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PRÓ-REITORIA ACADÊMICA – PROAC ASSESSORIA ACADÊMICA - ASAC CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
RELATÓRIO DO PROJETO INTEGRADOR (PI) – 2016.2 PERÍODO: 2° - TURMA: C - TARDE
DISCENTE(S): ANDRÉ VINICIUS PIMENTEL DA COSTA - 1610014825 ARÍCIA LAYS ALVES MARTINS - 1520012262 EMANUELLA VASCONCELOS RANGEL - 1610014575 ENNY MIRELLI CORREIA DA SILVA – 1610013306 THIAGO HENRIQUE DE SOUSA ALMEIDA – 1610015882
TEMÁTICA: COMO O ARQUITETO E URBANISTA COMPREENDE E CONCEBE O ESPAÇO?
JOÃO PESSOA - PB 06 de dezembro de 2016
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SUMÁRIO
TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO I....................................04 CONDICIONANTES HISTÓRICAS.............................................................................04 CONDICIONANTES GEOGRÁFICAS.........................................................................04 CONDICIONANTES CULTURAIS..............................................................................06 ESPECIFICIDADES ARQUITETÔNICAS...................................................................06 INTRODUÇÃO AO PROJETO DE ARQUITETURA E URBANISMO.........................10 RELATÓRIO DE ATIVIDADE SOBRE O TEATRO...................................................10 CONDICIONANTES......................................................................................................11 Locais.....................................................................................................................11 Operacionais...........................................................................................................11 Tecnológicas..........................................................................................................11 Simbólicas..............................................................................................................11 PROJETOS CORRELATOS...........................................................................................12 CROQUIS........................................................................................................................15 PROGRAMA DE NECESSIDADES..............................................................................17 DIAGRAMA DE FLUXO E ACESSIBILIDADE.........................................................18 EXECUÇÃO...................................................................................................................19 RESULTADO FINAL.....................................................................................................21 TOPOGRAFIA........................................................................................................................23 OBJETIVO GERAL........................................................................................................23 OBJETIVOS ESPECÍFICOS..........................................................................................23 INTRODUÇÃO...............................................................................................................24 DESENVOLVIMENTO..................................................................................................25 Levantamento planimétrico ou planimetria...........................................................25 Definição...............................................................................................................................25 Métodos.................................................................................................................................25 Erros............................................................................................................................. .........27 Acessórios.............................................................................................................................27
Levantamento altimétrico ou altimetria.................................................................31 Definição...............................................................................................................................31 Métodos e acessórios utilizados............................................................................................31
METODOLOGIA............................................................................................................34
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Proposta arquitetônica: Teatro...............................................................................34 Perfis arquitetônicos...............................................................................................36 Área dos perfis de corte..........................................................................................42 Volume de corte.....................................................................................................43 Área do perfil de aterro..........................................................................................43 Volume de aterro....................................................................................................44 Volume final de corte e aterro................................................................................44 Cálculo de custo de movimentação da terra...........................................................44 CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................45 ESTRUTURAS I.....................................................................................................................46 INTRODUÇÃO...............................................................................................................46 DESENVOLVIMENTO..................................................................................................47 CROQUIS........................................................................................................................49 REGISTRO FOTOGRÁFICO.........................................................................................51 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................53
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TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO I DOCENTE: ANDREI DE FERRER E ARRUDA CAVALCANTI
- CONDICIONATES HISTÓRICAS:
Localizado no nordeste da cidade, o Teatro foi construído no século IV a.C., sendo um dos edifícios mais importantes do período helenístico de Priene. Nele, eram realizados vários eventos culturais, além de também servir como local de encontro para reuniões políticas. E, embora o edifício tenha sofridos danos e muitas alterações, ainda preserva a aparência geral de um teatro grego e suas características. Ademais, o teatro consistia em principalmente três seções: assentos de espectadores, cena e orquestra, esta tendo a forma da ferradura do cavalo, com 50 fileiras, sendo a primeira fila de bancos chamada de proédrie, enriquecida com cinco cadeiras majestosas em mármore decoradas com patas de leão, e com capacidade para 5000 espectadores. Já o teatro proposto, com características contemporâneas, aparece com a disponibilidade para a realização de eventos culturais como peças, danças e apresentações musicais. Dispondo de cena, área para camarim (com W.C.B. acessível), depósito para materiais, área para carga e descarga, elevador disponibilizados para pessoas portadoras de necessidades, sala de figurinos e com capacidade total de 518 assentos para espectadores.
- CONDICIONATES GEOGRÁFICAS:
Situado ao norte do ginásio superior, o teatro de Priene era completamente integrado à planta hipodâmica da cidade, o que atesta sua importância. Sua topografia também foi incorporada ao planejamento, sendo construído de forma a aproveitar a inclinação do terreno para a instalação do auditório (Imagem 01). Com implantação irregular, o teatro se adapta ao relevo, onde o mesmo foi construído em terreno com desnível suficiente para construí-lo. Por conseguinte, a nova proposta de teatro se encontra localizado em um terreno de gaveta, com dimensões de 40mx40m e um desnível total de 13,5m, em que a topografia deste também foi inserida ao projeto, de forma que utilize a inclinação para a execução da arquibancada (Imagem 02).
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Imagem 01: Situação atual do teatro de Priene Fonte: Google Imagens
Imagem 02: Perfil arquitetônico da proposta projetual Fonte: Acervo do grupo
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-CONDICIONATES CULTURAIS: No teatro existente na cidade de Priene, é possível afirmar que a utilização do local não focava apenas em apresentações de peças, mas também em cultos de adoração ao deus Dionísio, sendo portanto uma característica bastante relevante quando se trata da cultura que existia. Enquanto isso, a funcionalidade da nova proposta se resume a apresentações musicais, danças, monólogos e peças, que também são fatores que contribuem significativamente para a formação da cultura existente na região onde se localiza.
-ESPECIFICIDADES ARQUITETÔNICAS
O teatro de Priene, quanto a questão dos materiais, apresenta em sua primeira fila de bancos cinco cadeiras majestosas em mármore, decoradas com patas de leão e a arquibancada feita em pedra. Todavia, o teatro proposto tem sua estrutura em concreto armado, tendo em vista que na contemporaneidade muito se vale deste elemento construtivo, já sua coberta é projetada em estrutura metálica dando uma feição de leveza. Em relação a capacidade de público de cada local, a diferença é grande. Enquanto o da cidade de Priene tinha possibilidade de suportar 5.000 pessoas, a nova proposta aparece com capacidade total de 518. Quanto ao fluxo de cada local, em Priene existiam escadarias, que foram adaptadas ao próprio desnível do terreno na qual a edificação foi construída, que davam acesso a arquibancada (Imagem 03). Nesse aspecto, o mesmo acontece com a nova concepção arquitetônica (Imagem 04).
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Imagem 03: Planta baixa do teatro da cidade de Priene Fonte: Google Imagens
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Imagem 04: Planta baixa do teatro preconcebido Fonte: Acervo do grupo
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No que faz alusão ao funcionamento, o teatro de Priene tinha várias funções, desde cultos em adoração ao deus Dionísio, reuniões políticas e até peças de teatro; enquanto isso, o proposto é unicamente utilizado para apresentações culturais como peças, danças e apresentações musicais. Já no contexto sobre a simbologia, o teatro de Priene tem cinco cadeiras majestosas (Imagem 05), onde nelas pode-se encontrar patas de leão como um elemento decorativo. O animal foi escolhido por ser símbolo de poder e soberania, assim podendo perceber a diferença social existente neste ambiente. Além disso, se tinha a presença de um altar para o deus Dionísio, onde no próprio teatro ocorriam sacrifícios para o mesmo.
Imagem 05: Cadeira para pessoas importantes/influentes Fonte: Google Imagens
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INTRODUÇÃO AO PROJETO DE ARQUITETURA E URBANISMO DOCENTES: CAMILA SALES NÓBREGA DE SANTANA E FLÁVIA CRISTINA COUTINHO
RELATÓRIO DE ATIVIDADE SOBRE O TEATRO
Ao se receber as informações a respeito do terreno (com dimensões de 40mx40m, topografia com inclinação de 13,5m e com estrutura de arcos e vigas), teve-se como primeiro passo o entendendo do desnível existente, onde a rua 02 está localizada na parte mais alta do relevo e a rua 01 na mais baixa, esta posteriormente sendo de total importância para a determinação da área para carga e descarga. Após o feito, foi-se em busca de projetos correlatos para que inspirações e inícios de ideias fossem acontecendo. A partir disso, é pensado em como adaptar o projeto a superfície que foi dada, de modo a fazê-lo exequível, e assim chegou-se a conclusão de que o projeto teria acesso principal pela rua 02, onde haveria a presença do estacionamento, a arquibancada pensada se adaptaria ao terreno, e a ideia da carga e descarga acontecer na rua 01, a mais baixa, foi mantida. Além disso, tendo como sistema construtivo a utilização de arcos e vigas, inicialmente se foi pensado na forma da concha para a coberta e estrutura do teatro, entretanto, no decorrer do projeto, ocorreu a modificação da inspiração para uma folha, pois quando se foi feito a disposição dos arcos, viu-se que a coberta teria certo movimento e um caimento, o que remete justamente ao formato folha. Com isso, foi analisado a disposição radial. Posteriormente, a setorização dos ambientes e um fluxograma entre eles foi feita, onde o projeto possui os seguintes compartimentos: camarim masculino; W.C. atores/camarim masculino acessível; camarim feminino; W.C. atores/camarim feminino acessível; sala de figurino; W.C.B. público masculino; W.C.B. público feminino; D.M.L; palco; arquibancada; estacionamento; elevador; carga e descarga.
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CONDICIONANTES
1. Locais: - Clima: Ventilação - Sudoeste e Noroeste Insolação - Leste e Oeste - Infraestrutura: Dois acessos - Dimensão: 40mx40m - Topografia: Inclinada - Entorno: Terreno de gaveta - Vegetação: médio e pequeno porte
2. Operacionais: - Programa de necessidades, dimensionamento - área dos ambientes necessários para o teatro; - Funcionalidade – setorização e fluxograma.
3. Tecnológicas: - Sistema construtivo - Arcos, vigas e pilares
4. Simbólicas: - Estética - referência grega; - concha do mar; - folha;
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PROJETOS CORRELATOS
Imagem 02: Teatro Palácio das Artes – Belo Horizonte Fonte: Google Imagens
Imagem 01: Teatro Wuuzhen – China Fonte: Google Imagens
Imagem 02: Teatro Popular Oscar Niemeyer Fonte: Google Imagens
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Imagem 03: Anfiteatro El Jean – África Fonte: Google Imagens
Imagem 04: Grande Teatro do Palácio das Artes Fonte: Google Imagens
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Imagem 05: Grande Teatro de Rabat - Ă frica Fonte: Google Imagens
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CROQUIS
Imagem 06: Croqui 01 Fonte: Acervo do grupo
Imagem 07: Croqui 02 Fonte: Acervo do grupo
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Imagem 08: Croqui 03 Fonte: Acervo do grupo
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PROGRAMA DE NECESSIDADES
ÁREA COMPARTIMENTOS
ATIVIDADES REALIZADAS
MOBILIÁRIO Bancada Cabides
Camarim masculino
Preparação dos atores
Espelho
12,30 m²
Sofá W.C. atores/camarim masculino acessível
Necessidades fisiológicas
Pia Vaso sanitário
3,50 m²
Bancada Cabides Camarim’ feminino
Preparação dos atores
Espelho
12,30 m²
Sofá
W.C. atores/camarim feminino acessível Sala de figurino
Pia Necessidades fisiológicas
Vaso sanitário
3,50 m² 14,11 m²
Guardar os figurinos Pia
W.C.B. público masculino
Necessidades fisiológicas
Vaso sanitário Chuveiro
12,30 m²
Pia W.C.B. público feminino
Necessidades fisiológicas
D.M.L
Deposito para guardar materiais de limpeza
Carga e descarga
Palco
Arquibancada
Lugar de transição de materiais utilizados no teatro Apresentações Local onde a plateia assiste as apresentações
Vaso sanitário Chuveiro
12,30 m²
Armários
30,00 m²
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70,97 m²
Holofotes (luz), cortina,
121,63 m²
caixa de som. Poltronas
291,54 m²
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Estacionamento
Espaço para guardar carros
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615,35 m²
Elevador
---
---
2,47 m²
DIAGRAMA DE FLUXO E ACESSIBILIDADE
RUA 1
D.M.L.
CAMARIM MASCULINO
CAMARIM MASCULINO
CARGA E DESCARGA
SALA DE FIGURINO
CAMARIM FEMININO
ELEVADOR
CAMARIM FEMININO
PALCO
ARQUIBANCADA
ARQUIBANCADA
W.C.B. MASCULINO
W.C.B. FEMININO
ESTACIONAMENTO
RUA 2
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EXECUÇÃO
Imagem 09: Preparação da base da maquete física Fonte: Acervo do grupo
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Imagem 10: Preparação das arquibancadas da maquete física Fonte: Acervo do grupo
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RESULTADO FINAL
Imagem 11: Maquete física finalizada, perspectiva Fonte: Acervo do grupo
Imagem 12: Maquete física finalizada, vista frontal Fonte: Acervo do grupo
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Imagem 12: Maquete fĂsica finalizada, vista posterior Fonte: Acervo do grupo
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TOPOGRAFIA DOCENTES: THIAGO DA SILVA ALMEIDA
1. OBJETIVO GERAL
Projetar e adaptar um teatro exequível em um terreno de gaveta com dimensões de 40x40m, que possui um desnível de 13,5m.
2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Calcular os níveis de aterro e corte do terreno;
Estimar o orçamento geral da movimentação da superfície terrestre;
Projetar um teatro adequado totalmente as condições impostas pelo terreno considerado de gaveta, com medidas de 40mx40m e 13,5m de desnível, com a presença de vegetação.
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3. INTRODUÇÃO
Demarcar caminhos. Locais de caça. Segurança. Propriedades. Navegação. Guerras. Conhecer o meio onde habita sempre foi uma questão de grande utilidade para o homem que, desde a antiguidade, e através de suas observações, puderam realizar atividades determinantes sobre o espaço físico por ele utilizado. Com o tempo, instrumentos, ainda que rudimentares, o auxiliava a delimitar acessos, traçar rotas comerciais, planejar erguer suas construções e realizar medições, sendo por isso cruciais em sua vida. É nesse aspecto que a topografia aparece, sendo de suma importância para descrição desses ambientes. Do grego, "topo" (que significa lugar) e "graphen" (descrever), pode ser descrita como a ciência que descreve um determinado lugar. Nesse contexto, é comum serem estudados todos os acidentes geográficos, além também da importância em se definir medidas (lineares e angulares) em que posteriormente determinarão o perímetro e áreas (dimensões), volumes, coordenadas, orientações, relevo que, posteriormente, poderão ser representadas graficamente em plantas ou mapas. “A Topografia tem por finalidade determinar o contorno, dimensão e posição relativa de uma porção limitada da superfície terrestre, sem levar em conta a curvatura resultante da esfericidade terrestre” (ESPARTEL, 1987). Vale ressaltar seu vasto campo de aplicações, que variam desde obras viárias, como pontes, rodovias e ferrovias, núcleos habitacionais, hidrografia e sistemas de água e esgoto, até um planejamento urbano, paisagismo, irrigação ou drenagem. Podendo ser entendida ainda como parte da Geodésia, ciência que tem por objetivo determinar a forma e dimensões da Terra, a topografia é dividida em Topologia e Topometria. A primeira, respectivamente, está relacionada a interpretação da superfície externa, com descrição das formas do relevo e leis que regem seu modelado; enquanto a segunda, também conhecida como planialtimetria estuda as operações indispensáveis para representações das feições tridimensionais de um terreno, sendo dividida em levantamento planimétrico (planimetria) e levantamento altimétrico (altimetria).
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4.
DESENVOLVIMENTO
4.1 Levantamento Planimétrico ou Planimetria
4.1.1 Definição
Sendo formado por dois conceitos: plano (representação gráfica de um espaço) e metria (medida), o levantamento Planimétrico constitui-se na obtenção de distâncias horizontais e ângulos sobre determinado plano topográfico, entretanto, apesar de atuar em um plano horizontal, este não leva em consideração o relevo existente no terreno. Este tipo de levantamento deve obedecer ainda alguns fatores e seguir etapas específicas, definidas como: 1 – Reconhecimento do Terreno; 2 – Levantamento da Poligonal; 3 – Levantamento das feições Planimétricas (detalhes); 4 – Preenchimento da Caderneta; 5 – Desenho da Planta e Memorial descritivo.
4.1.2 Métodos
Além disso, existe diferentes métodos para a realização do levantamento planimétrico. São eles: por Caminhamento, por Irradiação, por Coordenadas, e por Interseção. O levantamento por caminhamento, que necessita de uma grande quantidade de medidas, é utilizado quando o terreno se tratar de um terreno considerado relativamente grande e que tenha a presença de um relevo acidentado. Este constitui-se em percorrer o local escolhido através de uma série de pontos, onde serão avaliados ângulos e distâncias a partir de uma orientação inicial. Essas poligonais podem ser tanto abertas, com divisão em apoiada (partindo de um ponto conhecido e chegando em um ponto também conhecido, permitindo a verificação do erro de fechamento angular e linear) e não-apoiada (partindo de um ponto com coordenadas conhecidas e acabando em um ponto desconhecido, onde não é possível determinar erros de fechamento); como fechadas, que tem como principal exemplo a determinação de áreas, pois parte de um ponto conhecido e retorna ao mesmo ponto, onde nela é possível se fazer a verificação do erro de fechamento, como pode ser observado abaixo na Imagem 01.
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Imagem 01: Exemplo de levantamento por caminhamento de um terreno. Fonte: Google Imagens.
Vale ressaltar ainda o método da poligonização em que os ângulos são obtidos seguindo o sentido horário, e a estação de ré aparece como sendo a anterior a estação ocupada, e a estação de vante a seguinte a estação ocupada. Já o levantamento por irradiação é aplicado em pequenas áreas, estas sendo relativamente planas, onde se é possível avistar todos os pontos. Nesse contexto, existe a necessidade de se encontrar o ponto “P” na superfície delimitada, de onde se pode visar todos os pontos e assim determinar as distâncias e ângulos existentes, como mostra a figura 02.
Imagem 02: Exemplo de levantamento pelo método da irradiação. Fonte: Google Imagens.
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4.1.3 Erros
Além disto, é necessário relatar que durante as medições, erros acontecem. Em medições diretas, é possível relatar: a falta de verticalidade da baliza (quando não se faz uso do nível da cantoneira, por isso seu uso é imprescindível); erro de catenária e/ou erro relativo ao comprimento nominal da trena. Já em medições indiretas, destacam-se: leitura da régua (descuidos na hora da leitura dos fios), leitura de ângulos (leituras erradas dos círculos verticais e horizontais, geralmente ocorrendo por falha do operador), verticalidade da baliza; verticalidade da mira (quando não se faz uso do nível de cantoneira), pontaria (quando o fio estadimétrico vertical não coincide com a baliza) ou centragem do teodolito (quando o prumo do aparelho não coincide como o ponto sobre o qual se encontra estacionado).
4.1.4 Acessórios
Uma distância é medida de maneira indireta, quando no campo são observadas grandezas que se relacionam com esta, através de modelos matemáticos previamente conhecidos. Como observa-se na figura 03, o equipamento utilizado na topografia para esse tipo de medição é o teodolito.
Imagem 03: Teodolito. Fonte: Google Imagens.
Este, é um instrumento de grande precisão que faz a leitura de ângulos verticais e horizontais, e é aplicado em diversos setores, em especial a construção civil. Originalmente
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apenas um aparelho óptico, hoje, estão disponíveis no mercado teodolitos automáticos que, por meio de dispositivos eletrônicos, fazem a leitura dos pontos e os armazenam na memória, onde os dados posteriormente poderão ser utilizados para a confecção de mapas ou plantas. Ademais, existe a utilização de acessórios como o tripé (Imagem 04), que serve para estacionar o aparelho; o fio de prumo (Imagem 05), com a finalidade de posicionar o aparelho exatamente sobre o ponto no terreno; e a lupa (Imagem 06) para leitura dos ângulos.
Imagem 04: Tripé
Imagem 05: Fio de Prumo
Fonte: Google Imagens
Fonte: Google Imagens
A mira ou régua graduada é utilizada na determinação de distâncias horizontais e verticais entre pontos.
Imagem 06: Régua graduada. Fonte: Google Imagens.
Já a baliza; como pode-se observar na Imagem 07, é utilizada para elevar o ponto topográfico com objetivo de torná-lo visível e necessário nas operações de nivelamento geométrico. O nível de cantoneira (Imagem 08) é um instrumento utilizado para detectar a
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vertical de outro instrumento e pode ser adaptado numa baliza ou numa mira. O piquete (Imagem 09) tem por finalidade a materialização de um ponto topográfico, sendo cravado no solo, ficando apenas 3cm ou 5cm para fora, sem possíveis movimentos laterais e a estaca testemunha (Imagem 09) tem o propósito de possibilitar a identificação e localização do piquete, ficando a mesma cravada a uma distância de 50cm do referido piquete, com o chanfro voltado para o mesmo.
Imagem 07: Baliza
Imagem 08: Nível de cantoneira
Fonte: Google Imagens
Fonte: Google Imagens
Imagem 09: Piquete e Estaca Testemunha Fonte: Google Imagens
Existe também a medição direta de distâncias, dadas através de instrumentos chamados de diastrímetros. Estes podem ser: trena de aço (Imagem 10), com ótima precisão e baixa durabilidade (1cm/100m); trena de lona (Imagem 11), sendo muito deformável, com
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baixa precisão, e pouco utilizada (25cm/100m) ou trena de fibra de vidro (Imagem 12) com características de boa durabilidade, prática e boa precisão (5cm/100m).
Imagem 10: Trena de aço
Imagem 11: Trena de lona
Fonte: Google Imagens
Fonte: Google imagens
Imagem 12: Trena de fibra de vidro Fonte: Google Imagens
Por fim, vem a caderneta de campo; como pode ser observado na Imagem 13, onde deve-se durante a realização do levantamento, ir preenchendo-a com todas as medidas angulares e de distâncias. E, somente após conferir se todas as informações sobre o levantamento já foram colhidas é que se pode retirar o teodolito do local.
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Imagem 13: Caderneta de campo Fonte: Google Imagens 4.2 Levantamento Altimétrico ou Altimetria
4.2.1 Definição No campo da arquitetura e engenharia civil, um bom projeto é aquele onde se pode tirar proveito da declividade existente na superfície onde esse vem a ser construído, a fim de não inviabilizar financeiramente a obra. É nesse contexto que entra a altimetria, tendo como propósito de representar o relevo do terreno. O levantamento altimétrico tem como finalidade determinar a distância vertical ou a diferença de nível (DN) existente entre diversos pontos. O nivelamento destes pontos, porém, não termina com a determinação do desnível entre eles mas, inclui também, o transporte da cota ou altitude de um ponto conhecido (RN – Referência de Nível) para os pontos nivelados. Enquanto a altitude pode ser definida como a distância vertical de um ponto à superfície média dos mares, a cota, que corresponde a um nível aparente, entretanto, é entendida como a distância vertical de um ponto a uma superfície qualquer de referência (que é fictícia). Vale salientar que as curvas de nível (ou isolinhas) são linhas curvas fechadas geradas a partir da interseção de vários planos horizontais com a superfície do terreno. Por meio dela são confeccionados os mapas topográficos e cada linha pertence ao mesmo plano que tem a mesma cota altimétrica.
4.2.1 Métodos e acessórios utilizados
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Entre os métodos utilizados no levantamento topográfico altimétrico, se pode citar: nivelamento barométrico, estadimétrico, trigonométrico e geométrico (este dividido em geométrico simples ou composto). O nivelamento barométrico, baseando-se na diferença de pressão com a altitude, tem como característica permitir medir a pressão atmosférica, utilizando ferramentas, como o barômetro analógico (Imagem 14) e o digital (Imagem 15). Este método tem como princípio a altitude sendo inversamente proporcional a pressão e, entretanto, foi ultrapassado por novas tecnologias e hoje não é mais utilizado.
Imagem 14: Analógico
Imagem 15: Digital
Fonte: Google Imagens
Fonte: Google Imagens
O nivelamento estadimétrico é realizado por meio da estádia existentes nos aparelhos, em que os instrumentos utilizados são os taqueômetros (teodolito), que medem ângulos e distâncias horizontais e verticais. Já o nivelamento trigonométrico baseia-se nas medidas tanto de distâncias horizontais como de ângulos de inclinação para a determinação da cota ou altitude de um ponto através de relações trigonométricas. Nesse contexto, os equipamentos utilizados são:
Clinômetro Analógico (Imagem 16) ou Digital (Imagem 17)
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Imagem 16: Analógico
Imagem 17: Digital
Fonte: Google Imagens
Fonte: Google Imagens
Clisímetro (Imagem 18)
Imagem 18: Clisímetro Fonte: Google Imagens
Teodolito: Topográfico e de Precisão (Imagem 19)
Imagem 19: Teodolito Fonte: Google Imagens
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Enquanto isso, o nivelamento geométrico diferencia-se dos demais pois não envolve ângulos, ele baseia-se apenas na leitura de réguas ou miras graduadas. Os assessórios utilizados são: Nível Ótico, Nível Digital e Nível a laser.
Imagem 20: Momento de leitura da régua graduada Fonte: Google Imagens Além disso, o nivelamento geométrico vai ser usado na aula de campo para determinar o Nível de referência (RN). O método consiste em colocar a mira em diferentes pontos, sobre o terreno em estudo, sendo então efetuada as leituras onde o desnível será determinado pela diferença entre as leituras do ponto do terreno e da leitura da referência de nível (RN).
5. METODOLOGIA
5.1 Proposta arquitetônica: Teatro
Localizado em um terreno de gaveta, com dimensões de 40mx40m e um desnível total de 13,5m (treze inteiros e cinco décimos de metro), onde a ventilação aparece no sudoeste e noroeste, e insolação do leste e oeste, o Teatro proposto tem características contemporâneas, sendo exequível e se aproveitará da topografia existente no local. Os desníveis existentes em algumas áreas, de certa forma, contribuíram significativamente para implantação de algumas regiões, como é o caso da arquibancada, que aparece com capacidade total para 518 (quinhentos e dezoito) espectadores, e foi projetado para ser estrategicamente adaptado ao relevo presente.
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Em relação aos acessos, é preciso destacar que a parte superior é onde está localizada a rua 02; como pode ser observado na Figura 21 que descreve a planta planimétrica do terreno em questão, que dá entrada ao estacionamento e, consequentemente, a entrada principal para o teatro, enquanto a rua 01, localizada na parte mais inferior, considerada nível -0,20m, e o passeio público nível 0,00m, é onde se é possível entrar com a carga e descarga de materiais através de uma rampa existente, já que o terreno aparece 2,50m acima do nível da rua.
Imagem 21: Planta planimétrica Fonte: Acervo do grupo
Além disso, vale ressaltar que, para viabilizar o projeto como um todo, foi preciso a utilização de cortes e aterros em determinadas superfícies. O volume total de corte equivale à 549,16m³ (quinhentos e quarenta e nove inteiros e dezesseis centésimos de metros cúbicos), enquanto de aterro aparece com 3759,69m³ (três mil, setecentos e cinquenta e nove inteiros e sessenta e nove centésimos de metros cúbicos). Após cálculos, foi percebido que o valor total do custo para a movimentação da terra chega a um total referente à R$ 80.261,00 (oitenta mil,
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duzentos e sessenta e um reais), sendo possível aproveitar ainda a terra do corte onde se precisará aterrar.
5.2 Perfis Arquitetônicos A proposta projetual possui 3 perfis principais: o primeiro (Figura 26) se localiza da extremidade direita do terreno a extremidade direita da rampa da área de carga e descarga, ele tem uma área de perfil de 466,23m² (quatrocentos e sessenta e seis inteiros, e vinte e três centésimos de metros quadrados) que multiplicado por sua largura de 11,93m (onze inteiros e noventa e três centésimos de metros) gera um volume de terra de 5562,1239m³ (cinco mil, quinhentos e sessenta e dois inteiros, e mil duzentos e trinta e nove décimos de milésimos de metros cúbicos). Ele abrange parte do estacionamento, W.C.B. feminino, parte da arquibancada, palco e área de carga e descarga e o elevador, nesse perfil foi necessário realizar um corte para implantar parte da área de carga e descarga e o elevador. O segundo perfil (Figura 27) se dá da extremidade direita da rampa da área de carga e descarga até a extremidade esquerda da mesma, possui uma área de perfil de 466,93m² (quatrocentos e sessenta e seis inteiros, e noventa e três centésimos de metros quadrados) que multiplicado pela largura de 8,00m (oito metros) dá um volume de 3235,44m³ (três mil, duzentos e trinta e cinco inteiros, e quarenta e quatro centésimos de metros cúbicos). Ele abrange os mesmos itens do perfil anterior com exceção do W.C.B. feminino e do elevador, nele foi necessário realizar um corte para a implantação da rampa da área de carga e descarga. Por fim, o perfil 3 (Figura 28) está localizado da extremidade esquerda da rampa da área de carga e descarga até a extremidade esquerda do terreno, possui uma área de perfil de 473,49m² (quatrocentos e setenta e três inteiros, e quarenta e nove centésimos de metros quadrados), que quando multiplicado por sua largura de 20,08m (vinte inteiros e oito centésimos de metros) obtemos um volume de terra de 9507,6792m³ (nove mil, quinhentos e sete inteiros, e seis mil, setecentos e noventa e dois décimos de milésimos). Ele abrange parte do estacionamento, W.C.B. masculino, parte da arquibancada, palco e carga e descarga e o depósito de material de limpeza. Como nos perfis anteriores, se fez necessário realizar um corte para implantar a área de carga e descarga e o depósito de material de limpeza.
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Imagem 22: Planta baixa do 1ยบ pavimento Fonte: Acervo do grupo
Imagem 23: Planta baixa do 2ยบ pavimento Fonte: Acervo do grupo
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Imagem 24: Planta baixa do 3ยบ pavimento Fonte: Acervo do grupo
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Imagem 25: Perfil topogrĂĄfico original Fonte: Acervo do grupo
Imagem 26: Perfil arquitetĂ´nico 01 Fonte: Acervo do grupo
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Imagem 27: Perfil arquitetĂ´nico 02 Fonte: Acervo do grupo
Imagem 28: Perfil arquitetĂ´nico 03 Fonte: Acervo do grupo
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Imagem 29: Junção do perfil do terreno original com o perfil arquitetônico 01 Fonte: Acervo do grupo
Imagem 30: Junção do perfil do terreno original com o perfil arquitetônico 02 Fonte: Acervo do grupo
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Imagem 31: Junção do perfil do terreno original com o perfil arquitetônico 03 Fonte: Acervo do grupo
5.3 Área dos perfis de corte A1 = 2,08m * 3,15m A1 = 6,55m² A2 = 5,00m * 1,92m A2 = 9,60m² A3 = 0,88m * 1,55m A3 = 1,36m² AI = 6,55m² + 9,60m² + 1,36m² AI = 17,51m² A1 = 3,15m * 2,08m A1 = 6,55m² A2 = 5,00m * 1,92m A2 = 9,60m² A3 = 2,50m * 0,50m / 2 A3 = 0,63m² AII = 6,55m² + 9,60m² + 0,63m² AII = 16,78m² A1 = 0,98m * 3,15m A1 = 3,09m² A2 = 5,00m * 0,82m A2 = 4,10m² A3 = 1,98m * 1,55m A3 = 3,07m² AIII = 3,09m² + 4,10m² + 3,07m² AIII = 10,26m²
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5.4 Volume de corte VI = 17,51m² * 11,93m VI = 208,8943m³ VII = 16,78m² * 8,00m VII = 134,24m³ VIII = 10,26m² * 20,08m VIII = 206,0208m³ VT = 208,8943m³ + 134,24m³ + 206,0208m³ VT = 549,1551m³ VTC = 549,16m³ 5.5 Área do perfil de aterro A1 = 0,18m * 5,00m A1 = 0,90m² A2 = 040m * 5,50m A2 = 2,20m² A3 = 034m * 2,80m / 2 A3 = 0,48m² A4 = 7,04m * 0,50m A4 = 3,52m² A5 = 5,00m * 0,54m A5 = 2,70m² A6 = 6,00m * 0,72m A6 = 4,32m² A7 = 7,00m * 0,72m A7 = 5,04m² A8 = 8,00m * 0,54m A8 = 4,32m² A9 = 9,00m * 0,72m A9 = 6,48m² A10 = 10,00m * 0,54m A10 = 5,40m² A11 = 11,00m * 0,72m A11 = 7,92m² A12 = 12,00m * 0,54m A12 = 6,48m² A13 = 13,00m * 0,72m A13 = 14,00m * 0,54 A13 = 7,56m² A14 = 15,00m * 0,54m A14 = 8,10m² A15 = 15,00m * 0,54m A15 = 8,10m² A16 = 4,50m * 0,26m A16 = 1,17m² A17 = 5,00m * 0,62m
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A17 = 3,10m² A18 = 5,00m * 0,82m A18 = 4,10m² A19 = 1,85m * 5,86m A19 = 10,84m² ATA = 0,90m² + 2,20m² + 0,48m² + 3,52m² + 2,70m² + 4,32m² + 5,04m² + 4,32m² + 6,48m² + 5,40m² + 7,92m² + 6,48m² + 9,36m² + 7,56m² + 8,10m² + 1,17m² + 3,10m² + 4,10m² + 10,84m² ATA = 93,99m² 5.6 Volume de Aterro VTA = 93,99m² * 40,00m VTA = 3759,60m³ 5.7 Volume final de corte e aterro VFA = 3759,60m³ - 549,16m³ VFA = 3210,44m³ VFC = 0,00m³ 5.8 Cálculo do custo de movimentação da terra 6,00m³ - R$ 150,00 3210,44m³ - x 6x = 481566,00 x = 481566,00 / 6 x = R$ 80261,00
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto, pode-se afirmar que a topografia tem um papel de extrema importância no ramo da construção civil e arquitetura, já que antes da elaboração de qualquer projeto é preciso que se tenha um levantamento das informações do local onde a obra vem a ser executada. Nesse contexto, estudos foram feitos e assim foi possível perceber os desníveis existentes no terreno, onde viu-se a ne6çessidade da utilização de ações como corte e aterro em algumas áreas, o que possibilitou que o desafio de projetar um teatro exequível nesse grande relevo existente fosse alcançado.
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ESTRUTURAS I DOCENTES: JOSÉ GIUSEPPE PEREIRA BRANQUINHO
1.
INTRODUÇÃO
Os sistemas estruturais básicos são: cabos, arcos, treliças, vigas de Vierendeel, vigas de alma cheia e pilares. Eles podem trabalha individualmente ou em conjunto, e ao conjunto de sistemas estruturais damos o nome de associação. A associação pode ocorrer de duas maneiras, sendo elas: associação discreta e contínua. Na associação discreta é possível diferenciar os elementos estruturais que estão presentes no conjunto, já na associação contínua existe a repetição de algum elemento que gera um novo elemento contínuo. Para que um sistema estrutural se mantenha em equilíbrio, é necessário que ele tenha sido projetado e dimensionado corretamente e isso inclui os seus vínculos. Os vínculos são as ligações presentes entre os elementos estruturais do sistema, são eles que garantem a estaticidade de todo o conjunto. Eles são classificados em três tipos: apoio de 1ª ordem, de 2ª ordem e de 3ª ordem. Os apoios de primeira ordem restringem o movimento em apenas um sentido (vertical) e como exemplo disso temos os pilares que sustentam pontes. Os vínculos de 2ª ordem restringem o movimento das peças estruturais em dois movimentos (vertical e horizontal) e pode-se citar como exemplos as vigas que se apoiam em um console, peça fixa de concreto armado. Os vínculos de 3ª ordem limitam o movimento em três sentidos (vertical, horizontal e momento) e são exemplos disso o engaste presente entre uma viga e um pilar metálicos. As estruturas também podem ser classificadas quanto aos seu grau de estaticidade. As estruturas hipostáticas são instáveis e elas ocorrem quando existem menos reações do que movimentos, as estruturas isostáticas possuem o mesmo número de reações e movimentos e as estruturas hiperestáticas tem mais reações do que possibilidades de movimentos. Após aprendermos isso em sala de aula, nos foi passada a seguinte atividade: desenvolver uma coberta com um sistema estrutural básico que seria definido mediante um sorteio, para o teatro que estava sendo desenvolvido para o Projeto Integrador e entrega-la no dia 06 de dezembro de 2016. Durante o sorteio nosso grupo ficou com os arcos como sistema estrutural a ser usado na coberta.
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2.
DESENVOLVIMENTO
Enquanto estávamos desenvolvendo o projeto arquitetônico, começamos nossas pesquisas para se iniciar o projeto da coberta. Pesquisamos em livros, sites, imagens e projetos correlatos, e a partir disso, o grupo começou a desenvolver os primeiros esboços e croquis de nossa coberta. Com a ajuda e orientação dos docentes, chegamos a uma forma final. Nossa coberta foi inspirada no formato da concha marinha e no movimento da folha. Após decidirmos seu formato, passamos a etapa de pré-dimensionamento. Nossa coberta possui três arcos, sendo que dois deles se apoiam no terceiro, causando uma carga pontual e fazendo com que este terceiro arco tenha um formato triangular. Decidimos utilizar arcos de aço, pois eles apresentam uma dimensão menor em comparação com arcos de concreto e isso gera uma sensação de leveza. Utilizando o ábaco de pré-dimensionamento de arcos de alma cheia de aço (Figura 01), chegamos as seguintes medidas: os arcos parabólicos tem um comprimento de aproximadamente 18,40m, uma altura média de 10,00m e uma espessura de 0,20m, o arco triangular tem um comprimento de aproximado de 35,10m, uma altura de aproximadamente 13,00m e uma espessura de 0,30m. Por motivos estéticos, decidimos diminuir a altura dos arcos parabólicos em 25%, e com isso eles passaram a ter 7,50m de altura. Os arcos parabólicos suportam o peso das telhas e também da membrana de vidro. Tal membrana é constituída por vigas de aço, espaçadas a cada 2,00m, com um espessura de 0,20m e de comprimento variado, dependendo da sua localização na coberta. Nossa estrutura é uma associação discreta entre arcos e vigas, já que é possível diferenciar tais elementos do sistema. Nela pode-se encontrar vínculos de 1ª e 2ª ordem. Os vínculos de 1ª ordem ocorrem nas ligações entre as vigas metálicas da membrana de vidro e os arco parabólicos, uma vez que seu movimento é limitado apenas na vertical. Os vínculos de 2ª ordem podem ser encontrados nas ligações entre as vigas metálicas da membrana de vidro e entre os arcos parabólicos com o arco pontual, já que seus movimentos são restritos na vertical e horizontal.
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Imagem 01: à baco de prÊ-dimensionamento de arcos de alma cheia de aço Fonte: Acervo do grupo, 2016.
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3.
CROQUIS
Imagem 02: Ideia inicial sobre a forma da coberta. Fonte: Acervo do grupo, 2016.
Imagem 03: Ideia inicial sobre a forma da coberta. Fonte: Acervo do grupo, 2016.
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Imagem 04: Ideia mais aprimorada sobre a disposição dos arcos. Fonte: Acervo do grupo, 2016.
Imagem 05: Croquis finais sobre a disposição dos arcos e coberta da proposta arquitetônica. Fonte: Acervo do grupo, 2016.
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4.
REGISTRO FOTOGRÁFICO
Imagem 06: Maquete física finalizada (Fachada Norte) Fonte: Acervo do grupo, 2016.
Imagem 07: Maquete física finalizada (Palco) Fonte: Acervo do grupo, 2016.
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Imagem 08: Maquete fĂsica finalizada (Coberta) Fonte: Acervo do grupo, 2016.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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