Percurso da visita de estudo 7º ano
PORTO – PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE
Agrupamento de Escolas Irmãos Passos
Casa de D. Hugo, Igreja da Sé, Igreja de S. Lourenço (Grilos), Rua de Sant’Ana (Arco de Sant’Ana), Rua da Bainharia, Rua dos Mercadores, Rua de S. João, Praça do Cubo, Muro dos Bacalhoeiros, Casa do Infante, Rua da Reboleira, Igreja de S. Francisco,
Palácio da Bolsa, Rua de Belomonte, Largo de S. Domingos, Escadas da Vitória Rua da Vitória Casa nº 4 da Rua de S. Miguel, Igreja de Nossa Senhora da Vitória, Convento de S. Bento da Vitória, Igreja e Torre dos Clérigos, Cadeia da Relação, Hospital de S. António, Reitoria da Universidade do Porto, A Igreja do Carmo. Estação de S. Bento
Casa de D. Hugo Edifício que reaproveita construções anteriores. Na parede exterior do lado norte observa-se a fachada invertida de um edifício gótico. No interior do edifício foram descobertos vestígios arqueológicos do primitivo povoado da Idade do Ferro (castro), bem como restos de construções da época romana e medieval, que foram preservados.
(visualização de um filme acerca da História da cidade do Porto)
Igreja da Sé
Edifício construído no século XII, em estilo românico. Na torre do lado norte um baixo-relevo representando uma embarcação do séc. XIV simboliza a vocação marítima da cidade. A sé recebeu importantes beneficiações no período gótico e no séc. XVIII. No interior destacam-se a sacristia, o claustro, a capela de João Gordo (com um notável túmulo gótico) a Sala do Capítulo e a exposição de Arte Sacra. As pinturas de Nicolau Nasoni, o retábulo-mor em talha dourada e o altar em prata do Santíssimo Sacramento são do período barroco.
Igreja de S. Lourenço (Grilos) Igreja edificada no Séc. XVI em estilo maneirista. Pertencia ao Colégio da Companhia de Jesus e o frontal ostenta o seu emblema. Depois da expulsão dos Jesuítas foi vendida aos Agostinhos Descalços, conhecidos por frades Grilos, que aqui permaneceram até 1832. No interior destacam-se o retábulo da Nª Srª da Purificação, em talha dourada, e um belo painel em estilo neoclássico.
Aqui se localizava o famoso Arco de Sant'Ana, celebrizado por Almeida Garrett, uma das portas da Cerca Primitiva.
A actual Rua de Sant' Ana era a antiga Rua das Aldas. Faz parte da freguesias da SĂŠ e de SĂŁo Nicolau.
ď‚Ą Rua da Bainharia
A Rua da Banharia ou, melhor, da Bainharia, por ter sido arruamento dos bainheiros, ĂŠ dos mais antigos da cidade. De uma banda as suas casas entestavam no "muro velho", a cerca primitiva do burgo, e da outra com o rio da Vila, que hoje corre sob a R. de Mouzinho da Silveira.
Fica no Cais da Ribeira, Porto. Foi uma das ruas mais ricas da cidade. Os nobres quando se deslocavam ao Porto exigiam ficar nas casas da Rua dos Quem a visita, defronta-se com uma rua tremendamente estreita, como tantas outras da zona, tendo a sensação que quase se entra em casa do vizinho da frente.
Praça do Cubo A Praça da Ribeira é conhecida por muitos como a Praça do Cubo, um nome adquirido graças à escultura aí existente da autoria de José Rodrigues. É aqui, neste aprazível local situado em pleno centro histórico do Porto, considerado Património Mundial pela UNESCO, que as gentes da cidade e os turistas se juntam para desfrutar da lindíssima vista sobre o Rio Douro e a Ponte D. Luíz I.
Muro dos Bacalhoeiros
Chamou-se muro dos Bacalhoeiros por ali se terem instalado os armazens de negociantes daquele outrora fiel amigo. Um roteiro da cidade dos fins XIX, e a planta de 1901 chamam indistintivamente Cima do Muro da Ribeira a toda a serventia, desde as Escadas do Codeçal até à rua Nova da Alfândega.
Casa do Infante O primitivo edifício foi construído na primeira metade do séc. XIV, sendo destinado a Alfandega Régia e habitação dos seus oficiais. Constituído por duas torres ameadas separadas por um pátio central, era o edifício de arquitetura civil mais importante da zona ribeirinha. Segundo a tradição, teria nascido nesta casa o Infante D. Henrique, em 1394. Anexa ao edifício funcionou a casa da moeda do Porto, desde o séc. XIV. Com grandes obras de remodelação no séc. XVII, a Alfandega manteve-se neste local durante mais de 500 anos.
Rua da Reboleira
A Casa da Rua da Reboleira, n.º 59 é uma casatorre medieval, com paredes de granito coroada de ameias. Um dos únicos exemplares da arquitectura civil do século XIV da cidade, mantendo até aos dias de hoje a sua estrutura original. A sua construção consta de um acordo celebrado em Setembro de 1688, entre o mestre pedreiro Manuel Mendes e Pedro Sem, e foi também o local do nascimento de Pedro Sem da Silva (filho) que aqui morou até ao seu casamento. Serviu, entretanto, como o Hotel Inglês. É, desde 1982, o edifício-sede da Associação Social e Cultural de São Nicolau (IPSS).
Igreja de S. Francisco A construção da igreja do convento de S. Francisco teve início no séc. XIV. Tem a estrutura de um templo gótico, com reminiscências do estilo românico. Da frontaria podemos salientar a rosácea e o portal, este edificado já no séc. XVII-XVIII em estilo barroco. O interior é revestido a talha dourada da mesma época. De realçar o retábulo do altar da capela de Nossa Srª da Conceição, representando a árvore de Jessé esculpida em madeira policroma, assim como a capela de S. João Baptista da autoria do Arqº Diogo de Castilho, de finais do séc. XV.
Palácio da Bolsa
A construção do Palácio da Bolsa, sede da Associação Comercial do Porto, iniciou-se em 1842, no local do antigo convento de S. Francisco. O seu projeto é da autoria do Arqº Joaquim da Costa Lima. O vestíbulo que dá acesso ao pátio das Nações está coberto por uma estrutura metálica envidraçada. No interior do Palácio destaca-se o “Salão Árabe”, inspirado no Palácio de Alhambra, bem como esculturas de Soares dos Reis e Teixeira Lopes.
Rua de Belomonte A primitiva Rua de Belmonte correspondia a parte inferior da Rua das Taipas. A Rua de Belomonte aparece em princípios do século XVI, graças à iniciativa dos frades. No fim da rua, antes de chegar ao largo de S. João Baptista, hoje de S. João Novo, havia um cruzeiro que deu nome ao local: O Padrão de Belmonte.
Largo de S. Domingos
Quem desce a Bainharia vindo da Sé, atravessando Mouzinho da Silveira, entra no Largo de S. Domingos, artéria na Zona Histórica e Património Mundial
Escadas da Vitória
Rua da Vitória A Rua da Vitória, que tomou a designação da Igreja de Nossa Senhora da Vitória, sede de freguesia, criada em 1583 pelo Bispo D. Fr. Marcos de Lisboa. Começa na Rua das Taipas e termina na Rua dos Caldeireiros. Tem também acesso pela Rua do Ferraz a partir da Rua das Flores.
Casa nº 4 da Rua de S. Miguel O edifício integra-se num conjunto harmonioso, em que está representada a arquitetura portuense dos séc. XII a XIX. A fachada encontra-se recoberta de azulejos setecentistas, com cenas do quotidiano e paisagens. Estes painéis são provenientes da Sala do Capítulo do Mosteiro de S. Bento da Vitória
Igreja de Nossa Senhora da Vitória
A igreja está situada em terreno que pertencera à Judiaria do Olival. Ficou concluída por volta de 1539. Foi restaurada no séc. XVIII depois de um violento incêndio. Dessa época possui excelentes trabalhos em talha. Num dos altares existe uma imagem de Nª Sª da Vitória talhada em madeira por Soares dos Reis
Convento de S. Bento da Vitória O convento foi fundado no fim do séc. XVI, em local que pertencera à antiga Judiaria do Olival. A construção da igreja teve início pouco tempo depois e prolongou-se por todo o séc. XVII. Foi projetada pelo Arqº Diogo Marques. No interior, destacam-se retábulos em talha dourada. O coro é decorado com um notável conjunto em talha, representando passos da vida de S. Bento.
Igreja e Torre dos Clérigos Considerado por muitos o ex libris da cidade do Porto, esta torre sineira faz parte da igreja com o mesmo nome, construída entre 1754 e 1763, a partir de um projeto de Nicolau Nasoni. Foi mandada erigir por D. Jerónimo de Távora Noronha Leme e Sernache, a pedido da Irmandade dos Clérigos Pobres. O seu arquiteto, Nicolau Nasoni, contribui durante muitos anos para a construção da grande Torre dos Clérigos sem receber nada em troca e só alguns anos depois isso aconteceu. Tem seis andares e 75 metros de altura, que se sobem por uma escada em espiral com 225 degraus. Era, na altura da sua construção, o edifício mais alto de Portugal.
Cadeia da Relação O edifício onde se encontra instalado o Centro Português de Fotografia, também conhecido como “Cadeia da Relação” começou a ser construído em 1767, sob risco do arquiteto da Lisboa pombalina Eugénio dos Santos e Carvalho, sensivelmente no mesmo lugar onde, no início do séc. XVII, se haviam erguido as primeiras instalações para a Relação e Casa do Porto.
Cadeia da Relação O grandioso imóvel, cuja construção durou quase trinta anos, erguido entre o casario, paredes meias com o convento de S. Bento da Vitória e fronteiro à Porta do Olival, veio a alojar o Tribunal e a Cadeia da Relação. A área disponível da edificação, detentora de uma curiosa planta trapezoidal, foi repartida de forma quase equitativa entre Tribunal e Cadeia, sendo que as instalações do Tribunal foram alvo de cuidados acabamentos, ainda hoje visíveis em diversos pormenores construtivos. A Cadeia da Relação, justificando o nome, serviu de cárcere até à inauguração da atual cadeia de Custóias, em 1974, após a Revolução de Abril.
Hospital de S. António
Iniciada a sua construção em 15 de Junho de 1779, o edifício atual veio substituir o antigo Hospital de D. Lopo na Rua das Flores. O projeto inicial de John Carr contemplava um edifício quadrado de quatro fachadas mas, por falta de recursos, a Misericórdia alterou o projeto ficando então em forma de "U". Devido ao terreno pantanoso escolhido para a construção, tiveram de ser construídos alicerces fundos e largos, o que atrasou muito a conclusão da obra.
Hospital de S. António Este edifício é o maior do estilo neoclássico inglês construído fora do Reino Unido. O projeto inicial contava com 20.600 portas e janelas e 160 salas, o que originou os comentários críticos de que seria mais apropriado para um palácio do que para um hospital. A fachada principal tem 177 metros de largura e cinco corpos distintos compostos por arcos plenos, arcos redondos, colunas dóricas e vários frontões triangulares.
Reitoria da Universidade do Porto. É um edifício histórico situado na Praça de Gomes Teixeira, na cidade do Porto, em Portugal. É um edifício retangular de estilo neoclássico, inicialmente destinado a Real Academia da Marinha e do Comércio. O projeto inicial é da autoria de Carlos Amarante e data de 1807. Durante o período das invasões francesas e das guerras liberais as obras do edifício avançariam muito lentamente.
Reitoria da Universidade do Porto. A construção inacabada serviu de hospital durante o cerco do Porto (1832-33). Em 1833 o projeto foi remodelado por J. C. Vitória Vila-Nova. As obras continuaram e o projeto inicial ainda sofreu duas grandes remodelações, em 1862, por Gustavo Gonçalves e Sousa, e em 1898, por António Araújo e Silva. No edifício funcionaram a Academia Politécnica, o Colégio dos Órfãos, a Academia das Belas-Artes, o Liceu Nacional, o Instituto Industrial (antecessor do ISEP; até 1933), a Faculdade Técnica (hoje Faculdade de Engenharia; até 1937), a Faculdade de Economia (até 1974) e a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (até 2007).
Reitoria da Universidade do Porto. Atualmente está instalada neste histórico edifício a Reitoria da Universidade do Porto, para além dos museus de Zoologia, Ciências Geológicas e Arqueologia e Pré-História do Instituto de Antropologia.
Chafariz ou Fonte dos Leões Fabricada em França no séc. XIX
A Igreja do Carmo localiza-se no cruzamento entre a Praça Carlos Alberto e a Rua do Carmo, nas proximidades da Igreja e Torre dos Clérigos, na freguesia Portuguesa de Vitória, cidade do Porto. De estilo barroco/rococó, foi construída na segunda metade do século XVIII, entre 1756 e 1768, pela Ordem Terceira do Carmo, sendo o projeto do arquiteto José Figueiredo Seixas. A construção do hospital começou mais tarde, ficando concluído em 1801.
A Igreja do Carmo
Igreja dos Carmelitas
Igreja do Carmo
A fachada de cantaria, ricamente trabalhada, possui um portal retangular, ladeado de duas esculturas religiosas dos profetas Elias e Eliseu executadas em Itália, rematado por um amplo frontão e no corpo superior da frontaria, coruchéus e esculturas das figuras dos quatro Evangelistas, revelando influências do estilo “barroco Italiano” criado por Nicolau Nasoni. A fachada lateral da Igreja do Carmo está revestida por um grandioso painel de azulejos, representando cenas alusivas à fundação da Ordem Carmelita e ao Monte Carmelo. A composição foi desenhada por Silvestre Silvestri, pintada por Carlos Branco e executada na fábrica da Torrinha, em Gaia e datados de 1912. No interior da Igreja do Carmo, destaca-se a excelente talha dourada nas capelas laterais e no altar-mor, a estatuária e diversas pinturas a óleo.
Estação de S. Bento
Foi edificada no princípio deste século no preciso local onde existiu o Convento de S. Bento de Avé-Maria. Daí o nome com que a estação foi batizada. O átrio está revestido com vinte mil azulejos historiados, do pintor Jorge Colaço (1864-1942). É um dos mais notáveis empreendimentos artísticos que marcou o início do século. O edifício é do arquiteto Marques da Silva.
Trabalho realizado em Ă rea de Projeto pelas turmas: A, B, C e D.
Junho 2011
Fim