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Literatura
João Pedro Oliveira da Silva Pereira Barroso | 12.º B
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Esta frase de Eça de Queirós deve-nos interpelar e fazer com que pensemos nos fatores sobre os quais se constrói e desenvolve uma nação.
Façamos uma breve volta ao mundo, demoremo-nos um pouco mais olhando o nosso continente. O que podemos observar? Imensos povos, todos diferentes, cada um com as suas crenças, com as suas tradições, com a sua história e com uma língua própria. Nesta curta viagem conseguimos identificar algumas bases de uma nação.
Uma nação é um grupo de pessoas, habitante de um país, partilhando uma história, cultura, tradições, uma língua, uma cultura, entre outros fatores que os distingue e os torna únicos.
Foquemo-nos em Portugal, uma nação com uma grandiosa história, grandiosos feitos dos quais nos alegramos. Isso, na minha opinião, é a razão pela qual uma nação vive, o orgulho na cultura (história e tradições).
Por exemplo, o nosso povo, com simples naus e caravelas, conseguiu descobrir novos lugares e tornar-se numa potência; com papel e tinta, deu a conhecer ao mundo as mais belas histórias que, apesar da época em que foram escritas, permanecem intemporais; com a voz, o fado, foi / é capaz de tocar no coração do mundo que, mesmo sem entender a nossa língua, sente e não fica indiferente ao escutá-lo.
Esta nação prevalece, “porque pensa” e, a meu ver, este “pensar” refere-se à capacidade de sermos capazes de nos adaptarmos aos tempos, sem nos esquecermos de quem somos, ou seja, um povo amistoso e acolhedor.
Assim, concordo com a frase de Eça de Queirós, na medida em que, “uma nação só vive” se tiver uma base da qual se orgulhe; “porque pensa”, se apresentar a capacidade de se adaptar aos novos tempos.
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A diferença entre o homem e a mulher
Francisco José Pedrosa Pina e Silva, Guilherme Oliveira Silva | 10. º C
As mulheres, no século XIV, tinham uma vida bem diferente dos homens naquele tempo. Enquanto os homens trabalhavam nos campos e faziam os trabalhos que os senhores lhes mandavam fazer, seja na agricultura, na pastorícia ou na pesca, as mulheres tinham de ficar em casa a fazer os trabalhos domésticos e a tratar dos filhos. Esta ideia existia, pois, os papéis das mulheres eram vistos rigidamente como, biblicamente determinados, realçando-se citações como: “Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher”. Um marco no que diz respeito à história das mulheres durante a Idade Média foi a sua perseguição, mais conhecida como “caça às bruxas”. Foi um genocídio praticado contra o sexo feminino, na Europa e nas Américas, em que muitas mulheres sofreram agressões e até perderam a vida por serem consideradas feiticeiras, ou seja, porque se insurgiam contra as tradições e questionavam o sistema.
O povo na Crónica de D. João I de Fernão Lopes
O povo de Lisboa é uma das personagens da Crónica de D. João I que se reveste de uma importância capital para o desenrolar dos acontecimentos que culminarão no início da dinastia de Avis, sendo, por isso, considerado uma personagem épica e coletiva.
Uma personagem épica é aquela que realiza ações em grande escala, de superação, e uma personagem coletiva é aquela que representa um grupo de indivíduos que age por uma só vontade e é animada por sentimentos, interesses e objetivos comuns.
No capítulo 11 da Crónica, encontramos a população de Lisboa a agir corajosamente e em comunidade para tentar salvar o Mestre de Avis, que, aparentemente, se encontrava em perigo, ameaçando incendiar os Paços da Rainha e mostrando, de seguida, uma enorme alegria por ele estar salvo.
Por sua vez, no capítulo 148, em “Esforçavom-se uus por consolar os outros, por dar remédio a seu grande nojo…”, observamos que, apesar de todas as gentes de Lisboa atravessarem um período muito complicado com o cerco do inimigo, tentavam, porém, ajudar o próximo nem que fosse com algumas palavras de consolo.
Podemos, então, concluir da leitura dos diversos capítulos da Crónica de D. João I que o povo de Lisboa teve um papel ativo e decisivo neste período da História de Portugal, e que Fernão Lopes o evidencia, mostrando a enorme consciência de comunidade deste povo, e que o desfecho dos acontecimentos adveio do empenho, da sua força defensiva e anímica e da sua motivação coletiva.
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O papel da Mulher e do Homem nas cantigas de amigo
Alexandre Miguel Rodrigues Martins, Ricardo André Leitão Campinho | 10.º C
Ainda que a grande maioria dos poetas medievais fossem homens, utilizavam o ponto de vista feminino, nas cantigas de amigo, que têm como tema o erotismo feminino e os conflitos resultantes da ausência do 'amigo'.
As donzelas eram oriundas de um meio popular e rural, bem como os respetivos amigos.
Por norma, eram caracterizadas como belas, elegantes, alegres, («louçãs», «velidas», «ledas», «delgada», «fremosa»). Quanto aos estados sentimentais das donzelas, estas podiam revelar timidez; alegria; ansiedade; saudade; inexperiência amorosa; ciúme; arrependimento, entre outros.
Há a acrescentar que as jovens viviam numa sociedade patriarcal, o que era sinónimo de falta de liberdade, nomeadamente para se encontrarem com os amigos. Também não podiam mostrar publicamente os seus
sentimentos ou desejos, pois podiam ser mal interpretadas pela sociedade. Assim sendo, as confissões e desabafos que faziam eram sobretudo com jovens que tinham os mesmos problemas ou com a natureza, que não os contava a ninguém.
“Amigo” significava, no contexto das cantigas, “amante” (aquele que ama) ou “namorado” da jovem donzela, estando, frequentemente, ausente, pois encontrava-se no mar ou na guerra, sendo, também, muitas vezes, traidor e mentiroso.
Porém, o relacionamento amoroso surgia de um sentimento espontâneo num plano de igualdade.
Eis um exemplo de uma cantiga de amigo escrita pelo Rei D. Dinis:
Ai flores, ai, flores do verde pino, se sabedes novas do meu amigo? ai, Deus, e u é?
Ai flores, ai flores do verde ramo, se sabedes novas do meu amado? ai, Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo, aquel que mentiu do que pos comigo? ai, Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amado, aquel que mentiu do que mi a jurado? ai, Deus, e u é?
Vós me perguntades polo voss’amigo? E eu ben vos digo que é viv’ e sano ai, Deus, e u é?
Vós me perguntades polo voss’amado? E eu ben vos digo que é viv’e sano ai, Deus, e u é?
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45 Análise da cantiga
Novos conceitos de famílias e “Os Maias”
Manuela Alexandra Cunha Oliveira | 11.º TR
No fim do estudo do romance de “Os Maias” de Eça de Queirós, consegui perceber que existem novos tipos de famílias, as famílias monoparentais. Carlos Eduardo da Maia cresce numa dessas famílias com a presença do avô, uma vez que a mãe o abandonou em pequeno e o pai se mata porque é traído e abandonado pela mulher. Antigamente estávamos habituados a um modelo de família triangular ou tradicional, que eram os pais e os filhos, atualmente esse modelo já não é tão normal e o que vemos hoje é mãe e filho; pai e filho; madrasta, pai e filhos do pai; mãe, padrasto e filhos da mãe como neste romance em que Maria Eduarda é criada com a mãe e o seu padrasto; avô e neto que também é possível ver neste romance com Carlos Eduardo e Afonso da Maia, entre outros tipos de famílias.
Este tipo de famílias faz muito sentido uma vez que o pai ou a mãe pode não saber ter esse papel e não amar os filhos como tinha de ser. Neste romance, Carlos é criado pelo avô, mas recebeu uma educação errada, à inglesa.
Para concluir posso dizer que, pais não são aqueles que criam, mas sim aqueles que dão amor e que estão sempre na nossa presença. Eu vivo numa família monoparental, com a minha mãe e com os meus irmãos e consegui perceber por volta de há três anos atrás que estou melhor assim, porque a presença do meu pai não me fazia bem, assim como Carlos Eduardo que foi criado pelo avô, onde este foi aquele que mais amor lhe demonstrou apesar de todos os contratempos.
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Saúde Mental e Antero de Quental
Bruna Carvalho Rodrigues | 11.º TR
Na minha opinião todos nós, de todas as idades, que seja criança quer seja adulto, seja homem quer seja mulher, podemos sofrer com problemas relacionados com a saúde mental. A saúde mental de uma forma simples é a capacidade de nos sentirmos bem connosco próprios e na relação com outras pessoas, sermos capazes de lidar de forma positiva com a vida e com os seus contratempos e, termos confiança em nós mesmo e não ter medo do futuro. Na minha perspetiva e também pelo que temos visto ultimamente temos tido cada vez mais pessoas a sofrerem destes problemas, que seja por causa do trabalho, da vida das pessoas e um exemplo atual, que estamos a passar no momento o confinamento - derivado a toda uma pandemia. A saúde mental abrange vários problemas desde a ansiedade, a depressão, demências, atrasos mentais, esquizofrenia, mal-estar psicológico, stress contínuo e por fim a dependência de álcool e drogas. A depressão encontra-se como a sendo a doença mental mais frequente e na minha opinião é um dos problemas mais graves já que este pode levar ao suicídio. Estes problemas podem derivar por causa da entrada em novas escolas, a adolescência, a perda de alguém muito próximo, entre outros.
Temos o exemplo do escritor, Antero Quental que vivia constantemente numa angústia com a sua vida, o pessimismo que levava consigo, a ansiedade que apresentava, tudo isto juntamente com o seu problema de saúde levaram a que o mesmo se suicidasse, visto que já não aguentava mais. Porém, mesmo estando com estes problemas e a querer desistir da própria vida, conseguia escrever os seus poemas, que na minha opinião são bons poemas e que gostei de os estudar na disciplina de Português. Antero Quental estava num estado de depressão, porém não pedia ajuda. Antero escrevia os seus poemas que eram sonetos - com duas quadras e dois tercetos e eram decassílabos. Este poeta açoriano escreveu poemas como “O Palácio de Ventura”, “Despondency”. Antero era extremamente preocupado com a justiça social e pertenceu à geração de 70. Para concluir, a saúde mental é um problema grave e que não o podemos ignorar e devemos ajudar quem os está a enfrentar. Antero de Quental, sofrendo com uma depressão, compra um revólver e suicida-se a 11 de setembro de 1891.
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Os Mitos de Hades e de Caronte nos Autos das Barcas de Gil Vicente, em especial na estrutura do Auto da Barca do Inferno.
António Gonçalves Carvalho | Diretor da Escola
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Escrita criativa a partir de palavras terminadas em -ante.
Margarida Eiras Faria | 9.º A
Em mais um dia igual a todos os outros, Dante acordou e dirigiu-se à sua vida monótona de palestrante, que consistia em dizer todos os dias, as mesmas coisas a pessoas diferentes.
A sua vida era tão constante! Mas, nesse mesmo dia, conheceu uma rapariga - ela era tão elegante e deslumbrante que chamou de imediato a sua atenção de um modo especial. Entretanto, a palestra acabou e por entre beijos e abraços de despedida, ela já tinha ido embora. Dante pensou tristemente que nunca mais a veria.
Estava já de férias quando decidiu explorar a cidade. Andando pelas ruas, viu de tudo, desde de comediantes a feirantes, e até viajantes até que, por acaso, esbarrou com uma moça. Por um pequeno instante pensou em pedir desculpas e virar costas. Porém, quando se dirigiu para a cumprimentar e a viu, sentiu as borboletas na barriga: era a mesma rapariga que ele vira na palestra. Embaraçado, convidou-a ir a um café, onde, mais tarde, trocaram os números de telemóvel.
As férias acabaram e Dante retornou à sua vida aborrecida, mas o que ele não esperava era que, a partir do dia seguinte, a brilhante jovem passasse a assistir todos os dias às sua palestras. Ela dera-lhe um novo motivo para se erguer da cama todos os dias. Deste modo, o tempo foi passando e eles aproximaram-se cada vez mais. Ela até fora dormir uma noite a casa dele.
Eles teriam vivido felizes para sempre se tudo isto não passasse de um sonho, efeito dos calmantes que lhe eram receitados na ala psiquiátrica, onde estava internado fazia dois anos.