Volume 2 digestorio

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CHONDRYCHTHIES

CARDIOVASCULAR

TELEOSTEI

RESPIRATÓRIO

DIPNOI

DIGESTÓRIO

AMPHIBIA

URINÁRIO

TESTUDINEA

GENITAL

SQUAMATA

NERVOSO

CROCODYLIA

ENDÓCRINO

AVES

MUSCULAR

MAMMALIA

ESQUELÉTICO

Volume II Antonio Sebben Leandro Ambrósio Campos Luciana Barreto Nascimento Helio Ricardo da Silva Luiza Helena Rocha da Silva Carlos Alberto Schwartz

SISTEMA DIGESTÓRIO

Brasília Setembro - 2015



Copyright © 2015, Antonio Sebben Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, mecânico, por fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito, do autor.

AS35 Sebben, Antonio; Campos, L.A.; Schwartz, C.A.; da Silva, H.R.; Nascimento, L.B. & da Silva, L.H.R. Atlas Fotográfico Anatomia Comparativa de Vertebrados. v. 1 – Sistemas Cardiovascular e Respiratório / Antonio Sebben et al. 1a. ed. – Brasília: 2015. 140 p. ISBN 978-85-64593-29-9 (obra completa). – ISBN 978-85-64593-30-5 (v. 1). DOI: 10.17692/atlas (obra completa ) – 1.  Anatomia. 2. Vertebrados. 3. . Sistema digestório. 4. Dentição. 5. Trato gastrointestinal. I. Sebben, Antonio. II. Título. Referências Bibliográficas e catalogação na fonte, de acordo com as normas da ABNT.

CDU 591.41’42


AUTORES Antonio Sebben Prof. Associado – LACV – CFS – IB – UnB Concepção, preparações, fotografia, edição de imagens, layout e editoração Leandro Ambrósio Campos Dr. Biologia Animal – UnB Preparações, fotografia, edição de imagens, ilustração Carlos Alberto Schwartz Prof. Associado – CFS – IB – UnB Produção de textos e análise de dados Helio Ricardo da Silva Prof. Adjunto – IB – UFRRJ - RJ Produção de textos e análise de dados Luciana Barreto Nascimento Profa. Adjunta - PUC Minas – MG Produção de textos e análise de dados Luisa Helena Rocha da Silva MsC – UnB Med. Vet. – Jardim Zoológico de Brasília - DF Preparações, fotografia, textos e análise de dados


Copyright © 2015, Antonio Sebben Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, mecânico, por fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito, do autor. R000d Sebben, Antonio; Campos, L.A.; Schwartz, C.A.; da Silva, H.R.; Nascimento, L.B. & da Silva, L.H.R. Atlas Fotográfico Anatomia Comparativa de Vertebrados. v. 2 – Sistema Digestório / Antonio Sebben et al. 1a. ed. – Brasília: 2015. 136 p. ISBN: 000-00-0000-0000-0 1.  Anatomia. 2. Vertebrados. 3. . Sistema digestório. 4. Dentição. 5. Trato gastrointestinal. I. Sebben, Antonio. II. Título. 2.  CDD: 000 Referências Bibliográficas e catalogação na fonte, de acordo com as normas da ABNT.


LACV – UnB ANATOMIA COMPARATIVA DE VERTEBRADOS VOLUME 2 – SISTEMA DIGESTÓRIO


EQUIPE Prof. Dr. Antonio Sebben Prof. Associado – LACV – CFS – IB – UnB Concepção, preparações, fotografia, edição de imagens, layout e editoração Prof. Dr. Carlos Alberto Schwartz Prof. Associado – CFS – IB – UnB Produção de textos e análise de dados Prof. Dr. Helio Ricardo da Silva Prof. Adjunto – IB – UFRRJ - RJ Produção de textos e análise de dados Profa. Dra. Luciana Barreto Nascimento Profa. Assistente - PUC Minas – MG Produção de textos e análise de dados Luisa Helena Rocha da Silva MsC – UnB Med. Vet. – Jardim Zoológico de Brasília - DF Produção de imagens, textos e análise de dados Patrícia Souza Wanderley MsC - Bióloga – LACV – CFS – IB – UnB Produção e edição de imagens Leandro Ambrósio Campos Dr. Biologia Animal – UnB Produção e edição de imagens Ludmilla Moura de Souza Aguiar Profa. Adjunto – Laboratório de Morcegos Zoo – IB – UnB Produção de textos e análise de dados


COLABORADORES Pós-graduandos

Estagiários de Graduação - IB - UnB

Fabiano Campos de Lima - MsC Doutorando BIOANI UnB Marcela dos Santos Magalhães - MsC Doutoranda INPA - AM Núbia Esther de Oliveira Miranda - MsC Doutoranda UFG GO Tainã Rapp Py-Daniel MsC Doutoranda BIOANI UnB Thales Simioni Amaral Doutorando ECOLOGIA - UnB

Anderson Lima Andréa Benedetti Anna Carolina Ramalho Beatriz Rapozo Carla Pessoa T. Martins Carolina Nappo Molina Conrado Vieira Cristiane Vieira de Sousa Danilo Gustavo R. de Oliveira Felipe Avila Flavio Henrique C. Brandão Gianlucca Rech Lisa G. Mayumi R. Arake Marília Castro de Melo Marina Moreira Nathalia Cavalcante Nicole Meireles Dubois Paulla Jezuíno de Carvalho Raphael Felix Magalhães Rafael dos Santos de Bessa Raquel Vieira Santos Rogério Fadul de Oliveira Thalita Melo de Lima

Apoio Técnico Patrícia Souza Wanderley MsC - Bióloga – LACV – CFS – IB – UnB Washington José Oliveira Técnico de Laboratório - CFS – UnB José Luiz Jivago - Md Veterinário Biotério IB – UnB Anjelita da Silva Costa Auxiliar de Manutenção

Revisão Geral


APRESENTAÇÃO O Volume 2 do ATLAS FOTOGRÁFICO DE A N ATO M I A C O M PA R AT I VA D O S VERTEBRADOS - SISTEMA DIGESTÓRIO, é composto por imagens de estruturas anatômicas de diversas espécies de vertebrados, com abordagem comparativa e funcional de estruturas ou conjunto de estruturas. Esse volume foi dividido em duas partes: parte 1: Tomada de Alimento – Estruturas filtradoras e Dentição. Sua produção, ao longo de duas décadas de trabalho junto ao Laboratório de Anatomia Comparativa de Vertebrados da Universidade de Brasília, tem por objetivo preencher a lacuna existente na Anatomia Animal no que se refere a material didático sobre morfologia de alguns grupos de vertebrados, especialmente peixes, anfíbios e répteis. As imagens, produzidas por meio de preparações a fresco e técnicas de microdissecação, segundo metodologia desenvolvida por Sebben (2007), são apresentadas com razoável nível de detalhes e com o necessário cuidado estético, possibilitando a visualização de estruturas anatômicas íntegras, com fidelidade de coloração, forma, textura e relações anatômica. Estruturas relacionadas aos sistemas sensoriais e endócrino são apresentadas juntamente com os demais sistemas. A abordagem por sistema orgânico tem por objetivo possibilitar a comparação direta de estruturas e órgãos que compõem o organismo

dos vertebrados Encontram-se em fase de produção outros dois volumes, que tratam dos Sistemas Urinário e Genital (vol. 3) e Sistema Neurosensorial (vol. 4).


APRESENTAÇÃO Por meio microdissecações cuidadosas, foram geradas preparações que tem como meta tornar visível muito do que já se conhece, mas poucos veem. Com o emprego de técnicas fotográficas adequadas, obtivemos imagens ricas em detalhes, fundamentadas na perspectiva e na luz, além do necessário cuidado estético. A observação detalhada das estruturas orgânicas valoriza as peculiaridades e a beleza intrínseca dos diferentes organismos animais, enquanto o registro fotográfico perpetua, em imagens, os animais que foram mortos para a obtenção das informações científicas aqui apresentadas. Ao lançarmos novos olhares sobre os organismos animais, pretendemos contribuir para ampliar nossa compreensão a respeito da forma e da função, estimulando reflexões sobre aspectos adaptativos e evolutivos dos vertebrados. Buscamos, ainda, mostrar a complexidade do organismo animal, especialmente daqueles grupos pouco explorados pelos livros texto ou materiais didáticos, como os peixes, os anfíbios e os répteis.

Pretendemos estimular o estudante a observar, de forma detalhada e interpretativa, a morfologia e suas relações funcionais, de representantes de diversos grupos dos Vertebrata. A abordagem comparativa tem como objetivo estabelecer a integração entre os estudos de anatomia e o conhecimento construído sobre a evolução dos vertebrados. Deste modo, pretendemos mostrar que a Anatomia Comparativa é instigante e complexa, e não um mero elenco de nomes de estruturas a serem memorizados. Por falta de material biológico, não foram incluídos representantes dos Agnata, o que poderá ser contemplado oportunamente.


OBJETIVOS Esse novo olhar sobre a anatomia animal pode auxiliar estudantes e profissionais das áreas biológicas, biomédicas e veterinárias, na compreensão do organismo animal.

Anatomia comparativa foi, continua e continuará sendo uma disciplina vital para compreensão dos mecanismos associados aos processos geradores da diversidade biológica.

No ensino de graduação, esta obra torna acessível uma quantidade significativa de informação, que poderá ser utilizada em diferentes disciplinas, tanto de cursos presenciais quanto a distância.

Outros objetivos do presente trabalho são os de resgatar o prestígio e a importância da disciplina de anatomia comparativa e contribuir para o “renascimento” dos interesses pelos estudos do tema entre estudantes e profissionais de Biologia e áreas afins.

A produção dessa obra e sua disponibilização gratuita visa contribuir para a redução e mesmo a substituição de animais em aulas práticas. Ao optarmos por não utilizar apenas algumas espécies como modelos, visamos apresentar aos estudantes a diversidade morfológica e a complexidade do organismo animal. Orientados para a comparação entre sistemas, utilizamos apenas o número suficiente de espécimes para cobrir os sistemas orgânicos estudados. Com poucos espécimes de cada espécie, não visamos a obtenção de amostras estatisticamente significativas. Também não nos preocupamos em avaliar possíveis variações anatômicas intra- e interespecíficas.

Acreditamos que tais objetivos possam ser obtidos pela simplificação da apresentação dos conteúdos e através do impacto causado por imagens criteriosamente elaboradas. Entendemos que este conhecimento tem desdobramentos que influenciam áreas tão distantes e distintas como medicina e desenvolvimento de novos materiais, seu desenvolvimento continuado torna-se estratégico e absolutamente necessário. Anatomia comparativa foi, continua e continuará sendo uma disciplina vital para compreensão dos mecanismos associados aos processos geradores da diversidade biológica.


METODOLOGIA

Opção pelo formato digital

Nomenclatura Anatômica

O formato de e-book gratuito permite agilidade, baixo custo de produção e, principalmente, a universalização do acesso.

Nesta obra, adotamos, sempre que possível, a Nomina Anatômica Veterinária, adaptada para a língua portuguesa.

Queremos preservar a liberdade de intervenção sobre nossa obra, de modo a que possamos, em qualquer tempo, ampliá-la e aprimorá-la. O formato apresentado permite boa visualização em diferentes mídias, possibilitando inclusive sua projeção direta em aulas.

Na falta de nomenclatura anatômica consolidada para peixes, anfíbios e répteis, empregamos termos e designações propostas por diversos autores, cujas obras se encontram listadas nas Referências Bibliográficas.

As imagens, obtidas com câmaras fotográficas digitais, foram editadas para uniformização de dimensões e resolução final. Ajustes de parâmetros de iluminação e correções de cor também foram efetuados, bem como recortes para definição de enquadramento final. Assim, as imagens refletem sobretudo o resultado do trabalho de dissecação e da condição do animal dissecado.

No entanto, consideramos que, em vários aspectos, a nomenclatura anatômica merece revisão elaborada e mais consistente.


ANESTÉSICOS Com exceção dos animais já obtidos mortos, os demais foram eutanasiados com sobredose de anestésico adequado, capaz de induzir morte sem dor ou estresse. Em todos os casos, as doses utilizadas foram suficientes para causar perda de consciência e parada cardio-respiratória irreversível.

compatíveis do anestésico. Utilizamos também o anestésico Bupivacaína 0,5%. – mais potente que a Lidocaína. Nos anfíbios, esses anestésicos são rapidamente absorvidos pela pele e também pela mucosa oral e pelas brânquias dos girinos.

Os seguintes agentes anestésicos foram utilizados para a sedação e eutanásia dos animais.

Nos adultos, a via intra-cerebroventricular (icv), através do foramem magnum, produz efeito praticamente instantâneo, com administração de volumes entre 0,05 e 1,0 ml.

Cloridrato de Lidocaina

Tionembutal Sódico – Tiopental

Lidocaína é um anestésico utilizado em procedimentos de rotina médica, tanto para anestesia local quanto em bloqueios medulares – anestesia raquidiana e peridural. Também é utilizado em anestesia odontológica.

O Tiopental, assim como o Nembutal Sódico (50 mg/ml) são preconizados para eutanásia de répteis em geral. Promovem rápida depressão do sistema nervoso central, inconsciência e morte por parada cardio-respiratória, quando aplicado em doses superiores a 100 mg/kg de animal.

A lidocaína possui o mesmo mecanismo de ação de anestésicos como o MS222 e a Benzocaína, representado pelo bloqueio de canais de sódio (Na+) voltagem dependentes. Em peixes, as brânquias absorvem de maneira eficaz o anestésico, possibilitando eficiente préanestesia. A morte, por parada cardio-respiratória, ocorre com o aumento do tempo de exposição ou após administração parenteral de volumes


ANESTESIA E EUTANÁSIA Peixes cartilaginosos – Chondrichtyes

Répteis e Aves

Um exemplar de Zapterix brevirostris, resgatado ainda vivo de um balaio contendo descarte de pesca, foi pré-anestesiado por submersão em solução de Cloridrato de Lidocaína 2% e, em seguida, anestesiado por injeção intracerebroventricular do mesmo anestésico, com volume equivalente a 2 ml.

Répteis e aves receberam solução 50 mg/ml de Tionembutal Sódico (Tiopental) por via intrapleuroperitoneal (ipp), em dosagens iguais ou superiores a 100 mg/kg de animal.

Peixes ósseos – Osteichtyes

Mamíferos

Os espécimes foram pré-anestesiados por submersão em solução de cloridrato de lidocaína 2%, seguida de administração parenteral de volumes variáveis do mesmo anestésico, conforme o tamanho do animal. Para espécimes pequenos, os intervalos de tempo variaram entre dois e cinco minutos de contato com a solução.

Os roedores, como ratos, preás e camundongos, marsupiais e morcegos receberam Nembutal Sódico 50 mg/ml, por via intraperitoneal (ip).

Anfíbios Os anuros foram eutanasiados com Cloridrato de Lidocaína (solução 2 a 5% ), com inoculação de volumes de 0,1 a 1,0 ml, por via icv, através do foramem magnum. Espécimes maiores, com CRC entre 10 a 15 cm, receberam volumes de até 2 ml de solução. Os anuros miniaturizados, medindo cerca de 15 mm de CRC, receberam de 0,05 a 0,1 ml, pela mesma via. Girinos foram submersos em solução anestésica.


LACV LACV –– UNB UnB ANATOMIA ANIMAL COMPARATIVA SISTEMA DIGESTÓRIO

SOBRE A ANATOMIA O estudo de caracteres morfológicos de animais serve de base para inúmeras áreas do conhecimento. Através da anatomia podemos efetivamente compreender o passado, tanto profundo (fósseis) quanto recente (ontogenia), e desvendar (estabelecer) as relações de parentesco e dos organismos com o ambiente onde vivem. Algumas das informações morfológicas nos permitem até inferir comportamentos complexos. A despeito de sua importância e aplicabilidade, o ensino de anatomia vem perdendo terreno para outras áreas do conhecimento, tanto nos cursos de biologia e áreas afins, quanto nos de áreas médicas e paramédicas. É comum vermos estudantes se esforçarem para compreender complexas relações fisiológicas, bioquímicas e fisio-ecológicas de organismos sobre os quais eles pouco ou nada conhecem. A base morfológica fornece suporte concreto para a compreensão de muitas dessas relações, além de permitir comparações e inferências bastante úteis ou pelo menos instigantes. Por outro lado, a excessiva fragmentação dos conteúdos curriculares dificulta a compreensão de fenômenos integrativos dos sistemas biológicos.

Compreender os organismos é condição elementar para entender sua importância nas comunidades e nos ecossistemas.


Sistema DIGESTÓRIO Capítulo 1: TOMADA DE ALIMENTO - DENTIÇÃO E ESTRUTURAS FILTRADORAS S o b a d e s i g n a ç ã o To m a d a d e A l i m e n t o apresentamos estruturas adaptadas a realizar determinadas funções com graus variáveis de especializações. O sistema digestório dos vertebrados é apresentado a partir de estruturas bucais relacionadas à filtração em meio aquático, e os dentes, altamente especializados para realização de diversas funções. Estruturas bucais e aparatos especializados para captura de itens alimentares por filtração, surgiram várias vezes ao longo da evolução. São rastros branquiais presentes em Elasmobranquios, em Osteichthyes, estruturas bucais e orofaríngeas de larvas de anuros, barbelas presentes em aves e barbatanas maxilares de baleias Mysticeti. Embora possam parecer mais primitivos que os dentes, os aparelhos filtradores são considerados estruturas derivadas. A história evolutiva dos dentes e das estruturas relacionadas à mandíbula é mais diversa, com inúmeros designs e semelhante variedade de comportamentos alimentares e padrões de dietas.

Os dentes afiados, perfurantes e cortantes dos tubarões e das piranhas podem conter propriedades semelhantes, mas atuam de forma especializada, com base na estrutura e no padrão alimentar de cada um deles. Dentes de mamíferos apresentam enorme diversidade de padrões, como bem se observa nos quirópteros. Os dentes e os tipos de dentição podem ser classificados de acordo com diferentes critérios: o modo de inserção nas estruturas bucais – pleurodontes, pedicelados, acrodontes ou tecodontes; decíduos, permanentes ou de substituição contínua; e, de acordo com a forma e a função, podem ser homodontes ou heterodontes.


LACV – UnB SISTEMA DIGESTÓRIO TOMADA DE ALIMENTO - ESTRUTURAS FILTRADORAS

ESTRUTURAS FILTRADORAS

A. Rastros branquiais de raia

B. Rastros branquiais de Teleostei marinho

C. Rastros branquiais de Teleostei dulcicola

D. Rastros branquiais de Teleostei marinho


LACV – UnB SISTEMA DIGESTÓRIO TOMADA DE ALIMENTO - ESTRUTURAS FILTRADORAS

ESTRUTURAS FILTRADORAS

G. Barbatanas orais de Mysticeti

E - F. Aparato bucal de girino ESTRUTURA FILTRADORA

INSERÇÃO

OCORRÊNCIA

COMPOSIÇÃO

RASTROS BRANQUIAIS (A)

Arcos branquiais

Chondrichthyes – raias Manta; raia-­‐diabo; tubarões-­‐ baleia

CarKlagem

RASTROS BRANQUIAIS (B, C, D)

Arcos branquiais

Osteichthyes

Tecido ósseo

PAPILAS ORAIS (E, F)

Boca, teto e assoalho da cavidade orofaríngea

Larvas de AnTbios

Projeções da mucosa oral, dentículos e bicos córneos

BARBATANAS ORAIS (G)

Maxila

MysKceK Baleias -­‐verdadeiras

Tecido queraKnizado


LACV – UnB • CHONDRICHTHYES SISTEMA DIGESTÓRIO – APARELHO FILTRADOR

30 cm

Os rastros branquiais de Mobula thurstoni envolvem as barras branquiais e recobrem as brânquias formando um eficiente sistema filtrador que reveste toda a cavidade orofaríngea. A estrutura retém elementos do zooplâncton e

organismos maiores que 1 mm. As raias-diabo, as mantas e os tubarões-baleia se locomovem com a boca aberta, permitindo a passagem contínua da água. Os dentes são rudimentares.

1 mm


LACV – UnB • TELEOSTEI SISTEMA DIGESTÓRIO – TOMADA DE ALIMENTO

2 cm

1 mm A cavidade oral de peixes ósseos filtradores, como os representados pela sardinha -­‐ família Cupleidae, é completamente revesKda pelo conjunto de rastros branquiais. O espaço entre eles é de aproximadamente 0,1 mm. Ao passar pela cavidade oral, a água é filtrada e o plâncton em suspensão é reKdo e ingerido. Em seguida, a água passa pelas brânquias, onde ocorrem trocas gasosas e transporte de ions e sais.


LACV – UnB • TELEOSTEI SISTEMA DIGESTÓRIO – TOMADA DE ALIMENTO

1 mm

O sistema filtrador da carpa-­‐ prateada é formado por rastros branquiais com aspecto de rede, capaz de reter parcculas muito pequenas (setas) quanto microalgas e consKtuintes do zooplâncton.


LACV – UnB • MYSTICETI SISTEMA DIGESTÓRIO – BARBATANAS

As baleias da subordem M y s K c e K p o s s u e m estruturas filtradoras margeando a maxila. Compostas por queraKna, a s b a r b a t a n a s s ã o organizadas em fileiras e a t u a m p e r m i K n d o a passagem da água e r e t e n d o p a r c c u l a s m a i o r e s q u e a l g u n s milímetros. Assim, são eficientes em capturar cardumes de pequenos crustáceos, como o krill, sardinhas e outros peixes.


LACV – UnB SISTEMA DIGESTÓRIO – DENTES

TIPOS DE DENTES E MODOS DE FIXAÇÃO

ANCORADOS À PELE - Chondrichthyes Fixadas à pele com fibras de colágeno

PEDICELADOS Fixados a pedícelos (estruturas de origem dentária)

ACRODONTE Fixados à margem dos ossos

PLEURODONTE Fixadas apenas na face externa do osso


LACV – UnB SISTEMA DIGESTÓRIO – DENTES

TIPOS DE DENTES E MODOS DE FIXAÇÃO

TECODONTE Raízes fizadas a alvéolos (cavidades) na maxila e mandíbula

DENTIÇÃO – TIPO DE INSERÇÃO

GRUPO

OBS.:

ANCORADOS À PELE Fixadas à pele com fibras de colágeno

Chondrichthyes (A)

ACRODONTE Fixados à margem dos ossos

Peixes ósseos(B) Serpentes e outros

PEDICELADOS Fixados a pedícelos (estruturas de origem dentária)

Amphibia (C)

Fixados por colágeno

PLEURODONTE Fixadas apenas na face externa do osso

LacerKlia (D)

Fixados por colágeno ou cemento

TECODONTE Raízes fizadas a alvéolos (cavidades) na maxila e mandíbula

Crocodylia (E) Mammalia (F)


LACV – UnB SISTEMA DIGESTÓRIO – DENTES

TIPOS DE DENTENTES - FORMA E FUNÇÃO TIPO DE DENTIÇÃO

CARACTERÍSTICAS QUANTO A FORMA E FUNÇÃO

GRUPO

ANODONTE

Ausência de dentes

Testudinata – tartarugas, cágados e jabuKs; Amphibia (Bufonidae)

HOMODONTE 1

Dentes semelhantes em forma e função

Chondrichthye; Osteichthyes; Serpentes (áglifas); Amphibia; LacerKlia; Crocodylia

SubsKtuição concnua: Polifiodontes

HETERODONTE 2

Diferenças de forma e função – dentes palaKnos, mandibulares e inoculadores

Serpentes viperideas, elapideas e colubrideas

SubsKtuição concnua: Polifiodontes

HETERODONTE 3

Diferenças de forma e função entre incisivos, caninos, pré-­‐molares e molares

Mamíferos

2 denKções: decídua e permanente: Difiodontes

1

OBS.:

1


LACV – UnB SISTEMA DIGESTÓRIO – DENTES

TIPOS DE DENTENTES - FORMA E FUNÇÃO

Serpente Viperidae (2)

Mamífero (3)


LACV – UnB • CHONDRICHTHYES SISTEMA DIGESTÓRIO – DENTIÇÃO tubarões

Tubarões e cações possuem dentes com propriedades perfurantes e cortantes, capazes de dilacerar a presa arrancando grandes porções de seu corpo. O tamanho e os desenhos são caracteres específicos. Podem

conter bordo liso ou serrilhado. Em todos se nota a presença de séries de dentes de substituição, prontos para assumir a posição dos que se perdem.


LACV – UnB • CHONDRICHTHYES SISTEMA DIGESTÓRIO – DENTIÇÃO tubarões

Tubarões e cações possuem dentes com propriedades perfurantes e cortantes, capazes de dilacerar a presa arrancando grandes porções de seu corpo. O tamanho e os desenhos são caracteres específicos. Podem

conter bordo liso ou serrilhado. Em todos se nota a presença de séries de dentes de substituição, prontos para assumir a posição dos que se perdem.


LACV – UnB • CHONDRICHTHYES SISTEMA DIGESTÓRIO - DENTIÇÃO

Squatina spp. possuem o corpo achatado dorso-ventralmente como as raias. Passam desapercebidos quando camuflados com o substrato arenoso. Para captura de presas, projetam maxila e mandíbula.


LACV – UnB • CHONDRICHTHYES SISTEMA DIGESTÓRIO – DENTIÇÃO raias

Vista ventral da boca e sacos olfatórios de Zapterix brevirostris. Raias e algumas espécies de tubarões possuem dentes modificados formando placas achatadas utilizadas para triturar carapaça de crustáceos. Os sacos olfatórios contém epitélio quimiorreceptor de onde partem os axônios que formam o nervo olfatório (n.I). Acima, detalhe dos dentes maxilares.


LACV – UnB • CHONDRICHTHYES SISTEMA DIGESTÓRIO – DENTIÇÃO raias

Vista ventral da boca e sacos olfatórios de Zapterix brevirostris. Raias e algumas espécies de tubarões possuem dentes modificados formando placas achatadas utilizadas para triturar carapaça de crustáceos. Os sacos olfatórios contém epitélio quimiorreceptor de onde partem os axônios que formam o nervo olfatório (n.I). Acima, detalhe dos dentes maxilares.


LACV – UnB • CHONDRICHTHYES SISTEMA DIGESTÓRIO - DENTIÇÃO

A

B

C

Vista ventral da boca e das fendas branquiais de raia de água-doce, Potamotrigon sp. Dentes maxilares (A) e mandibulares (B- C).


Texto Teleostei

LACV – UnB TELEOSTEI SISTEMA DIGESTÓRIO – DENTIÇÃO


LACV – UnB TELEOSTEI DENTIÇÃO – ONÍVOOROS RASPADORES

Hypostomus sp.

Dentes raspadores Muitos cascudos utilizam a boca para fixação ao substrato. Dentes raspadores são arranjados em fileiras.


LACV – UnB • Teleostei DENTIÇÃO - ONÍVOROS

maxila

Frugívoro / detritívoro PACU-MANTEIGA – Mylossoma aureum Os peixes ósseos apresentam uma infinidade de formas e tamanhos do corpo. Suas bocas também acompanham essa diversidade morfofuncional, adaptadas à diferentes comportamentos alimentares

e dietas.

mandíbula


LACV – UnB • TELEOSTEI DENTIÇÃO - CARNÍVOROS

Piranha – Serrasalmus sp

Carnívoros – Entre os carnívoros, encontramos dentes pontiagudos, com bordos afiados, especializados em perfurar e cortar a presa ou partes dela. As piranhas possuem dentes maxilares e mandibulares que se encaixam perfeitamente, funcionando como guilhotinas.


LACV – UnB • TELEOSTEI DENTIÇÃO - CARNÍVOROS

Cachorrinha - Acestrorhynchus lacustris

Carnívoros – Entre os carnívoros, encontramos dentes pontiagudos, com bordos afiados, especializados em perfurar e cortar a presa ou partes dela.

Piranha – Serrasalmus sp


LACV – UnB • TELEOSTEI DENTES FARÍNGEOS

A presença de dentes faríngeos é comum nos Teleosteos. Esses dentes se concentram em estruturas denominadas placas faríngeas. Em peixes como as tilapias, as placas faríngeas podem ser evidenciadas por meio de incisões laterais, a partir do canto bucal, no sentido a n t e r o - p o s t e r i o r, c o m o indicado na figura acima.


1

LACV – UnB • TELEOSTEI DENTES FARÍNGEOS

2

Cavidade orofaríngea de garoupa Predadores que abocanham suas presas inteiras, como as garoupas, possuem inúmeros dentes apoiados nas placas faríngeas (1) e recobrindo os rastros branquiais (2).

2


LACV – UnB • AMPHIBIA – ANURA TOMADA DE ALIMENTO EM AMPHIBIA

Texto Amphibia

substrato.

Na fase larvária, os anuros são, em sua maioria, onívoros / detritívoros. Algumas espécies apresentam dietas carnívoras ou ainda oofagia. A boca, em formato de funil, apresenta papilas que participam da seleção do alimento, fileiras de dentículos cornificados que servem para raspar o substrato e bico córneo que fraciona o alimento. Em espécies que reproduzem em riachos com corredeiras, como Scinax _______, a boca é utilizada para fixação ao

O fluxo de água e de partículas alimentares passa pela cavidade orofaríngea onde ocorre novo processo de seleção, desta vez com a participação da língua e de papilas que revestem o assoalho e o teto da cavidade. Neste último, se abrem as coanas – comunicação das aberturas nasais, externas, com a cavidade oral. Da cavidade oral, a água segue para as câmaras branquiais, de onde é drenada pelo espiráculo.


LACV – UnB • AMPHIBIA – ANURA TOMADA DE ALIMENTO EM GIRINOS

Scinax _______

Na fase larvária, os anuros são, em sua maioria, onívoros / detritívoros. Algumas espécies apresentam dietas carnívoras ou ainda oofagia. A boca, em formato de funil, apresenta papilas que participam da seleção do alimento, fileiras de dentículos cornificados que servem para raspar o substrato e bico córneo que fraciona o alimento. Em espécies que reproduzem em riachos com corredeiras, como Scinax _______, a boca é utilizada para fixação ao substrato.

Microfagia – filtração de algas e protistas O fluxo de água e de partículas alimentares passa pela cavidade orofaríngea onde ocorre novo processo de seleção, desta vez com a participação da língua e de papilas que revestem o assoalho e o teto da cavidade. Neste último, se abrem as coanas – comunicação das aberturas nasais, externas, com a cavidade oral. Da cavidade oral, a água segue para as câmaras branquiais, de onde é drenada pelo espiráculo.


LACV – UnB • AMPHIBIA – ANURA TOMADA DE ALIMENTO EM GIRINOS

A

B

Aparellho bucal de duas espécies de anuros (imagens superiores) e papilas e demais estruturas presentes na cavidade orofaríngea. Funções: tátil (?) papilas, raspadora (dentículos) e cortante (bico córneo).,

C

D

A.  Scinax sp

B. Rhinella sp

C – D. Leptodactylus sp.


4

2a

7

LACV – UnB • AMPHIBIA – ANURA TOMADA DE ALIMENTO EM GIRINOS

2b

6

5 1a

1b

3a 3b 3c

8

3mm

9 4

2a 6

1a

1b 5

2b 10

3a 3b 3c

1a papilas marginais 1b. papilas submarginais 2a. primeira fileira de dentes anteriores 2b. segunda fileira de dentes anteriores 3a . primeira fileira de dentes posteriores 3b. segunda fileira de dentes posteriores

11 3c. terceira fileira de dentes posteriores 4. bico anterior 5. bico posterior 6. processo lateral do bico anterior 7. coanas 8. papilas da arena do teto bucal

12 9. língua 10. papilas da arena do assoalho bucal 11. velum ventral 12. câmara branquial


LACV – UnB • AMPHIBIA SISTEMA DIGESTÓRIO – CAVIDADE ORAL

Os anuros adultos possuem dentes pedicelados, em geral pouco desenvolvidos. Esses dentes são comuns nos ossos prémaxilares, maxilares e também nos palatinos e vomerinos. A maioria dos anuros não possui dentes mandibulares. A língua apresenta formatos e tamanhos variáveis.

E s p e c i a l m e n t e desenvolvida nas salamandras e em muitos anuros, é a principal estrutura responsável pela apreensão da presa. Células produtoras de muco conferem aspecto pegajoso, que auxilia a aderência. Rãs da família Pipidae são aglossa, não possuem língua.


4 1

LACV – UnB • AMPHIBIA SISTEMA DIGESTÓRIO – CAVIDADE ORAL

1

5

3 6

2

1

8

5

8 7

9

9 10 11 12

3

2 3

1.  Maxila 2.  Mandíbula 3.  Língua 4.  Dentes pré-maxilares 5.  Dentes maxilares 6.  Dentes vomerianos 7.  Vista medial das cúspides 8.  Coanas 9.  Abertura das tubas laringo-timpânicas 10.  Transição laringo-esofágica 11.  Glote 12.  Papilas linguais


LACV – UnB • AMPHIBIA - APODA SISTEMA DIGESTÓRIO – TOMADA DE ALIMENTO

Nos anfíbios ÁPODOS – Gymnophiona, os olhos são reduzidos ou vestigiais, condição compatível com seu modo de vida subterrâneo. Entre o olho e a cavidade nasal, eles possuem uma estrutura retrátil – o tentáculo, com participação na quimiorrecepção. Os dentes pedicelados se distribuem em duas fileiras na maxila e uma na mandíbula. Nesse grupo, a língua não é protrátil.


LACV – UnB - AMNIOTAS SISTEMA DIGESTÓRIO – DENTES

Amniotas


LACV – UnB - SERPENTES SISTEMA DIGESTÓRIO – DENTIÇÃO E GLÂNDULAS DE PEÇONHA


LACV – UnB • SERPENTES SISTEMA DIGESTÓRIO – LÍNGUA E CAVIDADE ORAL

Nas serpentes viperídeas as fossetas loreais atuam na recepção de calor – termorrecepção. Boideas, como a Epicrates cenchia – jibóia-arco-iris, possuem séries de aberturas entre as escamas labiais – as fossetas labiais. A sensibilidade térmica dessas estruturas é da ordem de centésimos de grau. Assim, esses animais conseguem localizar presas por suas diferenças de temperatura em relação ao ambiente.

Serpentes e lagartos possuem língua bífida, situada ventralmente à glote e esôfago. As extremidades da língua são levadas ao órgão olfatório localizado na cavidade nasal (Jacobson), por meio de aberturas situadas

no teto da cavidade oral. O epitélio olfatório é rico em quimiorreceptores – terminações de onde partem os axônios que formam o nervo olfatório (n. I).


LACV – UnB • SERPENTES OLFAÇÃO - TERMORRECEPÇÃO

Nas serpentes viperídeas as fossetas loreais atuam na recepção de calor – termorrecepção. Boideas possuem séries de aberturas entre as escamas labiais. A sensibilidade térmica dessas estruturas é da ordem de centésimos de grau. Assim, esses animais conseguem localizar presas por suas diferenças de temperatura em relação ao ambiente, e mesmo discriminar cabeça (mais quente) da porção posterior do corpo da presa. As narinas se abrem na cavidade orofaríngea, mas na olfação (quimiorrecepção) a língua e o órgão vomeronasal exercem essa função. A glote controla a passagem do ar através da traquéia, brônquio e pulmão, durante a inspiração e a expiração.


LACV – UnB • SERPENTES SISTEMA DIGESTÓRIO – CAVIDADE ORAL

Boa constrictor - Jibóia - aglifodonte

Philodryas olfersii - Cobra-cipó - opistoglifodonte

Preparação dos crânios – Giuseppe Puorto Instituto Butantan – SP - Brasil


LACV – UnB • SERPENTES SISTEMA DIGESTÓRIO – CAVIDADE ORAL

Micrurus lemniscatus e crânio de Micrurus sp.- proteroglifodonte

Crotalus durissus - Cascavel - solenoglifodonte As serpentes são um grupo de tetrápodos onde todos os representantes são carnívoros, alguns com alto nível de especialização. Diversos vertebrados, de peixes a mamíferos, fazem parte da dieta desses predadores. Invertebrados como lesmas, gastrópodes e lacraias são itens da dieta de algumas espécies de serpentes, tanto jovens quanto adultos.

Glândulas salivares modificadas produzem substâncias bioativas, com amplo espectro de ações farmacológicas, capazes de paralisar presas rapidamente. Os dentes inoculadores são especialmente adaptados, com sulcos ou canais por onde a peçonha é conduzida. Esse recurso serve também para a defesa, o que causa grande número de acidentes com humanos e com animais domésticos e de criação.


LACV – UnB • SERPENTES SISTEMA DIGESTÓRIO – CAVIDADE ORAL

Os dentes inoculadores das serpentes Viperidae são grandes e permanecem protegidos por tecido de revestimento, o comilho. Possuem um canal central semelhante ao de uma agulha hipodérmica.

Eles são substutídos quando caem ou quebram. A glândula de peçonha possui ducto ligado ao dente inoculador (Bothrops neuwiedi – Jararaca-pintada). Demais imagens, Crotalus durissus – Cascavel Vagina dentalis – Lobo et al., 2014


LACV – UnB • SERPENTES SISTEMA DIGESTÓRIO – CAVIDADE ORAL

Os dentes inoculadores das serpentes Viperidae são protegidos por tecido de revestimento, o comilho. Possuem um canal central semelhante ao de uma agulha hipodérmica. Eles são substutídos quando caem ou quebram. A glândula de peçonha possui ducto ligado ao dente inoculador (Bothrops neuwiedi – Jararaca-pintada e B. moojeni).


LACV – UnB • SERPENTES DENTES INOCULADORES DE PEÇONHA

TEXTO SOBRE ESTRUTURA DO DENTE

Os dentes inoculadores das serpentes Viperidae possuem um canal central, visualizado pela secção transcversal. Auguns autores utilizam o termo presas para designá-los. Entendemos que essa

designação é imprecisa, na medida em que presa s e refere ao animal predado. Assim, adotamos a desigação dentes inoculadores para nomear essas estruturas.


LACV – UnB • SERPENTES DENTES DE SUBSTITUIÇÃO

4

3

v

Os d e n te s i n o c u l a d o r e s d a s serpentes Viperidae são fixados ao maxilar (seta), que é bastante reduzido, sendo substutídos quando caem ou quebram. A glândula de peçonha possui ducto ligado ao canal do dente inoculador.


7 5 3

1

LACV – UnB • SERPENTES SISTEMA DIGESTÓRIO – CAVIDADE ORAL

3

4

3 2

6

6

7

8

3

5

1.  2.  3.  4.  5.

Dentes maxilares Dentes palatinos Dentes inoculadores Dentes de substituição Dentes mandibulares

6.  Abertura do sulco dos dentes inoculadores 7.  Glândula de peçonha 8.  Ducto da glândula de peçonha


5

LACV – UnB • SERPENTES SISTEMA DIGESTÓRIO – CAVIDADE ORAL

3

1

Estrutura da glãnduula de peçonha de Bothrops moojeni. Acima, secção frpntal corada com vermelho congo e azul de tripan. Abaixo, secção sagital evidenciando o canal interno que conduz a peçonha ao ducto.

8


LACV – UnB • SERPENTES SISTEMA DIGESTÓRIO – CAVIDADE ORAL

Preparação e foto: Anderson Lima

Philodryas olfersii – No padrão de dentição opistoglifodonte, os dentes inoculadores se inserem na porção posterior do maxilar. Possuem sulcos por onde a peçonha produzida e armazenada em

glândulas é inoculada. Além das glândulas de peçonha (Durvenoy) – setas, glândulas salivares maxilares e mandibulares também podem produzir princípios ativos.


LACV – UnB – LACERTILIA SISTEMA DIGESTÓRIO – DENTES


LACV – UnB • LACERTILIA SISTEMA DIGESTÓRIO – CAVIDADE ORAL

A

C

B

D

Crânio de Mabuya sp. preparado por maceração.

A.  Vistas lateral do crânio B.  Vista interna da maxila

C.  Vista externa da mandíbula D.  Vista interna da mandíbula


LACV – UnB • LACERTILIA SISTEMA DIGESTÓRIO – CAVIDADE ORAL

A maioria dos lagartos apresenta dentição pleurodonte – condição onde um dos lados do dente é apoiado em uma fenda óssea. Um terceiro tipo de dentição – acrodonte – na qual os dentes são unidos à superfície do osso – é encontrada nos camaleões e nas serpentes.

Preparações de crânios de lagarto Cnemidophorus ocellifer diafanizado e corado com alizarina. Preparação Tainã


LACV – UnB - CROCODYLIA SISTEMA DIGESTÓRIO – DENTES


LACV – UnB • CROCODYLIA SISTEMA DIGESTÓRIO – DENTIÇÃO

10 mm

Dentição de jacaré-açu - Melanosuchus niger. Embrião com aprox. 61 dias foram diafanizados e corados com Alizarina. A dentição de crocodilianos é do tipo tecodonte – os dentes são inseridos em aberturas circulares nos ossos maxilares e mandibulares. Crédito das preparações – Lucélia Vieira e André Quagliato (UFU – MG).


LACV – UnB • AVES SISTEMA DIGESTÓRIO – CAVIDADE ORAL

Melanosuchus niger

Compare os crânios de embrião de jacaré - Melanosuchus niger com o de uma ave – Gallus domesticus. Embora existam diferenças importantes entre a composição óssea, no estágio embrionário aqui mostrado a estrutura geral é semelhante. Note o diâmetro das órbitas oculares e a presença e ausência de dentes. Crédito das preparações – Lucélia Vieira e André Quagliato (UFU – MG).

Gallus domesticus


LACV – UnB • CROCODYLIA SISTEMA DIGESTÓRIO – CAVIDADE ORAL

Dentição de jacaré-açu - Melanosuchus niger. Cranio de adulto foi preparado por maceração. A dentição de crocodilianos é do tipo tecodonte – os dentes são inseridos em aberturas circulares nos ossos maxilares e mandibulares.


LACV – UnB • CROCODYLIA SISTEMA DIGESTÓRIO – CAVIDADE ORAL

Os dentes são implantados em alvéolos. Preparações – Lucélia Vieira e André Quagliato (UFU – MG).


LACV – UnB - MAMMALIA SISTEMA DIGESTÓRIO – DENTES


LACV – UnB - MAMMALIA DENTIÇÃO - FÓRMULA DENTÁRIA

Artibeus lituratus

10 mm

Fórmula dentária em Mamíferos: Os mamíferos apresentam grande diversidade de hábitos alimentares e equivalente variedade de desenhos cranianos e de dentição. Morcegos são igualmente diversos em termos de dieta, e constituem excelente material para o estudo de relações estrutura-função Algumas espécies de mamíferos são desprovidas de dentes e outras possuem dentição homodonte, com dentes de forma e função iguais (Cetaceos). No entanto, a maioria dos mamíferos possui dentição heterodonte, isto é, composta por dentes com diferentes formas e funções. A fórmula dentária indica a composição dentária e o número de dentes de cada espécie de mamífero. Os 4 tipos de dentes são classificados de acordo com a posição, a forma e a função. Incisivos, caninos, pré-molares e molares. Dentição decídua.

Conhecendo os tipos de dentes e os hábitos alimentares dos vertebrados atuais podemos compreender muito sobre a biologia de seus ancestrais, por meio dos registros fósseis de dentes e ossos. Tomada de alimento: Além dos dentes, devemos ainda observar as estruturas relacionadas a apreensão e ingestão do alimento, tais como a língua, os lábios, a forma e o tamanho da boca, etc... Tudo isso sem esquecer o comportamento. Para obter o alimento os animais devem se utilizar de recursos sensoriais e, por vezes, da força física e habilidade. .


i c

i c

pm

pm

LACV – UnB • MAMMALIA FÓRMULA DENTÁRIA

m m

maxila

mandíbula

FD = i 2/2; c 1/1 ; pm 2/2 ; m 2/3

Platyrrhinus lineatus


c i2 i1

LACV – UnB • MAMMALIA FÓRMULA DENTÁRIA

c

i2

i2 i1

i1

c pm1 pm2 m1 m2

m3 m2

m1

pm2

pm1

FD = i 2/2; c 1/1 ; pm 2/2 ; m 2/3 = 30 dentes

c

i1 i2

Platyrrhinus lineatus


LACV – UNB • MAMMALIA DENTIÇÃO E DIETA EM MORCEGOS Compare os crânios das espécies de morcegos acima e anote as principais características que os diferenciam? A escala é a mesma para os seis espécimes.

10 mm


LACV – UNB • MAMMALIA DENTIÇÃO E DIETA EM MORCEGOS

A

D

B

E

C

F

A.  Glossophaga – nectarívodo B.  Molossus – insetívoro C.  Crotopterus – carnívoro

D.  Sturnira – generalista E.  Artibeus – frugívoro F.  Desmodus - hematófago


LACV – UNB • MAMMALIA DIETA EM MORCEGOS – INSETÍVOROS

Muitas espécies de morcegos possuem dieta composta exclusivamente por insetos. Neste grupo, encontramos animais com até 38 dentes, com cúspides pronunciadas, com formato em W, próprias para triturar. Os pré-molares e os molares possuem altura semelhante, porém a área dos molares é maior. FD= i 1/2; c 1/1; pm 2/2; m 3/3 (30 dentes)


LACV – UNB • MAMMALIA DIETA EM MORCEGOS –INSETÍVOROS

Molossus molossus é uma espécie de morcego especializado em capturar insetos. Os molares possuem cúspides amplas e oponentes, o que favorece a trituração. FD= i 1/1; c 1/1; pm 1/2; m 3/3 (26 dentes)


LACV – UNB • MAMMALIA DIETA EM MORCEGOS – NECTARÍVOROS / INSETÍVOROS

Espécies dos gêneros Glossophaga, Anoura e Lonchophylla se alimentam de néctar e pólen utilizando a língua alongada e rica em cerdas. Esses morcegos também utilizam insetos, frutos e flores em sua dieta. São característicos desse grupo o focinho alongado, dentes incisivos pequenos ou afastados, e

sulco labial que facilita o trabalho da língua. Esta, muito longa, possui papilas alongadas que permitem colher o néctar das flores. Acima, à direita, vista dorsal da língua de Artibeus lituratus, espécie frugívora.


LACV – UNB • MAMMALIA DIETA EM MORCEGOS – NECTARÍVOROS / INSETÍVOROS

Dentes maxilares de Anoura geoffroyi

Glossophaga soricina

FD= i 2/2; c 1/1; pm 2/3; m 3/3 (34 dentes) Mandíbula de Glossophaga soricina


LACV – UNB • MAMMALIA DIETA EM MORCEGOS – FRUGÍVOROS / INSETÍVOROS

1 cm

Artibeus lituratus e Platyrrhynus lineatus (abaixo) são espécies predominantemente frugívoras mas também se alimentam de néctar, pólen, folhas e insetos. Possuem pré-molares e molares desenvolvidos e adaptados para remover cascas de frutos e cortar fibras.

As fórmulas dentárias diferem no número de molares: Artibeus FD= i 2/2; c 1/1; pm 2/2; m 2/3 (30 dentes). Em Platyrrhinus os molares são 3/3 (32 dentes).


LACV – UNB • MAMMALIA DIETA EM MORCEGOS – HEMATÓFAGO Desmodus rottundus é uma das 3 espécies de morcegos com dieta exclusivamente hematófaga. Seus incisivos superiores, hipertrofiados e muito afiados, são usados para lesionar a pele de animais como o bovinos, equinos ou aves.

Os pré-molares e molares também são modificados e há grande redução de dentes. FD= i 1/2; c 1/1; pm 1/2; m 1/1 (20 dentes)


LACV – UNB • MAMMALIA DIETA EM MORCEGOS – CARNIVORO Chotopterus auritus é uma espécie de morcego com dieta carnívora. Consome pequenos vertebrados e grandes invertebrados. Sua dieta inclui anfíbios, lagartos, aves e mamíferos como roedores, marsupiais e morcegos. Os molares superiores possuem cúspides amplas e oponentes com os inferiores, o que favorece a trituração. FD= i 2/1; c 1/1; pm 2/3; m 3/3 (32 dentes)


LACV – UNB • MAMMALIA DIETA EM MORCEGOS – dentes modificados

B C A

Algumas modificações marcantes na dentição de morcegos: Tamanho: Caninos de carnívoros predadores Chotopterus auritus Muito desenvolvidos e fortes, são importantes na captura de presas Tamanho e forma: Incisivos superiores de hematófagos. Muito desenvolvidos e afiados, responsáveis pela lesão na pele de bovinos, equinos e outros mamíferos. Pré-molares e molares de insetívoros. Aumento de área de superfície com cúspides cpm desenho em W. Aliado à oponência com os dentes inferiores, são muito eficientes na trituração de insetos Pré-Molares superiores de Frugívoros. Muito desenvolvidos e afiados, atuam na remoção de cascas fibrosas de frutos

D


LACV – UNB • MAMMALIA DENTIÇÃO EM ROEDOR

Os roedores, como o rato (Rattus norvergicus), possuem incisivos desenvolvidos, com crescimento constante. Os caninos e pré-molares são ausentes. Os molares possuem cúspides aplanadas. FD= i 1/1; c 0/0; pm 0/0; m 4/4 (20 dentes)

1 cm


LACV – UNB • MAMMALIA DENTIÇÃO EM ONÍVORO

1 cm

Marsupiais, como o saruê - Didelphis albiventris, possuem grande série de incisivos. Os pré-molares e os molares possuem cúspides irregulares e oponentes. No indivíduo juvenil, os pré-molares posteriores da dentição decídua se assemelham aos molares. Sua dieta é generalista. FD= i 5/4; c 1/1; pm 3/3; m 3/3 (48 dentes)

5/4, 1/1, 3/3, 4/4 = 50


CAPÍTULO 2 TRATO GASTROINTESTINAL E ÓRGÃOS ANEXOS

Sistema digestório traz, em boa parte de suas estruturas, informações a respeito da dieta dos animais. O mesmo vale para o trato gastrointestinal. Carnívoros em geral possuem especializações para captura da presa como garras e dentes especializados. O trato gastrointestinal (TGI) é relativamente simples e curto, quando comparado ao dos herbívoros. Os herbívoros, por sua vez, apresentam um TGI mais complexo e mais longo que o dos carnívoros, com adaptações para digestão e aproveitamento da celulose, seu principal item de dieta. Intestino delgado longo e ceco cólico muito desenvolvido é frequente em muitos herbívoros e nos roedores. Estômagos compartimentalizados, divididos em 4 câmaras, é condição presente nos ruminantes. Mudanças ontogenéticas relacionadas à modificação da dieta são marcantes nos anfíbios. Enquanto nos girinos os intestinos são longos e a dieta é onívora, após a metamorfose, a acentuada redução do comprimento destes é acompanhada pela adoção de dieta carnívora, na maioria das espécies. 84


CAVIDADE OROGFARÍNGEA LÍNGUA GLOTE / EPIGLOTE ESÔFAGO ESTÔMAGO INTESTINOS: DUODENO JEJUNO ILEO INTESTINO GROSSO ANUS E CLOACA FÍGADO VESÍCULA BILIAR PÂNCREAS SISTEMA LINFÁTICO SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO

85


LACV – UnB • CHONDRICHTHYES SISTEMA DIGESTÓRIO

A cavidade peritoneal dos Chondrichthyes se situa entre a cartilagem que delimita a câmara cardíaca (anteriormente) até a cloaca, que ocupa sua porção posterior. O fígado, amplo e com dois lobos, recobre ventralmente quase toda a cavidade peritoneal. Nos Chondrichthyes, o fígado acumula grandes concentrações de lipídeos, o que faz dele um elemento importante na flutuabilidade.


LACV – UnB • CHONDRICHTHYES SISTEMA DIGESTÓRIO – FÍGADO e TRATO GASTRO-INTESTINAL

Raia de rio – Potamotrigon falkneri O fígado bilobulado se situa ventralmente e ocupa toda e extensão da cavidade peritoneal. A vesícula é cranial. O estômago, que se segue cranialmente ao esôfago, é curvo nas raias. Sua porção pilórica se conecta ao duodeno, curto, delimitado externamente pelo pâncreas. Ao lado, lobos ventral e dorsal do pâncreas.


LACV – UnB • CHONDRICHTHYES SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INTESTINAL

A mucosa do estômago possui pregas longitudinais. O duodeno pode ser curto, como em cação-anjo e nas raias ou mais alongado, como nos tubarões. O intestino é curto quando observado externamente, mas a válvula em espiral propicia o adequado

aumento de área de superfície, para os processos de absorção dos nutrientes.


2 8

LACV – UnB • CHONDRICHTHYES SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INTESTINAL

9

10

3

11 3 2

12

4

1

4

6 7

13

5

1.  2.  3.  4.  5.  6.  7.  8.

Estômago – corpo Mucosa gástrica Estômago – piloro Esfíncter pilórico Duodeno Mucosa duodenal Porção anterior da válvula espiral Lobo direito do fígado

3 9.  Lobo esquerdo do fígado 10.  Veia porta-hepática 11.  Pâncreas – lobo ventral 12.  Intestino 13.  Cloaca


LACV – UnB • CHONDRICHTHYES SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INTESTINAL

Vista externa e interna do intestino de Z. Brevirostris. Limite anterior com duodeno e posterior com a cloaca. Ao lado, detalhes da válvula espiral, da mucosa e do esfincter intestinal.


3

LACV – UnB • CHONDRICHTHYES SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INTESTINAL

1 6

2 3

8

4 11 4

4

7

12

10 1.  2.  3.  4.  5.  6.

Estômago – corpo Baço Pâncreas Intestino Duodeno válvula espiral porção anterior 7.  válvula espiral porção posterior

8.  Mucosa intestinal 9.  Esfíncter retal 10.  Cloaca 11.  Musculatura abdominal 12.  Cavidade peritoneal

7

9 10


LACV – UnB • CHONDRICHTHYES SISTEMA DIGESTÓRIO – FÍGADO e TRATO GASTRO-INTESTINAL

O trato gastrointestinal – TGI dos Chondrichthyes apresenta características como esôfago curto, estômago desenvolvido, com grande capacidade de armazenamento, alongado nos tubarões e curvo nas raias. O esfíncter pilórico é provido de válvula, o duodeno é curto, como no cação-anjo – Zapteryx brevirostris e nas raias, e alongado nos tubarões.

O intestino é curto quando observado externamente, mas apresenta uma organização interna própria, a válvula em espiral, que propicia um significativo aumento de sua área de superfície, de modo a possibilitar os processos de absorção dos nutrientes.


Anatomia Comparativa dos Vertebrados - Osteichthyes LACV – UnB • OSTEICHTHYES - ACTINOPTERYGII SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INTESTINAL Sistema Digestório – Trato Gastro-intestinal


Anatomia Comparativa dos Vertebrados - Osteichthyes LACV – UnB • OSTEICHTHYES - ACTINOPTERYGII SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INTESTINAL Sistema Digestório – Trato Gastro-intestinal

Estrutura geral do trato gastrointestinal de tambaqui Colossoma macrocarpum, com destaque para o mesentério, fígado com lobos alongados e o longo intestino delgado.


Anatomia Comparativa dos Vertebrados - Osteichthyes LACV – UnB • OSTEICHTHYES - ACTINOPTERYGII SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INTESTINAL Sistema Digestório – Trato Gastro-intestinal

2 1

5

6

1.  2.  3.  4.  5.  6.  7.  8.  brânquias fígado intestino delgado reto tecido adiposo rins estômago bexiga de gás

8

8 2 6

3 7

4 7

5 2


Anatomia Comparativa dos Vertebrados - Osteichthyes LACV – UnB • OSTEICHTHYES - ACTINOPTERYGII SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INTESTINAL Sistema Digestório – Trato Gastro-intestinal

Osteichtyes possuem estômagos de forma e tamanho variáveis. Ao lado, a estrutura geral do trato gastro-intestinal de Tilápia sp , com destaque para o mesentério, fígado com lobos alongados e o longo intestino delgado. Abaixo, a cavidade peritoneal isolada da câmara branquial (cavidade orofaríngea), fígado, TGI e porção terminal do intestino, se abrindo no ânus. Posteriormente a este, se situa a papila urogenital.


Anatomia Comparativa dos Vertebrados - Osteichthyes LACV – UnB • OSTEICHTHYES - ACTINOPTERYGII SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INTESTINAL Sistema Digestório – Trato Gastro-intestinal

1 1.  2.  3.  4.  5.  6.  7.  8.

2 3 Brânquias Fígado Intestino delgado Reto Ovário Tecido adiposo Rins Estômago

2 5 4

6

7

6

6 8

6


Anatomia Comparativa dos Vertebrados - Osteichthyes LACV – UnB • OSTEICHTHYES - ACTINOPTERYGII TRATO GASTRO-INTESTINAL – DUODENO E CECOS PILORICOS Sistema Digestório – Trato Gastro-intestinal

Cecos pilóricos são estruturas tubulares, em fundo cego, que se projetam a partir do duodeno de peixes actinopterígeos. Funções: Auxiliar na digestão de lipídeos e proteínas. Absorção de aminoácidos, carboidratos, lipídeos, água e íons. Reserva de alimentos Sua composição varia em número e tamanho entre as espécies


Anatomia Comparativa dos Vertebrados - Osteichthyes LACV – UnB • OSTEICHTHYES - ACTINOPTERYGII TRATO GASTRO-INTESTINAL – DUODENO E CECOS PILORICOS Sistema Digestório – Trato Gastro-intestinal

8

4

2 1

6

7

3 2

8 5 3 7

7 1.  Coração 2.  Estômago 3.  Duodeno 4.  Mucosa duodenal 5.  Fígado 6.  Cecos pilóricos 7.  Ovários 8.  Cavidade peritoneal Acima e à esquerda, trato gastrointestinal de traíra, com estômago, fígado e duodeno recoberto por cecos pilóricos. À direita, vista interna do duodeno e cecos pilóricos de atum.

6


Ao lado, região pilórica do estômago e transição estômago – duodeno, com esfincter pilórico (acima). Abaixo, reto e abertura anal situados anteriormente à papila uroseminal.

Anatomia Comparativa dos Vertebrados - Osteichthyes LACV – UnB • OSTEICHTHYES - ACTINOPTERYGII SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INTESTINAL Sistema Digestório – Trato Gastro-intestinal


Anatomia Comparativa dos Vertebrados - Osteichthyes LACV – UnB • OSTEICHTHYES - ACTINOPTERYGII SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INTESTINAL Sistema Digestório – Trato Gastro-intestinal

F

A cavidade abdominal do poraquê é compacta e ocupa uma porção equivalente ao tamanho da cabeça do animal. A abertura anal e a papila uroseminal se situam na linha média, próximas à junção dos opérculos. Das estruturas presentes na preparação ao lado, são evidentes o fígado (F) e partes do intestino delgado (setas).


LACV – UnB • ANURA E GYMNOPHIONA SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INTESTINAL

9

10

4 12


LACV – UnB • ANURA SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INTESTINAL

A

C

B

D

A. Vista ventral da cavidade pleuroperitoneal de rã Leptodactylus sp. B. Vista dorsal da cavidade pleuroperitoneal de perereca - Hypsiboas sp. C e D, vistas ventral e dorsal de fígado de perereca Hypsiboas boans.


LACV – UnB • ANURA SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INTESTINAL

2

4

1

2

1

4

3 11

3

9

10 8

1.  2.  3.  4.  5.  6.  7.

7

7

6 2

1

2 4 5

4

3

3

4

1

Lobo direito Lobo esquerdo Lobo médio Vesícula biliar v. Porta-hepática Ligamento posterior Pericárdio e ligamento hepático anterior 8.  v. Abdominal 9.  Pâncreas 10.  Estômago 11.  Duodeno


LACV – UnB • ANURA SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INTESTINAL Vista ventral do estômago de anuro, com esôfago ocupando posição cranial e o duodeno situado caudalmente.


LACV – UnB • ANURA TRATO GASTRO-INTESTINAL – ESTÔMAGO/ VESÍCULA BILIAR

Estômagos de anfíbios anuros com conteúdo alimentar, com diferentes graus de dilatação. Abaixo, detalhes da vesícula biliar, pâncreas e veia porta hepática, em vista dorsal.


LACV – UnB • ANURA TRATO GASTRO-INTESTINAL - DUODENO

9

10

12

4 1.  2.  3.  4.

duodeno pâncreas estômago intestino delgado – jejuno

5.  6.  7.  8.

óstio do ducto biliar – colédoco mucosa do duodeno vesícula biliar fígado vista dorsal

9.  veia porta-hepática 10.  circulação mesentérica 11.  ducto colédoco 12.  mucosa do íleo


LACV – UnB • ANURA TRATO GASTRO-INTESTINAL – JEJUNO / ÍLEO / RETO

1

7 8

O TGI segue-se ao duodeno com o jejuno, o íleo e o reto. Acima, à direita, a mucosa do jejuno apresenta pregas

transversais/oblíquas, enquanto no íleo as pregas da mucosa assumem orientação longitudinal.


1

LACV – UnB • ANURA TRATO GASTRO-INTESTINAL – JEJUNO / ÍLEO / RETO

9

1

3 5

2

8 5

4 7

6

7 8

1.  2.  3.  4.

estômago duodeno pâncreas jejuno

6

10

4

5.  6.  7.  8.

Mucosa do jejuno íleo Intestino grosso – Reto Baço

9.  veia porta-hepática 10.  mucosa do íleo


LACV – UnB • ANURA SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INTESTINAL

O trato gastro-intestinal de larvas de anfíbios tem como característica marcante o comprimento do intestino – condição típica de dieta onívora com ingestão de substrato. As imagens acima mostram ainda o fígado, o pâncreas e corpos de gordura, com os rins ao fundo da cavidade pleuroperitoneal de girino de rã-touro – Lithobates catesbeianus.


1

LACV – UnB • ANURA SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INTESTINAL

8 2

2

8

6

6 6

5

10

3 7

4 9 10

6 1.  Boca 2.  Brânquias 3.  estômago 4.  duodeno 5.  pâncreas 6.  Fígado 7.  Jejuno / íleo 8.  Adiposo 9.  Rins 10.  Pulmões

8 10 2

2 6

7 10


LACV – UNB • AMPHIBIA - GYMNOPHIONA SISTEMA DIGESTÓRIO –

No anfíbio apodo (Siphonops paulensis) o trato-gastrointestinal apresenta estômago alongado e de parede espessada, fígado lobulado e vesícula biliar destacada na porção caudal do fígado. Na região do reto, antecedendo a

cloaca, a presença de vascularização intensa sugere um local de reabsorção de água.


3 3

1

9

1

4

LACV – UNB • AMPHIBIA - GYMNOPHIONA SISTEMA DIGESTÓRIO –

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7 7

5

4

5 2

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11

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1.  2.  3.  4.  5.  6.

estômago duodeno Fígado vesícula biliar Pâncreas Ducto uroseminal = arquinéfrico

1.  2.  3.  4.  5.  6.

Adiposo Bexiga urinária Intestino grosso Cloaca testículos phalodeum


LACV – UnB • SERPENTES ESTÔMAGO e FÍGADO

Sistema Digestóro de Serpentes


LACV – UnB • SERPENTES ESTÔMAGO e FÍGADO


LACV – UnB • SERPENTES ESTÔMAGO e FÍGADO

Nas serpentes viperideas, o esôfago á alongado e tem sua transição com o estômago já próximo à porção cranial do fígado. Neste, 2 lobos hepáticos são alongados e fusionados. A mucosa gástrica aponta a transição entre as regiões fúndica e a antro-pilórica (secretora), de cor clara.


1 1 2 7 2

LACV – UnB • SERPENTES ESTÔMAGO e FÍGADO

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3 4 10

7 9

8

5

5

6

6 1.  2.  3.  4.  5.  6.

Esôfago Arcos aórticos A. Aorta Estômago Região fúndica Antro

7.  L o b o h e p á t i c o esquerdo 8.  Lobo hepático direito 9.  v. Hepatica 10.  v. Porta-hepatica 11.  vesícula biliar


LACV – UnB • SERPENTES SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INTESTINAL

transição piloro-duodeno - jejuno

Nnnnnnnnnnnnnn


LACV – UnB • SERPENTES SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INTESTINAL

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1

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6 3

6

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9

4

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1.  Estômago – antro-piloro 2.  E s f í n c t e r pilórico 3.  Duodeno 4.  M u c o s a duodenal 5.  Jejuno 6.  Pâncreas 7.  Baço 8.  Ó s t i o d o ducto biliar / pancreático 9.  v e s í c u l a biliar

1

4 2 8

2 8


LACV – UnB • SERPENTES SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INTESTINAL O TGI das serpentes apresenta duodeno curto, seguido de jejuno e íleo com aspecto convoluto. O intestino grosso ocupa a posição posterior, aproximadamente entre as gônadas e a cloaca. Na cloaca, a abertura intestinal é precedida por um esfíncter.

Posteriormente aparecem os óstios dos ureteres (papilas urunárias) e mais lateralmente os óstios dos canais vaginais ou dos canais deferentes, nos machos. A porção final do intestino grosso é muito vascularizada condição que favorece a reabsorção de água.


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LACV – UnB • SERPENTES SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INTESTINAL

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7 15

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1.  2.  3.  4.  5.

5

Porção distal do pulmão Adiposo Duodeno vesícula biliar Jejuno

6.  Ileo 7.  Esfincter ileo-retal 8.  Reto – intestino grosso 9.  Papilas seminais 10.  Urodeum

11.  Coprodeum 12.  Cloaca 13.  Plexo vascular retal 14.  Glândula adrenal 15.  Rim direito

10

9

12


LACV – UnB • SERPENTES MESENTÉRIO E ADIPOSO

Organização do tecido adiposo em serpentes é relacionada ao mesentério...


LACV – UnB • LACERTILIA ESTÔMAGO e FÍGADO


LACV – UnB • LACERTILIA ESTÔMAGO e FÍGADO


LACV – UnB • SQUAMATA SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INSTESTINAL

Dissecação de lagarto Os lagartos apresentam cavidade pleuroperitoneal alongada, ventralmente ocupada pelo fígado, de formato piramidal, e por corpos de gordura (adiposo), este concentrado na porção caudal. A vesícula biliar aparece embutida na porção ventral do lobo direito do fígado. A remoção do adiposo revela o estômago, parte do pâncreas e intestinos. É notável a presença de um ceco cólico em teiú (abaixo), mas não em outras espécies. Gônadas e rins são visíveis após remoção do TGI e da porção ventral da cintura pelvina (vide vol. 3 – Sistemas Urinário e Genital).


Dissecação de lagarto

LACV – UnB • SQUAMATA SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INSTESTINAL

6

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2

1

5

1.  Lobo hepático direito 2.  Lobo hepático esquerdo 3.  Ligamento falciforme hepático 4.  Tecido adiposo 5.  Estômago 6.  Duodeno 7.  Intestino grosso 8.  Pâncreas 9.  Ceco cólico 10.  Mesentério 11.  Íleo 12.  jejuno

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2 1

2

11

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7

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10

7


LACV – UnB • CROCODYLIA ESTÔMAGO e FÍGADO


LACV – UnB • CROCODYLIA SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INTESTINAL

Vista ventral de trato gastrointestinal de crocodiliano – Caiman crocodylus


LACV – UnB • CROCODYLIA SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INTESTINAL

Trato gastrointestinal de crocodiliano – Caiman crocodylus Vista ventral.


LACV – UnB • AVES ESTÔMAGO e FÍGADO


LACV – UnB •AVES SISTEMA DIGESTÓRIO – esôfago, inglúvio, provntrículo e moela

As aves perderam os dentes e desenvolveram uma diversidade de bicos córneos adaptados a amplo espectro de dietas e comportamentos alimentares. Localizado na porção cranial do esôfago, o inglúvio (papo) é a primeira câmara destinada ao armazenamento de alimento. Aí ocorre produção de enzimas do tipo amilase.

O estômago químico (proventrículo) e estômago mecânico (moela) são contíguos. O primeiro, com mucosa tipicamente glandular, produz HCl e pepsina. A moela é composta em sua maior parte de músculo liso, que atua mecanicamente sobre o conteúdo alimentar, em meio ácido e repleto de enzimas.


LACV – UnB •AVES SISTEMA DIGESTÓRIO – esôfago, inglúvio, provntrículo e moela

1

1.  2.  3.  4.  5.  6.  7.  8.  9.

Esôfago porção canial Esôfago porção caudal Inglúvio Mucosa do inglúvio Proventrículo Mucosa secretora do proventrículo Musculatura do proventrículo Moela Revestimento interno da moela – coilina polimerizada 10.  Musculatura da moela 11.  Fígado 12.  Duodeno 13.  Jejuno 14.  Pâncreas

1

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2 2 7 6

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9 8 12 14

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LACV – UnB • AVES SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INTESTINAL

PV

1

MO

A secção longitudinal do proventrículo e da moela permite a observação das paredes e da mucosa interna dessas estruturas. O estômago glandular ou proventrículo (PV), se localiza entre o esôfago e a moela, e produz secreção ácida e enzimas pépticas. Já, a moela (Mo) é constituída de músculo liso (ML) e revestida por uma camada de Coilina, uma glicoproteína produzida continuamente por

2

células glandulares da camada glandular secretora. Esse revestimento, tingido por componentes da dieta, é altamente resistente à acidez do suco gástrico e ao atrito. Essas aves ingerem seixos e fragmentos minerais que se acumulam na moela e auxiliam na trituração de grãos. Assim, na moela ocorre a digestão péptica e mecânica.


LACV – UnB • AVES SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INTESTINAL

1

2

1.  2.  3.  4.  5.

Parede muscular pro-ventriculo Mucosa secretora do pro-ventriculo Musculatura lisa da moela Camada secretora de glicoproteína coilina Revestimento interno da moela – coilina polimerizada Ref.: Bacila, M. 2003

5 3

3

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5


LACV – UnB • AVES SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INTESTINAL

Aves Ingluvio (papo), Proventrículo e Moela

Nas aves, a porção caudal do esôfago se conecta ao proventrículo, e este à moela. O intestino delgado é formado pelo duodeno em formato de U, jejuno e íleo. O intestino grosso é curto e restrito ao reto. Na transição entre o íleo e o intestino grosso, se situam os cecos cólicos, cujo tamanho varia

em função do hábito alimentar das aves. Os cecos cólicos são reduzidos em espécies com dieta carnívora, como os falcões (à esqueda) e mais desenvolvido nas aves domésticas como os galináceos (à direita). Os cecos atuam como câmaras de digestão de celulose.


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LACV – UnB • AVES SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INTESTINAL

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7

7

6

7

7 8

1.  2.  3.  4.  5.  6.  7.

Esôfago caudal Proventrículo Moela Duodeno Jejuno Ileo Ceco Cólico

8.  Reto 9.  Pâncreas 10.  Vesícula biliar 11.  Ductos biliares 12.  Fígado

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LACV – UnB • MAMMALIA SISTEMA DIGESTÓRIO – GLÂNDULAS E ÓRGÃOS ANEXOS

Glândulas salivares são importantes para animais mastigadores, como a maioria dos mamíferos. Os roedores possuem glândulas múltiplas (acima) reconhecíveis pelo padrão lobular e pela coloração rósea. Apoiada na traqueia, abaixo da glote, vemos a glândula tireoide. O fígado apresenta variação na forma e no número de lobos, e também na coloração, em função de componentes da dieta. A vesícula biliar é evidente na maioria dos mamíferos. Nas figuras acima, nota-se a proximidade do lobo direito do fígado com a porção cranial do rim. No lado direito, aparece o baço e o rim encoberto pelo mesentério. O pâncreas é rosado e difuso nos roedores.


LACV – UnB • MAMMALIA SISTEMA DIGESTÓRIO – GLÂNDULAS E ÓRGÃOS ANEXOS

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5

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6 5

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9 13

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1. pulmão 2. m. diafragma e veia pós-cava 3.  cavidade torácica 4.  Cavidade peritoneal 5.  lobos do fígado 6.  vesícula biliar 7.  glândulas salivares 8.  glândula tireoide 9.  Traqueia 10.  Rim 11.  Baço 12.  omento menor 13.  Pâncreas 14.  tecido adiposo


LACV – UnB • MAMMALIA SISTEMA DIGESTÓRIO – GLÂNDULAS E ÓRGÃOS ANEXOS

A língua de rato apresenta papilas múltiplas distribuidas ...... Na região gular, após remoção da pele, glândulas salivares muito desenvolvidas são evidentes. Estas glãndulas são importantes para animais mastigadores, como a maioria dos mamíferos. Os roedores possuem glândulas múltiplas, reconhecíveis pelo padrão lobular e pela coloração rósea. Apoiada na traqueia, abaixo da glote, vemos a glândula tireoide.


LACV – UnB • MAMMALIA SISTEMA DIGESTÓRIO – GLÂNDULAS E ÓRGÃOS ANEXOS

Nos mamíferos, o fígado apresenta variação na forma e no número de lobos, e também na coloração, em função de componentes da dieta. A vesícula biliar é evidente na maioria dos mamíferos. No lado direito, aparece o baço e o rim encoberto pelo mesentério (seta). O pâncreas é rosado e difuso nos roedores.


LACV – UnB • MAMMALIA SISTEMA DIGESTÓRIO – GLÂNDULAS E ÓRGÃOS ANEXOS

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8 1.  2.  3.  4.  5.  6.  7.  8.  9.

pulmão cavidade torácica m. Diafragma Cavidade peritoneal lobos do fígado vesícula biliar Baço Pâncreas tecido adiposo

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LACV – UnB • MAMMALIA SISTEMA DIGESTÓRIO – GLÂNDULAS E ÓRGÃOS ANEXOS


LACV – UnB • MAMMALIA SISTEMA DIGESTÓRIO – TGI – Jejuno - Íleo

A principal divisão da porção linfática superior do mesentério é em Glândulas Mesentérica, Glândulas Ileocólicas e Glândulas Mesocólicas. A parte inferior é constituída por pequenas glândulas de artérias nos ramos cólicos esquerdo e sigmoide; e um grupo do mesocolo sigmoide.5 Os vasos linfáticos especializados nas vilosidades intestinais que absorvem gordura são denominados lactíferos devido a aparência esbranquiçada do fluido que contem durante a digestão intestinal. A linfa atravessa no mesentério sequencialmente três tipos de linfonodos que são, os linfonodos juntaintestinais, linfonodos mesentéricos e linfonodos centrais superiores.

Omento Menor ou Pequeno Epiplon- liga-se da pequena curvatura do estômago e parte proximal do duodeno ao hilo hepático. A maioria das fontes divide-o em duas partes: Hepatogástrico: do fígado à pequena curvatura do estômago; Hepatoduodenal: do fígado à região proximal do duodeno. Omento Maior ou Grande Epilon - vai da grande curvatura do estômago e conecta o estômago ao diafragma, baço e cólon transverso; é longo, chega a atingir a pelve. É dividido em três partes, o ligamento gastrocólico; a esquerda, ligamento gastroesplênico; e a superior, ligamento gastrofrênico - fixado ao diafragma.

Mesentério O Mesentério é constituido de tecido conjuntivo. Além de sustentar as alças intestinais, o mesentério dá suporte a nervos do sistema entérico, artérias, veias e vasos linfáticos, e também a tecido adiposo. No TGI de rato RN, observamos a presença de leite ocupando o duodeno e parte do jejuno. A porção distal do jejuno e o Ileo já apresentam conteúdo fecal, de coloração esverdeada. Na porção proiximal do jejuno, os vasos linfáticos mesentéricos aparecem preenchidos com lipídeos do leite, indicados pela coloração branca.


LACV – UnB • MAMMALIA SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INTESTINAL

A

C

B

Duodeno, jejuno e íleo compõem o intestino delgado. Essas estruturas podem ser identificadas externamente pela posição relativa: duodeno é o segmento proximal, conectado ao estômago e de pequeno comprimento. Jejuno se segue ao duodeno, é longo (especialmente nos herbívoros) e é continuado pelo íleo. Este també é longo, e se conecta distalmente ao intestino grosso. Na transição íleo-retal, é frequente a presença de um ceco cólico, mais desenvolvidos nos herbívoros, como a preá (C), do que nos onívoros, como o rato (A - B) e carnívoros

A irrigação dos intestinos é composta pelas artérias e veias mesentéricas e suas ramificações, além de vasos linfáticos.


1

LACV – UnB • MAMMALIA SISTEMA DIGESTÓRIO – TRATO GASTRO-INTESTINAL

3

6

2 5

6

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2

2

6

4 1.  2.  3.  4.  5.  6.

4

fígado mesentério com depósito adiposo Jejuno íleo intestino grosso ceco cólico

5


LACV – UnB • MAMMALIA TRATO GASTRO-INTESTINAL - RUMINANTE

Rumem

Omaso

esôfago

O estômago dos ruminantes é composto por quatro câmaras, que apresentam diferenças no tamanho relativo, na estrutura da mucosa e nas funções. O rumem é o maior, e recebe e armazena o alimento. O retículo e o omaso recebem o alimento particulado, o que aumenta a eficiência do processo de digestão da celulose por microorganismos. O abomaso é o estômago químico, cuja mucosa produz o suco gástrico.

duodeno

Abomaso

Retículo


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS § Gans, C. & Gaunt, A.S. Biology of the Reptilia. Society for the Study of Amphibians and Reptiles. Volume 19, Morphology G, Visceral Organs. 1998. §  Randall, D.; Burggren, W.; French, K.; Fisiologia Animal Mecanismos e Adaptações. Guanabara, Quarta Edição. 2000. §  Schmidt-Nielsen, K.; Animal Physiology, Adaptation and Environment. Cambridge University Press, Fourth Edition. 1990. §  De Iullis, G.; Pulerà, D.; The Dissection of Vertebrates, A Laboratory Manual. Academic Press, Second Edition. 2011. §  Duellman, W.; Trueb, L.; Biology of Amphibians. Johns Hopkins University Press, Johns Hopkins Paperbacks Edition. 1994. §  Hildebran,M. & Goslon,G.; Análise da estrutura dos vertebrados. Segunda edição. Editora Atheneu.2004. §  Sebben A. Microdissecação fisiológica a fresco In.: Herpetologia no Brasil 2. Eds.: Nascimento L.& Oliveira M. Sociedade Brasileira de Herpatologia, 2007, pp. 311-325. §  Sebben, et al. ATLAS FOTOGRÁFICO Anatomia Comparativa de Vertebrados Volume 1 – leunb.... §  Hildebrand, M. & Goslow, G. Análise da estrutura dos vertebrados. Segunda edição. Editora Atheneu.2004. §  Walker & Liem Funtional anatomy of the vertebrates – an evolutionary perspective. 2º edition Saunders College Publishing Z2000.

§  Sites: §  www.biodidac.bio.uottawa.ca §  www.facebook.com/lacv.unb


ANATOMIA COMPARATIVA DE VERTEBRADOS ATLAS FOTOGRÁFICO Os autores dessa obra declaram que seu uso deve ser estritamente para fins educacionais e de divulgação científica. Fica, portanto, vetada a comercialização do todo ou partes. Avaliações, críticas e observações podem ser remetidas para www.lacv.unb.br ou lacv.unb@gmail.com


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