Centro de Acolhimento e bem-estar de cães e gatos

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CENTRO DE

2017

ACOLHIMENTO E BEM-ESTAR DE CÃES E GATOS

Anna Clara Goldoni Casare Napoleão




CENTRO DE ACOLHIMENTO E BEM–ESTAR DE CÃES E GATOS

ANNA CLARA GOLDONI CASARE NAPOLEÃO Orientador: Prof. Gabriel Vendrúscolo de Freitas

CENTRO UNIVERSTIÁRIO MOURA LACERDA


ANNA CLARA GOLDONI CASARE NAPOLEÃO

CENTRO DE ACOLHIMENTO E BEM–ESTAR DE CÃES E GATOS

Trabalho final de curso aprestado ao Centro Universitário Moura Lacerda para cumprimento das exigências para a obtenção do título de bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

RIBEIRÃO PRETO 2017


DEDICATÓRIA

AGRADECIMENTOS

Dedico primeiramente e principalmente aos

Agradeço imensamente aos meus maiores exemplos de

meus pais, Silvia Regina Goldoni Casare Napo-

amor e bondade, minha família, pela compreensão e

leão e Ronaldo José Napoleão por tudo que

apoio tanto na faculdade quanto na vida.

for possível imaginar. E mais.

Por isso agradeço sempre a Deus e me sinto honrada por

E especialmente para todos os animais que já

todos os aprendizados que tive e por aqueles que ainda

estiveram e estão presentes na minha vida,

estão por vir.

que me ensinaram na prática o que é uma ver-

Aos meus fiéis amigos, por todos os sorrisos, companhias,

dadeira relação de amor e fidelidade.

alegrias e apoio. Ao meu companheiro, Rodolfo Eduarte, pela paciência, carinho durante esses 5 anos. Ao meu orientador Prof. Gabriel Vendrúscolo de Freitas, por ter me guiado e instruído nesse TFG, pelo apoio e dedicação. A todos os professores pelos ensinamentos durante esses anos de faculdade. E por fim agradeço aos meus animais de estimação, mi-

nhas maiores inspirações, (Susi, Belinha, Bud, Josefina, Miah e Beka), por alegrar meus dias e minha vida.

Obrigada.


“A compaixão pelos animais está intimamente ligada a bondade de caráter, e quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem.” - Arthur Schopenhauer


RESUMO

ABSTRACT

O trabalho desenvolvido tem como base utilizar a arqui-

The work developed is based on using the architec-

tetura para a criação de um complexo voltado ao bem-

ture to create a complex aimed at animal welfare,

estar animal, com intuito de abrigar os animais que fo-

with the purpose of housing the animals that were

ram resgatados, dando suporte e promovendo qualida-

rescued, giving support and promoting quality of life

de de vida aos mesmos.

to them.

O projeto é todo acessível a população, criando visibili-

The project is accessible to the population, creating

dade para os animais, despertando o interesse na ado-

visibility for the animals, arousing interest in adoption.

ção.



APRESENTAÇÃO

01

RELAÇÃO DO HOMEM X ANIMAL DOMÉSTICO 1.1 CONTEXTO DOMESTICAÇÃO DE CÃES E GATOS

02

ABANDONO NO BRASIL E SEUS MALEFÍCIOS 2.1 ONGS NO MUNDO

03

ERGONOMIA E COMPORTAMENTO DOS CÃES E GATOS

SUMÁRIO

3.1 PROJEÇÃO DO ESPAÇO

04 REGULAMENTAÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DO ABRIGO 05 06

10

12 13 16 17 18 20

22

REFÊRENCIAS PROJETUAIS

24

ÁREA DE INTERVENÇÃO

30

6.1 LEVANTAMENTOS DO ENTORNO

31

6.2 LEGISLAÇÃO

35

07 08 FLUXOGRAMA E ORGANOGRAMA 09 10 11 12 PROGRAMA MÍNIMO E TERRENO

36

39

O ABRIGO: DESENVOLVIMENTO E EXECUÇÃO

41

MEMORIAL

50

RENDERIZAÇÃO

53

BIBLIOGRAFIAS

59


APRESENTAÇÃO O tema escolhido para o trabalho final (TFC), no curso

Através das pesquisas sobre a relação do ho-

de Arquitetura e Urbanismo, abrange o assunto do abando-

mem com o animal, o contexto de abandono no Brasil

no e junto com a Arquitetura busca projetar um equipamen-

e em Ribeirão Preto, serviram como base para implan-

to público que atenda as necessidades destes animais.

tar um projeto que resolva os problemas da cidade,

Através dos estudos feitos, constatou-se que os animais domésticos fazem parte da vida junto com os seres huma-

utilizando a arquitetura de forma adequada, visando a qualidade de vida dos animais.

nos há milênios. E dessa convivência, surgiu um laço de ami-

A cidade de Ribeirão Preto foi escolhida por ser

zade e fidelidade, tornando-se parte da família. Já foi com-

uma cidade grande e o convívio nesse local possibili-

provado que a relação com os animais gera benefícios pa-

tou uma visão ampla dos casos de abandono e as

ra a saúde e à mente.

problemáticas que esse fato causa para a cidade, e

O abandono de animais além de irresponsabilidade, é uma questão prejudicial à saúde pública. Ribeirão Preto que

principalmente pelo desejo de poder mudar essa situação de descaso com os animais.

possuí um número alto de animais abandonados, quando

Um dos principais objetivos é a participação da

não há procura para adoção, são mandados para eutaná-

população que terá grande importância para esse

sia. A proposta será a implantação de um centro de acolhi-

restabelecimento de confiança, por conta disso será

mento, baseado na sensibilidade, conforto, preocupação

aberto para a visita de escolas, instituições, e será en-

ao animal, higiene pública e a concepção de uma arquite-

sinado sobre a importância da adoção responsável e

tura adequada, voltada as necessidades dos animais da ci-

as consequências que esse abandono traz para a ci-

dade de estudo.

dade e principalmente para os animais. O ambiente será projetado visando as necessi-

ESCOLHA DO TEMA

dades desses animais, garantindo segurança, saúde,

O amor e a sensibilidade aos animais influenciaram pa- e devido aos maus tratos e descaso, poder reconstruir ra a escolha desse tema, assim como a ideia principal de esse laço de amor e confiança entre o animal e o ser projetar um abrigo e se utilizar a arquitetura para transformar humano. esse ambiente em um lugar harmônico, aberto, com vegetação, dando a ideia de um lar, para romper com essa visão de tristeza que a maioria da população tem a respeito de um abrigo.

10


DESENVOLVIMENTO

METÓDO

O projeto concebe um centro de acolhimento que

Foi necessário para o desenvolvimento do trabalho

possa resgatar esses animais de rua que vivem em péssimas

um estudo através de artigos, teses, que ajudassem a en-

condições, correndo risco de vida; oferecendo um ambien-

tender melhor a situação em que o animal vive, em rela-

te onde estes serão bem cuidados. O espaço será disponí-

ção ao abandono, a maneira e como eles se comportam

vel primeiramente para cuidar desses animais que serão res-

e como que desenvolveu sua domesticação durante es-

gatados, oferecendo atendimento médico, alimentação e

ses anos, legislação e entre outros.

abrigo.

O levantamento na cidade de Ribeirão Preto para

Será aberto para receber escolas, instituições e tam-

entender melhor sobre a situação em que os animais se

bém como ambiente de lazer, para levar seus animais para

encontram foi de extrema importância para saber como

passeio, ou visitar os cães e gatos do abrigo, e com isso for-

que o abandono influencia diretamente a saúde pública

talecer essa relação entre ambos. Minimizando os proble-

da cidade.

mas que o abandono causa para o animal e a cidade. Incentivando a adoção com este contato.

DESENVOLVER um espaço voltado ao cuidado e as necessidades dos animais de Ribeirão Preto.

E por fim, foi levantado e estudado o bairro e o terreno escolhido para a implantação desse equipamento, de forma que possa criar um ambiente tranquilo para esses animais mas que ao mesmo tempo não cause nenhum tipo de desconforto para a população que vive por perto.

MELHORAR a questão da saúde pública na cidade. OTIMIZAR a qualidade de vida desses animais e criar um meio de conscientizar a população através desse ambiente, minimizando o abandono.

11


O projeto é o desenvolvimento de

O período neolítico também é caracterizado

um centro, que irá partir do principal obje-

pelo animal sendo alimento do homem. Essa relação

tivo de atender as necessidades e propor-

era baseada na sobrevivência do ser humano e suas

cionar o bem-estar aos animais. Para isso,

necessidades, sendo essas, se alimentar, se proteger

será estudado quais foram os primeiros si-

e se aquecer.

nais da relação do homem com o animal, sua influência no meio familiar e seu espaço na sociedade. A relação entre humanos e animais é mais antiga do que imaginamos, no pe-

De acordo com Mazoyer e Roudart (2008), os agricultores eram considerados predadores, e reconheciam as linhagens de plantas e de animais que poderiam oferecer vantagens, e com isso tinham o papel de preservar.

ríodo paleolítico, em cavernas eram realizadas pinturas nas superfícies rochosas,

Segundo Bernard & Demaret (1996), os animais,

geralmente os desenhos eram sobre a ca-

principalmente cães e gatos tinham a função de de-

ça que acontecia entre o homem e o ani-

sempenharem as funções práticas, como a de caça,

mal.

proteção, e esse fato influenciou a aproximação enPercebendo que nesse período a

tre os seres humanos e animais. Os cães e gatos não foram os únicos a se tor-

relação entre ambos era caracterizada como o de presa e caçador.

narem animais domésticos, existe uma grande variedade, sendo eles os cavalos, ovelhas, coelhos, gado

01

RELAÇÃO DO HOMEM X ANIMAL DOMÉSTICO

e etc

IMAGEM 1 - Desenho feito na caverna, préhistória. Fonte: Wordpress – História da Arte

IMAGEM 2 – Amizade entre homem e cão. Fonte: Maior de dezoito – Amor animal x Amor humano.

12


De acordo com o estudo, foi colocado

As professoras do Curso de Psicologia na FSG e a

de uma forma mais ampla a questão da rela-

Acadêmica do Curso de Psicologia da Faculdade da

ção do homem com o animal, para poder

Serra Gaúcha (Helenara Sironi de Moraes e Magda

entender sua importância na vida das pesso-

Medianeira de Mello 2014, p. 6), acreditam que o ani-

as, os benefícios que essa relação transmite

mal não foi o único a ser domesticado, ou seja, foi ne-

para o ser humano e vice-versa.

cessário o homem se domesticar também para o ani-

Explicar o motivo e como ocorreu o processo de domesticação dos cães e gatos.

mal, e somente por essa troca de características foi possível a convivência entre ambos.

Como já foi comentado, o processo de do-

Acredita-se que a descoberta do esqueleto de

mesticação segue a história da humanidade,

um filhote de cachorro ao lado de um esqueleto hu-

no início os animais eram utilizados somente

mano em um sítio arqueológico em Israel, é considera-

por outros fins. Na Lei Natural, os animais ten-

da a evidência mais antiga da domesticação de

dem a caçar ou se defender dos seres huma-

cães.

nos. Porém, com a domesticação o comportamento do animal se tornou mais dócil. Segundo Teixeira (2007), há uma grande variedade de animais nos lares, porém a relação mais íntima é entre o homem e o ca-

efetiva com os seus donos. Estudos comparam o comportamento do cão e do lobo, apesar de semelhantes, Teixeira (2007) aponta que, o cão de hoje teria poucas chances de sobreviver nas florestas, e por esse fato nota-se que o ambiente propício ao animal é o do homem.

IMAGEM 3 - Esqueleto humano enterrado ao lado de esqueleto de cachorro. FONTE: Fonte: Davis & Valla, 1978.

1.1

“A humanidade mantém laços afetivos mais fortes com os cães do que com qualquer outro bicho. A ciência vem desvendando as razões dessa história de amor que já dura 12.00 anos (TEIXEIRA, 2007)”.

CONTEXTO DE DOMESTICAÇÃO DE CÃES E GATOS

chorro, mantendo uma comunicação mais

13


A partir do convívio os cães ganham

A domesticação do gato ainda gera muitos

mais espaço e com isso foram se adaptan- mistérios, não se sabe dizer com certeza qual foi o modo e interagindo com o homem, de acor- mento inicial em que os gatos começaram a deixar do com Teixeira (2007), ele cita o naturalis- de ser animais selvagens e passaram a viver entre os ta Charles Darwin com o processo em que seres humanos. Acredita-se que os antigos egípcios ele denomina de seleção artificial, animais foram os pioneiros a manter o gato como animal de

que se adaptaram melhor a esse convívio estimação, há aproximadamente 3.500 anos atrás. humano, tinham mais chances de sobrevi- Porém algumas evidências mostram que na verdade ver que os demais, método que os biólogos essa domesticação aconteceu bem antes chamam como vantagem adaptativa. Segundo a veterinária e psicóloga Hannelore Fuchs, o cão tem necessidade de se juntar a outro e este se tornar referência, baseado nisso os homens davam prioridade aos animais que atendiam as suas necessidades e possuíam comportamentos que facilitavam a reciprocidade na com-

CONTEXTO DE DOMESTICAÇÃO DE CÃES E GATOS

1.1

preensão. Esse fato influenciou para o grande número de raças tanto de cães quanto de gatos que encontramos hoje em dia A diferença entre cães e gatos já são notadas quando o assunto é domesticação.

IMAGEM 4- Humano e gato sepultados a 9500 anos. Fonte: Science mag.

A evidência que mais convenceu os estudiosos dessa teoria, foi descoberta em 2004, na ilha de Chipre. Foi desenterrado um túmulo onde estavam sepultados um ser humano e um filhote de gato, lado a la-

A domesticação do gato ainda gera

do. A datação dos restos mortais possuía 9.500 anos.

muitos mistérios, não se sabe dizer com cer-

Ao contrário dos cães que tiveram suas características

teza qual foi o momento inicial em que os

modificadas, os gatos apresentaram algumas altera-

gatos começaram a deixar de ser animais

ções devido a domesticação, mas ainda sim mantêm

selvagens e passaram a viver entre os seres

muito da sua aparência original, o gato selvagem.

humanos. “Como todo dono de gato, ninguém é dono de um gato”. (Ellen Perry Berkley).

14


Como já foi falado, a aproximação e

De acordo com Nini Bandeira, assessora da dire-

domesticação dos animais foram feitas pela

toria da “Sociedade União Internacional Protetora dos

sua utilidade e funções, com exceção do ga-

Animais” (“Suipa”), no Rio de Janeiro, são abandona-

to que se aproximou de forma diferente. Mas

dos por dia cerca de 40 animais, sendo eles cães e ga-

atualmente os animais, não são mais vistos

tos.

apenas pelas suas funções, se tornando parte

da família.

Na imagem abaixo estão citados alguns dos motivos alegadas para o abandono, sendo eles sem senti-

De acordo com a ABINPET – Associa-

do e de total descaso com os animais. A estatística é

ção Brasileira da Indústria de Produtos para

da Revista veterinária “Journal of Applied Animal Wel-

Animais de Estimação, existem aproximada-

fare Science” – A pesquisa foi feita nos EUA em 12 abri-

mente 106,2 milhões de animais domésticos,

gos, envolvendo 1984 cães e 1286 gatos. (Revista da

a grande maioria são os cães com 37,10 mi-

Folha de 7 de janeiro de 2007).

lhões e os gatos com 21,3 milhões. Mas infelizmente o número de animais abandonados é grande, segundo a Organização Mundial da saúde (OMS), no Brasil há mais de 30 milhões de animais abandonados, sendo eles, 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães. O surgimento do mercado de animais

IMAGEM 5 - As principais desculpas para o abandono Fonte: ANDA.

mais abandonados ou para adoção. Existem

em consideração todos os cuidados que ele merece, é

inúmeros motivos para o abandono de ani-

preciso conhecer suas reais necessidades. Segundo

mais, mas o principal é a falta de responsabili-

Santana (2006) é possível evitar o abandono de ani-

dade e conhecimento. É fato que animais de

mais, porém falta o conhecimento sobre a importância

rua tem mais chances de pegar doenças

das responsabilidades ou muitas vezes não possuem

transmissíveis do que animais de residências e

condições para trata-los. Vários aspectos precisam ser

isso leva a um problema sério de saúde públi-

levados em consideração, como a questão de espa-

ca. Além de doenças, sofrem com maus tra-

ço, renda, a sua disponibilidade de tempo. Existem so-

tos, correm o risco de serem atropelados e

lução que podem minimizar esse grande número de

procriam-se descontroladamente.

animais, se a população se conscientizar da guarda responsável.

02

Ao comprar ou adotar um animal deve-se levar

ABANDONO NO BRASIL E SEUS MALEFÍCIOS

influenciou no aumento do número de ani-

15


O controle de reprodução através

Ou seja, é um número alto se comparar com o número de

da castração vem sendo o melhor procedi-

habitantes da cidade. O abandono de animais não é pre-

mento para diminuir o processo de aumen-

judicial somente ao animal, problemas públicos como fal-

to de animais abandonados nas ruas. De

ta de higiene, doenças, acidentes de transito são de im-

acordo com Muraro e Alves (2014) a cas-

portância para toda a sociedade.

tração é um procedimento que, no caso das fêmeas é removido o útero, ovários e trompas. Nos machos são retirados os testículos. Para os machos a castração é considerada simples, já nas fêmeas é um pouco mais delicado, mas para ambos são métodos que atualmente vem se tornando mais

IMAGEM 6 – Cachorros abandonados. Fonte: Petcetera .

seguros. O que poucos sabem é que a castração além de segura traz benefícios para o animal. Essas características nos machos são percebidas através da diminuição dos comportamentos agressivos, assim como sentem menos necessidades de marcar território e diminuí a probabilidade de desen-

02

ABANDONO NO BRASIL E SEUS MALEFÍCIOS

volvimento de canceres. Nas fêmeas assim como nos machos minimiza o desenvolvimento de canceres e não entram no cio.

IMAGEM 7 – Gatos abandonados. Fonte: UIPA.

Se o número de animais abandonados em Ribeirão Preto é de 20 mil, calculando duas crias por ano, estimasse que daqui 6 anos o número de animais abandonados será de 67 mil.

O ABNDONO NA CIDADE DE RIBEIRÃO PRETO De acordo com a ONG Internacional WSPA, World Society for the Protection of

Animals (2014), em Ribeirão Preto calculase 600 mil habitantes, em média 40 mil cães e gatos em residências, 140 mil em abrigos e 20 mil totalmente abandonados. .

IMAGEM 8 – Estimativa do crescimento de animais por ano. Fonte: AMPARA.

16


As ONGS (Organização Não Governamentais) destinadas no auxílio e direito de causas sociais que não possuem cuidados.

ONGS EM RIBEIRÃO PRETO De acordo com pesquisas realizadas, as Ongs existentes em Ribeirão Preto que tem como objetivo

O número de organizações que estão

retirar esses animais da rua. Porém, com a grande

voltadas na proteção dos animais, vem cres-

quantidade de animais nas ruas, a maioria das Ongs se

cendo durante esses anos.

encontram lotadas. Elas não possuem um abrigo e ca-

Seu objetivo é diminuir o número de animais abandonas e maltratados nas ruas e com isso conscientizar a população sobre a importância da castração e outras ações que ajudariam a alterar essa situação de des-

recem de voluntários para ajudar nas doações, como em feirinhas de adoção e também doações de alimentos, remédios quando se faz necessário e etc. As principais Ongs encontradas na cidade de Ribeirão Preto, são: ONG Focinhos S.A, Associação Cãopaixão, ONG Cão sem dono e ONG Amparar.

caso. A Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA), reúne milhares de ONGs no mundo todo. A entidade no Brasil é sediada no Rio de Janeiro e possuí 103 ONGs filiadas.

IMAGEM 8 – EMBLEMA FOCINHOS S.A. Fonte: Google Imagens.

A UIPA (União Internacional Protetora dos Animais) é a associação mais antiga do Brasil, é responsável pela instituição do Movimento de Proteção Animal no país. Localizase em São Paulo, fundada em 1895. Uma das maiores organizações da causa animal, é a Arca Brasil (Associação Humanitária de Proteção e Bem-estar Animal), atua a 22 anos, ministrando projetos, eventos que não possuem fins lucrativos, independente e apartidária.

2.1

IMAGEM 10 – AMPARA.. Fonte: Google Imagens.

ONGS NO BRASIL

IMAGEM 9 – CAOPAIXÃO. Fonte: Google Imagens.

17


Assim como estudar sobre toda a his-

Os humanos possuem cones sensíveis a três cores di-

tória entre a relação dos animais com o ser ferentes (vermelho, azul e verde) possuindo uma visão trihumano, é importante entender como fun- cromática. Já os cães e gatos possuem cones sensíveis a ciona a percepção e como eles se com- duas cores (azul e amarelo) sendo assim dicromáticos. portam em relação ao ambiente. E dessa Comparando aos seres humanos eles enxergam as cores forma, criar um espaço que possa atender desbotadas.

suas necessidades, sendo necessário também conhecer os tipos e definições dos

HOMEM

CACHORRO

abrigos já existentes. De acordo com a WSPA BRASIL, o fornecimento de alimento, cuidados veterinários e higiene aos animais não são os únicos pontos importantes a serem colocados em

IMAGEM 11 – Comparação das cores vistas pelo homem aos cães. Fonte: Tudo sobre Cachorros.

03

ERGONOMIA E COMPORTAMENTO DOS CÃES E GATOS

prática. Os animais mamíferos são muito inteligentes e possuem emoções, além de

Audição: Em relação a audição, a dos cães e gatos é su-

serem curiosos e buscam sempre formas de

perior à dos seres humanos. Sendo Principal meio de ori-

se comunicar.

entação da maioria dos animais.

OS SENTIDOS

Segundo Castro (2012), um som que passe dos 20 mil hertz, que é considerado um som extremamente agudo,

Visão: É fato que a maneira como os ani- para nós, seres humanos é praticamente inaudível. No camais enxergam é bem diferente da que os so dos gatos ouvem até 60 mil hertz e os cachorros chehomem enxergam, porém eles não veem gam aos 45 mil hertz. preto e branco. De acordo com o professor Fernando Bretas, do Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinárias, da Escola de Veterinária da

UFMG (2013), a percepção da cor é determinada por células na retina que são denominadas como cones (células responsáveis pela visão colorida).

IMAGEM 12 – Comparação entre a audição do ser humano ao do animal. Fonte: Fonte: Super interessante.

18


Olfato: O gato possui 200 milhões de células olfativas, já o cão tem em torno de 300 milhões e nos humanos o número chega a 5 milhões.

O olfato ajuda na procura de alimento, a perceber ameaças e procurar parceiros sexuais. No caso dos gatos, o olfato pode os ajudar também a volta para casa. Muitas vezes os animais utilizam do olfato para pode diferenciar de outros animais, por esse fato é tão comum que o animal urine para marcar território, utilizando desse meio para se apropriar de um local. A linguagem corporal dos animais, também precisa ser entendida. Afinal é através dos movimentos que eles se expressam. Como por exemplo, quando um cachorro está com medo, assustado ou ansioso, seus olhos geralmente estão para baixo, seu rabo encolhido e sua postura abaixada. Já no caso dos gatos, a cauda é uma das principais partes do corpo que mais transmitem sensações e a mais observada por nós; movimentos suaves com a cauda representam tranquilidade, cauda com os pelos arrepiados, assustado.

19


A função do abrigo é criar um ambi-

4.

NECESSIDADES COMPORTAMENTAIS: Ambiente para

ente capaz de suprir as necessidades dos

que o animal possa expressar de forma natural seu

animais. Para a orientação do projeto, a

comportamento, como brincar e socializar.

WSPA BRASIL – World Society for the Protection of Animals, criou um documento em 2012, que consta essas informações.

5.

NECESSIDADES PSICOLÓGICAS E COGNITIVAS: Estimulação sensorial, psicológica e social. Exemplos: Atividades recreativas que evitem o tédio, frustação, ansi-

Foram divididas 5 categorias e em cada

edade e etc. ou seja, atividades que estimulem o ani-

uma delas é apresentado as recomenda-

mal e evitem o sofrimento mental.

ções dos espaços físicos adequados para o abrigo, e constitui a rotina a ser seguida.

QUANTIDADE DE ANIMAIS ABRIGADOS Para cada área é necessário determinar a sua

AS 5 CATEGORIAS

“capacidade-limite”, no caso do abrigo para animais a 1.

NECESSIDADES FISIOLÓGICAS E SENSORIAIS: Refere a alimentação adequada e as atividades que promovam os estímulos sensoriais, sendo elas: Olfato,

FÍSICAS E AMBIENTAIS: Relacionado ao

PROJEÇÃO DO ESPAÇO

espaço que será responsável para as

3.1

capacidade, implica no aumento de doenças e mortes. Além disso, um local superlotado aumenta o número de brigas, estresse, qualidade de alimento e assistência. Na tabela abaixo demostra como pode ser calcula-

visão, audição e tato. 2.

ultrapassagem dessa quantidade de acordo com a sua

do a quantidade máxima de animais. No exemplo a área possuí 500 m².

atividades como; descanso, isolamento, higiene e alimentação. Para todos esses ambientes, é necessário que garanta ao animal conforto, através da ventilação,

insolação,

iluminação,

temperatura adequadas e umidade.

3.

SOCIAIS: Ambiente que permita a interação dos animais tanto com as pessoas, quanto com outros animais.

IMAGEM 13 – Calculo para quantidade máxima de animais numa área de 500 m² Fonte: Defensores dos animais (Modificado pela autora).

20


O DESENHO DO ABRIGO

Gatis individuais: Os gatis devem possuir distancia

O desenho do abrigo deve ser planeja- visual e acústica dos canis. Assim como os canis, devem do e projetado para proporcionar conforto, alojar de preferência as fêmeas em estado de gestação ou com filhotes, animais feridos ou em tratamento. segurança e proteção aos animais. Em relação aos Canis e Gatis:

A área destina para banho do sol e a área fechada devem ter no mínimo 2,2 m³ e sua abertura deve ser

Canis Individuais: Utilizados preferencial- voltada para frente. mente, para as fêmeas em estado de gestão ou com filhotes, animais com comportamento agressivo que não se adaptam com os outros, animais em tratamentos, animais com doenças e animais ferido.

Na parte da frente, deve ter camas, prateleiras e espaço para vasilhas de água e alimento, evitando a entrada de sol, vento e chuva. As caixas ou bandejas com areia ou serragem, devem permanecer distantes das vasilhas. Cada gatil precisa conter no mínimo 2 me-

A área deve conter no mínimo 2 metros tros um do outro, se forem posicionados um na frente quadrados de área coberta para descanso e do outro. abrigo, com cama ou estrado confortável, espaço para vasilhas com água e alimento.

Gatis coletivos: Para os gatis coletivos, o essencial é que o ambiente tenha um boa ventilação. Os gatos

A disposição do canil deve ser construí- necessitam de acesso à área fechada, mas que possua da de modo que evite a entrada de sol, chu- espaço para vasilhas de alimentos, água e cama e va e vento. Sua temperatura mínima deve ser também acesso à área aberta. É importante que esse de 10ºC e a máxima de 26ºC. Área para des- ambiente contenha objetos como prateleiras, caixas, canso deve ser bem ventilada e iluminada.

bandejas higiênicas. O tamanho máximo de um grupo

Cada cão necessita também de no mí- é de 50 animais, mas grupo menores também são reconimo 2,5 m² a 3,5 m² de área aberta para ba- mendados. Nos alojamentos coletivos deve ter a sepanho de sol e exercícios. Cada área deve ter ração estrita por sexo. acesso a outra, e os animal devem visão para fora dos canis. Canis coletivos: Os canis coletivos devem dispor de área coberta, para descanso e proteção e também área aberta para banho de sol e exercícios.

21


Existe uma variedade de espaços que abrigam os animais que foram recolhidos nas ruas, o mais conhecido e procurado são os centros de controle de zoonoses, porém existem também os abrigos e os lares temporários. A diferença é que os CCZ’s são órgãos municipais e os outros são decorrência de pessoas sozinhas ou a formação de ONGS.

IMAGEM 14 – Implantação Zoonoses Fonte: FUNASA, 2007 (Modificado pela autora).

Para a implantação desses espaços, é necessário se levar em consideração normas que regulamentam o funcionamento desses locais. CLASSIFICAÇÃO DAS UNIDADES DE ZOONOSES: •

04

REGULAMENTAÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DE UMA ABRIGO

Segundo a FUNASA, o local deve possuir energia elétrica, água, instalação telefônica e localizar em um local que ofereça rede de esgoto evitando a contamina-

ção do ambiente. Deve ser localizado com uma certa distancia das

CCZ TIPO 1: Para população de mais de 500 mil habitantes;

regiões com bastante adensamento, evitando o incômo-

CCZ TIPO 2: Para população de 100 mil a 500 mil habitantes;

com risco de inundação, sendo necessário 100% da área

CCZ TIPO 3: Para locais com população entre 50 mil e 100 mil pessoas;

CCZ TIPO 4: Para população de 15 mil a 50 mil habitantes.

do de ruídos aos vizinhos. Não deve estar próximo a área construída, com fácil acesso. O desenvolvimento do projeto deve observar o Decreto nº 40.400 de 24 de outubro, 1995 que dispõe sobre Instalação de Estabelecimentos Veterinários. Foi estudado também o Manual de Diretrizes para

O CM – Canil Municipal são destina-

Projetos Físicos de Unidades de Controle de Zoonoses e

dos para locais onde a população não ex-

Fatores Biológicos de Risco da FUNASA, de 2007 que apre-

cede 15 mil pessoas.

senta o programa completo dos ambientes necessários

Algumas condições devem ser estudadas e observadas para se implantar uma unidade de controle de zooneses em

dentro de um estabelecimento de controle de zoonoses. Deve conter no programa, bloco administrativo, serviços gerais, controle animal e operação de campo.

um munícipio.

22


A resolução RDC Nº. 50 de 2002 – ANVISA “o povo que respeitar sinceramente os direitos, atribuí(Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que veis aos animais respeitará melhor os direitos da humanidade”. (Marco Antônio Azkoul) consta o Regulamento Técnico para Planejamento, Programação, Elaboração e Avaliação dos Projetos Físicos para Estabelecimentos Assistenciais de Saúde, foi de grande importân-

cia, principalmente quando relacionado ao setor de vigilância sanitária. Dessa forma, serão adotadas as normatizações para o projeto de alojamento dos cães e gatos e o programa do centro de zoonoses o Decreto nº 40.400 citado anteriormente e também as determinações da FUNASA. O abrigo será desenhado de forma que atenda todas as necessidades dos animais, proporcionando qualidade de vida e bemestar, e se for planejado de forma correta baseado nas normas e recomendações citadas no trabalho, irá garantir um melhor funcionamento. O conceito da guarda responsável consiste na aceitação e comprometimento do guardião em assumir uma serie de deveres centrados no atendimento das necessidades físicas, psicológicas e ambientais de seu animal, assim como prevenir os riscos (potencial de agressão, transmissão de doenças ou danos a terceiros) que seu animal possa causar à comunidade

ou

ao

ambiente

(SANTANA;OLIVEIRA, 2006).

23


LOS ANGELES - ANIMAL CARE CENTER

A fachada com cores fortes e brilhantes animam o abrigo, e o projeto em si se tornou um refúgio para a comunidade local . Os canis foram projetados e orientados reduzindo o número de alojamentos voltados um para o outro, como forma de reduzir os níveis de ruído. Dessa forma todos os canis se localizam em frente as paredes hortaliças folhea-

IMAGEM 15 – Fachada Animal Care Center . Fonte: Archidaly.

dos ou paisagísticos.

Um ambiente mais

Ficha Técnica:

calmo promove maior interação dos visitan-

Arquitetos: RA-DA.

tes com os animais, e aumentam a possibili-

Localização: Los Angeles, EUA.

dade da adoção.

Área Construída: Não informado.

IMAGEM 16—Imagem satélite abrigo. Fonte: Google Maps.

O objetivo do projeto é criar um abrigo que envolva a população, reduzindo a eutanásia e aumentando a chance para adoção. Um ambiente acolhedor que transmita segurança e cuidados para os animais. A lo-

05

REFERÊNCIAS PROJETUAIS

calização do abrigo é em uma área indus-

IMAGEM 17—Corredor do abrigo. Fonte: Archidaly.

trial cercada por zonas residências e próxima de avenidas movimentadas. A ideia do projeto é acabar com o preconceito que existe em relação ao abrigo. Os alojamentos dos animais, quartos

de gato, berçário gato, quarto réptil exótico entre outros, foram posicionados para que ficassem visíveis e acessível para a po-

IMAGEM 15 — Área dos canis e gatis. Fonte: Archidaly

pulação a partir do estacionamento.

24


A ampla avenida é arborizada, projetado para

MATERIALIDADE O exterior do edifício foi projetado de

acomodar grande grupo de pessoas, podendo ser es-

forma a parecer como se fosse sobreposição

colas para visitação. As ruas secundárias a avenida

de escamas de répteis, peças pré-moldadas

principal, também são alinhadas com árvores para ga-

como se fossem um tipo de escalonamento.

rantir conforto para os canis e a passagem. Todos es-

Conceito simples e versátil que conecte o pro-

ses fatores incentivam os visitantes a ficar mais tempo

grama com o edifício.

no jardim do canil. Todo o paisagismo foi pensado e projetado para obter facilidade de manutenção e baixo consumo de água.

IMAGEM 18— Circulação do abrigo. Fonte: Archidaly.

IMAGEM 20 — Implantação do abrigo com plano de necessidade. (Modificado pela autora. Fonte: Archidaly.

IMAGEM 19 — Circulação do abrigo. Fonte: Archidaly.

Todos os ambientes trabalham para deixar o abrigo mais visível, estimulando a adoção. Cada Lobby está alinhado atrás da loja, criando um trecho para compras. Esse local atrai mais visitantes para o abrigo, influenciando a curiosidade para conhecer o restante do edifício.

25


PALM SPRINGS - ANIMAL CARE FACILITY

O exterior do edifício é bem colorido, e por esse fato dá a sensação de ser um ambiente tranquilo, alegre e divertido. O local tem capacidade para abrigar 154 gatos e 91 cães, um por canil/gatil. Em casos de necessidade, os cães menores dobram dentro de um único canil. O projeto possui sistema de reciclagem de água, reduzindo o consumo em ca-

IMAGEM 21 – Fachada Animal Care Center. Fonte: Archidaly.

sos como limpeza de um habitat animal e

Ficha Técnica:

também pela preservação da água.

Arquitetos: Swatt/ Miers Architects Localização:

Dermuth

Park,

IMAGEM 22 - Imagem satélite abrigo. Fonte: Google Maps.

Palm Springs, EUA. Área Construída: 21.000m² O objeto é um abrigo sem fins lucrativos, responsável pelo resgate e tratamento dos cães e gatos. Seu projeto foi feito pela Swatt Miers Arquitetos, localizado na cidade de Palm Springs, Califórnia nos Estados

05

REFERÊNCIAS PROJETUAIS

Unidos. O ambiente Community Center é localizado no interior e o exterior possui um acesso para o local de adoção, com um

IMAGEM 24 - Fachadas Animal Care Facility. Fonte: Archidaly.

O programa contém, uma recepção, área de clínica veterinária, área de administração com armários e sanitários, para a estadia do animal, possui canis e gatis em lugares opostos e espaços ao ar livre.

jardim pátio equipado, se tornando mais convidativo.

IMAGEM 23 – Figura 18 – Fachadas Animal Care Facility. Fonte: Archidaly.

IMAGEM 25 - Interior do abrigo. Fonte: Archidaly.

IMAGEM 26 - Interior do abrigo. Fonte: Archidaly.

26


MATERIALIDADE As áreas públicas internas possuem materialidade de concreto machado e drywall pintado. No caso das áreas para usos de animais, foram escolhidos materiais com mais durabilidade devido a limpeza extensiva da instalação. Os pisos e paredes de resina, forros com material acústico. O programa foi organizado pensando em uma futura expansão.

IMAGEM 28 - Abrigo gatos. Fonte: Archidaly.

IMAGEM 29 – Abrigo cães. Fonte: Archidaly.

IMAGEM 27 - Implantação do abrigo e plano de necessidades. Fonte: Archidaly.

27


Para manter e cuidar do local, foram empregados

TIEHEIM BERUN - ALEMANHA

cerca de 120 funcionários que trabalham em tempo integral. A ASPCA (Associação Americana de Prevenção à crueldade a Instituição, apoiada pela Sociedade Humanitária de Berlim é responsável por coordenar o abrigo.

IMAGEM 30 – Foto da implantação do abrigo. Fonte: An urban Village.

Ficha Técnica: Arquitetos: Dietrich Bangert Localização: Falkenberg, Alemanha.

Área Construída:

IMAGEM 31 - Imagem satélite abrigo. Fonte: Google Maps.

Dezesseis

Hectares. Projetado pelo arquiteto alemão Dietrich Bangert e inaugurado em 2001, pode ser considerado um dos maiores e modernos abrigos para animais do mundo. Sua

05

REFERÊNCIAS PROJETUAIS

área é de dezesseis hectares, a obra cus-

IMAGEM 33 - Disposição ambientes. Fonte: Google Maps.

O abrigo é o centro de recolhimento de animais oficial da cidade, Tierheim Berlin, também é o ponto de contato para os animais que estão perdidos e os que foram encontrados. Sua capacidade é de 1.400 animais de variadas espécies. Além de abrigar, por ano são cuidados no abrigo aproximadamente 12.000 animais que logo após, são encaminhados aos seus novos proprietários.

tou em torno de 33 milhões de euros, e desse dinheiro a maior parte foi adquirida através das doações de adoradores de animais.

IMAGEM 32 – Foto da implantação do abrigo. Fonte: An urban Village.

IMAGEM 34 – Foto da implantação do abrigo com setorização. Fonte: Google Maps.

28


O lote está próximo ao centro urbano de Fal-

Após 5 anos, a sala ao ar livre foi inaugurada, que

kenberg. Residências são as construções mais era um local de ensino sobre o meio ambiente para os próximas do abrigo. Possui terreno plano e um visitantes. Em 2008, implantou um espaço para animais bom aproveitando do espaço, por conta da voltados a agricultura, como; ovelhas, porcos, cavalos, grande quantidade de áreas verdes, diminuí o cobras, cabras e galinhas. risco de conflitos com o seu entorno.

O PROJETO A ideia inicial era projetar um abrigo, que tivesse espaços amplos e que se adaptasse conforme a quantidade de animais. O desenho foi pensado em criar ambientes com grande incidência de luz e ventilação natural proporcionando conforto. As atividades do abrigo iniciaram em 2001, o programa inicial era com três casas de gatos, cinco casas de cães, uma casa para pequenos animais, uma casa de pássaros, uma gaiola gigante para aves de todos os tamanhos, uma moderna clínica veterinária e um amplo parte para cães.

IMAGEM 36 – Setorização. Fonte: Google Maps (Modificado pela autora).

Em 2009 foi criado o novo santuário para animais exóticos e répteis, casa para gatos idosos e um local ao ar livre especialmente aos gatos de rua. Em 2010 já havia iniciado a construção do centro de reabilitação e preparando-os para adoção. O projeto conta com um cemitério para animais com 4.500m². Na entrada possui áreas administrativas.

IMAGEM 35 – Foto abrigo. Fonte: An urban Village.

29


LOCALIZAÇÃO

IMAGEM 37 - Mapa Ribeirão Preto. Fonte: Google Maps.

IMAGEM 38 - Mapa respectivo a área. Fonte: Google Maps.

A Gleba mostrada no mapa representa o Bairro Santa Cruz, a área escolhida para a implantação do projeto. A área situa-se em um local estratégico de Ribeirão Preto, sendo de fácil acesso e visibilidade para a população.

06

ÁREA DE INTERVENÇÃO

A escolha da área teve como objetivo encontrar um bairro que estivesse inserido dentro da malha consolidada da cidade de Ribeirão Preto. Ou seja, um bairro com proximidade e fácil acesso, tanto para carros, motos quanto para o transporte

IMAGEM 39 - Mapa localizando o terreno. Fonte: Google Maps.

Lote – Implantação abrigo.

público. Posicionado numa avenida de grande fluxo, possuindo equipamentos públicos que além de suprir as necessidades diárias, também serviria para chamar atenção da população para o abrigo.

30


USO DO SOLO

mente residências, mas também edificações voltadas para o serviço e comércio, localizado nas suas principais vias.

O bairro Santa Cruz antigamente era um local onde as famílias de pequenos produtores, vindas da área rural viviam e possuíam seus negócios, relacionados a

Por este fato, o bairro é considerado

vendas que supriam a necessidade das famílias locais.

misto, suprindo as necessidades de serviços e

Porém com o tempo e o desenvolvimento tanto da ci-

equipamentos da população que reside ou

dade quanto de novas habitações, o bairro passou a ter

trabalha no bairro. Evitando o deslocamento

predominância residencial.

constante da população para outros pontos.

6.1

LEVANTAMENTOS DO ENTORNO

Hoje em dia, é possível observar não so-

31


EQUIPAMENTOS

Escala de Atendimento:

LEVANTAMENTOS DO ENTORNO

6.1

Vizinhança

O terreno escolhido está inserido em um

Bairro

Território

Trazendo para os visitantes do abrigo e até mesmo

bairro em constante desenvolvimento e para funcionários, praticidade de deslocamento e fácil bem localizado na cidade de Ribeirão Pre- acesso a esses serviços buscado por eles. to.

IMAGEM 40 - SWIFT supermercado da carne. Fonte: Google Maps.

IMAGEM 41 - Supermecado Savegnago. Fonte: Google Maps.

IMAGEM 42 - Estádio Bota fogo. Fonte: Google Maps.

32


GABARITO E FIGURA FUNDO

A predominância do gabarito vai de baixo a dois andares e possui grande adensamento, fazendo com que os espaços vazios entre as habitações antigas sejam eliminados. No caso dos gabaritos altos, são recentes e em desenvolvimento. O que contri-

buiu para esse fato é a grande procura por moradia na cidade, que influencia na verticalização dos edifícios.

33


HIERARQUIA FÍSICA E FUNCIONAL

LEVANTAMENTOS DO ENTORNO

6.1

HIERARQUIA FUNCIONAL

HIERARQUIA FÍSICA

A questão do sistema viário no entorno, foi

Outros locais que apresentam congestionamento em cer-

outro ponto que influenciou para a esco-

tos horários, são as Ruas Chile e a Platina.

lha do terreno na área do bairro Santa Cruz.

Sua característica física é de via local, mas ela também é

considerada uma via coletora por conta de ficar carrega-

O sistema viário que atende a região pos-

da em distribuir o transito das/para Avenidas Maurilio Bia-

sui em sua maioria baixo fluxo, porém pró-

gi, Portugal e Leais Paulista

ximo ao lote na avenida Portugal e Leais Paulista, em certos horários de pico (7H – 12H – 18H), ficam congestionadas, pelo fato de sua estrutura física não suportar a quantidade de veículos para determinados horários.

34


CÓDIGO DE OBRAS LEI COMPLEMENTAR Nº 2.157/07 DEFINIÇÃO

MACROZONEAMENTO

GABARITO

TAXA DE OCUPAÇÃO

Composta por áreas dotadas de infraestrutura e condições geomorfológicas propícias para urbanização onde é permitido densidades demográficas médias e altas. Fica estabelecido a possibilidade de ultrapassar o gabarito de 10 metros de altura, desde que atenda as disposições pertinentes da lei, tais como: recuos, taxa de ocupação, coeficiente de aproveitamento e etc. (Artigo 35). Artigo 39 – A taxa de ocupação máxima do solo para edificações residências será de 70 (setenta por cento) e para edificações não residências será de 80%. O Coeficiente de aproveitamento máximo será de até 5 (cinco) vezes a área do terreno.

SOLO NATURAL

É obrigatória a manutenção de solo natural coberto com vegetação, na proporção de 10% (dez por cento) da área total do lote para cada imóvel, em qualquer terreno no qual se construa. Este percentual será proporcional à dimensão do terreno, denominado de taxa de solo natural.

RECUOS DAS EDIFICAÇÕES

O recuo frontal e lateral para construções que atingirem o gabarito básico é de no mínimo 5 metros e 2 metros. Para construções que passarem do gabarito básico será necessário utilizar a fórmula matemática: R=H/6, maior ou igual a 2 para recuo frontal e no mínimo 2 metros para recuo lateral.

IV - Área de Uso Misto II - AUM 2: destinase à localização de estabelecimentos cujo pro-

cesso produtivo associado a métodos especiais de controle de poluição, não causem inconvenientes à saúde, ao bem-estar e segurança das populações vizinhas, classificadas com índice de risco ambiental até 1,0 (um).

Para o desenvolvimento do programa de necessidades e as dimensões necessárias para um projeto de abrigo para animais e hospital veterinário foi consultado e estudado o Decreto nº 40.400, de 24 de outubro, de 1995 de Instalação de Estabelecimentos Veterinários.

6.2

LEGISLAÇÃO

COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO

DEFINIÇÃO

35


O ABRIGO INFORMAÇÕES DO LOTE

PROGRAMA CANIL Baias

Bloco de canis com baias individuais e coletivas com área interna.

Solário

Área externa de contato dos cães, para banhos de sol.

GATIL IMAGEM 43 - Fachada terreno Av. Maurilio Biagi. Fonte: Google Maps.

Baias

Baias com mobiliário com suporte para 8 gatos em cada módulo, separados por sexo.

Solário

Área externa de contato dos gatos com a natureza e o solário.

BEM-VINDO Espera IMAGEM 44 - Fachada terreno Av. Portugal. Fonte: Google Maps.

O principal ponto para a organização do programa de necessidades, é o

Destinada para o bloco administrativo e veterinário.

EDUCACIONAL Auditório

Possui finalidade educacional para eventos, apresentação de projetos entre outros.

ADMINISTRATIVO Diretoria

Sala para coordenadoria do abrigo.

07

PROGRAMA MÍNIMO E TERRENO

bem-estar animal, oferecendo todos os tipos de cuidado mínimo, lazer e saúde

Escritórios Sala destinada a atendimento referente a denuncia e relacionado a adoção.

criando o melhor ambiente, tanto para os funcionários quanto para o animal,

Reunião

Sala destinada para visitante e funcionários.

restabelecendo aos poucos a confiança

QUARENTENA

de um para o outro. Foi levado em con-

Canil e Gatil

ta o que é mais do que necessidade mas sim direito à esses públicos. Estudos de projetos referências ser-

viram como direção para estabelecer o programa de necessidades, e ver o que traria mais uso dentro do abrigo.

Baias individuais com solário, no caso do gatil solário telado, para tratamento dos cães e gatos resgatados da rua para processo de tratamento.

ÁREA MÉDICA Consultório Salas de consultório para consultas veterinárias.

Exames

Salas destinadas para exames radiográficos e exames laboratoriais.

Vacina

Utilizada para os animais do abrigo e também para eventos de vacinação pública e depósito para medicações.

36


DESENVOLVIMENTO DO PARTIDO ÁREA CIRÚRGICA Complexo Cirúrgico. Isolamento

Sala de procedimentos cirúrgicos.

Recuperação de cães e gatos após a cirurgia.

PET SHOP Banho e tosa/ Utilizado pelos frequentadores do abriSecagem Vendas

go e também os animis recolhidos e abrigados no complexo.

IMAGEM 40 - Croqui esquema Gatil. Fonte: Desenho feito pela autora.

Vendas de produtos como ração, remédios, coleiras para animais.

SERVIÇO Vestiários

Local destinado para funcionários do abrigo.

Sanitários

Sanitários Feminino, masculino e PNE que atenda visitantes e também funcionários.

D.M.L

Armazenamento de ração, manutenção e limpeza das baias.

Copa

Área interação e permanência para descanso dos funcionários.

IMAGEM 41 - Croqui esquema circulação entre canis. Fonte: Desenho feito pela autora.

RESÍDUOS Lixos

Local destinado para descarte de forma separada lixo comum e lixo hospitalar.

INTERAÇÃO Agility Animal Destinado para corrido e interação dos cães.

Coffe Break

Refeitório para visitantes e funcionários. IMAGEM 42 - Croqui esquema eixo de passagem entre blocos. Fonte: Desenho feito pela autora.

37


07

PROGRAMA MÍNIMO E TERRENO

ESQUEMATIZAÇÃO DO PROGRAMA

Canil

Área médica

Gatil

Área cirúrgica

Bem-vindos

Pet Shop

Educacional

Serviço

ADM

Resíduos

Quarentena

Interação

38


ORGANOGRAMA

SETOR ANIMAL Canil Coletivo

Canil Individual Gatil Coletivo Quarentena Pet Shop Banho e tosa Recepção Centro Cirúrgico RX E US Laboratório Isolamento cães e gatos Vacina

SETOR ADM

Sanitários Fem/Masc/PNE

SETOR SERIVÇO Copa/Refeitório

Diretoria

Descanso

Sala Reunião

D.M.L

Escritórios

Vestiários

Sanitários Fem/Masc/PNE

Resíduos Sanitários Fem/Masc/PNE SETOR INTERAÇÃO Agility Animal Coffe Break

08

FLUXOGRAMA E ORGANOGRAMA

Recepção

39


FLUXOGRAMA

Recepção

Coffe Break

Auditório

Sanitários

Escritório

Pet Shop

Sala reunião

D.M.L

Descanso Gatil

Canil

D.M.L

D.M.L

Diretoria

Sanitário

08

FLUXOGRAMA E ORGANOGRAMA

Agility Quarentena

Sanitários

Recepção

Coffe Break Consultório

RX E US

Laboratório

Vacina

Vestiário

Isolamento Descanso

C. cirúrgico

Resíduos

Copa

40


09

O ABRIGO: DESENVOLVIMENTO E EXECUÇÃO

41


IMPLANTAÇÃO

42


PLANTAS - Setor Adm/Canil/Gatil. 43


PLANTAS - Hospital Veterinรกrio 44


CORTES 45


ELEVAÇÕES 46


PLANTAS COTADAS 47


PLANTAS COTADAS

“

48



QUADRO DE ÁREAS

SETOR ADM Auditório

76m²

Coffe Break

38m²

Sanitários fem/masc/pne. 35m² Escritório 29m² Sala reunião 10m²

SETOR ANIMAL

Diretoria

11m²

Canil individual 12x Canil coletivo 24x

18m² 71m²

Pet Shop

53m²

Banho e tosa Descanso

12m² 20m²

Gatil 4x

50m²

Canil Quarentena 4x

18m²

D.M.L

6m²

Gatil Quarentena 4x

18m²

09

O ABRIGO: O DESENVOLVIMENTO E EXECUÇÃO

SETOR VETERINÁRIO Centro Cirúrgico 2x

27m²

Consultório 4x

15m²

Isolamento 2x

60m²

Vacinação

10m²

RX 2x

18m²

US

12m²

Laboratório

16m²

Sanitários fem/mas/pne

35m²

Coffe Break

52m²

Resíduos

15m²

Higienização Sala funcionários

18m² 25m²

Vestiário 2x

21m²

49


MEMORIAL DESCRITIVO

de variados portes e raças. Ambos recebem solário com gramado, piso com inclinação adequada e grelha line-

O centro está inserido dentro da malha con-

ar.

solidada da cidade de Ribeirão Preto, pos-

O piso externo (solário) é de cimento queimado com

suindo grande visibilidade e fácil acesso.

acabamento em verniz com areia de quartzo, para que

Os canis e gatis estão localizados de forma

o piso se torne antiderrapante.

em que o solário ficou posicionado no leste

Já na parte interna (baia) será utilizado piso de OSB

privilegiando o sol da manhã garantindo be-

(assim como no piso do gatil) e tablado higiênico.

nefícios a saúde dos animais.

As vedações dos canis possuem tratamento térmico e

As instalações dos canis e gatis se encontram

acústico, possuindo parede de alvenaria, lã de vidro e

distantes de forma visual e acústica um do

alvenaria.

outro.

Os telhados do bloco do canil e gatil são todos de estru-

Rasgos nos gatis garantem uma boa ilumina-

tura e telha metálica sanduiche, por conta da sua incli-

ção e ventilação natural. Foram dispostas 4

nação necessária e seu alto potencial termo acústico.

baias com suporte para 8 gatos em cada (separados por fêmeas e machos), com solário telado, garantindo contato com a natureza. O gatil recebe mobiliário interativo como prateleiras, brinquedos, escaladores e entre

outros. Além disso o ambiente contará com área higiênica, possuindo areia e inclinação de 5% com grelha linear, para melhor qualidade de vida ao animal mantendo a salubridade do ambiente. Os canis foram divididos em dois módulos,

prio D.M.L, para facilitar o trabalho dos funcionários em relação ao armazenamento de ração, manutenção e limpeza das baias. O Canil e Gatil de quarentena, possuem a mesma estrutura, contando com 4 módulos individuais, diferenciando o gatil que possui o solário telado para garantir a segurança do animal. Pensando na questão de fácil acesso, os blocos de quarentena foram colocados próximo ao hospital veterinário.

com 12 individuais e 24 coletivos (com suporte O partido da implantação do térreo deu-se através de para 4 cães por módulo), com área individu- um eixo principal que tivesse ligação com todos os setomedidas ideias das baias e solários para cães

os gatis e canis.

10

al. O desenho foi desenvolvido a partir das res, favorecendo e facilitando acesso e visibilidade para

MEMORIAL

sendo eles; individuais e coletivos. Contando

Em todos os módulos do Canil e gatil, possuem seu pró-

50


Esse eixo, será uma passagem coberta com para o entorno, quanto para toda a cidade de Ribeirão laje impermeabilizada e piso permeável Preto. Com Pet shop e banho e tosa que atenda tanto (assim como todos os “caminhos” do abri- os animais resgatados e colocados para adoção quango), possuindo pilares de sustentação. O setor Administrativo (com fachada para Av. Maurilio Biagi) e o setor Veterinário (com fachada para Av. Portugal) é estruturado em paredes externas de concreto e paredes internas em Drywall.

to para os visitantes. Ajudando na arrecadação de dinheiro para manter os animais do abrigo.

A abertura da via contribuiu ao projeto, criando uma rua de fácil acesso para o módulo do hospital veterinário (que se localiza na fachada da Av Portugal), assim como acesso de carros para o consultório de emergên-

A escolha do Drywall se deu devido a sua cia, carga e descarga e também um estacionamento leveza, facilidade de instalação e flexibilida- para visitantes e funcionários do abrigo. de para possíveis mudanças, além de possuir alto desempenho termo acústico.

Foi de extrema importância manter parte da massa ver-

de já existente no terreno, e o que foi necessário desma-

As paredes que envolvem o setor cirúrgico, tar, foi utilizado o trabalho de reflorestamento e paisapossuí alvenaria de 20 cm de acordo com o gismo, ajudando na barreira sonora e visual do centro Código de obras.

em relação ao entorno.

A laje dos blocos dos setores é impermeabilizada com pilares de sustentação. Os pilares possuem raio de 0.2, se encontram

nas extremidades, como as paredes são estruturais, não existe uma grande carga para segurar, permitindo que ele possua esse formato. As áreas externas, como gatil e em outros

10

MEMORIAL

locais possuem revestimento em madeira, em conjunto com a utilização da parede drywall. A clínica Veterinária possuí atendimento de emergência, para toda a população tanto

51


MEMORIAL JUSTIFICATIVO

Próximo ao hospital, para fácil acesso, estão os canis e

A proposta do abrigo é garantir e proporcio-

gatis de quarentena, para animais resgatados a pouco

nar um ambiente que transmita o bem-estar

tempo das ruas, que estão em tratamento.

animal e restabeleça a confiança e segu-

Em todo o complexo pode se encontrar mobiliários para

rança do mesmo.

descanso, posicionados de forma que atenda em dias

O partido principal do projeto foi a criação

de realização de feiras de adoção responsável.

de um eixo que tivesse ligação direta com

E por fim, o Agility Animal que são equipamentos desti-

os dois prédios (Administrativo e Veterinário)

nados para a interação e atividade animal que propor-

e que ao mesmo tempo, possuísse passa-

cione qualidade de vida para os animais, e ao mesmo

gem para o Canil e Gatil evidenciando os

tempo fortaleça a relação do animal com o homem.

animais, dando a ideia de uma vitrine. Para o programa foram desenvolvidos 3 se-

tores, sendo eles; Setor Administrativo, Setor Animal e Setor Veterinário. O Setor Administrativo está localizado na Avenida Maurilio Biagi, e conta com um pe-

IMAGEM 43 - Placas OSB, piso dos Gatis e baias dos Canis.

IMAGEM 44 Tablado Higiênico nos canis.

Fonte: Alibaba.com.

Fonte: Petz.com.

queno auditório para palestras, áreas privadas como escritórios e centro de adoção. O Pet Shop é o setor de geração de renda pa-

ra o abrigo (junto com o hospital veterinário). O Setor Animal, são os canis e gatis, local destinado aos animais que foram retirados da rua, já passaram pelo processo de trata-

IMAGEM 45 - Grelha Linear nos canis e gatis.

IMAGEM 46 canis.

Gradil nos

Fonte: Vidrolaser.

Fonte: Alfadimmi.

mento e que já estão disponíveis para a adoção.

24 horas por dia, promovendo proteção e em salas de consultórios, salas cirúrgicas, salas destinadas a exames e vacinação e etc.

Fonte: Vidrolaser.

IMAGEM 48 - Brises de madeira. Fonte: Casa Abril.

10

cuidado aos animais. Seu programa consiste

IMAGEM 47 - Revestimento de madeira no Gatil e outros detalhes do projeto.

MEMORIAL

O Setor Veterinário, possuí atendimento de

52


53

RENDERIZAÇÃO

11


54


55

RENDERIZAÇÃO

11


56


57

RENDERIZAÇÃO

11


58


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