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Apresentação Nossa Capa: Leandro Freire Um brinde à Poesia Pau Brasil Autores A Ângela Matos – MG Antônia Vyrena – RS Antonio Cabral Filho – RJ Antônio de Pádua Elias de Souza – MG Araci Barreto – RJ Aurineide Alencar – MS D Dilercy Aragão Adler – MA F Fabiano Soares da Silva – RJ Francisco Ferreira – MG G Gilberto Cardoso dos Santos – RN J Janaina da Cunha – RJ José Carlos de Arruda – RJ Júnio Liberato Luz – MG L Leandro Freire – RJ Leomária Mendes Sobrinho – BA P Paulo Roberto de Oliveira Caruso – RJ R Rodrigo Bro – MG
T Tamirys Morais – MG V Vanda Salles – RJ
Apresentação
Francisco Ferreira – MG POESIA PAU BRASIL
A boa poesia é aquela que não dá nó na língua. Que entra nos saraus eruditos pelas portas do fundo. Que é rabiscada nos muros cinzas e sem vida da Paulicéia domada. Da Sampa violentada pelas mãos douradas de um escroque servil. A boa poesia é pichada e fichada na polícia. É da resistência. É ritmada no batuque das mãos e recitada nos becos. A boa poesia é aquela que dá o nó na garganta. Que rasga a caatinga no aboio. Desafia e é desafiada nos duetos de repentes. É cantada, contada e recontada nas praças. Tem cheiro de estrume e suor. Tem gosto de cachaça. Exala o perfume da negra nua sob a lua. Está na lágrima e no riso. É xilografada e tatuada na alma sertaneja. A boa poesia é aquela que se liberta no ponto do caboclo. Que exalta os orixás. Que é acompanhada do berimbau. Bate cabeça no congá. Roda no samba, na capoeira e na gira. Que é cantarolada no compasso das caixinhas de fósforos. Batucada nos botecos. A poesia é brasileira, por excelência, sim senhor! A boa poesia não dá ponto sem vírgula e nem nó sem laçada. É bateiada, lavada e apurada nas lavras das Gerais. Atravessa os pampas de bota e bombacha. Corre nas vaquejadas de gibão e chapéu de couro. É irmã do coco, xaxado, baião. Frevo, maracatu, xote e forró. Do lundu e do maxixe. Está no frango com quiabo e angu, no chimarrão, no tereré. No pãozim de queijo e no ora pro nóbis. A boa poesia está na jabuticaba e na pitanga. No poetrix, no ecosys, na aldravia, poema correio, poema processo, poema concreto, tropicalismo e marginália. Na charqueada e cavalhadas. Na folia de reis e no carnaval. A boa poesia não obedece fronteiras, não reconhece convenções, não é blazé. A boa poesia não está na erudição e no rebuscar infatigável nos baús da Flor do Lácio. Tem Sertão e Veredas. Riobaldo e Diadorim. É Tonico e Tinoco, Pena Branca e Xavantinho, Tião Carreiro.
A boa poesia é nobre como o Pau Brasil. É bela como a arara azul, arredia como o mico leão dourada e melodiosa como o uirapuru. É forte como o caboclo brasileiro. É resiliente como o negro brasileiro. É madeira de lei. É Catulo e catira. É Paixão e Patativa. É cerarense e do Assaré. Corre nas veias de Ariano, Oswald, Mário, Drummond, Manoel de Barros e Bandeira. É Cabral, é Caruso, Angela, Vallias, Vyrena, Pádua Elias, Barreto, Dilercy, SoaresdaSilva,Petrônio,Gilberto,Janaina,JCLacerda,SrLiberato,Leandro, Leomária,Rodrigo, Tamirys, Vanda e Aurineide. A boa poesia é sincretismo, é improviso, é Brasil. Poesia Pau Brasil.
Nossa Capa
Leandro Freire é nosso capista.
Além do mais é designer, videomaker, compositor, poeta, nasceu no Rio de Janeiro em 25 de abril, é técnico ambiental e blogueiro. Editor do blog O Incrível Mundo das Idéias http://oincrivelmundodasideias.blogspot.com.br/
Um Brinde à Poesia Pau Brasil “Paródia do Hino Nacional Ouviram da Picanha as carnes flácidas De um Peito heróico o brado retumbante, O Acém da liberdade, em Paios fúlgidos, Brilhou no céu da Alcatra nesse instante. Se o Cupim dessa igualdade Conseguimos conquistar com Bucho forte, Em teu seio, ó liberdade, Desafia o Coxão Duro a própria morte! Alcatra amada, E bem grelhada, Salve! Salve! Pernil, um sonho intenso, um Paio vívido, De amor e de esperança à grelha desce, Se em teu formoso céu, risonho e límpido, A imagem do Braseiro resplandece. Churrasco pela própria natureza, És belo, és forte, impávido Pescoço, E o teu futuro espeta essa grandeza. Grelha adorada Entre outras mil És tu, Pernil, Alcatra amada! Dos filhos deste solo És mãe Pernil, Alcatra amada, Brasil! Fincado eternamente em espeto esplêndido, Ao som do mar e à luz do céu profundo, Fulguras, ó Brasil, Filé da América, Ponta de Agulha ao sol do Novo Mundo!
Do que a Grelha mais garrida Teus risonhos, lindos campos têm mais carne, “Nossos bosques têm mais vida”, “Nossa vida” no teu seio “mais churrasco”. Alcatra amada, Idolatrada, Salve! Salve! Pernil, de amor eterno seja símbolo O Fígado que ostentas estrelado, E diga o Coxão Mole dessa flâmula - Gás no futuro e brasa no passado. Mas se ergues da Lingüiça a clava forte, Verás que um Filé teu não foge à luta, Nem Tender, quem te adora, a própria morte. Grelha adorada Entre outras mil És tu, Pernil, Alcatra amada, Brasil! Dos Filés deste solo És mãe Pernil, Alcatra amada, Brasil! * Francisco Manuel da Silva Joaquim Osório Duque Estrada & André Vallias”
Ângela Matos – MG
MiniBio Ângela Matos é mineira de Jampruca, professora, com Licenciatura Português/Inglês, 12 anos de atuação na EJA e 16 no ensino médio, artesã e poeta. Tem dois livros publicados: Camuflagens do Amor e Devaneios. Foi casada por 7 anos e ficou viúva. Hoje, numa nova relação, é casada há 25 anos, tem 2 filhos casados e sem netos. É amante da natureza e de tudo que amplia o AMOR. WhatsApp (33)84163038. Confira https://www.facebook.com/angela.matos.39948
Ser jovem
Viver o novo e despertar para a alegria; de bem com a vida! Juventude que transborda Dentro d'alma salta O amor pelo transcender das limitações. Cura , Alivia, Desabrocha... Flamejante como vulcão. Não existe o tempo. Não existe a idade. Importa viver com alegria. Momentos que não mais tornam; voam... Envelhecer com ternura. Amante de tudo que sublima... De tudo que transforma e exalta! A estima vai ao topo! E o amor? Define tudo!
Ângela Matos – MG
Antonia Nery Vanti ( Vyrena ) – RS
MiniBio
Vyrena – Antonia Neri Vanti, gaucha de Santiago nascida em 16 de fevereiro, casada, mãe de um casal de filhos e avó de um casal de netos. Confira https://aneryv.orgfree.com
Amanhecer Abro a janela o ar fresco da madrugada bate em meu rosto amarrotado pela noite de sono. Meus olhos ainda entorpecidos, por entre as pálpebras, semi fechadas, espiam o sol que mal vem despontando, do outro lado do rio. O horizonte está rubro como que iluminado por mil tochas que se multiplicam ao se refletirem no espelho das águas. Sorrio, encantada, com essa beleza sem par. O ar fresco dá-me calafrios, faz-me estremecer. Nem assim, da janela me afasto. O olhar cativo fica preso a esse espetáculo ímpar, com que a natureza o está presenteando! Antonia Nery Vanti (Vyrena) Direitos autorais reservados® Antonia Nery Vanti – Vyrena – RS
Antonio Cabral Filho – RJ
MiniBio
ACF é mineiro de Jampruca, ex distrito do município de Frei Inocêncio, nascido em 13 de agosto de 1953, técnico em contabilidade, agente publicitário, produtor cultural, 15 livros autorais, 75 coletivos, antologista, poeta, promove o concurso Antologias 100 já na quarta edição com o tema rapariga. Confira https://antologiabrasilliterario.blogspot.com.br
SOMBRA Se eu me movo e caminho ou não O mundo se move comigo E junto segue outra pessoa Em forma de sombra. Aonde eu vou ela me segue À frente, atrás, aos lados, Mas me segue, incontinente, Alheia à minha vontade E livre do que diz a metafísica. É a sombra Que não me deixa em momento algum, Mais do que possa minha vã curiosidade Imaginar como isso tudo se dá. E o mais interessante entre nós É que vivemos pacificamente Em relação ao espaço E nenhum de nós quer saber Quem tem prioridade, Quem ocupa mais ou menos latitude, Quem chega ou quem parte primeiro, Se estamos convictos De que só existimos juntos.
Antonio Cabral Filho – RJ
Antonio de Pádua Elias de Sousa – MG
MiniBio Antonio de Pádua Elias de Sousa – Formiga – MG, Membro da Academia Formiguense de Letras – AFL, formado em administração, blogueiro, casado, três filhos, poeta e trovador, milita na imprensa literária local e nacional, participa de concursos e integra várias antologias nacionais, soma 58 anos. Pau – Brasil
Cientificamente, Paubrasilia enchinata, bela madeira de lei, na Mata Atlântica a origem nata, que outrora, da floresta, era rei. Sua flor amarela e vermelha com fruto em vagem entre espinhos. Este ao Ipê se assemelha, que no comércio estrangeiro, abriram caminhos. Estiveram próximo da extinção, num desmatamento desenfreado. Vindo de um imperador a conscientização, qual reprimiu a demanda do mercado. Nossa árvore símbolo, hoje em dia, ela, ao país, o nome emprestou. Aos preservacionistas, é motivo de alegria. e ao mundo, suas belezas, divulgou. És madeira de enorme robustez, não sendo por pragas, atacada, por isso a nossa lucidez, em fazê-la representar a pátria amada. 31/03/2017
Antonio de Pádua Elias de Sousa – MG Araci Barreto – RJ
MiniBio Araci Barreto nasceu no Rio de Janeiro – Rj em 1942, escritora, poeta, promotora cultural, é fundadora e dirigente do Postal Clube, através do qual editou 16 Antologias nestes 27 anos de atuação, além de ter editado O Jornalzinho, órgão que veiculava a produção dos associados. Confira www.postalclube.com.br
Brasil – 517 Anos
Nossa terra tem palmeiras,
Cajueiros, bananeiras, “em se plantando, tudo dá. Terra rica, Terra santa... Pelas ruas, a criança, Não tem escola nem lar. Os índios são maltratados, Os velhos, abandonados... Salário mínimo é esmola... E toda a riqueza da Terra, Ha quinhentos anos navega Para as terras de alem-mar. Nesta terra Brasileira, Tão bonita e hospitaleira, “gringo” é bem recebido... - transações comerciais! – Nos palácios atapetados, Conversas, encontros velados E ... Lá se vão as estatais! Mas nossa Terra tem também, Rede Globo, Jornal Nacional, E ali fica tudo acertado: Um Prefeito foi cassado, Prenderam um marginal”. Assiste-se, logo depois, a novela E vamos dormir. Amanhã será outro dia, Quinhentos anos de Terra Bela, rica e generosa, Fazendo a felicidade De uma “gang” poderosa.
Araci Barreto – RJ Aurineide Alencar – MS
MiniBio
Aurineide Alencar Formada em Letras e pós-graduada em Metodologias do Ensino Superior e em Ciências da Educação. Mestranda em Ciência da Educação. Autora dos livros: Nas veredas do cordel e Vida em Verso. 70 folhetos de cordéis publicados. Participação em mais de 20 Antologias. Vários prêmios Literários, constando em alguns, 1º, 2º e 3º lugar.
O Trem – 19/02/2016
A vida é um trem, Que mesmo andando devagar Nunca para no meio da estrada! As fazes da vida são as estações, Onde o trem para tão rapidamente, Que sequer dá tempo para escolher Se irá ficar ou seguir. O trem da vida passa por caminhos Tortuosos e assombradores. Porém passa por montanhas E vales encantadores, Onde o sol nasce todos os dias Trazendo alento e esperanças. Passa por jardins e bosques Cheios de espinhos e provações, Mas cheios de rosas coloridas Da perseverança! A criança é a estação de partida. Ao sair o trem, O toc toc dos trilhos do coração, Só tem uma certeza, Que ao passar por cada estação Estará chegando mais e mais Próximo do desembarque final, Que é a estação da morte. Para quem tem Deus como maquinista, Sabe que escolheu o melhor vagão, Pertinho de Jesus, A caminho da salvação!
Aurineide Alencar – MS Dilercy Adler – MA
MiniBio Maranhense de São Vicente Férrer, nascida em 07/07/1950. Doutora em Ciências Pedagógicas, especializada em pesquisas nas áreas de psicologia e sociologia. Tem 12 livros publicados, organizou 12 antologias e integra mais de cem antologias nacionais e internacionais. Fundou e preside a Academia Ludovicense de Letras – ALL e integra muitas outras entidades litero-culturais, tendo conquistado até agora inúmeras premiações literárias.
Homem-natureza
Homem- natureza Natureza- homem relação intensa relação de vida às vezes tranquila às vezes insana ... homem- natureza natureza humana homem sobre a natureza dominando-a exibindo a sua força a sua inteligência... a natureza se subordina às vezes se abandona aos caprichos do homem e adormece embevecidamente... como se ouvisse uma canção de amor... mas às vezes acorda levanta-se enfurecida mostra a sua força e se revela na sua essência - cavalo selvagemindubitavelmente indomável!...
Dilercy Adler –MA Fabiano Soares da Silva – RJ
MiniBio
Cidad찾o fluminense nascido em S찾o Jo찾o de Meriti, crescido em Belfort Roxo, poeta, professor e produtor audiovisual. Tem 15 livros publicados, edita a Folha Cultural Patax처 e o blog https://fcpataxo.blogspot.com.br
precede o dia dos mortos
Ele estava morto Sem mesmo saber. Já estava traído pelas Mulheres que amou. Perseguidos pelos inimigos que ajudou Ou compreendeu. Com o bumerangue que lançou Feriu-se a cabeça Ao dar às costas a seu feito. Seus filhos se abortaram Diante da vida dura e premeditada Que já haviam preparado. Suas mulheres tão inspiradas por ti Mesmos as confusas, as distraídas, As comprometidas, as loucas, as desejosas.
Descobriram-se em uma noite E deleitaram-se mutualmente em êxtase Tão belo e simplesmente dançaram O canto de suas próprias vidas. Já estava morto Mas não sabia.
Enquanto se fingia de coitado, Julgava as mulheres Com quem já havia se deitado. Morrera com seu próprio vinho, Com seu próprio orgulho, Seu próprio caminho Feito sob medida Para passos indigestos E possivelmente esperados.
Fabiano Soares da Silva – RJ
Francisco Ferreira – MG
MiniBio
Poeta, trovador, delegado da UBT de Conceição do Mato Dentro – MG, dicionarista, promotor cultural, detentor de vários prêmios literários, funcionário público, contista e editor do blog Impalpável Poeira das Palavras https://impalpavelpoeiradaspalavras.blogspot.com.br/
Seleta de Poetrix Suicida De tantas mágoas revestida que, ressentida, despiu-se da vida. * Filme Barato Em todas as manhãs reprisa o espelho um flash back de mim. * Oxelfer Ao ver-me no espelho espanta-me o espectro de espantalho. * Caçada Acuada e ferida vocifera a fera. * Manifesto República à revelia, a recusa aos recursos resulta em revolta
Francisco Ferreira – MG Gilberto Cardoso dos Santos – RN
MiniBio
Cordelista, trovador, poeta, promotor cultural, radialista, professor e blogueiro. Acesse Blog do Gil - http://bloggcarsantos.blogspot.com.br/ e Blog da APOESC - http://apoesc.blogspot.com.br/
Poesia
Poesia é Tom suave Águas de março em abril Jangada, bolha na trave É pedra, é pau-brasil Trovas Caímos em grande ardil Por causa do homem mau Tínhamos o Pau Brasil E agora o Brasil no pau. Que o congresso defira Este meu desejo crítico: Seja o Dia da Mentira Também dia do Político. Congresso Belo pelo fino trato, Tentava impressionar; Com discurso caricato, Falava em modernizar; Apesar do aparato, Era feio e sem recato, Do dólar e não do lar.
Gilberto Cardoso dos Santos – RN Janaina da Cunha – RJ
MiniBio Escritora, produtora multimídia, assessora cultural, jornalista, poeta, atriz, autora do livro Entrega – a essência da mulher, pela Editora NITPRESS, dirige os projetos Identidade Cultural e Movimento Culturista, ambos voltados para a valorização da cultural popular. Acesse Santos e Profanos - http://janainadacunha7.blogspot.com.br/ e seu Perfil Facebook https://www.facebook.com/Janainadacunha , mas é acima de tudo bisneta de Euclides da Cunha.
CANTO
(Aos Guerreiros e Guerreiras Servidores Públicos Estaduais do ERJ que defendem com coragem seus Direitos como cidadãos e lutam bravamente contra um governo Corrupto, Desumano e Criminoso) Como dizia Martin Luther King, "Não tenho medo do grito dos maus. Tenho medo do silêncio dos bons". Por isso eu Canto. Canto promessas insanas ao vento sem saber onde vão cair. Canto dores sombrias, almas sem rostos e sentimentos que nunca senti. Canto no canto do silêncio de quem não tem voz infinitas palavras para quem não deseja ouvir. Canto nos quatro cantos o canto melancólico dos desgraçados, as faces camufladas do preconceito e a maldade escondida por trás das máscaras. Ignoro a todo instante os apelos vãos de quem clama por minha sensatez e me rebelo diante da imagem distorcida que vejo diante do espelho. Quem sou eu? Quem são vocês? Não concordo com o canto de quem se engana que a destruição do mundo é culpa dos canalhas e corruptos.
Mentira... mentira! A culpa é da omissão de quem se cega, da surdez de quem finge não escutar e da boca covarde que se cala diante da indignação. Levanto minha voz contra a hipocrisia e o comodismo dos que me cercam e canto! Sim... eu me atrevo e canto! Canto as lágrimas dos inocentes, a angústia da mãe que reza e o pai que volta para a casa de mãos vazias. Canto a fome dos miseráveis, os pesadelos de quem dorme na impunidade e os demônios deitados em camas ricas de uma consciência sem lei. Eu canto mesmo sem saber cantar porque a pimenta que arde na sua língua é a Poesia Viva que queima em mim!
Janaína da Cunha – RJ José Carlos de Arruda – RJ
MiniBio Rio de Janeiro, 1957, professor, escritor, dirige dois blogs: um de literatura e outro de português. Integras as Antologias DelSecchi vol XXVI, Antologia Marcelo O.Souza São Paulo – SP e Antologia Café com Poemas, Salvador – BA. Confira: Facebook https://www.facebook.com/josecarlos.dearruda
Momentos
Em todas as partes do mundo, há o inesperado momento capital. Que causa espanto quando chega, Entra sem bater, como um selvagem e faminto animal. Não é bom, é quase sempre diferente da mão que aconchega. Estar ou não estar preparado, para isso não importa. Haverá na maioria das vezes decepções e amarguras, Que por mais que você lute contra, o seu coração não comporta, Nem que o mesmo seja amplo, será corroído por coisas impuras. Aos poucos você sente que é hora de optar. No amanhã a solução de agora, esbarrando hoje, lembrando ontem. Com os pensamentos dilacerados, acha que melhor é parar. Para você é difícil, para os outros é fácil, pois que cantem. A todos competem, vem de encontro, isso não se pode negar. Que ninguém se preocupe, e que a todos encantem.
José Carlos Lacerda – BA Júnio Liberato Luz – MG
MiniBio
Poeta, músico, vidiomaker, compositor, autor do CD Poesias do Corpo e da Alma, lavrador, performer, mineiro, natural de Taquaruçu, vinte anos.
Sites Recanto das Letras http://www.recantodasletras.com.br/autores/srliberato Youtube https://youtube.com/channel/UCvcHTIQyoxsmeAUqVflC35g Nossa Juventude
Hoje é dia mundial da juventude, Mas, a nossa juventude está morrendo! Veja só que loucura, Nesta realidade tão dura! Nossa juventude está "simplesmente" desaparecendo! Assim como a poeira da estrada, Que logo se apaga, Assim, como a névoa da manhã! Que logo se espalha! Está sim se acabando! Tal como a natureza, Ano após ano... Meu Deus, mas que tristeza! Num país de tanta riqueza, A juventude não está vigorando! A maioria dela está perdida! Tomam uma estrada sem volta, Pondo fim em suas vidas... A juventude está desconhecendo a fé, E assim ela não se mantém de pé! Nossa juventude está padecendo nas drogas, E assim, tão cedo ela vai embora! Nossa juventude está cada vez mais violenta! É dada a sentença! Milhares de jovens morrem todos os dias! Meu Deus! Quanta violência! Nesta sociedade primata, A segurança é cada vez mais fraca, E quem perde, é o pacato cidadão!
Júnio Liberato Luz – MG Leandro Freire – RJ
MiniBio Designer, videomaker, compositor, poeta, nasceu no Rio de Janeiro em 25 de abril, é técnico ambiental e blogueiro. Editor do blog O Incrível Mundo das Idéias http://oincrivelmundodasideias.blogspot.com.br/
A Lenda do Guerreiro Crítico
A minha língua é minha arma! É minha sina, é meu carma. É minha espada flamejante. É meu ultimato altissonante. Lutar contra a ganância, O exército da ignorância. Degolar o ego do egoísmo, Vencer com luz o abismo! Sim! A minha língua é minha arma! E a palavra é minha farpa. E é meu mundo, e é meu tudo. E meu coração é meu escudo! Não me calar no mar dos mudos. Não afogar entre os sisudos. Ouvir por entre os surdos. Não paralizar nos absurdos. E hei de lutar mais vã luta! E hei de vencer a besta enxuta! Eu, em minha própria ala! Eu, e minha espada que fala...
Leandro Freire – RJ Leomária Mendes Sobrinho – BA
MiniBio Nasceu em 13/11/1962, Salvador – BA, educadora, escritora e poeta com vários livros publicados. Edita o blog Academia Virtual da Poesia http://academiavirtualdapoesia022016.blogspot.com.br/
Pau Brasil
Paubrasília echinata é o gênero da árvore, Onde a madeira é de tonalidade vermelha e escura, Em nossas vidas virou folclore Com seus quinze metros de altura. Na zona da mata pernambucana, Á época do Brasil colônia, Local de maior incidência, onde já era soberana. Seu museu é no município de Glória da Goitá, que ironia. Árvore de flores amarelas e espinhos. “Arabutã”, “Ibirapitanga”, “Ibirapiranga”e “Ibiratá”. “Orabutã” e tem tantos outros carinhos, Motivos para nossa festa. Árvore símbolo do Brasil. Representa uma distinta e única linhagem Evolucionária. Que lhe conferiu o direito de ter um gênero próprio Por ser responsável pelo País ter o nome que tem, É extraordinária! O seu valor é um grande acessório. Este é o Pau-Brasil!
Leomária Mendes Sobrinho – BA
Paulo Roberto Oliveira Caruso – RJ
MiniBio
Poeta, contista, cronista, carioca residente em Niterói, advogado,administrador, servidor público, nascido em 19/07/1975, membro de dezenas de entidades literárias, preside a Academia Brasileira de Trova e promove concursos literários através do site Reino dos Concursos http://www.reinodosconcursos.com.br/index.php
Vera Amada Minha
Tu não trazes litanias A meu ser acostumado A Perjúrio e Perfídia, O casal sempre na mídia E no mundo inebriado Destes nossos falsos dias.
Os dois fazem rebentos Como pútridas sementes Em intenso farfalhar... Tu trazes-me momentos Que transformam os repentes Em beleza a borbulhar.
Paulo Roberto de Oliveira Caruso – RJ Rodrigo Bro – MG
MiniBio É poeta, artista plástico, professor, mineiro, reside em Belo Horizonte. Edita o blog Ofertório de Prazeres – http://ofertoriodeprazeres.blogspot.com.br
O Amor Me Devora
Fez-se oceano O rio da minha infância Onde para que o amor me devore O desejo me lança. Deixo-me devorar Pois de que vale o eterno Sem as fugazes delícias do existir? Com boca caprichosa de veneno O amor me devora E sei bem dos rios Que choram de encanto Por serem linhas do manto Que tecem as ondas do mar. Com abstinente boca O mar me afaga Afoga Deflora Com sal Saliva e carícia O amor me devora.
Rodrigo Bro – MG Tamirys Morais – MG
MiniBio
É natural de Conceição do Mato Dentro (MG), nascida em 11/9/1997, está finalizando o curso de Professora em Educação Infantil, gosta de escrever sobre o amor e seus reflexos. Começou a escrever recentemente e apresentada à trova, se apaixonou pelo estilo.
Trovas Sobre o Amor
Do momento em que te olhei, meu coração se alegrou, senti que me apaixonei, e nosso amor prosperou. Hoje admito que mudei, esperava este momento, pois desde quando te olhei, não me sai do pensamento. Se brilham tanto ao me ver, são olhos de apaixonado, meu pensamento a querer, ter você sempre ao meu lado. A saudade é engraçada, por mais que nós a matemos, não perece, a desgraçada, com mais vida ainda a temos. E só o calor de meus braços pra esquentar seu coração e dar fim, com meus abraços, em tamanha solidão.
Tamirys Morais – MG
Vanda Salles – RJ
MiniBio
Fluminense de Italva, reside em São Gonçalo, professora aposentada, poeta, escritora, artista plástica, graduada em letras e arteterapia pela UERJ, edita o blog Museu Pos Moderno de Educação http://wwwmuseuposmodernodeeducacao.blogspot.com.br/ e promove eventos culturais como I Encontro Estudantil de Arte Contemporânea, realizado entre os dias 25 e 27 de maio de 2017. BREVE
Rapariga, não me diga nem de leve, ninguém se atreve? Como? Gomo? Aprumo e sigo Remando contra a corrente. Chego. Breve. Breve!
@ Vanda Lúcia da Costa Salles – RJ 2/4/2017