TEORIAS APLICADAS
1 - Escola de Cultura e Personalidade
Antropologia Cultural Profa. Dra. Fernanda Telles Mรกrques
SABINO, César. As Drogas de Apolo - O Consumo de Anabolizantes em Academias de Musculação. Lugar Primeiro, no. 2, PPGAS-IFCS, UFRJ, 2000.
Objeto: organização social e cosmovisão reproduzidas pelo ethos “marombeiro”, na cidade do Rio de Janeiro. Campo: três academias de musculação dos bairros da Tijuca e Vila Isabel. Caracterização do ethos: Elaboração de uma ética própria calcada na estética corporal Uso regular de drogas constituídas masculinos “Drogas Apolíneas”
por
hormônios
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Perspectiva te贸rica:
ANTROPOLOGIA DO CORPO: o corpo como artefato bio-psico-cultural (Mauss, 1932; Rodrigues, 1979; Goldemberg, 2002)
ESCOLA DE CULTURA E PERSONALIDADE (Benedict; Mead; Linton; Bateson)
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As Drogas de Apolo
O Consumo de Anabolizantes em Academias de Musculação.
Construção ritual da pessoa
Cosmovisão do ethos Virilização da ética e da estética femininas
Construção da identidade coletiva
Individualismo liberal-burguês
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Plano do Trabalho
I- Nos Domínios de Dionísos II- Apolo–Rei III- Drogas Masculinizantes e Individualismo IV- Hierarquia Masculina e Feminina V- Construção Ritual de Pessoa e Drogas
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I- Nos Domínios de Dionísios Ethos Dionisíaco
Drogas dionisíacas
(Nietzsche/Benedict)
AS DROGAS NA TEORIA ANTROPOLÓGICA: [PSICOATIVOS]
Sociedades Tradicionais - Ritos e rituais:
1- Suspensão momentânea da estrutura social dominante 2- Elemento catalizador nos ritos de passagem
Sociedade Complexa - Anos 60/70:
- Contracultura/reencantamento de um mundo desencantado UNIUBE-Antropologia Cultural Profa. Dra. Fernanda Telles
II- Apolo-Rei
CULTURA DOMINANTE
=
X 60/70 - Contracultura
80/90 – Cultura de Massa
Ethos Dionisíaco
Ethos Apolíneo
Negação do Controle
ÊXTASE
Beleza como conquista = aceitação social = realização pessoal
DISCIPLINA UNIUBE-Antropologia Cultural Profa. Dra. Fernanda Telles
Concepções de Beleza
Concepção Tradicional: beleza física = virtudes morais
Liberalismo-Burguês - desenvolvimento da noção liberal de aperfeiçoamento individual (final séc. XIX).
Concepção Moderna: beleza física = valor autônomo. UNIUBE-Antropologia Cultural Profa. Dra. Fernanda Telles
III- Drogas Masculinizantes e Individualismo
Anos 80 - Culto ao corpo pela disciplina
Novos valores são agregados à estética corporal: • Corpos gordos, flácidos = “personalidade fraca” • Corpos esguios, rijos = controle de si mesmo, determinação Corpo-Máquina
Corpo-Distintivo
Reforço do Imaginário “prazer-forma corporal” UNIUBE-Antropologia Cultural Profa. Dra. Fernanda Telles
Corpo distintivo: “representação de uma sociedade estratificada, competitiva e controladora. Uma sociedade em que todos 'podem', mas só alguns devem alcançar” (GOLDEMBERG; 2002)
Anos 90/2000 - Corpos midiatizados
Funções Sociais de um “Corpo-Distintivo”: Insígnia: emblema da auto-vigilância no processo de controlar e domesticar seu corpo em nome de valores enaltecidos. Grife: marca que anuncia o status sócio-econômico do sujeito. Prêmio: justificativa moral para a idéia de corpo-grife. UNIUBE-Antropologia Cultural Profa. Dra. Fernanda Telles
IV- Hierarquia Masculina e Feminina
HOMENS
MULHERES
Fisiculturistas Fisiculturistas
Veteranas “Gostosas”
Veteranos
”Magras”
“sarados”
Comuns
Comuns UNIUBE-Antropologia Cultural Profa. Dra. Fernanda Telles
Texto-Base: SABINO, César. As Drogas de Apolo - O Consumo de Anabolizantes em Academias de Musculação. Lugar Primeiro, no. 2, PPGAS-IFCS, UFRJ, 2000.
Referências: LE BRETON, D. Anthropologie du corps et modernité, PUF, Paris, 1990. GOLDEMBERG, Miriam (org). Nu e Vestido, Record, RJ, 2002. MAUSS, Marcel. Les techniques Anthropologie, PUF, Paris, 1950.
du
corps,
In:
Sociologie
et
RODRIGUES, J. C. Tabu do Corpo. Rio de Janeiro: Achiamé, 1979.
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