atacantes”, fazendo uma analogia ao esporte bretão. Boto muita fé no meu botão Geraldo Cardoso Décourt é um dos grandes precursores do futebol de mesa no Brasil. Por volta de 1928, Décourt denominou o jogo de “Celotex”, que era o material usado para a confecção dos botões. Foi ele quem elaborou o livro de regras da modalidade. O dia 14 de fevereiro, dia do nascimento do inventor da modalidade, foi oficializado pelo governador Geraldo Alckmin, em São Paulo, no ano de 2001, como o "Dia do Botonista". Curiosidade Você sabia que existe até um “Hino do Botonista”? Ele foi escrito pelo precursor Geraldo Cardoso Décourt e, mais recentemente, gravado pelo músico Hermes Monteiro. Confira a letra ao lado:

Botonista eu sou com muita honra Isto é verdade, eu não me arrependo não Botonista eu sou com persistência Jogo a qualquer hora com prazer Pois jogando em qualquer regra! Eu vou praticando o meu lazer - bis Eu jogo limpo, jogo sério sem esbulho, Pois prá mim adversário considero como irmão Aviso logo para quem jogar comigo que somente me vencendo poderá ser campeão (bis)


Percepção e sensibilidade: Diga não à inércia VOCÊ JÁ PAROU PARA PENSAR NO QUE ESTÁ FAZENDO? Por Marília Monteiro


sentado na calçada em plena Av. Paulista, ao lado de um banquinho e uma placa que dizia: “Você já fez um amigo hoje? Sente-se”. A resposta do rapaz não poderia ser mais icônica: - Se acreditar nas pessoas é ser louco, então sou muito louco. E ele realmente acredita. Depois desse diálogo, a senhora sentou no banquinho e contou um pouco de sua vida, assim como fizeram os outros 67 transeuntes apressados que se sentaram ali para conversar com aquele moço de olhar simpático e sorriso franco. A ideia começou quando Fernando criou o movimento Diga não à Inércia, cujo objetivo é a conscientização do que fazemos no dia a dia, prestarmos mais atenção às nossas atitudes e sairmos do ‘modo automático’ de viver. “Eu sou tímido, então resolvi sair da minha inércia e enfrentar esse fato sentando na Paulista para conversar com as pessoas. A intenção não é exatamente fazer amigos, mas sim dar uma cutucada, fazer com que aquelas pessoas reflitam sobre essa inércia e também pensem: eu já sorri hoje? já fiz alguém sorrir?”, comenta o publicitário.

C

onstruímos muros ao invés de pontes, usamos o cabresto do ‘trabalho-pelo-dinheiro’, vivemos menos e sobrevivemos acima de tudo. O velho Nietzsche dizia que ‘sem crueldade não há espetáculo’ e apesar de secular, ele é atual. Sim, disso todos nós sabemos,

mas fartas dessa realidade, muitas pessoas – alegro-me por vários serem jovens – pensam sobre isso e querem mudar o quadro, virar a mesa, inverter o jogo. “Você é louco?” – questionou uma senhora a Fernando Conte, um publicitário de 24 anos, que estava

Depois de colocar seu depoimento e fotos da ação no Facebook, o movimento ganhou repercussão nacional: de 300 likes, a página Diga não à inércia (https://www. facebook.com/DigaNaoAInercia) passou a ter mais de 3.800 em pouco mais de uma semana. Fernando comenta espantado que desde essa divulgação, se encontra diariamente com pessoas que querem conhecê-lo pessoalmente e também gente de todo Brasil vem conversar com ele pela Internet, para contar de sua vida e fazer a tal da amizade. “Eu não tinha pretensão nenhu-


ma! Quando coloquei na rede social imaginava que algum amigo ia compartilhar, mas não que faria tanto sucesso. Se não fosse a Internet isso não teria tomado essa proporção”, afirma Conte. O país inteiro ficou sabendo e curtiu. Abrangendo aproximadamente 15 Estados tupiniquins, tem gente desde o Tocantins, até o Paraná querendo levar essa ação para suas cidades. Devido ao grande interesse, o rapaz montou um guia para quem quiser replicar esse movimento. Fernando sempre esteve ligado a questões sociais. Na faculdade se envolvia com projetos desse tipo, há três anos faz parte da ONG Um Teto para Meu País (http://www. umtetoparameupais.org.br/), onde um mutirão de jovens voluntários constrói casas em algumas comunidades e já trabalhou para a AACD – Associação de Assistência à Criança Deficiente. O projeto vai ganhando força com as mobilizações que o autor anda executando. No dia 16 de junho, por exemplo aconteceu o Contagie, onde centenas de pessoas saíram pelas ruas de São Paulo distribuindo arte gratuita – aquelas que elas sabiam fazer, não importavam quais. O Diga Não à Inércia sugere que um coletivo de pessoas faça uma ação simples e individual, mas que exige uma certa disciplina diária. Conhecer seu próprio cotidiano e pensar sobre suas ações, saber o que está fazendo e deixar o automático de lado. E então, você já percebeu isso hoje?



O biz “Puxa o Por Flávia Rosa

U

m dos mais bizarros e difíceis jogos, é o “puxa orelha”, onde os competidores testam as suas forças. Como você pode ver, as orelhas, até onde sabemos é o único órgão do corpo humano que nunca para de crescer, ou seja, quanto maior, mais chances de vitória o competidor deste esporte tem.

O puxa orelha é um esporte não tão conhecido no mundo, até mesmo pelo motivo de prática muitas pessoas acham bizarro, horrrendo, doloroso, sabemos que estão corretos, mas como hoje vivemos em um mundo livre existe gosto para tudo. Ele é um esporte muito simples e muito doloroso: dois competi-

dores sentam um em frente ao outro, com um grande fio amarrado em uma de suas orelhas, seja ele bem resistente que evite o seu estouro. Eles começam a se puxar só com a força da cabeça até que um competidor desiste ou o fio cai de alguma orelha, isso pode levar segundos como pode demorar até minutos, assim sendo neste esporte as orelhas são as princi-


zarro orelha” pais ferramentas de prática, e são elas que sofrem todo o esforço também. Pode parecer algo barbárico para quem vê de fora, mas o esporte é praticado nas Olimpíadas de Esquimós, com muitos anos de história, onde o que vale mesmo é ficar com o fio na orelha podendo fazer caretas. As orelhas ficam retorcidas e sangrando, mas o que

vale mesmo é a vitória, todavia caso desistência de ambos ao mesmo tempo é considerado empate, coisa que acontece em momentos muito raros.

Dois competidores sentam um em frente ao outro, com um grande fio amarrado em uma de suas orelhas, seja ele bem resistente que evite o seu estouro.

Segundo a atual campeã da competição Whitney Bradston, a prática deste esporte vai além do que competir e sim também para o conhecimento de limite de si próprio, ou seja, saber até onde cada um agüenta a dor, e ressalta que quem incentivou ou iniciou dessa prática foram os seus ancestrais, que na época esquimós faziam isso com a intenção de esquentar as orelhas.


Navegando com Abóboras Por Patrícia Cunha

V

inda de várias espécies de planta da família Cucurbitaceae (ordem Cucurbitales), e com um nome tipicamente popular, a abóbora, ou jerimum, tem uma cultura enraizada no Brasil. O fruto, originado na América, fazia parte do cardápio da civilização Maia, Inca e Asteca.

diferentes formas como saladas, cozidos, refogados, sopas, curau, purê, pães, bolos, pudins e doces. São encontradas em diversos formatos e tamanhos, as mais facilmente encontradas são as aboboras secas, frutos grandes de até 15 kg. Mas em países como Estados Unidos e Canadá, além de encontrarmos abóboras gigantes que podem pesar até 400 kg, elas também servem para outras finalidades.

É rico em vitamina A, mas também oferece vitaminas do complexo B, cálcio e fósforo, é de fácil digestão e de poucas calorias. Nos Estados Unidos, durante Elas podem ser consumidas em o Halloween, ela é umas das

grandes estrelas, é cada vez mais comum encontrar em residências, lojas e shoppings, abóboras gigantes decoradas e servindo como adornos para esta festividade. Mas o que realmente chama mais atenção, por ser considerado e visto de uma maneira inédita e inusitada no país é um esporte que ocorre no Canadá com este fruto, a Regata de Abóboras. O esporte foi inventado por um grupo de amigos e é praticado no país há mais de dez anos. As



disputas da 10ª edição da Regata Anual das Abóboras aconteceu na cidade de Nova Scotia. Os barcos abóbora são chamados de PVC sigla de ‘personal vegetal craft’ (máquina pessoal vegetal). A competição da Regata de Abóboras, conta muito com a criatividade dos participantes, nesse tipo de esporte, eles enfeitam suas abóboras, cada uma com um estilo diferente, o que garante a curiosidade e diversão dos próprios competidores e também dos espectadores.

abóboras gigantes começaram a ser plantadas na fazenda de Windsor Howard Dill, na cidade de Windsor, localizada na província de Ontário, fato este que fez com que a cidade se tornasse a capital mundial das abóboras gigantes. A primeira competição foi realizada em 1999, no lago Pesaquid, e contou com a participação de 2.000 espectadores. Para a realização das provas, os participantes tanto homens, tanto mulheres, devem escavar uma abóbora gigante, segundo os organizadores, algumas delas chegam a pesar mais de 300 kg, e entrar nela para a navegação começar. Todos a postos, os competidores são lançados em um rio e assim que a prova começa eles tem que sair remando como se estivessem realizando o campeonato com um caiaque. O primeiro competidor que cruzar a linha de chegada torna-se o vencedor e ganha uma boa quantia em dinheiro. Mais de dez regatas neste estilo inventado pelo grupo de amigos já foram realizadas. As



(Des)Ordem na Sala de Aula

Por Patrícia Cunha

U

m estudo da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) revelou que o professor perde muito tempo para manter a ordem em sala de aula. Isso não é novidade para quem trabalha em escola, já que a indisciplina é um dos fatores que mais atrapalham. Falta de limites, bagunças, tumultos, maus comportamentos e desrespeito são os obstáculos e os desafios do ensino atual dentro das salas de aulas. Deixar os celulares ligados, conversar durante a aula, chegar

atrasado e não pedir licença ao professor para entrar na sala e, pior, saudar os demais alunos em voz alta, o que atrapalha a aula, pois toda a atenção é desviada para o atrasado, colocar os pés sobre os assentos das carteiras, interromper a aula para fazer uma pergunta sobre um assunto que não está sendo abordado naquele momento, e, aqueles alunos que acham que sala de aula é local para fazer “refeições leves”, tais como bananas, sanduíches, biscoitos, são alguns exemplos, que mostram a falta de comprometimento e educação de alguns alunos na classe de aula.

Atualmente vivemos em outros contextos influenciados pelas características do século XXI, as modificações surgiram em vários setores, como na politica, social, econômica, professores e alunos, e, mesmo a própria instituição escolar, assumem um papel diferente na sociedade. Para a pedagoga Luciana Maia, a indisciplina, com certeza, é um dos fatores que mais dificultam o ensino aprendizagem nas escolas. E muitas vezes isso pode estar também relacionado ao ambiente familiar. “Muitos pais deixam as cri-


ança fazerem o que querem e a qualquer momento, isso desde muito pequenos. E quando eles vão à escola pensam que podem fazer o que querem, outro problema é que os pais pensam que a escola tem obrigação de educar, mais eles precisam entender que sim o professor tem um papel de passar valores e ensinar, mais a educação básica, que é o respeito, educação, vem da família”, explica a pedagoga.

Para reverter esse quadro, Luciana acredita que o respeito é a base de relações sadias. “Acredito que a interação escola família é fator fundamental para amenizar este problema, todos juntos podem ajudar, a escola, o professor, e os pais, cada um cumprindo o seu

Deixar o celular ligado pode atrapalha a aula.

papel”, conta ela. Luciana Maia conta que várias pessoas estão envolvidas no dia a dia dos alunos e isso inclui professores, pais, coordenadores, orientadores e diretores e, por isso, é preciso aprender a trabalhar em equipe para obter uma boa instituição e por seguinte uma sala de aula melhor. Ela ressalta que os esforços de todos os integrantes é importante para a obtenção da qualidade, na organização escolar.


Crianças & supermercados

Por Jéssica Ferrari

P

ara algumas pessoas, fazer compras em um supermercado não é uma tarefa muito divertida. Achar uma vaga no estacionamento, escolher um carrinho com rodinhas boas, enfrentar uma infinidade de preços e produtos, e as sofridas filas não é nada fácil, principalmente se você está acompanhado de uma criança. Muitos pais já sabem que essa pode ser uma grande batalha contra as “birras” e as prateleiras recheadas de atrativos para os pequenos.

“Sabemos que atualmente há um grande investimento no marketing direcionado ao público infantil e com certeza existe uma intencionalidade das empresas em ‘ganhar’ este público com promoções e propagandas”, alerta a psicopedagoga Anelise Carvalho. Para ela, a educação dada pelos pais é o que vai determinar o comportamento da criança nesse momento. “Vivemos em um mundo imediatista, consumista e a criança vai aprender de acordo com os valores que lhes foram instruídos em sua família. Cabe

aos pais colocar regras para o consumo e limites em cada situação que julgarem fora do bom senso e das condições existentes em sua realidade familiar”, esclarece a profissional. É pensando nisso que a recepcionista, Dayane Ribeiro, procura utilizar a conversa como ferramenta contra as manhas de seu filho Mateus de 3 anos. “Ele é educado e mostra o que quer. Às vezes ele joga no carrinho, mas eu coloco de volta e digo a ele que em outro momento vou comprar. Se eu conversar com ele e dizer


que a mamãe não pode comprar, ele compreende. Mas faz cara feia”, conta. Os supermercados e seus infinitos produtos se mostram uma tentação às crianças, e sabendo disso, alguns pais preferem nem arriscar a levar seus filhos ao local. A ação

extrema, segundo Anelise, pode prejudicar ainda mais a situação. “O ambiente de um supermercado, para crianças pequenas de até aproximadamente 4 anos, apresenta muitos estímulos visuais e convidam para a exploração e para a brincadeira. Caso a criança

Fazendo “birra”

chamar a atenção, a situação não chega a gerar vergonha para ela. “Eu não fico com vergonha não, só explico a ele ‘olha todo mundo te olhando, que feio. Eu abaixo na direção dos olhos dele, para que ele não precise ficar me olhando com a cabeça para cima e converso com ele. Explico que não é não, que ele é um menino bom, e que ele deve entender”, explica.

As crianças e seus sorrisos são encantadoras. Mas quando iniciam uma “birra”, haja paciência para aguentá-las e destreza para controlá-las. Elas fazem cara feia, apertam, batem os pés, gritam e choram sem parar. Para a psicopedagoga Anelise, esse é um comportamento que revela uma condição de baixa tolerância à frustração. “Pode representar o perfil de uma criança que não está aprendendo a suportar o desprazer e o desconforto que um limite do mundo coloca para ela”.

A atitude de Dayane condiz com a de Anelise. Segundo a profissional, a firmeza e a calma nestas situações é a primeira atitude a se tomar. Agaixar ao nível da criança e dizer a ela que desta forma não conseguirá o que deseja e que podem combinar sobre quando será possível comprar o objeto do desejo é a maneira correta de agir. “Uma outra sugestão é colocar a criança para que escolha entre dois objetos e que a faça refletir sobre as condições existentes ou não da compra”, sugere.

Nesses casos são os pais que necessitam de orientação para aprenderem a modificar a atitude de seus filhos, impondo limites de forma segura e consistente. Procurar escolas, pediatras, livros e também os mais experientes são os conselhos da psicopedagoga. “Os pais devem estar no controle, para segurança e desenvolvimento sadio dos filhos, sempre”, afirma Anelise. Para Dayane, a situação tende a sair do controle quando se aproxima do setor de brinquedos. “Eu procuro não passar por lá, mas quando passo geralmente ele coloca um brinquedo no carrinho de compras. Então eu explico a ele que a mamãe não pode levar, e ele fica bravo, chora, bate os

nunca vá ou raramente faça este programa poderá mudar seu comportamento. Os pais devem fazer desta atividade uma rotina na vida da criança e colocar limites para o que podem levar ou apenas olhar a cada visita ao supermercado”, afirma.

pés no chão como se estivesse sapateando”, ilustra. Apesar da insistência, Dayane não se derrete e afirma que não leva o brinquedo só para agradar. Segundo a recepcionista, as “birras” costumam persistir por uns 10 minutos. Mas apesar de

Para a profissional, antes de ir ao supermercado é preciso dizer claramente a criança o que vão comprar lá hoje e o que ela pode escolher, se for o caso. “Cada família deve estabelecer estas regras para que haja coerência entre os adultos que levam a criança a uma atividade de consumo e se crie uma situação regrada”, ensina Anelise.


Perdendo o controle Ao passar pelo constrangimento de não conseguir controlar seus filhos, há pais que acreditam que algumas palmadas servirão para dar fim a manha. Segundo a psicopedagoga Anelise, a escolha não gera outras afirmativas senão a certeza de uma má relação entre pais e filhos, uma vez que a criança é capaz de aprender. “Os pais devem se colocar no lugar de ensinantes bons, adequados e firmes, além de acreditarem que é possível educar os filhos em

uma atitude de consumo consciente, que obedece a regras que dizem respeito a cada realidade familiar. “Bater

na criança seria um ato extremo”, afirma Anelise Carvalho. Em todas as áreas da vida, não apenas no consumo, mas na escolarização, no convívio diário com familiares, nas rotinas de alimentação e higiene, passeios,

entre outros aspectos, deve haver coerência e reflexão entre pai e mãe sobre o que é permitido e desejável e o que é proibido e intolerável”, afirma. Para a profissional, o bater na criança seria um ato extremo, que demonstra que não se desenvolveu uma relação com base na reflexão e amadurecimento dos pais em seu lugar de formadores. “Buscar ajuda e orientação profissional pode ser um bom caminho para que a situação seja revertida de uma forma positiva e de amadurecimento para todos”, finaliza.


Controlando a situação

supermercado”, conta Anelise.

Toda criança parece nascer com uma inteligência admirável, que pode ser utilizada também para convencer. Por isso é preciso que os pais saibam como controlar uma situação de manha.

Segundo a psicopedagoga, a criança observa o comportamento dos pais e a forma como consomem também. “Não só com palavras, mas principalmente com bons exemplos, os pais devem educar seus filhos”, garante. Por isso, a conversa continua sendo a melhor opção para se educar.

“Como tudo na vida da criança, os pais e suas atitudes são determinantes na estruturação do comportamento e dos limites na vida dos filhos. Estabelecer regras antes de ir ao supermercado ou mesmo colocar tarefas para que a criança participe ativamente da atividade de comprar deve ser desenvolvido antes de qualquer saída para o

Estabelecer regras antes de ir ao supermercado é a melhor maneira de tentar evitar brigas entre pais e filhos.

Dayane sabe disso e acredita que sua ação pode ajudar Mateus no futuro. “Ele já entende que nem sempre podemos comprar tudo que queremos, e que tudo deve ter limites”, conta.


O LADO ESTRANHO DOS FILMES Por Thaís Lopes

O

que você entende quando vê um filme com o título de "A vagina dentada?". Geralmente uma pessoa em sua consciência ativa mental, pensaria uma besteira, mas depois observando melhor o outro lado deste nome, notaria que realmente não entendeu nada! E ficaria se perguntando "como será o filme”? E ainda tem gente que gosta de filmes com este naipe de títulos, mas não o julguemos antes de nos aprofundar. Filmes como este, que a primeiro instante é estranho, pelo seu título, podem revelar de maneira sem graça, tosca e ás vezes com cenas impróprias sérias situações que podemos observar no mundo real. Como o foco principal do filme "Centopeia humana", o roteiro gira em torno do personagem que sofre um distúrbio obsessivo, e como bicho de estimação, uma centopeia, ele traça no seu mundo uma espécie de vida utilizada pelo inseto. Assim como o outro filme, citado no início desta matéria, "A vagina

dentada". Este conta a história de uma menina que no auge de sua juventude, se sente envergonhada por ainda ser virgem, em meio ao ciclo de amizade que vive, para ela isto é o fim! E quando de repente desfruta do prazer pela primeira vez, percebe que algo de estranho está acontecendo, ou melhor, algo estranho aconteceu. Pois é, ela acabou machucando seu parceiro e a ela mesma. Sim, minha gente, ela percebeu que no interior de sua vagina, haviam dentes afiados... E a partir disso, poderia usá-los como sua arma de proteção. Mas nada de laudos médicos, ginecológicos e afins... Vendo estes filmes bizarros, pode-se perceber que tem uma história que instiga a curiosidade. Que deixa a vontade de assistir, quando alguém comenta sobre. São filmes que a partir do roteiro, tendem a desvendar uma história que traz á nós uma realidade, como se quisesse nos passar uma mensagem. O negócio é ter a curiosidade logo de início, mas com nomes assim é meio difícil chegar ao primeiro passo: Assisti-los!


FOTOS IMORAIS Imoral, diz-se aquele que é libertino, devasso. Encontram-se aqui as fotos mais libidinosas, devassas e desregradas captadas pela Kelly Freire mês passado. Dá uma olhada e fale se.. OH WAIT!

Sutileza real.


FOTOS IMORAIS

jovem, que pele macia. Vou te dar o meu cartรฃo. Faรงo serviรงos gerais, agora corpo oral e mental. Ligue e consulte.


FOTOS IMORAIS

Um pau gigante com dinheiro na ponta, quem n達o quer? E tinha gente fazendo cara de sofrimento ainda. N達o sabem nada da vida esses jovens de hoje.


A gente quer comida, diversão e arte Por Kelly Freire

O

dia amanhece ensolarado, apesar de ser bem cedo. Dona Maria Amélia toma seu banho matinal, prepara um cafezinho preto e bebe fazendo biquinho e dando uns “soprinhos” para não queimar a boca, afinal pode perder a hora. Coloca a xícara decorada com florezinhas cor –de - rosa na pia, pega a sacola cuidadosamente arrumada no dia anterior. Antes de sair, olha ao redor para ver se não está esquecendo nada. Sai pela porta dos fundos, já que a casa está toda bem trancada, passa pelo portão e ganha a rua.

destino de hoje é uma fazenda no interior do estado, que já visitou nem sabe quantas vezes, mas sempre volta porque os “meninos são umas gracinhas, a comida é boa e tem coisas lindas para trazer de lembrança”.

Ao caminhar, nota certos olhares de estranhamento devem ser por conta dos passos apressados, ou do cabelo pintado de roxo suave, ou ainda por conta da sacola que carrega sem tanta dificuldade assim. Não importa, precisa chegar no horário.

- Tomara que hoje não tenha porque o Doutor Marcelo me proibiu de comer essas coisas – comenta outra.

Diferente do que muitos imaginam, Dona Maria Amélia não está indo à feira, nem a uma consulta médica, muito menos visitar os filhos. Ela vai mesmo para mais uma de suas amadas viagens. O

E a conversa vai indo até que todos entrem no ônibus e se acomodem. Dona Teresa, coordenadora do grupo puxa uma oração para que tudo dê certo. Todos acompanham. Depois distribui um

Junto com ela, uma turma animada de mais ou menos cem amigos. Todos rindo, contando piadas, falando da vida dos outros e imaginando como será o passeio: - Da outra vez que estivemos lá, tinha um leitão pururuca que era uma gostosura – diz um.

- Mas hoje é dia de passeio, não vai fazer mal, não pode é comer sempre – completa alguém...


saquinho com balinhas e recolhe a “caixinha do motorista”. Todos fazem questão de contribuir, afinal, é um menino tão bom, cuidadoso, merece um agradinho. Duas horas depois chegam a tal fazenda. Um grupinho de jovens sorridentes e uniformizados está esperando. Entram nos ônibus, dão as boas vindas e enquanto falam alguém grita: “Ô meu filho, não dá pra gente ir ao banheiro primeiro?” Outra explica aos cochichos: “É que ele toma remédio para pressão...”. Dona Maria Amélia se sente em casa, depois de ir ao banheiro, comanda o grupo de amigas e indica o restaurante, assim não precisam ficar na fila. Depois do café da manhã, os meninos sorridentes, convidam todos para uma caminhada. Durante o percurso, dona Maria Amélia e as amigas batem muitas fotos, de cabras, bodes, pavões, patos e flores. Andam a cavalo, deslizam pelo pedalinho, fazem compras e se esbaldam no aperitivo. A confusão com os estádios atra-

sados para a copa parece ser coisa de outro mundo naquele ambiente. A única preocupação Yoki que reina ali é em relação à canjica e ao sagu servidos na sobremesa do almoço (qual será receita de iguarias tão deliciosas?). Música, risos e piadas são ouvidos o tempo todo, junto com gritinhos histéricos de quem está vivendo uma aventura pela primeira vez. Alguém chega contando: “E não é que a Dona Celina teve coragem de ‘andar’ de tirolesa?”. Certas pessoas deviam saber o quanto a vida pode ser divertida e saudável. Carlinhos Cachoeira não teria cometido metade de suas falcatruas, se convivesse com pessoas assim. Todo dinheiro da família Yoki, não compraria metade da alegria compartilhadas nas atividades de Dona Maria Amélia. E o governo com certeza aumentaria o valor da aposentadoria se percebesse que investir em alegria é muito melhor que gastar milhões em saúde pública. Dona Marilda sarou de uma depressão depois de entrar no grupo e começar a viajar. Seu Orlando

foi até morar sozinho e não fica mais triste depois da morte da esposa. Dona Margarida aceita melhor o filho homossexual agora. O alto escalão do governo deveria participar de um grupo, ou ir a uma dessas viagens para saber que o que se leva da vida é a vida que se leva. O dia está acabando ao som do hit “quem parte leva saudade de alguém que fica chorando de dor. Por isso nem quero lembrar, quando partiu meu grande amoooôôoor. Aiaiaiaiaiai está chegando a hora, o dia já vem raiando meu bem, e eu tenho que ir embora”. Dona Maria Amélia entra no ônibus com sua sacola, agora mais cheia, das compras feitas para filhos, genros, noras e netos. Acena com a mão trêmula e com um sorriso capaz de iluminar a Paulista inteira em dia de apagão. Deixa saudade e a certeza que apesar de todos os males, tem muita coisa boa nesse Brasilzão de Nosso Senhor. Até a próxima!


Tirinhas, passatempos, piadas e muito mais para sua alegria! Mafalda (Quino)

Calvin & Haroldo (Bill Watterson)

Hagar (Dik Browne)


- "Dentro de dois minutos, a pessoa que aqui se presume assassinada, entrará na sala deste Tribunal". E olhou para a porta. Os jurados, surpresos, também ansiosos, ficaram olhando para a porta. Decorreram-se dois longos minutos e nada aconteceu. O advogado, então, completou:

Sudoku O objetivo do jogo é completar todos os quadrados utilizando números de 1 a 9. Para completá-los, seguiremos a seguinte regra: Não podem haver números repetidos nas linhas horizontais e verticais, assim como nos quadrados grandes.

- "Realmente, eu falei e todos vocês olharam para a porta com a expectativa de ver a suposta vítima. Portanto, ficou claro que todos têm dúvida neste caso, se alguém realmente foi morto. Por isso insisto para que vocês considerem o meu cliente inocente". (In dubio pro reo = na dúvida a favor do réu). Os jurados, visivelmente surpresos, retiraram-se para a decisão final. Alguns minutos depois, o júri voltou e pronunciou o veredicto:

H

Bom advogado, cliente estúpido á alguns anos atrás, um homem era julgado por um suposto homicídio.

- "Culpado!" - "Mas como?", perguntou o advogado. "Eu vi todos vocês olharem fixamente para a porta, é de se concluir que estavam em dúvida! Como condenar na dúvida?" E o juiz esclareceu:

Haviam evidências indiscutíveis sobre a culpa do réu, mas o cadáver não aparecera.

- "Sim, todos nós olhamos para a porta, menos seu cliente..."

Quase ao final da sua sustentação oral, o advogado, temeroso de que seu cliente fosse condenado, recorreu a um truque:

Moral da história:

- "Senhoras e senhores do júri, senhor Juiz, eu tenho uma surpresa para todos", disse o advogado olhando para o seu relógio.

"NÃO ADIANTA SER UM BOM ADVOGADO SE O CLIENTE FOR ESTÚPIDO".



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