Diagnóstico do Recife & Proposta Estratégica Urbanística - Vol. I e Vol. II

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Diagnóstico do Recife // Proposta Estratégica Urbanística Volume I AdrianaAntônioCantaliceNovaesCamilaPaivaJacksonFreire

Sumário 01. 02. 03. 04. 05. Formação do Território a. Origem histórica b. Evolução urbana a. Caminhos e sistema viário a. Morfologia urbana a. Análise das normativas e regra mentos a. Elementos que representam o conceito de patrimônio Página 04 Página 10 Página 36 Página 60 Página 20 Página 24 Página 42 Página 14 Página 28 Página 32 Página 52 Página 56 b. Meios de transporte que por eles circulam b. Saneamento integrado c. Divisão por comunidades, bairros e RPAs c. Fluxo de modais c. Redes diversas d. Mobiliário urbano geral UrbanaInfraestruturaII Patrimônio Cultural Legislação UrbanaInfraestrutura IVolume

06. 07. 08. 09. 10. a. Mapeamento e análise dos usos e atividades por predo minância a. Classificação geral de b.vaziosPotencialidades, desafios e c.diretrizesRecorte da área específica e. Intervenção d. Propostas, facilidade e tempo de intervenção a. Quem mora e quem utiliza o território? a. Cobertura vegetal e recursos hídricos Página 66 Página 86 Página 82 Página 70 Página 90 Página 74 Página 78 b. Gabarito e paisagem b. Usos e dinâmicas do terri tório c. Elementos marcantes d. Equipamentos de uso público Uso e Ocupação Meio NaturalAmbiente Socioeconomia UrbanísticaEstratégicaProposta BibliográficasReferências Página 94 Página 126 Página 132 Página 142 Página 136 Página 154 IIVolume

Formação do Território 01. Origem histórica a. Evolução urbanac.b. Divisão por comunidades, bairros e RPAs

a. Origem histórica

6 01. Formação do Território SÉC. XVI SÉC. XVII

TORRE MADALENA JAQUEIRA PARNAMIRIM Torre (arrabalde do Recife), com vista para a Fábrica da Torre ao fundo, aproximadamente 1910. Coleção José de Paiva Crespo. Sobrado Grande da Madalena, atual Museu da Abolição, em cujo terreno foi construída a segunda sede da Escola Joaquim Távora (Fonte: FUNDAJ). Aproximadamente 1920. Parque da Jaqueira durante a metade do século XX. Praça do Parnamirim, que apesar de não estar situada dentro dos limites da área de estudo, é um elemento bastante associado à imagem do bairro, assim com o Clube Alemão de Pernambuco e o Templo Mórmon do Recife.

7 a. Origem histórica 1759 1882 1888

GRAÇASPAISSANDU TAMARINEIRA DERBY Palacete do médico José de Arruda Souto Maior, situado à Rua Paissandu, nas proximidades da Ponte Madalena, cuja construção, em 1923, coube à firma J. Brandão & Magalhães. Ponte Lasserre, Atual Ponte da Capunga, 1905. Coleção Manoel Tondella, acervo Fundação Joaquim Nabuco. Hospital Ulysses Pernambucano, também conhecido como Hospital da Tamarineira. Desde 2012 este elemento é preservado pela Lei N° 17.802/2012, sendo permitida apenas a construção de parques na área. Foto de Lucia Passos. Quartel do Derby, 1928. Recife, PE - Brasil. Fonte: Recife de Antigamente.

Para defender a estrada de acesso aos engenhos do Capibaribe foi construído o Forte Real do Bom Jesus (Arraial Velho). Ele foi edificado em terra e resistiu durante cinco anos aos ataques das tropas holandesas (1630 -1635). O Forte foi completamente destruído após a rendição e hoje o local é conhecido como Sítio Trindade. O primeiro dono da faixa de terra, localizada atualmente no bairro da Torre, foi o colono Marcos André. Em 1654, houve uma disputa por terras com os holandeses, onde o sucessor das terras foi o Antônio Borges Uchoa, tal capitão gerou transformações econômicas e urbanas para o bairro, uma delas é a Ponte d’Uchoa construída nessa época.Durante o século XIX, o bairro sofreu grande influência na cidade devido a instalação da indústria têxtil, uma das primeiras do estado. Isso impulsionou a movimentação de operários e consequentemente, a construção de residências e comércio locais, muito dos quais já sofreram modificações ou foram extintos atualmente.

Atualmente considerada uma das áreas nobres de Recife, o bairro da Madalena começa sua história a partir de um engenho. A área contém aproximadamente 183 hectares e o bairro começa a ser povoado e tem sua origem pela ocupação pertencente ao engenho de Pedro Afonso Duro e sua esposa Madalena Gonçalves - de onde veio o nome do engenho e posteriormente o nome do bairro.

MADALENA SÉC. XVITORRE SÉC. XVI O nome do bairro teve origem devido a região cortada pelo Riacho Parnamirim. De origem Tupi, o nome “parnamirim” significa “mar pequeno”, devido a junção dos termos paranã (“mar”) e mirim (“pequeno”). No período da ocupação holandesa, no Recife, as tropas portuguesas recuaram para o interior, e a resistência procurou isolar o acesso aos centros produtores de açúcar. Buscando estabelecer um cerco em torno dos engenhos, tolhendo através de emboscadas o acesso dos holandeses.

JAQUEIRA SÉC. XVII

8 01. Formação do Território PARNAMIRIM SÉC. XVII

O bairro teve suas origens no século XVII. Em 1633, violentos combates ocorreram com o objetivo de tomar o forte do Arraial do Bom Jesus, em Casa Amarela. Apenas em 1766, o capitão Henrique Martins, proprietário de um sítio na época, construiu uma capela em estilo barroco, cujo nome ficou a Capela de Nossa Senhora da Conceição da Jaqueira, por densas árvores que a circundavam. Já em 1984, o terreno com 7 hectares foi cedido à Prefeitura do Recife em regime de comodato por vinte anos. Através da lei federal nº 10.175, o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) foi autorizado a doar a área definitivamente ao Município do Recife.Atualmente, o bairro da Jaqueira é predominantemente residencial e seu principal marco é o parque da Jaqueira num todo, que reúne dois espaços distintos: o sítio histórico, onde se localiza a capela e a parte destinada à prática de atividade física.

GRAÇAS 1759SÉC XVIIPAISSANDU Foi no Bairro do Paissandu, onde residiu um antigo governador de Pernambucogeneral Luís do Rego Barreto - nas antigas terras do rico colono João Velho Barreto (século XVII), que possuía uma vasta extensão onde foi palco de batalhas que trouxe comoções políticas para todo o país, a Setembrizada, um violento levante militar. No entanto, atualmente, o bairro localiza-se às margens do Rio Capibaribe, fazendo limites com o Derby, Boa Vista, Ilha do Leite e Ilha do Retiro, além disso, conta com uma área territorial de 34 hectares, e nela encontra-se a Praça Chora Menino, construída nos anos 1950, uma das primeiras obras de paisagismo no Recife por Burle Marx.

Com origem no ano de 1888, o bairro do Derby era conhecido como Estância, numa referência a estância de Henrique Dias. Em seu local foi construído um hipódromo pela Sociedade Hípica Derby Club, que deixou seu nome como herança para o bairro, após seu fim, o coronel Delmiro Gouveia adquiriu-o e transformou-o no Mercado Modelo Coelho Cintra. Em 1900, o Mercado foi destruído por um incêndio. Após a reforma, em 1924, o edifício em estilo neoclássico, abriga até hoje o Quartel da Polícia Militar de Pernambuco.

9 a. Origem histórica

DERBY Em meados do século XVIII, existia na região alguns sítios onde havia árvores de Tamarindo, vindo daí o nome Tamarineira. Em 1882, já existia o Sítio da Tamarineira local onde foi originado o bairro. Nessa época teve o início a construção do Hospital Ulisses Pernambucano, inaugurado em janeiro de 1887.

TAMARINEIRA 1882 1888 Ao contrário de outros bairros recifenses, as Graças têm origem em loteamentos do século XIX, na área do primitivo sítio que veio a ser dividido em dois, denominados de “Capunga Velha” e “Capunga Nova”. Em 1759, um trecho foi vendido para Guilherme Fischer, e o primeiro loteamento nesta área foi construído por Nicolau Gadault, conforme anúncio publicado no Diário de Pernambuco de 17 de novembro de 1835.

Um dos ponto marcante na história do bairro foi a construção de uma ponte de ferro destinada a passagem de trilhos, desenvolvida pela Companhia de Trilhos Urbanos, em 1884; a via veio a ser chamada de Ponte Lasserre, que se transformou na atual Ponte da Capunga. Já em 16 de abril de 1857, uma doação de trecho do sítio foi feita para construção de “uma capela consagrada ao culto de Nossa Senhora da Graça”. A construção prolongouse até fins de 1884 ficando como sede a Igreja de São José do Manguinho.

Formação do Território 01. Origem histórica a. Divisão por comunidades, bairros e RPAs c. Evolução urbana b.

b. Evolução urbana

Em relação à estruturação da cidade, alguns avanços ligados a legislação local foram fundamentais para obter uma evolução urbana de sucesso. Destaque para a Lei do Plano de Regularização Fundiária das Zonas Especiais de Interesse Social (PREZEIS - 1987), primeiro instrumento de reforma urbana e gestão participativa do país, tem como objetivo garantir a consolidação das comunidades nos espaços centrais; da Lei de Preservação de Sítios Históricos (1981); da Lei dos Imóveis Especiais de Preservação (1997); e da Lei dos 12 bairros (1997), com o objetivo de restringir as construções verticais no vetor noroeste do Capibaribe (Casa Forte, Parnamirim, Graças, Aflitos, Espinheiro, Jaqueira, Poço da Panela, Monteiro, Apipucos, Derby e parte do bairro de Santana). Urbanização do bairro do Derby, década de 1920. Fonte: Acervo do Museu da Cidade do Recife.

A ocupação do Recife inicia-se com o porto. Aos poucos a cidade se forma e se desenvolve numa estrutura urbana de conexões radiais que partem de um núcleo central, o marco zero. A lógica de ocupação da cidade foi orientada pelo arranjo dos rios, sendo construída desde o início do século XVI. Na zona de estudo, o rio Capibaribe compõe a paisagem e a configuração dos bairros desde seu início até os dias atuais. Durante todo esse processo de urbanização há uma dependência entre os moradores com tal recurso hídrico, em épocas passadas o Capibaribe era um meio de transporte e fonte de escoamento de mercadorias, atualmente, o rio é um importante regulador do microclima e faz parte do sistema de infraestrutura e drenagem da cidade.

rápida e a especulação imobiliária da região promoveram um crescimento desordenado e a segregação espacial da cidade como um todo. Porém, como antes visto na origem do território em questão, tais bairros fazem parte de um recorte da cidade de prosperidade. Iniciando com comércios e indústrias, tais bairros, de forma geral, formaram-se aos poucos e evoluíram. Hoje, eles contam com uma boa distribuição de infraestrutura, com apenas algumas exceções como a ZEIS Mangueira da Torre, antes considerada uma expansão irregular ocupada as margens do rio Capibaribe no bairro da Torre e hoje é uma ZEIS.

12 01. Formação do Território

A partir da década de 1950, a cidade começa a ser orientada e desenhada de acordo com os meios de transporte, a pavimentação das vias públicas como a Avenida Rosa e Silva e a Avenida Rui Barbosa abrem caminhos para um Recife mais conectado. Tais aberturas mudam o perfil da ocupaçãoEntretanto,urbana.amodernização

13 b. Evolução urbana

Planta da Cidade do Recife em escala 1:10.000, reduzida dos levantamentos da cidade feitos por Sir. Douglas Fox e Socios & H. Michell Whitley, membros do Instituto de Engenheiros Civis de Londres, em 1906. Na planta é possível ver diversos locais da área de estudo, como Derby, Torre, Madalena, Capunga, Ponte D’Uchôa e Jaqueira, bem como indicações de linhas de bondes, estradas de ferro, ruas projetadas, edifícios públicos e mangues.

Formação do Território 01. Origem histórica a. Divisão por comunidades, bairros e RPAs c. Evolução urbana b.

c. Divisão por bairros, comunidades e RPAs

16 01. Formação do Território c. Divisão por comunidades, bairros e RPAs

17 ESCALA 1:9000 N DIVISÃO POR COMUNIDADES, BAIRROS E RPAS FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BAIRROS E COMUNIDADES Paissandu MangueiraZEIS da Torre Parnamirim Derby Tamarineira Graças JaqueiraTorre Madalena

18 01. Formação do Território c. Divisão por comunidades, bairros e RPAs

19 ESCALA 1:9000 N DIVISÃO POR COMUNIDADES, BAIRROS E RPAS FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO RPAS RPA 1 RPA 2 RPA 3

Patrimônio Cultural 02. Elementos que representam o conceito de patrimônio a.

a. Elementos que representam o conceito de patrimônio

Segundo o Artigo 14 do Plano Diretor do Recife, as ZEPHs são áreas formadas por sítios, ruínas e conjuntos antigos de relevante expressão arquitetônica, histórica, cultural e paisagística, cuja manutenção seja necessária à preservação do patrimônio históricocultural da cidade. Além delas, o Imóvel de Proteção de Área Verde (IPAV) é uma outra categorias de Unidades Protegidas do Recife integrante da arborização urbana, ela foi criada pela LUOS (Lei Municipal nº 16.176/1996) e por leis posteriores. Devido a formação do território da cidade, na zona de estudo há uma grande diversidade de edificações históricas como observado no mapa, nas quais são consideradas patrimônio Material. Como por exemplo, o atual prédio da Academia Pernambucana de Letras que é um monumento e espaço público tombado ou a ZEPH 6Ponte D’Uchoa, localizada no Bairro das Graças e da Jaqueira, nela encontra-se o luxuoso subúrbio do século XIX, onde possui edificações de destaque tombadas a nível estadual e federal. Escultura de Abelardo da Hora na Praça Euclides da Cunha. Fonte: Letícia Lins. Ponte d’Uchoa. Fonte: Wikipedia. Colégio Damas. Fonte: LinkedIn Colégio Damas.

O Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico NacionalIPHAN agrupa neste conceito todas as formas de expressão; os modos de criar, fazer e viver; as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.

A partir de tais conceitos e com o objetivo de facilitar o acesso ao conhecimento do patrimônio nacional, o Instituto caracteriza esses bens em grupos, são eles: Material (imóveis, móveis, paisagens, acervos, etc.), Imaterial (práticas, expressões, técnicas, instrumentos, etc), Arqueológico (vestígios de atividade humana, abrigos, sepultura, etc) e Mundial, definido como patrimônio Material ou Imaterial, são bens que devem ser valorizados e sua importância serve como referência e identidade das nações em âmbito mundial.

22 02. Patrimônio Cultural a. Elementos que representam o conceito de patrimônio O Artigo 216 da Constituição descreve como patrimônio cultural os bens “de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira”.

Em relação a terra antes habitada por tupis, a cidade do Recife foi fundada em 12 de março de 1537, mas só reconhece áreas com valor histórico e cultural no final da época de 1970. Nela há dois instrumentos básicos de proteção desses bens são as Zonas Especiais de Preservação Histórica e Cultural (ZEPH) e os Imóveis Especiais de Preservação (IEP); na qual, atualmente, contabilizam em 33 ZEPHs e 258 IEPs reconhecidos em todo o território do estado.

23 PATRIMÔNIO CULTURAL ELEMENTOS QUE REPRESENTAM O CONCEITO DE PATRIMÔNIO ESCALA 1:9000 N AV RUI BARBOSA AVRUIBARBOSA AV. AGAMENON MAGALHÃES AV CONSELHEIRO ROSA E SILVA AV. BEIRA RIO AMÉLIARUA RUADASPERNAMBUCANAS RUAJOSÉBONIFÁCIO RUADOFUTURO RUADASCREOULASRUADAAMIZADE RUADASGRAÇAS RUAJOSÉBONIFÁCIO RUA JOSÉ BONIFÁCIO BENFICARUA NABUCOJOAQUIMRUA OSÓRIOJOSÉRUA ZEPH - Zona Especial de Preservação Histórica SPR ( SIC e SCU); SPR-6; SR SPA; SPA-10; SPA-7 CapibaribeIPAV-Imóveis de Preservação de Áreas Verdes IEP - Imóveis Especiais de Preservação ZAN - Zona de Ambiente Natural

03. Caminhos e sistema viário a. Fluxos de modais c. Meios de transportes que por eles circulam Infraestruturab. Urbana I

a. Caminhos e sistema viário

2. Rural (permite maior velocidade, compreendendo que não há grande fluxo de pedestre e de uso ativo urbano em tais áreas);

Rua do Futuro Rua Paulino Gomes de Souza Av. José Gonçalves de Medeiros Vista aérea da Av. Agamenon Magalhães, na qual é possível avistar o edifício do TRE e o topo da Igreja Batista da Capunga, localizada em frente à Praça Parque Amorim e próxima ao Colégio Americano Batista.

Av. Agamenon Magalhães (arterial principal, primeira perimtral)Rua José Bonifácio (arterial principal, segunda perimetral)Estrada dos Remédios (arterial principal, segunda perimetral)Av.Rui Barbosa (arterial principal) Rua Benfica (arterial principal) Rua Joaquim Nabuco (arterial principal) Corredores de Transporte Urbano Principal

Corredores de Transporte Urbano Secundário Rua Amélia (arterial secundário) Coletora

26 03. Infraestrutura Urbana I a. Caminhos e sistema viário

1. Urbana (menor velocidade, compreendendo a maior utilização de pedestre dos espaços devido à localização em centros urbanos mais ativos);

Av. Conselheiro Rosa e Silva (arterial secundário) Av. Governador Carlos de Lima Cavalcanti (arterial secundário)

Corredores de Transporte Rodoviários:

Rua Amélia. O nome da rua foi originado de uma aristocrata, de nome Amélia Alves da Silva, que, no século XIX, viveu no casarão onde hoje tem lugar o Museu do Estado de Pernambuco.

O Plano Diretor do Recife, Lei N. 17.511/2008, Art. 76, apresenta o sistema viário da cidade do Recife como um elemento composto de diversas peças, sendo essas peças: vias e logradouros públicos, metro-ferrovias, hidrovias e ciclovias. Em sua classificação também reconhece como importantes peças desse sistema a pista, a calçada, o acostamento, o canteiro central, os rios e também os canaisDenavegáveis.acordocom a classificação apresentada na Lei de Uso e Ocupação do Solo (LUOS, Lei Municipal N° 16.176/96, o sistema viário é composto, de forma esquemática, por corredores de transporte rodoviário e demais vias urbanas. Existem outras categorias que devem ser compreendidas, e os principais critérios que devem sem observados em suas classificações são: hierarquia (ligada à intensidade de fluxo), função da via na malha viária da cidade e também sua função urbanística, pretendendo compreender importâncias em maior escala ligadas à acessibilidade oferecida para diferentes tipos de veículos e, principalmente, pedestres.

2. Corredor de Transporte Urbano Principal (primordialmente arteriais de categoria funcional secundária);

PRINCIPAIS VIAS PRESENTES NA ÁREA DE ESTUDO Corredores de Transporte Metropolitano:

1. Corredor de Transporte Metropolitano (arterial de categoria funcional principal), que se divide em: a. Primeira Perimetral b. Segunda Perimetral c. Terceira Perimetral

Fonte: Ines Campelo / Diário de Pernambuco.

As principais subdivisões dessas classificações podem ser compreendidas nos tópicos abaixo: Vias:

3. Corredor de Transporte Urbano Secundário (arterial de categoria funcional secundária e coletora);

Fonte: Portal da Copa. Site do Governo Brasileiro para Copa do Mundo FIFA de 2014.

27 INFRAESTRUTURA URBANA I CAMINHOS E SISTEMA VIÁRIO ESCALA 1:9000 N AV RUI BARBOSA AVRUIBARBOSA AV. AGAMENON MAGALHÃES AV CONSELHEIRO ROSA E SILVA AV. BEIRA RIO AMÉLIARUA RUADASPERNAMBUCANAS RUAJOSÉBONIFÁCIO RUADOFUTURO RUADASCREOULASRUADAAMIZADE RUADASGRAÇAS RUAJOSÉBONIFÁCIO RUA JOSÉ BONIFÁCIO BENFICARUA NABUCOJOAQUIMRUA OSÓRIOJOSÉRUA RUI BARBOSA AGAMENON MAGALHÃES AV CONSELHEIRO ROSA E SILVA BEIRA RIO RUADASPERNAMBUCANASRUADOFUTURO RUADASCREOULAS NABUCOJOAQUIMRUA OSÓRIOJOSÉRUA CORREDORES DE TRANSPORTE URBANO PRINCIPAL CORREDORES DE TRANSPORTE ME TROPOLITANO SEGUNDA PERIME TRAL CORREDORES DE TRANSPORTE ME TROPOLITANO PRIMEIRA PERIME TRAL DEMAIS RUASCORREDORES DE TRANSPORTE URBANO SECUNDÁRIO ARTERIAL SECUNDÁRIO CORREDORES DE TRANSPORTE URBANO SECUNDÁRIO COLE TORA LEGENDA: Corredores de transporte metropolitano (Segunda perimetral) Demais ruas Corredores de transporte metropolitano (Primeira perimetral) Corredores de transporte urbano secundário (Arterial secundário) Corredores de transporte metropolitano (Principal) Corredores de transporte urbano secundário (Coletora)

03. Caminhos e sistema viário a. Fluxos de modais c. Meios de transportes que por eles circulam Infraestruturab. Urbana I

b. Meios de transportes que por eles circulam

A área de estudo apresenta diversos modais presentes em sua malha viária, desde grande fluxo de pedestre em algumas áreas, como na parte próxima ao Parque da Jaqueira, à Praça do Derby ou até mesmo em ruas como a Rua Amélia ou Rua do Futuro, que por possuírem uma boa proteção concedida pela vegetação, favorecem o passeio para pedestres, até travessias de barco, transporte coletivo (ônibus e BRT) e também o transporte individualApesarmotorizado.depossuir avenidas conhecidas por seu intenso fluxo de veículos e congestionamentos (Av. Rui Barbosa, Av. Conselheiro Rosa e Silva, Av. Agamenon Magalhães, etc), a área apresenta vastas opções de modais, porém distribuído de forma desequilibrada e insuficiente. As vias para carros dominam a maior parte da malha, com poucas vias tendo faixa exclusiva para o transporte coletivo, como parte da Av. Agamenon Magalhães, e também sem a presença de ciclofaixas ou ciclovias úteis para o cidadão que pretenda utilizar a bicicleta como principal meio de transporte, apesar da intensa utilização do modal na região comparada a outros lugares da cidade.Épossível perceber também, com ajuda dos raios de deslocamento (300m), uma má distribuição de pontos de ônibus pela região – situação que se torna crítica na área próxima à ZEIS da Torre, onde, dentro da área de estudo, há uma lacuna dentro da estrutura viária da Rua José Bonifácio. Em contraponto a isso, existem muitos pontos onde há intenso fluxo e centralização de linhas de ônibus, considerados no mapa como polos geradores de viagem, sendo esse o caso da Praça do Derby – provavelmente um dos pontos mais importantes da cidade no que tange ao transporte coletivo por conectar diversas áreas que cruzam a cidade para as suas diferentes zonas.

Fonte: Análise da Área D, Livro da disciplina de Urbanismo 01 - UNICAP, 2019.2. Multimodalidade na Avenida Rui Barbosa.

Fonte: Análise da Área D, Livro da disciplina de Urbanismo 01 - UNICAP, 2019.2.

b. Meios de transporte que por eles circulam03. Infraestrutura Urbana I

Um dos modais que circundam o território em análise percorrendo o Rio Capibaribe. Fonte: Coletivo Nau, 2019. Transportes individuais e coletivos que circulamaérea.pela

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31 MEIOS DE TRANSPORTE QUE POR ELES CIRCULAM ESCALA 1:9000 N Estações de BRT Ônibus + Transporte individual BRT + Ônibus + Transporte individual Pontos de Travessia de Barcos Parada de ônibus Polos geradores de viagem Raio de deslocamento - 300m INFRAESTRUTURA URBANA I

03. Caminhos e sistema viário a. Fluxos de modais c. Meios de transportes que por eles circulam Infraestruturab. Urbana I

c. Fluxos de todos os modos de transporte

Trânsito na avenida Governador Agamenon Magalhães, uma das poucas vias largas do Recife (fluxo intenso). Fonte: FUTURA PRESS/FOLHAPRESS. Rua Amélia (fluxo leve). Fonte: Google Street View.

A Política da Mobilidade Urbana tem como objetivo geral contribuir para o acesso amplo e democrático à cidade, por meio do planejamento e da organização do Sistema de Mobilidade Urbana e também da regulação dos serviços de transportes urbanos. Os transportes urbanos são definidos nesta Lei como o conjunto dos meios e serviços utilizados para o deslocamento de pessoas e bens na cidade e integram a Política da Mobilidade Urbana. Segundo o Plano de mobilidade do Recife, fazem parte do Sistema de Mobilidade Urbana, conforme disposto no Art. 72: Sistema Viário - SV e Sistema de Transporte Municipal - STM. O Sistema Viário é constituído pelas vias e logradouros públicos, inclusive metro-ferrovias, hidrovias e ciclovias, que compõem a malha por onde circulam os meios de transportes, compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, canteiro central, rios e canais navegáveis. O Sistema de Transporte Municipal é constituído pelos serviços de transportes de passageiros e de mercadoria, abrigos, estações de passageiros, autorizatários e operadores de serviços, submetidos à regulamentação específica para sua execução.

Nas últimas décadas, o planejamento e o desenho das nossas cidades priorizaram a circulação de automóveis. Além disso, a maior parte dos deslocamentos realizados em automóveis tem distância percorrida inferior a 5 km, e atravessam áreas locais, residenciais ou centros de bairros que não são nem origem e nem destino do condutor. Para resgatar a vitalidade das nossas ruas e estimular a convivência e a interação entre as pessoas, é fundamental reduzir a quantidade de veículos motorizados – especialmente os individuais – em determinadas áreas, assim como limitar e reduzir suas velocidades de circulação. O transporte fluvial no Recife como alternativa de deslocamento pela cidade não é uma utopia. O passageiro conseguiria se deslocar numa velocidade menor do que quem está dentro de um carro pois não teria uma série de empecilhos como quem se desloca por terra, como congestionamento, semáforos e acidentes. Além de apresentar uma alternativa à mobilidade urbana, a atividade voltaria os olhos para o ecossistema do Rio Capibaribe e seu entorno e melhoraria as condições de trabalho dos barqueiros.

A viagem dura cerca de 2 minutos e cada trecho custa R$ 1. O serviço funciona de domingo a domingo, das 4h30 às 19h.

34 03. Infraestrutura Urbana I c. Fluxos de modais Transporte pluvial realizado no Rio Capibaribe. Fonte: Ricardo Fernandes / Diário de Pernambuco.

Durante as leituras urbanas da área, as vias locais foram analisadas e classificadas como: Via de fluxo moderado, Via de fluxo intenso, Via de fluxo frequentemente congestionado e Pontos de travessia através de barcos. São classificadas como vias as ruas ou avenidas que articulam áreas de um ou dois bairros, podendo derivar de eixos metropolitanos ou urbanos.

O Rio Capibaribe, na zona Norte do Recife, poderia ser parte integrante da vida dos habitantes dessa região, as suas águas fluem lentamente e favorecem bem a navegação. Tal condição faz com que o rio tenha um imenso potencial para ser uma importante via de transporte para os habitantes da região. Existe um atalho que facilita a vida de quem precisa se deslocar mais rápido para os bairros da Zona Oeste e por um custo baixíssimo. Escondido pela vegetação abundante que permeia as margens do Rio Capibaribe, barqueiros como o Sr. Antonio José da Cunha, mais conhecido como Pai, passa o dia num eterno vai e vem, transportando de bote quem precisa atravessar a margem do rio para ir trabalhar, estudar ou resolver seus compromissos.

35 FLUXOS DE MODAIS ESCALA 1:9000 NINFRAESTRUTURA URBANA I AV RUI BARBOSA AVRUIBARBOSA AV. AGAMENON MAGALHÃES AV CONSELHEIRO ROSA E SILVA AV. BEIRA RIO AMÉLIARUA RUADASPERNAMBUCANAS RUAJOSÉBONIFÁCIO RUADOFUTURO RUADASCREOULASRUADAAMIZADE RUADASGRAÇAS RUAJOSÉBONIFÁCIO RUA JOSÉ BONIFÁCIO BENFICARUA NABUCOJOAQUIMRUA OSÓRIOJOSÉRUA Via de Fluxo Leve Via de Fluxo Moderado Via de Fluxo Intenso Pontos de Travessia de Barcos

Infraestrutura Urbana II Morfologia urbana a. Redes diversas c. Saneamento integrado b. Mobiliário urbano geral d. 04.

a. Morfologia urbana

Atualmente, na nossa zona de estudo que engloba bairros da zona norte do Recife, a massa construída está sempre presente marcando os “cheios” da cidade. São 145 quadras de tamanhos variados, com formações orgânicas a partir do Rio Capibaribe que é um grande eixo estruturador para a morfologia de tal cidade. Dessas quadras, além da margem do rio composta por vegetação de mangue, apenas 6 quadras compõem praças e criam zonas verdes na área.

38 a. Morfologia urbana04. Infraestrutura Urbana II

Em relação à morfologia urbana, o termo ‘morfologia’ foi citado pela primeira vez em 1796 com Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832), onde anotou em seu diário que anos após foi publicado por Friedrich Burdach; Lá, Goethe definiu o termo como “a ciência da forma, formação e transformação dos seres orgânicos”, configurando assim, premissas de um campo de estudo nas ciências naturais. Quando nos referimos a cidade, com o estudo das estruturas nelas inseridas podemos perceber traçados integrante de uma sistema, essencialmente espacial, mas também estilístico, econômico, social e legislativo. Tais configurações compõem desenhos urbanos variados, diferenciando cidades a partir de seus cheios e vazios.

39 Cheios (quadras) QUADRAS CHEIO E VAZIOS ESCALA 1:9000 NINFRAESTRUTURA URBANA II

40 04. Infraestrutura Urbana II a. Morfologia urbana Imagem aérea de fragmento do sítio, apresentando em vista de satélite a análise dos cheios e vazios e do traçado urbano. Fonte: Google Earth, 2020. N

41 INFRAESTRUTURA URBANA II CHEIOS E VAZIOS ESCALA 1:9000 N Cheios (lotes) LOTES

04. Morfologia urbana a. Redes diversas c. Saneamento integrado b. Mobiliário urbano geral Infraestruturad. Urbana II

b. Saneamento integrado

44 Área para destinação de lixo em edifício residencial de bairro da Zona Norte da cidade do Recife, voltada para a rua para facilitar o fluxo de coleta.

04. Infraestrutura Urbana II b. Saneamento integrado

Com o crescimento da industrialização em escala mundial, a sociedade começou a valorizar cada vez mais os bens de consumo não duráveis; foi na segunda metade do século XX, quando desencadeou um aumento significativo na quantidade de lixo e a diversificação em suas composições. Diante disso, com a quantidade de resíduos diários aumentando de forma gradativa é essencial o descarte correto do lixo nas grandes cidades. Atualmente, o lixo urbano pode ser de origem domiciliar (sobras de alimentos, papéis, plásticos, vidros, papelão), industrial (apresenta constituição variada, entre gasosa, líquida ou sólida), hospitalar (seringas, gazes, ataduras, etc.) e o lixo tecnológico (pilhas e aparelhos eletrônicos em geral). Na área de estudo, a coleta de lixo pela Prefeitura do Recife classifica os lotes de acordo com as seguintes divisões: Comercial com lixo orgânico, Comercial sem lixo orgânico e Residencial. Entretanto, nas grandes cidades a destinação final do lixo nem sempre ocorre de forma correta, mas sabe-se que o destino adequado para o lixo urbano é o aterro sanitário ou a incineração, no entanto, tais destinos devem contar com uma estrutura para o tratamento dos gases e do chorume. Em Recife não é diferente, quando o descarte do lixo é realizado de forma correta, há um destino adequado de acordo com o tipo do resíduo. Analisando a zona de estudo, vimos que a coleta é realizada diariamente a depender da área por caminhões de lixo, apenas na área pertencente a ZEIS Mangueira da Torre, não há pontos de coleta de lixo. Em relação a coleta seletiva, quando o resíduo é encaminhado para a reciclagem, há três maneiras da população de colaborar com o meio ambiente na área estudada, são eles: 6 pontos de coleta realizada por caminhões de “porta a porta”, levando aos 7 Pontos de Entrega Voluntária (PEV) ou diretamente aos centros de triagem.

45 INFRAESTRUTURA URBANA II SANEAMENTO INTEGRADO ESCALA 1:9000 N DESTINAÇÃO DE LIXO Com lixo orgânico Pontos de coleta Sem lixo TerrenoResidencialorgânico

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04. Infraestrutura Urbana II b. Saneamento integrado

Na Região Metropolitana do Recife possui o maior sistema de abastecimento de água do Estado de Pernambuco, o Sistema Pirapama localizado no Cabo de Santo Agostinho fornece 5.130L de água que são distribuídos para aproximadamente 3 milhões de pessoas, esse sistema abastece parte do Recife, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho e as cidades de São Lourenço da Mata e Camaragibe.

Com base nisso e numa análise realizada em parte da zona norte do Recife, é possível observar a presença de uma rede de abastecimento de água e poços tubulares distribuídos ao longo de todo o território. Além disso, no recorte da RMR ainda estão dispostas duas estações de medição, as duas estão localizadas no bairro das Graças.

Fonte: Aluísio Arruda/Compesa.

A rede de infraestrutura influencia diretamente no desenho urbano da cidade. Especificamente em relação às águas urbanas, seus desenhos estão diretamente interligados não só ao controle do uso e ocupação do solo urbano, como também a densidade populacional e baixa permeabilidade do solo, características estas da intensa urbanização.

Um dos principais sistemas que abastecem as torneiras da Região Metropolitana do Recife.

47 INFRAESTRUTURA URBANA II SANEAMENTO INTEGRADO ESCALA 1:9000 N REDE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Rede de abastecimento de água Estação de medição Poços tubulares (CPRM, 2003)

Estação de tratamento de esgoto ETE-Cabanga. Fonte: Arquivos da Compesa. Urbana II b. Saneamento integrado

04. Infraestrutura

Com o objetivo de evitar danos ao meio ambiente e a saúde pública, o esgoto deve ser tratado. Segundo os dados da Compesa, o estado dispõe de um sistema de esgotamento sanitário na qual atende a 32% da Região Metropolitana do Recife. Dessa forma, conclui-se que muitos bairros não recebem o tratamento adequado e estão propícios a implicações.

O saneamento básico é uma das questões que mais evidenciam a desigualdade social da cidade. Entretanto, a zona de estudo recebe atendimento aos usos múltiplos da água, incluindo assim o esgotamento sanitário; drenagem (águas pluviais); gestão de águas fluviais; controle de vetores e resíduos sólidos.

48

Esgoto é toda a água eliminada no dia a dia, podendo ser de origem doméstica, pluvial ou industrial. Tais águas devem receber o tratamento adequado para cada tipo, fazendo com que o lançamento desses efluentes nos corpos hídricos não comprometa a qualidade e os usos das águas.

Nela a Estação de Tratamento de Esgoto - Cabanga é o principal responsável pela coleta, transporte, tratamento e disposição final do esgoto gerado na capital pernambucana. Além disso, no território analisado há 5 estações elevatórias de esgoto, bacia de contribuição e rede de coleta de esgoto ao longo de todo o território.

49 AV RUI BARBOSA AVRUIBARBOSA AV. AGAMENON MAGALHÃES AV CONSELHEIRO ROSA E SILVA AV. BEIRA RIO AMÉLIARUA RUADASPERNAMBUCANAS RUAJOSÉBONIFÁCIO RUADOFUTURO RUADASCREOULASRUADAAMIZADE RUADASGRAÇAS RUAJOSÉBONIFÁCIO RUA JOSÉ BONIFÁCIO BENFICARUA NABUCOJOAQUIMRUA OSÓRIOJOSÉRUA INFRAESTRUTURA URBANA II SANEAMENTO INTEGRADO SISTEMA DE ESGOTO ESCALA 1:9000 N Bacia de contribuição Rede de coleta de esgoto Estação elevatória de esgoto

50

Atualmente, o uso da drenagem urbana têm o objetivo de integrar o meio ambiente social, legal, institucional e tecnológica, buscando o desenvolvimento urbano de forma harmônica, articulada e sustentável. Alguns elementos compõem esse sistema, são eles: pavimentos das ruas, guias e sarjetas, bocas de lobo, galerias de drenagem, sistemas de detenção e infiltração nos lotes e pavimentos, trincheiras e vias.

O sistema de escoamento da cidade do Recife está relacionado com seus principais rios, e é no Rio Capibaribe onde são encaminhadas a maior parte das águas que escoam na Zona Norte da capital. Além do rio, há bacias e canais que drenam as águas da cidade. Dessa forma, as águas da chuva que não permeiam o perímetro construído são drenadas e encaminhadas de volta a rios e mares.

Alagamento na Avenida Agamenon Magalhães, apresentando as falhas do sistema de drenagem da área.. Fonte: Jailton Junior/JC Imagem.

Com o passar dos anos as áreas urbanas se tornam cada vez mais impermeáveis, fazendo assim com que o volume de água escoado nas ruas aumente proporcionalmente. Diante desse fato, a drenagem urbana é fundamental para gerenciar o escoamento das águas da chuva e não causar transtornos no meio urbano.

04. Infraestrutura Urbana II b. Saneamento integrado

51 AV RUI BARBOSA AVRUIBARBOSA AV. AGAMENON MAGALHÃES AV CONSELHEIRO ROSA E SILVA AV. BEIRA RIO AMÉLIARUA RUADASPERNAMBUCANAS RUAJOSÉBONIFÁCIO RUADOFUTURO RUADASCREOULASRUADAAMIZADE RUADASGRAÇAS RUAJOSÉBONIFÁCIO RUA JOSÉ BONIFÁCIO ACFNEBAUR NABUCOJOAQUIMRUA OSÓRIOJOSÉRUA INFRAESTRUTURA URBANA II SANEAMENTO INTEGRADO REDE DE DRENAGEM ESCALA 1:9000 N InícioCanaisBaciae fim de trecho

Infraestrutura Urbana II 04. Morfologia urbana a. Redes diversas c. Saneamento integrado b. Mobiliário urbano geral d.

c. Redes diversas

INTERNET Em relação a rede de internet, as melhores operadoras variam em relação ao objetivo do uso e o local. No entanto, a Tim possui o melhor mapa de cobertura com disponibilidade de internet no estado, dado fornecido pela Opensignal, empresa de análise da qualidade da rede móvel. Diante disso, mapeamos a cobertura da rede móvel Tim na zona de estudo, e podemos concluir que temos grande abrangência da rede de internet ao longo de toda a área, variando entre as coberturas 3G, 4G e 4G+ a depender da área como exposto no mapa.

04. Infraestrutura Urbana II

54 c.

Celpe realizando manutenção de fiação de postes no bairro das Graças. Fonte: CBN Recife. Mapeamento de redes de telecomunicações no Brasil. Fonte: Anatel.

TELEFONIA

Com base nos dados da rede de telefonia da Anatel, empresa que ao longo do tempo mantém um diagnóstico atualizado sobre a malha de telecomunicações brasileira, o número de municípios com backhaul de fibra óptica vem aumentando de forma consistente, atingindo a marca de 70% dos municípios do país. Na cidade do Recife, há backhaul de fibra ótica em toda a sua expansão.Atualmente, a melhor operadora de telefonia em Pernambuco é a Vivo, seguida da Claro, Tim e Oi, esse ranking é o equivalente a nota dos consumidores para todos os serviços de pré e pós-pago, desde a contratação do plano até a estabilidade nas ligações. Edifício Studio Portal das Graças, localizado na Rua João Ramos. Primeiro endereço a receber abastecimento de gás.

No Portal da agência, estão os dados relativos ao setor elétrico nacional, a partir disso, a análise da zona de estudo foi realizada e constatou-se que toda a região possui o fornecimento de energia elétrica. No mapa de distribuição de rede da ANEEL, a subestação mais próxima da área de estudo encontra-se no bairro de San Martin, no entanto, há seis geradores de distribuição nela. E a partir de dados coletados em 2017 pelo órgão, o estado é fornecido por 7 pequenas centrais elétricas, 3 usinas eólicas, 3 usinas fotovoltaicas e 1 usina termelétrica.

Disponibilidade da internet 4G em Pernambuco. Fonte: OpenSignal.

ENERGIA A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), é a instituição responsável e fiscalizador do setor elétrico do Brasil, e a ARPE, desde 2008, foi delegada para fiscalizar os serviços de distribuição e geração de energia elétrica no estado de Pernambuco.

Redes diversas GÁS Desde 1994 a Companhia Pernambucana de Gás, odoriza, canaliza e distribui o Gás natural no estado, combustível limpo e com baixa emissão de poluentes. Em toda a RMR, a Copergás abastece 30 mil consumidores residenciais e aproximadamente 370 no segmento comercial. A rede de gás natural canalizado começou a ser fornecido a residências em 2002 no entorno do Shopping Recife, em Boa Viagem. Já na zona norte, o primeiro endereço residencial a receber o fornecimento de gás foi o Edifício Studio Portal das Graças, localizado na Rua João Ramos no bairro das Graças. Abastecidos em rede de PEAD (polietileno de alta densidade) ou em aço carbono, a zona de estudo pode ser considerada com rede de gás bem distribuída ao longo de suas vias, com exceção do bairro Derby e a faixa do bairro da Benfica que ainda não possuem fornecimentos de gás.

55 REDES DIVERSAS ESCALA 1:9000 N Rede de gás 4G+4G3G INFRAESTRUTURA URBANA II

04. Morfologia urbana a. Redes diversas c. Saneamento integrado b. Mobiliário urbano geral Infraestruturad. Urbana II

d. Mobiliário urbano geral

As cidades desenvolvem encontros e oportunidades ao público, e os espaços de permanência são potencializadores dos mesmos. Com um papel fundamental para a cidade, o mobiliário urbano é constituído por vários elementos, sendo cada um com características e fins peculiares. Estes são móveis dispostos nas ruas para o uso de toda a população, como por exemplo, postes de iluminação urbana, pequenos comércios, bancos, etc. No território de estudo, os postes de iluminação são os mobiliários mais contabilizados, compondo assim, um traçado urbano e iluminando a cidade no período da noite. No entanto, em sua maioria, tais postes iluminam as vias e não as calçadas. Em relação aos bancos, lixeiras e brinquedos públicos, eles estão presentes em parques e praças urbanas, mas há grande deficiência ao longo das calçadas. As Bancas de Jornais são encontradas em alguns pontos da zona de estudo, como por exemplo, nas mediações do Parque da Jaqueira, esse tipo de mobiliário gera encontros e curiosidade para quem ali circula. É possível identificar também bicicletas para uso da população, através de um aluguel das mesmas, e pontos de ônibus distribuídos em toda a área, porém, em geral, os pontos de ônibus estão em locais não convidativos a população, além disso, costumam encontrar-se sem sombreamento e/ou bancos de espera.

58 04. Infraestrutura Urbana II d. Mobiliário urbano geral

Vista dos passeios internos da Praça do Derby, mostrando bancos existentes que são importantes elementos do mobiliário urbano da área. Fonte: Jammerson Santana. Playground localizado no parque da Jaqueira. Fonte: Henrique Pinto. Estação de bicicletas do Itaú, do projeto Bike PE.. Fonte: Análise da Área D, Livro da disciplina de Urbanismo 01 - UNICAP, 2019.2.

59 AV RUI BARBOSA AVRUIBARBOSA AV. AGAMENON MAGALHÃES AV CONSELHEIRO ROSA E SILVA AV. BEIRA RIO AMÉLIARUA RUADASPERNAMBUCANAS RUAJOSÉBONIFÁCIO RUADOFUTURO RUADASCREOULASRUADAAMIZADE RUADASGRAÇAS RUAJOSÉBONIFÁCIO RUA JOSÉ BONIFÁCIO BENFICARUA NABUCOJOAQUIMRUA OSÓRIOJOSÉRUA MOBILIÁRIO URBANO GERAL ESCALA 1:9000 NINFRAESTRUTURA URBANA II Banco Playground Poste de iluminação Banca de jornal PontoLixeirade ônibus Bicicleta Itaú

Legislação Análise das normativas e dos regramentos a. 05.

a. Análise das normativas e dos regramentos

De tal setor, temos as seguintes características: 30% do Solo Natural 20 Pavimentos para edificações construídas em ruas acima de 15m de largura 16 andares para prédios em ruas de 12 a 15 metros de largura 8 pavimentos para imóveis em ruas com até 12 metros de largura•3,5 é o coeficiente de utilização máximo (número que multiplicado pelo tamanho do terreno resulta na área máxima de construção permitida).

Setor de Reestruturação Urbana 3 - SRU3, é uma área com maior potencial paisagístico e apresenta tipologia predominantemente unifamiliar e demanda por parâmetros que protejam seus aspectos ambientais ainda existentes: margeia o rio Capibaribe, em grande parte delimitada pelas avenidas 17 de Agosto e Rui Barbosa. Algumas características construtivas são:

Setor de Reestruturação Urbana 2 - SRU2, é uma zona com acelerado processo de transformação quanto ao uso e ocupação do solo e, como tal, demanda parâmetros que ofereça maior equilíbrio e preservação de elementos singulares: está contida entre a avenida 17 de Agosto e Estrada do Encanamento. Têm como algumas de suas características: • 50% do Solo Natural

• 4 pavimentos se houver junção de terrenos para a construção. MAC Macrozona do Ambiente Construído - MAC, que compreende as áreas caracterizadas pela predominância do conjunto edificado, definido a partir da diversidade das formas de apropriação e ocupação espacial. Tem como diretrizes principais a valorização, a conservação, a adequação e organização do espaço edificado da cidade.

62 05. Legislação a. Análise das normativas e dos regramentos

II - Setor de Reestruturação Urbana 2 - SRU2; III - Setor de Reestruturação Urbana 3 - SRU3, onde encontrase o bairro do Derby e Parte das Graças; II - ZONAS DE DIRETRIZES ESPECÍFICAS - ZDE Setor de Reestruturação Urbana 1 - SRU1, tal área é adensada construtivamente, diversificada em usos, com habitações predominantemente multifamiliares: maior proximidade com os principais eixos viários, notadamente avenidas Agamenon Magalhães, Rosa e Silva e parte da Avenida Rui Barbosa e Norte.

• Passível de remembramento, mas com gabarito máximo de 36m

• 2 é o coeficiente de utilização máximo

I - Setor de Reestruturação Urbana 1 - SRU1, onde encontra-se o bairro do JaqueiraEspinheiro,ePartedas Graças;

A partir do que já foi apresentado, divide-se a cidade em zonas, obtendo assim:

• 60% do Solo Natural

• 3 é o coeficiente de utilização máximo (número para lotes lindeiros às vias de categoria A)

ZAC - CONTROLADA I / CONTROLADA II Zona de Ambiente Construído de Ocupação Controlada - ZAC Controlada, caracterizada pela ocupação intensiva,

ZAC As Zonas de Ambiente Construído - ZAC são agrupadas de acordo com as especificidades quanto aos padrões paisagísticos e urbanísticos de ocupação, as potencialidades urbanas de cada área e a intensidade de ocupação desejada.

• 8 pavimentos independente da largura das ruas

I - ZONA DE REESTRUTURAÇÃO URBANA - ZRU

A legislação vigente estabelece as condições de uso e ocupação do solo nessa área é a LEI Nº 16.719/2001 em vigor desde 30 de Novembro de 2001, também conhecida como “Lei dos 12 Bairros”, em consonância com as diretrizes da Lei Orgânica do Município (LOMR) e do Plano Diretor de Desenvolvimento da Cidade do RecifeCom(PDCR).basenas leis de Nº 17.511/2008 e a Nº 16.719/2001, temos: A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais da ordenação da cidade, diante disso devemos respeitar as diretrizes previstas na legislação.

Fundamentando assim, os objetivos presente no Art 4°, são eles: I - requalificar o espaço urbano coletivo; II - permitir a convivência de usos múltiplos no território da ARU, respeitados os limites que estabelece; III - condicionar o uso e a ocupação do solo à oferta de infraestrutura instalada, à tipologia arquitetônica e à paisagem urbana existentes; IV - definir e proteger áreas que serão objeto de tratamento especial em função das condições ambientais, do valor paisagístico, histórico e cultural e da condição socioeconômica de seus habitantes;V-respeitar as configurações morfológicas, tipológicas e demais características específicas das diversas localidades da ARU.

A legislação da área é regida pelo Plano Diretor da cidade do Recife (Nº 17.511/2008), que tem como função principal o planejamento das cidades, conforme os artigos 39º e 40º do Estatuto da Cidade, é aquele que faz a promoção do diálogo entre os aspectos físicos e territoriais, tendo objetivos sociais, ambientais e econômicos encontrados na cidade. Além disso, tem como propósito a distribuição de riscos e benefícios da urbanização, incluindo o desenvolvimento de inclusão e sustentabilidade.

63 BENFICARUA AV RUI BARBOSA AVRUIBARBOSA AV. AGAMENON MAGALHÃES AV CONSELHEIRO ROSA E SILVA AV. BEIRA RIO AMÉLIARUA RUADASPERNAMBUCANAS RUAJOSÉBONIFÁCIO RUADOFUTURO RUADASCREOULASRUADAAMIZADE RUADASGRAÇAS RUAJOSÉBONIFÁCIO RUA JOSÉ BONIFÁCIO NABUCOJOAQUIMRUA OSÓRIOJOSÉRUA SSA2ZAC Controlada I e II IEP ZAC Moderada IPAV ZAN Capibaribe ZEPH SPR ZEPH SPAZEIS

IE

I - recuperar áreas degradadas, livres ou ocupadas irregularmente, potencializando as suas qualidades materiais e imateriais;II-implantar corredores ecológicos urbanos que conectem espaços vegetados, inseridos na malha urbana;

V - integrar as Unidades de Conservação da Natureza - UCN e aquelas a serem criadas pelo Sistema Municipal de Unidades Protegidas - SMUP com os espaços verdes limítrofes aos outros municípios da Região Metropolitana;

ZAC MODERADA A Zona de Ambiente Construído Moderada- ZAC Moderada, é uma área com potencial de transformação em razão da infraestrutura instalada, donde se incentiva o adensamento construtivo e é distribuída desde os bairros centrais até a ZAN Capibaribe.

1. A área de ajardinamento estará obrigatoriamente localizada no afastamento frontal o qual deverá apresentar no mínimo 70% de sua superfície tratada com vegetação; 2. Serão admitidos elementos divisórios no paramento, desde que atendam a uma altura máxima de 3,00m e tenham pelo menos 70% de sua superfície vazada, assegurando a integração visual entre o espaço do logradouro e o interior do terreno.

64 05. Legislação pelo comprometimento da infra-estrutura existente, objetivando controlar o seu adensamento, encontrando-se subdividida em 2 (duas)Zonaáreas:Controlada II, que compreende frações territoriais dos bairros do Derby, Graças, Espinheiro, Aflitos, Jaqueira, Parnamirim, Casa Forte, Poço da Panela, Monteiro, Santana, Apipucos e Tamarineira, correspondendo aos 12 (doze) bairros componentes da Área de Reestruturação Urbana - ARU.

VI - valorizar e proteger os elementos construídos, reconhecidos como marcos da paisagem, inseridos nos ambientes naturais;

VII - promover ações de educação ambiental sobre aspectos favoráveis à recuperação, proteção, conservação e preservação do ambiente natural;

III - garantir padrões sustentáveis de ocupação, respeitando a paisagem peculiar existente;

a) conter o adensamento construtivo; b) implantar mecanismos de combate à retenção imobiliária; c) dinamizar as atividades de comércio e serviços locais; d) promover parcerias entre a iniciativa privada e o poder público, com vistas a viabilizar Operações Urbanas Consorciadas; e) promover a qualificação ambiental com investimentos para melhoria da infra-estrutura, principalmente de saneamento ambiental;f)incentivar a preservação, a recuperação, a reabilitação e a conservação dos imóveis e dos elementos característicos da paisagem;g)conservar e implantar espaços de uso coletivo, voltados à inclusão para o trabalho, esportes, cultura e lazer; h) manter área de ajardinamento localizada no afastamento frontal para os edifícios destinados à habitação multifamiliar e não habitacional, devendo obedecer aos seguintes critérios:

Os Imóveis Especiais - IE são construções que por suas características peculiares, são objeto de interesse coletivo, devendo receber tratamento especial quanto a parâmetros urbanísticos e diretrizes específicas, como o atual restaurante Papa Capim da Avenida Rui Barbosa que é considerado um IEP.

ZAN Zonas de Ambiente Natural - ZAN consiste em compatibilizar os padrões de ocupação com a preservação dos elementos naturais da paisagem urbana, garantindo a preservação dos ecossistemas existentes.Zonade Ambiente Natural Capibaribe - ZAN Capibaribe, composta pelos cursos e corpos d’água formadores da bacia hidrográfica do Rio Capibaribe, caracterizada pela concentração da Mata Atlântica e de seus ecossistemas associados e pelos parques públicosFicamurbanos.definidas as seguintes diretrizes para as Zonas de Ambiente Natural - ZAN:

UEA Unidades de Equilíbrio Ambiental - UEA - Espaços, geralmente vegetados, inseridos na malha urbana, que têm a função de manter ou elevar a qualidade ambiental e visual da cidade, de forma a melhorar as condições de saúde pública e promover a acessibilidade e o lazer. As praças, os parques urbanos, os refúgios viários, as árvores tombadas, os imóveis de Proteção de Área Verde - IPAV e outras áreas

IV - promover a sustentabilidade da produção eco-comunitária, de acordo com a capacidade de suporte dos ecossistemas;

VIII - implantar programas de revitalização dos cursos e corpos d’água;IX - implantar ciclofaixas e ciclovias como infra-estrutura integradora dos patrimônios natural e construído.

IEP Os Imóveis Especiais de Preservação - IEP são aqueles exemplares isolados de arquitetura significativa para o patrimônio histórico, artístico ou cultural da cidade do Recife, cuja proteção é dever do Município e da comunidade, nos termos da Constituição Federal e da Lei Orgânica Municipal. Poderão ser classificados, através de legislação específica, novos imóveis como IEP, levando-se em consideração os seguintes aspectos: I - referência histórico-cultural; II - importância para a preservação da paisagem e da memória urbana; III - importância para a manutenção da identidade do bairro;IV - valor estético formal ou de uso social, relacionado com a significação para a coletividade; V - representatividade da memória arquitetônica, paisagística e urbanística dos séculos XVII, XVIII, XIX e XX.

IPAV O Imóvel de Proteção de Área Verde - IPAV é uma unidade de domínio público ou privado, que possui área verde formada, predominantemente, por vegetação arbórea ou arbustiva, cuja manutenção atende ao bem-estar da coletividade. Bons exemplos de IPAV localizados na nossa área de estudo é o Colégio Damas e a antiga Fábrica da Torre.

SSA 2 Setores de Sustentabilidade Ambiental 2 - SSA 2, referentes a praças e parques são consideradas, com o objetivo de promover o equilíbrio ambiental e paisagístico, através da preservação ou compensação das áreas vegetadas dos imóveis inseridos no Setor. É interessante ressaltar que para os imóveis situados no Setor de Sustentabilidade 2 - SSA 2, cuja ocupação comprometa a sustentabilidade ambiental, deverão ser estabelecidos mecanismos de compensação.

ZE As Zonas Especiais - ZE são áreas urbanas que exigem tratamento especial na definição de parâmetros urbanísticos e diretrizes específicas. Elas se classificam em ZEIS, ZEPH, ZEDE e ZEA; no entanto na área de estudo há apenas a ZEIS Mangueira da Torre, localizada no bairro da Torre e ZEPHs espalhadas ao longo do território, como por exemplo o Parque da Jaqueira como ZEPH rigorosa e o Edifício Aquarius como ZEPH ambiental ZEIS As Zonas Especiais de interesse social - ZEIS são áreas de assentamentos habitacionais de população de baixa renda, surgidos espontaneamente, existentes, consolidados ou propostos pelo Poder Público, onde haja possibilidade de urbanização e regularização fundiária.

a. Análise das normativas e dos regramentos previstas em lei são enquadradas como tal zona.

ZEPH As Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio Histórico-Cultural - ZEPH são áreas formadas por sítios, ruínas, conjuntos ou edifícios isolados de expressão artística, cultural, histórica, arqueológica ou paisagística, considerados representativos da memória arquitetônica, paisagística e urbanística da cidade. Elas se dividem em Setor de Preservação Rigorosa - SPR - e o Setor de Preservação Ambiental- SPA. Para o reconhecimento da ZEPH para o setor público é importante cumprir as seguintes exigências:

I - referência histórico-cultural; II - importância para a preservação da paisagem e da memória urbana; III - importância para a manutenção da identidade do bairro;IV - valor estético formal ou de uso social, relacionado com a significação para a coletividade; V - representatividade da memória arquitetônica, paisagística e urbanística dos séculos XVII, XVIII, XIX e XX; VI - tombamento pelo Estado de Pernambuco; VII - tombamento pela União. Unidades Urbanas. Fonte: Anexo da Lei de Uso e Ocupação do Solo, N° 16.176/1996. Zonas de Urbanização. Fonte: Anexo da Lei de Uso e Ocupação do Solo, N° 16.176/1996. Zonas de Diretrizes Específicas da Cidade. Fonte: Anexo da Lei de Uso e Ocupação do Solo, N° 16.176/1996.

65

Uso e ocupação Mapeamento e análise dos usos e atividades por predominância a. Elementos marcantes c. Gabarito e paisagem b. Equipamentos de uso público d. 06.

a. Mapeamento e análise dos usos e atividades por predominância

68 06. Uso e ocupação a. Mapeamento e análise dos usos e atividades por predominância

A forma como a ocupação do solo é utilizada revela a potencialidade e as dificuldades que a região pode apresentar. Com isso, o levantamento desse diagnóstico ajudará para a compreensão dos vazios urbanos que poderão passar por uma intervenção para que a região seja cada vez mais segura e inclusiva. Em sua totalidade, a área de estudo se expõe a partir de usos residenciais (unifamiliar e multifamiliar), em seguida há uma quantidade significativa dos usos comerciais e de serviço que acata toda a área. Observa-se também que os usos de saúde e educacional estão distribuídos entre os bairros. Porém, o uso cultural, de lazer e áreas verdes apresentam baixo nível de interação entre o Compreende-seterritório.anecessidade de intervenção dos vazios urbanos como a possibilidade de ocupar com esses usos escassos. Portanto, a elaboração das propostas tem a intenção de prover equilíbrio das atividades e a performance da cidade quanto sua ordenação.

Parque da Jaqueira. Foto: Abdias Junior/Flickr. Colégio Damas, localizado no bairro das Graças, na Zona Norte do Recife. Foto: Reprodução/Google Street View.

69 USO E OCUPAÇÃO MAPEAMENTO E ANÁLISE DOS USOS E ATIVIDADES POR PREDOMINÂNCIA ESCALA 1:9000 N QuartelEducacional ComércioReligioso Saúde ÁreasLazer verdes ResidencialServiço Cultural

Uso e ocupação Mapeamento e análise dos usos e atividades por predominância a. Elementos marcantes c. Gabarito e paisagem b. Equipamentos de uso público d. 06.

b. Gabarito e paisagem

72 06. Uso e ocupação b. Gabarito e paisagem

Fonte: Google Earth, 2020.

Uma das ferramentas do planejamento urbano são os aspectos relativos à densidade e paisagem urbana, sendo um deles o gabarito, que nada mais é do que o número máximo de pavimentos, que, por consequência precisa ser compatível com a densidade referente a cada zona Dianteexistente.disso,entende-se

Vista aérea da área, apresentando diferentes padrões de de gabarito, configurando uma paisagem característica.

o território construído a partir normas urbanísticas que direcionam a uma forma e paisagem urbana. Compreendendo o contexto apresentado, observa-se que na área analisada há uma concentração edificante e verticalizada maior em sua totalidade na zona das Graças, apesar de que há uma proporcionalidade da massa edificada quando comparado ao território de forma geral. É importante ressaltar que o uso máximo do gabarito permitido por cada zona irá influenciar diretamente na paisagem urbana pois, haverá aumento de fluxo de carro - devido a densidade construtiva -, poluição sonora e visual e edificações contínuas. E com isso, deixa em alerta a necessidade de espaços mais horizontais e dinâmicos em seu entorno, ou seja, áreas menos verticalizadas, mais arborizadas e de uso público tornaria o potencial do bairro ainda mais satisfatório a comunidade.

73 USO E OCUPAÇÃO GABARITO E PAISAGEM ESCALA 1:9000 N 26 - 35 Pavimentos 04 - 07 Pavimentos 21 - 25 Pavimentos 01 - 03 Pavimentos 13 - 20 Pavimentos 08 - 12 Pavimentos

Uso e ocupação Mapeamento e análise dos usos e atividades por predominância a. Elementos marcantes c. Gabarito e paisagem b. Equipamentos de uso público d. 06.

c. Elementos Marcantes

A maioria dos elementos reforçam a intenção de promover lembranças sentimentais, experimentais ou apenas trajetórias diárias, e isso se dá a partir de edificações, praças, ruas, avenidas, cruzamentos, comércio e serviço; entre outros. O destaque principal desses elementos é a orientação que ajuda a criar tal sentido de proximidade do destino final ou de pontos que produzem uma fluidez na cidade. Situados no território, identificam-se elementos como: Jardim do Baobá, localizado no Bairro das Graças, Recife - PE. Fonte: Coletivo Nau, 2019.

Os elementos marcantes são pontos referenciais que sinalizam de forma externa orientando a população. Alguns pontos são marcantes por seu caráter memorável, histórico e/ou original que demonstre de forma simples a orientação do espaço no qual está inserido. O cenário se forma a partir desses elementos que podem ser divergentes quanto a seu porte ou forma comparado ao entorno existente.

76 06. Uso e ocupação c. Elementos Marcantes

Fábrica da Torre, localizada no Bairro da Torre, Recife - PE. Fonte: Google Earth, 2020. Hospital da Restauração, localizado no Bairro do Derby, Recife - PE. Fonte: Acervo do Hospital Restauração.da

77 USO E OCUPAÇÃO ELEMENTOS MARCANTES ESCALA 1:9000 NMuseu Murillo La Greca Jardim do Baobá1. 1 2 3 4 6 7 8 9 11 1312 14 15 16 21 19 17 18 20 10 5 6. 11. 16.17.5.2. 12. 18.19. 22.21. 22 8. 24. 2324 24 24 23. 20. 3. 9. 13. 4. 10.7. 14.15. Paróquia Nossa Sra. das Graças Quartel do DerbyHospital Maria Lucinda Colégio Damas Uninassau Escola Politécnica deClubePernambucoInternacional Av. Agamenon Magalhães Museu do Estado de Pernambuco Rio Av.PontesCapibaribeRuiBarbosa UPE - Faculdade de Administração e Direito Parque da Jaqueira Colégio Marista São Luis Colégio Vera Cruz Hospital da Restauração Hospital Santa Joana Praça do Derby Colégio Núcleo Fábrica da Torre Tribunal Regional Eleitoral

Uso e ocupação Mapeamento e análise dos usos e atividades por predominância a. Elementos marcantes c. Gabarito e paisagem b. Equipamentos de uso público d. 06.

d. Equipamentos de uso público

Igreja de São José do Manguinhos Praça do Entroncamento Praça Jenner de Souza Praça do MemorialDerbydaMedicina e Cultura da PraçaUFPE João Pereira Borges Primeira Igreja Presbiteriana do Recife Praça Poe. Fernando Pessoa Praça Prof. Abreu Magalhães

ParóquiaInstitutoPraçaAplicaçãodoInternacionalCapibaribedeNossaSenhora das Graças Capela de Santa Terezinha do Derby Quartel da Polícia Militar Praça Otávio de Freitas Igreja TribuinalRioRegional Eleitoral Praça Souto Filho04.05.02.01.03. Parque da Jaqueira Praça João Tude de Melo Praça Prof. Fleming Praça Manuel Markman Museu Murillo La Greca09.08.06.07.10. Academia Pernambucana de HospitalLetras JardimPraçaPernambucoEvangélicoEspaçoVerdedoBaobá 16.17.11.12. 19. 14.18.13.15. Villa Ponte D’Uchôa Igreja Metodista Central doPraçaRecifedo Murro na Árvore Praça São José do Manguinhos Comunidade Católica Shalom Museu do Estado de Pernam Praçabuco Marcelino Champagnat Praça José Sales Filho Praça Domingos Giovanetti 06. Uso e ocupação d. Equipamentos de uso público

A área conta com uma boa diversidade desses elementos quanto ao seu uso, porém possui uma distância significativa entre os espaços, acarretando em pouca interação social em determinadas regiões. Por isso, reforçamos que o espaço urbano precisa de possibilidades para que aconteça as interações humanas através desses elementos públicos, pois assim conseguimos qualificar os bairros e futuramente toda a cidade.

fica a critério da gestão pública uma análise sobre a locação de mais equipamentos públicos que atenda aos espaços mais distantes dos equipamentos já locados.

Define-se os equipamentos de uso públicos aqueles referentes à saúde, educação, cultura, lazer e infraestrutura. Eles possuem um enorme potencial de ordenamento urbano, sendo capaz de criar dinamicidade, organização e qualificação socioespacial. Para essa análise, características como acessibilidade, circulação e raio de influência devem ser considerados para uma melhor implantação dos elementos para que respondam às necessidades da população.

As praças e parques existentes no sítio em análise contribuem para o bem estar social, pois seu uso permite encontros entre a população, contemplação da natureza, locais de lazer, assim como atividades físicas e o desenvolvimento econômico. Já os hospitais da região asseguram a comunidade em questões referentes à saúde física e por fim as igrejas, os elementos de cunho educacional e cultural que proporcionam aglomerados humanos de forma específica para construção de uma sociedade colaborativa e dinâmica.Portanto,

80 20.34.30.28.25.22.21.31.35.24.27.33.37.23.26.29.32.36.

81 EQUIPAMENTOS DE USO PÚBLICO ESCALA 1:9000 NUSO E OCUPAÇÃO

Meio ambiente natural Cobertura vegetal e recursos hídricos a. 07.

a. Cobertura vegetal e recursos hídricos

a. Cobertura vegetal e recursos hídricos

A Praça Euclides da Cunha é um importante projeto paisagístico de Burle Marx na cidade do Recife. No projeto original, o canteiro central é dedicado às cactáceas - como a coroa-defrade, o facheiro e o xique-xique, e alamedas nas bordas com cortinas de árvores - como o pau-ferro, pau-d’arco e juazeiro, espécies vegetais da Caatinga. Foto: Inaldo Lins / PCR.

As massivas áreas verdes são um dos elementos fundamentais na elaboração e desenvolvimento do espaço urbano, visto que é uma das características mais benéficas quando se diz respeito a qualidade de vida, pois através dele atingimos um nível satisfatório da diminuição das ilhas de calor, a redução de ruídos, aumento de sombreamento no espaço público, além de se construir uma cidade esteticamente harmoniosa referente a elementos paisagísticos.

O território analisado apresenta vasta camada vegetal, em sua grande maioria contemplando os elementos de uso públicos, como: praças e parques; além de alguns IPAV’s, que, de acordo com o PD (Plano Diretor) são imóveis que devem ser preservados por apresentarem grandes massas verdes. Desse modo, o sítio analisado exprime bons resultados, principalmente no bairro da jaqueira, onde fica um dos parques urbanos mais arborizados da cidade do Recife. Outro ponto positivo que se tem é a presença do Rio Capibaribe que percorre por quase todos os bairros, e além de ser um dos principais recursos hídricos há uma densa área verde que o margeia. Em contrapartida, há bairros como Torre e Graças que necessitam de novos parques-praças urbanas que agregue espaços mais arborizados, tranquilo e seguro, que atenda a necessidade da população local com espaços para lazer, esporte e contemplação dos elementos naturais. Rio Capibaribe entre o bairro das Graças Madalena.e Foto: Nando Chappetta / Diário de Pernambuco.

Através da análise de legislação, identificamos as condições do território relacionados aos parâmetros urbanísticos com o intuito de compreender as zonas naturais existentes, as unidades que precisam ser conservadas, assim como seus recursos hídricos e os seus setores de sustentabilidade ambiental. Dessa forma, as informações levantadas nos guia a uma gestão do espaço urbano mais consciente e eficaz.

Planta Baixa esquemática da Praça Euclides da Cunha. Fonte: SÁ CARNEIRO, Ana Rita; MESQUITA, Liana. Espaços livres do Recife. Praça Euclides da Cunha - projeto de Burle Marx executado. Fonte: “O jardim moderno de Burle Marx: um patrimônio na paisagem do Recife”. SÁ CARNEIRO, Ana Rita; FIGUEIRÔA SIILVA, Aline de; AMORIM GIRÃO, Pricylla. Departamento de Arquitetura e UrbanismoUFPE. Praça Euclides da Cunha - desenho atual. Fonte: “O jardim moderno de Burle Marx: um patrimônio na paisagem do Recife”. SÁ CARNEIRO, Ana Rita; FIGUEIRÔA SIILVA, Aline de; AMORIM GIRÃO, Pricylla. Departamento de Arquitetura e Urbanismo - UFPE.

84 07. Meio ambiente natural

85 MEIO AMBIENTE NATURAL COBERTURA VEGETAL ESCALA 1:9000 N UCN - Unidade de Conservação da ZANNatureza-Zona de Ambiente Natural (margens do Capibaribe) Recursos hídricos (Rio Capibaribe)

Praças,SSA2 parques e áreas verdes IPAV - Imóveis de Preservação de Áreas Verdes

Socioeconomia Quem mora e quem utiliza o território? a. Usos do território b. 08.

a. Quem mora e quem utiliza o território?

A zona de estudo abrange recortes dos bairros do Derby, Graças, Jaqueira, Madalena, Paissandú, Parnamirim, Tamarineira e Torre da cidade do Recife, baseando-se nisso contabilizamos um total de 87.452 habitantes em todo o perímetro da ZEIS e dos bairros listados.

88 Densidade demográfica (habtante/hectare) População residente Área territorial (hectare²) Taxa de alfabetização - 10 anos e mais (%) Renda mensal (R$) PaissanduPaissanduPaissanduPaissanduPaissanduParnamirimParnamirimParnamirimParnamirimParnamirimDerbyDerbyDerbyDerbyDerby R$98,7%43,852.071477.785,05 R$20.538143,0814499,2%9.484,01 98,3%66,311.59124 R$ 11.339,79 97,7%7.636124,361 R$ 10.712,06 R$98,5%14.124138,181027.904,04 R$152,6817.90311794,9%4.827,09 R$23.082126,4818395,9%5.521,52 98,5%14,750734 R$ 5.115,06TamarineiraTamarineiraTamarineiraTamarineiraTamarineiraGraçasGraçasGraçasGraçasGraças TorreTorreTorreTorreTorreJaqueiraJaqueiraJaqueiraJaqueiraJaqueira MadalenaMadalenaMadalenaMadalenaMadalena 08. Socioeconomia a. Quem mora e utiliza o território?

Com base os dados censitários do IBGE e no livro Recife 500 anos, a população moradora no Recife em 2017 foi estimada em 1.634 mil pessoas. Desse total, a sociedade pode ser subdividida por gênero, cor/raça, faixa etária, renda per capta, etc., com o objetivo de analisar quem compõe a cidade e traçar planos para o futuro da mesma.

O bairro das Madalena é o de maior número populacional com 23.082 habitantes, e o bairro da Paissandu é o de menor com apenas 507 habitantes residentes. Em relação a diferença do percentual da população por sexo, o Derby possui mais mulheres (58,72%) que homens (41,28%), esse fato se repete em todos os bairros pertencentes a análise. Além disso, o bairro do Derby possui a segunda maior ‘Taxa de Alfabetização da População de 10 anos e mais’ com 98,7% do total de residentes, ficando atrás apenas do bairro das Graças que conta com 99,2%. Quanto à idade populacional, os dados da prefeitura do Recife revelam que há uma maior quantidade de pessoas adultas com 25 a 59 anos, população ativa no mercado de trabalho com potencial de crescimento para economia da cidade. A menor taxa populacional quanto a idade está entre 15-17 anos nos bairros da Jaqueira, Madalena, Parnamirim, Torre e Tamarineira, em seguida, está a população entre 0-4 anos com menor taxa nos bairros das Graças, Paissandu e Derby. Na área em análise a maioria da população se classifica pela cor branca, em segundo lugar encontra-se a taxa populacional das pessoas pardas com 8.671 habitantes, estes localizados no bairro da Madalena, é nesse bairro também onde estão a maioria das pessoas que se classificam como pretas (1.253 pessoas). Em relação a renda per capta de tais bairros, o bairro da Jaqueira encontra-se com o maior Valor de Rendimento Nominal Médio Mensal dos Domicílios (R$ 11.339,79), em contrapartida, o bairro da Torre possui o menor número, quantificado em R$ 4.827,09.

89 SOCIOECONOMIA QUEM MORA E UTILIZA O TERRITÓRIO? ESCALA 1:9000 N (14,7Paissanduhab/hec) (124,3Parnamirimhab/hec) (43,85Derbyhab/hec) (138,18Tamarineirahab/hec) (143,08Graçashab/hec) (152,68Torre (66,31Jaqueirahab/hec)hab/hec) (126,48Madalenahab/hec) MangueiraZEIS da Torre

Socioeconomia Quem mora e quem utiliza o território? a. Usos e dinâmicas do território b. 08.

b. Usos e dinâmicas do território

Localizada às bordas do Rio Capibaribe junto ao oceano, com sua geografia, seus mangues, suas pontes e construções marcantes, a composição da área territorial da cidade do Recife consiste em 67,43% de morros; 23,26% de planícies; 9,31% de aquáticas; e 5,58% de Zonas Especiais de Preservação Ambiental – ZEPA, segundo dados fornecidos pela Prefeitura. Segundo o artigo cujo nome é ”Usos do território e o papel do Estado no Brasil: notas sobre a atuação da Agência Desenvolve SP” da Revista da GEOUSP publicado em 2017 por Fabrício Gallo, identificam-se agentes relacionados ao uso do território que têm poder de ação sobre o território como um todo (os agentes hegemônicos) e aqueles cujo poder é mais limitado espacial e temporalmente, estes são os agentes não hegemônicos. Para estes últimos o território seria seu abrigo, já para os primeiros o território seria um recurso (Gottmann, 2012).

Apesar de haver uma predominância e proporcionalidade da massa edificada nos bairros quando comparado o território como um todo, as praças e parques existentes no sítio em análise contribuem para o bem estar social, aumentando a qualidade de vida dos residentes da área e entornos imediatos, além destes, os equipamentos de usos públicos num geral são fundamentais para proporcionar dinamicidade, organização e qualificação socioespacial.

92 08. Socioeconomia

Mapa de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) retirado do livro “Recife 500 Anos - Reunir, Reviver e Reinventar. Proposta inicial de estratégia de desenvolvimento da cidade”, 2019.

b. Usos e dinâmicas do território

Diante dessa contextualização e da análise da área no tópico de Uso e Ocupação, compreende-se o contexto da dinâmica do território da zona de estudo. Além disso, os usos do território são diversos e variam ao longo da área; em relação ao uso comercial, ele engloba aproximadamente 2%, enquanto o serviço compreende 24,70% do recorte analisado. Os usos institucional e religioso compõem, respectivamente, de cerca de 0,45% e 0,75%, e o residencial é a categoria que mais predomina na região, 53,30%.

“Recife 500 Anos - Reunir, Reviver e Reinventar. Proposta inicial de estratégia de desenvolvimento da cidade”, 2019.

“Recife 500 Anos - Reunir, Reviver e Reinventar. Proposta inicial de estratégia de desenvolvimento da cidade”, 2019. Mapa representativo de mães chefes de família retirado do livro

Mapa de Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) retirado do livro

“Recife 500 Anos - Reunir, Reviver e Reinventar. Proposta inicial de estratégia de desenvolvimento da cidade”, 2019. Mapa representativo de população preta e parda retirado do livro

93

Diagnóstico do Recife // Proposta Estratégica Urbanística Volume II

Diagnóstico do Recife // Proposta Estratégica Urbanística Universidade Católica de Pernambuco Ordenamento Urbano e Territorial AdrianaAntônioCantaliceNovaesCamilaPaivaJacksonFreire

Proposta estratégica urbanística 09. Classificação geral de vazios a. Potencialidades, desafios e diretrizes b. Propostas, facilidade e tempo de intervenção d. Intervenção e. Recorte da área específica c.

a. Classificação geral de vazios

09. Proposta

Imagem retirada da dissertação “Do cheio para o vazio”, de Cláudia Sousa, do tópico referente a vazios urbanos. A imagem apresenta o que pode ser classificado como um vazio do universo econômico. estratégica urbanística

Em suas afirmações, a autora trata dos espaços a partir de três diferentes universos, que se apresentam de forma simultânea em alguns casos: o universo construído, o universo econômico e o universo social. O principal motivo para a divisão nos três universos citados é referente à causa da formação do “vazio”, além também de como ele se apresenta. No caso do universo construído, a atribuição fica mais a cargo da construção visual e espacial da cidade de forma concreta, ligando-se diretamente à existência ou não de edificações. No universo em questão tendese, ainda mais que nos outros dois universos, a considerar o lado positivo e o potencial evidente do espaço - sendo considerado até mesmo como um “vazio democrático”, devido à inesgotável gama de possibilidades que o mesmo abarca, contemplando espaços como ruas, espaços verdes, praças, etc. No caso do universo econômico, o foco é principalmente em sua causa, mas também com foco em sua consequência formal e espacial. Sua existência deve-se principalmente a processos de intensificação de atividades efêmeras ou sazonais, configurando um espaço que, a partir do momento que as necessidades econômicas e sociais cessam, os espaços se tornam “vazios”, mesmo que nele haja edificações. A exemplo disso pode-se observar cidades industriais, áreas ferroviárias e fabris, que normalmente tiveram sua atividade intensificada durante o século XX, e atualmente mantém suas estruturas, porém sem uso adequado. O universo social, no entanto, foca na ideia de “vazio demográfico”, que se explica através de análises históricas de tendências urbanas de manejamento ou alteração de perfil populacional de uma certa área da cidade, reduzindo drasticamente a presença das pessoas e alterando drasticamente as atividades e a eficiência de utilização do espaço. Está normalmente ligada ao efeito de gentrificação.

Como dito antes, as esferas se intercalam, sendo muito comum, principalmente em países desenvolvidos - como pode ser visto em algumas cidades estadunidenses que foram intensivamente industrializadas durante o século XX, onde os motivos do universo social do vazio urbano apresentam-se em conjunto com os motivos e causas do universo econômico.

a. Classificação geral de vazios

Espaços Urbanos Subutilizados São espaços ocupados, edificados ou não, mas que possuem atualmente uma utilização considerada não adequada, ou que possuem potencial de ter uma utilização mais eficiente e proveitosa para o meio urbano. Normalmente, dentro da área estudada, esses espaços aparecem na configuração de grandes estacionamentos.

Espaços Urbanos Desafectados Normalmente associados a espaços edificados, porém sem atual utilização. Tanto essa classificação, quanto a anterior, apontam para o conceito de ‘vazio urbano’, ou terrain vague, como apresentado por Cláudia Sousa.

Além dos conceitos apresentados anteriormente, existe também a classificação ligada à tipologia de obsolescência, que são organizadas da seguinte forma: Espaços Urbanos Desocupados Normalmente destinada a espaços que são caracterizados a partir de sua utilização ou não-utilização, essa classificação é comum em áreas onde não há presença de edificações. Podem, a princípio, tender a uma noção de vazios de qualidade negativa, porém existem diversos espaços que são de extrema necessidade para a vitalidade da vida urbana que se encaixam de certa forma nessa categoria, como por exemplo: praças, parques, ruas largas, faixa das ruas, etc. São, em essência, vazios não edificados presentes na área urbana, podendo ser positivos ou negativos, a depender de sua configuração e utilização.

98

Os vazios urbanos, elementos múltiplos e de diversos significados, são classificados principalmente como espaços de oportunidade por Cláudia Sousa em sua dissertação “Do cheio para o vazio”. “Quando classificamos um espaço de ‘vazio urbano’ (independentemente da questão se o estamos a classificar bem ou não) é porque vemos nele uma oportunidade de mudança”aqui fica clara a intenção de traçar o potencial positivo, ou mesmo negativo, do que pode vir a ser classificado como “vazio urbano”, já que o termo tende a levar a interpretação para o lado negativo.

99 ANÁLISE E CLASSIFICAÇÃO DOS VAZIOS ESCALA 1:9000 N Espaços Urbanos Desocupados Espaços Urbanos Desafectados Espaços Urbanos SubutilizadosCBACLASSIFICAÇÃO GERAL DE VAZIOS

100 VISTA AÉREA FOTOGRAFIA CARACTERÍSTICASIMPLANTAÇÃO

A4A2A1A3 Proposta estratégica urbanística

09.

Espaço vazio de dimensão considerável, situado na esquina, cercado por muros, mas com passagem aberta ao Espaçopúblico.vaziode dimensão considerável, cercado por muros, sem acesso ao público. Localizado de esquina e consequentemente paralelo às ruas. Espaço vazio de pequena dimensão, paralelo à rua, localizado entre duas residências. Sem acesso. Espaço vazio ocasionado pela construção de um viaduto.

101 a. Classificação geral de vazios

Espaço vazio com uma área muito grande, aberto e com acesso ao público. Topografia pouco acentuada.Vaziourbano com pequena dimensão, aberto e com acesso ao público. Topografia pouco acentuada. Espaço vazio com pequena dimensão, aberto e com acesso ao público. Topografia pouco acentuada. Vazio urbano com pequena dimensão, com acesso ao público e topografia pouco acentuada.

A8A6A5A7

VISTA AÉREA FOTOGRAFIA CARACTERÍSTICASIMPLANTAÇÃO

Vazio urbano de pequena dimensão, situado na beira do rio Capibaribe e com uma densa arborização. O espaço é aberto e possui acesso ao público.Vazio urbano com uma pequena área, localizado em frente ao jardim do Baobá. O terreno é bastante arborizado e se encontra cercado por muros, possuindo acesso aberto ao público. Atualmente funcionando como estacionamento.

Espaço desocupado com dimensão relativamente grande, perpendicular à Rua José de Holanda e a Rua dos Operários. Cercado por uma densa cobertura vegetal e por alto muro, sem acesso ao público. Proposta estratégica urbanística

A10A9A11A12 09.

Vazios presentes na área específica, apresentada no tópico d. Recorte da Área Específica

102 VISTA AÉREA FOTOGRAFIA CARACTERÍSTICASIMPLANTAÇÃO

Terreno vazio com uma área de médio porte, sem acesso ao público e topografia pouco acentuada.

Terreno vazio com dimensão considerável, localizado na Rua dos Operários, cercado por muro alto e vegetação, sem acesso ao público.

Aparenta não ter nenhuma construção pré existente e, hoje, encontra-se vazio.

Terreno vazio bastante arborizado e sem acesso ao público, fechado por muros. Classificação geral de

A14A13A15A16 a.

vazios

103 VISTA AÉREA FOTOGRAFIA CARACTERÍSTICASIMPLANTAÇÃO

Terreno rodeado por residências, localizado na Rua Teixeira Pinto. Aparenta já ter sido usado pela existência de uma coberta porém atualmente se encontra para venda ou aluguel.

A20A18A17A19 09.

104 VISTA AÉREA FOTOGRAFIA CARACTERÍSTICASIMPLANTAÇÃO

Localizado na Rua José Osório, o terreno apesar de cercado por uma grade, há permeabilidade. Ou seja, aparentemente não há construções ou usos ativos, além disso se encontra com uma densa vegetação.Árealocalizada no final da Rua Manoel de Almeida e se estende até a Rua Amélia, encontrase em obra de requalificação - trecho ponte da torre/ponte capunga. Atualmente, encontra-se sem acesso ao terreno. Proposta estratégica urbanística

Terreno vazio fechado com tapume de madeira. Vazio urbano completamente aberto.

Vazios presentes na área específica que receberão intervenções apresentadasdiretas,notópico e. Intervenções.

105 VISTA AÉREA FOTOGRAFIA CARACTERÍSTICASIMPLANTAÇÃO

Espaço urbano vazio com área extensa. Com abrangência de dois lotes, possui muro alto, vegetação típica e têm potencial construtivo para uma futura edificação no local. Grande área com vegetação nativa, o terreno localiza-se na Rua Padre Anchieta. Sem acesso e sem permeabilidade visual, o lote está desocupado atualmente.Espaçovazio de dimensão considerável paralelo a duas ruas. Espaço aberto de acesso ao público. Espaço vazio de dimensão considerável, cercado por muros altos, não possui acesso ao público, mas conta com um portão metálico, intersticial entre terrenos.

A24A22A21A23

a. Classificação geral de vazios

Espaço vazio de dimensão considerável, cercado por muros altos, não possui acesso ao público, mas conta com um portão metálico.

Terreno baldio rodeado por muros altos e sem acesso ao público.

Área localizada no final da Rua Manoel de Almeida e se estende até a Rua Amélia, encontrase em obra de requalificação - trecho ponte da torre/ponte capunga. Atualmente, encontra-se sem acesso ao terreno.

A28A26A25A27 09. Proposta estratégica urbanística

Espaço sem utilidade com um casarão antigo, sem movimentação de pessoas e carros no espaço. Localizado numa área com grande circulação e com pontos de referências conhecidos, porém mesmo assim continua sem funcionalidade.

106 VISTA AÉREA FOTOGRAFIA CARACTERÍSTICASIMPLANTAÇÃO

Edifício abandonado com uma área pequena; Espaço sem acesso ao público. Topografia pouco acentuada.

B2B1B3B5

Edificação que já não está em uso e atualmente permanecem as estruturas desafectadas do seu uso original.Antiga edificação cujo uso no passado era residencial, mas agora só resta sua estrutura desafectada do uso inicial.

a. Classificação geral de vazios

107 VISTA AÉREA FOTOGRAFIA CARACTERÍSTICASIMPLANTAÇÃO

Antiga edificação cujo uso no passado era residencial, mas hoje só permanece sua estrutura desafectadas de seu uso original.

B8B6B7B9 09. Proposta

Casa que já não está mais em uso, antes sendo ocupada por uma loja, manteve sua estrutura esperando o ponto ser repassado.

Espaço vazio com pequena dimensão; Espaço aberto com acesso ao público. Topografia pouco acentuada.Edifício desocupado com uma área pequena; Espaço com acesso ao público. Topografia pouco acentuada.Edifício antigo desocupado. Sendo usado apenas seu afastamento como estacionamento. estratégica urbanística

108 VISTA AÉREA FOTOGRAFIA CARACTERÍSTICASIMPLANTAÇÃO

109 VISTA AÉREA FOTOGRAFIA CARACTERÍSTICASIMPLANTAÇÃO

Casa primeiro andar com construção inacada. Tem vestígios de uso, mas atualmente, não há uso.

Casa antiga de grande porte na beira do rio, atualmente desocupada com sua estrtura comprometida.AntigaCompanhia Fiação e Tecidos de Pernambuco, conhecida como Fábrica da Torre, desativa há mais de 30 anos. Apesar do desuso, o local está em processo de tombamento pela Fudarpe. A Fábrica caracteriza-se por ser um marco de grande importância local e por fazer parte da história dos moradores adjacentes.

Construção térrea antiga, que era usada como residência. Mas hoje não é usada como residência, ou seja, é um espaço urbano desafetado do seu uso inicial. Classificação geral de vazios

B10B11B12B13 a.

110 VISTA AÉREA FOTOGRAFIA CARACTERÍSTICASIMPLANTAÇÃO

B14B15B16B17 09. Proposta

Construção térrea antiga, que era usada como residência. Mas hoje não é usada como residência, ou seja, é um espaço urbano desafetado do seu uso inicial.Edificação residencial que se encontra à venda com razoável grau de degradação. Está localizada entre a Rua 24 de Fevereiro e a Rua Benjamin Constant.Construção com fachada extensa, encontra-se hoje

Terrenoabandonado.privilegiado de esquina, onde funcionava antes uma sorveteria. Está hoje sem uso. estratégica urbanística

111 VISTA AÉREA FOTOGRAFIA CARACTERÍSTICASIMPLANTAÇÃO

Casa de dois andares à venda e sem uso no momento.Casade dois andares à venda e sem uso no momento.Edifício, aparentemente, abandonado e desocupado na Rua Joaquim Nabuco, em frente à Uninassau.Edifício, aparentemente, abandonado e desocupado na Rua Joaquim Nabuco, em frente à Uninassau.

B20B19B18B21 a. Classificação geral de vazios

112 VISTA AÉREA FOTOGRAFIA CARACTERÍSTICASIMPLANTAÇÃO

B24B22B23B25 09.

Localizado na Rua Ten. Antônio João, no bairro das Graças. A edificação apresenta-se em ruína, com baixa permeabilidade devido ao seu muro, apresentando apenas um pequeno portão de acesso. Além disso, o interior do lote se mostra com vegetações bem preservadas. Área com dimensões consideráveis, em estado de ruína e totalmente sem permeabilidade. É localizado na Rua Medeiros e Albuquerque , próximo a obra de requalificação - trecho ponte da torre/ ponteLotecapunga.com área considerável, aparente sem uso, com alta permeabilidade e estado razoável de conservação. Fica localizado na Rua Dom Sebastião Leme.Terreno com edificação em ruínas, localizado na Rua Melquisedeque de Lima, o lote fica entre os de número 141 e 159. Não possui acesso e não é permeável. Proposta estratégica urbanística

B28B26B27B29

a. Classificação geral de vazios

Já nesse terreno da Rua Senador Alberto Paiva, localiza-se próximo a área comercial como lanchonetes e lojas. Um uso mais apropriado desse edifício proporcionaria vida ao local.

O edificio, da Av. Conselheiro Rosa e Silva, encontra-se num estado de total abandono e ruínas, sobrando somente as estruturas dele. Poderia dar espaço a algum uso comercial ou residencial, porém o fecharam com muros.

113 VISTA AÉREA FOTOGRAFIA CARACTERÍSTICASIMPLANTAÇÃO

Terreno com uma antiga casa residencial na Rua Padre Anchieta, ao lado de um amplo terreno desocupado. com muro baixo e permeável, tem acesso para veículos e pedestres, mas está sem uso.

Nesse terreno o edifício da Rui Barbosa também aparenta estar abandonado e sem uso algum. Próximo a estacionamentos e lojas, possuiria grande valor comercial se estivesse ativo.

Edificação residencial histórica que não se utiliza mais, está em alto grau de degradação apenas restando sua estrutura desafectada.

114 VISTA AÉREA FOTOGRAFIA CARACTERÍSTICASIMPLANTAÇÃO

B30B31B32B33 09. Proposta estratégica urbanística

Terreno com edificação em ruínas, localizado na Rua Melquisedeque de Lima, o lote fica entre os de número 141 e 159. Não possui acesso e não é permeável.

Estrutura desafectada, a qual possuía uso residencial. Atualmente, se encontra em péssimo estado, o muro foi aumentado de forma improvisada, bloqueando a visão do pedestre e causando poluição visual.Antiga edificação que não possui mais uso, pois só restou seu muro desafectado, todo resto foi desconfigurado e demolido, apenas restando um terreno completamente vazio.

B34B35B36B37 a.

Anexo do edifício FUNAPE que se encontra abandonado e totalmente sem uso e em estdo de degradação, situado na rua Barão de Goiana. Classificação de vazios

geral

Terreno em L, com grande potencial e dimensão. Possui resquícios do antigo estacionamento da Faculdade Santa Helena. E nos dias atuais está sem nenhumEdificaçãouso. abandonada e totalmente sem uso, situado na esquina da praça do Derby e próximo ao quartel do EdificaçãoDerby.abandonada e totamente sem uso, situada ao lado da praça Ótavio de Freitas e as margens da Rua Jener de Souza.

115 VISTA AÉREA FOTOGRAFIA CARACTERÍSTICASIMPLANTAÇÃO

Terreno remanescente, situado dentro do clube Português e ao lado da POLI, usado como estacionamento.Edificação abandonada em estado de degradação, por trás do extra - Benfica e situado na Rua Comendador Bento Aguiar. estratégica urbanística

Antiga casa abandonada, com suas janelas tampadas por tijolos, sem acesso ao público e sem recuo.Ponto comercial abandonado localizado na esquina, cercado por grades e com suas janelas fechadas por tijolos. Tipologia de casa.

116 VISTA AÉREA FOTOGRAFIA CARACTERÍSTICASIMPLANTAÇÃO

B40B38B39B41 09. Proposta

IMPLANTAÇÃO C4C2C1C3

A sua subutilização se dá devido à falta de utilização deste espaço e do mau aproveitamento do espaço livre. Tem capacidade de oferecer mais a cidade.Espaço subutilizado devido seu espaço apresentar potencial para um espaço social, porém funciona como estacionamento.

a. Classificação geral de vazios

117 VISTA AÉREA FOTOGRAFIA CARACTERÍSTICAS

Lote de espaço mediano, usado como estacionamento privado. Questona se seu uso seria eficiente para a cidade.

É um lote privado com acesso restrito, onde funciona como estacionamento do estabelecimento. É um espaço subutilizado, pois tem potencial para ser um espaço mais atrativo.

Terreno de esquina aparentemente destinado a estacionamento. Localizado na esquina da Av. Beira Rio com a rua das Pernambucanas.

118 VISTA AÉREA FOTOGRAFIA CARACTERÍSTICAS

IMPLANTAÇÃO C6C5C7C8 09. Proposta estratégica urbanística

Praça Murro da Árvore. Eapaço com potencial de atratividade.Espaçosubutilizado na Rua do Senador Alberto Paiva com potencial de eficiencia para a cidade. Espaço subutilizado na Rua do Senador Alberto Paiva com potencial de eficiencia para a cidade.

Na rua José Osório há uma propriedade privada que não há construções, mas que é usada como estacionamento.Todaaextensão da Av. Beira Rio é utilizada apenas como estacionamento. O que poderia ser um grande atrativo, como um parque linear, por exemplo.Lote de esquina com potencial de uso e ocupação eficiente. O terreno é localizado na Rua Padre Ancheta e encontra-se subutilizado, é um estacionamente para comércios locais.

119 VISTA AÉREA FOTOGRAFIA CARACTERÍSTICAS

Localizado na Rua Clóvis Beviláqua, o terreno é mediano e possui potencial urbanístico, com o piso ainda da antiga edificação, o lote atualmente é estacionamento de veículos. Classificação geral de vazios

a.

IMPLANTAÇÃO C10C9C11C12

09. Proposta

120 VISTA AÉREA FOTOGRAFIA CARACTERÍSTICASIMPLANTAÇÃO C14C13C15C16

Espaço subutilizado, pois possui grande potencial para um espaço social devido a sua área. No momento está cercada por muros altos, privando-o da rua e dos pedestres. estratégica urbanística

O terreno localizado na Avenida Conselheiro Rosa e Silva, atualmente funciona como estacionamento, é um terreno privado e de uso restrito. é um espaço urbano subutilizado como um grande potencial atrativo. Localizado na Avenida Conselheiro Rosa e Silva. No local está uma academia que tem grande parte do seu terreno ocupado por um estacionamento despontecializado a área quando este pode ser maisEspaçoatrativo.subutilizado, pois apresenta potencial para um uso público, principalmente pela sua característica de ser um terreno de esquina, pois entra em contato com os pedestres das duas ruas.

121 VISTA AÉREA FOTOGRAFIA CARACTERÍSTICASIMPLANTAÇÃO C20C18C17C19

Espaço subutilizado devido ao seu espaço apresentar potencial para um espaço social, proporcionando áreas de permanências, lazer e descanso para os visitantes, porém funciona apenas comoLoteestacionamento.deterreno privamo com acesso restrito, funciona como estacionamento. Espaço subutilizado, pois tem potencial de oferecer mais interação para os seus visitantes.

Espaço subutilizado, tem potencial para um espaço direcionado às pessoas pois é uma área grande. Porém está cercada por muros altos, privando-o da rua e dos pedestres.

a. Classificação geral de vazios

Espaço subutilizado, de grande terreno, o qual poderia ter um uso social, para que dessa forma, seja usado como espaço de permanência.

122 VISTA AÉREA FOTOGRAFIA CARACTERÍSTICASIMPLANTAÇÃO C24C22C21C23

09. Proposta estratégica urbanística

Mesmo sendo muito utilizada pelos membros da assiciação, por ser um espaço restrito, o campo de futebol na frente do Quartel Militar é subutilizadas pelas demais pessoas da cidade, ocupando uma grande área que poderia funcionar de forma mais abrangente.Terreno localizado ao lado do Rio Cabibaribe entre o IAB e a Fundação Joaquim Nabuco, atualmente usado para estacionamento. Tem grande potencial de uso para a cidade. Lote subutilizado, sendo um estacionamento privado.Lote utilizado para estacionamento privado.

Estacionamento privado localizado ao lado de uma clínica veterinária. O carro pode entrar em uma rua e sair em outra.

Lote utilizado para estacionamento privado.

123 a. Classificação geral de vazios VISTA AÉREA FOTOGRAFIA CARACTERÍSTICASIMPLANTAÇÃO C26C25C27C28

Lote localizado na esquina usado para estacionamento privado, rodeado por muros altos e a entrada contém um portão grande.

Local usado indevidamente para estacionamento, tem um potencial enorme para a cidade podendo ser uma área de lazer.

FOTOGRAFIA CARACTERÍSTICASIMPLANTAÇÃO

124 09. Proposta estratégicaVISTAurbanísticaAÉREA

Lote utilizado para estacionamento privado. Lote utilizado para estacionamento privado. Uma parcela inutilizada do estacionamento do supermercado extra, rodeado por grades. Tem uso privado.Espaço privado com grande área. Terreno sendo usado somente para estacionamento da POLI. Porém com grande potencial de vim a ser um espaço para a cidade.

C30C29C31C32

VISTA AÉREA FOTOGRAFIA CARACTERÍSTICASIMPLANTAÇÃO C34C33

125 a. Classificação geral de vazios

Espaço retangular com pequena área. Terreno cercado por edificações, atualmente sendo utilizado como estacionamento. Podendo ter um uso mais eficaz para a cidade. Espaço vazio com pequena área. Situado as margens da Av. Sport Clube do Recife e cercado por edificações. Espaço Público. Terreno com topografia plana.

Proposta estratégica urbanística 09. Classificação geral de vazios a. Potencialidades, desafios e diretrizes b. Propostas, facilidade e tempo de intervenção d. Intervenção e. Recorte da área específica c.

b. Potencialidades, desafios e diretrizes

Falta de manutenção e preservação dos imóveis

Ausênciahistóricos.deconservação dos imóveis e de atividades sócio-culturais ativas nos espaços, seja público ou privado. DESAFIOS

Existênciamesmo. de patrimônios históricos auxiliando nos marcos do território em análise.

TEMAS DIRETRIZESPOTENCIALIDADES

A margem do Rio Capibaribe sendo como uma das potências para o incentivo de apropriação do espaço e consequentemente o uso ativo do

Presença de variados tipos de patrimônios, podendo favorecer a existência de múltiplas atividades, sejam ligadas a ambientes fechados, como museus, áreas industriais, edifícios históricos e educacionais e afins, mas também ligadas a áreas externas, ambientes naturais e atividades de intervenções culturais que podem ser desenvolvidas em áreas públicas e abertas.

Há uma grande disposição de usos e atividades pelos bairros, especificamente nas ruas com mais usos residenciais, há calçadas largas, boa arborização, iluminação, e outros elementos que favorecem a caminhabilidade. As ruas e avenidas com maior fluxo de pedestres necessitam de mais atenção referentes aos elementos urbanos que favorecem o mesmo (calçadas espaçosas, aparelhos urbanos, arborização). Favorecer o pedestre nas áreas com maior fluxo, principalmente nas avenidas Agamenon Magalhães, Rosa e Silva, Rui Barbosa e Rua Joaquim Nabuco.

Incentivo do uso do rio como transporte alternativo para a região. Como por exemplo o projeto do Parque Capibaribe, que é um plano de urbanização e resgate ambiental, com foco na melhoria da relação entre a cidade e o rio, tanto em questões estruturais urbanas, quanto em questões ligadas à coexistência espacial. Manutenção e restauro de antigas edificações na

Incentivarcidade. atividades e intervenções multiculturais públicas, tanto em ambientes fechados, como museus e edifícios importantes, como em áreas abertas, como praças, parques e rio.

128 PATRIMÔNIOCULTURAL02. INFRAESTRUTURAURBANA03 e 04. 09. Proposta estratégica urbanística

Desapropriação do rio pela sociedade que reside no recorte em questão.

Zonasmultimodalidade.depreservação do ambiente natural que auxiliam no controle de áreas naturais. Alta densidade populacional da área. Precariedade de distribuição de serviços ligados a redes diversas e saneamento integrado nas áreas das ZEIS Mangueira da Torre (gás, esgoto, drenagem e lixo). Integrar todos os modais em vias comuns com segurança, tendo os transportes coletivos e ativos como prioridade urbana.

b. Potencialidades, desafios e diretrizes

DIRETRIZES

Há uma boa distribuição de redes diversas pelos Abairros.diversidade de transportes transitando no território favorece a existência da

Devido ao alto investimento construtivo na área em análise, observa-se que há uma expressiva quantidade de vagas de carros necessárias para atender as edificações. Revisão das exigências de vagas mínimas em empreendimentos residenciais e comerciais, suporte (estacionamento) para modais ativos, como a bicicleta, que ocupa menos espaço e gera uma melhor dinâmica para a área, e a implementação da proposta de utilização de carros compartilhados, principalmente em edifícios de uso misto.

A forma urbana da cidade se molda, prioritariamente, em edificações de tipologia podium, gerando espaços hostis e inseguros que não se comunicam com o espaço urbano. Revisão de afastamento e quantidade de pavimentos vazados destinados a estacionamento.

TEMAS POTENCIALIDADES DESAFIOS LEGISLAÇÃO05. -

129 INFRAESTRUTURAURBANA03 e 04.

Melhor distribuição e intensificação da infraestrutura na área da ZEIS, integrando-a de forma mais justa e equilibrada à cidade, principalmente tratando-se de lixo, esgoto e Incentivodrenagem.da mobilidade coletiva e alternativa, como ônibus e bicicleta, garantindo a existência de faixas exclusivas e ciclovias protegidas das vias de automóveis por árvores ou elementos protetores, garantindo que pedestres e ciclistas possam transitar de forma segura.

130 06.07. USO E OCUPAÇÃO MEIOTEMASNATURALAMBIENTE DIRETRIZESPOTENCIALIDADES DESAFIOS LEGISLAÇÃO05. --

Porçãoregião.razoável existente de taxa de solo natural.

Existência de setores de preservação de praças e parques.Ampliar a relação entre os setores de preservação e o rio, bem como a criação de corredores verdes - proposta que pode ser vista mais aprofundadamente no projeto Parque Capibaribe.

Poluição e degradação do Rio Capibaribe. Implementação de ruas verdes, margens ativas com decks, passeios e outras atividades que conectem o rio tanto às áreas de preservação ambiental, quanto à estrutura geral da cidade, potencializando o objetivo da preservação. Desenvolvimento de um sistema de limpeza e cuidado regular com o Rio Capibaribe.

09.

Alta concentração edificante e verticalizada em sua totalidade na zona das Graças.

Densidade populacional favorável à existência de áreas ativas, além da presença diversificada de vários usos e equipamentos de serviço. Proposta estratégica urbanística

A implementação de propostas facilitadoras para criação de fachadas ativas e permeáveis no Plano Diretor, principalmente em áreas de grande verticalização e predominância de edifícios de tipologia podium. Com a redução de vagas mínimas exigidas pela lei, pode-se implementar maior porcentagem de taxa de solo natural, trazendo melhorias ligadas à infraestrutura urbana, como na parte de drenagem, mas também na configuração dos espaços que podem ser destinados a fachadas ativas e permeáveis.

Incentivo de fachadas ativas e permeáveis como potencial para melhoria da dinâmica e segurança da

Necessidade de espaços mais horizontais em seu entorno, áreas mais arborizadas e de uso de elementos públicos que contribuem para o bem estar social, pois seu uso permite encontros entre a população, contemplação da natureza, locais de lazer, assim como atividades físicas e o desenvolvimento econômico.

131 08.07. MEIO SOCIOECONOMIANATURALAMBIENTE

TEMAS DIRETRIZESPOTENCIALIDADES DESAFIOS

b. Potencialidades, desafios e diretrizes

Existência de áreas com densidade demográfica favorável a uma boa qualidade urbana.

Grande discrepância entre alguns bairros, sendo o da Paissandu o que mais se destaca com a densidade populacional (hab/hec) 10 vezes menor que o bairro das Graças. O alto padrão econômico de comércios e serviços da área acarreta em uma tendência à gentrificação.

---

Há grande investimento no espaço urbano e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida garantida aos residentes devido ao alto padrão aquisitivo da população da área.

Apesar da grande concentração de instituições educacionais, poucas delas são públicas, não atendendo a uma parcela da população, principalmente aquela que ocupa a região da ZEIS Mangueira da Torre. Propor espaços que se proponham a dar suporte à população de mais baixa renda da região, principalmente com foco na função de creche, para garantir apoio ao alto índice de mães chefes de família existente na ZEIS Mangueira da Torre. Presença de grandes colégios na área, sendo parte de um núcleo educacional importante da cidade.

Existência de IPAVs responsáveis por importante caracterização e dinâmica urbana existentes na área. -

Proposta estratégica urbanística 09. Classificação geral de vazios a. Potencialidades, desafios e diretrizes b. Propostas, facilidade e tempo de intervenção d. Intervenção e. Recorte da área específica c.

c. Recorte da área específica

134 PROPOSTA URBANÍSTICAESTRATÉGICA ESCALA 1:9000 N RECORTE DA ÁREA ESPECÍFICA c. Recorte da área específica09. Proposta estratégica urbanística

135 PROPOSTA URBANÍSTICAESTRATÉGICA SEM ESCALA N Vazios da área específica com intervenção Vazios da área específica Vazios da área geral RECORTE DA ÁREA ESPECÍFICA AMPLIADO

Proposta estratégica urbanística 09. Classificação geral de vazios a. Potencialidades, desafios e diretrizes b. Propostas, facilidade e tempo de intervenção d. Intervenção e. Recorte da área específica c.

d. Propostas, facilidade e tempo de intervenção

Médio.Fácil. Médio.Curto.

Aplicar obras de restauro e manutenção em edifícios que necessitam, de acordo com uma ordem de urgência estabelecida, e incentivo ao investimento para execução das obras. Um dos primeiros edifícios a passar pelo processo de restauro e manutenção da área seriam as casas geminadas da Av. Rosa e Silva, que, apesar de ser um IEP, passou por uma tentativa de demolição sem autorização no ano de 2018.

TEMAS TEMPOPROPOSTAS

Longo.Curto.Difícil.Fácil. FACILIDADE

PATRIMÔNIOCULTURAL 03 e 04.

Propor atividades de visitação cultural em locais como Praça do Murro na Árvore, Museu do Estado de Pernambuco, Parque Capibaribe, Praça São José dos Manguinhos e Praça do Entroncamento, com a intenção de valorizar tais elementos da cidade. Criação de corredores verdes na Av. Rui Barbosa, Rua Amélia, Av. Conselheiro Rosa e Silva. Criar pontos de coleta seletiva em locais como a Tv. do Jacinto, próxima aos Quatro Cantos; esquina da Rua do Cupim com Rua Dona Anunciada; o food park localizado na esquina da Rua das Creoulas com a Rua das Pernambucanas; e a Praça do Murro na Árvore, buscando atender um raio de 200m cada, como apresentado no Masterplan.

09. Proposta estratégica urbanística

138

02. INFRAESTRUTURAURBANA

LEGISLAÇÃO

139 INFRAESTRUTURAURBANA03 e 04. d. Propostas, facilidade e tempo de intervenção

TEMAS TEMPOPROPOSTAS FACILIDADE

Criação de ciclofaixas na Av. Conselheiro Rosa e Silva, Av. Rui Barbosa, Rua Amélia e Rua Joaquim Nabuco, utilizando de forma complementar os corredores verdes como proteção para pedestres e ciclistas nos locais onde as duas propostas são Implantaçãocoexistentes. de faixas azuis nas vias Av. Conselheiro Rosa e Silva, Av. Rui Barbosa, Rua Amélia e Rua Joaquim Nabuco. Alteração de exigências para vagas de carro da ARU, fazendo com que todos os apartamentos acima de 30m² tenham direito a apenas uma vaga e todos abaixo de 30m² não possuam vaga de carro exclusiva. Garantindo assim espaço para vagas compartilhadas (destinadas aos apartamentos menores) e para bicicletário. Aumento de 10% na exigência mínima da taxa de solo natural, elevando para 40% nas áreas cobertas pela ARU. Alteração da ARU, fazendo com que apartamentos a partir de 8 andares possuam obrigatoriedade de uso misto e fachada ativa no térreo. Médio. Médio. 05.

Fácil.Fácil.Fácil.Fácil. Curto.Curto.Curto.Curto.

Construção e manutenção de mobiliários, como bancos, postes, paradas de ônibus e lixeiras na Praça do Murro na Árvore para dar suporte ao comércio e à população local, gerando usos mais dinâmicos e diversos, além de movimentar a economia local. Curto.

Médio.Médio. Médio. TEMPOPROPOSTAS FACILIDADE

Reativação do food park localizado ao final da Rua das Pernambucanas e incorporação do equipamento ao Projeto Parque Capibaribe. Criar um departamento de monitoramento dos serviços ligados a limpezas urbanas, e, principalmente as margens e nas águas do Rio Capibaribe.

Fácil.Fácil. Curto.Curto.

09. Proposta estratégica urbanística

140 USO E OCUPAÇÃO06. MEIONATURALAMBIENTE07.

Atribuir na esquina da Rua do Cupim com a Rua Dona Anunciada, espaço que contemple a realização de esportes e atividades ao ar livre, como por exemplo pista de skate, passeios, etc.

TEMAS

141 TEMAS TEMPOPROPOSTAS FACILIDADE SOCIOECONOMIA08. Construção de um equipamento com foco no apoio educacional, localizado na esquina da Rua das Pernambucanas com a Avenida Beira Rio, com maior atenção a crianças na primeira infância e na adolescência, onde há maior índice de evasão escolar. O equipamento pode dispor de creche, para dar suporte às mães chefes de família, biblioteca, centro de facilitação para a inclusão digital para o público jovem e adulto, entre outras atividades. Difícil. Longo.

d. Propostas, facilidade e tempo de intervenção

Proposta estratégica urbanística 09. Classificação geral de vazios a. Potencialidades, desafios e diretrizes b. Propostas, facilidade e tempo de intervenção d. Intervenção e. Recorte da área específica c.

e. Intervenção

Pontos de visitação cultural, buscando a valorização de praças e espaços cultu rais presentes na área, contemplando lugares como a Praça do Entroncamento, a Praça São José do Manguinhos, a Praça do Murro na Árvore e o Museu do Estado dePontosPernambuco.decoleta seletiva e seus respectivos raios de abrangência de 200m, bus cando atender áreas próximas às intervenções, se espalhando por outras áreas para garantir um maior alcance da estrutura.

144

Em um mundo cada vez mais urbanizado, com cidades mais consolidadas, é difícil as cidades surgirem do nada. No entanto, os quadros em branco surgem e os vazios urbanos nascem por diversos motivos, sendo um dos principais a falta de interesse do poder público. Com isso, baseando-se num diagnóstico prévio da área, o planejamento urbano de maneira estratégica é necessário. Além disso, considerar a cidade como um organismo vivo e de constante mudança possibilita trazer transformações mais versáteis e duradouras para a Nacidade.Zona Norte do Recife, mais precisamente no recorte ampliado da área em questão, há 15 vazios urbanos, todos com grandes potenciais, porém 4 deles foram levantados para que haja um plano de intervenção e possíveis requalificações para o espaço público de forma mais direta que outros, com a intenção de buscar um espaço de integração e acolhimento.

Masterplan

Croqui dos autores representando corte esquemático de corredores verdes integrados ao sistema cicloviário e às faixas azuis.

09. Proposta

Vazios específicos nos quais serão feitas intervenções diretas: C5, C8, C10, A23. Food park que será reativado em frente ao vazio C8 Monitoramento de serviços ligados à limpeza urbana, incluindo margens e águas do Rio Capibaribe.

Vias abastecidas apenas de ciclofaixas: Rua Joaquim Nabuco. Legenda de intervenções e. Intervençãoestratégica urbanística

Vias abastecidas de corredores verdes, ciclofaixas e faixas azuis: Av. Conselhei ro Rosa e Silva, Av. Rui Barbosa e Rua Amélia.

Os vazios foram selecionados de acordo com as necessidades da área geral e específica e também com base no projeto realizado pelo Parque Capibaribe, considerando sua implantação. A escolha dos vazios gera a possibilidade de auxiliar a vencer os desafios da região, seja para quem reside ou circula e frequenta. Com isso, ações voltadas para a serviços como educação, infraestrutura, planejamento, mobilidade urbana e lazer foram retratadas no plano estratégico, como pode-se analisar no Masterplan a seguir.

O Rio Capibaribe receberá um departamento de monitoramento dos serviços ligados à limpeza urbana e, principalmente, às margens e águas do próprio rio.

Reativação do food park localizado em frente ao vazio C8, que receberá um equipamento educacional com creche, biblioteca e sebo.

145 PROPOSTA URBANÍSTICAESTRATÉGICA SEM ESCALA N MASTERPLAN C8 A23 C5 C10

Partindo das dificuldades do cotidiano, assim como o Parque, as intervenções propõem um sistema integrado buscando solucionar as necessidades da população, criando novos espaços e buscando trazer melhores em outros já existentes - seja com a construção de novos equipamentos, mobiliários, ou a abertura de terrenos a espaços abertos como parques.

C8

Iniciado em 2013 e com plano de ir até 2037, quando Recife celebrará 500 anos de fundação, o Projeto do Parque Capibaribe revoluciona a forma como os recifenses vivem a cidade, buscando reconectá-los com o Rio Capibaribe, protegendo e transformando-o em um potencial de área de lazer, conhecimento, bem estar, descanso e transporte. Além de cortar a cidade, o rio remete ainda à origem do Recife, aos caminhos naturais, ao espaço, à vida biológica, à biofilia e ainda possibilita deslocamentos por transportes através de seu uso. Assim como o projeto referenciado para o estudo de caso, a proposta desse trabalho também é de reconexão; não apenas com o rio, mas sim para a cidade como um todo, buscando humanizá-la cada vez mais e ressignificar espaços vazios com potenciais de transformação. Buscando ainda respeitar as potencialidades locais, os recursos disponíveis e as vontades da população, tal plano de urbanização e resgate ambiental também foi fundamentado nos 4 conceitos do parque Capibaribe: Chegar, Percorrer, Abraçar e Atravessar. Além disso, o Parque Capibaribe foi baseado na escala humana com o objetivo de reapropriar o espaço público para o pedestre. Assim, os impactos deste projeto irão promover novas conexões entre os bairros e entre as pessoas, da mesma forma como as propostas que serão apresentadas no tópico seguinte, que buscam conectar pessoas através dos espaços. Para aumentar as qualidades ambientais, o Parque trata a área geral como algo modular, pensando a partir de trechos e buscando aumentar a quantidade de área verde para proporcionar mais sombra e mais circulação de ventos em toda a cidade. Isso também pode ser notado no estudo de ações, onde em pontos estratégicos da cidade são implantados elementos transformadores onde mesmo distanciados promovem conexão na cidade.

09. Proposta

Estudo de caso

Imagens retiradas do livro Parque Capibaribe: A Reinvenção do Recife Cidade Parque. Na imagem 3 é possível perceber a travessia proposta pelo Parque Capibaribe conectando os bairros das Graças e da Torre - elemento utilizado durante o planejamento da ocupação do vazio C8 com o equipamento educacional. Parque Capibaribe. Imagem 3. Parque Capibaribe. Imagem 1. Parque Capibaribe. Imagem 2. Parque Capibaribe estratégica urbanística

146

Parque Capibaribe. Imagem 4. Imagens retiradas do livro Parque Capibaribe: A Reinvenção do Recife Cidade Parque. Na imagem 3 é possível perceber a travessia proposta pelo Parque Capibaribe conectando os bairros das Graças e da Torre - elemento utilizado durante o planejamento da ocupação do vazio C8 com o equipamento educacional.

e. Intervenção

147

Atualmente a praça é frequentada, em sua maioria, por estudantes dos colégios próximos e se encontra num estado de conservação mediano, possuindo uma parada de ônibus, alguns bancos e lixeiras, além da presença de poucos comerciantes.

A proposta de intervenção tem como principal objetivo uma requalificação significativa para os equipamentos da praça, buscando potencializar qualidades como a dinâmica e o uso da área mais integrado à cidade e a outros equipamentos próximos, como o MEPE, os próprios colégios e para a população como um todo, residentes da área ou de outros lugares da cidade. Portanto, pensando na vivacidade do espaço e na dinâmica da área, a intervenção traz a manutenção ou substituição dos mobiliários, contemplando bancos, postes, paradas de ônibus e lixeiras, além da manutenção dos comércios existentes e implantação de novos equipamentos como barracas e quiosques em parceria com comerciantes de pequeno porte, buscando favorecer a economia local. C5 estratégica urbanística Praça do Murro na Árvore

Visão geral atual do Praça do Murro na Árvore (Vazio C5), localizada próxima a lugares como o MEPE, o Colégio Marista São Luís e o Colégio Damas.

A decisão de intervir no vazio em destaque partiu da análise de sua infraestrutura e de sua importância para o entorno. O terreno do vazio, compreendendo a Praça do Murro na Árvore - um espaço já útil para a cidade, mas que pode ter suas qualidades potencializadas, fica localizado no bairro das Graças e se encontra próximo ao Colégio Marista São Luís, MEPE - Museu do Estado de Pernambuco e Avenida Rui Barbosa.

Vazio

09. Proposta

148

Colagem desenvolvida para apresentar a intervenção proposta para a Praça do Murro na Árvore, com adição de mobiliários para reativação do espaço.

DOS EQUIPAMENTOS DA PRAÇA DO MURRO NA ÁRVORE INTERVENÇÃO

149 e. Intervenção

REQUALIFACAÇÃO

Proposta estratégica urbanística

Uma das diretrizes para a escolha do vazio em questão partiu da conexão entre Avenida Beira Rio e a ZEIS Mangueira da Torre por uma passarela de pedestres –proposta feita pelo projeto do Parque Capibaribe – que amplia os horizontes para novas possibilidades de intervenção na área. O vazio em questão é um terreno localizado no final da Rua das Pernambucanas, de esquina com a Avenida Beira Rio, além da extensão da própria avenida, que atualmente se encontra praticamente em desuso, com sua ocupação feita quase que totalmente por carros.

A partir do levantamento da área geral, foi observada a falta de equipamentos educacionais que atendam a demanda da ZEIS Mangueira da Torre, se voltando principalmente para dar suporte às mães chefes de família, além de oferecer espaços de uso cultural Atualmentegeral.o lote de esquina se configura no espaço urbano como desocupado, no qual seu uso está direcionado apenas para estacionamento de veículos. O tamanho da área é considerável e possui um potencial conectivo entre o entorno imediato e os bairros das Graças e da Torre, principalmente através da travessia proposta pelo Parque Capibaribe.Apartir de tais análises, surge como proposta a construção de um equipamento educacional, oferecendo espaços como: creche, biblioteca e sebo, voltados a atender principalmente o grande número de mães chefes de família presentes na ZEIS Mangueira da Torre, como apresentado no capítulo 08. Socioeconomia, e também para atender a população de variadas idades, com aproveitamento da travessia para pedestre que conecta as margens do Rio Capibaribe localizadas no bairro das Graças e no bairro da Torre.Além disso, ocupando também o espaço desocupado por toda a extensão da Avenida Beira Rio, perfeitamente conectado ao equipamento educacional proposto para o vazio C8, foi proposta a criação de equipamentos para atrair e dar suporte a pequenos comerciantes, trazendo novos usos e dinâmicas para a área que favoreçam o pedestre e intensifique a permanência dos mesmos, criando um novo espaço vivo e útil à população – espaços dos quais a população poderá usufruir com acesso a lazer, cultura e segurança, além da intensificação da conexão das pessoas com o rio.

150 Vazios C8 e C10 Equipamento Educacional TRAVESSIAPROPOSTAPELOPARQUECAPIBARIBE FOOD PARK UNINASSAU VAZIO C10 VAZIO C8

Visão geral atual do terreno localizado no Vazio C8, atualmente murado e utilizado como estacionamento, localizada próxima à comunidade ZEIS Mangueira da Torre e a UNINASSAU. O terreno está situado em uma área que recebe intervenção direta do projeto do Parque Capibaribe.

09.

151

Colagem desenvolvida para apresentar a intervenção proposta para o terreno do vazio C8 e a extensão da Avenida Beira Rio compreendida pelo vazio C10, com a implantação de um equipamento educacional e do Parque Capibaribe, além da reativação do food park localizado à frente do vazio C8.

e. Intervenção

EQUIPAMENTO EDUCACIONAL INTERVENÇÃO

Atualmente o espaço encontra-se desocupado, porém configura uma grande extensão territorial localizada na esquina da Rua do Cupim com a Rua Dona Anunciada.

Sendo assim, a localização é estratégica para a criação de uma densa área verde de esquina, abrindo um rasgo de conexão na área, já que as praças mais próximas se encontram a uma distância maior que 500 metros, sendo elas: a Praça do Murro na Árvore, a Praça do Entroncamento e a Praça São José do Manguinhos.

O vazio possui ótimas condições para uma área ao ar livre, devido à sua metragem, principalmente voltadas a vazios verdes, com a intenção de amenizar a expressiva verticalização dos usos residenciais.

O grande potencial do vazio, o qual nos chama a atenção, é sua grande área posicionada em esquina, possibilitando multiplicidade de propostas para o local.

O parque terá como focos principais áreas destinadas a atividades de skate e outras atividades ao ar livre, como passeios e piqueniques, por questões de escassez de espaços que favoreçam tais atividades em um raio próximo à zona de estudo. A partir disso, a estratégia é incentivar a prática esportiva, aproveitando o potencial oferecido pelo terreno de esquina e tornando pontos de encontros voltados para lazer, beneficiando a cidade com espaços mais vivos e abertos.

Vazio A23 Parque

Visão geral atual do terreno localizado no Vazio A23, atualmente em completo desuso, localizada próxima à comunidade ao Colégio Agnes. O terreno será convertido em um parque, visto seu potencial de gerar espaços mais saudáaveis e transitáveis para pedestres, conectando a Rua do Cupim à Rua Dona Anunciada. estratégica urbanística

152

09. Proposta

153 e. Intervenção PARQUE COM PISTA DE SKATE INTERVENÇÃO Parque oferecendo uso para atividades ao ar livre, principalmenteesportivas.atividades

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Urbanismo I. Arquitetura e Urbanismo, UNICAP, Grupo 7, 2019. Autoras: Adriana Cantalice, Camila Paiva, Rafaela Falcão e Yasmine Tavares. Recife 500 Anos - Reunir, Reviver e Reinventar. Proposta Inicial de Estratégia de Desen volvimento da Cidade, Recife. Prefeitura do Recife/ARIES/Porto Digital, 2019. Sites Prefeitura do Recife. Disponível em <https://www.recife.pe.gov.br/>, acessado em: 18 out Zoneamento,2020. Uso e Ocupação do Solo- PE. Disponível em acessadoOtps://www.perhpe.com.br/Planobr/drenagem-urbana-sustentavel/Drenagemgeografia/lixo-urbano.htmProblemassuu.com/wagnerfernandes78/docs/forma_urbanaMorfologia2020.br/plano-de-zoneamento-uso-e-ocupacao-do-solo-recife-pe<https://leismunicipais.com.>,acessadoem:19outUrbanaeDesenhosdacidade,WagnerFreire.Disponívelem:<https://is>acessadoem:18out2020.comoLixoUrbano.Disponívelem:<https://mundoeducacao.uol.com.br/>acessadoem:15out2020.UrbanaSustentável.Disponívelem:<https://www.saneamentobasico.com.>acessadoem:27out2020.EstadualdeRecursosHídricosdePernambuco(PERH|PE).Disponívelem:<ht>acessadoem:28out2020.quesãorecursoshídricos?Disponívelem:<https://www.eosconsultores.com.br/>em:28out2020.

154

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155

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