A g r u p a m e n t o V e r t i c a l F e r n a n d o Ca s i m i r o P e r e i r a d a S i l va * r i o m a i o r
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• JORNAL ESCOLAR •
• Edição nº 4 - Ano 2 - Maio- 2013 •
Vicente Dias
Cursos Vocacionais
Entrevista ao Diretor do Agrupamento. “Uma vida dedicada ao desporto e ao ensino”.
Para responder às necessidades dos alunos do ensino básico, EBIFCPS prepara candidatura a oferta formativa
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CEF - Educação e Formação
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Abertura oficial do Centro Escolar Poeta Ruy Belo
Termina em Junho mais um Curso de Educação e Formação de “Assistente Familiar e de Apoio à Comunidade”.
Abertura oficial do novo Centro Escolar Poeta Ruy Belo em S. João da Ribeira.
Dois anos depois os alunos preparam-se para enfrentar novas etapas das suas vidas escolares e profissionais.
Qualidade, funcionalidade e conforto, são alguns atributos das novas instalações.
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Inovação e Gestão
Projetos de mobilidade transnacional Temas: “A Europa somos Nós!” e “We want to be a Real Green School” Visita à Polónia e 1º encontro entre parceiros de Portugal, Espanha, Grécia, Turquia e Irlanda, realizou-se em El Prat Llobregat- Escuela El Parc em Espanha. Página 4 e 9
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Teresa Calçada inaugurou a 3ª Biblioteca Escolar do Agrupamento
Integrada no Centro Escolar Poeta Ruy Belo, a nova Biblioteca Escolar foi inaugurada no dia 3 de dezembro de 2012. A Coordenadora Nacional da Rede de Bibliotecas Escolares do Ministério da Educação, Dr.ª Teresa Calçada presidiu à sessão de abertura. Página 17
PA R A B É N S
A Direção do Agrupamento Vertical Fernando Casimiro Pereira da Silva agradece a toda a comunidade escolar o trabalho desenvolvido ao longo do ano letivo, na promoção e valorização do novo projeto educativo, com o lema “Articular para o sucesso” e na melhoria das aprendizagens e dos resultados escolares dos nossos alunos.
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e ditorial
Quando em 2004 assumi funções de direção no Agrupamento de Escolas Fernando Casimiro Pereira da Silva, tinha como principais desafios a reorganização do projeto educativo e a liderança de uma equipa pedagógica capaz de dinamizar planos anuais de atividades criativos e fortalecer o clima organizacional das escolas que fazem parte deste agrupamento. Tem sido realmente uma experiência muito gratificante e julgo que os resultados esperados foram conseguidos porque é já hoje bem visível a melhoria dos resultados escolares e a qualidade dos processos pedagógicos, para os quais têm contribuído de forma empenhada todos os nossos professores, educadores, funcionários não docentes, encarregados de educação, Autarquias e Instituições parceiras. Por outro lado, temos tido a preocupação de manter uma interação e uma forte articulação entres as atuais 7 unidades educativas que constituem o Agrupamento. Não tem sido uma tarefa fácil, considerando a diversidade de níveis e de objetivos pedagógicos exigida por uma população escolar muito heterogénea constituída por 1.224 alunos, distribuídos pelo pré-escolar com 205, pelo 1º ciclo com 427, pelo 2º ciclo com 220, pelo 3º ciclo com 260, pelos CEF e PIEF
com 31 e pelos EFA (estabelecimentos prisionais de Alcoentre e Vale de Judeus) com 81 alunos. Acresce ainda o facto de 10 destes alunos estarem integrados nas Unidades de Ensino Estruturado para a Educação de Alunos com Perturbações do Espectro do Autismo do 1.º e 2.ºciclos). É neste contexto de diversidade que nos apresentamos como um Agrupamento incluso, solidário e empenhado na afirmação da filosofia dos eixos e prioridades do projeto educativo. Com base nos resultados da ação inspetiva da IGE sobre a avaliação externa realizada em 2012 registamos no domínio dos resultados a classificação de BOM, apresentamos uma taxa zero no abandono escolar e uma elevada satisfação por parte de alunos, encarregados de educação e profissionais pelo trabalho desenvolvido. Estes resultados não nos satisfazem e pretendemos continuar e evoluir na melhoria dos resultados e na melhoria das condições de trabalho. Não tenho dúvidas que a curto e médio prazo, a comunidade educativa do Agrupamento vai seguramente continuar a afirmar a sua dinâmica, promovendo novas iniciativas e envolvendo-se na promoção e valorização do nosso projeto educativo. Um bom exemplo está na qualidade da edição do nosso jornal escolar “O Ardina” que para além de dar voz a toda a comunidade escolar, pode e deve ser visto como um instrumento de divulgação das boas práticas pedagógicas que ao longo do ano letivo as diferentes estruturas pedagógicas fazem acontecer. Desafio por isso todos a empenharem-se ativamente na cooperação com a equipa responsável pela edição gráfica do jornal escolar e em todos os projetos e iniciativas que contribuam de forma positiva para uma escola orientada para o sucesso escolar e educativo dos nossos alunos. Vicente Dias Diretor do Agrupamento Abril, 2013
FILOSOFIA DO AGRUPAMENTO
«A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram; homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe.» Jean Piaget
ficha técnica
. Propriedade: PARTICIPAÇÃO ESPECIAL DOS ALUNOS DO CURSO Agrupamento Vertical Fernando Casimiro Pereira da Silva DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO: . Diretor: Prof. Vicente Dias . Coordenador da Edição: Prof. Humberto Novais e Prof. Paulo Almeida . Paginação e Fotocomposição: Prof. Humberto Novais . Revisão dos textos: Prof.ª Sandra Pratas e Sousa . Colaboradores: Alunos; Cursos CEF; Funcionários; Professores: Vicente Dias, Cidália Marques, Carmen Cruz, Nelson Cofinanciamento da Edição: Ferreira, Humberto Novais, Paulo Almeida, Mª José Figueiredo, Sandra Pratas, Catarina Lopes, Cremilde Ricardo, Helena Evangelista, Paula Lourenço, Sandra Pratas, José Costa, Paula Silva, Amélia Carreira, Fátima Almas, Anabela Brígida, Paula Valada, Lídia Matins, Teresa Correia, Isabel Machado . Impressão: RioGráfica - Tiragem: 500 exemplares NOTA DA DIREÇÃO: . Periodicidade: Anual . PLATAFORMAS DIGITAIS: MOODLE: http://ebifc-m.ccems.pt/ Os conteúdos dos artigos e notícias (fotos, imagens e texBLOGUE BE: http://be-avfcpsilva-riomaior.blogspot.com/ tos) publicadas na presente edição do Jornal “O Ardina” são SITE AGRUPAMENTO: http://www.eb123-fernando-casimiro.rcts.pt/ da inteira responsabilidade dos seus autores. SITE PROJETOS EUROPEUS: http://aeuropanaebifcps.webnode.pt/
A ssistente Familiar e de Apoio à Comunidade 2º Ano - 2011/2013
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destaque
Aquilo que se fez em Portugal em matéria de educação e formação profissional nas duas últimas décadas, contribuiu significativamente para reduzir o abandono escolar e para aumentar o nível de qualificações da população, especialmente dos jovens portugueses. Para esta realidade, foram determinantes os apoios disponibilizados pelos fundos comunitários e a reorganização da rede escolar ao nível da oferta e do ajustamento entre oferta e procura de qualificações, procurando corresponder por um lado às potencialidades socioeconómicas locais e regionais e, por outro, às exigentes expetativas do tecido empresarial. Realmente, o caminho da qualificação e formação profissional fez-se caminhando e quando hoje ouvimos rasgados elogios ao sistema por parte daqueles que no passado recente o criticavam e o desprezavam é caso para dizer que se o mesmo mudou mentalidades só pode ser porque se afirmou com sucesso. Contudo, novos desafios estão à porta e desde já com a afetação dos fundos comunitários do Quadro Estratégico Europeu 2014/2020 que, na vertente da formação do capital humano, se orienta para valorizar mais o contexto das aprendizagens e menos a área da certificação e validação de competências. Como é sabido, a Estratégia Europa 2020 aponta para a área da educação e formação, duas metas essenciais e desafiantes para o nosso sistema educativo. A primeira vai no sentido da redução da taxa de abandono escolar precoce (com idades entre os 18 e os 24 anos) para os 10% em 2020. A segunda meta aponta para que pelo menos 40% da população jovem (entre 30 e 34 anos) deva ter um grau ou diploma de ensino superior. Com uma taxa residual de analfabetismo de 5,23% e uma taxa de abandono escolar ainda elevada (23% em 2011), aponta-se como estratégia base para atingir as metas referidas na Estratégia Europa 2020, a introdução de melhoria no ajustamento entre oferta e procura de qualificações e o reforço do ensino dual realizado em contexto real de trabalho nas empresas. Uma das medidas pretende apostar no reforço do ensino básico vocacional, alargar esta medida ao ensino secundário e aumentar a oferta do ensino profissional secundário e pós-secundário.
Neste contexto, a criação do ensino básico vocacional por parte do MEC, para alunos a partir dos 13 anos, com progressão de estudos nas vias de ensino secundário vocacional ou profissional, assume assim uma nova oportunidade de valorização do ensino tecnológico e vocacional e o objetivo de reduzir a dispersão das ofertas atualmente existentes, permitindo ao mesmo tempo proceder à substituição dos CEF e PCA e ao reforço da articulação do sistema educativo com as empresas. Segundo a portaria nº292, “a introdução destes cursos visa igualmente desenvolver a escolarização básica, promovendo a participação nas atividades escolares, a assimilação de regras de trabalho de equipa, o espírito de iniciativa e o sentido de responsabilidade dos alunos, levando os jovens a adquirir conhecimentos e a desenvolver capacidades e práticas que facilitem futuramente a sua integração no mundo do trabalho. Estes cursos não devem ter uma duração fixa, devendo a sua duração ser adaptada ao perfil de conhecimentos do conjunto de alunos que se reúne em cada curso. A escola deve ter um grau elevado de autonomia para promover as especificidades dos públicos-alvo, desde que cumpridas as metas e perfis de saída”.
Humberto Novais
Prof. Educação Tecnológica
Coordenador de Subdepartamento ET 2º e 3º Ciclo
Espera-se que a oferta dos cursos vocacionais neste Agrupamento consiga por um lado articular as necessidades e expetativas dos alunos que optem por esta via e, por outro, as metas do projeto educativo e as caraterísticas socioeconómicas da região. Estes cursos têm como destinatários e de forma voluntária, os alunos com idades a partir dos 13 anos, sujeitos previamente a um processo de avaliação vocacional e que manifestem constrangimentos com os estudos do ensino regular, designadamente os que tiveram duas retenções no mesmo ciclo ou três retenções em ciclos diferentes, estando garantida a intercomunicabilidade entre vias de ensino e prosseguimento de estudos. Os planos de estudos dos cursos vocacionais têm uma matriz curricular organizada por módulos, (avaliados numa escala de 0 a 20 valores) e pelas componentes de formação geral, complementar e vocacional, sendo esta última constituída por três ofertas de atividades vocacionais e pelas respetivas práticas simuladas em parceria com grupos de empresas. A conclusão dos cursos com sucesso permite a atribuição aos alunos de certificação do 6.º ou 9.º ano de escolaridade e a possibilidade de prosseguimento de estudos no ensino regular, desde que tenham aproveitamento nas provas finais nacionais, no ensino vocacional do ciclo seguinte ou no ensino profissional. Atenta aos pressupostos enunciados, as estruturas pedagógicas do AGRUPAMENTO VERTICAL FERNANDO CASIMIRO PEREIRA DA SILVA – RIO MAIOR, têm já em curso um processo de abertura de ofertas formativas de Cursos Vocacionais que possam responder aos objetivos propostos e às expetativas dos alunos e famílias, dentro do leque de ofícios ou profissões elencados pelo MEC. O sucesso desta oferta ou deste percurso escolar alternativo, do meu ponto de vista, dependerá sempre da forma como for promovido, valorizado e reconhecido dentro e fora da escola. Motivação, integração e respeito pelos diferentes ritmos de arendizagem são a “chave”!
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PES&ES O Agrupamento Fernando Casimiro Pereira da Silva possui o Projeto de Educação para a Saúde e Educação Sexual (PES&ES), cujas temáticas de atuação envolvem a Promoção da Alimentação Saudável e da Atividade Física, a Prevenção do Consumo de Substâncias Psicoativas, a Prevenção da Violência em Meio Escolar e a Educação Sexual em Meio Escolar. Associado a este projeto da escola existe um espaço escolar, designado Gabinete de Informação e Apoio ao Aluno, (GIAA) que os alunos poderão visitar e receber esclarecimentos e/ou apoios sobre as temáticas inerentes ao projeto, na presença de um grupo de professores específicos, e também, de técnicos de saúde e de psicologia que trabalham em parceria com a escola. Todo este projeto é executado segundo uma legislação educacional específica e também de acordo com o Projeto Educativo do Agrupamento, onde alunos, professores e educadores procuram globalmente, desenvolver competências capazes de favorecer o equilíbrio e o bem-estar dos jovens e adolescentes no sentido de se implementarem hábitos de vida saudável. O Agrupamento Fernando Casimiro Pereira da Silva, ao desenvolver o seu Projeto de Educação para a Saúde & Educação Sexual (PES&ES), di-
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A Coordenação PES&ES; Prof.º Nelson Ferreira e Prof.ª Clara Cruz
Projeto Educação para a Saúde
namiza todo um conjunto de eventos e atividades que poderão ser observados, segundo as determinadas temáticas de atuação.o um conjunto de eventos e atividades que poderão ser observados, segundo as determinadas temáticas de atuação.
E U R O PA s o m o s N Ó S !
Este ano na EBI Fernando Casimiro Pereira da Silva fomos ainda mais Europa! Ao longo deste ano letivo continuámos a trabalhar no nosso projeto Comenius “Our Lives in the Limelight”, no âmbito do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida promovido em todos os países da União Europeia. Como sabem, estes trabalhos desenvolve-se ao longo de dois anos letivos e contempla temas e tópicos diferentes. Assim, este ano trabalhámos no sentido de dar a conhecer melhor a nossa cidade e a nossa região em aspectos relacionados com as transformações e desenvolvimento ao longo do tempo e todas as diferenças que podemos identificar na cidade de Rio Maior do nosso tempo e do tempo dos nossos pais e avós; foi fácil chegar à conclusão que está bastante diferente e que agora a nossa geração tem muito mais infra-estruturas e serviços de que pode usufruir. Como sempre, ao longo do desenvolvimento destas parcerias europeias, grupos de trabalho que representam a sua escola (integrando professores e alunos), deslocaram-se em visita às escolas parceiras e, este ano letivo não foi exceção: em Outubro estiverem na escola La Arboleda, em Lepe, Espanha, os alunos Diogo Chibante e Inês Ferreira (9ºC), Inês Martins, Bárbara Colaço, Beatriz Henriques e Mariana Nunes (8ºC) e os professores Paulo Almeida (em representação da Direcção da escola), Ana Isabel Vieira e Anabela Brígida. No mês de Abril foi o momento para nos deslocarmos à Polónia, à escola Gimnazjum im. Polskich Olimpijczyków, em Kraszewice, onde decorreu a reunião que finalizou esta parceria uma vez que era esta a escola coordenadora de todo o projeto. Nesta reunião estiveram presentes os alunos Tiago Pratas e Madalena Soveral (9ºC), Carolina Almeida (8ºA), Bernardo Santos, Francisco Clemente, Maria Barbosa (8ºC) e os professores José Costa, Sandrina Ribeiro, Ana isabel Vieira e Anabela Brígida. Todos são unânimes em reconhecer que o trabalho desenvolvido e/ ou apresentado nestes encontros e as visitas realizadas a todos en-
riqueceram a vários níveis pois conhecemos muito mais da cultura, da geografia, da História, dos sistemas educativos desses países e, muito importante, a línguas estrangeiras que aprendemos puderam ser postas em prática para uma efectiva comunicação. Estas constituem-se como as grandes metas na dinamização destes projetos!! Como coordenadora deste trabalho na nossa escola há já algum tempo é com muito orgulho que declaro: desafios superados!! Podes conhecer mais destas actividades e projectos no Facebook, em https://www.facebook.com/ourlives.limelight (perfil do projecto Comenius em que interagem em Inglês os alunos das escolas envolvidas), em https://www.facebook.com/europa.europe (perfil do Clube Europeu da nossa escola) e em http://ourlivesinthelimelight.weebly.com. O ano de 2013 é o Ano Europeu do Cidadão… e não podemos esquecer que A EUROPA SOMOS NÓS!
A Coordenação do Projeto Prof.ª Anabela Brigida
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CLUBES H o r t a Pe d a g ó g i c a . . . . . . . M a n u t e n ç ã o Um dos grandes objetivos é transmitir os valores da agricultura como fator de desenvolvimento sustentável e sensibilizar para a compostagem e gestão de resíduos, já que além da horta criamos compostores que nos permitem obter fertilizantes para o desenvolvimento das plantas hortícolas de forma natural. O clube da horta pedagógica é frequentado por diversos alunos do 2º e 3ºciclo, nomeadamente do projeto currículos alternativos. Estes alunos desenvolvem os trabalhos com a orientação presencial do professor e por vezes já com plena autonomia na atividade. Neste contexto os alunos têm vindo a desenvolver diversas atividades, que os colocam em contato com a natureza, utilizando ferramentas e técnicas próprias para o desenvolvimento da atividade. Inicialmente foi feito a limpeza do espaço, a preparação do terreno como a eliminação de ervas daninhas, construção de canteiros e diversas sementeiras nomeadamente de salsa, coentros, rabanetes, espinafres, cenouras, ervilhas, favas e tremoços.
Foi ainda feita a recuperação da estrutura da estufa, nomeadamente do seu telhado para a proteção das sementeiras de intempéries. Posteriormente foram plantadas diversas hortícolas tais como couves de diversas espécies, alfaces, brócolos, morangos e alhos. Prepararam-se as covas para a construção de um mini pomar de citrinos, transplantaram-se e adubaram-se outras já existentes para melhorar a sua produção. Foi feita ainda a poda de árvores e arbustos já existentes no espaço exterior e interior da horta. A colheita destes legumes é utilizada na confeção de pequenas refeições em colaboração com o curso PIEF e em pequenas vendas simbólicas que visam a autonomia do clube.
Este clube foi criado com dois grandes objetivos, um o de ajudar na recuperação e manutenção de espaços e equipamentos escolares, que, quer pelo seu uso ou fim de ciclo tenham necessidade de se recuperar. O outro o de desenvolver nos alunos o espirito da manutenção de modo a proporcionar-lhes os conhecimentos essenciais de materiais, ferramentas e técnicas no sentido lúdico ou profissional. O clube da manutenção é frequentado por diversos alunos do 2º e 3ºciclo, nomeadamente do projeto currículos alternativos. Estes alunos desenvolvem os trabalhos com a orientação presencial do professor e por vezes já com autonomia na atividade. Neste contexto os alunos têm vindo a desenvolver diversas tarefas, quer dentro da sala de oficina tecnológica, quer em contato com a natureza, utilizando ferramentas e técnicas próprias para o desenvolvimento da atividade.
Inicialmente foi feita a recuperação de ferramentas e utensílios para a horta pedagógica, através de técnicas de soldar, lixar e pintar. Posteriormente recuperou-se bancadas e tornos de bancada de modo a proporcionar condições para o trabalho individual e em grupo. Recuperaram-se jogos didáticos de outras áreas e desenvolveuse interdisciplinaridade com o clube da horta pedagógica. Foi feita a recuperação da estrutura da estufa, nomeadamente do seu telhado para a proteção das sementeiras de intempéries. Foram ainda realizadas a manutenção de espaços ajardinados assim como a pintura de equipamentos exteriores.
Prof. António Verdugo EV/ ET
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G I A E
Gestão Integrada para a Administração Escolar A Direção do Agrupamento implementou neste na letivo o sistema de gestão integrada (GIAE) através de cartões magnéticos que tornam os serviços mais eficazes em termos de informação, de venda e de gestão de stocks. O GIAE é um sistema informático que funciona através de uma rede, instalado nos postos de trabalho de prestação de serviços à comunidade. Apesar das funcionalidades previstas na aplicação Multiusos do sistema serem muito diversificadas, na EBIFCPS, a aplicação destina-se aos seguintes: serviços administrativos; portaria; papelaria; refeitório, bufete e reprografia. Todos os elementos da comunidade escolar deixarão de manusear diariamente dinheiro. Todas as compras ou transações efetuadas, far-se-ão através da utilização do cartão. O cartão permite aos encarregados de educação tomarem conhecimento sobre um conjunto de informações relativas aos seus educandos, tais como: as refeições efetuadas na escola; os produtos adquiridos no bufete, papelaria e reprografia; registos de assiduidade; avaliações. Permite ainda que o aluno não transporte consigo valores monetários, após efetuar o carregamento do cartão. As funcionalidades estão relacionadas com: • Controlo de acessos através de cartão de utilizador (alunos); • Pagamentos e acessos a vários serviços através de cartão multiusos; • Gestão integrada de stocks com recurso a leitura ótica; • Postos de venda (POS) para os vários serviços da escola (bufete, papelaria, reprografia, serviços administrativos, caixa, etc.); • Controlo interno de consumos e utilização de equipamento (reprografia, etc.); • Venda de senhas e controlo de acesso ao refeitório, incluindo a gestão de alunos subsidiados. A primeira via do cartão de utilizador será gratuita e os alunos do 9.º ano apenas terão cartões não personalizados (a devolver em julho). Ao cartão de utilizador temporário será afeta sempre uma caução de 2,00€ (dois euros) que será devolvida ao utilizador no ato da devolução do mesmo ou revertida para a aquisição de novo cartão. Cada utilização de cartão temporário terá o custo, a descontar na caução, de 0,50€. A requisição de 2.ª via ou mais vias do cartão terá um custo de 5,00€ (cinco euros) por cada via. Os carregamentos serão sempre efetuados na caixa, que funciona na Papelaria, e apenas serão permitidos carregamentos com valores múltiplos de 0,50€, sendo o carregamento mínimo de 1,00€. Os carregamentos apenas serão consumados com a entrega imediata do montante correspon-dente, em dinheiro. Após o carregamento, se o utilizador o solicitar, é impresso um talão comprovativo do valor carregado no cartão.
MODELO DO CARTÃO MAGNÉTICO
As refeições são compradas/requisitadas no quiosque ou no GIAE online (desde que exista crédito) e o GIAE permite fazer a compra de refeições para alunos, docentes e não docentes na regular utilização do sistema. No Buffet, papelaria e reprografia, os utilizadores do sistema devem fazer os pedidos de produtos diretamente nos serviços, fazendo uso do seu cartão e na papelaria.
Prof. PAULO ALMEIDA, Subdiretor do Agrupamento VFCPS
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Professor Bibliotecário desafios & perfil & competências
A razão de ser de qualquer biblioteca, independentemente da sua tipologia, é servir bem os seus utilizadores. Garantir este princípio básico é um desafio permanente para todos os profissionais que nelas exercem as suas funções, tanto mais que o conceito de bibliotecas tem vindo a evoluir, tal como os suportes de informação e a facilidade do acesso à informação. Por outro lado, temos assistido nas últimas décadas a mudanças significativas no modelo de biblioteca, estimuladas pela introdução das novas tecnologias de comunicação e informação, pela alteração dos processos de edição de publicações e pela influência direta que a Internet teve e tem no seu funcionamento, gestão e difusão da informação.
No contexto escolar, conscientes do impacto positivo no sucesso educativo dos alunos, as bibliotecas escolares têm vindo a ser mais valorizadas e integradas de forma mais evidente nos projetos educativos das escolas/ agrupamentos, assumindo por essa via, um papel determinante, especialmente no livre acesso à informação, no apoio ao desenvolvimento curricular, na melhoria da qualidade das aprendizagens e, consequentemente, na qualidade dos resultados escolares. Em pleno Séc. XXI assistimos a um novo paradigma na história da evolução das bibliotecas e das publicações impressas e não impressas. Com efeito, por via das novas tecnologias que permitem a transferência de informação e a conversão de objetos físicos em objetos virtuais, os utilizadores são hoje confrontados com novos serviços proporcionados pelas bibliotecas digitais uma vez que estas oferecem o acesso a recursos de informação a partir de qualquer computador com acesso à Internet. Perante esta realidade, visível e sentida na ação das bibliotecas escolares, a gestão do seu funcionamento apresenta novas exigências relativamente aos processos de trabalho, no tratamento documental, na gestão e difusão da informação, no apoio
ao currículo e ainda no que diz respeito ao referencial de competências dos professores bibliotecários e das respetivas equipas de coordenação. Agora, o processo de designação de docentes para a biblioteca escolar, como mera estratégia de completar horário, sem acautelar o seu perfil de competências, fica comprometido e totalmente descontextualizado com as práticas e os novos desafios que se colocam nos serviços prestados por estas estruturas à comunidade escolar. O professor bibliotecário deixou de ser apenas o responsável pela gestão da coleção de livros e passou também a assumir o papel de formador dos utilizadores e de organizador e facilitador do acesso à informação e tem de assumir um perfil de competências transversais, capaz de responder às necessidades dos utilizadores ao nível da utilização das tecnologias, bem como ao nível do desenvolvimento da literacia da leitura, da literacia dos média e da literacia da informação.
Segundo o Manifesto da Biblioteca Escolar, “os bibliotecários escolares devem possuir competências para planear e ensinar diferentes técnicas no tratamento da informação tanto a professores como a alunos”. Ainda segundo o referido Manifesto, “a equipa da biblioteca escolar apoia a utilização de livros e outras fontes de informação, desde obras de ficção a obras de referência, impressas ou eletrónicas, presenciais ou remotas. Estes recursos complementam e enriquecem os manuais escolares e os materiais e metodologias de ensino”. Estes princípios, associados ao reconhecimento crescente da importância do papel dos professores bibliotecários no apoio ao currículo e no desenvolvimento das literacias, fundamentam as orientações que têm sido divulgados em vários estudos internacionais e em normativos reguladores da classificação do perfil de competências considerado adequado e estruturante para o exercício competente e eficaz das respetivas funções. Em Portugal, com o programa da RBE (Rede de Bibliotecas Escolares), o gabinete que coordena o respetivo programa (GRBE) tem vindo a dar às escolas um
importante apoio técnico e um leque variado de orientações no campo da gestão, avaliação e funcionamento das bibliotecas escolares. Com a intervenção deste gabinete, coordenado pela Drª Teresa Calçada foi possível a implementação de um modelo de avaliação das bibliotecas escolar (MABE) e também proceder ao enquadramento legal e valorização das funções do professor bibliotecário em Portugal, conseguido através da publicação da Portaria Nº756/2009 de 14 de Julho. Observando com objetividade cada um dos conteúdos funcionais previstos na referida portaria, conclui-se que as competências profissionais e o perfil pessoal exigido ao professor bibliotecário para atingir tais objetivos na gestão funcional e pedagógica da biblioteca, são necessariamente abrangentes, multidisciplinares e muito exigentes ao nível da sua permanente atualização. Considero por isso que as competências profissionais do professor bibliotecário, necessárias para o cumprimento eficaz da sua missão, justificam uma adequada preparação académica ao nível dos conhecimentos em Ciências Documentais, em Coordenação Pedagógica e em Tecnologias de Informação e Comunicação, condições essenciais também para a sua valorização e reconhecimento junto da comunidade educativa. Esta transversalidade de competências exige também da parte dos professores bibliotecários, competências básicas ao nível da gestão de recursos, de avaliação, de liderança, de gestão de conflitos, de marketing, de realização de projetos e de articulação curricular. Por outro lado e não menos importante, também o perfil pessoal do professor bibliotecário deverá assumir uma dimensão transversal e que do meu ponto de vista deve corresponder a níveis elevados de motivação, de tolerância, de flexibilidade, de disponibilidade, de sentido de responsabilidade, de criatividade, de abertura à inovação e de apetência pelo trabalho em equipa. Se considerarmos que a principal missão das bibliotecas escolares é a de apoiar com eficácia o desenvolvimento curricular, o professor bibliotecário deve ter igualmente um conhecimento profundo do projeto educativo e do projeto curricular da escola de forma a poder garantir o envolvimento da biblioteca escolar nas estratégias de articulação vertical e horizontal do currículo, bem como cooperar ativamente no desenvolvimento do plano de melhorias da escola, cujo objetivo deve estar focalizado na melhoria das aprendizagens, dos resultados escolares e do sucesso dos alunos. Humberto A. Novais Prof. Bibliotecário Coordenador das BE´s do AVFCPS
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Inauguração do Centro Escolar Poeta Ruy Belo
Foi inaugurado, no dia 9 de setembro, o novo Centro Escolar Poeta Ruy Belo na vila de S. João da Ribeira. Este novo centro que fica afeto ao Agrupamento de Escolas Fernando Casimiro Pereira da Siva, recebeu cerca de 250 crianças do pré-escolar e 1.º ciclo das freguesias de S. João da Ribeira, Ribeira de São João, Malaqueijo, Marmeleira, Assentiz, Arrouquelas e Azambujeira. Estiveram presentes alguns convidados e populares que tiveram a oportunidade de assistir à declamação de um poema de Ruy Belo pelo riomaiorense Samuel Martins Pinheiro. O Prof. Vicente Dias, diretor do Agrupamento de Escolas Fernando Casimiro, citou Ruy Belo no seu discurso congratulando-se com a qualidade do equipamento e dando os parabéns a todos os que estiveram envolvidos na sua construção. A Presidente da Câmara, Isaura Morais, agradeceu a todos os funcionários da autarquia e do agrupamento Fernando Casimiro o contributo dado para que este moderno centro escolar seja uma realidade. Apelou às comunidades das localidades onde as escolas foram encerradas, a aproveitarem esses espaços para bem da comunidade. Após o descerrar da placa comemorativa alusiva à inauguração, deu-se início a uma visita de todos os presentes a este moderno centro escolar, dotado de refeitório, espaço amplo de recreio para o pré-escolar e 1.º ciclo, campo de jogos, biblioteca, 5 salas para o pré-escolar e 8 para o 1.º ciclo, que terminou com a atuação do Rancho Folclórico de S. João da Ribeira. Profª Lídia Martins
Visita do Senhor Ministro da Educação
O Sr. Ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, visitou no dia 19 de setembro, o novo Centro Escolar Poeta Ruy Belo, em São João da Ribeira. Recebeu Nuno Crato, a presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, Isaura Morais, no edifício escolar e acompanhou-o numa visita às instalações, guiados pelo diretor do Agrupamento Vertical Fernando Casimiro Pereira da Silva, Vicente Dias, e pela coordenadora do Centro Escolar, Cidália Marques.
Percorreram todos os espaços do Centro Escolar em que as crianças do pré-escolar e 1.º ciclo se encontravam em atividades nas salas de aula. Na Biblioteca, a presidente da Câmara Municipal elogiou este equipamento que serve grande parte das freguesias do concelho de Rio Maior. Referiu que é o Município a assegurar os transportes e as refeições das crianças deste Centro. Nuno Crato afirmou que este equipamento tem “melhores condições de ensino” do que tinham as escolas que foram encerradas. O Ministro agradeceu a todos o “excelente trabalho que estão a fazer no início deste ano letivo”. No final da visita, Nuno Crato reuniu com os professores da escola, com autarcas e responsáveis regionais da Educação, para tratar de assuntos como a preparação para a prova final do quarto ano de escolaridade e as novas metas de aprendizagem. “Saio daqui mais feliz por ver uma escola tão bonita, com professores entusiasmados e competentes”, concluiu o governante. Acompanharam também esta visita, entre outros, o vice-presidente da Câmara Municipal, Carlos Frazão, a vereadora da Educação, Sara Fragoso, e alguns presidentes de Juntas de Freguesia. Profª Lídia Martins
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Projeto Comenius Pré-scolar & 1º Ciclo
Estabeleceu-se um dia por semana para as crianças trazerem uma peça de fruta para o lanche na escola. Esta atividade contou com o envolvimento dos pais, alargando às famílias a sensibilização ao consumo de fruta em vez de outros alimentos pouco saudáveis. Esta parceria com outros países permite conhecer realidades educativas distintas da nossa, é uma mais valia para todos os docentes porque proporciona a partilha de opiniões e experiências, abrindo horizontes ao conhecimento. Os grupos de crianças têm oportunidade de conhecer os países que estão a trabalhar no mesmo projeto, pelas fotografias, vídeos, filmes, mapas, bandeiras, línguas, músicas, etc. Neste primeiro encontro ficaram agendadas as visitas à Irlanda, em Março e a Portugal em Junho. Para ficar a conhecer mais sobre o projeto procure em: https://www.youtube.com/ watch?feature=player_ embedded&v=CLyBMYSbTBM
Mr. Grass
A Primeira reunião de trabalho do projeto “We want to be a Real Green School” entre Portugal, Espanha, Grécia, Turquia e Irlanda, realizou-se nos dias 7, 8 e 9 de Novembro, em El Prat Llobregat- Escuela El Parc em Espanha. Nesta sessão de trabalho, participaram além da Coordenadora do projeto, duas educadoras e uma professora do 1º ciclo, do Agrupamento Fernando Casimiro. Fomos recebidos na escola Del Parc onde se apresentaram as escolas dos países que estão a trabalhar no projeto. As colegas da Escola Del Parc apresentaram Mr. Grass, a mascote do projeto. Foram propostas e aprovadas as atividades a desenvolver em todos os países na primeira fase do projeto Uma vez que todas as escolas envolvidas pretendem ser verdadeiras escolas ecológicas, as atividades escolhidas foram no sentido de promover a reutilização de materiais, na elaboração de decorações de Natal, máscaras de carnaval e disfarces, ou outras produções ao nível da educação artística. Foi também escolhida uma atividade ao nível da alimentação saudável.
ProfªTeresa Correia S.J.Ribeira
“ We Want to be A REAL GREEN SCHOOL”
2013 - Ano Internacional da Matemática do Planeta Terra (MPT2013) Em Portugal a abertura oficial do ano MPT2013 decorreu no dia 5 de março no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa. Com o intuito de divulgar o papel essencial das ciências matemáticas para enfrentar os desafios do planeta Terra, as mediadoras dos cursos EFA (Educação e Formação de Adultos) dedicaram o dia 28 de fevereiro à Matemática.
As formadoras dos cursos EFA do estabelecimento Prisional de Alcoentre, empenharam-se em desenvolver atividades que visam mostrar como a Matemática está relacionada com questões do quotidiano e tornar esta disciplina mais apelativa. Para dinamizar este dia prepararam-se as salas com jogos e solicitá-
mos a colaboração do professor e mestre Paulo Almeida. No início da formação os formandos mostraram-se um pouco receosos perante as propostas do mestre Paulo Almeida, mas pouco depois a participação disparou. As estratégias usadas criaram um bom ambiente, uma boa intervenção dos participantes e proporcionaram outras formas de raciocínio. No Natal utilizámos também os conhecimentos matemáticos para a construção da árvore de natal. Muito obrigada ao mestre Paulo Almeida pela sua disponibilidade e contributo.
ProfªIsabel Machado Mediadora
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P.A.A.-2012.2013
O Plano Anual de Atividades do Agrupamento assume-se como o documento delineador do trabalho da comunidade escolar ao longo do ano, que apresenta as atividades a desenvolver por todos os Departamentos Curriculares, Subdepartamentos, Serviço de Psicologia e Orientação, Projetos e Clubes existentes e restantes estruturas. A sua organização estrutura-se no final de cada ano letivo, ouvidos os Departamentos Curriculares e os Conselhos de Docentes. O Conselho Pedagógico faz a avaliação das atividades desse ano e elabora uma proposta de atividades a desenvolver no ano letivo seguinte, de acordo com os eixos enunciados no Projeto Educativo do Agrupamento (PEA). Este documento é um instrumento de gestão que articula e potencia a realização de atividades destinadas aos diferentes graus de ensino, em estreita articulação com o PEA e com o currículo nacional. Os eixos definidos no PEA que devem enquadrar a elaboração do plano são os seguintes:
O plano anual de atividades deve ser constituído por todas as atividades que permitam, em contextos diversos, alcançar as metas definidas no PEA, dando especial relevo à melhoria do sucesso educativo, entendido na plenitude do conceito. Deste conjunto de propostas, devem fazer parte todas as atividades realizadas no agrupamento com o referido propósito, excluindo-se aquelas, que à luz do atrás mencionado, incorporem o desenvolvimento normal do currículo, em contexto de sala de aula, e, por isso mesmo, se restringem ao seio de um grupo turma. Essas atividades devem fazer parte do plano de trabalho da turma. A realização das atividades é da inteira responsabilidade dos seus promotores, sendo que à data da realização das mesmas devem ser ponderados todos os aspetos, logísticos e outros, que poderão condicionar a sua concretização.
Cabe à equipa do PAA articular e dar consistência ao processo de tomada de decisão e à direção a aprovação final de cada atividade, assim como dos respetivos encargos e fontes de financiamento. É um documento “aberto” pois, ao longo do ano, podem nele ser inscritas atividades não previstas e cuja realização seja considerada de interesse para o desenvolvimento do PEA e dos Planos de Turma, pela sua atualidade ou oportunidade, desde que aprovadas pelo Conselho Pedagógico e autorizadas pelo Diretor. A avaliação de cada atividade é efetuada de forma sistemática, no final da sua concretização, através do “Gestor de Atividades e Recursos Educativo” (GARE), pelos docentes responsáveis e/ou pelos intervenientes/participantes.
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P.A.A.-2012.2013 De acordo com a informação recolhida na referida plataforma, os aspetos mais significativos para a melhor caraterização e avaliação dos contributos das estruturas pedagógicas, para a dinamização do P.A.A. e do Projeto Educativo das escolas deste Agrupamento, apresentam o enquadramento expresso nos seguintes gráficos:
Prof. José Costa Coordenador do PAA
PROJETOS DE PROMOÇÃO DA LITERACIA Histórias Vivas na BE
No âmbito deste projeto, foram dinamizadas sessões de leitura pelos alunos, na Biblioteca Escolar, a partir de textos e obras exploradas nas aulas de Português. As atividades realizaram-se em articulação com o Clube da Criatividade e foram as seguintes: - Comemoração do Halloween – as turmas do 5ºA, 5ºC e 8ºE participaram numa sessão de leitura baseada no livro – “Desculpa… Por acaso és uma bruxa?”, de Emily Horn e Pawel Pawlak;
com base em obras/ textos estudados que consistiram numa encenação de episódios da obra – “Ulisses”, teatro de fantoches sobre o poema “A Nau Mentireta” e leitura expressiva de poemas. Agradecemos aos alunos que dinamizaram as sessões a sua disponibilidade, empenho e sobretudo por terem proporcionado ao público assistente (alunos de diversas turmas e professores) momentos mágicos, na companhia dos livros.
Encontro com a Escritora Vanda Marques
Prof.ª Paula Lourenço Subdepartamento POR.
- Encerramento do 1º Período / Festa de Natal – sessões de leitura sobre contos de Natal e os livros – “O Gigante egoísta” e “Leónia devora livros”. Estas sessões destinaram-se aos alunos do 2º ciclo e foram dinamizadas pelas turmas do 5ºA, 5ºC, 6ºA, 6ºC e 6ºD; - Semana da Leitura – sessões de leitura baseadas na obra – “Ulisses”, de Maria Alberta Menéres e no poema – “A Nau Mentireta”, de Luísa Ducla Soares e Manuela Bacelar. As turmas do 5ºA e do 7ºE deram vida aos textos estudados através de dramatizações e de teatro de fantoches; - Semana Cultural – no dia 15 de março, na Biblioteca, as turmas do 5ºB, 6ºE e 7ºE dinamizaram atividades de animação da leitura,
No dia 6 de dezembro de 2012, a professora e escritora Vanda Furtado Marques esteve na nossa escola para apresentar o seu livro – “O monge detetive na Abadia de Alcobaça”. No encontro que decorreu na Biblioteca estiveram presentes as turmas do 5ºD e do 6ºA. A escritora despertou a curiosidade dos alunos sobre esta obra que é passada no mosteiro de Alcobaça e deu-lhes uma verdadeira aula de História de Portugal. Durante o encontro houve um momento destinado às questões, que foram inúmeras e, no final, um espaço para os autógrafos.
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Vi s i t a E s t u d o
“uma aventura:Lisboa” No passado dia 26 de fevereiro, as turmas do 5.º ano da nossa Escola (EBIFCPS) fizeram uma visita de estudo a Lisboa, organizada pelos professores de Português e de Ciências Naturais. A partida de Rio Maior aconteceu por volta das 8h30 com destino ao Parque das Nações, onde os alunos assistiram à peça de teatro “Uma aventura de Ulisses”, no auditório Pedro Arrupe. Depois de bem instalados e com a sala repleta de alunos de várias escolas, deu-se início ao espetáculo. A peça de teatro, com encenação de António Feio, foi representada por um elenco de 8 atores que retratou as aventuras de Ulisses com muito sentido de humor e com algum modernismo, enfim de forma muito original. “A aventura de Ulisses” foi posta em cena a partir de uma adaptação da obra “Odisseia” de Homero (poeta grego, séc. VIII a. C.) e procurou respeitar os episódios principais da história de Ulisses, tornando-o mais acessível ao jovem público através de uma linguagem atual e recorrendo ainda a vários meios técnicos.
ceita tradicional de 1837, na famosa Antiga Confeitaria de Belém. Pelas 14h30, chegou a vez de todos visitarem o Aquário Vasco da Gama, conforme planeado no roteiro da visita. Para conhecerem melhor este espaço, aqui vai um pouco da sua “história”. O Aquário Vasco da Gama foi inaugurado a 20 de maio de 1898. Foi um dos primeiros aquários no mundo que tem vindo a desempenhar um papel muito importante na divulgação da Vida Aquática. O Rei D. Carlos I (rei de Portugal entre 1889 e 1908) foi o principal responsável pela construção do Aquário Vasco da Gama, devido ao seu forte interesse e fascínio pela fauna marítima. Ao longo de vários anos, este Rei foi reunindo uma coleção zoológica de grande valor histórico e científico que inclui animais conservados em meio líquido e instrumentos oceanográficos utilizados durante as suas campanhas. A sua coleção foi doada ao Aquário Vasco da Gama e pode ser apreciada pelo público em geral. O museu, para além da coleção do Rei D. Carlos I, possui a sua própria coleção, que tem vindo a ser permanentemente aumentada e enriquecida em espécies (peixes marinhos da fauna indígena e tropical, aves e mamíferos marinhos).
O espetáculo iniciou-se com uma introdução em vídeo sobre os deuses da mitologia clássica e as principais personagens envolvidas na Aventura. Para os leitores do Ardina que não conhecem a história de Ulisses, aqui fica o resumo da peça de teatro, tal e qual como se pode encontrar na página oficial da Cultural Kids (autores deste projeto). “Terminada a guerra de Tróia, os Deuses reúnem-se para decidir o destino de Ulisses. Enquanto uns defendem o seu rápido regresso a casa, na ilha de Ítaca, outros preferem voltar a pô-lo à prova, lançando-lhe novos desafios. Zeus acaba por concordar em transformar a viagem de regresso numa espécie de jogo de computador, programado em função dos caprichos dos Deuses. Os episódios da “Odisseia” surgem assim como etapas ou níveis desse jogo, cabendo a Ulisses contornar os obstáculos que o afastam do seu grande objetivo: reencontrar a mulher Penélope e o filho Telémaco. Antes de chegar ao último nível do jogo, Ulisses terá de enfrentar a fúria das tempestades e a força dos Ciclopes, terá de resistir aos feitiços de Circe, ao canto das Sereias e à sedução da ninfa Calipso. Entre o mar e a terra firme, o gosto pela aventura e a vontade de voltar para casa, Ulisses vai debater-se, não apenas com os Deuses, mas também consigo próprio. O Game Over não corresponderá, necessariamente, ao fim das suas aventuras.” Depois deste espetáculo tão divertido e chegada a hora do almoço, os autocarros dirigiram-se para os jardins de Belém, junto ao Mosteiro dos Jerónimos, onde todos puderam “dar ao dente”.
Durante a sua permanência no Museu, os alunos do 5.º ano puderam visitar várias exposições, percorrendo várias salas temáticas: “Sala dos Invertebrados Marinhos”; “Sala dos Peixes”; “Sala dos Seláceos (tubarões); “Sala de Malacologia” (moluscos); “Sala das Aves” e “Sala dos mamíferos Marinhos”. Numa das alas do Museu, os alunos foram também surpreendidos com dois “touch- tank”. Nestes tanques, é permitido aos visitantes explorar e tocar nos animais expostos sem, no entanto, os retirar da água.
Numa das zonas centrais do Aquário, os olhares curiosos foram ainda despertados pela existência de três tartarugas de grandes dimensões que conviviam pacificamente num tanque de pedra. Mas o ponto alto da visita prendeu-se com a presença de duas otárias da África do Sul, o “Vitinho” e a “Olívia”, que todos puderam apreciar nas suas brincadeiras e, principalmente, na hora do seu delicioso “lanche”. Reunidos à volta do tanque, foi com enorme expetativa e curiosidade que todos assistiram ao momento em que o tratador destes mamíferos os foi alimentar, lançando-lhes pequenos peixes que rápida e agilmente as otárias apanhavam. E assim chegou a hora de regressar a Rio Maior, depois de tantas emoções. “Foi um dia bem passado… em cheio… muito fixe… brutal…“ diziam uns e outros. Os alunos da turma do 5.º B Prof.ª Helena Evangelista
A seguir a este bom repasto, alguns alunos puderam ainda provar os famosos “pastéis de Belém” confecionados segundo uma re-
Sites consultados: http://www.culturalkids.com.pt/zona6.htm http://www.oceanario.pt/cms/1305/
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Subdepartamento de História e Geografia *atividades extracurriculares* “ O Mundo nas Tuas Mãos “
“Museu da Cidade - Lisboa“
No âmbito da disciplina de História e Geografia de Portugal – 5º Ano, os alunos participaram mais uma vez, de forma divertida e criativa na construção de Globos Terrestres. Pretendeu-se com esta atividade alcançar quatro objetivos significativos: 1º- Sensibilizar os alunos para a beleza deslumbrante do Planeta em que vivemos; 2º- Estimular a família a participar na construção de uma peça a 3D que ajude os alunos a representar o Planeta Terra de acordo com os “seus olhos”; 3º- Levar os alunos a aprender e/ou a identificar os diferentes tipos de Relevo, Clima, os Continentes e Oceanos; 4º- Alertar para os problemas ambientais. Fica deste modo aqui registado, a reconhecida homenagem a todos os alunos das diferentes turmas do 5º ano que deixaram os seus professores orgulhosos e mais uma vez profundamente sensibilizados, com a quantidade e qualidade dos trabalhos apresentados. Os nossos sinceros Parabéns! Assim vale a pena!
No âmbito da disciplina de História e Geografia de Portugal – 6º Ano, os alunos, participaram numa visista de estudo ao Museu da Cidade de Lisboa. Este museu permite descobrir a História e as histórias de Lisboa e dos seus habitantes. Com esta visita de estudo os nossos alunos fizeram um percurso cronológico da evolução da cidade, desde a ocupação do território na pré-história até aos inícios do séc.XX. Nesta visita guiada por técnicos do museu, deu-se particular atenção à maqueta da cidade nas vésperas do Terramoto de 1755, às inúmeras representações desta catástrofe e aos planos de edificação da Baixa Pombalina, além das obras incontornáveis de pintura histórica. O registo de um louvor aos alunos pelo seu excelente comportamento quer durante a viagem quer durante a visita ao interior do museu e os nossos agradecimentos aos técnicos do Museu da Cidade de Lisboa pela atenção prestada à nossa escola. Também um agradecimento aos simpáticos Pavões que apareceram na hora do almoço contribuindo para alegrar e enfeitar o ambiente.
Os Prof. de História e Geografia de Portugal 5º e 6º Ano
Iª Jornadas de Educação Decorreu na Biblioteca da nossa escola, no dia 21 de Março, as I Jornadas de Educação do nosso Agrupamento. Acreditamos que existem na nossa comunidade escolar as ferramentas, know-how, experiência e competências para melhor gerir a prática pedagógica. Existe vontade de aprender, partilhar e crescer! Faltava, talvez, o momento de encontro e de conjugação de vontades. Foi portanto, com ânimo e uma plateia cheia, que assistimos às intervenções da Ilda Figueiredo, coordenadora do Jardim de Infância “O Ninho”, que salientou a importância do ensino pré-escolar no percurso de aprendizagem da criança, no estabelecimento de regras de comportamento, bem como a comunicação com os pais. A professora de 1º ciclo, Margarida Ferreira, do Centro Escolar nº 2, dizia-nos que a confiança e afetividade caminham de mãos dadas, são a base de qualquer trabalho em sala de aula. Destas decorre o respeito pelas regras estabelecidas, respeito pelo aluno e respeito pelo professor. O Fernando Moro, técnico de da Medida PIEF em Torres Vedras realizou a sua apresentação centrando-se na compreensão da indisciplina, das suas causas, dos fatores que podem despoletá-la e das possíveis estratégias para controlá-la. Referiu ainda que para se poder atuar sobre a indisciplina não se pode considerar apenas o aluno, há que ter em conta o ambiente onde se encontra inserido, ou seja, a sua família e a sua comunidade. Luís Santos, professor e coordenador de cursos profissionais na Escola Profissional de Rio Maior partilhou com os presentes a sua regra de ouro “o cumprimento de horários e o estabelecimento de regras”. Contava-nos que nas reuniões de encarregados de educação esclarecia abertamente que iria tratar aqueles alunos como seus próprios filhos, acredita que seja esta atitude na qual reside o seu sucesso. Paulo Almeida, subdirector da Direção do Agrupamento e professor de Matemático começou por convidarnos à reflexão “O que é a indisciplina?”, “Será que uma mesma atitude é considerada indisciplina por todos os professores?”. Existe uma zona cinzenta na qual as respostas a estas questões divergem de professor para professor. Este entendimento deve ser negociada com os alunos, de forma a que estes
compreendam o que é permitido e o que não é permitido por aquele professor. A encerrar as intervenções, Manuela Dâmaso, professora de Português da Escola Secundária referia que a palavra-chave da profissão de professor é o afeto, sendo a base de qualquer relação entre professor e aluno. Partilhou connosco algumas das estratégias que utiliza em sala de aula, uma delas esclarecer com os alunos que “Não aceito qualquer tipo de falta de respeito, a não ser em resposta à minha falta de respeito, se eu faltar ao respeito para com algum de vós [alunos] aí sim, têm o direito de faltar ao respeito para comigo”. Alertou ainda para a importância de o professor saber pedir desculpa quando erra e que “Os alunos sentem quando estamos ali para fazer deles boas pessoas”, assim é compreensível que se repreenda quando é necessário e se elogie quando algo é bem feito. A Professora Ana Braga moderou os dois painéis e o debate que se seguiu. Por fim, o balanço foi bastante positivo. Houve espaço para francas gargalhadas, partilha de pontos de vista e opiniões, relatos que nos deixaram a todos as emoções à flor da pele! A cumplicidade e paixão pelo trabalho desenvolvido esteve patente ao longo de toda a manhã. Houve espaço para aprender um pouco mais, gostar um pouco mais, acreditar e olhar, talvez, para estes alunos à nossa responsabilidade, mesmo os mais reguilas, com outra forma de ver. Catarina Lopes Psicóloga
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CENTRO ESCOLAR Nº2 A população docente e não docente do CE2 esforça-se diariamente para dar o melhor cumprimento possível ao plano de trabalho traçado no documento Projeto Educativo. As respostas educativas que cada docente, individualmente e/ou colectivamente, encontra para atingir o sucesso educativo dos alunos reflete o empenho, o mérito, o esforço, que todos dedicam em cada ato educativo. Nos três eixos educativos apontados como fundamentais:
cola Secundária e da Escola Superior de Desporto, de cursos PIEF e CEF do Agrupamento Fernando Casimiro. O envolvimento nestas atividades e o dia-a-dia na escola refletem a preocupação de todos em articular para o sucesso de cada criança.
- Qualidade Educativa; - Cidadania; - Integração, qualidade e equidade de oportunidades; revemos toda a nossa dinâmica. Contudo, o ingrediente essencial para que estes eixos se articulem, será o “clima de escola”, que é vivenciado nesta instituição. O espírito de equipa e respeito mútuo que é partilhado com docentes, assistentes, alunos/crianças, pais, encarregados de educação e comunidade em geral. Para articular é preciso: conhecer; partilhar; vivenciar; ambicionar; criar; conjugar; comunicar; respeitar; responsabilizar… Neste sentido foram desenvolvidas algumas atividades ao longo do ano lectivo 2012/2013 que contaram com a participação de várias entidades da comunidade educativa: - Tivemos a Protecção Civil a fazer Ações de Sensibilização a alunos e adultos, sobre normas de segurança e uso de extintores. - As enfermeiras do Centro de Saúde deslocaram-se ao Centro Escolar para falar sobre alimentação saudável. - Contámos com a colaboração de encarregados de educação em diversas atividades como a decoração temática do espaço escolar, a participação no projeto “We want to be a Green School”, entre outros. - Participámos em atividades em parceria com a Câmara Municipal, a Junta de freguesia e a Associação de Pais. -Recebemos grupos de estagiários e alunos em formação da Es-
Educadora Maria José Figueiredo Coordenadora do CE Nº2
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Entrevista:Vicente Dias “dedicação e liderança”
Para a 4.ª edição do nosso Jornal Escolar, o Dr. Vicente Dias, Diretor do Agrupamento Vertical Fernando Casimiro Pereira da Silva desde 2009 e Presidente do Conselho Executivo desde 2004, concedeu-nos o privilégio de uma entrevista que constitui também um testemunho de uma mente brilhante e de uma personalidade sólida e vertical. Pela própria natureza coordenadora da sua função, o Diretor ocupa um lugar especialmente importante e imprescindível. Tendo como farol a execução do Projeto Educativo e guardando em mente o objetivo maior da melhoria das condições do processo de ensino-aprendizagem, muitas são as responsabilidades e solicitações de quem tem de assegurar a gestão dos recursos humanos e financeiros, do espaço físico, e sobretudo de gerir as relações interpessoais entre docentes, funcionários, alunos e famílias, e tudo isto num quadro de constante alteração das políticas educativas. Apesar de desempenhar o mais relevante papel do ponto de vista da estratégia e da política educacional de um sistema de ensino, Vicente Dias consubstancia uma liderança agregadora da direção ao perspetivar a sua atuação como parte de uma gestão coletiva na busca das soluções para os problemas quotidianos não previstos nos documentos orientadores e que muitas vezes ultrapassam as fronteiras do estabelecimento escolar. Et pluribus unum, com as suas variadas interpretações, é lema de vida de Vicente Dias. Se partirmos da interpretação da divisa do Sport Lisboa e Benfica, o seu clube de eleição, chegaremos ao lema dos três mosqueteiros de Alexandre Dumas “Um por todos e todos por um”, mas se atentarmos no sentido literal da expressão latina, concluiremos que entre muitos há um que se destaca, sendo essa uma divisa que sem dúvida se aplica a Vicente Dias. Campeão nacional de futebol com passagem por clubes de destaque, a camisola que enverga há mais de três décadas é a da Educação e desenganem-se aqueles que pensam que um dia arrumará as botas. Os desistentes nunca ganham
e os vencedores nunca desistem também poderia ser o lema de um homem que jamais se reformará ou deixará de lutar pelos valores em que acredita. O Ardina: Onde e quando nasceu? Qual foi o seu percurso académico? Vicente Dias: Nasci em Lisboa na freguesia do Campo Grande, atualmente freguesia de S. João de Brito em 25 de maio de 1949. Curiosamente fui registado na conservatória do registo civil de Rio Maior, o que faz com que me considere Lisboeta e Rio-maiorense. Fiz a instrução primária no ensino oficial na escola primária nº 33 em Lisboa, fiz o liceu, como se chamava na altura, no colégio moderno, também em lisboa, no colégio privativo da secção de futebol da Associação Académica de Coimbra, e no externato Crisfal em Lisboa. Depois passei pelo Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, Instituto Superior de Educação Física de Lisboa e Instituto Superior de Ciências Educativas. Como atleta (futebol) iniciei a carreira em Coimbra na A.A.Coimbra (1 ano), de seguida joguei no S. G. Sacavenense (4 anos).Nos quatro anos seguintes joguei futebol de alta competição disputando o campeonato da 1ª divisão na CUF do Barreiro, os seis anos seguintes foram passados outra vez no Sacavenense, tendo neste período sido campeão nacional de futebol. Nestes períodos, à exceção dos quatro anos na CUF sempre conjuguei a prática desportiva com os estudos. O Ardina: Poderia descrever em traços largos o seu percurso profissional e como chegou ao cargo de Diretor? Vicente Dias: Sou Professor desde 1982 e fiz a profissionalização em 1989. Ocupei o primeiro cargo já em Rio Maior em 1990 como secretário do Conselho Diretivo da Escola Preparatória Latino Coelho. Inaugurei a EBI Fernando Casimiro Pereira da Silva como Vice-presidente do Conselho Executivo e afastei-me destas funções num período conturbado da vida desta escola. Fui entretanto eleito como membro da Assembleia de Escola tendo sido eleito Presidente deste órgão em 2003. Em 2004 fui eleito para Presidente do Conselho Executivo. O cargo de Diretor foi fruto de uma eleição a uma candidatura que decorreu em 2009. O Ardina: De acordo com a sua experiência, o que é preciso para ser um bom gestor escolar? Vicente Dias: Competência na área da Psicologia com ênfase nas relações humanas, capacidade de análise e interpretação da legislação, motivação para o cargo e uma grande carga de paciência, exigência e respeito a nível bilateral pelas funções de cada um. O Ardina: O que mudou na forma de se gerir e administrar as escolas nos últimos anos? Vicente Dias: Creio que a forma está contida no estilo utilizado por cada gestor, que pode muito bem manter-se ao longo dos anos, contudo as mudanças substanciais vão na direção de uma mudança constante e alteração das políticas educativas, e também substancialmente no domínio e utilização das novas tecnologias da comunicação. O Ardina: Como é a sua prática na gestão escolar? Assume toda a responsabilidade administrativa ou atribui funções? É fácil delegar autoridade e dar autonomia? Vicente Dias: A minha prática vai sempre no sentido de uma grande liberdade e uma grande responsabilidade de modo a acicatar o prazer no trabalho, na especialização e delegação de áreas específicas a serem geridas pelos colegas não abdicando da supervisão e responsabilização da minha parte. A delegação de com-
VICENTE DIAS Jogador de futebol profissional da 1ª divisão - Anos 70 - Equipas: CUF, e Sacavenense
petências é um fator de grande autonomia com resultados na capacidade do empreendedorismo sempre tão necessário em todas as áreas. O Ardina: Acredita que os professores na sua generalidade também podem ser membros atuantes na gestão escolar ou devem limitar-se ao seu papel pedagógico? Vicente Dias: O papel pedagógico no meu entendimento vai para além do currículo e da sala de aula. O Professor na sua prática quotidiana participa e colabora em grande parte com os órgãos de gestão na difícil tarefa que em muitos casos vai para além da escola. O Ardina: O Diretor é a figura central da escola? Ou será o Projeto Educativo? Vicente Dias: Penso que todos os membros da comunidade educativa devem ser as figuras centrais da escola. O diretor tem a obrigação de cumprir ou pelo menos tentar que o Projeto Educativo se concretize. Não podemos esquecer que o Projeto Educativo é o nosso farol, mas também não podemos esquecer que o Projeto Educativo também não abarca tudo aquilo que se passa na vida quotidiana da escola. E é precisamente aí que também entra o papel do Diretor e seus colaboradores, na resolução de problemas do dia-a-dia que não são contemplados no Projeto Educativo. O Ardina: Recorrendo a uma metáfora futebolística: Quando a equipa perde, o treinador é o primeiro a ser apontado. O Diretor está sempre no foco das atenções… Vicente Dias: Neste caso, e apesar de não sermos propriamente uma equipa de futebol, o Diretor deverá sempre dar a cara pelos resultados menos conseguidos. .../... (CONTINUAÇÃO NA PÁGINA 16)
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Pe r c u r s o s d e L e i t u r a “Laços Regionais”
Encontro Interconcelhio de Bibliotecas Perc urs os d e L eitur a: L aços reg i onais 21 e 22 de março 2013 Cartaxo
A sociedade e a escola deparam-se, hoje, com processos complexos de mudança com implicações nos modos de aprender e de exercer a ação educativa. O Encontro de Educadores e Professores, Percursos de Leitura: Laços regionais, organizado pelo Centro de Formação Lezíria Oeste em parceria com a Coordenação interconcelhia da Rede de Bibliotecas Escolares, pretendeu corresponder aos novos desafios que se impõem, hoje, à escola em geral, e às bibliotecas escolares em particular, no processo ensino-aprendizagem. Nesta linha, e de acordo com os objetivos, a metodologia do Encontro foi híbrida, dividindo-se entre sessões teóricas/práticas com a presença de especialistas convidados para aprofundamento de temáticas, apresentação de boas práticas e oficinas, ajudando na reflexão e questionamento do propósito do encontro. - Formar para as literacias digitais e da informação, capacitando os
formandos para o uso efetivo e crítico dos recursos existentes na Biblioteca Escolar e/ou outros espaços físicos ou virtuais. - Criar redes de trabalho e comunidades de prática, envolvendo atores/parceiros a nível local. - Partilhar conhecimentos entre professores bibliotecários e docentes de todos os grupos disciplinares. Numa viagem entre o impresso e o novo paradigma digital, convidaram-se educadores e professores para repensar as várias formas de promover a leitura nas escolas, participando em oficinas de exploração de ferramentas digitais e de leitura em voz alta, trabalhando o livro impresso. Mas, para além deste aprender a fazer, foi também proposta a todos os participantes a reflexão sobre o papel das bibliotecas, sejam elas escolares ou municipais, no contexto da sociedade contemporânea, assumindo a responsabilidade formativa, cultural e educativa pelo público que servem. Acreditamos que o tempo amadurecerá para podermos colher… e recolher palavras como laços, colaboração, confiança, partilha… cimentando parcerias.
As árvores e os livros As árvores como os livros têm folhas e margens lisas ou recortadas, e capas (isto é copas) e capítulos de flores e letras de oiro nas lombadas. E são histórias de reis, histórias de fadas, as mais fantásticas aventuras, que se podem ler nas suas páginas, no pecíolo, no limbo, nas nervuras. As florestas são imensas bibliotecas, e até há florestas especializadas, com faias, bétulas e um letreiro a dizer: «Floresta das zonas temperadas».
É evidente que não podes plantar no teu quarto, plátanos ou azinheiras. Para começar a construir uma biblioteca, basta um vaso de sardinheiras. Jorge Sousa Braga
Coordenação Interconcelhia RBE: Helena Brígida, Filomena Rúbio e Ana M. Cabral Diretora do Centro de Formação Lezíria-Oeste: Maria Judite Frazão
VICENTE DIAS - ENTREVISTA (Continuação da pag.15) O Ardina: Ainda em termos futebolísticos, o Diretor é o treinador ou o presidente do clube? Vicente Dias: Não me considero nem presidente nem treinador, considerome sim um jogador que tenta contribuir com a sua experiência de vida para que os resultados apareçam. O Ardina: Atualmente, quais são as maiores dificuldades na gestão de uma escola? Vicente Dias: A doença, as avarias, o mau tempo, a incompreensão, a desmotivação, a incerteza politica e sobretudo a falta de esperança no futuro. O Ardina: Olhando para trás, o que poderia ter feito de forma diferente na sua carreira? Vicente Dias: Felizmente, quando olho para trás só me recordo das coisas boas e consequentemente não mudava nada. O Ardina: Como vê o futuro da educação atendendo ao empobrecimento acelerado do nosso país? Vicente Dias: Com muito ceticismo mas com esperança de que as novas gerações conseguirão inverter o rumo. O Ardina: Como encara a reforma, um tempo para dar vida a projetos adiados? Vicente Dias: Nunca me reformarei. Quanto muito poderei mudar de vida. O Ardina: E quando mudar de vida, do que vai sentir mais saudades? Vicente Dias: Talvez da responsabilidade e do convívio diário com todos os colegas que me acompanharam nestes últimos anos. O Ardina: De todos estes anos de trabalho e dedicação, qual foi a maior recompensa ou do que mais se orgulha? Vicente Dias: A maior recompensa é poder conviver com o sucesso de
antigos alunos e colegas, e orgulho por ter, em todos eles, um amigo percetível. O Ardina: E o maior amargo de boca? Vicente Dias: [Risos] O maior amargo de boca aconteceu-me quando comi uma amêndoa que pensava ser doce e revelou-se muito amarga, agora para precaver dou sempre uma dentadinha. O Ardina: Um sonho que ficou por cumprir na escola? Vicente Dias: Encontrar toda a população escolar feliz. O Ardina: Uma história que o tenha marcado? Vicente Dias: [Risos] Uma família contactou-me para a resolução de um problema de certo modo complicado, pedindo-me desculpa por não terem falado primeiro com os santos e terem preferido dirigirem-se diretamente a Deus. O Ardina: Um conselho para o seu futuro sucessor ou sucessora? Vicente Dias: Se tiveres dúvidas na resolução de algum problema, não faças cerimónia, contacta-me e pede a minha opinião. O Ardina: Qual o seu lema de vida? Vicente Dias: Et pluribus unum! O Ardina: Quais os valores que o norteiam? Vicente Dias: Solidariedade, reivindicação e luta pelos direitos humanos, compreensão, capacidade de perdoar, dignidade, orgulho e personalidade. O Ardina: Muito obrigada por esta entrevista e pelo tempo que nos concedeu.
Profª Sandra Pratas Docente de Ingês
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3ª BE do Agrupamento
“Biblioteca da BELA
que os olhos dão a ler, sim, verifica-se que nas escolas onde as crianças desde pequenas percebem que a par do recreio, da sala de aulas, do refeitório, há a Biblioteca, é natural que elas usem este espaço e se habituem a ele como um bem de primeira necessidade. É habitual irem ao computador em contexto de Biblioteca, levarem os livros, levarem-nos para casa, virem as famílias à Biblioteca, fazerem teatrinhos, e tudo isso torna natural uma prática que se pretende diária e quotidiana.” A funcionar em pleno desde a sua inauguração, a nova Biblioteca da Bela apresenta uma elevadíssima taxa de utilização e tem sido palco de inúmeros projetos, apostando fortemente na promoção da leitura, na realização de biblioconcursos e acabou de dinamizar a sua primeira Semana da Leitura que teve “O Mar” como pano de fundo.
Também segundo a mesma Coordenadora das Bibliotecas Escolares do Ministério da Educação, há estudos sobre as Bibliotecas Escolares que comprovam “os índices de utilização, a forma como a Biblioteca é usada e o seu papel na prática dos alunos, dos professores e das famílias na escola. Juntamente com o Plano Nacional de Leitura, pensamos que hoje se dá mais valor social aos livros e à leitura como um bem transversal próprio e absolutamente necessário na época em que vivemos, pelo que a Biblioteca está na ordem do dia por isso mesmo.” A Dr.ª Teresa Calçada, convidada de honra desta informal cerimónia e dona de uma personalidade vibrante, trouxe livros e brindes para os novos utilizadores da Biblioteca da Bela, posou com a Bela, a mascote da Biblioteca assim batizada em homenagem ao poeta Ruy Belo, conversou e brincou com as crianças, relembrou-as da importância de serem agradecidas, nomeadamente aos membros da Equipa da Biblioteca que tornam possível a existência de um lugar onde todos os sonhos são possíveis, e admitiu que numa altura de crise como aquela em que vivemos, inaugurar uma Biblioteca é sempre um motivo de alegria e uma mais-valia para a época conturbada que vivemos: “ É sem dúvida anticrise, pois além do mais, se há altura em que nós precisamos de ter bens que sejam permutáveis, que se emprestem, que não custem dinheiro, que gerem solidariedade, é esta. Então, a Biblioteca é por definição isso mesmo.”
Para mais informações solicitamos que consultem o seu blog, também inaugurado no dia 3 de dezembro de 2013: http://bibliotecadabela.blogspot.pt/ Em suma, o programa da Rede de Bibliotecas Escolares, coordenado pela Drª Teresa Calçada, teve na última década um impacto muito positivo na melhoria das condições de trabalho e do desenvolvimento e atualização das coleções das nossas Bibliotecas.
Deste investimento resultou a criação de condições ideais para que todos os Professores e Educadores possam contribuir para o desenvolvimento nos nossos alunos de um conjunto de competências ao nível das literacias essenciais para a melhoria das aprendizagens e, consequentemente, para o sucesso escolar e educativo, que incluem não só as competências básicas de leitura como também competências digitais ao nível da pesquisa, tratamento e utilização da informação.
Sandra Pratas Sousa Profº Bibliotecária
O Centro Escolar Poeta Ruy Belo, colocado ao serviço da Comunidade desde Setembro de 2012, em especial das freguesias da parte leste de Rio Maior, passou a dispor de uma Biblioteca Escolar que congrega os fundos documentais das escolas da região que entretanto fecharam, apresentando por conseguinte excelentes condições ao nível dos espaços e dos recursos disponíveis. No âmbito da política de novos centros escolares, o equipamento foi instalado pela Câmara Municipal de Rio Maior em conjunto com a Rede de Bibliotecas Escolares. O seu acervo, que conta já com mais de três mil monografias e um elevado número de outros documentos não-livro, resultou da recolha de fundo documental das escolas do meio rural já encerradas bem como de um incentivo monetário no valor de 3.500 euros resultante da candidatura deste novo equipamento social à Rede de Bibliotecas Escolares, o qual permitiu também a aquisição de cerca de quatrocentos novos títulos abrangendo todas as classes do conhecimento- de acordo com o documento de Política de Desenvolvimento da Coleção já adotado pelas Bibliotecas do Agrupamento Vertical Fernando Casimiro Pereira da Silva. A sessão inaugural da Biblioteca do Centro Escolar Poeta Ruy Belo, em S. João da Ribeira, teve lugar no dia 3 de dezembro de 2012,e contou com a presença da Direção do Agrupamento, da Sra. Coordenadora Nacional da Rede de Bibliotecas Escolares do Ministério da Educação, Dr.ª Teresa Calçada, da Coordenadora Interconcelhia, Dr.ª Ana Cabral, da Vereadora da Educação, Dr.ª Sara Fragoso, dos Professores Bibliotecários do Agrupamento Vertical Fernando Casimiro Pereira da Silva, bem como de outros Professores e figuras locais. A par da apresentação da BE à comunidade escolar, a sessão inaugural teve início com a intervenção do coordenador das BE´s do Agrupamento, Prof. Humberto Novais e, depois da intervenção da Drª Teresa Calçada e do Prof. Vicente Dias, contemplou uma pequena peça de teatro de fantoches adaptada a partir de um conto de Ana Maria Magalhães e Teresa Calçada e encenada por alunos do 4.º E, e ainda a realização de uma Feira do Livro Infantil. Aquando desta cerimónia e em entrevista ao jornal Região de Rio Maior, a Dra. Teresa Calçada considerou que a Rede Nacional de Bibliotecas Escolares tem contribuído decisivamente para os graus de literacia: “Empiricamente, pela nossa prática e por aquilo
do CEPRB”
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BIBLIOTECA ESCOLAR “promoção das literacias”
IMPORTÂNCIA DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES
concursos No presente ano letivo, a Biblioteca Escolar organiza e dinamiza quatro concursos, dois semanais e dois mensais. Caso haja mais do que um resultado certo, os boletins corretos são sorteados a fim de declarar um vencedor por ciclo, que terá direito a um Diploma. Todos temos pequenas “gavetas” dentro de nós, onde escondemos vários sentimentos. Semanalmente, é lançado um desafio de Escrita Criativa denominado “Gavetas dos Sentimentos”. Os alunos são incentivados a reconhecer o que sentem sobre a emoção ou sentimento proposto, e a escreverem sobre essas emoções ocultas, sensibilidades encobertas ou afetividades que nunca manifestaram; ou simplesmente a assumirem o prazer de escrever. Semanalmente, é lançado também um “Concurso de Anagramas”, sempre relacionado com a Biblioteca, que pode ir de uma temática específica a um objeto presente na BE. Existe de igual modo, um “Concurso Mensal de Adivinhas”, no qual, os alunos têm que responder corretamente a tres adivinhas diferentes. No seguimento dos anos transatos, a Biblioteca Escolar tenta incentivar os leitores a lerem cada vez mais. Ainda que sejam apenas textos exíguos, poemas soltos ou pequenos contos, o importante é que leiam. Com o intuito de que, através da leitura, desenvolvam boas posturas sociais e cívicas assim como sentimentos positivos e atitudes edificantes, a atividade «Crescer a Ler», trabalha mensalmente sensações e emoções, afetos e valores, através da exploração das seguintes temáticas: Alegria, Amizade, Delicadeza, Determinação, Esperança, Generosidade, Honestidade, Obediência, Paciência, Paz, Respeito, Simplicidade, Tolerância, Felicidade, Autoestima, Abusos, Conflitos, Corpo. Mensalmente, de forma individual, os alunos devem ler o conto exposto e criar um desenho a partir daí, que expresse o que sentiram, o que leram e o que imaginaram através da leitura, (podendo utilizar diversas técnicas de pintura, colagens, materiais, etc). O importante é que sejam criativos, emotivos e expressivos! À parte estes concursos, a Biblioteca Escolar, promove também em parceria com o subdepartamento de Matemática do 2º Ciclo, o concurso “Problema do Mês”. No qual, mensalmente, é lançado um problema matemático de raciocínio lógico, para os alunos de 5º e 6º anos. Todos os participantes com respostas corretas recebem um Diploma. Os dois alunos que ao longo do ano, resolverem corretamente mais problemas, no final do ano letivo, receberão uma prenda além de um diploma. É de salientar o aumento crescente de participantes em todos os ciclos. Inclusivamente, este ano surgiu um alargamento das participações aos alunos do primeiro ciclo que têm participado ativamente nos concursos desde o segundo período.
SUSANA FARIAS (Técnica BE)
Segundo o Manifesto da Biblioteca Escolar “... a equipa da biblioteca escolar apoia a utilização de livros e outras fontes de informação, desde obras de ficção a obras de referência, impressas ou eletrónicas, presenciais ou remotas. Estes recursos complementam e enriquecem os manuais escolares, os materiais e as metodologias de ensino”. Etudos elaborados por diversos autores (Keith Curry Lance, Dorothy Williams, Michele Lonsdale,…) têm vindo a mostrar que a existência de bibliotecas escolares bem organizadas e professores bibliotecários com qualificações específicas, facilitam a aprendizagem dos alunos e têm um impacto muito positivo no sucesso escolar e educativo.
eventos e projetos importantes
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PROJETO SOBE
“Saúde Oral - Bibliotecas Escolares” A Direção-Geral da Saúde, o Plano Nacional de Leitura e a Rede de Bibliotecas Escolares estabeleceram um protocolo de colaboração no âmbito da prevenção da saúde oral em Portugal, formalizado pelo projeto SOBE Saúde Oral, Bibliotecas Escolares, ligando a saúde oral, a literacia e as Bibliotecas Escolares – que pretende chegar a, aproximadamente, um milhão de crianças e respetivas famílias. Após a divulgação do Projeto por parte da Coordenadora Interconcelhia junto dos Professores Bibliotecários, que por sua vez reuniram com os Professores e Educadores do Agrupamento a fim de delinear estratégias para integrar a saúde oral nos projetos da escola e reforçar a ideia de que para além de ser um conteúdo transversal, a educação para a saúde é muito mais eficaz quando integrada de forma natural nas atividades normais da sala de aula em vez de ser apresentada fragmentada ou mencionada apenas na presença de profissionais da saúde oral, todas as Bibliotecas Escolares do Agrupamento Vertical Fernando Casimiro Pereira da Silva receberam um magnífico Kit SOBE. O Kit foi já disponibilizado a toda a comunidade educativa e nele se podem encontrar para além de kits de escovagem, livros, cartas, CDs áudio, bem como guias de utilização para Professores e Educadores. De acordo com o próprio site do Projeto SOBE, este “não é um simples conjunto de materiais para ficar esquecido numa estante da Biblioteca, não é uma caixa de escovas de dentes, nem um conjunto de “brinquedos” sobre saúde oral! O “Kit” SOBE é uma filosofia e um desbloqueador de projetos e ideias, é um “post-it” gigante para que os Jardins Infantis, as escolas, professores, educadores, alunos e pais se lembrem que a saúde oral é fundamental para a qualidade de vida...todos os dias. O conjunto de materiais que compõe o Kit pretende suscitar a vontade dos estudantes e os educadores para explorarem o mundo da saúde oral, de forma autêntica, com meios divertidos e favorecendo o cruzamento de vários domínios de competência e de conhecimentos. O objetivo final do projeto é permitir aos alunos e aos professores que, com pretexto no desenvolvimento deste programa de saúde oral, adquiram motivação extra para aprender e praticar a linguagem, a leitura, a escrita e as capacidades matemáticas e criativas.” A apresentação deste Projeto inovador esteve a cargo do Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares – SABE- e realizou-se nos dias sete de fevereiro de 2013 no Centro Escolar N.º 2; catorze de fevereiro de 2013 na EBI Fernando Casimiro Pereira da Silva; e no dia 15 de fevereiro de 2013 no Centro Escolar Poeta Ruy Belo para turmas do 2.º, 3.º e 4.º anos de escolaridade. A atividade começou com uma discussão sobre quais os cuidados a ter com a higiene oral e a sua importância para a saúde, após o que se seguiu a animação do livro O Peixe
do copo de dentes que queria nadar no mar de António Laranjeira. Com ilustrações cativantes, este livro recomendado pelo PNL e destinado a leitura autónoma e/ou leitura com apoio do professor ou dos pais, consiste numa deliciosa aventura sobre um menino que decide libertar o peixinho que vive no seu copo de dentes para que ele possa gozar o direito de ser livre. O terceiro momento desta atividade consistiu na redação em pequenos grupos de histórias relacionadas com a temática da saúde oral com base nas personagens e localização espacial indicadas pelas cartas que também integram os Kits. Relembramos que a DGS adquiriu 350.000 kits de Higiene Oral para distribuir pelas escolas e jardins- de-infância que tenham projetos de saúde oral, principalmente para aquelas instituições onde os alunos escovam os dentes diariamente nas suas instalações. Consutar site do projeto em: h t t p : / / w w w. s o b e . p t /
Parceria com o Centro de Saúde de Rio Maior Sessões sobre Higiene Oral
A Higienista Oral, Drª Otília, deslocou-se a vários JI do agrupamento. Nos Jardins de Fáguas e São Sebastião, esteve no dia 20 de Novembro, para falar com as crianças sobre os cuidados a ter com a higiene da boca. As crianças assistiram a um filme sobre um menino que não gostava de lavar os dentes. Após esta discussão, a Drª Otília demonstrou como devemos fazer a escovagem correta dos dentes, para isso usou uma escova gigante e uma dentadura grande. No final recebemos um certificado e uma pasta de dentes, porque lavamos todos dias os nossos dentinhos. Muito obrigada à Drª Otília.
Sandra Pratas Sousa Profº Bibliotecária
Sessões Alimentação Saudável As Enfermeiras do Centro de Rio Maior dinamizaram sessões sobre alimentação saudável nos Jardins de Infância e escolas do 1º ciclo . Apresentaram como motivação um teatro de fantoches, depois conversaram com as crianças relembrando quais os alimentos a evitar e os que são saudáveis. Realizaram um jogo com a intervenção das crianças, pedindo a cada uma para colocar nos espaços corretos das cartolinas (alimentos a EVITAR e alimentos SAUDÁVEIS). Agradecemos às senhoras enfermeiras.
Educadora Teresa Silva Correia Coordenadora de Departamento
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Formação de Utilizadores “Leitura de Prazer ”
“Não haverá outra forma de incentivar a criança para a leitura senão a de proporcionar-lhe desde o início da aprendizagem, leitura de prazer. Aprender a ler é, em muitos casos, um tempo penoso – letras que formam sílabas, sílabas que formam palavras, palavras que formam frases, frases que enformam sentidos… Para que esse tempo seja de regozijo pessoal para o pequeno leitor e ele passe a entender a leitura como algo mais do que uma aritmética de sílabas, há que demonstrar-lhe que a leitura é o prolongamento da fala e da alegria de ouvir contar, do ouvir ler.”
Quem melhor do que António Torrado saberia descrever a nossa demanda enquanto técnicos e amantes do livro? Indubitavelmente nós somos a caixa-de-ressonância natural da partitura musical inscrita em cada livro. Também segundo esta Sheherazade dos tempos atuais: “Cada história guarda a voz de quem a contou ou leu, a que vai acrescentar-se a voz de quem pela primeira vez vai desvelá-la, descobri-la, lê-la.” Saber ler é uma técnica. Deixemo-la para a sala de aula. Amar ler é um vírus contagioso impregnado de paixão que nos compete inocular precocemente na Biblioteca. Já dizia Danniel Pennac que o verbo ler não suporta o imperativo. É uma aversão que compartilha com outros: o verbo amar… o verbo sonhar. Ler não pode ser reduzido a uma simples aquisição de mecanismos lecto escriturais. Ler fomenta a descoberta do mundo envolvente e interior. No coração da história, todos os possíveis podem ser experimentados. Os livros para crianças são utensílios feitos à sua medida a partir dos quais elas confrontam a sua vida com as histórias e aprendem a pensar por si próprias. Nada nem ninguém poderá impedir o sujeito leitor de poder pensar em liberdade. A literatura resiste a todos os poderes ditatoriais, por muitos livros que se queimem ou censurem. Evitar a pedagogização da leitura e outras preocupações terapêuticas em excesso que podem conduzir à destruição do prazer das crianças em ler continua a ser o denominador comum de todos os que levamos em diante a missão de ajudar a crianças a pensar e a viver o mundo.
Decorreu nos dias 27 de setembro e 8 de outubro, a primeira formação de utilizadores deste ano letivo para os alunos do Pré-escolar e do 1.º ano da Biblioteca Escolar do Centro Escolar n.º 2 e para os alunos do 3.º e 4.º anos da EBI Fernando Casimiro Pereira da Silva,
respetivamente. Os alunos tiveram ainda a oportunidade de conhecer as regras de comportamento e de utilização da Biblioteca Escolar. De seguida foi dada a conhecer de forma simplificada a organização da Biblioteca por cores e números de acordo com as regras de classificação decimal universal e analisado o guia do utilizador da Biblioteca. Os alunos tiveram ainda a oportunidade de conhecer melhor uma figura incontornável da literatura infanto-juvenil, Luísa Ducla Sores, que celebra mais de quarenta anos ao serviço da escrita e foi a autora eleita para “O escritor do Mês”, uma das rubricas mensais da Biblioteca Escolar. E claro que a vinda destes nossos pequenos leitores teria de ser brindada com uma sessão de leitura inaugural. Assim, e no âmbito do Projeto de animação da leitura “Ler com Prazer” os pequenos utilizadores da BE vibraram com A Filha do Grufalão de Julia Donaldson e ilustrado magistralmente por Axel Scheffler. A deliciosa e irresistível continuação de O Grufalão, livro vencedor do Prémio Smarties para o melhor livro infantil editado no Reino Unido e do Prémio Blue Peter Award para o melhor livro para ler em voz alta, traz-nos a aventura de uma grufalinha que ignorando os avisos do pai Grufalão se aventura na escura floresta a fim de confirmar a existência do Grande-RatoMauzão! Para além de metaforicamente abordar o tema da desobediência infantil e da necessidade de as crianças testarem os seus próprios limites, esta irresistível história também ensina o valor da inteligência sobre a força bruta. De destacar ainda a força das mensagens plásticas que apelam à evasão e ao sonho dos jovens leitores.
Já os alunos do 3.º e 4.º anos da Escola sede, assim que espreitaram a capa da obra que iria ser lida, e porque integra o seu manual de português, imediatamente identificaram a belíssima obra de Colin Mcnaughton e Satoshi Kitamura: Era uma vez um dia normal de escola. O que começa por ser uma história banal de um dia normal, igual a tantos outros, em que um rapaz, também como tantos outros, que faz o seu percurso habitual até à escola, como normalmente, conhece um desfecho extraordinário quando este rapaz normal conhece um professor absolutamente inspirador! ERA UMA VEZ UM DIA NORMAL DE ESCOLA é um livro imperdível que nos leva à descoberta do imaginário das crianças, através da força inspiradora e poética da música. É também útil para demonstrar de que forma pode um professor inspirar e motivar uma turma inteira. De realçar por último a fusão harmónica entre texto e imagem, em que ambos os suportes ajudam a criança a reconhecer os mecanismos essenciais de descodificação de mensagem escrita relacionando-a com as mensagens visuais. No fim da história, uma menina do 3.º ano explicou: “Pois, foi por isso que no princípio era tudo cinzento e depois de ele conhecer o professor ficou tudo colorido e feliz!”. Mais uma vez os nossos visitantes foram brindados com marcadores de livros que esperamos que tenham servido também para marcar nas suas memórias o prazer da leitura, dando-se assim os primeiros passos conducentes à meta primordial de toda e qualquer Biblioteca: a formação de leitores! Consultem o Blog da Minocas em http://oblogdaminocas.blogspot.pt/ e consultem os maravilhosos trabalhos resultantes. Sandra Pratas Sousa Profº Bibliotecária
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BIBLIOTECA ESCOLAR “Iniciativas de leitura”
Inserido na programação da 7.ª Edição da Semana da Leitura, deu-se início no dia 8 de março de 2013 ao projeto “Ler para os mais Velhos”. Este projeto destina-se maioritariamente aos utentes do Centro Social Paroquial de São João Batista na localidade de S. João da Ribeira em Rio Maior, e consiste na realização de sessões de leitura animadas pelos alunos do 3.º e 4.º anos do Centro Escolar Poeta Ruy Belo.
Esta iniciativa conta com a colaboração das Professoras Titulares de turma e a supervisão da Professora Bibliotecária do Agrupamento Fernando Casimiro Pereira da Silva. Este projeto visa proporcionar aos utentes encontros à volta dos livros com o objetivo de manter nos idosos o hábito e o prazer da leitura e da utilização das Bibliotecas ao longo da vida, reforçar laços entre gerações e partilhar saberes e experiências. O projeto representa ainda uma mais-valia para os alunos dinamizadores que terão assim a possibilidade de estar em contacto com o livro, conhecer escritores proeminentes da literatura universal e sobretudo de participar numa ação favorecedora da sua formação cívica.
LER EM INGLÊS
FEIRA DO LIVRO
Essencialmente na génese deste projeto, bem como de outros desenvolvidos pelas Bibliotecas Escolares do nosso Agrupamento, subjaz a ideia de que a leitura, os recursos e serviços da comunidade escolar consubstanciam a convicção de que a liberdade intelectual e o acesso à informação são essenciais à construção de uma efetiva e responsável cidadania e à participação democrática. Posteriormente e face às necessidades que forem detetadas, e considerando que a BE do Centro Escolar Poeta Ruy Belo contém sobretudo no seu acervo obras da literatura infanto-juvenil, é um objetivo a médio prazo deste projeto recorrer ao espólio documental da Biblioteca Popular da Marmeleira cuja Coordenadora, Dr.ª Teresa Calçada, já apresentou a sua disponibilidade nesse sentido.
Obrigada à Srª Diretora, Sandra Martins, e ao 1º VicePresidente do CSPSJB, José Silveira, pela forma como nos receberam. Obrigada também aos seus utentes que nos permitiram “Parar para Ler” neste mar de afetos.
Sandra Pratas Sousa Profº Bibliotecária
ler com escritores
VANDA FURTADO MARQUES E ISABEL RICARDO AMARAL PROMOVERAM OBRAS LITERÁRIAS NO NOSSO AGRUPAMENTO
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DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL A Educação Especial tem como principal objetivo a inclusão de crianças e jovens com necessidades educativas especiais, no quadro de uma política de qualidade orientada para o sucesso educativo de todos os alunos. Os apoios especializados (Educação Especial), visam responder a necessidades educativas especiais, dos alunos com limitações significativas, ao nível da atividade, da participação, num ou vários domínios de vida, decorrentes de alterações funcionais e estruturais de carácter permanente, resultando em dificuldades continuadas ao nível da comunicação, aprendizagem, mobilidade, autonomia, relacionamento interpessoal e participação social. Neste contexto, o departamento de Educação Especial, constituído por oito docentes e educadores especializados, desenvolve diferentes projetos e atividades, onde se procura potenciar capacidades, respeitar necessidades, particularidades, especificidades e facilitar a integração sócio escolar. Operacionalizamos as respostas educativas aos nossos alunos, com necessidades educativas especiais permanentes, através de projetos, atividades diversificadas e terapias, tais como: Unidades especializadas de ensino estruturado (1º e 2º Ciclos - alunos com autismo); Intervenção em educação especial; Atelier de artes e de Expressões; Intervenção e reeducação no âmbito da dislexia, disgrafia e disortografia; Desporto adaptado, Bóccia; Musicoterapia; Adaptação ao meio aquático; Iniciação à natação; Psicomotricidade/estimulação psicomotora -Terapia ocupacional; Fisioterapia; Terapia da fala e Acompanhamento psicológico. Pretendemos: - fomentar a inclusão educativa e social, o acesso e sucesso educativo, a autonomia pessoal e social, a promoção de igualdade de oportunidades educativas; - treinar situações básicas da vida diária, facilitadoras do treino da autonomia, higiene, alimentação, interação e mobilidade social; - desenvolver nos alunos o gosto pelas Expressões (plástica, físico motora e dramática), proporcionando oportunidades de realizarem experiências que desenvolvam a imaginação (pintura, recorte, decoupage, tecelagem, desenho, modelação, colagem, reciclagem/reu-
tilização de materiais); - treinar e aplicar métodos organizativos (saber utilizar utensílios e materiais, participar na respetiva arrumação e limpeza); - realizar atividades facilitadoras da reeducação da leitura e da escrita (exercícios de treino para alunos disléxicos ); - desenvolver estratégias de compensação e de resiliência, nos alunos, conducentes ao sucesso, a fim de elevar a sua autoestima. - treinar a leitura e matemática funcionais. No desenvolvimento dos projetos e atividades mencionados, contamos com a imprescindível colaboração de: - alguns docentes dos 1º, 2º e 3º ciclos, nomeadamente: de Educação Física, Visual, Musical e de Português; - todos os docentes titulares e/ou diretores das turmas onde os alunos estão integrados; - Serviços de Psicologia e Orientação (SPO); - parceria com o Centro de Educação Especial “O Ninho” e Câmara Municipal de Rio Maior; - Trabalho em articulação com a Equipa Local de Intervenção Precoce O resultado final resulta em excelentes parcerias, trabalhos cooperativos e colaborativos, entre todos os intervenientes, visando sempre o Bem Maior dos nossos alunos. Profª Cremilde Ricardo Coordenadora de Departamento
Serviços de Psicologia e Orientação Desde o início deste ano letivo que o SPO tem desenvolvido atividades em várias vertentes do dia-a-dia desta comunidade escolar. Primeiramente a divulgação do seu propósito, para que, docentes, alunos e auxiliares de ação educativa, possam contar com este novo recurso na gestão e resolução de situações em que uma ajuda especializada e individualizada possa surtir efeitos, trabalhando acima de tudo em complementaridade com os restantes atores deste espaço educativo. As sessões de Orientação Escolar decorrem diariamente desde o início do ano. São acompanhados 27 crianças/jovens em temáticas como a resolução de conflitos, gestão emocional, assertividade, comportamento e promoção do sucesso escolar. Na Biblioteca da escola conseguimos encontrar, não só os recursos educativos, como também as condições adequados para o trabalho com estas crianças/jovens. Sendo acolhedor e polivalente, permite um trabalho individual, sem que seja, no entanto, fechado sobre si próprio. Este espaço informal e acessível tem vindo a ser essencial para desmistificar a intervenção de um Psicólogo em ambiente escolar.
Uma outra componente da intervenção do SPO é a Orientação Vocacional. Estas sessões ocorrem semanalmente com as turmas de 9º ano, CEF e PIEF de 3º ciclo. Nestas sessões procuramos clarificar expectativas e facilitar a apropriação de conhecimento em relação ao mercado de trabalho, percursos escolares e profissionais possíveis, percebendo com o aluno qual o caminho mais adequado para si. Transversalmente a estas atividades é fomentada uma colaboração estreita com professores e diretores de turma, com a Equipa de Educação Especial da escola e com os pais/encarregados de educação. Assim, e desde fevereiro, são realizadas
mensalmente sessões de Educação Parental com pais/encarregados de educação em que abordamos estratégias de comunicação e de gestão de conflitos, promove-se o debate e a partilha de problemas sentidos por cada família, bem como a compreensão sobre as fases de desenvolvimento emocional das crianças/jovens adolescentes. O SPO está ainda envolvido em dinâmicas como as Jornadas da Educação do Agrupamento, principalmente destinadas aos docentes dos vários ciclos, e o Dia das Profissões, evento que procura esclarecer os jovens em relação a um leque variado de profissões, convidando para esse efeito profissionais que connosco partilhem a sua experiência. Catarina Lopes Psicóloga
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JI Pré-Escolar
“práticas pedagógicas” JI de Fráguas No âmbito do projeto “Músicas do mundo”, desenvolvido pelo pré-escolar, o Jardim de Infância de Fráguas, convidou a professora de música Carmen Tomás para vir dar uma aula. Foi com muito entusiasmo e expetativa que recebemos a sua visita. Com recurso a vários tipos de música (clássica, infantil, jazz…) realizámos vários jogos musicais, jogos de roda, de mímica e cantámos.
A professora Carmen também nos ensinou duas músicas e danças de outros países. Assim, do Pais Basco aprendemos a dança “Amarem Xango” e da ex-Jugoslávia “A dança da boneca”. Terminámos a “nossa aula” cantando várias canções ao som de uma viola. Foi uma manhã muito especial que nos proporcionou momentos únicos. Gostámos muito desta experiência e ficou a promessa de voltar a repeti-la noutras oportunidades. Educadora Paula Valadas
No Pré-escolar aconteceu O pojeto “A Música do Mundo” envolveu todas as crianças que frequentam o Pré-escolar deste agrupamento. Teve por objetivo proporcionar às crianças momentos de contato com os mais variados géneros musicais, para que, a partir da audição da música cada criança possa identificar, qual a que mais gosta e educar o ouvido para géneros com os quais está menos familiarizada. Neste propósito foram dinamizadas atividades como ouvir um aluno da escola de música a tocar piano; audição de cds de música clássica, Mozart, Strauss, Beethoven, com enquadramento da história de vida destes compositores; visualização na internet de espetáculos de dança, audição de músicas de Bandas filarmónicas conhecidas das crianças; audição de música popular Portuguesa, Espanhola, Irlandesa, Grega e Turca, por serem os países parceiros do Comenuis; Os ranchos folclóricos como agentes culturais dos países. Foi também dinamizada a recolha de canções populares e infantis junto das famílias das crianças. Será elaborado no final do ano um CD com as canções que cada grupo quiser apresentar.
Educadora Teresa Silva Correia Coordenadora de Departamento
Os quatro grupos do pré-escolar do CE nº2, ao longo do 2º período letivo, participaram em atividades dinamizadas pela Biblioteca Municipal Laureano Santos de Rio Maior, tais como: - “A bruxa Mimi vai ao espaço” ; história contada para explorar a “nave espacial” utilizada no desfile carnavalesco da Camara Municipal de Rio Maior. - No âmbito do tema, “O mar”, desenvolvido este ano letivo pelas bibliotecas assistimos ao teatro de fantoches da história “O peixinho arco-íris”. - No final do período letivo as crianças participaram entusiasticamente numa “caça aos ovos”. Estas atividades permitiram-nos enriquecer e diversificar as experiências/vivências das crianças fomentando a relação escola/ comunidade. Todas as crianças manifestaram satisfação e interesse participando ativamente. Educadora Amélia Carreira CE Nº2
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Clube dos Poetas Mortos “leituras críticas dos alunos” O filme O Clube dos Poetas Mortos foi realizado em 1989, por Peter Weir, nos Estados Unidos da América e é um drama que recebeu boas críticas, chegando a ganhar um Óscar pelo melhor argumento. Na minha opinião, este filme foi muito interessante e, apesar de não ser recente, é atual porque os jovens ainda se reveem nas atitudes e pensamentos das personagens do filme. Considero que apresenta muitos aspetos positivos, como o incentivo à leitura e escrita de poemas, ao mundo a que estes nos levam, ao humor, especialmente do professor, bem como à sua imaginação. Os poucos aspetos negativos deste filme relacionam-se com a morte de uma das personagens principais, Neil Perry, e a expulsão do professor Keating. O filme realizado por Peter Weir, em 1989, e vencedor do “Oscar” de melhor argumento, com o título “Death Poets Society”, em português Clube dos Poetas Mortos, é um filme muito bom, sobre a vida de um grupo de jovens e a relação deles com o professor de Inglês. Este professor, através da poesia, transmite aos jovens uma mensagem muito importante que é,” viver o dia”, no filme isto designa-se pela expressão latina “Carpe Diem”. Este filme foi muito bem conseguido, pois retrata, de uma forma fiel e verdadeira, o dia-a-dia de um grupo de jovens de 17 anos, todas as questões e dúvidas que surgem nesta idade, sobre quem são, o que querem ser, os conflitos familiares e os problemas escolares. Deste grupo de jovens destaca-se a interpretação do ator Robert Sean Leonard, no papel de Neil Perry. A personagem do professor de inglês, Mr. Keating, excelentemente interpretada por Robin Williams, dá a conhecer aos pais, os problemas dos seus filhos e aos jovens transmite-lhe alguns conselhos, como por exemplo: não terem medo de serem quem são, não recearem as suas diferenças, lutarem pelos seus sonhos e sobretudo a viverem a vida e aproveitá-la ao máximo. O aspeto menos positivo do filme, na minha opinião, foi o facto de o jovem Neil Perry se ter suicidado pelo facto de o seu pai não ter aceitado a sua decisão de ser ator. Penso que foi um desfecho um pouco exagerado para o conflito entre os dois. Recomendo o visionamento deste filme, pois consegue prender a atenção do público, devido às peripécias que sucedem no quotidiano deste grupo de jovens e ajuda-nos a compreender melhor os jovens. Francisco Clemente - n.º 9, 8º C
A personagem que mais me impressionou foi Todd Anderson, pois era muito tímido e inseguro, mas, no final da intriga, após a morte de Neil, o primeiro demonstrou grande coragem, assumindo a liderança do “clube dos poetas mortos”, o que revela que conseguiu ultrapassar os seus medos. No entanto, a personagem que menos me agradou foi a do pai de Neil, uma vez que as suas atitudes eram muito exigentes e autoritárias, não se importando com os sentimentos do filho, o que é incorreto, pois os pais têm que deixar os filhos seguir as suas vocações, de modo a que estes se realizem nas mesmas. As cenas que mais me marcaram, pela positiva, foram as aulas do professor Keating, que eram inovadoras porque misturavam diversão mas permitiam adquirir conhecimentos. Por outro lado, a cena que mais me abalou, foi a reação do pai de Neil perante o excelente desempenho no teatro que Neil representara. Este filme ensinou-me que se pode aprender brincando e que, na realidade, aprender não é monótono, devemos saber ouvir os professores para podermos crescer como bons seres humanos. Recomendo o seu visionamento, pois este filme ensina-nos a acreditar nos nossos sonhos e, acima de tudo, na nossa felicidade, vivendo a vida ao máximo, ou seja, “Carpe Diem”. Trabalho realizado por: Bernardo Santos Nº5 8ºC
Concurso:”Cartasde Amor” No âmbito do Programa de Dinamização Cultural da Biblioteca Municipal de Rio Maior, realizou-se a 4.ª Edição do Concurso Cartas de Amor que mais uma vez teve como principais objetivos fomentar o gosto pela escrita criativa e valorizar a expressão literária. No dia 14 de Fevereiro de 2013 foram entregues os prémios aos vencedores do IV Concurso “Cartas de Amor” alusivas ao São Valentim. Numa sala bem composta, Sara Fragoso, Presidente do Júri e Vereadora da Cultura da Câmara Municipal, foi a anfitriã desta sessão. Fizeram, também, parte do júri Paula Pinto, Técnica Superior de Biblioteca e Documentação, Sandra Pratas e Sousa, Professora Bibliotecária do Agrupamento Vertical Fernando Casimiro Pereira da Silva, Conceição Cadete, Professora Bibliotecária do Agrupamento Vertical Marinhas do Sal, Sara Timóteo, uma das vencedoras do Concurso do ano anterior, e a Professora Isilda Soveral. De referir que dois dos prémios deste Concurso foram arrecadados pelo Agrupamento Vertical Fernando Casimiro Pereira da Silva: Francisca Almeida Pratas, aluna do Centro Escolar N.º 2 ganhou o 2.º Lugar do 1.º Escalão (dos 10 aos 13 anos) e um cheque livro no valor de 30,00€. Por sua vez, o colega João Carola, Professor de Edu-
cação Física ganhou o 1.º Lugar do 3.º Escalão (a partir dos 19 anos) bem como um cheque livro no valor de 50,00€. Aos restantes participantes foram ainda entregues diplomas de participação.
Profª Sandra Pratas P. Bibliotecária
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Primeiro Ciclo e JI “momentos de aprendizagem de qualidade” Salientamos também o projeto Comenius, a decorrer este ano letivo e no próximo, que envolve também escolas de países Europeus: Irlanda, Espanha, Turquia e Grécia, abordando a temática, muito pertinente nos dias de hoje, “alimentação saudável”. Com estas atividades tentamos diversificar as abordagens aos diferentes temas, bem como promover o intercâmbio entre escolas de diferentes comunidades e culturas, tendo em consideração a aldeia global em que nos encontramos. Um artigo publicado num jornal nacional diário, se não me engano o DN, referia que as crianças em idade do 1º ciclo passam muitas horas nas escolas. Nesse artigo, diziam que as crianças trabalham tantas horas no seu ofício de alunos como um trabalhador adulto, sem contar ainda com o tempo dispensado para a realização dos trabalhos de casa. De facto, este assunto é muitas vezes debatido em reuniões de trabalho, onde os professores falam na falta de tempo que as crianças de hoje têm para brincar e as repercussões que isso tem nos seus comportamentos escolares e sociais. As nossas crianças não têm tempo para elas, não têm tempos livres, estão cansadas, é a escola, as atividades de enriquecimento curricular, o ATL, a catequese, o judo, o futebol, o ballet, a natação… e brincar? Quando é que têm tempo para brincar? Quando é que as crianças têm algum tempo livre onde possam escolher o que fazer? Ou simplesmente descansar? Não estaremos nós a subvalorizar o tempo lúdico das crianças? Aliás, convém não esquecer que a brincar também se aprende… Assim, tentamos no nosso agrupamento, facultar aos alunos momentos de aprendizagem de qualidade num ambiente escolar onde o lúdico seja, muitas vezes, o fio condutor para o sucesso educativo. Nessa procura, temos desenvolvido diversos projetos nas áreas da ciência, robótica, reciclagem, envolvendo as crianças do pré-escolar e do 1º ciclo. Estes projetos foram apresentados em candidaturas a fundações (Fundação Ilídio Pinho e Fundação Calouste Gulbenkian) que, pela sua qualidade, foram premiados e obtiveram financiamento para ajudar na sua implementação.
Outro tipo de atividade desenvolvida no pré-escolar e no 1º ciclo é a participação, há já dois anos a esta parte, no concurso Seguranet, no qual já obtivemos o primeiro lugar a nível nacional e que promove a segurança das crianças quando estão a navegar na net. Esta atividade surge, nos dias de hoje, como uma necessidade premente, face aos perigos a que os alunos estão expostos quando utilizam a internet. A utilização de tecnologias no dia-a-dia da sala de aula, como os quadros interativos e os computadores Magalhães, tem sido, sem dúvida, uma mais-valia para o processo ensino aprendizagem, tornando-o mais apelativo. Estas são algumas das atividades que desenvolvemos no agrupamento e que julgamos sanar um pouco a problemática referida no início deste artigo. Estamos conscientes que muito mais há a ser feito e aceitamos sugestões, até porque, não nos podemos esquecer que as crianças apenas apresentarão o reflexo da educação que lhes fôr dada. Profª Paula Silva Adjunta da Direção
Há uns anos atrás! Eu conheço esta biblioteca e ela conhece-me a mim, somos cúmplices. Está maior, diferente, mais bonita e colorida - “decresceu” -, está mais convidativa a entrar e ficar, deambular, fazer surgir a curiosidade e o gosto pelas prateleiras cheias de livres. Ganhou diversidade e riqueza, sem dúvida! Todos os dias posso presenciar a biblioteca, ao mesmo tempo, espaço lúdico e educativo. Consegue com sensibilidade cumprir o segundo propósito aparentando ser apenas o primeiro. Funciona!
Catarina Lopes Psicóloga
É-me extremamente agradável desempenhar a minha atividade profissional nesta escola, por coincidência a escola em que estudei já há uns aninhos atrás. O meu 5º ano foi o ano de inauguração desta escola, era tudo novo e intocado. Era também algo impessoal, há que dizê-lo e a escola é hoje um espaço diferente. Diferente, porque mais marcado, cheio de recordações e decorações, mais vivas. Não que tenha “crescido”, penso que, pelo contrário, “decresceu”, aproximou-se um pouco mais da idade dos seus utilizadores, permitiu-se ser um pouco mais próxima de todos eles, sem, no entanto, abandonar a sobriedade que deve ter enquanto espaço educativo. Uma das mudanças que mais curiosidade e interesse me despertou, foi, precisamente, a biblioteca. Gosto e sempre gostei muito de ler. Quando estudava nesta escola, conhecia os armários, prateleiras e livros da biblioteca duma ponta à outra.Com franqueza, não era o espaço mais bem conseguido da escola. Era escuro, pequeno, cinzento, aborrecido de modo geral, era preciso gostar muito de ler para entrar e lá ficar. Por estas razões foi com grande entusiasmo que reentrei e percorri a biblioteca da escola no início deste ano letivo.
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Curiosidades/Passatempos QUEM FOI?
1. O relógio da torre de uma igreja demora 2 segundos a dar 3 badaladas. Quanto tempo demorará a dar 6 badaladas?
2. Uma professora viu três jovens a abandonarem uma sala momentos depois de desaparecer uma mochila. Ao perguntar-lhes qual deles a tinha escondido, obteve as seguintes respostas:
Albert Einstein nasceu em Ulm a 14 de Março de 1879 e faleceu em Princeton a 18 de Abril de 1955. Radicou-se nos Estados Unidos. Ganhou o Prémio Nobel da Física no ano de 1921 pela sua correta explicação do chamado efeito fotoelétrico; no entanto, o prémio só foi anunciado em 1922. Einstein receberia a quantia de 120000 coroas suecas. O seu trabalho teórico possibilitou o desenvolvimento da energia atómica, apesar de o próprio Einstein não ter previsto tal possibilidade. Devido à formulação da teoria da relatividade, Einstein tornou-se famoso mundialmente, algo pouco comum para um cientista. Em 2005 celebrou-se o Ano Internacional da Física, em comemoração dos 100 anos do chamado “Annus Mirabilis” (ano miraculoso) de Einstein, em que este publicou quatro dos mais importantes artigos cientifícos da física do século XX. CURIOSIDADE: Também se comemora no dia 14 de Março, dia do nascimento de Albert Einstein, o dia do Pi. Esta comemoração acontece desde 1988.
Se dois dos jovens disseram a verdade, quem foi então o culpado pelo desaparecimento da mochila? 3. Que movimento deveria ser feito num único copo para que os copos cheios e vazios ficassem alternados?
2 CITAÇÕES INTERESSANTES… Albert Einstein
"Procure ser um homem de valor, em vez de ser um homem de sucesso." "O único lugar onde sucesso vem antes do trabalho é no dicionário."
4. À entrada da escola há um parque de estacionamento com 4 lugares que estão reservados para o Diretor da escola e para três dos professores. O Diretor tem prioridade de escolha do lugar e escolhe sempre o da ponta direita ou o da ponta esquerda. O Diretor tem um Opel e os carros dos três professores são: um Audi, um Fiat e um Toyota. De quantas maneiras diferentes podem então ser arrumados os 4 carros que têm direito a estacionar no parque?
Paulo Almeida Prof. Matemática
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Educação e Formação Curso Assistente Familiar e de Apoio à Comunidade
CEF - BIÉNIO 2011/2013
Estamos a terminar mais um Curso de Educação e Formação de “Assistente Familiar e de Apoio à Comunidade”. Os nossos alunos vão acabar a fase letiva e iniciar no próximo mês de maio, o seu estágio profissional. Após dois anos de trabalho, muitos foram os obstáculos, os problemas e as situações imprevistas, as quais foram sucessivamente ultrapassadas pela entrega e o espírito de equipa evidenciado pelos docentes.
ATIVIDADES ORGANIZADAS
Muitas foram as atividades organizadas e levadas a cabo, tendo sempre como objetivo a motivação dos alunos, a procura de novas abordagens educativas e o estímulo às aprendizagens. O sucesso dessas atividades foi uma constante das quais se destacam: - a confeção de sandes e sopas no dia mundial da alimentação; - participação na festa do Halloween, confecionando doces alusivos à quadra; - confeção do almoço de Natal do agrupamento; - elaboração de centros de mesa para decoração das mesas de Natal; - confeção de bolo rei e folares da Páscoa; - participação num workshop sobre cocktails não alcoólicos na Escola de Hotelaria e de Turismo do Oeste; -visita ao Festival Internacional do Chocolate em Óbidos e frequência do curso de chocolateria, nível I; - sessão de esclarecimento sobre Suporte Básico de Vida nos Bombeiros Voluntários de Rio Maior.
EXPERIÊNCIAS VIVIDAS
As experiências vividas e os conhecimentos adquiridos ao longo do curso permitem aos alunos realizar tarefas básicas de cuidados humanos em utentes em instituições específicas tais como Lares de 3ª Idade, Centros de Dia, Centros Educativos, Acompanhamento de ATL, Instituições de Apoio à Infância, Centros de Cuidados Humanos e similares.
Encerra-se assim um ciclo.
Os alunos saem com uma dupla certificação: - a escolar que corresponde ao 9º ano de escolaridade; - a profissional, como Assistente Familiar e de Apoio à Comunidade. Espera-lhes um percurso escolar à escolha de cada um, no entanto com uma ferramenta que com certeza os vai ajudar na sua vida futura.
Profª Carmen Cruz Coordenadora do CEF Tipo 2
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