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JANELAS EFICIENTES – UMA EFETIVA MAIS-VALIA PARA O FUTURO DO PAÍS

MANUEL REIS CAMPOS

PRESIDENTE DA CPCI – CONFEDERAÇÃO PORTUGUESA DA CONSTRUÇÃO E DO IMOBILIÁRIO

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Hoje, fruto de uma maior consciência coletiva dos valores da sustentabilidade, bem como do inexorável aumento dos custos da energia, existe uma grande preocupação com o desempenho energético dos nossos edifícios. E, neste domínio, é reconhecido o forte contributo das Janelas Eficientes para a melhoria do conforto e do perfil de consumo energético da generalidade do parque edificado.

Tal deve-se, em grande medida, a um grande salto tecnológico por parte das empresas do setor das janelas, que foram capazes de adotar novos materiais e técnicas de produção que representam uma efetiva mais-valia e que são, atualmente, reconhecidas pela generalidade dos intervenientes de toda a cadeia de valor da construção e do imobiliário, desde projetistas, a empresas de construção, promotores imobiliários, entre outros. E, se na construção nova, as janelas eficientes eram já imprescindíveis, a verdade é que, hoje em dia, mesmo ao nível das intervenções de reabilitação urbana, esta é uma questão prioritária.

Efetivamente, o grande público tem perfeita noção do valor acrescentado que representa uma janela eficiente e muito dificilmente pondera uma intervenção sem equacionar esta vertente. O Programa Casa Eficiente 2020, que conta com a participação da CPCI, e que visa disponibilizar financiamento aos particulares para intervenções de melhoria da eficiência das habitações, regista números que exprimem bem esta realidade. Das 23.757 simulações realizadas 11.912, ou seja, mais de metade, incluíam a instalação de janelas eficientes.

O contexto macroeconómico mais favorável que o mercado imobiliário atravessa, bem como a dinâmica da reabilitação urbana, que se espera ver alargada à generalidade do território nacional constituem, assim, uma oportunidade excelente de desenvolvimento da atividade de todo o setor e das “janelas eficientes” em particular.

Desempenho energético, gestão eficaz dos recursos, produção e utilização de eco-materiais na construção e reabilitação de infraestruturas e de edifícios, são desafios impostos pela transição para uma economia de baixo carbono. Não está, apenas, em causa atingir as metas nacionais e comunitárias em matéria de sustentabilidade. É, também necessário olhar para aquelas que são carências do parque habitacional que continuam a ser descuradas. Recordo que, em Portugal, existem mais de 3 milhões de casas sem aquecimento central e, mais grave, 560 mil habitações sem qualquer aquecimento disponível. Estas são questões que afetam, não apenas, parâmetros de sustentabilidade, mas também a própria qualidade de vida das populações e a sua resolução passa, em larga medida, pelas soluções disponibilizadas pelas empresas de janelas eficientes e pelo contributo de todo o restante setor da construção e do imobiliário.

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