paris
andrÊ gonçalves
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Fotografia, mundo, liberdade e uma esponja. André Gonçalves é carioca, mineiro, piauiense. É também argentino, francês, italiano. E, aonde ele for, assumirá mais uma nacionalidade, mais uma identidade, mais uma cultura. É o que se denomina cidadão do mundo. Deve ser de outros tantos lugares por onde já passou ou viveu, ou apenas leu en passant, que lhe falaram ou que só ouviu dizer, sem nem ter botado os pés ou olhos e ouvidos por lá. É uma espécie de esponja multinacional do bem – quase uma boa invencionice publicitária, um produto, o qual ele certamente criaria. Ou não.
A capacidade de absorver as coisas que realmente importam surpreende, pois, nele, encontramos quase de um tudo na seara das artes e da vida mesmo, como poesia, literatura, filosofia, humor, música, cinema, compreensão, pintura, etc., etc. e etc.. E fotografia. Principalmente fotografia. E das boas. Das melhores. A esponja André tem 1001 habilidades, me parece.
A fotografia de André é urbana, carregada de um lirismo poético e estético único. Afirmo que é - ou prefiro que seja - na fotografia que ele expressa suas emoções imagéticas com aquela propriedade de quem reconhece como seus aqueles lugares onde se encontra no ato de seus cliques. Os símbolos que só ele vê e as formas que só ele enquadra estão lá, criando ironias visuais ora espertas, ora divertidas.
Sua série de Paris é um pouco iconoclasta, mas também reconstrói novas histórias e narrativas com os mesmos e velhos símbolos da Cidade Luz. E essas novas interpretações nos mostram uma Paris ainda mais antagônica dos cartões-postais, mais irreal, com uma mistura de seus ícones em escalas e perspectivas só pensadas pelo fotógrafo, que alia técnicas e desprendimentos no ato do fazer fotográfico. E aí André se transforma no monsieur que pinta com a luz e traz um novo significado para esta cidade e para o resto de nós, a tal liberté que, um dia, tanto sonhamos. Que comece a revolução. Ação.
Manoel Soares, fotógrafo
andré gonçalves
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Photography, world, freedom and a sponge. André Gonçalves is from Rio de Janeiro, from Minas Gerais, from Piaui. He is also Argentinian, French, Italian. And wherever he goes, he will take on one more nationality, one more identity, one more culture. He is what is called citizen of the world. He must be from so many other places where he has passed or lived, or just read en passant, that he has only been told or heard of, without even putting his feet or eyes and ears there. He's a kind of multinational sponge of good - almost a good publicity stunt, a product that he would surely create. Or not.
The ability to absorb the things that really matter is surprising because, in him, we find almost everything in the field of arts and life itself, such as poetry, literature, philosophy, humor, music, cinema, understanding, painting, etc., etc. . and etc .. And photography. Mostly photography. And the good ones. Of the best. The sponge André has 1001 skills, it seems to me.
André's photography is urban, loaded with a unique poetic and aesthetic lyricism. I affirm that it is - or I’d rather it to be - in photography that he expresses his imaginary emotions with that expertise of one who recognizes as his own those places where he finds himself in the act of his clicks. The symbols that only he sees and the shapes that only he frames are there, creating sometimes smart, sometimes entertaining visual ironies.
His series “Paris” is a bit iconoclastic, but it also reconstructs new stories and narratives with the same old symbols of the City of Light. And these new interpretations show us an even more antagonistic Paris of postcards, more unreal, with a mixture of its icons in scales and perspectives only thought by the photographer, which combines techniques and detachments in the act of photography making. And then André becomes the monsieur who paints with light and brings a whole new meaning to this city and the rest of us, that so called liberté that one day we have all dreamed of so much. Let the revolution begin. Action.
Manoel Soares, photographer andré gonçalves
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para Rafaela, June, Samária, Amina, Amora. to Rafaela, June, Samária, Amina, Amora.
andré gonçalves
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@andrepiaui /andrepiaui /andrepiaui @andrepiaui
André Gonçalves, 51, é fotógrafo, artista visual e escritor. Vive e trabalha em Teresina, Piauí, Brasil, onde é também editor da revista cultural Revestrés há 8 anos. Realizou quatro exposições individuais e participou de coletivas no Brasil, Alemanha, Itália, China, Japão, Portugal, Espanha e França. André Gonçalves, 51, is a photographer, visual artist and writer. He lives and works in Teresina, Piauí, Brazil, where he has also been editor of the cultural magazine Revestrés for 8 years. He has held four solo exhibitions and participated in collective exhibitions in Brazil, Germany, Italy, China, Japan, Portugal, Spain and France.
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fotos/photos: André Gonçalves tradução/translation: Rafaela Gonçalves direção de arte/art direction: Ítalo Lima
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Teresina, PiauĂ, Brasil, agosto de 2019