Boletim 21/12/2014

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RESPLENDOR, 21/12/2014

UMA OPINIÃO SOBRE AS SUPERSTIÇÕES NO FIM DE ANO Rev. Ângelo Vieira da Silva Deliberadamente, o cristão comprometido com as Escrituras se vê diante de muitos dilemas culturais que almeja ler à luz de sua fé. As superstições no fim de ano são um bom exemplo desta realidade, pois, aparentemente, são muitos que estabelecem um apego e crença exagerados (até infundados) em coisas – roupas, alimentos, pessoas, atitudes, simpatias – puramente casuais. Muito ligado à religiosidade ou à “sabedoria popular”, o conceito de superstição aborda as atitudes recorrentes que induzem ao conhecimento de falsos deveres, ao receio de coisas fantásticas e à confiança em coisas ineficazes, seja pelo temor ou pela ignorância, que também pode ser chamado de crendice. Por isso, trago aqui uma singela opinião sobre o assunto, a fim de ajudar cristãos que necessitem de mais esclarecimentos e ainda não souberam como lidar com as superstições “obrigatórias” para o êxito na vida. Observe algumas delas: 1. AS CORES OBRIGATÓRIAS. É sabido que o branco é a cor mais popular no Réveillon, mas as superstições quanto às cores são inúmeras. Muitos julgam que o branco trará paz, o vermelho/rosa guiará a um novo amor ou paixão, o verde/amarelo/laranja atrairá dinheiro e o violeta proporcionará estabilidade, etc.. Todavia, o tom que confere sucesso na vida envolve a matiz do trabalho, caráter e sabedoria, crendo que Deus opera em cada um das nuances. 2. AS COMIDAS OBRIGATÓRIAS. Assim como o peru está para o Natal, vários alimentos aparecem na lista de superstições para o novo ano. Na crendice popular, entre animais e frutos, o porco ajudará na prosperidade, o peixe fisgará fertilidade, o carneiro trará vitalidade, as sementes de romã, uvas (comer doze à meia-noite) e maçãs plantarão abundância que, ao lado das lentilhas (também devem ser consumidas à meia-noite), atrairão riquezas. É assim que a ilusão se torna um doce alimento para a alma faminta e ávida por refrigério. 3. OS GESTOS OBRIGATÓRIOS. Há uma série de gestos supersticiosos que remontam ao novo ano que se inicia. Muitos acreditam que bolsos vazios, guardar uma rolha da garrafa de champanhe ou três sementes de romã na carteira (esse último no dia seis de janeiro, principalmente, jogando em água corrente no final do ano), trarão o tão sonhado e desejado dinheiro. Li que dar três pulinhos com a referida garrafa na mão sem derramar nenhuma gota e, depois, jogar o resto para trás, sem olhar, de uma vez só, é bom para deixar para trás tudo de ruim. Usar roupas novas, jogar moedas da rua para dentro de casa, beber três goles de vinho, acender velas na praia, abraçar alguém do sexo oposto à meia-noite, jogar rosas na água, fazer barulho à meia-noite, enfim, ter pensamento positivo... Inutilmente, todas esses gestos prometem afugentar o mau das pessoas. Biblicamente, o cristão é impelido a evitar superstições, simpatias e crendices mediante a atitude de Deus em relação aos adivinhadores, prognosticadores e agoureiros (Dt 18.9-14; Ez 13.23; Mq 5.12), que praticavam abominação ao observar sinais para predizer o futuro e aconselharem os israelitas. Estas “mágicas” devem ser abandonadas por amor a Cristo (At 19.19). Além disso, confiar em superstições é envolver-se com um engano cultural em detrimento a fé real pela qual nos movemos e vivemos (Hc 2.4; Rm 1.17; Gl 3.11). O mundo é mais carente a cada dia. Promessas para conquistar um novo amor, prosperidade, fortuna e felicidade a partir de superstições são um convite ao engano. O cristão comprometido com a Palavra de Deus sabe que é o Senhor que poderá suprir cada uma de suas necessidades (Fp 4.9-20). Deus pode fazer-te abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabunde em toda boa obra (2 Co 9.8). Entregue e confie sua vida a Ele, Jesus; não às superstições. Deus é quem te guarda (1 Tm 1.12). Coma e beba para a glória de Deus (1 Co 10.31; Cl 3.17), não por causa das superstições. Feliz ano novo!


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