DistĂşrbios / Transtornos Dificuldades de Aprendizagem DeficiĂŞncia Intelectual
Os transtornos funcionais especĂficos relacionam-se com deficiĂŞncia intelectual?
• Na visão de Moojen (1999), são utilizados, aleatoriamente, com o mesmo significado, os termos distúrbios, transtornos, dificuldades e problemas de aprendizagem para quadros diagnósticos diferenciados.
De acordo com a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva (Brasil,2008), entre os transtornos funcionais específicos estão: • • • •
Dislexia – Transtorno de leitura Disgrafia - Disortografia – Transtorno de escrita Discalculia - Habilidades matemáticas TDAH - Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade.
• Segundo SHAYWITZ a dislexia do desenvolvimento é hereditária,sendo que geneticistas demonstraram que há mais de 50% de probabilidade de um menino ser disléxico se o pai também for, enquanto essa porcentagem cai para 40% se a mãe for disléxica. • Assim , o histórico familiar constitui-se em um dos mais importantes fatores na identificação da dislexia. • De acordo com SNOWLING (1998), a prevalência da dislexia na primeiras séries é de 5,6%, sendo que ocorre maior prevalência em meninos que em meninas (4 p/ 1).
Distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura escrita e soletração.
Pode se apresentar quando uma criança saudável, inteligente, com estímulos sócio culturais adequados e sem problemas de ordem sensorial ou emocional, tem uma dificuldade acima do comum em aprender a ler.
É um distúrbio neurofuncional. O funcionamento cerebral depende da ativação integrada e simultânea de diversas redes neuronais para decodificar as informações.
Dificuldades com a linguagem falada Dificuldade com a percepção espacial Confusão entre direita e esquerda
HAVERÁ MUITAS VEZES Disgrafia (que é uma alteração da escrita
normalmente ligada a problemas perceptivomotores). Discalculia (distúrbio neurológico que afeta a habilidade com números). Dificuldades com a memória de curto prazo e com a organização. Dificuldades em seguir indicações de caminhos e em executar sequências de tarefas complexas. Dificuldades para compreender textos escritos. Dificuldades em aprender uma segunda língua.
DISGRAFIA
é uma alteração da escrita normalmente ligada a problemas perceptivo-motores Ao tentar recordar a grafia da letra, o aluno escreve
muito lentamente o que acaba unindo inadequadamente as letras, tornando a letra ilegível. Algumas crianças com disgrafia possuem também
uma disortografia amontoando letras para esconder os erros ortográficos. A disgrafia não está associada a nenhum tipo de
comprometimento intelectual.
Lentidão na escrita Letra ilegível Escrita desorganizada Traços irregulares: ou muito fortes que chegam a marcar o papel ou muito leves. Desorganização geral na folha por não possuir orientação espacial. Desorganização do texto, pois não observam a margem parando muito antes ou ultrapassando. Quando este último acontece, tende a amontoar letras na borda da folha.
Desorganização das letras: letras retocadas,
hastes mal feitas, atrofiadas, omissão de letras, palavras, números, formas distorcidas, movimentos contrários à escrita (um S ao invés do 5 por exemplo). Desorganização das formas: tamanho muito
pequeno ou muito grande, escrita alongada ou comprida.
Características da disgrafia O espaço que dá entre as linhas,
palavras e letras são irregulares. Liga as letras de forma inadequada e
com espaçamento irregular.
Disgrafia
Lentidão
extrema da velocidade de trabalho, pois não tem os mecanismos necessários (tabuada decorada). Problema com orientação espacial: não sabe posicionar os números de uma operação na folha de papel, gasta muito espaço, ou faz contas “apertadas” num cantinho da folha. Dificuldades para lidar com operações (soma, subtração, multiplicação, divisão).
Dificuldade na memória de curto prazo
(tabuadas, fórmulas). Conservar a quantidade: não compreendem que 1 quilo é igual a quatro pacotes de 250 gramas; Sequenciar números: o que vem antes do 11 e depois do 15 – antecessor e sucessor.
Não automatiza informações (dificuldade de armazenar e buscar o que foi ensinado). Confusão de símbolos ( = + - : . < >). Dificuldade para entender palavras usadas na descrição de operações matemáticas como “diferença, soma, total, conjunto, raiz quadrada”. Tendência a transcrever números e sinais erradamente. Lembrar as sequências dos passos para realizar as operações matemáticas. Problemas para diferenciar esquerdo e direito. Falta de senso de direção (para o norte, sul, leste, e oeste). Inabilidade de dizer qual números é maior.
Ressaltar as dificuldades do aluno, diferenciando-o
dos demais. Mostrar impaciência com a dificuldade expressada
pela criança ou interrompê-la várias vezes ou tentar adivinhar o que ela quer dizer completando sua fala. Corrigir o aluno frequentemente diante da turma. Ignorar a criança em sua dificuldade.
Não force o aluno a fazer as lições quando estiver
nervoso por não ter conseguido. Proponha jogos na sala. Procure usar situações concretas, nos problemas; Os jogos irão ajudar na seriação, classificação, habilidades psicomotoras, habilidades espaciais, contagem. O uso do computador é bastante útil, por se tratar de um objeto de interesse da criança. Fazer uso de calculadora Fazer uso de tabuada Fazer uso de caderno quadriculado
O Encaminhamento Médico • O encaminhamento médico pode identificar clinicamente os distúrbios que interferem, mas é necessário que a educação trabalhe com processos de desenvolvimento histórico e social. • Ao ensinar é necessário considerar o sujeito como referência, com seu percurso histórico, a partir das relações produzidas em casa e na escola, e no que ele tem de mais particular.
• A área médica pode apontar o que ocorre com o aluno clinicamente, mas os caminhos da reflexão sobre as formas de aprendizagem devem ser um percurso repensado pela escola.
Para Garcia (1998, p.141-2), cinco perguntas devem ser feitas para tomada de decisões • O que ensinar – objetivo • Avaliação inicial – identificar o que o aluno sabe • Quando ensinar - o 1º passo na sequência das aprendizagens. • Como ensinar – metodologia mais indicada • Avaliação somatória – Avançou? Alcançou o objetivo? SIM - Continuidade na sequência das atividades NÃO - Rever então a metodologia
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL - DA FAMÍLIA Á ESCOLA
Elisabeth Kubler-Ross (1991) diz que o processo de aceitação assemelha-se ao luto que podem ser divididos por cinco estágios •Negação e isolamento •Raiva •Barganha •Depressão •Aceitação
CARACTERÍSTICAS DE DEFICIÊNCIA INTELECTUAL Candidatos portanto a frequentar uma SRM • Dificuldades de compreensão, análise e síntese e retenção das informações. • Dificuldades de explorações espontâneas. • Dificuldade em aprender (quando esgotado todos os recursos). • Dificuldade para utilizar e relacionar informações. • Dificuldade de resolução de problemas ( de acordo com a faixa etária). • Dificuldade de compreensão de comandas. • Dificuldade em expressar de maneira lógica ideias e pensamentos.
Desenvolvimento mental – Jean Piaget Quatro períodos fundamentais • Sensório motor - primeiro período de desenvolvimento • Pré operatório - aproximadamente a partir dos 2 anos de vida e dura até aproximadamente os 7 ou 8 anos – (imitação, linguagem, desenhos, jogos simbólicos...) • Operações concretas - 7 ou 8 anos até 10 ou 11 anos de idade – coordenações, equilíbrio, interiorizações, reflexão, pensamento... (uma criança com DI terá dificuldades em ultrapassar essa fase) • Operações formais - 11 ou 12 anos e é a última das fases descritas por PIAGET. É a conquista de um novo caráter de raciocínio, as hipótese.
Algumas estratégias para auxiliar o professor não especializado na construção de uma rotina de desenvolvimento pedagógico dos alunos com necessidade educacional especial • Tratar o aluno de maneira natural, não adotando atitudes superprotetoras, infantilizada ou de rejeição. • Respeitar sua idade cronológica, oferecendo atividades compatíveis relacionadas ao que está sendo ensinado aos demais alunos. • Incentivar a autonomia na realização das atividades; • Estabelecer objetivos, conteúdos,metodologia, avaliação e temporalidade de acordo com a necessidade do aluno. • Dividir as instruções em etapas, olhando nos olhos do aluno.
• Respeitar o ritmo de aprendizagem, oferecendo desafios constantes. • Repetir as instruções/atividades em situações variadas, de forma diversificada. • Estabelecer uma rotina na sala de aula, dizendo o que e como vai acontecer. • Estabelecer regras junto com o grupo de alunos, procurando ressaltar as qualidades de cada. • Reforçar comportamentos adequados. • Apresentar os espaços físicos construindo referências que os tornem mais familiares.
“A escola tem que ser esse lugar em que as crianças tem a oportunidade de ser elas mesmas e onde as diferenças não são escondidas, mas destacadas.” (Mantoan)