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Entendimento de textos e expressão por escrito em Língua Portuguesa são duas competências básicas para se obter sucesso profissional, seja qual for a carreira escolhida. As Comissões Examinadoras sabem disso e sabem, também, que suas provas servem de referência para o Ensino Médio. Por isso é crescente a incidência de provas discursivas nos exames seletivos de ponta. O Anglo, comprometido há muitas décadas com a preparação de candidatos aos vestibulares mais concorridos do país, oferece neste fascículo um pouco de sua experiência para ajudá-lo a elaborar respostas a questões discursivas. Este material está dividido em 4 partes: 1a Parte Damos sugestões para que você apresente, de forma adequada, as resoluções de questões discursivas. 2a Parte Apresentamos exercícios resolvidos das várias disciplinas, procurando aplicar os ensinamentos contidos na 1a Parte. 3a Parte Dá orientações para você sair-se bem em provas de Redação. Apresentamos uma proposta da FUVEST, acompanhada de uma sugestão de encaminhamento. 4a Parte

apresentação

Olá

Preparamos um conjunto de questões discursivas para você fazer em casa e conferir no nosso “site”.

Bom proveito! Sucesso! Nicolau Marmo Coordenador Geral Sistema Anglo de Ensino

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Orientação para respostas de questões discursivas 1. O desafio da segunda fase Concluídas as provas de primeira fase, os candidatos classificados para a segunda estão agora preocupados com as questões escritas, também chamadas de discursivas ou dissertativas. Querem (e precisam) saber que estratégias devem adotar para respondê-las com acerto e receber uma pontuação compensadora.

orientação

2. Uma resposta com dupla avaliação Nas provas de primeira fase, por mais complexas que sejam, a resposta já vem elaborada, redigida pelo examinador. Cabe ao candidato apenas assinalar em que alternativa ela está situada. Na segunda fase, as respostas devem ser elaboradas pelo p candidato, o que implica dupla preocupação: com o que responder e de que modo. Não é apenas na prova pro de Redação que se avalia a competência escrita, po pois cada questão discursiva avalia o conteúdo de verdade verda da resposta e o modo como as palavras foram escolhidas escolh e organizadas para redigi-la.

3. Có Código e repertório Co Como decorrência do que foi dito no item 2, a boa respo resposta a uma questão discursiva depende de duas condi condições distintas e complementares: • conhecimento do código; • posse de repertório. Em termos mais compreensíveis, isso significa que o candidato deve dominar a língua portuguesa (o códig código), tanto para compreender os dados da questão quant para expressar-se de maneira precisa e adequaquanto da; e deve conhecer os vários tópicos do programa de cada disciplina. Fica então evidente que a maioria das quest questões discursivas é necessariamente interdisciplip nar, pois aciona o conhecimento de, no mínimo, duas discip disciplinas: a língua portuguesa e o conteúdo posto em foco. Ob Obviamente, quando se trata de uma prova de língua estran estrangeira, o conhecimento do código exigido é o da língu sob consideração. língua

faça um rascunho da resposta e que não deixe de revê-la antes de passá-la a limpo. d) Correção: use o seu padrão de linguagem com o máximo capricho, mas sem artificialismos. Não é possível fazer bom uso de um dialeto que não é natural.

5. Apreensão e compreensão: duas instâncias de leitura Costuma-se falar em duas formas de leitura: • a apreensão, que consiste em captar os sentidos inscritos no interior do texto lido; • a compreensão, que consiste em correlacionar os sentidos apreendidos num texto com outros depreendidos de outros textos já lidos ou ouvidos anteriormente. Há questões discursivas que pressupõem dominantemente a apreensão do sentido do texto (ou dos textos) proposto(s) como base; outras pressupõem tanto a apreensão quanto a compreensão; há ainda questões que exigem quase só compreensão. EXEMPLOS: I) Questões discursivas que são dominantemente de apreensão podem ser resolvidas quase só com as informações inscritas no texto proposto. É o caso da que vem a seguir, extraída de um exame de História da FUVEST: “Tinha razão o camponês que declarou no VIII Congresso dos Soviets: tudo vai bem. Mas, se a terra é para nós, o pão é para vocês, isto é, para os comissários; a água é para nós, mas o peixe para vocês; as florestas são para nós, mas a madeira para vocês.” (“Izvestia” de Kronstadt, 25/3/1921, cit. In Henri Arvon - A Revolta de Kronstadt)

Em que sentido essa denúncia chocava-se com o projeto bolchevique de todo poder aos soviets?

Informações apreendidas da leitura do texto

4. Re Resposta nota 10 Uma boa resposta deve respeitar quatro máximas: Um a) Objetividade: responda exatamente o que é perguntado; não queira impressionar com erudição. Essa condição quer dizer que toda boa resposta começa com a leitura cuidadosa de cada item do enunciado da questão e dos textos (verbais ou visuais) propostos para análise. b) Precisão: coloque na resposta apenas aquilo de que está seguro, usando os termos mais apropriados para traduzir suas intenções. Não tente “enrolar”. c) Clareza: escolha e organize as palavras de modo que o sentido do conjunto não exija desnecessário esforço de interpretação. Recomenda-se que você

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A leitura do texto permite depreender os seguintes dados relevantes: a) “tudo vai bem” é irônico; b) o texto opõe o que é para nós ao que é para vocês (os comissários); c) essa oposição vem marcada pela conjunção mas, que, além de estabelecer relação de oposição, indica que o argumento posterior tem mais peso do que o anterior; d) tudo o que pertence à órbita do nós vem antes do mas; o que pertence à órbita do vocês vem depois. Levando esses dados em conta, pode-se organizar o seguinte esquema: Resoluções no site www.oangloresolve.com.br

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PARA NÓS (camponeses)

PARA VOCÊS (comissários)

terra

pão mas

florestas propriedade rural

Após essa análise, poderíamos esboçar uma resposta como esta: A denúncia, carregada de ironia, chocava-se com o projeto bolchevique porque, na realidade, os soviets não desfrutavam dos bens a eles prometidos. O Estado (simbolizado pelos comissários), segundo as palavras do camponês, estava cumprindo só na aparência a promessa feita pelo plano bolchevique. Aos camponeses era garantida a propriedade rural, mas lhes era negado o mais importante: os produtos da propriedade (o pão, o peixe, a madeira). II) Há questões discursivas em que apreensão e compreensão se equilibram. Tomemos por exemplo esta, de uma prova de História da Vunesp: Num antigo documento egípcio, um pai dá o seguinte conselho ao fi lho: “Decide-te pela escrita, e estarás protegido do trabalho árduo de qualquer tipo: poderás ser um magistrado de elevada reputação. O escriba está livre dos trabalhos normais [...] é ele quem dá ordens [...]. Não tens na mão a palheta do escriba? É ela que estabelece a diferença entre o que és e o homem que segura o remo.” (apud Luiz Koshiba, História – origens, estrutura e processos.)

A partir do texto, discuta o significado da escrita nas sociedades antigas.

Informações apreendidas da leitura do texto

peixe madeira produtos da propriedade rural

A escrita foi a primeira invenção capaz de gravar o pensamento fora do corpo humano. Desde a origem, esteve ligada aos segmentos de prestígio, configurando uma atividade sagrada. Após essa análise, poderíamos esboçar uma resposta como esta: A leitura do texto fornece pistas claras para se depreender que a escrita era considerada uma atividade de grande importância. Prova disso eram os privilégios e o poder conferidos aos escribas. III) Há questões em que o texto é um mero pretexto para perguntas. Exigem praticamente só o conhecimento de mundo dos candidatos. São dominantemente de compreensão. Como exemplo, pode-se citar a questão a seguir, extraída de um vestibular da Unicamp, 1a fase: “Cada marinheiro da esquadra de Cabral recebia mensalmente para suas refeições 15 kg de carne salgada, cebola, vinagre, azeite e 12 kg de biscoito. O vinagre era usado nas refeições e para desinfetar o porão, no qual, acreditava-se, escondia-se a mais temível enfermidade da vida no mar. A partir do século XVIII essa doença foi evitada com a introdução das frutas ácidas na dieta dos marinheiros. Hoje sabe-se que essa doença era causada pela deficiência de um nutriente essencial na dieta.” (Adaptado de: Bueno, E. A viagem do descobrimento. Rio de Janeiro. Objetiva, 1998.)

a) Que nutriente é esse? b) Que doença é causada pela falta desse nutriente? c) Cite duas manifestações aparentes ou sintomas dessa doença.

orientação

água

• poupa o escriba de qualquer trabalho árduo • abre a possibilidade de se tornar um alto

Domínio ➔ magistrado da escrita

• livra-o de trabalhos manuais • coloca-o no comando

Em síntese, a escrita estabelece a diferença entre o comandante e o comandado. Informações extraídas do conhecimento de mundo (compreensão)

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Eis a resposta esperada pela Banca da Unicamp, reproduzida literalmente do Caderno de Questões da Unicamp 1999, p. 35: a) Vitamina C ou ácido ascórbico. b) Escorbuto. c) Sangramento das gengivas; amolecimento e/ou queda dos dentes; hemorragias cutâneas e/ou nasais; cicatrização lenta; problemas articulares; anemia; susceptibilidade às infecções. (Quaisquer duas – 2 pontos; o item c não recebeu pontuação quando a resposta b estava errada).

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Redação: uma prova diferente I. Competências avaliadas pela redação • A prova de redação não é aplicada para avaliar conhecimentos já construídos e aceitos como comprovados consensualmente. Isso é feito pelas provas das disciplinas específicas. • O que se quer com a redação é avaliar a competência de explorar a bagagem de conhecimentos adquiridos e direcioná-los para ensaiar uma resposta sustentável para questões que ainda estão em fase de discussão. • Em síntese, a redação não é prova que exige mera reprodução de conhecimentos, mas a competência de gerenciá-los para atingir o resultado programado.

redação

II. Como obter sucesso no vestibular Embora não exista fórmula pronta que, aplicada, assegure automaticamente sucesso na elaboração de uma redação, é possível listar quatro exigências sem as quais não se obtém nota máxima. O candidato deve: • Dar mostras de que apreendeu a questão posta para discutir. Isso impõe a necessidade de uma leitura atenta dos textos e de todas as instruções da proposta. • Assumir uma posição frente à questão colocada em debate. É a forma de mostrar-se como um cidadão participante da vida social, que está informado sobre o que se passa ao seu redor, tem visão crítica e propostas de atuação. • Confi rmar a posição assumida com argumentos sustentáveis. Argumento não é prova de verdade, mas um recurso usado para tornar uma proposta mais aceitável que as suas concorrentes. Não se espera a resposta correta, mas a mais sustentável, isto é, aquela que está sujeita ao menor número de refutações. • Demonstrar conhecimento da língua culta escrita, que afi nal é a variante linguística adequada para a participação nos debates que envolvem o cidadão e o exercício da cidadania. EXEMPLO: proposta da Fuvest 2009

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Baarle-Nassau_ fronti%C3%A8re_caf%C3%A9.jpg, 30/06/2008.

fronteira substantivo feminino 1 parte extrema de uma área, região, etc., a parte limítrofe de um espaço em relação a outro. Ex.: Havia patrulhas em toda a f. 2 o marco, a raia, a linha divisória entre duas áreas, regiões, estados, países, etc. Ex.: O rio servia de f. entre as duas fazendas. 3 Derivação: por extensão de sentido. o fi m, o termo, o limite, especialmente do espaço. Ex.: Para a ciência, o céu não tem f. 4 Derivação: sentido figurado. o limite, o fi m de algo de cunho abstrato. Ex.: Havia chegado à f. da decência. Fonte: Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Adaptado.

As fronteiras geográficas são passíveis de contínua mobilidade, dependendo dos movimentos sociais e políticos de um ou mais grupos de pessoas. Além do significado geográfico, físico, o termo “fronteira” é utilizado também em sentido figurado, especialmente, quando se refere a diferentes campos do conhecimento. Assim, existem fron-

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teiras psicológicas, fronteiras do pensamento, da ciência, da linguagem, etc. Com base nas idéias sugeridas acima, escolha uma ou até duas delas, como tema, e redija uma dissertação em prosa, utilizando informações e argumentos que deem consistência a seu ponto de vista. Procure seguir estas instruções: — Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da modalidade escrita culta da língua portuguesa. — Dê um título para sua redação, que deverá ter entre 20 e 30 linhas.

Passos para abordagem da proposta 1. A questão posta em discussão Tanto o texto visual quanto as defi nições dadas sob a forma de dicionário põem em discussão a pluralidade de sentidos da palavra fronteira. Isso sugere que essa palavra não designa um dado de realidade preciso, possível de ser demarcado com rigor e objetividade. 2. A tomada de posição Como se trata de um tema polêmico, é possível tomar posição favorável à tese de que fronteira é marco divisório nítido, demarcável por meio de sinais precisos. Nesse caso, discorda-se da tese sugerida pelos textos da proposta, mais compatíveis com a tese de que, nos dias atuais, o conceito de fronteira está francamente relativizado e determinado mais pelo ponto de vista dos sujeitos do que pelos dados concretos dos objetos. Há então possibilidade de duas tomadas de posição diante da proposta em debate: I. fronteira é marco divisório defi nível por marcas objetivamente observáveis; II. fronteira é um conceito defi nido mais por força da interpretação do que por marcas da realidade. 3. Argumentos consistentes em favor da posição assumida Há argumentos consistentes para justificar tanto a proposta I como a proposta II. Em defesa da proposta I, pode-se alegar que: • a conta bancária serve de fronteira bem marcada para separar cidadãos que podem dos que não podem matricular o fi lho numa escola de alto padrão, fi nanciar viagem para conhecer outros países, adquirir um carro, etc; • a incapacidade de ler textos escritos funciona como barreira ao acesso de um cidadão à cultura de mais prestígio. Em defesa da proposta II, um dos argumentos está na própria proposta: “As fronteiras geográficas são passíveis de contínua mobilidade…”, haja vista a fragmentação de países em mais de um, como Iugoslávia e Tchecoslováquia. Quando se concebe a fronteira em sentido figurado, os argumentos favoráveis à segunda tese são inúmeros: no domínio da psicologia, a fronteira entre um comportamento normal e outro anormal depende de critérios postulados por uma corrente ou por outra; no território dos códigos jurídicos, não são claras as fronteiras entre o crime e o ato heróico, entre invasão e ocupação de terra, etc. Usando argumentos como esses, é possível defender uma posição ou outra e encaminhar o texto para a conclusão compatível. Tudo isso, exposto em linguagem clara e adequada, pode produzir uma dissertação de bom padrão. Resoluções no site www.oangloresolve.com.br

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RADICAL CHIC/Miguel Paiva

• a declaração é exagerada, o que se apreende pela repetição de advérbios (6) de sentido absoluto (incondicionalmente, indiscutivelmente) e associado a sentimento de ardor (apaixonadamente, perdidamente), alucinação (loucamente) e ternura (docemente); • a moça não leva a sério a exaltada manifestação da paixão do rapaz, o que se apreende pelo sentido da resposta dada em linguagem verbal (Homem mente!), pronunciada de maneira exclamativa (!) e pelo olhar oblíquo, de canto de olho; • a frase “Homem mente!” parece ser também um advérbio, pela semelhança entre mente (do verbo mentir) e o sufi xo -mente, próprio de advérbio de modo. Nessa versão, “homemmente” (ou homemente) está indicando um modo de proceder típico de homem: fazer galanteio exagerado, mas sem verdade, só da boca para fora; • o rapaz fica com cara de decepção e de espanto ao perceber a reação da moça, o que se apreende pela imagem: olhos arregalados, sobrancelhas altas e cara torta. 2. O que se compreende com base no repertório cultural: • na nossa cultura existe o seguinte estereótipo: para conquistar a mulher e possuí-la, o homem se transfigura, sendo capaz de fazer promessas que depois não é capaz de cumprir. A mulher experimentada, conhecedora dessas artimanhas, não embarca na “cantada” e não leva a sério o delírio;

Fonte: O

Estado de S. Paulo, 24/09/2000..

a) Supondo que a fala da moça fosse lida fora do contexto dessa tira, como você a entenderia? b) Se a fala da moça fosse considerada uma continuação da fala do rapaz, poderia ser entendida como uma única palavra, de derivação não prevista na língua portuguesa. Que palavra seria e o que significaria? c) As duas leituras possíveis para a fala da moça não estão em contradição; ao contrário, reforçam-se. O que significará essa fala, se fi zermos simultaneamente as duas leituras?

Leitura da questão 1. O que se pode apreender da leitura tanto da linguagem verbal quanto da visual: • um rapaz está inclinado na direção de uma jovem mulher, fazendo calorosa declaração de amor; • há sensualidade nos corpos, o que se nota pelos olhos arregalados, pela mão do rapaz tocando a moça, pela exposição de partes do corpo dela;

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• o enunciado do item b traz à memória o dado de que o sufi xo -mente serve para formar advérbios (normalmente de modo), não a partir de substantivos, mas de adjetivos (claramente, loucamente, calmamente). Feita uma leitura como essa (que nem precisa ser tão detalhada), a resposta vem como mera consequência: é só questão de organizar um esboço no rascunho e redigir.

Sugestão de resposta a) Fora de contexto, a fala da moça seria interpretada num único sentido (no sentido literal): o de que homem é mentiroso (ou os homens são falsos).

gramática e texto

( 2a fase da Unicamp 2001) A breve tira abaixo fornece um bom exemplo de como o contexto pode afetar a interpretação e até mesmo a análise gramatical de uma sequência linguística.

b) A palavra formada seria um presumível advérbio homemmente (letra a letra) ou homemente (com redução dos dois m). Significaria da maneira típica do homem (ou dos homens). c) Fazendo as duas leituras (homem mente e homemente), a fala da moça significará algo como: declarações amorosas à maneira masculina são mentirosas (ou ainda: amar do modo como os homens costumam é mentira).

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literatura

Para produzir respostas competentes, o candidato deve ter lido todos os livros da relação previamente divulgada pela FUVEST, UNICAMP e PUC (e dos outros vestibulares que também fornecem listas). Após a leitura integral das obras, deve procurar recuperar o repertório de informações coletadas sobre elas, juntando análises, anotações de aulas, aspectos importantes explorados nos simulados, nas revisões e nas séries de exercícios propostos. Como sabe de antemão que as questões incidirão sobre as obras relacionadas, seguindo essas orientações, disporá do conteúdo necessário para redigir respostas articuladas e conscientes. As questões de Literatura costumam basear-se em excertos de uma obra em prosa, ou em um poema, transcrito integral ou parcialmente. Lembre-se de que a primeira leitura de um texto sempre corre o risco de promover uma abordagem ingênua, meramente “lúdica”, pois serve somente para decifrar sinais, letras e palavras. Numa prova de 2a fase, que propõe questões analíticas, razoavelmente complexas, a leitura deve ser crítica e reflexiva. Para ultrapassar a percepção superficial do que está escrito, é necessário reler o texto algumas vezes, conforme o grau de dificuldade que ele traz. Essa leitura profunda, com olho de lince (ou de detetive...), conduz a uma espécie de imersão no universo das palavras. Ao voltar à tona, o leitor está suficientemente habilitado para recolher todas as pistas ou índices possíveis. Nessa leitura crítica, percebem-se e decifram-se os significados ocultos das palavras em sua rede de relações.

(FUVEST 2a fase – 2009) Leia o trecho de abertura de Memórias de um sargento de milícias e responda ao que se pede. Era no tempo do rei. Uma das quatro esquinas que formam as ruas do Ouvidor e da Quitanda, cortando-se mutuamente, chamava-se nesse tempo — O canto dos meirinhos —; e bem lhe assentava o nome, porque era aí o lugar de encontro favorito de todos os indivíduos dessa classe (que gozava então de não pequena consideração). Os meirinhos de hoje não são mais do que a sombra caricata dos meirinhos do tempo do rei; esses eram gente temível e temida, respeitável e respeitada; formavam um dos extremos da formidável cadeia judiciária que envolvia todo o Rio de Janeiro no tempo em que a demanda era entre nós um elemento de vida: o extremo oposto eram os desembargadores. (Manuel Antônio de Almeida. Memórias de um sargento de milícias.)

a) A frase “Era no tempo do rei” refere-se a um período histórico determinado e possui, também, uma conotação marcada pela indeterminação temporal. Identifique tanto o período histórico a que se refere a frase quanto a mencionada conotação que ela também apresenta.

Roteiro para a resolução Para responder ao item A, baseado no texto acima — os dois parágrafos que abrem o romance Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida —, podem-se recolher alguns índices, suficientes para localizar a obra no espaço e no tempo: Rio de Janeiro, décadas iniciais do século XIX. Para isso, basta reunir as seguintes pistas, contidas em expressões como: ➢ “tempo do rei” — menção direta ao deslocamento do rei D. João VI e da Corte para o Brasil em 1807; chegaram aqui no ano seguinte e permaneceram até 1821. Isso se deu porque os exércitos de Napoleão Bonaparte invadiram Portugal. ➢ “ruas do Ouvidor e da Quitanda” — nomes de vias localizadas no centro histórico do Rio de Janeiro, cidade elevada à condição de capital do império português.

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➢ “meirinhos” — oficiais de justiça, que pareciam desfrutar, nas décadas iniciais do século XIX, de certo prestígio, perdido na passagem da 1a para a 2a metade do século.

Sugestões de respostas Resposta ideal: Memórias de um sargento de milícias foi publicado pela primeira vez como folhetim, em capítulos semanais no suplemento dominical A Pacotilha, do jornal Correio Mercantil, no Rio de Janeiro, entre 1852-53. O “tempo do rei” a que o narrador faz menção no início do livro é o período joanino (1808-1821). Além da utilização dessa época específica como pano de fundo do romance, a expressão “era no tempo do rei” contribui para criar uma atmosfera de envolvimento afetuoso, que remete o leitor à fórmula tradicional da abertura de histórias infantis ou folclóricas (“Era uma vez...”). Ao inserir a narrativa numa espécie de tempo mágico, o autor procura estabelecer um efeito de cumplicidade com o imaginário do leitor. Resposta concisa: A frase “Era no tempo do rei” remete ao intervalo de 1808 a 1821, período em que D. João VI e a Corte portuguesa transferiram-se para o Rio de Janeiro. Ela recupera também a tradicional abertura das histórias infantis ou das lendas do tempo da carochinha. b) No trecho aqui reproduzido, o narrador compara duas épocas diferentes: o seu próprio tempo e o tempo do rei. Esse procedimento é raro ou frequente no livro? Com que objetivos o narrador o adota?

Roteiro para a resolução O relato apresentado é conduzido por um narrador onisciente, centrado na 3a pessoa, que não participa da ação como personagem. Ele sabe tudo sobre todas as personagens, tanto que promove um jogo temporal entre o passado — período joanino, o “tempo do rei”, entre 1808 e 1821, quando o Brasil se tornou sede da monarquia portuguesa — e o presente — época em que o livro foi escrito, na 1a metade da década de 1850, já, portanto, no II Reinado, em que governava o imperador Pedro II, neto de D. João VI.

Sugestões de respostas Resposta ideal: O procedimento utilizado pelo narrador de comparar o seu tempo com o “tempo do rei” é muito frequente no livro. Tal comparação revela o quanto certos membros da sociedade carioca, como os meirinhos, à época da publicação do romance já não eram tão temidos ou respeitados como o foram na época joanina. Em outras funções, mantinham-se relativamente os mesmos costumes (fossem eles hábitos ou vícios) do passado. O sucesso do livro pode ser explicado pela proximidade do leitor com a obra, estimulada pelo narrador. Por outro lado, a evocação do passado provoca o distanciamento, deixando o autor livre para tecer comentários sobre a sociedade de seu tempo, sem se comprometer diretamente. Resposta concisa: Tanto no passado como no presente, nota-se a permanência de certas funções públicas, como a dos meirinhos. Essa persistência de hábitos é constantemente referida no romance.

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Na figura, temos o triângulo ABC, com AB = 15, AC = 14 e BC = 13. A circunferência de diâmetro AB intersecta AC em D e BC em E. C D

E

A

B

Subtraindo membro a membro, resulta uma equação simples e apenas na incógnita x. Assim, podemos responder ao item a. Para responder ao item b, podemos usar o fato de os ˆ D determinalados dos ângulos inscritos ∠CÂE e ∠CB rem o mesmo arco da circunferência: DE. Logo, esses dois ângulos têm, ambos, a mesma me២ dida α , a metade da medida de DE. Como ΔCDB é um triângulo retângulo, o seno de α é dado pela razão da medida do cateto oposto CD pela medida da hipotenusa CD BC: sen α = . BC

Sugestão de resposta ˆ B é reto (inscrito numa semicircunferência). a) ∠AD Obtenha: 14 – x D

Roteiro para a resolução

x

C D

E13 y

A

B

15

E

A

B

Nos triângulos retângulos ∆ADB e ΔCDB, x2 + y2 = 152 e (14 – x)2 + y2 = 132.

fig. 1

x2 – (14 – x)2 = 152 – 132 [x + (14 – x)][x – (14 – x)] = (15 + 13)(15 –13)

C D

Subtraindo membro a membro:

14(2x – 14) = 28 ⋅ 2 ∴ x – 7 = 2 x = 9 ∴ AD = 9

E

Resposta: 9 A

B

ˆ D deb) Os lados dos ângulos inscritos ∠CÂE e ∠CB ២ terminam, ambos, o arco DE. C

fig. 2 D

Para figuras que envolvem circunferência, ângulos e segmentos de reta, temos um conceito que constitui uma ferramenta útil: ângulo inscrito. Sabemos que CA = 14 e CB = 13, mas precisamos tirar mais informações da figura para podermos prosseguir. Para isso, uma sugestão é considerar o segmento ˆ B é um ângulo BD (ou o segmento AE ). Note que ∠ AD reto, pois é inscrito numa semicircunferência. Assim, temos dois triângulos retângulos Δ ADB e ΔCDB. Desse fato temos, pelo teorema de Pitágoras, duas informações: AD2 + BD2 = AB2 e BD2 + CD2 = BC2. Sendo AD = x, temos CD = 14 – x. Note que AB = 15 e BC = 13. Dessas igualdades, com BD = y, resulta o sistema

123

x 2 + y2 = 152

(14 – x) 2 + y2 = 132

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A

matemática

C

a) AD b) sen α , em que α é a medida do ângulo ∠CÂE.

E

B

ˆ D) Logo, α = med (∠CÂE) ⇔ α = med (∠CB AC = 14 e AD = 9 ⇒ CD = 5 5 CD ΔCBD: sen α = ∴ sen α = 13 BC 5 Resposta: 13

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O pêndulo balístico mostrado na figura é utilizado para determinar a velocidade de um projétil. É constituído de um corpo (massa pendular), inicialmente em repouso, preso por um fio bem flexível a um ponto fi xo. O projétil é disparado horizontalmente contra esse corpo de modo a ficar alojado nele, causando um movimento pendular. Sendo θ o máximo valor do ângulo formado entre o fio e a vertical e conhecendo-se as massas do corpo (M) e do projétil (m), o comprimento do fio (L) e a aceleração local da gravidade (g), é possível determinar a velocidade do projétil. Determinar, desprezando-se eventuais dissipações de energia durante a oscilação do pêndulo e utilizando-se os dados a seguir: a) A velocidade do projétil disparado contra esse pêndulo. b) A intensidade da força de tração no fio no instante em que este retorna à posição vertical. m = 10 g; M = 990 g; g = 10 m/s2; cos θ = 0,6; L = 2 m

Roteiro para a resolução Com base no texto e na figura, chegamos ao esquema a seguir, que ilustra o funcionamento do pêndulo balístico: na situação (1) está o projétil de massa m, representado por uma pequena elipse, movimentando-se horizontalmente com uma velocidade V, e um corpo de massa M, em repouso, representado por um retângulo.

L

v

v’

física

(1)

(2)

Na situação (2), que acontece imediatamente após o choque, o projétil está alojado no bloco, e o conjunto assim formado está a uma velocidade V’. Na situação (3), o conjunto bloco-projétil está a uma altura h. A altura h pode ser determinada como esquematizado na figura 3. Para a resolução do item a, temos de distinguir duas fases do problema: o choque, que se constitui em sistema isolado, e a subida do pêndulo, que se constitui em sistema conservativo. Para a resolução do item b, precisamos aplicar o Princípio Fundamental da Dinâmica R=m⋅γ

(3)

Durante a subida do pêndulo, a energia mecânica é constante: 1 (M + m)V’2 = (M + m) ⋅ g ⋅ h 2 V’2 = 2 ⋅ g ⋅ h Da figura h = L – L ⋅ cos θ = L(1 – cos θ ) h = 0,8 m Logo: V’ = 4 m/s V = 400 m/s

Lembrando que: 1o) As únicas forças que agem no conjunto blocoprojétil são o peso (do conjunto) e a força de tração no fio. 2o) No instante em que o fio retorna à posição vertical, a componente tangencial da aceleração é nula. Logo: γ = ac

Sugestão de resposta a) Durante o choque, a quantidade de movimento é constante: mV = (m + m)V’ 0,01 ⋅ V = (0,01 + 0,990)V’

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T

ac v’

P

b) T – P = (M + m)ac T = (M + m) (g + ac) T = (M + m) (g + V’2 /r) T = 18 N

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R

R’

H

+ H2O

H

N

R’

Tal tipo de reação pode ser empregado para preparar 9 compostos, a partir dos seguintes reagentes:

CHO

CHO

CHO A3

A2

H

NH N—C

—N —C—

N—

— Br

H2N

H2N N—

H2N

— —

A1

Analisando-se as duas misturas que apresentam atividade antibiótica: M2: A2B1 + A2B2 + A2B3 M6: A1B3 + A2B3 + A3B3

NH2

H

H B2

B1

B3

Esses 9 compostos não foram sintetizados separadamente, mas em apenas 6 experimentos. Utilizando-se quantidades corretas de reagentes, foram então preparadas as seguintes misturas:

4. A equação que representa a reação entre A2 e B3 deve seguir o modelo apresentado. — — O + H2N —

— —

b) Qual a fórmula estrutural do composto que apresentou atividade antibiótica?

b) Analisando-se as duas misturas que apresentaram atividade antibiótica: M2: A2B1 + A2B2 + A2B3 M6: A1B3 + A2B3 + A3B3 Verificamos que o composto comum é formado pela união de A2 com B3 e que este último não aparece em nenhuma das misturas sem atividade antibiótica. A sua fórmula estrutural pode ser determinada pela reação entre A2 e B3, conforme o modelo: — —

Roteiro para a resolução — O A2

nitrocomposto

R R — NO2

Sugestão de resposta a) O grupo funcional nos compostos A1, A2 e A3 é

—C

— —

FiqueOlho_FUV_10.indd 9

b) A fórmula que apresentou atividade antibiótica A2B3

R’

— —

+ H2O

O2N

NH

—C— —H — N — C

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H

R’

H aldeído

O

H

R—C— —N — N

H2N — N

= aldeído

H

— —

2. Observar a reação representada pela equação descrita e perceber a saída da água (H 2O) O

H

+ H2O NH2

H

N—

R—C

NH

— —

O

H A2B3

— —

R — NH2 R — NH — R R—N—R

O

— —

— —

(— COOH)

O aminas

NH2

— C— —N — N — C

O2N

O

O—

H B3

— —

H

cetona — C — OH ácido carboxílico — C 2ário OH

amida — C

H

(— CHO)

O

NH

+ H2N — N — C

— —

— —

O

—C

O2N

O

—C

1. Pré-requisito (conhecer) Grupos funcionais

éster — C

, característico da função O

aldeído.

a) Qual o grupo funcional, presente nos compostos do tipo A, responsável pela formação dos 9 compostos citados? Que função orgânica é definida por esse grupo?

aldeído

+ H2O

a) O grupo funcional presente nos compostos A1, A2 e A3, responsável pela formação dos compostos citaH dos, é o grupo — C

Dessas misturas, apenas M2 e M6 apresentam atividade antibiótica.

álcool — C — OH

— —N —

M1 = A1B1 + A1B2 + A1B3 M2 = A2B1 + A2B2 + A2B3 M3 = A3B1 + A3B2 + A3B3 M4 = A1B1 + A2B1 + A3B1 M5 = A1B2 + A2B2 + A3B2 M6 = A1B3 + A2B3 = A3B3

Verificamos que o composto comum é formado pela união de A2 com B3, só encontrada nas misturas com atividade antibiótica.

química

O

O2N

O2N

NO2

3. Da informação do texto, tem-se: Misturas M2 e M6 apresentaram atividade antibiótica. Conclusão: essas misturas devem apresentar uma composicão diferente da das demais misturas, logo devemos comparar a composição das misturas M1 = A1B1 + A1B2 + A1B3 M2 = A2B1 + A2B2 + A2B3 M3 = A3B1 + A3B2 + A3B3 M4 = A1B1 + A2B1 + A3B1 M5 = A1B2 + A2B2 + A3B2 M6 = A1B3 + A2B3 = A3B3

— —

H

—N C—

+ H2N — N

H

O

R—C

— —

A reação representada a seguir produz compostos que podem ter atividade antibiótica:

O

+ H2O NH2 FIQUE DE OLHO • ANGLO VESTIBULARES

9

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(UNICAMP) Ao estudar para o vestibular, um candidato percebeu que ainda tinha dúvidas em relação aos processos de difusão simples, transporte passivo facilitado e transporte ativo através da membrana plasmática e pediu ajuda para outro vestibulando. Este utilizou a figura abaixo para explicar os processos. Para testar se o colega havia compreendido, indicou os processos como A, B e C e solicitou a ele que os associasse a três exemplos. Os exemplos foram: (1) transporte iônico nas células nervosas; (2) passagem de oxigênio pelas brânquias de um peixe; (3) passagem de glicose para o interior das células do corpo humano.

Proteína carreadora 123

Membrana plasmática

Gradiente de concentração

En

er

A

B

gia

C

biologia

(figura adaptada de Alberts, B. et. al. Molecular Biology of the cell. 4º ed., New York: Gerland Publ. Inc., 2002, p. 618.)

a) Indique as associações que o candidato deve ter feito corretamente. Explique em que cada um dos processos difere em relação aos outros. b) Em seguida, o candidato perguntou por que a alface que sobrou do almoço, e tinha sido temperada com sal, tinha murchado tão rapidamente. Que explicação correta o colega apresentou?

Roteiro para a resolução A questão trata do transporte de substâncias através da membrana plasmática. São citados três tipos de transporte através da membrana (difusão simples, transporte passivo facilitado e transporte ativo). O esquema descreve, sem identificá-las, três modalidades de transporte (A, B e C). A questão dá ainda três exemplos efetivos de transporte (íons nos neurônios, oxigênio nas brânquias e glicose nas células humanas), sem esclarecer a que tipo cada um pertence. No item a, é preciso relacionar de forma correta os mecanismos descritos pelo esquema, o nome do transporte e a identificação do tipo de transporte, nos três exemplos citados. No item b, deve-se analisar o motivo pelo qual alface temperada com sal murcha rapidamente. É necessário ter conhecimento prévio dos conceitos de difusão simples, difusão facilitada e transporte ativo, além de recordar alguns exemplos de fisiologia (animal e vegetal) em que cada um deles se aplica. No item a: vamos relacionar os tipos de transporte do esquema com o nome do mecanismo. Na parte direita do esquema, uma informação: a concentração de substâncias é maior na parte “de cima” do que na inferior. Assim, A é uma difusão: a substância se desloca do local de maior concentração para o de menor — a favor do gradiente —, não consome energia e não utiliza proteína carreadora. B é um transporte passivo facilitado, a favor do gradiente, não gasta energia e tem a participação de um carreador. C é um transporte ativo, porque se dá contra o gradiente, consome energia e necessita de proteína carreadora.

10 FIQUE DE OLHO

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Vamos relacionar, agora, cada exemplo com o tipo de transporte. Íons que transitam através da membrana de células nervosas (1) representam um caso clássico de transporte ativo. O oxigênio penetra nas brânquias do peixe (2) por difusão. A passagem da glicose para as células do corpo (3) é uma difusão facilitada (ou transporte passivo facilitado). No item b: a alface murcha por perder água por osmose, já que a solução externa (tempero com sal) é mais concentrada (em soluto) do que a solução interna das células da alface.

Sugestão de resposta a) Processo A: exemplo 2 — O oxigênio passa pelas brânquias por difusão simples, a favor do gradiente, sem consumo de energia e sem a participação de uma proteína carreadora. Processo B: exemplo 3 — A glicose entra nas células humanas por transporte passivo facilitado, a favor do gradiente, sem gasto de energia e usa uma proteína carreadora. Processo C: exemplo 1 — Íons atravessam a membrana do neurônio por transporte ativo, contra o gradiente, com consumo de energia e com a participação de proteína carreadora. b) A alface murcha porque células perdem água para o meio salino, hipertônico. É um caso de osmose, em que o solvente (água) passa por membrana semipermeável da solução de menor concentração em soluto (a solução da célula) para a de maior concentração (o meio externo).

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(Fuvest 2008 ) Durante o século XVIII, na Europa, constituíram-se dois polos dinâmicos: um de dimensões culturais, representado pela França, e outro de dimensões econômicas, representado pela Inglaterra. Descreva aspectos referentes ao: a) primeiro polo. b) segundo polo.

Roteiro para a resolução Trata-se de uma questão de contextualização, em que o examinador realiza recortes no tempo (século XVIII) e no espaço (Inglaterra e França), para aferir conhecimentos dos candidatos sobre duas esferas (a cultural e a econômica). Dessa forma, identificam-se dois “polos” que devem ser descritos: a) Século XVIII — França — Cultura; b) Século XVIII — Inglaterra — Economia. O uso do termo “polo” faz pensar em centro de irradiação ou em algo que dirige ou encaminha. De fato, no século XVIII a Inglaterra foi centro de um modelo econômico, fundado na industrialização e no liberalismo econômico. Quanto à França, sabemos que no fi nal daquele século ela foi o centro de irradiação de um modelo político, a partir do sucesso da Revolução Francesa. Todavia, a questão pede a ligação entre França e Cultura (e não Política). A chave da questão encontra-se no Iluminismo, movimento cultural que encontrou grande expressão na Filosofia Política.

Sugestão de resposta a) Durante o século XVIII, a França foi um dos principais centros de desenvolvimento do Iluminismo, servindo como centro de irradiação das idéias liberais burguesas que condenavam o Antigo Regime. Foi justamente na França que o Iluminismo encontrou seu sucesso mais espetacular no fi nal do século, com a grande Revolução de 1789. O modelo político francês seria seguido por outros países, disseminando o sistema liberal por todo o mundo. b) O desenvolvimento econômico da Inglaterra no fi nal do século XVIII criou condições propícias para o início da Revolução Industrial, que acabou consolidando o país como polo dinâmico do capitalismo. Assim como o modelo político francês, o modelo econômico inglês acabaria por se expandir, levando à consolidação do liberalismo econômico e sua adoção generalizada.

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Questão 2 Leia o texto a seguir: É comum afi rmar-se que no tempo do Império a economia brasileira era dominada por fazendeiros escravocratas, a sociedade era rural e o povo nem sequer podia se informar sobre o que acontecia no País, pois, mesmo na cidade de São Paulo, capital da província mais rica, a maioria da população era analfabeta. Parece uma verdade absoluta, mas não é. Em 1822, o setor mais próspero da economia era dominado por fazendeiros escravocratas e, em 1889, por fazendeiros: a população, que era quase exclusivamente rural, passou a ser predominantemente rural; a província de São Paulo era a mais rica do País só no fi nal do Império, pois no início era uma das mais pobres; durante todo o Império a maioria dos paulistanos realmente não sabia ler nem escrever, mas, em 1835, isso era válido para 95% deles e, em 1887, somente para 55%… Com base em seus conhecimentos e nas afi rmações feitas no texto, explique, na mesma ordem em que nele são citadas, as mudanças socioeconômicas ocorridas no Brasil na época do Império.

Roteiro para a resolução Para responder corretamente à questão, é necessário: 1o) perceber que não há contradição entre os dois parágrafos do texto, ou seja, o segundo não nega o primeiro, apenas o relativiza; 2o) conhecer o processo de modernização conservadora ocorrido a partir da década de 1840, devido à expansão da economia cafeeira; 3o) ordenar sua resposta de acordo com o que pede o enunciado: “na mesma ordem em que nele são citadas”.

Sugestão de resposta Em 1822, o setor mais próspero da economia era a atividade açucareira do Nordeste, controlada por senhores de engenho que utilizavam apenas mão de obra escrava. Em 1889, tal setor era a cafeicultura do Sudeste, baseada em mão de obra assalariada, formada principalmente por imigrantes. Durante o século XIX, a população urbana cresceu de maneira lenta porém constante. Por isso, embora não tenha chegado a ocorrer um processo de urbanização, a população, que era “quase exclusivamente rural, passou a ser predominantemente rural”. O êxito da cafeicultura fez com que o eixo econômico do País se deslocasse do Nordeste para o Sudeste, fazendo com que uma província extremamente pobre — São Paulo — se transformasse na mais rica do Brasil. Como a modernização foi conservadora, a educação jamais foi uma prioridade. No entanto, a exigência de mão de obra mais qualificada — na região cafeeira — levou a um relativo alargamento da rede de ensino, o que se refletiu, por exemplo, na redução do índice de analfabetismo na cidade de São Paulo.

história

Questão 1

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11/3/09 7:55:08 PM


(UNESP-SP Adaptada) De acordo com os conceitos de epidemia, endemia e pandemia, e considerando a localização dos focos (mapa), a ocorrência de gripe aviária pode ainda ser considerada uma doença em situação endêmica. Analise as informações do esquema, onde estão três importantes conceitos geográficos, relacionando-os ao mapa de focos de gripe aviária em 2005. População mundial

Cidades com mais de 10 milhões de habitantes

1900

2005

1,65 bilhão

6 bilhões

+

1900

2005

0

25

Tempo médio para o homem dar uma volta ao mundo +

1900

2005

100 dias

2 dias

FOCOS DE GRIPE AVIÁRIA EM 2005 Rússia Inglaterra Romênia Mongólia

Itália

Casaquistão

Croácia Turquia

China Taiwan Vietnã Tailândia

geografia

Indonésia

OCEANO ÍNDICO

• Focos do vírus H5N1 em 2005.

OMS, 2005.

a) Quais são os três conceitos geográficos contidos no esquema? b) De que maneira os conceitos geográficos analisado poderão contribuir para que a gripe aviária se transforme numa pandemia, caso seja comprovado que o virus H5N1 sofre mutações e pode ser transmitido diretamente entre os seres humanos?

Informações apreendidas da leitura dos textos a) A leitura do enunciado, a observação do mapa e a análise do esquema permitem depreender os seguintes conceitos geográficos: — acelerado crescimento da população (População mundial) entre 1900 e 2005; — surgimento das megacidades (Cidades com mais de 10 milhões de habitantes) em algum momento entre 1900 e 2005; — aceleração dos meios de transportes (Tempo médio para o homem dar uma volta ao mundo) entre 1900 e 2005.

Informações extraídas do conhecimento de mundo (compreensão) b) Os conceitos citados no enunciado cujo conhecimento é importante para a resolução da questão são os seguintes: • Endemias — doenças localizadas em espaços geográficos limitados, ou seja, manifestam-se em áreas restritas, com causa local (não se espalham para outras regiões) e duração contínua. Exemplo: dengue. • Epidemias — doenças infecciosas e transmissíveis que ocorrem em determinados espaços geográficos, mas que podem se espalhar para outros lugares rapidamente. Exemplo: gripe aviária. • Pandemias — doenças epidêmicas que atingem proporções mundiais, atingindo todos os continentes, ou seja, não estão restritas a um espaço geográfico. Exemplo: gripe suína.

Sugestão de resposta De posse da análise feita na parte a da questão e do conhecimento prévio dos conceitos acima, poderíamos esboçar para o item b uma resposta como esta: Nos últimos anos, o mundo científico discute a possível ocorrência de uma epidemia da gripe aviária, o que provocaria grandes prejuízos a determinados países, além de um enorme número de mortes, caso o vírus H5N1 sofresse uma mutação e passasse a ser transmitido de mamífero para mamífero. Muitas características do mundo atual, como as destacadas no esquema da questão, facilitariam a ocorrência de tal quadro, tais como: o aumento da velocidade da propagação do vírus devido à diminuição do tempo gasto nos deslocamentos humanos pela superfície terrestre; a ampliação do número de indivíduos que podem ser contaminados devido à ocorrência de uma população absoluta muito grande e a existência de megacidades, onde a transmissão de doenças é facilitada pela aglomeração urbana.

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Brazil’s oil policy Preparing to spend a “millionaire ticket” from offshore Sep 3rd 2009 | SÃO PAULO From The Economist print edition

The government has unveiled plans to give the state the lion’s share of the money from vast new oil discoveries. Will this wealth be invested or wasted? 1

5

10

15

20

25

30

35

BY TRADITION Brazil invests little and saves less. Brazilians like to borrow and spend, and ao inferno with the future. This may be a legacy of stubbornly high inflation for most of the second half of the 20th century. It may also be an inheritance from further back. Eduardo Giannetti, an economist and philosopher, thinks that the Brazilian ethnic mixture of indigenous nomads, Portuguese settlers seeking a quick fortune and Africans brought to the country in chains left an entrenched habit of spending now and saving some other time. Whatever the cause, the discovery in 2007 of potentially vast new offshore oil deposits deep beneath the Atlantic seabed will be a crucial test of Brazil’s moral fibre: depending on how it is used, this new wealth could help the country overcome poverty and underdevelopment or exaggerate its spendthrift ways. After almost two years in which his government has pondered the question, on August 31st President Luiz Inácio Lula da Silva unveiled four new bills setting out how the windfall should be gathered and spent. His rhetoric on what he called “independence day” was triumphalist. The oil deposits were “a gift from God”, “a millionaire ticket” and “a passport to the future”. But he also pointed to the problems that oil has caused some economies, and explained how Brazil plans to avoid them. The bills, which have to be approved by Congress, will not affect existing exploration and development contracts held by Petrobras, the state-controlled oil company, and five foreign oil companies. These contracts govern parts of the Tupi field, which contains between 5 billion and 8 billion barrels of oil. But plenty of oil and gas would fall under the new laws. Officials believe that in all, there may be up to 50 billion barrels of oil and gas offshore — enough to turn Brazil into an oil giant.

Questão a) De acordo com o economista e fi lósofo Eduardo Giannetti, a que se deve o hábito enraizado na cultura brasileira de “gastar agora” e “poupar no futuro”?

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Informações apreendidas da leitura do texto Para responder adequadamente a esse item, o candidato deveria identificar no texto o trecho que trata disso, “Eduardo Giannetti” (…) thinks that the Brazilian ethnic mixture of(…) and saving some other time”, e incluir na resposta as três etnias que constituem o povo brasileiro: índios, portugueses e africanos.

Sugestão de resposta Deve-se à mistura de etnias na formação do povo brasileiro: os nômades nativos (os índios); os colonizadores portugueses, que vieram em busca de fortuna rápida; e os africanos, que vieram como escravos. b) O presidente Lula tem usado algumas expressões para se referir às reservas petrolíferas do pré-sal. Cite duas delas mencionadas no texto.

Informações apreendidas da leitura do texto O texto menciona três expressões usadas por Lula para se referir às reservas petrolíferas do pré-sal: “a gift from god”; “a millionaire ticket” e “a passport to the future” (linhas 23-25). A resposta completa a esse item deve contemplar pelo menos duas delas. Mesmo que o candidato desconheça o significado da palavra gift, seu conhecimento de mundo poderia ajudá-lo a responder a esse item, pois os meios de comunicação têm divulgado recorrentemente esses comentários do presidente.

Sugestão de resposta O candidato poderia escolher duas das seguintes: — um(a) presente do(s) céu(s) /dádiva/presente de Deus/ — um bilhete premiado (um bilhete milionário) — um passaporte para o futuro. c) A que se refere a cifra 50 bilhões mencionada no texto, e o que isso significa?

Informações apreendidas da leitura do texto

inglês

Leia o texto atentamente e responda em português à questão que o segue.

A resposta completa deve incluir o “referente” dos 50 bilhões (número de barris de petróleo e gás na costa marítima do Brasil) e o “significado” disso (o Brasil pode se tornar um gigante do petróleo).

Sugestão de resposta Refere-se ao volume total, em barris, de petróleo e gás que pode existir na costa marítima do Brasil. Isso significa que o Brasil poderá vir a ser um dos maiores produtores mundiais de petróleo.

FIQUE DE OLHO • ANGLO VESTIBULARES

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11/6/09 3:48:11 PM


questões discursivas

Gramática e Texto

Matemática

questão

questão

(Fuvest 2009) Leia o seguinte texto, extraído de uma biografia do compositor Carlos Gomes. No ano seguinte [1860], com o objetivo de consolidar sua formação musical, [Carlos Gomes] mudou-se para o Rio de Janeiro, contra a vontade do pai, para iniciar os estudos no conservatório da cidade. “Uma idéia fixa me acompanha como o meu destino! Tenho culpa, porventura, por tal cousa, se foi vossemecê que me deu o gosto pela arte a que me dediquei e se seus esforços e sacrifícios fizeram-me ganhar ambição de glórias futuras?”, escreveu ao pai, aflito e cheio de remorso por tê-lo contrariado. “Não me culpe pelo passo que dei hoje. […] Nada mais lhe posso dizer nesta ocasião, mas afirmo que as minhas intenções são puras e espero desassossegado a sua bênção e o seu perdão”, completou. http://musicasclassica.folha.com.br

a) Sobre o advérbio “porventura”, presente na carta do compositor, o dicionário Houaiss informa: usa-se em frases interrogativas, especialmente em perguntas delicadas ou retóricas. Aplica-se ao texto da carta essa informação? Justifique sua resposta.

Considere a função dada por f(x) = log10(x + 1) + log10(5 – 2x), com – 1 ⬍ x ⬍ 2,5. a) Calcule o valor de f(1,5), com 5 casas decimais, supondo que log10 2 = 0,30103. b) O valor de x, para o qual f(x) é máximo.

Física

questão Ondas de pequena amplitude e que se propagam em superfícies da água têm sua velocidade de desloca⋅ mento regida pela equação v = 公 g h , em que g é a aceleração gravitacional local e h é a profundidade da região. A figura a seguir ilustra a vista superior e a vista lateral, ao longo do eixo XY, de um tanque de formato circular, preenchido por água. Esse tanque apresenta duas regiões A e B, em que a região A é mais rasa que a região B. A linha tracejada mostra a fronteira de separação entre as duas regiões. Acima do ponto P, centro de curvatura do tanque, uma torneira goteja com frequência constante f.

b) Cite duas palavras, também empregadas pelo compositor, que atestem, de maneira mais evidente, que, daquela época para hoje, a língua portuguesa sofreu modificações.

Vista superior

B A X

Y P

Literatura

questão Texto para a questão seguinte P

A um passarinho Para que vieste

Vista lateral

Na minha janela Meter o nariz? Se foi por um verso Não sou mais poeta Ando tão feliz! Se é para uma prosa Não sou Anchieta Nem venho de Assis. Deixa-te de histórias Some-te daqui! (Vinicius de Moraes, Antologia Poética.)

Responda aos itens seguintes: a) Qual a concepção de poesia implícita nos versos acima? b) A partir da leitura do texto, identifique o significado das expressões “meter o nariz” (verso 3) e “prosa” (verso 7).

14 FIQUE DE OLHO

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60 cm

120 cm

60 cm

Nessas circunferências, ondas circulares são formadas na superfície da água e se encaminham de P para as bordas do tanque. a) Na folha de respostas, represente com linhas contínuas as ondas que se propagam da região A para a região B. Nessa representação, indique por λA e λB os comprimentos de onda nas regiões A e B, respectivamente. Não considere a parcela de ondas refletidas por ocasião da refração. Justifique sua resposta. b) Considerando h A = 40 cm, h B = 90 cm e as dimensões do tanque apresentadas na figura, determine o intervalo de tempo (Δt) gasto para que a primeira linha de onda, originada em P, refl ita na parede do tanque e retorne ao ponto P. (Adote g = 10 m/s2). Resoluções no site www.oangloresolve.com.br

11/4/09 3:31:29 PM


3. instalação de ventiladores nos quartos, para dispersar os agentes patogênicos da dengue.

questão

4. remoção dos vasos de bromélias da área verde e dos corredores do hotel.

(Unicamp) Na construção do Centro Olímpico de Tianjin, onde ocorreram os jogos de futebol [nas Olimpíadas de Pequim], o teto foi construído em policarbonato, um polímero termoplasmático menos denso que o vidro, fácil de manusear, muito resistente e transparente à luz solar. Cerca de 13.000 m2 de chapas desse material foram utilizados na construção. a) A figura abaixo ilustra a separação de uma mistura de dois polímeros: policarbonato (densidade 1,20 g/cm3) e náilon (densidade 1,14 g/cm3). Com base na figura e no gráfico identifique os polímeros A e B. Justifique. b) Qual deve ser a concentração mínima da solução, em gramas de cloreto de sódio por 100 gramas de água, para que se observe o que está representado na figura abaixo? Solução de cloreto de sódio

H2O

5. colocação de flúor nos reservatórios de água. a) Quais foram as instruções corretas para a prevenção da dengue? Justifique. b) Que outras doenças, além da dengue, poderiam ser evitadas com as medidas indicadas na resposta a?

História

questão (Fuvest 2008) Dentre as Revoluções ocorridas na América Latina, no século XX, duas sobressaem: a mexicana de 1910 e a Cubana de 1959. Pode-se afirmar que o traço distintivo da primeira é seu caráter camponês e o da segunda, seu caráter socialista. Explique o significado desses traços distintivos em relação à: a) Revolução Mexicana. b) Revolução Cubana.

A A

B

Geografia

B

Densidade (g/cm3)

questão 1,20

(UFSCar-SP Adaptada) Observe as informações sobre o Brasil:

1,16

SOBRE QUATRO RODAS

1,12 1,08

200 milhões

É a quantidade de litros de combustível desperdiçados por ano nos congestionamentos

240 milhões

É o número de horas que o conjunto dos brasileiros perde preso em congestionamentos

33 milhões

Número de veículos que circula no país, dos quais mais de 23 milhões são carros

6%

É a parcela do PIB gasta devido aos engarrafamentos nas metrópoles brasileiras

14%

Foi a porcentagem de passageiros que os ônibus perderam nos últimos cinco anos

1,04 1,00 0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

Concentração NaCl (mol/L)

Biologia

questão (UNESP) Uma equipe de futebol iria disputar uma partida em uma cidade atingida por epidemia de dengue. A diretoria do clube, após uma breve visita às dependências do hotel da cidade, tomou algumas providências para preservar a saúde dos membros da delegação, que iria se instalar dois dias antes do jogo naquela cidade. As instruções previamente transmitidas à gerência do hotel foram: 1. instalação de telas em toda as janelas. 2. desinfecção de todos os vasos sanitários.

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questões discursivas

Química

Fonte: Adaptado de Vitale & Oliveira. Correio Braziliense, 22.05.2002. Apud Lucci, Branco & Mendonça Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Saraiva, 2003. p. 277.

a) Quais problemas no sistema de transporte, sobretudo das grandes metrópoles, explicam a ocorrência de tantos congestionamentos? b) Indique dois problemas ambientais agravados pela adoção do modelo de transporte evidenciado pelos dados da tabela.

FIQUE DE OLHO • ANGLO VESTIBULARES

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11/3/09 7:55:11 PM


questões discursivas

Inglês

15

questão Leia o texto atentamente e responda em português à questão a seguir.

20

Sustainability Sep 1st 2009 From Economist.com

25

Consumers and employees have a strong business case for fi rms to adopt sustainability 1

5

10

16 FIQUE DE OLHO

The concept of sustainability came to the corporate agenda via the UN World Commission on Environment and Development (more commonly known as the Brundtland Commission after the name of its chairman, Gro Harlem Brundtland, a former Norwegian prime minister). The commission, set up in 1983 to address growing concern about “the accelerating deterioration of the human environment and natural resources, and the consequences of that deterioration for economic and social development”, introduced the idea of sustainable development, which it famously defined as development that “meets the needs of the present without compromising the ability of future generations to meet their own needs”.

• ANGLO VESTIBULARES

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30

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The commission recognised that this was a global issue which required global solutions. As the engines of much global economic growth, corporations were inevitably at the heart of any solution. They have a major impact on the human environment, not just through headline-grabbing accidents such as those at the Union Carbide factory in Bhopal, India, in 1984, which killed thousands and whose horrible consequences continue to this day, but also through the way they design their office buildings or run their fleets of vehicles. Moreover, corporations are, above all, consumers of natural resources, ever hungry for raw materials that can be manufactured into products and profits. As consumers have become more aware of environmental issues, they have begun to put pressure on companies to inject more sustainability into their strategic thinking. “Talent” too does not want to work for firms that destroy forests or fisheries, so it has also put pressure on firms to change. Consumers and employees have made a strong business case for sustainability.

Questão a) Identifique e explique a que se refere o termo this no trecho “The commission recognised that this was a global issue…” (linha 15). b) O texto afirma que as empresas têm sofrido pressões em favor da sustentabilidade. Descreva a procedência e os motivos de tais pressões.

Resoluções no site www.oangloresolve.com.br

11/4/09 3:31:52 PM


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