ʵʵʱʣʵ ʥʧʰʶʴʱ ʦʧ ʶʴʣʶʣʯʧʰʶʱ ʲʣʴʣ ʲʧ (02&,21$,6
6 2 1 5 2 7 6 1 $ 5 FRP 7 $1'5(66$ )5$1&2 0285$
ANDRESSA FRANCO MOURA
CENTRO DE TRATAMENTO PARA PESSOAS COM TRANSTOSNOS EMOCIONAIS
Trabalho Final de Curso apresentado junto ao Centro Universitário Moura Lacerda para obtenção do título de graduação em Arquitetura e Urbanismo, sob orientação do professor Francisco Gimenes.
RIBEIRAO PRETO 2014
DEDICATÓRIA À minha mãe, Giovana Vicentini Franco, que sempre me incentivou para a realização dos meus ideais, encorajando-me a enfrentar todos os momentos difíceis da minha vida. Com amor e carinho, dedico ao meu irmão Rodrigo Franco Moura e ao meu marido Marco Antônio de Almeida Felício Marçon, pelo apoio e contribuição para minha formação acadêmica.
AGRADECIMENTO: Primeiramente agradeço a Deus por ter me concebido a vida e por todas as oportunidades que me proporcionou permitindo que tudo isso acontecesse, além de estar sempre ao meu lado, me guiando em cada passo, também por ter me dado forças pra continuar mesmo em meio às situações difíceis que passei no decorrer da minha vida universitária. Agradeço a minha Mãe, mulher guerreira, que sempre esteve ao meu lado, me apoiando, incentivando e encorajando a seguir sempre enfrente, além de me proporcionar que eu fizesse a faculdade, mesmo ficando longe dela para isso, e nunca mediu esforços para nada na minha vida e de meu irmão, fica minha eterna gratidão. Ao meu pai, que mesmo não estando mais aqui fisicamente, sempre está em meus pensamentos e no meu coração e é, muitas vezes, minha fonte de inspiração. Era um apaixonado pela Arquitetura, e hoje estou mais feliz por estar concluindo esta etapa, sonho dele, que se tornou o meu. Tenho certeza que ele está em comemoração lá de cima. Ao meu irmão Rodrigo pelo apoio e amor de sempre, uma pessoa ímpar que eu admiro muito. Ao Marco Antonio, que nesse meio tempo se tornou meu marido, ele que tanto me incentivou com a volta aos estudos, e durante a faculdade, esteve sempre ao meu lado, me apoiando em todos os momentos mesmo com o stress dos trabalhos, me amando e me fazendo ter cada dia mais vontade de vencer. Ao meu avô e minhas avós, meus tios e primos, que sempre estiveram presentes em minha vida. Agradeço aos meus professores por me ensinarem e me passarem conhecimento para estar aqui, em especial ao Chiquinho (Francisco Gimenes), meu orientador, pelo apoio, orientação, dedicação e paciência para me ajudar na elaboração deste trabalho; agradeço também a Rita que estava sempre disposta a solucionar minhas dúvidas e me dar novas ideias e soluções. As minhas colegas, e hoje amigas, por terem me recebido tão bem, vindo da transferência, e me ajudarem, acompanharem e apoiarem nos momentos difíceis que passamos juntas para a realização desse sonho. A todos meus amigos que sempre estão comigo, com uma palavra carinhosa e de incentivo quando preciso. E a todos que fizeram parte desta conquista, direta ou indiretamente, o meu muito obrigada.
RESUMO MOURA, A. F., Centro de Tratamento para pessoas com Transtornos Emocionais. Arquitetura e Urbanismo. Centro Universitário Moura Lacerda, Ribeirão Preto, 2014 O propósito deste trabalho foi a preocupação com os espaços destinados ao tratamento da saúde mental, estes que em sua maioria tem o intuito de disciplinar, punir e excluir o paciente, são locais precários, espaços adaptados ou construções muito fechadas, ambos sem suporte ou cuidado com o paciente, sem contar a quantidade insuficiente comparada a demanda. Por isso, foram estudadas as doenças mentais, o comportamento destes pacientes abalados emocionalmente e as formas de tratamento para chegar ao que é o espaço ideal para essas pessoas fragilizadas psicologicamente, concluindo que o espaço é de suma importância para sua recuperação. Na busca por algumas referências projetuais, muitas soluções arquitetônicas vieram à tona, dando inicio ao projeto do Centro para Tratamento de Pessoas com Transtornos Emocionais, em um terreno bem amplo e com bastante área verde, voltado principalmente para o tratamento alternativo para os pacientes, de modo que não percam o contato com a sociedade, e para isso, o novo centro irá fornecer oficinas, aulas, atividades físicas e terapias no decorrer do dia de diversas maneiras, em horários alternados, para atender aos anseios e necessidades de cada paciente. Também terá suporte médico para os casos críticos. E, finalmente, há a apresentação do projeto, espaço que buscou solucionar as questões principais relacionados a saúde, com o intuito primordial de ser um lugar agradável, confortável, que proporcione liberdade e prazer aos pacientes e pessoas que lá frequentarem.
Palavras Chave: Saúde ca Psiquiátrica.
Mental. Tratamento Alternativo. ClíniEspaço Humanizado. Transtornos Emocionais.
ABSTRACT MOURA, A. F., Treatment Center por people with emotional desorder. Architecture e Urbanism. Centro Universitário Moura Lacerda, Ribeirão Preto, 2014 The purpose of this study was the worry with the treatment centers for mental health, those wich mostly aims to discipline, punish and exclude the patient, are precarious places, adapted spaces or very closed buildings, both without support or care with the patient, not counting the meager amount compared to demand. That’s why mental illnesses were studied, the behavior of these patients emotionally shaken and the best treatment and space for those people psychologically sick, concluding that space is so importance for their recovery. In the search for some projective references, many architectural solutions many solutions have been found, starting the Project of this Treatment Center for people with emotional disorders in a big area with a lot of vegetation. Destined principally to alternative treatment , to not lose contact with society, and for this, the the new center will provide workshop , classes ,physical activities and therapies throughout the day, in several ways, in an alternate time to meet the desires and needs of each patient. Also have medical support for the critical cases. Finally, there is the presentation of the architecture project, space that tries to solve the main issues related to health, with the primary being a nice place, comfortable that provides freedom and enjoyment to patients and people who attend there.
Key Words : Mental Health . Alternative treatment. Psychiatric Clinic. Humanized space. Emotional Disorders.
SUMÁRIO: 1APRESENTAÇÃO Introdução ----------------------------------------------------------------- 15 Justificativa ---------------------------------------------------------------- 18 Espaço, Lugar e Relação com o Homem ----------------------------- 20 Soluções para o Problema ---------------------------------------------- 23 2DESENVOLVIMENTO Doenças Mentais ---------------------------------------------------------- 27 Tratamento ----------------------------------------------------------------- 32 Equipamentos para Tratamento no Brasil ---------------------------- 35 Equipamentos para Tratamento em Ribeirão Preto ----------------- 38 Informação Hospital Santa Tereza ------------------------------------- 43 Estudo de Caso ---------------------------------------------------------- 44 Entrevista --------------------------------------------------------------------- 48 3ÁREA ESCOLHIDA Análises da Área ----------------------------------------------------------- 55 Análises do Entorno ------------------------------------------------------ 60 4CONSIDERAÇÕES PARA O PROJETO Leitura Projetual 1 --------------------------------------------------------- 69 Leitura Projetual 2 --------------------------------------------------------- 75 Leitura Projetual 3 --------------------------------------------------------- 81 Premissas ------------------------------------------------------------------- 85 Programa ------------------------------------------------------------------- 86 Lesgislação ----------------------------------------------------------------- 87 4PROJETO Plantas ----------------------------------------------------------------------- 91 Memorial Justificativa e Explicativo ------------------------------------ 93 O Projeto -------------------------------------------------------------------- 95 Maquete Eletrônica -------------------------------------------------------- 98 5CONCLUSÃO Considerações Finais ------------------------------------------------------ 111 Referências ------------------------------------------------------------------ 113
1. APRESENTAÇÃO
14
INTRODUÇÃO: Há algumas décadas vem se acentuando a problemática relacionada aos espaços construídos e destinados ao tratamento da saúde humana. Os hospitais e clínicas médicas, na sua maioria, até meados do Séc. XXI, foram construídos sem qualquer planejamento. Preocupa-se muito com a tecnologia na área da saúde, os aparelhos para diagnósticos ultramodernos; cirurgias por vídeo; divisão da medicina, cada dia mais, em subespecialidades; medicamentos muito mais eficazes, com menos efeitos colaterais; enfim, uma gama imensa que se desenvolve e evolui diariamente, mas muitas vezes, falham no que deveria ser essencial: o alívio do sofrimento e a produção do bem-estar no paciente. Essa constante evolução do mundo, com transformações e inovações que não param, seja na área da saúde, como em qualquer outra, a indústria, o comércio, a ciência, as telecomunicações, a informática e a própria tecnologia, proporcionam muitos benefícios para o individuo e uma maior rapidez em tudo que se faz, mas em contrapartida, acabam gerando inúmeros problemas psicológicos ou agravando existentes, pelo cérebro não conseguir acompanhar tamanho desenvolvimento, já que a população não se adequa ao fluxo dessas mutações, desencadeando alto nível de stress no indivíduo. Outro malefício dessas transformações é que além da mente nem sempre conseguir se adequar, muitos não aproveitam dessas inovações por questões econômicas, gerando desconforto e problemas de ordem social, além de, algumas vezes, atingir a saúde mental. No que se refere a saúde mental, é cada vez mais comum, pessoas com transtornos emocionais, seja por alguma perda, pela competição excessiva com o outro, problemas familiares, econômicos, ou qualquer que seja o motivo, os problemas psicológicos não deixam de existir e são mais frequentes na atualidade, existindo em todo lugar, sem distinção de raça ou classe, e devem ser tratados e acompanhados não recobertos por máscaras que tentam esconder o problema ou tratá-los como uma patologia clínica qualquer. Portanto, este projeto de Arquitetura e Urbanismo, que busca encontrar espaços que possam contribuir no tratamento de pessoas com problemas emocionais, como uma área que busca propiciar conforto, bem-estar e qualidade de vida para seus usuários, consiste em encontrar soluções para projetar espaços agradáveis e saudáveis para pessoas com transtornos mentais, já que é uma área falha e escassa. Segundo Bertoletti (2011, p. 26), “Cabe ainda ressaltar a importância da análise destes locais sob a abordagem dos conceitos da Psicologia Ambiental, já que inúmeras pesquisas comprovam a influência do espaço na alteração do comportamento humano.” Até o Séc. XX, na maioria dos países, as instituições que recebiam e “cuidavam” das pessoas com problemas mentais, eram os Manicômios, Sanatórios, e mais tarde os Hospitais Psiquiatricos, todos com influencia Nazista, eram prédios grandes e fechados, com 15
a suposição de que os “doentes” deviam ser excluídos da sociedade. Eram ambientes com a intenção de punir, disciplinar e reprimir, dotados de total vigilância, sem se importar com o paciente. Eram tratados como loucos, discriminados e reprimidos por todos e o manicômio era a solução para estes incômodos, não tolerados, em situação frágil e totalmente sem direito de se defender, pois significavam uma ameaça ao bem estar da sociedade. Nesses locais, as pessoas com transtornos viviam dopadas, sob altas taxas de calmantes, sem o mínimo de expressão de sentimento, como se aquele estado de saúde fosse algo concebido por vontade própria ou uma doença altamente contagiosa. O Séc. XVIII é citado por Foucault (1998) como época do nascimento da Medicina como ciência, seguido da constituição da sua primeira especialidade, a medicina Mental ou Psiquiatria. Esta, segundo Amarante (1995), se apropria do fenômeno da loucura, transformando-a em doença mental, e definindo o espaço destinado ao seu tratamento: o manicômio. Nestes espaços, os considerados doentes mentais eram encerrados e mantidos em isolamento, completamente excluídos da vida social. (SANTOS et al, 2000, p. 4)
Os manicômios, embora ainda existam em alguns lugares, sempre foram objetos de inúmeras críticas pelo fato de que seus habitantes eram mais isolados e mal tratados do que presidiários que fizeram algum mal para estarem nas cadeias. Houve então uma tentativa de humanização em busca de melhores condições de vida para os pacientes: as colônias, mas estas não tiveram grande avanço, pois ainda pregavam a exclusão e o isolamento, e não tiveram muito sucesso, poucas foram construídas ou adaptadas. Após a Segunda Guerra Mundial, aumentaram as críticas dos modelos manicomiais, quando surgiu o projeto da Reforma Psiquiátrica, colocando em questão o papel da instituição e a eficiência dos estudos da saúde mental e, por isso, começaram as revisões das formas de tratamento dos distúrbios mentais. No Brasil, foi na década de 1970, que a reforma teve força e a referência foram os pensamentos Italianos que lutavam pela desconstrução das instituições e a reinserção dos pacientes à vida social, mas foi em 1990 que a Reforma chegou ao legislativo e começou a ser implantada de fato. “Em nosso país, esta campanha visava também o combate à chamada ‘indústria da loucura’, uma verdadeira rede que incentivava a cronicidade dos casos, alimentando os lucros de hospitais conveniados e indústrias farmacêuticas.” (FONTES, 2003, p. 23) Nesse sentido, a Arquitetura ganha um importante papel com a intenção de caracterizar espaços comprometidos com o amparo e cuidados das pessoas, a manutenção da saúde mental, em ambientes confortáveis e agradáveis, não mais focado na exclusão, mas sim para propiciar o bem-estar físico e emocional para seus usuários. 16
O conceito de humanização, presente atualmente em várias áreas do conhecimento, tem sido largamente divulgado e aplicado nos projetos recentes em arquitetura da saúde, e representa um desdobramento de um novo enfoque da saúde, centrado no usuário, que passa a ser entendido de forma holística, e não mais como um conjunto de sintomas e patologias a serem estudadas pelas especialidades médicas. (FONTES, 2003, p. 20)
A convivência na sociedade, a humanização e a qualidade de vida estão intimamente ligados à mente e a saúde de qualquer pessoa, portanto incorporar a visão do paciente, sua cultura e trazer para os espaços seus valores, é de suma importância para sua recuperação. Neste novo cenário, no Brasil, também na década de 1990, criou-se o Serviço Residencial Terapêutico (SRT), que são alternativas de habitação para pessoas com transtornos psiquiátricos que não possuem suporte familiar e social adequados. A questão fundamental do SRT é proporcionar moradia e convivência social, não atuando apenas como unidades de saúde. “O doente mental, ao invés de estigmatizado, isolado e destituído de direitos, deve ser respeitado pela sociedade pela diferença que tem das demais pessoas.” (BERTOLETTI, 2011 apud COSTA, 2003, p. 27) Foi inclusive desenvolvido nos EUA, por Agelica Thieriot, em 1978, o Patient Centered Care, após experiências traumáticas em ambientes hospitalares, que baseia-se na humanização do ambiente, integrando a tecnologia a uma nova concepção de projeto, voltado pra cultura e valores cotidianos do paciente, alem da relação do mesmo com o corpo clínico, o que também é de suma importância para permanência do paciente no local e para sua melhora. “Uma clínica jamais pode ser um depósito para seres humanos.” 1 Portanto, o Centro de Tratamento para pessoas com transtornos emocionais proposto pelo Trabalho de Conclusão de Curso tem a intenção de instituir um espaço que atenda a todas essas expectativas, sendo adequado às assistências de saúde, tenha conforto térmico, acústico e visual, para tornar o local bem acolhedor e remetendo a ideia de liberdade, conforto e prazer, possibilitando ao paciente sua interação com o local, um maior contato com a família e as pessoas para obter maior sucesso com o tratamento, também terá atividades físicas, manuais e artísticas, tudo isso inserido em muitos espaços verdes que colaboram ainda mais com este cenário desejado.
1-Informação concedida em conversa informal com o escritor e psiquiatra Augusto Cury, no dia 02 de Setembro de 2013, no municipio de Colina-SP.
17
JUSTIFICATIVA Os problemas de saúde mental são cada vez mais recorrentes na atualidade, ocasionados por inúmeros motivos, seja por uma perda de ente querido, pelas múltiplas tarefas do dia-a-dia, o estresse, a violência do mundo, as desigualdades, crises econômicas e sociais, baixa de auto-estima, mudança de hábitos e rotina, existência de outras doenças ou por qualquer outra razão, a sociedade está se tornando refém desses vilões e, na maioria das vezes, muitas pessoas não sabem como lidar e o que recorrer para se livrar desses problemas. As mulheres por sua vez, ainda são as mais atingidas, alguns pesquisadores da área inclusive atribuem o fato às modificações hormonais, que alteram o estado de humor e ao pós-parto, ou também pela mulher, na maioria das vezes, ser mais negativa em relação aos obstáculos da vida do que o homem, motivos que elevam a chance de sofrer algum transtorno em até 40% a mais em relação ao sexo oposto. Maria Rita Kehl, psicanalista, em entrevista a IHU (2013), reflete: “Eu acho que o crescimento das depressões precisa ser levado em conta para repensarmos a nossa vida social”. E, embora essas doenças psicológicas sejam cada vez mais comuns no Séc. XXI, percebe-se uma discrepância no que diz respeito aos locais destinados ao tratamento desses indivíduos abalados emocionalmente, já que os mesmos estão escassos, e os existentes, estão degradados. Preocupa-se muito com outras áreas da medicina, principalmente no que se trata das partes de diagnóstico e farmacologia, e deixam de lado um problema que atinge progressivamente os cidadãos, que são as doenças mentais. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, apenas uma pequena parcela da população com transtornos psíquicos tem acesso ao tratamento, e essa doença deve ser tratada como uma prioridade da saúde pública e privada, e não deve ser ignorada. Até a década de 1970, os locais destinados ao tratamento dessas doenças eram os manicômios, que por sua vez foram a principal razão das críticas da Reforma Psiquiátrica. Essa reforma tinha e tem a intenção de combater essas instituições, modificando conceitos e implantando clínicas e hospitais psiquiátricos com conceitos sociais, de inserção, na tentativa de auxiliar e facilitar o tratamento dessas pessoas com transtornos emocionais. Portanto, esse novo Centro de Tratamento visa criar um espaço de tratamento onde o doente remeta os valores de casa, com atividades de lazer ao longo do dia, priorizando a integração do paciente com o espaço exterior de modo que consiga voltar a viver em sociedade, vencendo seus medos, angústias e anseios. Pretende também mostrar ao mundo que essas pessoas com transtornos emocionais são pessoas comuns, que apenas não merecem sofrer sozinhas e buscam ajuda para melhorar e, por isso, não 18
devem ser excluidas ou isoladas. A construção da individualidade se dá em um ambiente adequado, local estimulador de ações, pensamentos e sentimentos que permitirão o desenvolvimento da essência humana. [...] Elucidar o ato de apropriação se refere à necessidade de se estudar as edificações, no caso, as instituições hospitalares, sob a ótica do comportamento do sujeito, ou seja, o estudo da performance do edifício em ação, onde o usuário interage com seu meio ambiente. (COSTA, 2001, p. 1)
A intenção é criar uma clínica dinâmica, onde o paciente possa interagir com o mundo, praticar esportes e atividades físicas, se alimentar bem, ter profissionais multifuncionais para conversar e ajudá-lo, conviver com a família e companheiros de tratamento em espaços agradáveis e confortáveis. Além disso, o indivíduo pode frequentar a clínica de maneiras alternadas, de acordo com a necessidade, podendo ser: - Esporádico: o paciente frequenta a clinica uma vez a cada dois meses nas consultas marcadas com o psiquiatra e uma vez a cada 15 dias para terapia individual. Pode frequentar a clinica para as atividades propostas se quiser - Curtos períodos: o paciente tem consultas marcadas com o psiquiatra uma vez no mês, tem terapia individual uma vez na semana, e terapia coletiva com participação da família ou não uma vez por mês. Tem liberdade de frequentar as oficinas e aulas e praticar atividades físicas no local - Semi-Internação: o paciente frequenta a clinica de segunda a sábado das 07:30h as 17:30h, tendo varias atividades ao longo do dia, frequentando terapia individual duas vezes na semana, terapia coletiva com ou sem família a cada 20 dias e consulta com psiquiatra uma vez a cada 20 dias. Tem quartos para repousar durante o dia e faz entorno de quatro a cinco refeições diárias - Internação: o paciente permanece na clinica quando é diagnosticado estado critico, tendo nos primeiros dois meses consultas semanais com psiquiatra, terapia duas vezes na semana, terapia coletiva uma vez na semana e atividades de lazer e ocupação durante o dia. No terceiro e quarto mês, o paciente tem consulta com psiquiatra a cada 15 dias, terapia individual duas vezes na semana e terapia coletiva a cada 15 dias, também continua nas atividades durante o dia. Sua permanência máxima na clinica são 120 dias. O intuito é que o paciente se sinta à vontade ao lado de profissionais capacitados que se tornarão, acima de tudo, amigos, em um ambiente aconchegante, com o intuito de tratar o transtorno de maneira mais fácil, rápida e eficaz, sem sofrimento ou exclusão, na busca sempre por uma qualidade de vida para eles, com uma construção sustentável, adequada ao clima local, integrada ao entorno, e acima de tudo, preocupada com o conforto e a satisfação dos frequentadores. 19
ESPAÇO, LUGAR E RELAÇÃO COM O HOMEM O conceito de espaço e lugar era primeiramente definido como uma delimitação de formas e funções, um ambiente criado por formas geométricas que tinham destinos específicos, mas com o passar dos anos, percebeu-se que espaço e lugar vão muito além disso. O espaço não é apenas uma forma, ele tem valor, deve satisfazer as necessidades de sua função, estabelecendo assim a relação do sujeito com o meio. O espaço, então, é um território de subjetividades múltiplas, onde o homem elabora conteúdos conscientes e inconscientes de acordo com a forma e a função especificas de um universo ambiental. O cotidiano do processo de elaboração do espaço aparece como uma constante troca entre o homem e o meio ambiente, engendrando um redimensionamento de variáveis culturais, econômicas, físicas, psicológicas e sociais que permitirão a apuração do sentido desse espaço. (COSTA, 2001, p. 1)
O homem é dotado de cinco sentidos, visão, tato, audição, olfato e paladar, os quais faz com que tenhamos sentimentos e sensações e isso ocorre em relação ao espaço. A visão é primordial para a organização e compreensão do espaço, os outros sentidos complementam essa percepção, a audição dá vida ao lugar; o tato ajuda na concepção e entendimento das formas e objetos que a compõem, o olfato colabora com essas sensações místicas e por fim, o paladar, que pra esse caso não faz tanto sentido, mas é esse conjunto de sensações que nos dá uma melhor percepção e significado de espaço, esta que é individual e subjetiva, Espaço tem um significado mais amplo, é abstrato, nos remete a ideia de liberdade, amplicidade, já o lugar é algo conhecido, é humanizado, onde se pode habitar e tem segurança. Ambos estão intimamente ligados e são essenciais ao ser humano, a medida que o espaço começa a ter valor e significado, torna-se lugar. A cultura é outro determinante na percepção do espaço, já que se diferem em costumes, modos de vida, vestuários, hábitos, dentre outros, fazendo com que pessoas com culturas diferentes tenham definições diversas para um mesmo local, mas também podem ter percepções comuns devido a estrutura fisiológica do corpo e valores humanos. “[...] o ambiente contém e transmite uma mensagem , que será absorvida pelos filhos da cultura e consequentemente influenciará o comportamento humano.” (KAHA apud RAPOPORT, 2014) As experiências de vida de uma pessoa também colabora com a definição e sentimento do espaço, pois ela deixa traços marcantes, tem uma memória própria, resume uma história de vida. O estado emocional também influencia na percepção do lugar, podendo chegar a condições espaciais equivocadas devido ao 20
seu estado psicológico abalado. E, baseado em todos esses fatores determinantes para a concepção do espaço, os sentidos, cultura, estado psicológico e experiência de vida, dentre outros, chega-se a uma conclusão do lugar, qualificando-o como alegre, triste, angustiante, confortável, agradável, ou com qualquer outro significado, frutos da produção humana de sentimentos, estes que podem ser diferente para cada pessoa e é por isso que a arquitetura assume seu papel na intenção de produzir espaços que causem percepções positivas no maior número de pessoas. “Enquanto satisfaz apenas as exigências técnicas e funcionais – não é ainda arquitetura; quando se perde em intenções meramente decorativas – tudo não passa de cenografia.” (LAKI, LIPAI, falta ano) Forma, matérias e função com a intensidade de satisfazer o desejo do cliente, são os elementos básicos que o arquiteto usa para produzir um espaço, mas o principal é pensar nas relações desse espaço com o homem, de modo a criar um elo afetivo entre eles. O ambiente construído é capaz de afetar diretamente as pessoas com que interagem, podendo aperfeiçoar e melhorar a sensação humana ou fazer o oposto. A forma do espaço pode aumentar a interação ambiente interno/externo, aumentando o grau de relação e intimidade com o local. O arquiteto, por sua vez, para propiciar essa mistura de sensações e percepções, tem uma tarefa mais complicada, ele precisa aprender a mentalizar espaços arquitetônicos, formas e materiais para transpor ao papel com a intenção de gerar satisfação no usuário. Um espaço arquitetônico precisa revelar em si mesmo o testemunho de sua criação. Precisa começar na imaginação e no sonho do cliente interpretado pelo arquiteto, ser projetado, racionalizado ou desenhado, para que, após construído, retowrne ao incomensurável: o campo da sensação e da percepção. (LAKI, LIPAI, falta ano)
O lugar ideal é aquele que propicia conforto, bem-estar, aconchego, dinamismo, com luminosidade, ventilação, vista agradável, pé-direito mais alto, áreas verdes, que gere boas sensações e diminua a tensão do usuário. “Sem arquitetura, os sentimentos sobre o espaço permanecem difusos e fugazes.” ( falta Referência) Se tratando de ambientes de saúde, essa questão é ainda mais fundamental, é necessário que o ambiente remeta a ideia de proximidade e aconchego entre o lugar e o paciente para amenizar o sofrimento, priorizando espaços de convivência já que o encontro, a conversa, os relacionamentos sociais e trocas de experiência são de suma importância para a eficácia do tratamento. Pensar nesse espaço significa compreender as impressões que foram deixadas no corpo do homem. As marcas resultantes corpóreas e psíquicas) relatam as experiências que o paciente sofreu durante sua trajetória terapêutica. O corpo humano e o espaço formam, emconjunto, o lugar na
21
memória de experiências de vida. (COSTA, 2001, p. 5)
Ao projetar um espaço de saúde, deve-se levar em conta que o lugar lida com vidas e sua forma age diretamente no paciente, influenciando na sua maneira de sentir, pensar e agir. Um espaço mal elaborado pode ser a causa de muitas comorbidades, principalmente psíquicas. Se tratando de saúde mental, isso é ainda mais importante pois o paciente que vai frequentar esse espaço já esta fragilizado e cheio de pensamentos e sentimentos negativos, por isso, ao projetar um espaço para essas pessoas, deve-se focar na produção de bem -estar , com lugares atraentes, com bastante aberturas, áreas verdes, e priorizar espaços de convívio e a utilização de cores, na tentativa de alegrar o paciente, ou pelo menos, amenizar sua tristeza e negatividade. Portanto, conclui-se que a arquitetura através de seus lugares é produtora de experiências sensoriais, exercendo um grande papel sob as pessoas, por isso cada espaço deve ser pensado e bem elaborado para gerar percepções positivas no ser humano.
22
SOLUÇÕES PARA O PROBLEMA Para estes problemas citados de falta de espaço adequado para o tratamento dos transtornos mentais, foram propostas algumas medidas para solucioná-lo. O Centro de Tratamento foi projetado em um terreno amplo, com muitas áreas verdes, algumas inclusive reestabelecidas, os cômodos são grandes e com muitas aberturas envidraçadas que integram os ambientes com o exterior; na maioria dos blocos possui pátio interno para também favorecer essa integração com a natureza e tornar os espaços mais abertos e agradáveis, fugindo da ideia de repressão. Possui consultórios médicos, onde os psiquiatras vão atender e passar medicações para os casos necessários, evitando ao máximo tomar tal medida, já que o intuito do centro é utilizar de tratamentos alternativos, mas os que precisarem, terá farmácia no local para facilitar pegar os medicamentos, sem ter que se deslocar. As terapias serão fornecidas individualmente e coletiva para que o psicólogo colabore com a melhora do paciente com uma conversa agradável que ajude a solucionar os problemas de cada um deles. Também serão feitas terapia com os familiares para que estes entendam os problemas do paciente e trabalhem em conjunto com os profissionais do centro de tratamento ajudando na recuperação e melhora mais rápida do paciente. Terão várias oficinas, aulas e atividades ao longo do dia, aulas de artes, pintura, dança, culinária, costura, yoga, dentre outras para ocupar o tempo e a cabeça dessas pessoas angustiadas, de maneira agradável, favorecendo o convívio entre eles, amigos, familiares e funcionários. Os quartos são acomodações que lembram quartos de uma casa, sem camas hospitalares, ou qualquer semelhança com hospital; todos são suítes para dar maior privacidade e liberdade para os pacientes. Utilizarão deste beneficio apenas os pacientes nas fases críticas da doença, os outros serão incentivados a voltar pra casa pra dormir, favorecendo o contato com a família e o convívio na sociedade. O refeitório vai oferecer alimentação para os pacientes e funcionários durante todo o dia, com seis refeições diárias, além das oficinas de culinárias que serão ministradas no local. Tudo isto, funcionará com o apoio de profissionais multifuncionais que serão treinados para auxiliar com os cuidados com esses pacientes fragilizados emocionalmente, que trabalharão em conjunto com o incentivo, apoio e contato com a família e amigos, os quais terão liberdade para frequentar o centro e também participar das oficinas e atividades diárias já que esse contato é fundamental para a recuperação e melhora do paciente.
23
2. DESENVOLVIMENTO
26
2.1- DOENÇAS MENTAIS ESQUIZOFRENIA É uma doença psicótica, na qual o estado mental demonstra uma perda de contato com o real. Pode ter causa genética ou ambiental, tem início súbito ou lento, começa geralmente entre 15 e 35 anos; o doente não percebe seu comportamento extranho, um dos motivos que faz com que a pessoa nunca busque ajuda por conta própria; e é uma doença de evolução crônica. O uso de maconha ou outras substâncias ilícitas pode ser fator causador da doença e o uso de alcool e tabaco é frequente nesses pacientes. Os principios são: delírios, crenças que não são reais; alucinações; mudanças comportamentais; negativismo, isolamento social, déficit de atenção e memória. TRANSTORNOS DE HUMOR Humor é a sensação de bem-estar, sentimento de alegria e tristeza alternados, conjunto de sensações boas e ruins. Transtornos de Humor tem como fundamento a alteração do afeto, podendo ser pro lado ruim, a depressão ou uma euforia. Pode haver distorção da realidade. Episódio maníaco: Caracteriza-se por crises de euforia, insônia, pensamento acelerado, auto-estima elevada, hiperatividade, falta de atenção, fala extensa, sensação de grandiosidade, atitudes impensadas, uma pessoa sem autocrítica, sem medo, que faz tudo em excesso. Depressão: É uma doença crônica, que gera uma tristeza intensa e contínua, perda de interesse em tudo na vida; afetando diretamente o sentimento, pensamento e comportamento da pessoa. O doente chora fácil, tem alteração do sono e na alimentação, há diminuição da concentração, o sentimento de culpa é sempre presente e é o transtorno psicológico mais comum na atualidade. Nos casos mais graves, há pensamento de suicídio associado. As principais causas são perda de emprego ou de entes queridos, dificuldade de relacionamento social, seja com a família ou problemas em fazer e manter amizades, isolamento da sociedade. Depressão Pós-parto: Com a gravidez, o corpo da mulher muda, tem uma total alteração nos hormônios que agem em todo o corpo, inclusive no sistema nervoso central e depois do parto o nível de hormônio diminui exageradamente em relação a fase anterior, abalando a mãe emocionalmente, deixando-a numa confusão de sentimentos e sensações. Quem já teve depressão antes da gravidez é mais suscetível a esse tipo de depressão pós-parto, e quem já teve depressão pós-parto de um filho, pode ter quando os outros nascerem. 27
Transtorno afetivo bipolar: Antigamente era chamado de Transtorno Maníaco-depressivo, é a mudança radical de humor, que varia desde a depressão intensa, com sentimento de tristeza, sem interesse e esperança, a picos de euforia extrema, cheio de alegria, vontade e energia, cada fase podendo durar desde algumas horas (casos incomuns) até alguns meses. É uma doença de diagnóstico difícil, mas quando realizado e iniciado o tratamento, a pessoa pode voltar a ter uma vida normal. Síndrome de Burnout: É uma síndrome que tem como causa o ritmo de vida atual, uma correria constante, estresse pelas condições de trabalho e uma tensão frequente com tudo ao seu redor, que causa um esgotamento físico e emocional na pessoa. Atinge mais os profissionais que lidam diretamente com pessoas e não conseguem separar o trabalho, de casa e família. Na fase inicial, os sintomas se assemelham a depressão, deixando a pessoa mais agressiva, com alterações de humor, tambem pode acarretar sintomas físicos. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE São os transtornos mais comuns na atualidade, ansiedade e medo ou fobia são bem parecidos. A principal causa da ansiedade é a pressa, vontade de acabar tudo rápido, e isso é gerado pela fobia ou pelo medo, e por isso a necessidade de apressar para concluir a tarefa com rapidez, fazendo com que se sinta aliviado até que a próxima situação inicie. Fobia Social: Medo e vergonha de situações de interação e contato com a sociedade, é uma doença crônica e precisa de tratamento. Transtorno do Pânico: Doença que gera uma ansiedade extrema, com crises súbitas e muito intensas, com sintomas fisicos, sensação de frio ou calor e medo de morrer. Pode haver medo de locais abertos, de multidões e de algumas situações. Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG): É uma ansiedade crônica, com nervosismo e preocupação exagerados, longos e frequentes, que interferem na vida da pessoa, nos relacionamentos e no sono, podendo acarretar problemas de saúde como, diarréia, irritabilidade, suor, mãos frias, boca seca, náuseas e outros problemas com o passar do tempo. Transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC): Doença com atitudes obsessivas e compulsões que gastam muito tempo e modificam a rotina da pessoa, é conhecido como a doença das manias, deixando a pessoa escrava de algum ou alguns 28
comportamentos repetitivos. A pessoa passa a ter rituais que são seguidos diariamente, e repetidas vezes, sem que seja um hábito e passando a ser uma obrigação. É a segunda doença psicológica mais comum na atualidade, perdendo apenas para depressão. Transtorno Pós-traumático (TEPT): É um distúrbio de ansiedade em reação a traumas intensos ou atos violentos que colocaram em risco sua vida ou a de outras pessoas, podendo acabar em alguns dias, durar apenas o conhecido como “estado de choque”; ou durar mais tempo, se torna mais grave quando o paciente fica relembrando cenas do momento , tendo a mesma sensação do ocorrido inúmeras vezes. Os sintomas mais comuns são físicos, psíquicos e emocionais, o paciente pode sofrer de amnésia de parte do seu passado ou sofrer uma paralisia neurológica sem explicação, reação do corpo para que a pessoa não tome consciência dos fatos ruins causadores do novo comportamento. Transtorno Somatoforme: A principal característica desse transtorno é que o doente apresenta inúmeros sintomas físicos em decorrência do seu estado emocional e que ao procurar o médico e fazer exames, percebe-se que não tem fundamento clínico, as queixas não condizem com os exames. O paciente geralmente não consegue admitir que seu problema é psicológico,, acabam indo a vários médicos na busca do diagnóstico que nunca se concretiza em resultados palpáveis, apenas quando percebem que estão com problemas psicológicos. Neurastesia: Esgotamento, sensação de não ter dormido mesmo após noite de sono, de não descansar TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE São transtonos em que o paciente tem dificuldade de lidar na sociedade e com situações diversas, tem um padrão atípico de pensamento e ação, sempre culpam os outros quando a situação ocorre diferente do esperado. Tipos de personalidade: - Personalidade Paranóica: nunca erra, não aceita ser contrariado, desconfia de tudo, distorce os fatos, não aceita desculpas, se acha o melhor em tudo - Personalidade Esquizóide: não socializa, vive em um mundo surreal, não expressa emoções e sentimentos - Personalidade Anti-social: despreza tudo e todos, agressivo, não suporta decepções, culpa os outros por tudo, não muda com reclamações, não diferencia certo de errado, mentem com facilidade, podem ser violentos em algumas situações, e facilmente tem vícios 29
(alcool e drogas) - Personalidade Instável: irrita quando é criticado, é impulsivo, sensação de vazio, relação social insconstante, autodestrutivo - Personalidade Histriônica ou Narcizista: se acha o máximo, necessita de admiracao, exagera em tudo que faz, busca sempre por novos parceiros, se ofende com facilidade, influenciável, não considera o sentimento do outro, é vulnerável e tem autoestima baixa - Personalidade Anancástica: perfeccionista, rígida, obstinada, sofre com repetição de pensamentos, preocupa com coisas pequenas - Personalidade Evitativa: insegura, sensível a reclamações, medo de relacionar, medo do novo - Personalidade Dependente: deixa as decisões para os outros, submisso Borderline (TPB): É um transtorno que gera instabilidade emocional, impulsividade, estresse, manifestações exageradas de raiva, insegurança, negativismo, não aceita críticas, não consegue seguir regras, ter frustrações, é intolerante e tem medo. Os primeiros sintomas aparecem, na maioria dos casos, na adolescência, motivo o qual no início pode ser confundido com a “rebeldia da idade”, mas as alterações persistem pela vida toda quando não há tratamento. TRANSTORNOS ALIMENTARES São mudanças de hábitos alimentares que levam ao emagrecimento ou a obesidade, e são ocasionados por problemas psicológicos. Compulsão Alimentar Periódica: É um distúrbio alimentar na qual a pessoa come desenfreadamente, sem limites de quantidade e vezes, e isso se torna uma rotina. Anorexia: É uma grave restrição alimentar causada pelo enorme temor a obesidade. A pessoa passa a ter aversão ao alimento; vê uma imagem distorcida de si própria, sempre mais gorda do que a realidade; passa a ter inapetência, náuseas ao ver os alimentos mesmo sem ingerí-los; sentimento de raiva e culpa quando come, faz atividade física em excesso, e consequentemente tem uma grande perda de peso em um curto prazo. Ataca principalmente as mulheres entre 14 e 19 anos e acaba desencadeando várias outras comorbidades. Bulimia: É um transtorno alimentar grave, as pessoas comem grandes quantidades de alimentos ou fazem uma refeição normal, mas sequencialmente induzem o vômito ou a diarreia para se livrar das calorias, também praticam exercícios físicos em excesso. Essas atitudes são provocadas por transtornos psicológicos que faz com que 30
a pessoa tenha medo de engordar, geralmente são pessoas muito perfeccionistas e vaidosas. Atinge na maior parte mulheres na faixa etária de 15 a 24 anos, e é uma doença de tratamento complicado. TRANSTORNOS DO IMPULSO São atos repetidos, sem motivo lógico que são relatados pelo paciente como incontroláveis e que vem sem interesse do próprio indivíduo, fazem muitas vezes sem se dar conta do que estão fazendo. Não tem causa conhecida. Compulsão Sexual: Conhecida também como ninfomania é uma obsessão pelo ato sexual ou por pensamentos e sentimentos sexuais, podendo inclusive afetar sua saúde, relação social e trabalho. Cleptomania: É um impulso de roubar coisas desnecessárias e, normalmente, de pouco valor, um estímulo irresistível. Causa muito sofrimento emocional para a pessoa e seus familiares, fazendo com que o doente viva escondido e com vergonha. Ataca na maior parte mulheres. E é uma doença de difícil cura, mas o tratamento pode amenizar. Informação importante: Qualquer uma dessas doenças podem ter sido causadas por algum vício, drogas e/ou alcool. A intoxicação por cocaína gera uma psicose aguda. O hipotireoidismo também pode causar depressão.
31
TRATAMENTOS Existem basicamente três categorias de tratamento para as doenças psicológicas ou mentais: - Somáticos: através de medicamentos e electroconvulsionantes - Psicoterapêuticos: terapias, relaxamento e hipnose - Alternativos: atividades sociais, atividades físicas, acupunturas Ambos os tratamentos podem ser associados para trazer melhores e mais rápidos resultados. A organização Mundial da Saúde (OMS) está investindo na identificação precoce das doenças mentais e psicológicas, com a intenção de iniciar o tratamento o quanto antes para ter maior eficácia, além de estar defendendo a humanização no tratamento dessas doenças, tratar cada caso em específico, sem generalizar, já que muitas pessoas sofrem com o tratamento inadequado ou com a falta de informação sobre. Por isso e outros motivos, conclui-se que é necessário reavaliar as doenças psiquiátricas, já que hoje se sabe que é comum duas pessoas terem diagnósticos de uma mesma doença e um medicamento fazer efeito para uma e não funcionar para outra. “Não precisamos encaixar o paciente numa doença específica, precisamos caracterizar a doença do paciente”. (MARI, JCNET, 04/2013) Além do fator mais importante, essas doenças psicológicas são a doença da vida moderna, da atualidade, e estão cada vez mais recorrentes. Tratamento com Medicações: Nos últimos anos, os medicamentos psiquiátricos desenvolveram bastante, de modo que as substâncias ficaram mais puras, causando menos efeitos colaterais e se dividem em algumas classes, sendo as mais comuns: - Antidepressivos: indicado para depressão. Como por exemplo a Imipramina, a Nortriptlina, Amitriptilina, e outros. - Antipsicóticos: para perturbações psiquiátricas e esquizofrenia. Como o Clorpromazina, Haloperidol, Tioxiteto, Clozapina, Risperidona, dentre outros. - Ansiolíticos: Tratar ansiedade, pânico e fobias. Clonazepam, Diazepam, Fluoxetina, Bupropiona, e outros. - Estabilizadores de Humor: Pacientes maníaco-depressivos. Lítio, Carbamazepina e outros . Terapia Electroconvulsionante: São usados eletrodos na cabeça do paciente que provocam algumas descargas elétricas no cérebro para induzir convulsões. A terapia é segura e raramente tem efeitos indesejados, usa-se de anes 32
tésicos e relaxantes musculares para dar maior conforto ao paciente e não causar risco à pessoa. É o tratamento mais eficaz para tratar depressão grave que não teve resultado com outros tratamentos. Psicoterapia: É uma sessão de conversa particular e secreta com o paciente, na qual o mesmo desabafa, conta seus anseios, sensações, sentimentos e preocupações a um profissional que está habilitado a lidar com essas angústias e pode ajudá-lo a solucionar. O profissional vai expor os conceitos de certo e errado e fazer com que o paciente enxergue seu sintoma e o que lhe faz mal, e tente melhorar isso. Faz com que as pessoas entendam e aceitem suas dificuldade, tenta explicar o sofrimento do paciente e o que fazer para diminuí -lo, descobre a origem dos problemas do paciente e o que fazer para melhorar, faz o paciente se auto-conhecer e aprender a lidar com as situações sem grandes alterações comportamentais. A terapia pode ser individual ou em grupo e seguem linhas diferentes: - Dinâmica: vem da psicanálise e tem a intenção de ajudar o doente a compreender seus conflitos e anseios internos que criam dúvidas e dificuldades ao longo da vida. - Comportamental-cognitiva: baseia-se em entender o que o paciente sente, que as vezes vem distorcido pelas palavras e o faz enxergar o que te prejudica. - Interpessoal: decifra o que uma perda ou trauma gerou no paciente e ajuda a modificá-lo. - Comportamental: ajuda o paciente a mudar seu jeito de agir perante acontecimentos do seu meio, sejam eles bons ou ruins. Pode combinar mais de uma técnica, dependendo da necessidade do paciente. Hipnose: Serve para tratar dores e perturbações que remetem a componentes psicológicos não identificados no passado. Promove relaxamento, e consequentemente diminuem a ansiedade e a tensão. Acupuntura: É um ramo da medicina chinesa, sendo um conjunto de práticas terapêuticas que estimula alguns pontos específicos na pele, chamados pontos de acupuntura, através de penetração desde locais com agulhas metálicas bem finas e sólidas, manipuladas manualmente ou com estímulos elétricos. A técnica auxilia várias funções corporais como gastrointestinais, musculares, endócrinos, psicológicos e neurológicos.
33
Atividades Físicas: São os movimentos do corpo que geram gasto energético, assim como qualquer esforço muscular e servem para auxiliar a manter a saúde física, mental e espiritual, além de auxiliar nos sintomas emocionais e psicológicos através da liberação de serotonina, e com a prática regular acabam mantendo uma boa forma, melhorando o condicionamento físico da pessoa, aumenta a força, melhora a capacidade cardiorrespiratória, consequentemente melhorando a qualidade de vida do praticante. Atividades Sociais: São atividades em que as pessoas tem a intenção de fazer o bem e ajudar o outro, geralmente são lideradas por voluntários que organizam práticas para determinada associação, órgão público, hospital ou qualquer instituição. Muitos utilizam dessas atividades sociais para ocupar seu tempo, outros já disponibilizam um pouco do seu ocupado e concorrido tempo para ajudar. São exemplos de atividades sociais: curso de corte e costura, aulas de pintura, aulas de dança, consultas médicas sem vínculo com equipamentos públicos, dentre outras.
34
EQUIPAMENTOS PARA TRATAMENTO NO BRASIL Serviço Residencial Terapêutico O Serviço Residencial Terapêutico são casas com estrutura normal, sala, cozinha, banheiro e quartos, onde cada paciente tem sua cama. A verba para mobiliar a casa vem do Ministério da Saúde, e a ideia dessas residências veio para tirar os pacientes dos hospitais psiquiátricos, que podem ou não ter perdido contato com suas famílias, ou para os que estão fragilizados, dando a eles dignidade e reinserção social. Os moradores precisam fazem acompanhamento nos CAPS ou em outras unidades de Saúde. As casas na sua maioria tem parceria com outras entidades filantrópicas, que ajudam a manter o funcionamento, tem um cuidador, funcionário geralmente de nível médio com instrução e capacidade para ajudar, e em cada unidade podem habitar de cinco a oito pessoas. Os pacientes ainda recebem dois tipos de benefícios, o LOAS e o De Volta pra Casa. Já foram identificados alguns problemas dessas residências como por não terem cuidador 24h os pacientes que ainda sofrem de algum déficit acabam passando necessidade, ou também por ser apenas um cuidador para cinco ou oito; os pacientes mais velhos tem outras comorbidades que agravam a situação na casa e ocupam mais o tempo do cuidador; pacientes com problemas físicos também tem maiores problemas. Esses moradores deveriam ter preferência e obrigatoriedade no atendimento nos CAPS e outras unidades de tratamento de saúde mental em momentos de crise ou para acompanhamento, mas nem sempre estão tendo essa garantia e sem esse acompanhamento, acabam piorando e atrapalhando a convivência na casa, mas ainda assim é melhor que tenha essas residências do que sem elas, o governo precisa apenas organizar e preocupar mais com essas pessoas, oferecendo-lhes um maior suporte.
35
CAPS:
CAPS significa Centro de Assistência Psicossocial, unidades que foram pensadas para possibilitar a permanência dos pacientes nestes locais em apenas parte do dia ou período diurno para que o doente tenha um maior e melhor acompanhamento; nos casos de quem toma remédios, para que estes sejam tomados regularmente e nos horários certos, e principalmente que participem de atividades sociais, tenham oficinas para ocupar seu tempo e consequentemente tenham uma maior inserção social, o que colabora bastante na evolução do tratamento de pessoas com transtornos. Eles organizam atividades diurnas e programam um roteiro de alimentação em horários fixos. Existem três tipos de CAPS: - CAPS I: não possuem psiquiatras, mas tem médico com treinamento na área para dar suporte aos pacientes, pode atender até 20 pacientes por turno em atendimento semi-intensivo e são destinados a cidades com população entre 20.000 e 70.000 habitantes. - CAPS II: Precisa ter psiquiatra, atendem até 30 pacientes por turno e são estimados para áreas com população entre 70.000 e 200.000 habitantes. - CAPS III: Tem psiquiatra, seu volume de atendimento é maior e são para áreas maiores que 200.000 habitantes. Em qualquer um dos três tipos, o atendimento pode ser: - Intensivo: máximo de 22 dias mensais - Semi-intensivo: 4 a 12 dias mensais - Não Intensivo: até três dias por mês
36
NAPS:
NAPS significa Núcleo de Atenção Psicossocial, que são instituições abertas que oferecem cuidados 24 horas para pessoas com transtornos mentais, podendo ter suporte para internação ou não, cada unidade tem em torno de seis leitos e atendem determinada área. Tem profissionais multidisciplinares nas áreas médicas, psicólogos, voluntários, dentre outros, que prestam atendimento das mais variadas formas, em regime intensivo, semi intensivo ou alternativo. Oferecem atividades em grupo e dão suporte e atendimento a família de modo a auxiliá-los a lidar com o tratamento e com o paciente. Os NAPS surgiram com o Programa de Saúde Mental de Santos, cidade pioneira nessa modificação de instituição para tratamento e até hoje disposta no tratamento a saúde mental do Brasil, sendo uma cidade referência para esse tipo de tratamento. Os NAPS tem um sistema de atendimento domiciliar a atendem emergência 24h, não tem limitação de número de pacientes e não necessitam de guias de encaminhamento para prestar atendimento, podem até encaminhar a outras unidades de Saúde, mas sempre fazem o primeiro atendimento.
PROGRAMA NECESSÁRIO PARA CAPS E NAPS A estrutura deve garantir segurança, tranquilidade e uma excelente integração social, são priorizadas ambientes com atividades em grupo, oficinas, farmácia, refeitório, banheiros acessíveis, consultórios médicos, salas para terapia, recepção, área externa, área de lazer, espaços arborizados, dentre outros. A equipe técnica geralmente é composta por: - 1 coordenador - 1 assistente gerencial - psiquiatras (opcional de acordo com a demanda) - 1 farmacêutico - 2 enfermeiras - 2 técnicos de enfermagem - 3 psicólogos - 2 terapeutas ocupacionais - 2 técnicos educacionais Equipe Administrativa: - 1 coordenador administrativo - 1 auxiliar administrativo - 3 auxiliar de serviços gerais
37
EQUIPAMENTOS PARA TRATAMENTO EM RIBEIRAO PRETO Os equipamentos que tratam da saúde mental do município são divididos por setor. O município tem três ambulatórios de Saúde Mental, o que divide a cidade em três regiões: - Ambulatório de Saúde Mental “Guido Hetem” - Ambulatório de Saúde Mental Central “Nelson Okano” - Núcleo de Saúde Mental do Centro de Saúde Escola “Dr. Manoel dos Santos Gabarra” Rede Municipal de Saúde Saúde Mental Ambulatório Regional de Saúde Mental CAPS CAPS AD Álcool/Drogas Ambulatório de Saúde Mental Distrito Oeste Ambulatório de Saúde Mental Distrito Central
Fonte: www.ribeiraopreto.sp.gov.br/ssaude/ programas/conf-mental/i16rterapeuticas.php. Acesso em 17 mar. 2014.
38
Fonte: Idem
Fonte: Idem
Centro: - CAPS II “Dr. Cláudio Rodrigues de Carvalho” Semi-Internação Funcionamento: 7:30 às 17 horas Atende o distrito central com cerca de 120.000 habitantes Serviços: Atendimento multiprofissional em saúde mental para pessoas com mais de 18 anos, residentes na área central, encaminhados do Ambulatório do Distrito Central, Hopital Santa Tereza ou Hospital das Clínicas. Endereço: Rua Prudente de Moraes, 475 - Centro - Ambulatório de Saúde Mental Central “Dr. Nelson Okano” Fucionamento: 7:30 às 17horas Atende o distrito central com cerca de 120.000 habitantes Serviços Oferecidos: Atendimento Ambulatorial em Pisquiatria para maiores de 18 anos, que moram no centro da cidade, apenas com guia de encaminhamento das UBS ou instituições de saúde. Endereço: Rua João Penteado, 504 – Boulevard
Fonte: www.ribeiraopreto.sp.gov.br/ssaude/programas/conf-mental/i16rterapeuticas.php. Acesso em 17 mar. 2014.
Fonte: www.googleearth.com.br. em 17 mar. 2014.
Acesso
Oeste: - Ambulatório de Saúde Mental do Distrito Oeste Funcionamento: 07h às 17h Atende cerca de 140.000 habitantes Serviço: atendimento ambulatorial com psiquiatras e psicólogos para maiores de 18 anos, residentes no distrito Oeste, com guia de encaminhamento das Unidades de Saúde. Endereço: Rua Teresina, 668 – Sumarezinho
39
- Núcleo de Saúde Mental do Centro de Saúde Escola “Dr. Manoel dos Santos Gabarra” Funcionamento: 07h às 17h Atende o distrito o com cerca de 170.000 habitantes Serviço: atendimento ambulatorial com psiquiatras e psicólogos para maiores de 18 anos, residentes no distrito Oeste, com guia de encaminhamento das Unidades de Saúde. Endereço: Rua Teresina, 679 – Sumarezinho
Fonte: www.ribeiraopreto.sp.gov.br/ssaude/programas/confmental/i16rterapeuticas.php. Acesso em 17 mar. 2014.
Fonte: www.googleearth.com.br com alterações pessoais. Acesso em: 17 mar. 2014.
Sul, Leste e Norte: - Ambulatório de Saúde Mental “Guido Hetem” (Antigo Regional) Funcionamento: 07h às 17h População estimada 330.000 habitantes Serviço: é um serviço estadual municipalizado com atendimento de psiquiatras e psicólogos para pessoas com mais de 18 anos, sendo referência para alguns municípios vizinhos. Atende a população dos distritos Leste, Sul e Norte com guia das Unidades de Saúde. Endereço: Rua Visconde do Rio Branco, 943 – Centro
Fonte: www.ribeiraopreto.sp.gov.br/ssaude/programas/ conf-mental/i16rterapeuticas.php. Acesso em 17 mar. 2014.
40
Fonte: www.googleearth.com.br com alterações pessoais. Acesso em: 17 mar. 2014.
O município tem um equipamento que serve toda a cidade: - CAPS AD – Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e Outras Drogas e CAPS III de Ribeirão Preto “Dr. André Santiago” Tem convênio com Sanatório Espírita Vicente de Paulo. Endereço: Rua Para, 1310 – Ipiranga Área Drogas e Álcool Funcionamento: Seg. a Qui. 07h às 21h Sex. 07h às 17h Serviço: atendimento especializado para alcoólatras e viciados em substâncias ilícitas, podendo ser atendimento ambulatorial ou de semi-internação, acompanhado por equipe multidisciplinar, com atendimento psiquiátrico, com psicólogos, enfermagem, da equipe de assistência social e terapias ocupacionais. Área Saúde Mental Funcionamento: 24 horas Atende cerca de 200.000 habitantes Serviços: Atendimento 24h com 5 cinco leitos de internação em regime intensivo por sete dias contínuos ou dez descontínuos; atendimento com oficinas para reinserção social e reabilitação de pacientes com problemas mentais que precisem de regime mais intensivo; atividades de Escola em Família para maior integração família-paciente; atendimento externo nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nas Unidades Distritais de Saúde (UDS) para avaliar casos psiquiátricos; suporte para os casos que necessitam de internação; acompanhamento ambulatorial para os pacientes que passaram pela internação intensiva e que não conseguiram retorno nas unidades de referências regionais; atendimento a mulher vitimizada; suporte a MATER para casos de problemas psicológicos relacionados ao parto.
Fonte: www.ribeiraopreto.sp.gov.br/ssaude/programas/conf-mental/i16rterapeuticas.php. Acesso em 17 mar. 2014.
Fonte: www.googleearth.com.br com alterações pessoais. Acesso em: 17 mar. 2014.
41
Existe também um Serviço de Psicologia para Crianças e Adolescentes, que conta com 12 psicólogas que atendem em 5 Unidades Distritais de Saúde, no PAM II e em uma UBS. O Serviço Residencial Terapêutico de Ribeirao Preto, possui oito residências em parceria com o Sanatório Espírita Vicente de Paulo, tendo um cuidador por casa, geralmente de nível médio, e cada uma atende cinco pacientes. Não possui mais nenhuma unidade de NAPS na cidade. O Posto de Saude da Castelo Branco Novo tambem possui atendimento psiquiatrico, tendo dois psiquiatrase uma enfermeira especializada para atendimento de corredor. A UBDS da Via Norte funciona da mesma forma. A UPA da Avenida Treze de Maio possui atendimento psiquiatrico, mas apenas para os casos graves, que necessitam de internacao, la funciona para como um suporte para o paciente aguardar vagas para as instituicoes que possuem internacao. Para internação integral, as Unidades são do Estado ou de universidades: - Hospital Santa Tereza com 80 leitos - Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HC) com 28 leitos Totalizando 108 leitos de internação para 1.200.000 habitantes. Para internação diurna: - Hospital Dia (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto) com 16 vagas para internação diurna (semi-internação) A UNAERP, UNIP e USP tem vagas ambulatoriais para as faculdades de psicologia e psiquiatria. A cidade seguiu os princípios da humanização do tratamento de pacientes com transtornos psiquiátricos, de modo que procure ao máximo evitar a internação, mas houve uma redução maior do que o devido para a cidade, fecharam mais de mil leitos psiquiátricos em Ribeirão Preto, tendo menos de um leito para cada 10.000 habitantes. Na Inglaterra que é um país referência no tratamento dessas doenças, mesmo após a redução dos leitos, ainda há 5,9 leitos para cada 10.000 pessoas.
42
Informações Hospital Santa Tereza: Fiz varias tentativas de entrar na instituição, porem não liberaram, tive contato apenas com o Engenheiro José Carlos Brisotti, quem me passou a planta e alguns dados do local. Área terreno: 4.215,75m² Área Construída: 1.018,05m² Reforma (2014): 1.018,05m² A construir: - Quiosques: (5 unidades – 5,42m²) – 27,10m² - Cobertura Policarbonato - 11,2m² - Quadra Poliesportiva – 1.142,02m² Total: 1.180,38m² Taxa ocupação anterior: 24% Taxa ocupação nova: 53% Área Permeável: 632,37m² Planta Situação – Sem Escala Fonte: José Carlos Brisotti (engenheiro Hosp. Santa Tereza)
Planta – Sem Escala Fonte: José Carlos Brisotti (engenheiro Hosp. Santa Tereza) com alterações pessoais
43
ESTUDO DE CASO CAPS Em visita ao CAPS Ambulatório, pude estar em contato com a realidade e o programa de funcionamento do equipamento em questão. A casa na Rua João Penteado, 504, era a antiga casa da família Bento Benedini que após ser doada para a prefeitura, foi instituída o CAPS no local. É um espaço que não foi criado para a função a qual funciona, portanto não satisfaz totalmente as necessidades do programa e do equipamento. No local trabalham psicólogos, psiquiatras, recepcionista, assistente social, equipe de enfermagem, equipe da farmácia e equipe de serviços gerais para a limpeza. O atendimento funciona com hora marcada, via encaminhamento do Posto de Atendimento ou UBS, apenas para as pessoas do setor. Também faz atendimento de emergência, quando não necessita de internação. O tratamento no local é feito através de consultas com psiquiatras que passam medicações ou com terapias com psicólogos. As aulas de artes ou cultura são ministradas no CAPS da Rua Prudente de Moraes, também para os pacientes desse CAPS.
Fonte: Própria autora
44
Ambientes e suas descrições: 1- Hall de Entrada: Tem aproximadamente 8m² onde a pessoa entra e tem alguns bancos para espera. É um ambiente frio, escuro que não colabora com o tratamento da pessoa que já está abalada emocionalmente. 2- Bebedores: É uma área de aproximadamente 4,5m² com bebedores em um ambiente escuro. Banheiros Entrada: Tem banheiro masculino e feminino para os pacientes ou visitantes, ambos com aproximadamente 2m², banheiros velhos, muito escuros, mesmo com janelas de iluminação natural, um aspecto de sujo.
1
Fonte: Própria autora
3- Sala de Espera: Sala de aproximadamente 12m² com bancos, uma televisão, tem uma janela que dá para o pátio externo. Um lugar fechado, que não propicia novas amizades, o paciente fica lá o tempo estritamente necessário para aguardar sua consulta, o que poderia propiciar uma maior interação social, mas o ambiente não é atraente. Era a antiga sala de estar da família. 4- Sala Assistente Social: Sala de aproximadamente 5m², muito estreita, sensação de prisão, fobia. 5- Recepção: Sala ampla, cerca de 12m², com muitos armários para armazenar os arquivos e prontuários dos pacientes, mas é um espaço vazio, que não estimula as pessoas que lá estão a trabalhar.
2
3
Fonte: Própria autora
Fonte: Própria autora
4
Fonte: Própria autora
5
Fonte: Própria autora
45
6- Sala livre: Cerca de 12m², espaço totalmente vazio. Parece abandonado, bastante estragada, paredes sujas, não proporciona aconchego e ânimo ao paciente. 7- Sala Enfermagem: Antiga cozinha da casa, totalmente improvisada, sem condição da equipe trabalhar corretamente. Bem pequena, aproximadamente 6m² para duas enfermeiras, mais o paciente que chega para triagem. 8- Sala Reunião: Também um espaço vazio de cerca de 10m², apenas com umas cadeiras empilhadas no canto. Sem mesa para reunião, sem suporte necessário. Escura.
6
Fonte: Própria autora
9- Salas dos Psiquiatras: Muito improvisadas, sem estrutura para o paciente se sentir bem, e para o próprio profissional trabalhar. Cada uma medindo aproximadamente 10m², que não proporciona bem-estar, espaço escuro, frio. 10- Banheiro Interno: Muito grande e degradado, muito estragado. Projeto ruim, se o paciente se sente mal é impossível prestar socorro adequado. Área aproximada: 10m².
7
8 46
Fonte: Própria autora
Fonte: Própria autora
9
Fonte: Própria autora
10
Fonte: Própria autora
11- Sala Psicólogo: Sala ampla, com um verde ao fundo, clara, com alguns trabalhos dos pacientes, algum toque de cor, mas não tem móveis suficientes e adequados para uma terapia. Não estimula o paciente a querer ir, a se sentir bem. Cerca de 12m². 12- Farmácia: Improvisada, sem local apropriado para guardar as medicações. Caixas empilhadas por todo lado que dificulta o trabalho dos funcionários e o armazenamento adequado das medicações. Sem móveis suficientes. Aproximadamente 16m². 13- Cozinha: Pequena para quantidade de funcionários, não propicia refeição para os pacientes. Área medindo aproximadamente 6m².
11
Fonte: Própria autora
14- Corredor: Bastantes bancos distribuídos, muitas plantas em vasos pendurados, obras dos pacientes distribuídas. Local relativamente agradável, mas pequeno, cercado, pega muito sol. 15- Pátio Externo: Espaço Cimentado que não proporciona atividades, não é convidativo, espaço aberto com ideia de fechado. Problemática extra: Não tem espaço para o paciente descansar ou relaxar. Tudo muito improvisado, cercado, fechado. Sem cor, móveis que não condiz com os espaços do programa, construção muito antiga.
12
13
Fonte: Própria autora
Fonte: Própria autora
14
Fonte: Própria autora
15
Fonte: Própria autora
47
ENTREVISTA Entrevista: - Nome: Jerusa Farias - Profissão: Enfermeira e Psicanalista - Onde trabalha: CAPS Ambulatório - Atende qual área da cidade? Jardim Independência, Campos Elíseos, Vila Tibério, Centro e João Rossi - Atende em clínica? Ou faz algum tipo de atendimento extra? Tem consultório na Avenida do Café, atende como psicanalista - Funcionamento CAPS (Dias e Horário): 07:30 às 17h - Equipe: 4 Psiquiatras (Dr. Ricardo, Dra. Paula, Dr. Lincon e Dr. Marcos), 2 Psicólogas, 4 Enfermagem, Recepção, Serviços Gerais e Assistente Social - Espaço: Era a antiga casa da Família Bento Benedini - Atendimento: Com psiquiatras e psicólogos apenas com hora marcada, em atendimentos diários, e cada paciente tem seu próprio psiquiatra e psicólogo, não podendo ser atendido por outro por ética médica e porque o psiquiatra tem que ter total conhecimento de seu paciente. Mas a enfermagem está disponível para os pacientes irem a qualquer momento fazer suas queixas ou reclamações, o que acontece bastante com remédios que não estão fazendo efeito ou tem efeitos colaterais, a enfermagem então conversa com o psiquiatra responsável que aumenta a dosagem ou troca a medicação. - Como funciona o primeiro atendimento? Via encaminhamento do Pronto Socorro ou UBS, que vem com a ficha, passa por uma triagem com a enfermagem, que marcam horário com o psiquiatra para fazer acompanhamento, sempre o psiquiatra que estiver mais disponível, mas quando é caso de emergência, a chefe, Dra. Rosângela, faz o acolhimento. Ou quando o paciente chega direto na porta, a recepção encaminha pra enfermagem, que faz novamente a triagem, anota as queixas da pessoa e encaminha ao psiquiatra, marcando um horário. Mas o paciente tem que fazer parte do quadrante de atendimento do estabelecimento. - Atende emergência? Sim, quando o paciente chega em crise psicótica, a equipe de enfermagem acolhe e encaminha para a chefe do departamento, Dra. Rosângela Russo, se ela não puder, o que raramente acontece, o paciente é encaminhado para o Pronto Atendimento. - No equipamento que trabalha tem internação ou semi-internação? Não. 48
-Prazo máximo de tratamento? Não tem. Paciente psicótico, bipolar ou esquizofrênico, o tratamento é eterno, tem períodos de melhora, mas morre tomando remédio. - Qual o papel da Assistente Social? Ela vai ver os “benefícios” que a doença pode gerar pro paciente, como o Loas, INSS, Direitos do paciente, se ele pode ter uma casa para recuperação, ou qualquer outro ganho que o paciente pode ter pra auxiliar sua sobrevivência financeira e ajudar a família. - Qual tratamento utilizado? Apenas medicamento? Terapias complementares? No CAPS Ambulatório tem terapia com psicólogos, mas apenas para os pacientes do CAPS em questão, e psiquiatras que passam medicações, mas os pacientes desse CAPS tem aulas de dança, pintura e artes no CAPS Semi-internação. E tem o Café com Arte, em média uma vez a cada três meses, com comida a vontade, e profissionais que se apresentam voluntariamente. Os medicamentos os pacientes pegam no próprio CAPS. - Acredita que todo paciente psiquiátrico necessita de medicação? Não. O medicamento ajuda na fase aguda da doença, mas depois a conversa, atenção e afeto são mais eficazes do que a medicação. Mas nos casos de esquizofrenia e bipolaridade, a medicação é essencial, não pode ficar sem. - Qual tratamento alternativo pensa ser mais eficaz? A conversa, a inserção social, o contato com as pessoas, o relaxamento, o contato com plantas. - O papel da família no auxílio do tratamento e colaboração com a melhora do paciente: É de suma importância, a família tem que trabalhar junto. Muitos psiquiatras pedem pra família acompanhar em toda consulta, claro que tem momentos só com o paciente, mas é preciso ouvir e interar a família. O profissional precisa ver o lado da família e do paciente, que muitas vezes são diferentes. A família, na maioria dos casos, quer passar o problema pro outro, acha difícil lidar e quer que o outro resolva o problema por ela. - O convívio social é importante? Demais, o relacionamento com as pessoas auxilia na evolução do tratamento. O trabalho também ajuda demais, porque a pessoa se sente útil e isso é muito importante. - Qual o espaço ideal para recuperação e tratamento de uma doença psicológica? O espaço ideal ainda é no estilo de semi-internação, onde o paciente possa ter uma casa, um convívio dele, onde ele se sinta bem, confortável, que ajude na inserção social. Um espaço de reflexão, de bem-estar e relaxamento. 49
- Acha que o espaço colabora com o tratamento? Totalmente, o espaço, o ambiente, as plantas, as pessoas que ali trabalham. - Um centro para tratamento de pessoas com transtornos emocionais necessita de quais espaços físicos? Um quintal, espaço de estar, sala de televisão, cozinha, refeitório, banheiros, espaço para descanso, bancos espalhados, locais confortáveis, muito verde. Não pode ter espaços muito fechados, o paciente psiquiátrico não pode se sentir preso, ele tem aflição a espaços que dão a ideia de reclusão, precisam ser espaços amplos, abertos. - Quais profissionais são essenciais para compor uma equipe do centro de tratamento? Assistente social, enfermagem, serviços gerais, psiquiatras, psicólogos, voluntários, professores de atividades artísticas e culturais. - Ribeirão é auto-suficiente em espaços para tratamento de pessoas com problemas emocionais? Ribeirão é auto-suficiente, mas é pobre de espaços bons, a prefeitura tem vários terrenos, mas não constrói, não investe em espaços para recuperação e tratamento dos pacientes psiquiatricos. Deveria construir um Centro de Tratamento, onde tudo concentrasse num lugar só, uma área grande, com várias portas, dependendo do tratamento, Urgência e Emergência, Entrada Ambulatorial para pacientes bons, entrada para pacientes de alta complexidade, entrada para dependentes químicos e alcoólatras, onde teria espaços para dança, lazer, apresentações culturais. E Ribeirão Preto é uma cidade que comporta, mas não tem apoio político para isso, pois tem interesse em fazer vários pagamentos separados, e se concentrasse isso, piora pra eles. Tem uma lei nova que o governo quer que os pacientes sejam inseridos nos postos de saúde, por um lado é bom porque o paciente psiquiátrico é inserido na sociedade e não excluído, então o psiquiatra tem uma sala como qualquer outro médico especialista e atende seus pacientes, mas pacientes de alta complexidade não podem ser inseridos assim, como os esquizofrênicos em momentos de crise que precisam ter seu espaço próprio, que não vai criar estranheza em ninguém, e nos postos, as pessoas vão assustar, por não ser comum, e isso é pior pro paciente. - Diferença de CAPS e NAPS? CAPS é um Centro de Atenção Psicossocial e NAPS Núcleo de Atenção Psicossocial, CAPS é mais abrangente. NAPS foi no início, criou-se o termo antes, hoje quase não se vê mais porque o serviço aumentou bastante e não dá pra ser um núcleo, precisa ser algo maior. - Ribeirão Preto tem NAPS? Tinha um grande na Avenida Saudade, ao lado da Santa Casa, e os CAPS que existem hoje, alguns já foram NAPS. 50
- Ribeirão tem bastante demanda por tratamento? Muita, tem bastantes pessoas que precisam de tratamento. - Quais setores tem maior público com distúrbios psicológicos? Está bem difundido, mas as áreas do Jardim Independência, Campos Elíseos, Vila Tibério, Centro e João Rossi, que são atendidos pelo CAPS Ambulatorial e o Semi-Internação tem muita procura porque são os bairros mais populosos, por isso dizem que tem uma maior concentração, mas se pegar quantidade de pessoas por local, não tem diferença.
51
3. ÁREA ESCOLHIDA
54
ANÁLISES ÁREA A área é localizada no município de Ribeirão Preto, estado de São Paulo, o qual é considerado o município pólo entre as cidades da Região, que é composta por Brodowki, Cravinhos, Dumont, Guatapará, Jardinópolis, Pontal, Pradópolis, Serrana e Sertãozinho. Jardinópolis Brodowki
Ipiranga
Serrana Sertãozinho
Campos Elíseos Dumont Cravinhos
1
Bonfim Paulista
Imagem 1: Mapa Ribeirão Preto Fonte: https://www.google.com.br/ maps/place/Ribeir%C3%A3o+Preto,+SP/ Imagem 2: Localização e demarcação Terreno Fonte: www.googleearth.com.br. Acesso em 05 mar. 2014.
2
Centro
O lote está delimitado em um vazio urbano, no Bairro Campos Elíseos, Setor N1, um dos bairros mais antigos da cidade, quase na divisa com o Ipiranga. O Ipiranga hoje é considerado uma nova centralidade do município, pois agrupa uma grande quantidade de comércio e prestação de serviços. É bem próximo ao quadrilátero central da cidade, tem fácil acesso por vias expressas e avenidas, o que dificulta um pouco para o pedestre. A escolha da área se deu por ser um terreno grande, com bastante área verde ao redor; um bairro bastante populoso, um local com baixo valor imobiliário que precisa se reestabelecer; onde não tem muito barulho; pela demanda de casos no entorno, dentre vários outros fatores que foram determinantes para a escolha. O terreno utilizado é um vazio urbano, que eram três diferentes lotes de propriedade particular, próximo a uma grande área verde, na Zona Norte de Ribeirão Preto. Sua área e de 11.843,90m², dos quais boa parte é verde, com árvores de médio a grande porte, com uma nascente no terreno ao lado. É uma área com entorno residencial, muitos vazios urbanos nos lotes que a circundam, e a Cianê, fábrica dos Matarazzo que está em ruínas. 55
a
Vi
rte
No
R.
Am
m
ão
o am
a
Ma ne
Imagem 1: Especificações Área com alterações pessoais Fonte: Mapa Prefeitura com alterações da autora Imagem 2: Localização e demarcação Terreno com alterações pessoais Fonte: www.googleearth.com.br. Acesso em 05 mar. 2014.
56
da
iz G
lo
Lu
Sa
Tr .
o
Ma
re d
eo
itã
Tr .
s
on
as
le
na
Tr .I Ma ne s re ch Si al lva C os ta e
iá
Av .
1
ap
R. L
.C
Go
R.
ap . R. C
Av
R.
Ve cc hi
L ve ino ira de
Ol
i-
az
2 Na atualidade, Ribeirão Preto, como a maioria das outras cidades do mesmo porte ou maiores, vem sofrendo muitas modificações sociais e econômicas, e à medida que a cidade se desenvolve, as áreas mais antigas, geralmente centrais, vão se esvaziando, surgindo os vazios urbanos. E mesmo os terrenos não ocupados, que já eram considerados vazios, vão perdendo valor imobiliário, por isso surge a necessidade das reorganizações espaciais e recuperação dessas áreas. Os vazios urbanos geram problemas ao município porque neles, por serem mais antigos, já tem infra-estrutura instalada, o que já gerou custo pra cidade, e é inutilizado, fazendo com que o município gaste mais instalando em novas áreas. O terreno escolhido sofre desse mal, pois está localizado em um conjunto de vazios, com equipamentos que a cada dia que passa perdem seu valor e levam ao desuso, desvalorizando inclusive áreas visinhas, com predominância residencial. O esvaziamento da Zona Norte se deu principalmente pelo fechamento das indústrias que ali existiam, a mudança da principal atividade econômica local, o que levou ao abandono da estrutura ferroviária próxima e dos edifícios, voltando o desenvolvimento para outras áreas na cidade, principalmente em direção a Zona Sul, sentido oposto. A proposta para implantação do Centro para Tratamento da Saúde Mental nessa área se deu primeiramente pela necessidade de um equipamento como esse para os habitantes do município, devido a alta demanda por tratamento mental na área devido a grande concentração populacional no local, e na tentativa de ajudar o bairro a voltar a ter relevância para a cidade.
Os acessos são fáceis vindo de qualquer área, com vias de alto e rápido fluxo, além das muitas linhas de ônibus que atendem a região, facilitando ainda mais o acesso. Dados dos terrenos: Terreno 1: Propriedade: Cooperativa Nacional Agro Industrial COONAI Área: 3974 m² Endereço: Rua Goiás Número: 169 Terreno 2: Propriedade: Lea Coelho Pazzeli Área: 7908,96 m² Endereço: Rua Goiás Número: 119 Obs.: Não será utilizado inteiro, tem uma diretriz pra rua cortar o terreno. Terreno 3: Propriedade: Junco Luci Okino Área: 1489,48 m² Endereço: Rua Amazonas Número: 0 Para utilização da área, será proposto uma operação urbana, para a qual será pensada os melhores instrumentos para a desapropriação da mesma, com base no estatuto da cidade, de modo que os proprietários não fiquem prejudicados.
3 1
2
Diretrizes e demarcação dos terrenos. Fonte: Prefeitura Ribeirão Preto - Departamento de Engenharia
1
3 2 2
Demarcação dos terrenos. Fonte: Prefeitura Ribeirão Preto - Departamento de Engenharia
57
Terreno - Vista Via Norte Fonte: www.googleearth.com.br. Acesso em 05 mar. 2014.
Terreno - Vista Rua Goias Fonte: www.googleearth.com.br. Acesso em 05 mar. 2014.
Terreno - Vista Rua Leo Vecchi Fonte: www.googleearth.com.br. Acesso em 05 mar. 2014.
Terreno - Vista Rua Amazonas Fonte: www.googleearth.com.br. Acesso em 05 mar. 2014.
Terreno - Vista Via Norte - Fonte: www.googleearth.com.br. Acesso em 05 mar. 2014.
58
Contexto Histórico: Ribeirão Preto deu origem ao seu desenvolvimento pelo quadrilátero central, que posteriormente proporcionou o surgimento de dois dos mais populosos bairros do município, o Campos Elíseos e o Ipiranga. Com o desenvolvimento da cultura do café, foram sendo construídas as ferrovias para facilitar o escoamento e o transporte das pessoas, em especiais os imigrantes que chegavam ao município. Na área de estudo foram construídas duas estações, identificados como o barracão de cima, no Ipiranga e o barracão de baixo, no Campos Elíseos. No barracão de baixo, com o tempo, foi implantada a Indústria Francisco Matarazo, a Cianê, que produzia artigos têxteis, prédio que hoje é um patrimônio histórico da cidade, mas inutilizado, o que fez com que o prédio se tornasse um recinto para consumo de drogas, mesmo após a prefeitura construir um muro para inibir a entrada das pessoas. Além do prédio da Cianê, a área também possui uma boa quantidade de outros equipamentos abandonados que foram de suma importância para o desenvolvimento e história do município, mas que hoje estão em desuso e mal cuidados pelo poder público, o que atrai andarilhos, vândalos, mendigos e os já citados usuários de drogas, piorando ainda mais a integridade física dos edifícios, e Antiga Estação Ferroviária, conhecido como Barracão de Baixo no fazendo com que a população se afaste do local, prejudicando então Campos Elíseos Fonte: http://www.estacoesferroviarias.com.br/b/barracao.htm. o valor imobiliário da região. Acesso em 20 mar. 2014.
Cianê - Fonte: http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2014/03/instituto-federal-em-ribeiraosera-em-antiga-fabrica-anuncia-prefeitura.html. Acesso em 20 mar. 2014.
59
ANÁLISES ENTORNO Aspectos Ambientais: A área escolhida possui uma grande quantidade de vazios urbanos em seu entorno, sua vegetação é em boa parte rasteira, com alguns pontos de maior concentração de árvores e outros sem nenhum tipo de vegetação. Em época de chuva, principalmente as chuvas mais fortes, a área sofre com enchentes e há bastantes pontos com acúmulo de lixo no local, causando mal cheiro em algumas áreas.
Via Norte enfrente terreno escolhido - Fonte: www.googleearth.com.br. Acesso em 05 mar. 2014.
Via Norte lado contrario terreno escolhido - Fonte: www.googleearth.com.br. Acesso em 05 mar. 2014.
60
Uso e Ocupação do Solo: A área é predominantemente residencial, principalmente de casas antigas, com alguns pontos fortes de comércio e prestação de serviço, como nas Avenidas Dom Pedro I, Marechal Costa e Silva, Fábio Barreto, nas ruas Luiz Barreto e Coronel Américo Batista, que são as vias principais do entorno. Na parte central dos bairros, o comércio e serviços estão espalhados, atendendo apenas a escala de vizinhança. O Ipiranga hoje é uma nova centralidade de Ribeirão Preto, sendo quase que autossuficiente para seu consumo, principalmente na Avenida Dom Pedro I, esta que também é importante faz a ligação para bairros periféricos. Também há áreas institucionais importantes no local como a Escola Municipal Prof. Alfeu Gasparini, o Centro de Formação Profissional, o Sanatório São Vicente e a Casa Abrigo para Mulheres Vitimizadas.
Mapa de Uso e Ocupação do Solo Fonte: Mapa da Prefeitura de Ribeirão Preto com alterações pessoais
Legenda: Terreno Residência Prestação de Serviço Comercio Área Verde Institucional Vazio Urbano Prédios Abandonados
Gabarito: A área e seu entorno é composto em sua maioria por residências e edifícios comerciais térreos. As edificações de uso misto, quando há comércio ou serviço junto da residência que alguns são de dois ou três pavimentos.
Mapa de Gabarito Fonte: Mapa da Prefeitura de Ribeirão Preto com alterações pessoais
Legenda: Terreno Térreo 2 a 4 pavimentos 5 a 10 pavimentos Vazio Urbano
61
Hierarquia Funcional: Se tratando de Hierarquia Funcional, considera-se tudo o que é referente aos acessos e dimensionamentos. As principais vias de acesso da área são: Avenida Dom Pedro I, Marechal Costa e Silva, Capitão Salomão e Rio Pardo, com destaque para a Via Expressa Norte. A Avenida Dom Pedro I, é a avenida de principal acesso ao Ipiranga, e ela sendo a extensão da Capitão Salomão, é a ligação ao Campos Elíseos e ao Centro. A Via Expressa Norte ou, também conhecida como Avenida Andrea Matarazzo, é uma via arterial e tem diretriz para um parque linear, que terá o nome de Ulysses Guimarães, porém o único projeto desenvolvido na área até o momento foi uma ciclovia com 5,3km de extensão entre a Rotatória Armim Calil e o bairro Simioni, mas tem pouco uso por falta de equipamentos de segurança e apoio. As ruas Rio Grande do Norte e Pará são consideradas coletoras pois levam a locais importantes no bairro, e as demais ruas são de uso local, no interior dos bairros.
Legenda: Via Expressa Avenida Vias de Distribuição ou Coletoras Vias que compõem o anel viário Interno Mapa de Hierarquia Funcional com alterações pessoais Fonte: www.googleearth.com. br. Acesso em 05 mar. 2014.
62
Legenda: Via Expressa Avenida Vias de Distribuição ou Coletoras Vias que compõem o anel viário Interno Mapa de Hierarquia Funcional Fonte: Mapa da Prefeitura de Ribeirão Preto com alterações pessoais
Hierarquia Física: Na Hierarquia Física, considera-se os fluxos de pessoas e veículos. Os fluxos mais intensos na região são nos horários de pico, nas Avenidas Dom Pedro I, Marechal Costa e Silva, Capitão Salomão e Rio Pardo, com maior intensidade na Via Expressa Norte, mas raramente observa-se longos congestionamentos, com exceção dos dias chuvosos, que ocorrem as enchentes em alguns pontos, prejudicando o trânsito. Nessas vias principais, circulam em média 2.400 veículos por hora segundo site da prefeitura. Algumas ruas tem tráfego sobrecarregado em certos horários, como as Ruas Pernambuco, Coronel Américo Batista, Espírito Santo e Luiz Barreto, ambas vias coletoras. O transporte público coletivo circula pelas vias expressas e arteriais para abastecer a área Norte da cidade.
Legenda: Via Arterial (Expressa) Via Principal (Avenidas) Via Secundaria (Distribuidoras ou Coletoras)
Mapa de Hierarquia Física com alterações pessoais Fonte: www.googleearth.com. br. Acesso em 05 mar. 2014.
Legenda: Via Arterial (Expressa) Via Principal (Avenidas) Via Secundaria (Distribuidoras ou Coletoras) Mapa de Hierarquia Física Fonte: Mapa da Prefeitura de Ribeirão Preto com alterações pessoais
63
Macrozonemento: De acordo com a legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo, a área está em uma Zona de Urbanização Preferencial (ZUP), que possui infra-estrutura e condições geomorfológicas para sua urbanização. (Lei complementar n 2157/07)
Legenda: Terreno ZUP (Zona de Urbanização Preferencial) ZPM (Zona de Proteção Máxima) Mapa de Macrozoneamento Fonte: Mapa da Prefeitura de Ribeirão Preto com alterações pessoais
Hidrografia: Há uma nascente próximo ao lote escolhido para o projeto que não é respeitada, e nem se cumpre com a legislação apropriada para sua preservação e proteção. Cortam a área dois importantes córregos que, infelizmente, são canalizados, o Retiro Saudoso e o Ribeirão Preto.
Topografia: Corrego Ribeirão Preto Fonte: www.googleearth.com.br. Acesso em 10 ag. 2014.
A área é relativamente plana e tem seu ponto mais baixo no fundo de vale que margeia a Via Norte, sem grandes declividades. Tambem ha uma declividade menor proximo a nascente no lote vizinho que chega ao lote escolhido.
Topografia da Maquete Eletrônica
64
Densidade Demográfica: É uma área na sua maior parta bastante populosa, a maior parte com população de 40 a 99 hab/ha e 100 a 249 hab/ha, com exceção da parte que margeia a via norte, que possui inúmeros vazios urbanos, equipamentos abandonados e muitas áreas verdes que a densidade cai para 0 a 39hab/ha.
Fonte: Secretaria de Planejamento e Gestão Ambiental da Prefeitura de Ribeirão Preto
Densidade Demografica: Hab/Há (0 – 39) (40 – 99) (100 – 249) (250 – 499) (500 – 733)
Renda: É uma área de pessoas com renda mais baixa, com alguns pontos de classe média.
Fonte: Secretaria de Planejamento e Gestão Ambiental da Prefeitura de Ribeirão Preto
Setor Censitário: Temático Renda Nominal Mais de 20 De 15 a 20 De 10 a 15 De 5 a 10 De 3 a 5 Ate 3 Sem Rendimento
65
4. CONSIDERAÇÕES PARA O PROJETO
68
3.1 - LEITURA PROJETUAL 1 Hospital Psiquiátrico Kronstad Ficha Técnica: Arquitetos: Origo Arkitektgruppe Localização: Bergen, Noruega Paisagismo: Smedsvig Landskapsarkitekter Área: 12.500 m² Ano Do Projeto: 2013
Fonte: www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe. Acesso em 05 ab. 2014
O projeto do hospital tem como diretriz sua abertura e transparência para o público. Tem os espaços de proteção ao paciente, mas na sua maior parte, são espaços abertos e fluidos. Tem espaços públicos inseridos no programa, e a natureza, com seus espaços e visuais deslumbrantes fazem parte do projeto, como ponto central do processo. O hospital, que foi inaugurado em Agosto de 2013, está localizado numa área de tráfego intenso da cidade. O edifício se divide em algumas áreas, departamento para pacientes internados nos andares superiores, policlínicas nos andares de baixo e um estacionamento subterrâneo. Foi criado uma praça pública ao norte do edifício, a qual foi um dos pontos de partida do projeto que busca ter uma maior quantidade de áreas verdes para garantir maior conforto, liberdade e aconchego aos pacientes. A praça proporciona aos indivíduos um espaço bastante agradável, com lugares para sentar, contemplar, passar o tempo, descansar, brincar, tudo isso cercada por uma área rodeada por carros e bem agitada. Essa praça pública entra e faz parte dos pisos inferiores do hospital, misturada a fachadas verdes com grandes aberturas envidraçadas. Ao longo do edifício foi priorizado pontos com vistas atraentes, com muitas aberturas transparentes, trazendo a idéia de liberdade, o que é ideal para o tratamento da saúde mental, além de serem espaços interessantes que acabam por atrair a pessoa ao interior do hospital e querer estar melhor, o lugar estimula diretamente a evolução e bem-estar do paciente. Os espaços foram definidos em ordem decrescentes, da paisagem urbana que se mistura as praças e áreas verdes até os espaços menores internos e os espaços de proteção. Os serviços dentro do prédio é composto por equipes multifuncionais e móveis que atendem desde uma policlínica para vários atendimentos ao adulto com problemas psicológicos, até espaços de enfermaria para semi-internação ou estadias curtas, e espaços para internação, nos pisos superiores onde a proteção é mantida, mas ainda assim tem uma série de jardins e espaços ao ar livre, seja para recreação ou para prática de qualquer atividade. A fachada é nas cores verde e branco, verde na parte inferior 69
Fonte: www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe. Acesso em 05 ab. 2014
Fonte: Idem
Fonte: Idem
70
para integrar às praças, jardins e áreas verdes ao redor do edifício, e a parte branca demonstra segurança, remite ao sentimento de casa. O hospital é voltado para região leste, tendo uma vista da montanha Ulriken, além de que o edifício teve três fundamentos para seu projeto, entrada da luz natural da melhor forma, ventilação e dar ênfase aos espaços de lazer ao ar livre. Os átrios garantem um contato visual entre a maioria dos departamentos, facilitando o deslocamento interno das pessoas, além de permitir a visão de dentro para fora, permitindo integrar o espaço com a natureza externa. As diferentes áreas do hospital são todas ligadas a um jardim específico, com características próprias de acordo com sua localização e função. Esses jardins e as demais áreas verdes proporcionam uma maior interação social, e uma atraente contemplação dos locais, já que as plantas proporcionam aconchego, tranquilidade, vida. O projeto segue uma linha clara e lógica, com estruturas esbeltas, sem prejudicar a interação entre os espaços. As plantas são simples, o que facilita a compreensão dos espaços e do edifício no todo, motivo primordial para colaborar com os funcionários e pacientes, sem que cause correria e transtornos de movimentação, deixando o ambiente mais agradável. A entrada principal está conectada a estação de trem na parte externa, que foi priorizada para beneficiar os pacientes que usam esse tipo de transporte para chegar ao local. Essa entrada tem fácil acesso aos ambulatórios e todos as áreas internas. As esquadrias e escadas foram pensadas para garantir segurança aos funcionários e pacientes. Foram projetados espaços menores, que diminuem a sensação de controle, dos pacientes estarem sendo vigiados e observados, mas as aberturas envidraçadas transparentes proporcionam à equipe uma visão geral, mesmo que inconsciente da maioria das áreas, mas sem esquecer dos ambientes que garantem intimidade.
Fonte: Idem
Localização: Bairro Residencial -1 a 2 pavimentos
Residencial Vertical
Avenida Comercial
Hospital Kronstad
Fonte: www.googleearth.com.br. Acesso em 05 ab. 2014. Com alterações pessoais.
Planta Térreo: Fachada Verde
Fachada Verde
Legenda: Recepção Policlínicas – consultórios e salas terapia Terapia Coletiva – Sala Reuniões Apoio – Arquivo, banheiros, administração Acesso Vertical – Escadas Acesso Vertical – Elevadores Espaço Público - Convívio
Entrada Principal - Pedestres
Linha de Trem - Ida e Volta
Átrio Fachada Verde
Pátio Interno
Jardim Interno Fonte: www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe. Acesso em 05 ab. 2014. Com alterações pessoais.
Entrada AuxiliarPedestres
Praça Externa Integrada Entrada Carros Estacionamento
71
As soluções projetuais tiveram a intenção de garantir espaços de trabalho confortáveis e estimulantes para os funcionários, facilitando a movimentação interna e com várias pontos de encontro e gerar sensação de intimidade e privacidade para os pacientes, sem sufocar, de modo que os mesmos tenham vontade de ficar lá, tenham cada vez mais inserção social e o tratamento consiga atingir o sucesso no menor prazo.
Planta Segundo Pavimento:
Pátio Interno
Vazio
Legenda: Espaço convívio - público Policlínicas – consultórios e salas terapia Quartos (Leitos) Apoio – Arquivo e banheiros Acesso Vertical – Escadas Acesso Vertical – Elevadores Reuniões, encontros e terapia coletiva Oficinas e Salas Atividades Lazer
72
Fonte: www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe. Acesso em 05 ab. 2014. Com alterações pessoais.
Cortes:
Fonte: www.archdaily.com.br/ br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe. Acesso em 05 ab. 2014. Com alterações pessoais.
Praça
Praça Átrio
Abertura Exterior Sacada Entrada Principal
Entrada Carros Estacionamento Subterrâneo Fonte: Idem
Recepção Pátio Interno
Átrio
Praça
Praça
Entrada Auxiliar
Entrada Principal
Praça Externa
Fonte: Idem
73
Foi utilizado o Hospital Psiquiátrico Kronstad, em Bergen, na Noruega, com o referência por ser um espaço de tratamento para Saúde Mental. Deste trabalho, as referências serão principalmente a prioridade das áreas verdes e espaços de convivência, principalmente a grande praça ao redor da estrutura do prédio. Também terá como base os jardins internos, assim como a prioridade na utilização de vidros para facilitar a comunicação dos espaços internos e externos. Os acessos também serão com o intuito de facilitar a circulação de pacientes e funcionários. Terá como prioridade a existência de espaços de lazer e áreas para prática de atividades físicas.
Muitas Aberturas Envidraçadas para aumentar contato interior/ exterior
Guarda-corpo de vidro para garantir uma melhor visão exterior, sem interrupcão
Fachada Branca que demonstra segurança e aconchego
Fachada Verde para integrar aos jardins e fachadas com jardim vertical
Pilares esbeltos de concreto armado
Grandes aberturas Envidraçadas para proporcionar maior entrada da luz natural
Fonte: www.archdaily.com.br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe. Acesso em 05 ab. 2014. Com alterações pessoais.
74
LEITURA PROJETUAL 2 Casa Grelha
Ficha Técnica: Arquitetos: Fortes Gimenes e Marcondes Ferraz (FGMF) Local: Serra da Mantiqueira, São Paulo Início do projeto: 2005 Conclusão da obra: 2007 Área do terreno: 68.000 m² Tipologia: Residencial Materiais predominantes: Aço / Madeira
A casa grelha foi pensada para aproveitar as potencialidades do local, principalmente a topografia e a natureza ao redor que proporciona vistas muito interessantes e agradáveis, com o intuito de integra-las a paisagem. Os arquitetos optaram por fazer uma casa térrea, em um único corpo; e o local que tem o solo bastante úmido fez com que percebessem a necessidade da elevação da casa, o que resolveram o problema com a utilização dos pilotis. O partido do projeto foi o uso da grelha estrutural como determinante, grelhas em módulo de 5,5m por 5,5m, com 3m de altura, feitas em madeira para garantir uma maior interação com a paisagem da natureza externa, o que potencializam essa miscigenação com os módulos ocupados de varias maneiras, alguns espaços fechadas, outros semi-abertos e alguns bem abertos, permitindo que as arvores atravessem a estrutura, alem de que através desses espaços abertos, é possível uma vista da mata virgem e de boa parte do entorno. A planta da casa é dividida nas áreas: serviço, social, quarto de hospedes, espaço do casal e, mais isoladamente, os quartos dos filhos, tudo entremeado com espaços vazios para garantir provacidade, vista e integração com a natureza externa. Na parte superior, que também seguindo os módulos da grelha, foi feita a área de lazer, dividida em duas partes por um pátio, de onde se tem uma das melhores vistas do todo.
Fonte: www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/forte-gimenes-marcondes-ferraz-fgmf_/casa-grelha/885#. Acesso em 10 ag. 2014.
75
Acesso: Pode-se acessar a casa de diferentes maneiras, por baixo da grelha, em meio ao espelho d’água e as pedras naturais; na grelha fizeram uma passarela de acesso que garante a conexão e entrada nos ambientes, como uma ponte, e também é possível acessar pelo teto jardim, no nível do terreno.
Fonte: www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/forte-gimenes -marcondes-ferraz-fgmf_/casa-grelha/885#. Acesso em 10 ag. 2014.
Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-18458/casa-grelhafgmf. Acesso em 10 ag. 2014.
Fonte: Idem
76
Paisagismo: A intenção foi preservar as áreas da mata mais densa, queriam criar uma transição entre o espaço aberto e a mata, por isso, reconstruíram alguns lugares. Próximo a casa, os jardins seguem o projeto, tentando integra -los ao máximo; o teto jardim dá continuidade ao terreno, as pedras preservadas em seu local de origem e as outros colocadas nos muros, as arvores que entram nos módulos e ultrapassam a cobertura, enfim, tentaram de tudo para potencializar essa interação. Estrutura: Existe um conjunto de pilares de concreto no qual a grelha de madeira esta apoiada, este apoio foi feito por meio dos capitéis, peças de metal que fez a ligação. Para evitar uma grande quantidade de pilares, que não era a intenção dos arquitetos, para garantir espaços mais abertos e fluidos, utilizaram grandes vigas-vagão em aço cor-tem a cada dois módulos, medindo 11m cada, fazendo inclusive que essas vigas passassem a fazer parte do contexto e finalização do projeto. Também usaram vigas metálicas em forma de asa para permitir o balanço na borda do morro na parte superior do edifício e dar a impressão que o prédio flutua na margem da serra. Os módulos da área de serviço, garagem e a casa do caseiro são estruturados em pedra em grandes empenas paralelas fincadas no solo, que suspendem as lajes. No terreno também foi feita uma proteção, circundando-o com muros, que para serem inseridos na paisagem e não dar e ideia de muro, fechado, desconectado, foram feitos com pedras do local.
Fonte: Idem
Planta Térreo:
Acesso Vertical
Acesso Principal Legenda: Acesso Vertical Espaço Casal Social Serviço Espaço Filhos Área Hóspedes
Fonte: http://www.archdaily. com.br/br/01-18458/casagrelha-fgmf. Acesso em 10 ag. 2014. Com alterações pessoais.
Planta PavimentoSuperior:
Acesso Principal – Nível Terreno
Fonte: Idem
77
Planta Lazer:
Legenda: Acesso Vertical Social Patio Externo
Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/0118458/casa-grelha-fgmf. Acesso em 10 ag. 2014.
Fonte: Idem
78
Cortes:
Fonte: www.galeriadaarquitetura.com. br/projeto/forte-gimenes-marcondes-ferraz-fgmf_/casa-grelha/885#. Acesso em 10 ag. 2014. Com alterações pessoais.
Arvores que ultrapassam estrutura
Corte Longitudinal:
Pavimento Superior – Nível Terreno
Pavimento Superior – Nível Terreno
Circulação Principal
Fonte: Idem
Muro de Pedra local Estrutural
Corte Transversal:
Pilotis
Pilotis
Fonte: Idem
79
Detalhes:
Porta Veneziana em Madeira
Pilares de Piquia 20x20cm
Pergolas de Piquia 6x20cm com Vidro Aramado
Fonte: http://www. archdaily.com.br/ br/01-18458/casagrelha-fgmf. Acesso em 10 ag. 2014. Arrimo de Gravidade com Pedras do Terreno
Viga vagão com aço cor-ten
Muro de Pedras
Vigas de Piquia 20x40cm
Guarda-corpo Metálico
Fonte: Idem Deck em Ipê
80
Pilar (30cm) em Concreto
Muro de Pedras
LEITURA PROJETUAL 3 Casa Oscar Americano
Ficha Técnica: Arquiteto: Oswaldo Bratke Ano: 1953 Endereço: Avenida Morumbi, 3008, São Paulo Tipo de projeto: Residencial Materialidade: Concreto e Tijolo Estrutura: Concreto
Oscar Americano, em 1952, pediu ao amigo Oswaldo Bratke que projetasse sua residência, um lar para uma família relativamente grande, com seis pessoas, com vida social intensa e cheia de exigências. O arquiteto então fez uma casa similar a que tinha feito para si, também no Morumbi, projeto onde a natureza e a arquitetura se integram, a casa se adaptou na topografia do terreno, num ponto elevado, com declividade para o vale dos Pinheiros, de forma horizontal para aproveitar a vista externa do horizonte, com sua vegetação e dos jardins, de modo que a natureza externa servia como uma moldura para a casa. A entrada geral ficou na parte baixa do terreno e a casa na superior para garantir maior privacidade a família. A casa foi pensada adotando a geometria e a modulação, e foi dividida em setores: área intima, de serviços e a social, mais centralizada. O piso inferior foi destinado ao social e serviços, e o mais alto, com o restante do programa. Foi projetado grandes planos de vidro para proporcionar transparência e uma intensa relação com a parte externa. Os moveis em seu interior, também foram pensados para propiciar essa interação e uma maior fluidez com o exterior, por isso a utilização de madeira em sua maioria para ter maior ligação com a natureza. Nos quartos, o mobiliário foi projetado exclusivamente para lá, encaixam na arquitetura, assim como as estantes da sala e predomina-se o uso das linhas retas, desde o projeto ate o mobiliário. A estrutura do projeto permite uma unidade visual, combinada a um jogo de recuos, com abertos e vazios, misturado a espaços fechados e mais rígidos, enfatizando espaços hora com luz, hora mais sombrios, sem deixar de lado, a relação da arquitetura com a natureza ao redor.
Fonte: www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquiteturismo/07.075/4755. Acesso em 10 ag. 2014.
81
Fonte:www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquiteturismo/07.075/4755. Acesso em 10 ag. 2014.
A fachada frontal tem oito módulos, em sete eixos estruturais transversais de 5,7m, onde é possível observar os pátios internos que se abrem para fora e a diversificação dos materiais utilizados, nas fachadas laterais possui 4 eixos de diferentes medidas. Outra característica do projeto é sua leveza, alcançada pelos pátios internos; a elevação do piso em 0,5m em relação ao terreno, de modo que só os pilares tocam o chão, atuando como pilotis, dando a ideia de que esta flutuando; e os balanços laterais, o que fazem com que o projeto seja mais leve e limpo. A garagem esta no subsolo, espaço semi-aberto ocasionado pelo desnível do terreno e o espaço de lazer, piscina e quadra foi projetado mais afastado. Hoje,a residência é uma referencia de arquitetura residencial paulista, e é ocupada pela Fundação Maria Luiza e Oscar Americano, recebendo visitas de terça a sábado, no valor de R$ 10,00, de apreciadores de arte. Estrutura: E feita com pilares, vigas e lajes de concreto armado. A laje do piso superior esta 0,50m acima do nível do terreno na fachada principal, e a laje de cobertura, dois planos horizontais unidos pelo conjunto dos pilares quadrados de 0,25m, pilares estes que ao redor da casa não deixam beirais ou balanço. Materialidade: Foi usado uma diversidade de materiais, tijolos maciço aparente, esquadrias de veneziana de madeira pintada, planos de vidro, pastilhas, mármore, tijolos maciço espaçados usados como cobogos, painéis de aço no pavimento inferior, e pedra no piso também no pavimento inferior. A materialidade dos dois níveis são diferentes.
Fonte: Idem
Fonte: Idem
82
Fonte: Idem
Planta Pavimento Superior: Legenda: Terraço Jardim Interno (Pátio) Social Área Intima Serviço Acesso Vertical
Planta Pavimento Inferior:
Fonte:www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquiteturismo/07.075/4755. Acesso em 10 ag. 2014.
Fonte: Idem
Legenda: Varanda Jardim Interno (Pátio) Sala Jogos e Adega Estar Intimo e Sala Estudos Serviço Acesso Vertical
83
Detalhes:
Dormitório principal – grande esquadria de veneziana de madeira Terraço aberto com Varanda do dormitório pintada de branco, com jardim interno principal – paredes de lateral de pastilhas tijolo maciço aparente
Varanda do Escritório
Acesso Principal
Fonte: SEGAWA, H.; DOURADO, G. M., Oswaldo Arthur Bratke Arquiteto: A arte de bem projetar e construir. 2.ed. São Paulo PW Editores, 2012
Fonte: Idem
84
Fonte: Idem
PREMISSAS O projeto do Centro de Tratamento de Saúde Mental tem a intenção de criar um espaço que atenda as necessidades do município para a demanda de tratamento da saúde mental, em um ambiente onde o paciente se sinta bem, confortável e tenha vontade de frequentar, tudo isso em um prédio interessante que não tenha a sensação de um hospital. Foram pensados bastante espaços verdes de convívio e interação para dar maior aconchego e liberdade para o paciente, também será utilizado bastante vidro para que dê a idéia de espaços mais amplos, abertos e fluidos. Os pátios internos foram colocados nos blocos de interação social, para integrar o interior aos espaços externos e ficar mais agradável para os pacientes. Tem um grande pátio externo, dividido em dois níveis para proporcionar espaço de convívio a céu aberto, aproveitando a sombra das árvores. As aberturas serão grandes, para permitir a entrada de luz e ventilação. A cor no interior dos ambientes será explorada para dar maior bem-estar no paciente e proporcionar maiores sensações. Os acessos serão facilitados, com passarelas lineares entre os blocos. O paciente poderá ter tratamento de semi-internação, tratamento em um só período, tratamento esporádico ou internação por no Maximo 120 dias. Foram priorizados os tratamentos alternativos, ao invés de medicamentosos, que serão deixados apenas para o tratamento das fases agudas das doenças ou àquelas que não melhoram sem.
85
PROGRAMA O programa do centro de tratamento é pra melhor solucionar toda a demanda por Saúde Mental da cidade, por isso o programa é composto por: - Recepção - Arquivo - Consultórios - Apoio - Farmácia - Salas para Terapia Individual - Sala para Terapia Coletiva - Deposito - Salas para aulas e atividades artísticas - Espaços Convívio - Sala Assistente Social - Sala Administração - DML - Quartos Semi-Internação - Quarto Internação - Almoxarifado - Suíte Medico - Rouparia - Lavanderia - Refeitório - Cozinha - Espaço Funcionários - Banheiros - Pátios internos - Pátio Externo - Espaços Relaxamento Tudo de acordo com a acessibilidade prevista na norma NBR 9050.
86
LEGISLAÇÃO: De acordo com a Lei Complementar 2.157/07 que dispõe sobre o Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo e a lei 2.158/07 que dispõe sobre o Código de Obras, ambas do Município de Ribeirão Preto, existem algumas exigências para o Bairro Campos Elíseos, bairro este que não tem legislação própria. O Setor do bairro é N1, com índice da classificação de risco ambiental máximo permitido 1,5, e AUM I, área de uso misto para estabelecimentos de menor potencial poluidor. Por ser uso misto, permite a instalação de edifício institucional, o que tem baixo potencial poluidor, e sendo edifício para saúde, o índice de classificação de risco ambiental é um. Por estar na ZUP, Zona de uso Preferencial, a área mínima por lote são 125m², sendo que a frente do lote deve ter 6m lineares. Os lotes de esquina devem ter no mínimo 180m², com 9m de frente. O gabarito básico permitido é de 10m de altura para novas edificações do município. A taxa de Ocupação máxima é de 80% para edificações não residenciais e o Coeficiente de Aproveitamento é de no máximo cinco vezes a área do terreno. Os recuos para edifícios com menos de 10m de altura devem observar as exigências sanitárias, de ventilação e iluminação. Ao longo de Avenidas e vias expressas, os recuos devem ser de 5m para gabarito de até 4m de altura. A densidade populacional liquida básica estabelecida são de 850 hab/há para cada lote e a densidade máxima permitida para áreas de ZUP são de 2.000 hab/há. É obrigatório a manutenção de solo natural, coberto com vegetação, na proporção de 10% da área do lote. O estacionamento para equipamentos de saúde, com exceção de hospitais, devem ter uma vaga para cada 50m² de área construída, devendo ter 1 vaga para deficiente quando o estacionamento tem entre 11 e 100 vagas totais. E devido a essas exigências, o equipamento projetado atende a todas especificações necessárias.
87
5. O PROJETO
90
A
GO IA S
R.
AV .C AP IT
R.C DE A OL P.LIN IV O EIR A
RU
ÃO
SA LO
M
Planta Situacao Sem Escala
ÃO
GO IA S
R.
AM
AZ
ON
AS
B
A
Via N o
rte
N
Recepcao e Consultorios
0,0m
Terapia
Rua Goias
C
C'
Quadra
Oficinas
Refeitorio
Academia
D
D'
Banheiros
Recepcao Internacao e Convivio
Semi-internacao
Internacao
Internacao
E
E'
Reservatorio Agua 20.000l
Rua Leo Vecchi
B'
A'
Implantacao Escala Grafica
Entrada Pedestres
Entrada Mecicamentos
Entrada Principal Pedestres
Entrada Carros
Consultorio
Rampa Acessivel
Entrada Carros
Terapia
Quadra Oficinas
Refeitorio
Academia
Banheiros
Convivio
SemiInternacao
Internacao
Internacao
Entrada Pedestres Entrada Ambulancia
Circulacao Principal Entre Blocos
QUADRO DE AREAS AREA (m²) BLOCO 350,0 Consultorios Terapia 300,0 400,0 Oficina 550,0 Convivio Semi-Internacao 275,0 Internacao I 275,0 Internacao II 275,0 234,0 Quadra Banheiros 62,5 Academia 200,0 200,0 Refeitorio Total Edificacoes 3.121,50 Terreno 12.963,15 Taxa Ocupacao 27,2% Area Permeavel 6.199,11
QUADRO DE ESQUADRIAS PORTAS TIPO LARGURA ALTURA MODELO ABAS QUANT. 0,9 Abrir P1 2,1 50 2,1 Abrir P2 1,0 27 P3 2,1 Correr 1,0 24 Abrir P4 1,15 2,1 2 2 Abrir 2,0 2,1 P5 2 8 P6 Abrir 2,5 7 2 2,1 3,4 P7 Correr 4 4 2,1 3,8 Correr P8 4 3 2,1 P9 4,1 Correr 4 2 2,1 P10 4,6 Correr 4 6 2,1 4,9 Correr P11 6 5 2,1 P12 5,8 Correr 6 8 2,1
B
A Rampa Inclinacao <8%
Parede de Tijolinho
Parede pintada de branco
Veneziana basculante, com sistema de correr
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
Consultório A = 21,9m² + 5,5m
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
Parede pintada de branco
Consultório A = 34,7m²
Consultório A = 33,82m²
+ 5,5m
+ 5,5m
P2
P2
P2
P2
P1
P2 Parede pintada de branco
P3
Apoio A = 17,7m²
Farmacia A = 23,15m²
N
Arquivo A = 11,45m²
+ 5,5m
+ 5,5m
+ 5,5m
Parede pintada de branco
P4 + 5,5m
DML A = 11m²
Parede pintada de branco
+ 4,75m
+ 4,0m
+ 3,25m
+ 2,5m
Patio Interno A = 23,9m²
+ 5,5m
+ 5,0m
P7
P1
1
Esquadria horizontal, com abertura superior envidracada
W.C. A = 8,9m²
Recepcao A = 72,25m²
P1
+ 5,48m
2
+ 5,5m
3 4
+ 5,48m
Parede de Tijolinho
W.C. Deficiente A =2,55m²
Esquadria horizontal, com abertura superior envidracada
P1
P7
5 + 5,5m
W.C. A = 8,9m²
Rampa Inclinacao = 8%
P4
P1
+ 5,48m
+ 4,75m
Rampa Inclinacao = 8%
+ 4,0m
+ 3,25m
Rampa Inclinacao = 8%
Rampa Inclinacao = 8%
9
+ 2,5m
7 11
Parede pintada de branco
0,0m
6 10
P6
8 12 13
Marquise
14 15 16
Parede de Tijolinho P8
P8
P8
P6
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
Terapia A = 18,6m²
Apoio A = 22,1m²
Terapia A = 18,6m²
Terapia A = 18,6m²
+ 5,5m
+ 5,5m
Parede de Tijolinho
+ 5,5m
+ 5,5m
P2 P2 Esquadria horizontal, com abertura superior envidracada
W.C. A = 9,45m²
P2
P2
P1
+ 5,48m
C
Espera A = 7,8m²
+ 5,48m
Parede de pintada de branco
W.C. Deficiente A= 2,55m²
Esquadria horizontal, com abertura superior envidracada
W.C. A = 9,45m²
Patio Interno A = 20,3m²
+ 5,5m
P11
+ 5,0m
P1
C'
Rampa Inclinacao <8%
P1
+ 5,48m
DML A = 10,6m² + 5,5m
P1 Veneziana basculante,com sistema de correr nas laterais e central fixa
Deposito A = 11m²
Veneziana basculante,com sistema de correr
Terapia Coletiva A = 57,6m²
P1
+ 5,5m
+ 5,5m
P6
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
Parede pintada de branco
Parede pintada de branco
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
Marquise
P6
Parede de Tijolinho Esquadria horizontal, com abertura superior envidracada
P12
P1
P12
+ 5,48m
Sala Danca A= 28,3 m²
+ 5,48m
Parede de Tijolinho
P1
Parede pintada de branco
+ 5,5m
Sala Artesanato A= 28,3m²
Esquadria horizontal, com abertura superior envidracada
P5
+ 5,5m
P5
+ 5,48m
Sala Pintura, Desenho e Escultura A= 34,5m² + 5,5m
Patio Interno A= 28,1m²
Veneziana basculante,com sistema de correr
P11
+ 5,4m
Rampa Inclinacao <8%
P12
P12 Parede de Tijolinho
P2 Parede pintada de branco P2
P11
Sala Multiplo Uso A= 118,3m²
D
Sala Corte e Costura A= 34,5m²
Rampa Inclinacao <8%
Rampa Inclinacao <8%
Rampa Inclinacao <8%
+ 5,5m
D'
+ 5,5m
Veneziana basculante,com sistema de correr Parede de Tijolinho P12
P12
P12
P12
Rampa Inclinacao <8%
P6
Rampa Inclinacao <8%
Parede pintada de branco
Parede de Tijolinho
Marquise
Projecao Cobertura
Guarda-corpo de vidro com metal (h=1,10m)
Parede pintada de branco
P6
Administração A= 22,5m²
Projecao Cobertura
Suite Semi-Inter. III A= 12,6m²
+ 5,5m
P3
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
+ 5,5m
Marquise Rampa Inclinacao <8%
Marquise
Guarda-corpo de vidro com metal (h=1,10m)
Suite Internacao IV A= 4,65m² P3 + 5,5m
P5 P2
P1
P11
Sala Convivio A= 87,8m²
+ 5,48m
+ 5,5m
P2 P5 Veneziana basculante,com sistema de correr
P5
W.C Internacao III A= 4,65m²
+ 5,46m
+ 5,5m
P3
+ 5,48m
Suite Internacao III A= 12,6m²
P3 + 5,5m
Patio Interno A= 28,1m²
P11
+ 5,5m
+ 5,4m
P1
+ 5,46m
P1
Suite Semi-Inter. II A= 12,6m²
+ 5,5m
W.C. A = 9,45m²
+ 5,48m
W.C Internacao IV A= 4,65m²
W.C Semi-Int. II A= 4,65m² P1
Assistente Social A = 22,5m²
Esquadria horizontal, com abertura superior envidracada
+ 5,46m
W.C Semi-Int. III A= 4,65m²
+ 5,48m
Parede pintada de branco
P1 + 5,46m
+ 5,48m
+ 5,48m W.C. Deficiente A= 2,55m²
P3
P1
Esquadria horizontal, com abertura superior envidracada
W.C. A = 9,45m²
P1
+ 5,48m
Sala TV A= 52,9m² P2
+ 5,5m
Veneziana basculante,com sistema de correr Sala Jogos A= 34,7m²
Apoio A= 23m²
Veneziana basculante,com sistema de correr
P3
+ 5,46m
+ 5,48m
+ 5,46m
W.C Semi-Int. I A= 4,65m²
W.C Internacao II A= 4,65m²
W.C Enfermagem A= 4,65m²
W.C Internacao I A= 4,65m²
+ 5,48m
P3
P7
P1
+ 5,46m
+ 5,48m
+ 5,46m
P1
+ 5,5m
+ 5,5m
P6
Rampa Inclinacao <8%
Suite Internacao II A= 12,6m²
+ 5,5m
P5 P1
+ 5,48m
E
Suite Semi-Inter. I A= 12,6m²
+ 5,5m
P5
E'
P1
Suite Enfermagem A= 12,6m²
Suite Internacao I A= 12,6m²
+ 5,5m
+ 5,5m
P3
P7
Rampa Inclinacao <8%
Rampa Inclinacao <8%
Marquise
Recepcao A= 122,6m²
P2
+ 5,5m
Patio Interno A= 11,4m²
Rampa Inclinacao <8%
Parede de Tijolinho
Patio Interno A= 11,4m²
Parede de Tijolinho
P2 Copa A= 7,9m² Almoxarifado A= 16,5m²
P2 DML A= 7,9m² + 5,5m
+ 5,5m
+ 5,5m
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
Parede pintada de branco
Reservatorio Agua 20.000l
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
B'
A'
Planta Nivel 5,5m Escala Grafica
Parede de Tijolinho
Parede pintada de branco
Veneziana basculante, com sistema de correr
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
Consultorio A = 21,9m2 + 5,5m
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
Parede pintada de branco Consultorio A = 34,7m2
Consultorio A = 33,82m2
+ 5,5m
+ 5,5m
P2
P2
P2
P2
P1
P2 Parede pintada de branco
P3
Apoio A = 17,7m2
Farmacia A = 23,15m2
+ 5,5m
P4
Parede pintada de branco
DML A = 11m2
Patio Interno A = 23,9m2
+ 5,5m
+ 5,0m
P1 W.C. A = 8,9m2
P7 Recepcao A = 72,25m2
P1
+ 5,48m
+ 5,5m
+ 5,48m
Parede de Tijolinho
Esquadria horizontal, com abertura superior envidracada
+ 5,5m
+ 5,5m
Parede pintada de branco
Esquadria horizontal, com abertura superior envidracada
Arquivo A = 11,45m2
W.C. Deficiente A =2,55m2
W.C. A = 8,9m2 + 5,48m
Parede pintada de branco
P1
P7 P4
P1
P6
Recepcao + Consultorios Esc. 1/100
Parede de Tijolinho P8
P8
P8
P6
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
Terapia A = 18,6m2
Apoio A = 22,1m2
Terapia A = 18,6m2
Terapia A = 18,6m2
+ 5,5m
+ 5,5m
Parede de Tijolinho
+ 5,5m
+ 5,5m
P2 P2 Esquadria horizontal, com abertura superior envidracada
W.C. A = 9,45m2
P2
P1
+ 5,48m
Espera A = 7,8m2
+ 5,48m
Parede de pintada de branco
Esquadria horizontal, com abertura superior envidracada
P2
W.C. Deficiente A= 2,55m2
W.C. A = 9,45m2 + 5,48m
+ 5,5m
Patio Interno A = 20,3m2 P11
+ 5,0m
P1
P1
DML A = 10,6m2 + 5,5m
P1 Veneziana basculante,com sistema de correr nas laterais e central fixa
Deposito A = 11m2
Veneziana basculante,com sistema de correr
Terapia Coletiva A = 57,6m2
P1
+ 5,5m
+ 5,5m
P6
Parede pintada de branco
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
Parede pintada de branco
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
Terapia Esc. 1/100
P6
Parede de Tijolinho Esquadria horizontal, com abertura superior envidracada
P12
P1
P12
+ 5,48m
Sala Danca A= 28,3 m2
+ 5,48m
Parede de Tijolinho
+ 5,5m
Sala Artesanato A= 28,3m2
Esquadria horizontal, com abertura superior envidracada
P1
Parede pintada de branco
P5
+ 5,5m
P5
+ 5,48m
Sala Pintura, Desenho e Escultura A= 34,5m2 + 5,5m
Patio Interno A= 28,1m2
Veneziana basculante, com sistema de correr
P11
+ 5,4m
P12
P12 Parede de Tijolinho
P2 Parede pintada de branco P2
P11
Sala Multiplo Uso A= 118,3m2 Sala Corte e Costura A= 34,5m2
+ 5,5m
+ 5,5m
Veneziana basculante, com sistema de correr Parede de Tijolinho P6 P12 Parede pintada de branco
P12
Oficinas Esc. 1/100
Parede de Tijolinho P12
P12
Parede pintada de branco
P6
Administracao A= 22,5m2 + 5,5m
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada P5
P11
Sala Convivio A= 87,8m2
P2
+ 5,5m
P2 P5 Veneziana basculante, com sistema de correr
P5
Parede pintada de branco
Assistente Social A = 22,5m2 + 5,5m
Esquadria horizontal, com abertura superior envidracada
Patio Interno A= 28,1m2
W.C. A = 9,45m2
P11
+ 5,4m
P1
+ 5,48m
+ 5,48m
Parede de Tijolinho
W.C. Deficiente A= 2,55m2
Esquadria horizontal, com abertura superior envidracada
W.C. A = 9,45m2
P1 P5
P5
P1 Sala TV A= 52,9m2
+ 5,48m
P2
+ 5,5m
Veneziana basculante, com sistema de correr Sala Jogos A= 34,7m2
Apoio A= 23m2
Veneziana basculante, com sistema de correr
+ 5,5m
+ 5,5m
P6
P7
P7 Recepcao A= 122,6m2 + 5,5m
Patio Interno A= 11,4m2
Patio Interno A= 11,4m2
Recepcao II + Convivio Esc. 1/100
Marquise
Projecao Cobertura
Guarda-corpo de vidro com metal (h=1,10m)
Projecao Cobertura
Suite Semi-Inter. III A= 12,6m2
P3
+ 5,5m
Marquise Guarda-corpo de vidro com metal (h=1,10m)
Suite Internacao IV A= 4,65m2 P3 + 5,5m
P1 + 5,48m
P1 + 5,46m
+ 5,48m
+ 5,46m
W.C Semi-Int. III A= 4,65m2
W.C Internacao IV A= 4,65m2
W.C Semi-Int. II A= 4,65m2
W.C Internacao III A= 4,65m2
+ 5,48m
+ 5,46m
+ 5,48m
+ 5,46m
P1
P1
Suite Semi-Inter. II A= 12,6m2 + 5,5m
P3
Suite Internacao III A= 12,6m2
P3 + 5,5m
P3
Suite Semi-Inter. I A= 12,6m2
Suite Internacao II A= 12,6m2
P3
+ 5,5m + 5,5m
P1 + 5,48m
P1 + 5,46m
+ 5,48m
+ 5,46m
W.C Semi-Int. I A= 4,65m2
W.C Internacao II A= 4,65m2
W.C Enfermagem A= 4,65m2
W.C Internacao I A= 4,65m2
+ 5,48m
+ 5,46m
+ 5,48m
+ 5,46m
P1
P3
Suite Enfermagem A= 12,6m2
Suite Internacao I A= 12,6m2
+ 5,5m
P2
Parede de Tijolinho
P1
+ 5,5m
P2 Copa A= 7,9m2 Almoxarifado A= 16,5m2
P3
P2 DML A= 7,9m2 + 5,5m
+ 5,5m
+ 5,5m
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
Semi-Internacao Esc. 1/100
Parede pintada de branco
B
A
N 0,0m
C
C'
P10
P10
P9
+ 5,0m
Refeitorio A= 83,4m² + 5,0m
P9
P1
P2
P1 Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
W.C. A= 3,4m²
W.C. A= 3,4m²
+ 4,98m
+ 4,98m
Esquadria horizontal, com abertural central envidracada
Parede pintada de branco
Cozinha A= 33,8m²
W.C. Funcionarios A= 3,4m²
+ 5,0m
+ 4,98m
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
P2 P1
D
P2
Parede pintado de branco
Deposito A= 16,5m² + 5,0m
D'
P2
Espaco Funcionarios A= 16,5m²
Parede de Tijolinho
+ 5,0m
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
Marquise
Projecao Cobertura
Guarda-corpo de vidro com metal (h=1,10m)
Projecao Cobertura
Suite Internacao VIII A= 12,6m²
P3
+ 5,0m
+ 5,0m
P1
P1 + 4,96m
+ 4,98m
+ 4,96m
+ 4,98m
W.C Internacao VIII A= 4,65m²
W.C Internacao IX A= 4,65m²
W.C Internacao VII A= 4,65m²
W.C Internacao X A= 4,65m²
+ 4,96m
+ 4,98m
+ 4,96m
P1
+ 4,98m
P1
Suite Internacao VII A= 12,6m²
Suite Internacao X A= 12,6m²
P3
P3 + 5,0m
+ 5,0m
Suite Internacao VI A= 12,6m²
P3
Suite Internacao XI A= 12,6m² + 5,0m
+ 5,0m
P1
P3
P1 + 4,96m
+ 4,98m
E
Marquise Guarda-corpo de vidro com metal (h=1,10m)
Suite Internacao IX A= 4,65m² P3
+ 4,96m
+ 4,98m
W.C Internacao VI A= 4,65m²
W.C Internacao XI A= 4,65m²
W.C Internacao V A= 4,65m²
W.C Internacao XII A= 4,65m²
+ 4,96m
+ 4,98m
+ 4,96m
P1
P3
P2
E'
+ 4,98m
P1
Suite Internacao V A= 12,6m²
Suite Internacao XII A= 12,6m²
+ 5,0m
+ 5,0m
P2 P1
P3
Suite Medico A= 11,1m²
P2
Parede de Tijolinho
Parede pintada de branco Farmacia A= 7,9m²
Consultorio W.C Medico A= 7,9m² A= 4,5m²
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
Reservatorio Agua 20.000l
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
B'
A'
Planta Nivel 5,0m Escala Grafica
P10
P10
P9
Refeitorio A= 83,4m2 + 5,0m
P9
P1
P2
P1
W.C. A= 3,4m2
W.C. A= 3,4m2
+ 4,98m
Esquadria horizontal, com abertural central envidracada
Esquadria horizontal, com abertura superior envidracada
+ 4,98m
Parede pintada de branco
Cozinha A= 33,8m2
W.C. Funcionarios A= 3,4m2
+ 5,0m
+ 4,98m
P2
Esquadria horizontal, com abertura superior envidracada
P1
P2
Parede pintado de branco
Deposito A= 16,5m2 + 5,0m
P2
Espaco Funcionarios A= 16,5m2 + 5,0m
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
Refeitorio Esc. 1/100
Parede de Tijolinho
Marquise
Projecao Cobertura
Guarda-corpo de vidro com metal (h=1,10m)
Marquise
Projecao Cobertura
Suite Internacao VIII A= 12,6m2
P3
Guarda-corpo de vidro com metal (h=1,10m)
Suite Internacao IX A= 4,65m2 P3 + 5,0m
+ 5,0m
P1
P1 + 4,96m
+ 4,98m
+ 4,96m
+ 4,98m
W.C Internacao VIII A= 4,65m2
W.C Internacao IX A= 4,65m2
W.C Internacao VII A= 4,65m2
W.C Internacao X A= 4,65m2
+ 4,96m
+ 4,98m
+ 4,96m
P1
+ 4,98m
P1
Suite Internacao VII A= 12,6m2
Suite Internacao X A= 12,6m2
P3
P3 + 5,0m
+ 5,0m
Suite Internacao VI A= 12,6m2
P3
Suite Internacao XI A= 12,6m2 + 5,0m
+ 5,0m
P1
P3
P1 + 4,96m
+ 4,98m
+ 4,96m
+ 4,98m
W.C Internacao VI A= 4,65m2
W.C Internacao XI A= 4,65m2
W.C Internacao V A= 4,65m2
W.C Internacao XII A= 4,65m2
+ 4,98m
+ 4,96m
+ 4,96m
P1
P3
P1
Suite Internacao V A= 12,6m2
P2
+ 4,98m
Suite Internacao XII A= 12,6m2
+ 5,0m
+ 5,0m
P2
P3
P2
+ 5,0m
P1
+ 5,0m
Parede de Tijolinho
Suite Medico A= 11,1m2 Parede pintada de branco
+ 5,0m
Farmacia A= 7,9m2
Consultorio W.C A= 7,9m2 Medico A= 4,5m2
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
+ 4,98m
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
Internacao Esc. 1/100
B
A
N 0,0m
C
C'
P10
P10
Veneziana basculante, com sistema de correr
Parede de Tijolinho
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
Academia A= 130,5m² + 4,5m
Parede pintada de branco
Veneziana basculante, com sistema de correr
P10
D
Parede pintada de branco
Sala P1 Avaliacao Fisica A=7,9m²
P10
P1
D'
P2
+ 4,5m + 4,5m
Sala Yoga e Pilates A= 16,7m²
Parede de Tijolinho
+ 4,5m
Sala Nutricao A= 7,9m² Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
Veneziana basculante, com sistema de correr
E
E'
Reservatorio Agua 20.000l
B'
A'
Planta Nivel 4,5m Escala Grafica
P10
P10
Parede de Tijolinho
Veneziana basculante, com sistema de correr
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
Academia A= 130,5m2 + 4,5m
Parede pintada de branco
Veneziana basculante, com sistema de correr
P10
Parede pintada de branco
Sala P1 Avaliacao Fisica A=7,9m2
P10
P1
P2
+ 4,5m + 4,5m
Sala Yoga e Pilates A= 16,7m2 + 4,5m
Sala Nutricao A= 7,9m2 Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
Veneziana basculante, com sistema de correr
Academia Esc. 1/100
Parede de Tijolinho
B
A
N 0,0m
C
C'
D
D'
Marquise
Projecao Cobertura
Guarda-corpo de vidro com metal (h=1,10m)
Projecao Cobertura
Suite Internacao XVI A= 12,6m²
W.C Internacao XVII A= 4,65m² P3
P3 + 4,0m
+ 4,0m
P1
P1
+ 3,98m
+ 3,96m
+ 3,98m
+ 3,96m
W.C Internacao XVI A= 4,65m²
W.C Internacao XVII A= 4,65m²
W.C Internacao XV A= 4,65m²
W.C Internacao XVIII A= 4,65m²
+ 3,98m
+ 3,98m
+ 3,96m
+ 3,96m
P1
P1
Suite Internacao XV A= 12,6m²
Suite Internacao XVIII A= 12,6m²
+ 4,0m
+ 4,0m
Suite Internacao XIV A= 12,6m²
Suite Internacao XIX A= 12,6m²
P3
P3
P3
+ 4,0m
P1 + 3,96m
+ 3,96m
+ 3,98m
+ 3,98m
W.C Internacao XIV A= 4,65m²
W.C Internacao XIX A= 4,65m²
W.C Internacao XIII A= 4,65m²
W.C Internacao XX A= 4,65m²
+ 3,98m
+ 3,96m
+ 3,96m
P1
P3
+ 4,0m
Suite Internacao XX A= 12,6m²
+ 4,0m
Rouparia A= 10,6m²
E'
+ 3,98m
P1
Suite Internacao XIII A= 12,6m²
+ 4,0m
P2 Parede de Tijolinho
P3
+ 4,0m
P1
E
Marquise Guarda-corpo de vidro com metal (h=1,10m)
P3
P2 P1 W.C. Deficiente A= 2,55m²
Lavanderia A= 16,6m² + 4,0m
Parede pintada de branco
Reservatorio Agua 20.000l
+ 3,98m
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
B'
A'
Planta Nivel 4,0m Escala Grafica
Marquise
Projecao Cobertura
Guarda-corpo de vidro com metal (h=1,10m)
Suite Internacao XVI A= 12,6m2 + 4,0m
+ 4,0m
P1
P1
+ 3,98m
+ 3,96m
+ 3,98m
+ 3,96m
W.C Internacao XVI A= 4,65m2
W.C Internacao XVII A= 4,65m2
W.C Internacao XV A= 4,65m2
W.C Internacao XVIII A= 4,65m2
+ 3,98m
+ 3,98m
+ 3,96m
+ 3,96m
P1
P1 Suite Internacao XVIII A= 12,6m2
Suite Internacao XV A= 12,6m2
P3
P3 + 4,0m
+ 4,0m
Suite Internacao XIV A= 12,6m2
Suite Internacao XIX A= 12,6m2
+ 4,0m
P1 + 3,96m
+ 3,96m
+ 3,98m
+ 3,98m
W.C Internacao XIV A= 4,65m2
W.C Internacao XIX A= 4,65m2
W.C Internacao XIII A= 4,65m2
W.C Internacao XX A= 4,65m2
+ 3,98m
+ 3,96m
+ 3,96m
P1 Suite Internacao XIII A= 12,6m2
+ 4,0m
Suite Internacao XX A= 12,6m2
+ 4,0m
Rouparia A= 10,6m2
+ 3,98m
P1
+ 4,0m
P2 Parede de Tijolinho
P3
+ 4,0m
P1
P3
Guarda-corpo de vidro com metal (h=1,10m)
W.C Internacao XVII A= 4,65m2 P3
P3
P3
Marquise
Projecao Cobertura
P3
P2 P1 W.C. Deficiente A= 2,55m2
Lavanderia A= 16,6m2
Parede pintada de branco
+ 4,0m
+ 3,98m
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
Esquadria horizontal, com abertura central envidracada
Internacao II Esc. 1/100
B
A
N 0,0m
C
C'
Quadra A= 234 m² + 3,5m
P1
D
P1
Parede pintada de branco
W.C. e Vestiario A= 14,7m²
W.C. Deficiente A= 2,55m²
+ 3,48m
Esquadria horizontal, com abertura superior envidracada
+ 3,48m
D'
P1 W.C. e Vestiario A= 14,7m² + 3,48m
Parede de Tijolinho
Esquadria horizontal, com abertura superior envidracada
E
E'
Reservatorio Agua 20.000l
B'
A'
Planta Nivel 3,5m Escala Grafica
Quadra A= 234 m2 + 3,5m
P1 P1
Parede pintada de branco
W.C. e Vestiario A= 14,7m2
W.C. Deficiente A= 2,55m2
+ 3,48m
Esquadria horizontal, com abertura superior envidracada
+ 3,48m
P1 W.C. e Vestiario A= 14,7m2 + 3,48m
Esquadria horizontal, com abertura superior envidracada
Quadra + Banheiros Esc. 1/100
N
Recepcao e Consultorios
0,0m
Terapia
Quadra
Oficinas
Refeitorio
Academia
Banheiros
Recepcao Internacao e Convivio
Internacao
Semi-internacao
Arvores Frutiferas
Internacao
Arvores Frutiferas
Arvores Altas e Copadas, massa mais densa. Impedindo visao.
Reservatorio Agua 20.000l
Legenda: Arvore Frutifera Arvore com flor Cerca-viva (vegetacao mais baixa, densa, que impede passagem de som) Arvores altas, copadas,que impedem visao e acesso Arvores altas, que produzem sombra
Paisagismo Escala Grafica
B
A i=13%
i=13%
i=13%
Caixa Agua 3.500l
N
i=13%
i=13%
0,0m
i=13% i=13%
i=13%
C
Caixa Agua 3.500l
C' i=13%
i=13% i=13%
i=13%
Caixa Agua 3.500l
i=13%
i=13%
i=13%
i=13%
i=13%
i=13%
i=13%
i=13%
i=13%
i=13%
i=13%
Caixa Agua 5.000l
i=13%
i=13%
i=13%
i=10%
i=13%
D'
i=13%
i=13%
D
i=13%
i=13%
Caixa Agua 3.500l
i=13%
i=13%
Caixa Agua 3.500l
Caixa Agua 3.500l
i=10%
i=13%
i=13%
i=13%
i=13%
i=13%
i=13%
Caixa Agua 3.500l
Caixa Agua 3.500l
E
E' i=13%
i=13%
Reservatorio Agua 20.000l
i=13%
B'
A'
Planta Cobertura Esc. 1/250
5,5m
5,5m
5,0m
Caixa Agua 5.000l
Caixa Agua 3.500l
5,5m 5,0m
Caixa Agua 3.500l
5,5m
Caixa Agua 3.500l
Caixa Agua 3.500l
Caixa Agua 3.500l
5,5m 5,0m 4,5m 3,5m
Caixa Agua 3.500l
Caixa Agua 3.500l Caixa Agua 3.500l
5,5m 5,0m 4,0m
Fachada Sul Esc. 1/250
Fachada Leste Esc. 1/250
92
MEMORIAL JUSTIFICATIVO E EXPLICATIVO O Centro de tratamento para pessoas com transtornos emocionais é uma espécie de CAPS aprimorado, foi proposto para suprir a demanda por tratamento de saúde mental de Ribeirão Preto, que esta falha, ineficiente e escassa. Tem a intenção de trabalhar em conjunto com as outras instituições que cuidam e tratam desse tipo de doença, fazendo algumas parcerias. É uma instituição publica e filantrópica, que vai atender toda e qualquer pessoa com transtorno. O centro tem espaço e suporte para atender 110 pessoas, sua capacidade máxima para o mesmo momento, nos consultórios, espaços de terapia e atividades, contando com as 10 pessoas da semi-internação e as 50 da internação; mas a frequência excede esse numero devido a permanência ser transitória, alguns vão, frequentam as atividades e logo vão embora dando lugar a outros pacientes. O tratamento priorizado é o alternativo, que busca tratar os pacientes de maneira sustentável, onde os profissionais procuram entender a causa para solucionar o problema, atuando diretamente neste motivo. Também tenta ocupar o tempo do paciente com oficinas que auxiliam no seu convívio com o outro, suas produções podem se tornar posteriormente sua fonte de renda pois aprendem muito, alem de melhorar a cabeça do mesmo com atividades que agregam conhecimento, são uteis, agradáveis e agradáveis. O convívio social é fundamental para esse tipo de tratamento, de modo que a família também precise de tratamento para saber lidar com essa pessoa que esta abalada emocionalmente e psicologicamente, então é estimulada a frequência de familiares e amigos junto aos pacientes no centro, ate para participar das atividades, ou mesmo que seja apenas para visitas durante sua estadia. O funcionamento acontece de diferentes maneiras, o centro fica aberto 24h para os casos de internação e urgência, e no período diurno funciona das 07 as 18h, dividindo os atendimentos em classes: - Esporádico: para pacientes que possuem algum transtorno emocional, mas conseguem lidar e conviver com isso, sem que atrapalhe seu dia-a-dia, faz apenas manutenção e controle no centro. Suas consultas com psiquiatras são a cada dois meses e as terapias individuais a cada 15 dias. As oficinas, aulas, e espaços de esporte estão abertos a estes pacientes, que tem a liberdade de frequentar ou não, embora seja aconselhável. - Curtos Períodos: são para pacientes que tem problemas psicológicos, já saíram da fase critica, mas precisam de um acompanhamento maior em relação aos casos esporádicos, por isso tem consultas com psiquiatras uma vez por mês, terapia individual uma vez na semana e terapia coletiva a cada 30 dias. As atividades oferecidas no local são indicadas no mínimo duas vezes na semana, para colaborar com a melhora do paciente e diminuir a chance de regressão, mas o paciente pode decidir se vai ou não. 93
- Semi-Internação: o paciente frequenta a clinica diariamente, de segunda a sábado das 07:30 as 17:30h, onde participa de varias atividades ao longo do dia, atividades estas que são de suma importância para sua recuperação. A consulta com psiquiatra acontece uma vez a cada 20 dias, as terapias individuais são duas vezes na semana e as terapias coletivas de 20 em 20 dias. Tem quatro quartos disponíveis para estes pacientes quando quiserem repousar durante o dia e eles tem entorno de quatro a cinco refeições diárias. A permanência máxima neste estagio de tratamento é de 150 dias. - Internação: são para os pacientes que estão na fase critica da doença ou para aqueles que não tem suporte familiar. O paciente fica lá 24h por dia, com consultas semanais com psiquiatra, terapia individual duas vezes na semana e terapia coletiva uma vez na semana, durante os primeiros dois meses. No terceiro e quarto mês, o paciente tem consulta com psiquiatra a cada 15 dias, terapia individual duas vezes na semana e terapia coletiva a cada 15 dias. Neste estagio as atividades são obrigatórias, o paciente tem liberdade de escolher qual frequentar, mas precisa escolher no mínimo duas aulas por dia na primeira etapa (primeiros dois meses) e três na segunda (dois meses finais), sendo que uma dessas atividades, nas duas etapas, seja atividade física, esporte ou dança. Estes pacientes possuem de cinco a seis refeições diárias. Sua permanência máxima são de 120 dias, depois são transferidos para a semi-internação. O centro de tratamento precisa de cerca de 46 funcionários no período diurno, das 07 as 18h, divididos entre profissionais multifuncionais que serão para: serviços gerais, psicólogos, médicos, enfermeiros, professores, secretarias, assistente social, administrador, cozinheiros, dentre outros. Para o período noturno, é necessário de 6 funcionários: uma secretaria, um medico, uma enfermeira, um farmacêutico, um supervisor, um vigilante.
94
O PROJETO: O projeto partiu de uma organização espacial em grelha, sem que exista um ponto central para evitar que o paciente psiquiátrico pense que esta sendo vigiado, em geral esses pacientes tem trauma disto e buscam liberdade. A grelha primeiramente foi dividida em módulos de 10x10m, os quais foram subdivididos por múltiplos de dois, ou seja, 5m, 2,5m e 1,25m. Desde o inicio, os blocos foram pensados e divididos por função, resultando em 10 diferentes blocos: recepção + consultórios; terapias; oficinas; ala convívio + recepção II + administração; semi -internação + internação; 2 blocos internação; refeitório; academia e quadra. Divisão para facilitar a movimentação dos funcionários e pacientes, possibilitando uma maior interação no espaço. O bloco da recepção principal controla a entrada dos pacientes e visitantes para possibilitar uma organização interna. É onde estão os três consultórios, pois os psiquiatras precisam de apoio e ajuda das secretarias para marcar seus horários, pegar os prontuários dos pacientes e garantir que nenhum paciente esqueça seus horários. Nesses três consultórios atendem três psiquiatras por dia, que atendem em media 27 consultas. A farmácia é próxima a estes consultórios para os casos que os psiquiatras receitarem remédios, o paciente retira sua medicação imediatamente após a consulta, sem ter que ir a outro lugar. No bloco das terapias possui três salas para terapias individuais com poltronas e divan para o paciente escolher onde quer ficar, uma sala de terapia coletiva bem ampla e um espaço de espera para os pacientes ao lado do jardim interno. Atendem simultaneamente quatro psicólogas, três para terapias individuais que fazem juntas cerca de 27 sessões por dia e o psicólogo da terapia coletiva que atende em media seis sessões por dia. As terapias coletivas podem ser apenas com alguns pacientes que tem a mesma doença mental; pode ser de um único paciente com seus familiares e amigos; de dois ou mais pacientes com suas famílias ou mesmo apenas pacientes, a terapia acontece de acordo com a necessidade de cada paciente. O próximo bloco é das oficinas, onde são ministradas diferentes aulas para interter, ensinar e ajudar os pacientes. Possui sala de pintura, desenho e escultura; sala de corte e costura; sala de artesanato; sala de dança e de múltiplo uso, onde pode ter aulas variadas. No bloco do convívio, ainda na linha vertical do terreno, tem uma sala ampla de televisão, uma sala de jogos e um espaço livre com mesas, cadeiras e bancos para os pacientes conversarem, distrair, repousar, ou mesmo para receber os amigos e familiares. É lá também que estão as salas de administração e da assistente social, alem da recepção II, a recepção dos casos mais graves e a que funciona também no período noturno. Em todos esses quatro blocos foi priorizado os pátios internos, espaços abertos no interior dos prédios, com vegetação em 95
meio aos blocos, que proporcionam uma maior interação, dá uma sensação de liberdade e aconchego. No outro bloco, já na linha horizontal, estão os blocos da Semi-Internação + Internação, com quatro suítes cada, e os dois outros da Internação, cada um com oito suítes. Também estão o quarto dos enfermeiros, o almoxarifado, farmácia 24h, consultório 24h, suíte do medico, rouparia e lavanderia. Numa segunda linha horizontal esta a quadra e a academia, com um bloco menor de banheiros e vestiários que dão suporte as atividades físicas. E nesta mesma linha, mais centralizado, esta o refeitório, com a cozinha e o espaço para os funcionários. Também há um grande pátio externo em meio aos blocos e a vegetação para garantir uma área de convívio ao ar livre bem agradável e aberto. Acessos: Os acessos são retilíneos e, na maior parte, cortam os blocos, dividindo-os em apoio e uso. O acesso principal de pedestre acontece pela via Norte e pela sua perpendicular, a Rua Goiás, ambas que chegam a recepção principal no mesmo lugar, e de lá são direcionados aos outros blocos. Há um acesso lateral para os casos críticos, na recepção II, também pela rua Goiás, onde fica aberto 24h, alem de ter também um acesso para ambulância que passa por essa recepção e chega direto no consultório 24h. Para os carros, terá apenas um acesso pela Via Norte, chegando no estacionamento que possui 26 vagas. Topografia: O terreno é relativamente plano, com uma maior declividade a leste onde se aproxima de uma nascente no terreno vizinho. Os blocos foram dispostos em cinco diferentes níveis, 5,5m; 5m; 4,5m; 4m e 3,5m, para acompanhar a topografia e melhor adaptar ao terreno, sem eu seja necessário grandes alterações. Vegetação: O intuito foi preservar a vegetação existente, as arvores do fundo do terreno, proximo ao cruzamento da Rua Leo Vecchi e da Rua Amazonas; alem de criar mais alguns espaços verdes que se integram aos blocos para proporcionar locais mais sombrios, agradáveis e aconchegantes. Estrutura: A estrutura utilizada foi o conjunto de pilar, viga e laje. Nos blocos, os pilares e as vigas são de concreto armado, as lajes treliçadas, com blocos de tijolo cerâmico para fechar os ambientes ou mesmo as próprias aberturas que fazem o fechamento. Para os acessos, nas passarelas, algumas terão que vencer 96
grandes vãos, os pilares também serão de concreto armado e as vigas metálicas por serem mais esbeltas. Aberturas: Para as aberturas, os projetos do Oswaldo Bratke foram utilizados como referência, por isso, foi priorizado a utilização de grandes aberturas envidraçadas, venezianas móveis como se fossem grandes portas de correr e também venezianas fixas com aberturas de vidro basculante na parte central ou superior, a maioria que se extende de pilar a pilar, para garantir uma maior entrada de luz e ventilação, e proporcionar um maior contato interior com exterior, dando uma sensação de liberdade, o que é essencial para os pacientes. 1
Fonte: SEGAWA, H.; DOURADO, G. M., Oswaldo Arthur Bratke Arquiteto: A arte de bem projetar e construir. 2.ed. São Paulo PW Editores, 2012
Detalhes Imagens (esquerda): 1: venezianas móveis como se fossem grandes portas de correr 2: venezianas móveis como se fossem grandes portas de correr 3: venezianas fixas com aberturas de vidro basculante na parte central
Cobertura: Para os blocos, a cobertura é de telhas de fibrocimento, quatro águas, com inclinações de 13%, com platibanda. As marquises sobre os acessos serão de laje trelicada. Sobre os pátios internos nos blocos de convivência terão pergolado de concreto, cobertos com policarbonato para não atrapalhar a permanência e circulação das pessoas em períodos chuvosos. Detalhes Imagens (abaixo): Pergolado com Cobertura de Policarbonato 2
3
Fonte: Idem
Fonte: Idem
Fonte: http://www. archdaily.com.br/ br/01-18458/casagrelha-fgmf. Acesso em 10 ag. 2014.
97
MAQUETE ELETRÔNICA: Entrada Recepção II (24h) e Área Convívio:
Oficinas:
Lateral Recepção I e Consultórios com entrada especial para farmácia:
98
Terapias:
Face Sul Recepção II (24h) e Área Convívio com passarela para Semi-Internação:
Pátio entre Recepção II (24h) e Semi-Internação e Internação:
99
Blocos Semi-Internação e Internação I e II:
Blocos Internação I e II e Reservatório 20.000l água:
Entrada Ambulância entre blocos Internação I e II: :
100
Pátio Nível 5m:
Pátio Nível 5m:
101
Pátio Nível 5,5m:
Pátio Nível 5m:
102
Entrada Recepção II (24h) e Área Convívio:
Quadra e Academia:
103
Academia e Refeitório:
Área entre Semi-Internação e Internação I:
104
Entrada Principal:
Quadra, Academia e Refeitório:
105
Perspectiva Via Norte e Rua Amazonas:
Perspectiva Rua Leo Vecchi e Rua Amazonas:
106
Perspectiva Via Norte e Rua Goiás:
Perspectiva Rua Goiás e Rua Leo Vecchi:
107
6. CONCLUSÃO
110
CONSIDERAÇÕES FINAIS O projeto desenvolvido neste trabalho buscou primeiramente entender as doenças mentais, os diferentes tratamentos, os espaços e profissionais especializados em ajudar e promover a cura para esses pacientes com transtornos emocionais. A intenção foi encontrar soluções para projetar o espaço “ideal” para essas pessoas e seus familiares, na tentativa de utilizar o tratamento alternativo na maioria dos casos, tratamentos estes que visam a inserção social, uma melhora mais rápida e menos sofrida, sem a utilização de medicamentos, que são utilizados apenas nas fases críticas da doença . Na procura por locais existentes que tratam desses pacientes psiquiátricos, alguns foram encontrados, mas a entrada foi permitida apenas em um CAPS, o que dificultou um pouco no processo de iniciação do projeto. Também é nítido que a demanda é bem maior que a oferta desses locais de tratamento. O equipamento foi proposto para atrair pessoas para a área escolhida, lugar que hoje sofre com o esvaziamento, mas para a instalação do Centro será necessário estudar as operações urbanas para escolher a melhor opção para não prejudicar os atuais proprietários dos terrenos; também será preciso uma melhora no policiamento no bairro e campanhas de conscientização para os mendigos e usuários de droga que ali frequentam. Para o caso das enchentes, também deverá ser pensado algo para soluciona-las com projetos ambientais e urbanísticos. O Centro de Tratamento Para Pessoas com Transtornos Emocionais foi pensado para atender 110 pessoas por dia, sendo que comporta dez na semi-internação e 50 da internação, números pensados de acordo com informações de psicólogos e psiquiatras, mas dependendo da demanda, esse número pode aumentar já que o terreno comporta ampliação do programa. O detalhamento do projeto e cômodos também não foi executado como deveria, espaços de saúde tem uma exigência um pouco maior em relação a outros projetos, e a inexperiência em projetar espaços neste seguimento prejudicaram um pouco. Outros fatores não citados de projeto também serão aprimorados com a realização de especializações e pós-graduação voltados para equipamentos de saúde, o que tenho a intenção de dar seguimento ao trabalho, já que com os estudos feitos, vi a deficiência, falta de interesse e escassez desses espaços voltados para o tratamento da saúde mental, área extremamente importante que poucos tem acesso ao tratamento ou tratam de maneira inadequada.
111
112
REFERÊNCIAS A Arquitetura a Serviço do Paciente. (28 jul.2009). Disponível em: <http://www.architectour.com.br/blog/2009/07/28/a-arquitetura-a-servico-do-paciente/>. Acesso em: 10 out.2013. Acupuntura. br/acupuntura/>.
Disponível Acesso
em
em:
17
</saude.ig.com. mar. 2014.
ABRÃO, P. R. S., Clínica Psiquiátrica – Trabalho de Conclusão de Curso – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Moura Lacerda, Ribeirão Preto, 1997. Antiga Estação Ferroviária Ribeirão Preto. Disponível em: <www.estacoesferroviarias.com.br/b/barracao.htm>. Acesso em 20 mar. 2014. Arquitetura Hospitalar: Uma Nova Tendência na Arquitetura. (28 set.2009) Disponível em: <http://www.obra24horas.com.br/materias/arquitetura/arquitetura-hospitalar--uma-nova-tendencia-na-arquitetura>. Acesso em: 07 set.2013. BARROS, C., Casa Grelha. Disponível em: <www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/forte-gimenes-marcondes-ferraz-fgmf_/casa-grelha/885#>. Acesso em 10 ag. 2014. BERTOLETTI, R., Uma Contribuição da Arquitetura para a Reforma Psiquiátrica: Estudo no Residencial Terapêutico Morada São Pedro em Porto Alegre – Trabalho de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2011. BURSZTYN, I.; SANTOS. M., Saúde e Arquitetura: Caminhos para a Humanização dos Ambientes Hospitalares. 1.ed. Senac Rio, 2004. Casa Grelha / FGMF. Disponível em: <http://www.archdaily.com. br/br/01-18458/casa-grelha-fgmf>. Acesso em 10 ag. 2014. Clássicos da Arquitetura: Residência no Morumbi. Disponível em: <www.archdaily.com.br/br/01-172440/classicos-da-arquitetura-residencia-no-morumbi-oswaldo-bratke> Acesso em 11 ag. 2014. COSTA, J. R. S. de L., Espaço Hospitalar: A Revolta do Corpo e a Alma do Lugar, jul.2006. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/ revistas/read/arquitextos/02.013/884>. Acesso em: 07 set. 2013. CRUZ, DR. A. F. S., Leitos para Saúde Mental em Ribeirão Preto e Região. Disponível em: <www.ribeiraopreto.sp.gov.br/ssaude/ programas/conf-mental/i16leitos.php>. Acesso em 17 mar. 2014.
113
CRUZ, DR. A. F. S., Residências Terapêuticas. Disponível em: <www.ribeiraopreto.sp.gov.br/ssaude/programas/conf-mental/i16rterapeuticas.php>. Acesso em 17 mar. 2014. CRUZ, DR. A.F. S., Temas para Conferência Municipal de Saúde Mental. Prefeitura de Ribeirão Preto. Disponível em: <www.ribeiraopreto.sp. gov.br/ssaude/programas/conf-mental>. Acesso em 10 mar. 2014. DIAS, A. M., Do Crescimento das Taxas de Depressão e suas Causas – Universidade de São Paulo - São Paulo, 2010. DIAS, B., ABASCAL, E. H. S., Residencia Maria Luisa e Oscar Americano. Disponível em: <www.vitruvius.com.br/revistas/ read/arquiteturismo/07.075/4755>. Acesso em 10 ag. 2014. Doenças Psiquiátricas. Anima. Disponível em: <anim a c o n s u l t o r i o . s i t e . m e d . b r / i n d e x . a s p ? Pa ge N a m e = D o en-E7as-20Psiqui-E1tricas>. Acesso em 17 mar. 2014. Doenças Psiquiátricas. Espaço Clif. Disponível em: <www.espacoclif. com.br/#!doencas-psiquiatricas/c2i5>. Acesso em 13 mar. 2014. EMED: Arquitetura Hospitalar. Disponível em: <http://www.emedproj. com.br/site/soluc_obras_geren.html>. Acesso em: 10 out.2013. Estudo Recomenda Exercícios Físicos para Pacientes com Depressão. Depressão – Revista Veja Online. (13 mai.2013). Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/saude/estudo-recomenda-exercicios-fisicos-para-pacientes-com-depressao>. Acesso em: 10 out.2013. Fábrica Matarazzo. G1. Disponível em: <g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2014/03/instituto-federal-em-ribeirao-sera -em-antiga-fabrica-anuncia-prefeitura.html.> Acesso em 20 mar. 2014. FINOTTI, L., Casa Grelha. Disponível em: <www.vitruvius.com.br/ revistas/read/projetos/08.092/2918> Acesso em 10 ag. 2014. FONTES, M. P. Z., Imagens da Arquitetura da Saúde Mental: Um Estudo Sobre a Requalificação dos Espaços da Casa do Sol, Instituto Municipal de Assistência à Saúde Nise da Silveira – Dissertação de Mestrado de Pós-Graduação em Arquitetura – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2003. FURTADO, J. P. et al., Inserção Social e Habitação: Um Caminho para a Avaliação da Situação de Moradia de Portadores de Transtorno Mental Grave no Brasil, 2010. GÓES, R., Manual Prático de Arquitetura Hospitalar. 2.ed. Blucher, 2009. 114
GUIMARÃES, J., SAEKI, T.; Janelas do Santa Tereza: estudo do processo de reabilitação psicossocial do Hospital Psiquiátrico de Ribeirão Preto (SP). Trabalho de conclusão do Curso de Especialização em Enfermagem Psiquiátrica e Saúde Mental da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. USP, Ribeirão Preto, 1998 Hospital Dia. Clínica Prisma. Disponível em: <www.clinicaprisma.com.br/index.php>. Acesso em 13 mar. 2014. Hospital Psiquiátrico Kronstad. Disponível em: < www.archdaily.com. br/br/01-173463/hospital-psiquiatrico-kronstad-slash-origo-arkitektgruppe>. Acesso em 05 ab. 2014. KAHA, L., Série Arquitetura e Comportamento II: A percepção humana em relação ao espaço. Disponível em: <www.academia.edu/3605969/ Serie_Arquitetura_e_Comportamento_II_A_percepcao_humana_em_ relacao_ao_espaco>. Acesso em 23 mar. 2014. KEHL, M. R., Depressão no Século XXI (04 dez.2007). Disponível em: <http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/11086-depressao-no-seculo-xxi-entrevista-especial-com-maria-rita-keh>. Entrevista concedida a: IHU-Online. Acesso em: 10 out. 2013. LAKI, R. C., LIPAI, A. E.; Percepção e uso do espaço em Arquitetura e Urbanismo: um ensaio no Ambiente Construído. Iniciação Cientifica em Arquitetura e Urbanismo – USJT, 2007 Lei Complementar 2.157 de 08 de Janeiro de 2007. Dispõe sobre o Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo do Município de Ribeirão Preto/SP. Disponível em: <www.ribeiraopreto.sp.gov.br/dom/j015pesquisa.htm>. Acesso em 10 jul. 2014. Lei Complementar 2.158 de 21 de Janeiro de 2007. Dispõe sobre o Código de Obras do Município de Ribeirão Preto/SP. Disponível em: <www.ribeiraopreto.sp.gov.br/dom/j015pesquisa.htm>. Acesso em 10 jul. 2014. LENGEN, J.V., Manual do Arquiteto Descalço. 5.ed. Empório do Livro, 2008 Lista de Enfermidades Psiquiátricas. Disponível em: <pt.wikipedia.org/ wiki/Anexo:Lista_de_enfermidades_psiqui%C3%A1tricas>. Acesso em 14 de mar. 2014. MARTINS, J. L. F., Conceitos Básicos em Psiquiatria. Unidade Intermediaria de Crise e Apoio a vida. Disponível em: <www.uniica.com.br/ orientacoes/>. Acesso em 11 mar. 2014.
115
MARTINS, V. P.; A humanização e o ambiente físico hospitalar. IV Seminário de Engenharia Clinica, Anais do I Congresso Nacional da ABDEH – 2004 MELLO, I. M., Humanização da Assistência Hospitalar no Brasil: Conhecimentos Básicos para Estudantes e Profissionais – Dissertação de Mestrado em Enfermagem Psiquiátrica e Saúde Mental – São Paulo, Universidade de São Paulo, 2008. MENDES, A. C. P., Plano Diretor Físico Hospitalar: Uma Abordagem Metodológica frente a Problemas Complexos – Trabalho de Conclusão de Curso – Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2007. MENDLOWICZ, E., A Sociedade Contemporânea e a Depressão – Doutorado em Psicologia Clínica – PUC/SP, São Paulo, 2009. Mulheres têm Risco 40% Maior de Sofrer Algum Transtorno Mental. Psiquiatria - Revista Veja Online. (22 mai.2013). Disponível em: <http:// veja.abril.com.br/noticia/saude/mulheres-tem-risco-40-maior-desofrer-algum-transtorno-mental-diz-estudo>. Acesso em: 10 out. 2013. NETTO, V. M.; O efeito da arquitetura. Disponível em: <www.vitruvius. com.br/revistas/read/arquitextos/07.079/290>. Acesso em 05 ab. 2014. NOGUEIRA, M. A. M., Saúde Mental e Arquitetura: Um Estudo Sobre o Espaço e o Ambiente e sua Inserção no Processo Terapêutico - Dissertação de Mestrado de Pós-Graduação em Ciências Médicas – UNICAMP, Campinas, 2001. Oficinas de Tratamento da Saúde Mental. Disponível em: <www.amprs.org.br/conicrack/oficina8/of8-apresentacao-caps.pdf>. Acesso 23 mar. 2014. OMS divulga guia sobre tratamento humanizado de doentes mentais. Portal Brasil. Disponível em: <www.brasil.gov.br/saude/2010/10/ oms-divulga-guia-de-orientacao-sobre-tratamento-humanizado-dedoentes-mentais>. Acesso em 05 ab. 2014. PEREIRA, M. A. O., PEREIRA JR., A.; Transtorno Mental: Dificuldades Enfrentadas pela Família. Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas – USP/RP, 2003 Permanência Dia – Saúde Mental. Clínica Vera Cruz. Disponível em: <www.clinicaveracruz.com.br/>. Acesso em 13 mar. 2014.
116
Plano Municipal de Saneamento Básico de Ribeirão Preto. Prefeitura de Ribeirão Preto. Disponível em: <www.ribeiraopreto.sp.gov.br/ sadm/aud/pmsb_01_2012.pdf > Acesso em 10 ab. 2014. Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação. Disponível em: <http:// www.sarah.br/Cvisual/Sarah/>. Acesso em: 10 out.2013. SANCHEZ, G., Conheça as Doenças Mentais mais comuns e saiba onde procurar ajuda. G1. Disponível em: < g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/04/conheca-doencas-mentais-mais-comuns-esaiba-onde-procurar-ajuda.html> Acesso em 14 mar. 2014. SANTOS, M. C. O. et al., Arquitetura e Saúde: O Espaço Interdisciplinar. FAU/UFRJ, Rio de Janeiro. SEGAWA, H.; DOURADO, G. M., Oswaldo Arthur Bratke Arquiteto: A arte de bem projetar e construir. 2.ed. São Paulo PW Editores, 2012 TENÓRIO, F., A Reforma Psiquiátrica Brasileira, da década de 1980 aos dias atuais: História e Conceitos – Dissertação de Mestrado em Psiquiatria – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Manguinhos, 2002. Tratamento das doenças mentais. Manual Merck. Disponível em: <www.manualmerck.net/?id=106&cn=947> Acesso em 05 ab. 2014. Tratamento de Doenças Mentais será mais personalizado. JC Net. Disponível em: <www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=228190>. Acesso em 05 ab. 2014. VARELLA, D., GENTIL. V.; Saúde Mental. Disponível em: <drauziovarella.com.br/letras/s/saude-mental/> Acesso em 17 mar. 2014.
117