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M E S T I ç A
O que seria a criatividade senão um cavalo sem cela? Uma imagem fotográfica indefinida com tempo errado de revelação? Haveria um tempo certo?
M P D
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E n t r e o s e t e r n o s es t a d o s
Nesses estados, nesses esforços
d e e m a n ê n c i a , o s ro m p a n t e s
constantes, a experiência
d o i n d i v í d u o / c o l e ti v o e o s
muitas vezes indescritível se
t r â n s i t o s t e r r i t o ri a i s , é
transforma
possível perceber um ponto
na mais valia do jogo.
d e i r r a d i a ç ã o s i n gu l a r ,
Desvela-se numa realidade
a c r i a ç ã o . T r a t a - se d e
apartada do nosso campo de ação
u m a m i s t e r i o s a b r ec h a
que não vemos, a princípio,
q u e d e m a r c a u m a i nf i n i t a
nenhuma saída cabível para ela
c a r t o g r a f i a d e s e mâ n t i c a s
afora pendurá-la na parede,
e a f i r m a t i v a s a m e aç a d o r a s .
para em seguida despencarmos numa admiração obtusa.
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FADE IN FADE OUT
RESPIRO I
CRIATIVIDADE
NÃO
INSPIRATIVA
CULTURAL
DESOBEDIÊNCIA
BRECHA
RESPIRO III
RESPIRO II
REFLEXÕES SOBRE UPCYCLING INDUSTRIAL
D ES O B E D I Ê N C I A C U LT U R A L
Aq uel e q ue se at r e va a escreve r , o u fal ar sobr e cr iat ividade e s ua econom ia , deve ant es invest igar a art e e seu s mot ivo s .
A a rte ru pestre no s prova qu e a
ha bilida de hu ma na em se ex pressar a rtistic a mente da ta de inc ríveis
40 mil a no s. O Na za reno , fo nte de inspira ç ã o pa ra a lgu ma s ex pressõ es a rtístic a s, tem 2 mil a no s de ida de e ainda pensa mo s qu e a rte é c o isa rec ente, da Rena sc enç a qu iç á . Pic a sso , a o entra r em c o nta to pela primeira vez c o m o s desenho s m ilena res da s c averna s eu ro peia s ex cla mo u : “Nã o a prendemo s na da em t o do s e sses a no s! ”. E le estava c erto ! A qu a lida de figu ra tiva da qu eles desenho s é igu a l à de hoj e e a té melho r em c erto s c a s o s . Profundida de, so brepo siç ã o , movi me nt o, fo rma e c o ntex to sã o e mo c iona nte s. Algo qu e perma neç a í nte gro po r t anto tempo deve ser c o ns ide ra do em qu a lqu er e s t u d o so bre c ria ç ã o .
O recente d o cume n tár io da BBC s obr e a influencia da art e no s dias de hoje ex plor a essas pin tur as e faz des cobe r tas surpre e n de n te . De t o da s a s c o nclu s õe s , a qu e mais me c ha ma a a te nç ã o é: a a rte ru p es t re nã o e s t á rela c io na da à mera
Arte é, por fim, e para
do c u me nt a ç ã o do c o t idia no pré-
começo de conversa,
h is t óric o , e s i m, à s ma nif esta ç õ es
IMAGINAÇÃO, ou seja
d a a l ma e m u ma e s pé c ie de tra nse. E s s a c e rte z a s e dá pelo fa to de o s d es en ho s te re m s ido ex e c u ta do s na s p ro fu nde z a s de c ave rna s de difíc il
imagem em ação na mente, nas mãos, no corpo e na voz do ser humano. Esse imaginário, fundamental para a formação de uma
a c e s s o , no e s c u ro, s it u a ç ã o bem
sociedade organizada,
dife re nte do qu e hoj e seria u ma
nasce muito antes de
ilu m in ada ga le ria pa ra a c ontempla ç ã o a rt ís t ic a . Al gu ns a rt is ta s préh is tó ric os re pre s e nt ava m u m u niverso im ag in ário – c om e nt ida de s e s piritu ais
qualquer espécie ou tipo de economia, muito antes de qualquer forma ou métrica capaz de dar concretude a valores.
e ou t ro s a ni mais – , s e m rela ç ã o d ireta c o m s u a diet a ou forma de vida c o tid iana . Q u a ndo e m e s pa ç o s maio res, o s de s e nho s s e rvia m t a mbém pa ra ex pe riê nc ia s c oletiva s, c o mo pa no de fu ndo, pa ra c o nta r h is tó ria s de u ma ge ra ç ã o pa ra o u tra , c o m mú s ic a e figu ri no, a s sim c o mo fa z o te a t ro c o nte m po râ neo .
se hoje temos dificuldade em precificar o valor criativo, é porque deixamos
de lado
a essência da criação, abandonamos a incerteza do sentir, para valorar a certeza do saber, e assim construímos a indústria e o consumo explícito, montado num sistema financeiro que especula e impõe verdades numéricas incabíveis na arte e na cultura de um povo em seu tempo.
Ma s c a lma lá , c a ro a u t or , nem ta nto a o c éu nem ta nto a o i nfe rno . A ra zã o ta mbém fa z pa rte da c u lt u ra hu ma na , nã o há na da de a bo minável nela . N o s s o a ns e io po r respo sta s ra c io nais no s tro u x e a té a qu i , no s diferenc ia de o u tro s a nimais. O do u to r E i ns te i n j á di zia qu e o mistério é a essênc ia de to da a rte e c iê nc ia . E le fo i u m do s po u c o s c ientista s qu e nu nc a briga ra m c om o e spírito ima gétic o e, po r isso , ta lvez tenha de s pe rt a do t a nt o s ava nç o s. Tra go a c iênc ia neste mo mento , pois é dela q u e na sc e a ma temátic a fina nc eira e a e c ono mia qu e hoj e no s tra zem mais dú vida s do qu e re spo sta s. Sepa ra r a a rte da c iênc ia é de s pe rdiç a r o prec io so tempo de u ma ge ra ç ã o . E nqu a nto a c iênc ia no s entrega a ra zã o de c o mo a s “c o isa s” fu ncio na m, a a rte no s c o ntempla c o m a visã o de c o mo a s “pesso a s” s ã o. N u ma so c ieda de o nde a mba s pa rec em be m re s olvid a s, po r qu e entã o ainda ta tea mo s a s u pe rfíc ie de u m a po ssível ha rmo nia ? Pa rte da respo sta e s t á o bvia me nte no su c esso do mo delo ec o nô mic o vigente. A mo e da é s e m s ombra de dú vida u ma fer ra menta efic iente. É fa nt á s t ic o i m a gina r u ma solu ç ã o igu a l pa ra to da s a s c u lt u ra s do mu n do . Rea lmente pa rec e qu e tu do fic a mais fá c i l qu a ndo a vida se a po ia em nú mero s, qu e po dem ser c onve rt ido s e va lo ra do s so bre pra tic a mente qu a lqu er c ivi li z a ç ã o . A solu ç ã o ec o nô mic a se a pro pria do qu a nt it a tivo da ma téria , ú nic o elemento rea lmente pa lpável.
N a a gricu ltu ra , na indú stria , no merc a do i mobi liá rio , e ne rgia
( tempo
c a lc u la m-se +
ma téria )
“bens”
pela
despendida
na
ma nu fa t u ra ou a qu isiç ã o da qu ele c o nfo rto , sej a ele na t u ra l , s intétic o o u a rtific ia l. Pa ra se c hega r a e s s a pre c is ã o e c o nsenso mu ndia l, a c iênc ia qu e ex plic a t u do
pre c is o u
ser
redu c io nista
em
essênc ia .
É
c o mu m
ver
e c ono mis t a s , dit o s da c iênc ia hu ma na , deix a rem de la do o fa to r i ntele ct u a l e fo rj a re m a rea lida de de qu e prec isa m, pa ra da rem sentido tam bé m a o s nú me ros . Po r m eio de c o nta s de c hega da o u engenha ria revers a. N a a gric u lt u ra , na i ndú s t ria , no merc a do imo biliá rio , c a lc u la m-se “be ns ” p ela e ne rgia ( te mpo + ma téria ) despendida na ma nu fa tu ra o u a qu isição da qu ele c o nfo rt o, s ej a ele na tu ra l, sintétic o o u a rtific ia l. Pa ra s e c he ga r a e s s a prec isã o e c o nsenso mu ndia l, a c iênc ia qu e ex plic a t u do pre c iso u ser redu c io nista em essênc ia . É c o mu m ve r e c ono mis t a s, dito s da c iênc ia hu ma na , deix a rem de la do o fa t o r i ntelectu a l e fo rj a rem a rea lida de de qu e pre c is a m, pa ra da rem sentido ta mbém a o s nú me ros . Po r meio de c o nta s de c hega da o u engenha ria reversa .
Quando a coisa fica complicada,
de pessoas que substitui
a economia simplesmente emprega
na produção ou colheita.
o termo salva-vidas: “fatores
Graças à tecnologia, um litro
externos” para não deixar feio o
de petróleo numa máquina
balanço final daquela planilha.
de colher grãos equivale a
Não generalizando, economistas
impressionantes 100 pares de
são contratados para dar sentido
mãos na lavoura. Mas nenhum
aos números de um cliente,
economista, fazendeiro ou
que geralmente é uma empresa
supermercadista leva em
ou indústria exploradora de
conta o custo de famílias
recursos humanos e naturais.
desempregadas. Para eles isso
Por exemplo, o litro do petróleo
é uma variável externa. Variável
é calculado pelo número
esta que tem custo muito alto para a sociedade como um todo.
Fic a claro que a ec onom ia , c om bas e na m oeda, apes ar de func ional, reduz n o ss a vida a um a únic a manifes taç ão de troc a, que s e apre senta m edíoc re diante das infinit as varieda des d e expres s ões ges tuais e se ntime ntais , pela s quais o s er h umano pratic a s ua ex is tênc ia .
Tanto que, hoje , a maior carê ncia d o s er humano não é de produtos ou life st yles , mas, sim , de af e to.
M a s o qu e é a e c o no mia c ria tiva ? O termo na sc e no s a no s 1 9 9 0 ba t i z a d o entã o de ec o no mia da c u ltu ra . Fo i ne s s e pe río do rec ente qu e a s pesso a s, mais u ma ve z , mu da ra m seu sistema de c renç a s qu a nto a o c o ns u mo e à s rela ç õ es fa milia res. Na s déc a da s a nte riore s, a c a pa c ida de da indú stria evolu iu t a nt o qu e lo go su a c a pa c ida de de o ferta su pero u a c a pa c ida de de esc olha , o u a té mesmo a c a pa c ida de de c o nqu ista . No fina l do séc u lo XX, fic o u cla ro qu e a s po ssibilida des era m impo ssíveis. A qu a lida de de vida qu e estava no c a r ro , na má qu ina de lava r , no emprego estável, no c a sa mento e na c a sa pró pria j á nã o a c o ntec ia de fo rma sensa ta . Era prec iso c a da vez mais, e a insa tisfa ç ã o se t o rn o u sta tu s qu o , de u ma gera ç ã o a s(i)sola da por qu erênc ia s ma nipu la da s pelo ma rketing. O c a r ro tem de ser u m j a to ; a c a sa nã o é para m o ra r e ser feliz, é pa ra vender ; o c a sa mento não é po r a mo r , to rna -se u ma so c ieda de pla nej a d a; e o rec o nhec imento pesso a l só a c o ntec e qu a ndo se ga nha u m Osc a r – c o mo se ele representa sse o s milha res de filmes pro du zido s ma s qu e nã o c hega m à sa la de ex ibiç ã o . É nesse c ená rio de n a tu reza ma nipu la da qu e a a rte e a c u ltu ra volt am pa ra resga ta r no sso s va lo res. Ela s no s mos t ra m qu e a qu a lida de de vida po deria mu ito be m esta r em u ma c a sa no c a mpo , na s no ta s de s c o mpromis s a da s de u m instru mento o u nu m vídeo do s primeiro s pa sso s do seu filho .
O rec o n h e c i me nt o e a
novo s, preç o s a ntigo s
s atis f aç ã o po de ria m,
O s c a r Wilde j á
s im , vir c omo fru t o do
qu e stio nava :
trab alh o o rdi ná rio ,
“ Para o nde vai esta
e n ão s o m e nte do
s o c ieda de qu e sa be
extrao rd i ná rio
o preç o de tu do ma s nã o
c o m o d izia m. Va lo re s
s a be o va lo r de na da ?”.
Es sa nova economia s e bas e ia no i n tang íve l , naq ui lo q ue of e r ece i n f i n i tas var iações e con te x to s .
Sentir é o va lo r . O pre ço é uma do enç a qu e prec is a se r t rat ada. E ssa visã o fic o u i ncubada por vinte a no s, a té o s dias de hoje . I sso po rqu e a tec nologia ainda nã o era o su fic iente para dar forma fina nc eira è ex pre s são cult ural. Fo i so mente c o m o adve nt o da digita liza ç ã o do s objet os cult urais qu e a ec o no mia c riat iva come çou a fa zer a lgu m sent ido na s elva mo netá ria . Co meç ando pela mús ica, a distribu iç ã o e a vis ibilidade se to rna m ta ngíveis pelo mundo sem a nec essida de de canais do mina do s pelo s barõe s da mídia.
A ruptu ra f o i tama nha qu e
e d istribu iç ã o da mú sic a ,
lingu a gem digit al t rouxe o
afet o u até m es m o a c a pa c ida de
e de gra nde pa rte do s rec u rso s
a ma du rec iment o pre coce do
d e p ro d u ç ão . H oj e , vive mos nu m
da s prátic a s c ria tiva s, j á nã o
pro fissio nal. A promis sora
f en ôm en o jam ais vis t o .
de pendem da ex periênc ia do
ec o no mia c riat iva t raz confort o
A p ro d uç ão c riat iva fo i pa ra r
mais velho e su a s indú stria s.
e signific a d o para a re beldia
n as mão s d o m ais j ove m,
A p rátic a inc a nsável de ga mes
desses ta le nt os .
e pro gra ma ç ã o da nova
a s du a s ú lt i ma s dé c a da s,
Esta mo s fa la ndo de design ,
lu t a mo s pa ra re gu la r a c ria ç ã o
pu blic ida de, mo da , a rtesa nat o,
a rt ís t ic a , de s e nvolve mo s novo s
entretenimento , so ftwa re e t ant os
modelos de ne gó c io e , a o s po u c o s,
mais, nu ma lista qu e nã o para de
va mos a c e it a ndo a i nsta bilida de da
c resc er de mo do su stentável. Es sa
a rte c omo u m ma l ne c e ssá rio pa ra
c a pa c ida de se deve princ ipalme nte
os ne góc ios . A e c o no mia c ria tiva
à na tu reza bipola r da ec o nomia
provo u na c ris e fi na nc eira
c ria tiva . E la é a o mesmo te mpo
de 2 0 0 8 . D e t oda s a s ec o no mia s,
u ma fo rma de pro du ç ã o de b e ns
a c ria t iva foi a ú nic a qu e nã o
indu striais – c o mo design,
e nc ol he u e , c a la di nha , no s sa lvo u
engenha ria e a rqu itetu ra – e t ambé m
da maior c ris e de me rc a do de
u ma fo rma de ex pressã o c u lt ural com
t odo s o s te mpos . N o fu ndo do
serviç o s, entretenimento e açõe s
poç o , ni ngu é m de i x ou de c o nsu mir
so c iais. Q u a ndo u ma fa c eta e st á e m
c u lt u ra , produ t os e s e rviç o s
baix a , a o u tra vem pa ra so corre r, e
rela c io na do s .
j u nta s ergu em o c o rpo inteiro.
Proje to s são o t ran s p orte q ue i de ias inovad or as u ti l i zam para se tor nar e m real i dade. Será c o m ba se em proj eto s pú blic o s e priva do s, gra ndes e pequ eno s, qu e molda remo s essa ec o no mia e a fa re mos dec ola r ! Po r ter inic io , meio e fi m
p redetermina do s, u m proj eto nã o
po de rá s e r tra ta do de fo rma c o mpleta mente is ola da . Pa ra a ssegu ra r lega do s, prec isa mo s de u ma c o mbina ç ã o rec o r rente. Ao estimu la rmo s proj et o s , devemo s c o nstru ir u ma pla ta fo rma na c iona l d e polític a s pú blic a s qu e permita a c u lt u ra bra sileira no gerú ndio . Algo qu e s ustente su a c o ntinu ida de c o m a t ra nsferênc ia de tec nolo gia s e de proc esso s c ria tivo s. Só a ssim proj eto s serã o tra du zido s em diversida de e tra nsfo rma ç ã o c u ltu ra l.
S em ain da s a be r , a e c o no mia c riativa te m c omo mét odo : e nvolver p ara d es e nvolve r . A o bs e s s ã o hu ma na p elo d es e nvolvi me nt o deve a c a ba r em b reve . Aqu i lo qu e de s e nvolve se d is tan c ia e s e is ola no u nive rs o . É p rec is o
c ha ma r t odo s de volta ,
um a es p é c ie de re c a l l c u lt u ra l . Ao rever o s fu nda me nt os da c ria ç ã o , n o s envolve re mo s e m u m “ polive rso ” d e p rojet o s qu e nã o fo c a m a au to ria, e s i m a i nte rpret a ç ã o; p rojeto s qu e de i x a m t ra ns pa re nte o p ro c es s o c ria t ivo e s e a li me nt a m do c o n h ec im e nt o e m prát ic a , proj eto s q u e er ram a nte s de a c e rt a r! So nho meu . . . po de ser . Ma s o qu e s eria do “a lto ” se nã o ex istisse o “ baix o ”?
Simplesmente nã o seria
re c o nhec ido c o mo ta l. So nho s sã o c o ntra po nto pa ra a rea lida de. Aq u ele qu e nã o so nha nã o enx erga o qu e é rea l. Nã o há limites pa ra s o nha r , e melho r : so nha r nã o c u sta
A econom ia q ue i r á r evolucionar a s o ci e dade e as formas como nos rel acionamo s com a tecnolo g ia , com a nat ureza e com o próx i mo. na da !
* ESSE CONTEÚDO FOI EXTRAÍDO DO ARTIGO PÚBLICO LANÇADO EM 2011 PELO ARTICULADOR FABRÍCIO DACOSTA.
C R I AT I VO S DISSONANTES POR zank BOUTIQUE HOTEL
1 C O M P O R U M A E ST R U T U RA V I S UA L D E I M AG E N S E F RAG M E N TO S D E T E X TO S C O R R E L ATO S , E X T RA Í D O S DA P L ATA F O R M A D O C RI AT I VO S DISSONANTES.
D eve - se pensar a exist ê ncia de q uase - o b j etos e q uase - su j eitos em ve z de pensar em uma pura li b erdade da exist ê ncia h umana e em o b j etos práticos - inertes . N ão existe nature z a de um lado e sociedade de outro , as duas n ão constituem p ó los distintos . O s artefatos participam nos coletivos pensantes : da caneta ao aeroporto , dos alfa b etos à televisão , dos computadores aos sinais de trâ nsito . É preciso perce b er as grandes m áq uinas h í b ridas constituídas de pedras e h umanos , tinta e papel , palavras e estradas de ferro , redes telef ô nicas e
1
computadores
Te c n olo g ia e s u bj et iva ç ã o : a q u e s t ã o d a a g ên c ia - Ros a n a M ed ei ros d e O livei ra
1
2 M ú s ic a pa ra c o gu m elo s - J O H N
C A G E / / Tra du çã o
2 S e voc ê n ão tem o instrumento de percussão re q uisitado , voc ê pode su b stituí - lo por q ual q uer coisa
THAÍS ME DE IR O S
3 A m b os , h omens e Vampy roteut h es , estamos enga jados contra o es q uecimento , essa tend ê ncia fundamental da nature z a . A m b os arma z enamos e transmitimos informaç õ es ad q uiridas . A m b os somos seres h istó ricos . em b ora este jamos am b os enga jados na mem ó ria , n ão o somos no mesmo tipo de mem ó ria , nem utili z amos os mesmos métodos para arma z enar dados nela . esta diferen ça é decisiva .
O S TEXTOS C OMP LETOS C ITA DO S A Q U I POD EM SER L I DOS EM C RI ATI VOS DIS S ONA NTES .C O M / B L O G PLATAFORMA DE C ONTE Ú DO S DO PR O J E TO C RIATI VOS D I S S ON A N T E S .
4 A s id E ias n ão v ê m necessariamente
estar completa na ca b e ça antes
3
q ue a pr ó xima se forme .
PARÁGRA FO S SO B RE AR TE C O NCE ITU AL - Sol Lew it t
mas uma ideia deve necessariamente
4
partir em dire ç õ es inesperadas ,
Va mpy ro teuth is I nf e rn alis – Vilém F lu s ser e L o u is Be c / / t ra du ç ã o : D a n iel P . P . da C o s t a
em uma se q u ê ncia l ó gica . P odem
Parto do princípio que tod
nas artes ou na moda, é se
As ideias e as imagens se co
memórias , referências, pe Sem sequência lógica, abr
em fade in e fade out, em qu
do nosso corpo, alma ou p
são palavras, ora as palav
“ M ay b e fa s h i o n a n d c i n e m a h a d s o m e t h i n g i n c o m m o n ” W i M W e n d e r s
do processo criativo,
empre um processo de troca.
onfiguram misturando
esquisas e desejos. indo e fechando
ualquer lugar da tela
pensamento. Ora as imagens
vras são imagens.
Q ua n d o m e r e f i ro a t ro cas o u Às t ro cas , m e r e f i ro a u m a c o n s ta n t e
COMO UM(A) PIPA CUJA RABIOLA
a l i m e n tação e ox i g e n ação d o s va lo r es es t é t i c o s e m o r a i s .
RABISCA O CÉU, OS INSIGHTS DEVEM SER CONDUZIDOS PELO
U m p o u c o d e s u bv e r s ão é s e m p r e s au dáv e l !
FIO QUE O LIGA À TERRA. O VENTO QUE É O FATOR DA NATUREZA, IMPRESCINDÍVEL Sob o meu p onto de vista, moda,
E IMPREVISÍVEL, DEVE SER
arte e literatura
p odem e devem
borrar as suas fronteiras.
CURTIDO EM TODOS OS SEUS SABORES, CHEIROS
Quanto a mim, no meio da minha trajetória, tive a felicidade de enc ontrar K arll a Girot to,
E TEMPERATURAS. MAS É PRECISO FICAR ATENTO... SENÃO O VENTO LEVA...!
que o cupa aqui uma outra página e a quem dedic o estas viagens!
Outra
pa r t e f u n d a m e n ta l d e t o d o s o s p r o c e s s o s d e
c r i ação é es ta r at e n t o ao e n t o r n o. Já d i r i a L ac ro i x : a s r u a s s ã o p e r i g o s a m e n t e c r i at i va s ! ! !
Esta estratégia é c omprovada nos mais diversos estilistas, artistas e cineatas: Wim Wenders quand o fal a de Yohji Yamamoto 1 , nos trabalhos de Ricard o Tisci
DEPENDEND O DA
para Givenchy, em Hélio Oiticica,
NOSSA HISTÓRIA OU
Jorge Luis Borges, Haruki Murak ami, K azuo Ohno, Waly Salomão, Vanessa Beecrof t, entre tantos que gerariam assuntos suficienteS para teses de livre d o cência .
C U LT U R A , O P E R A Ç Õ E S C R I A T I VA S A C O N T E C E M MAGRITIANAMENTE OU EM U M E S TA L O D E H A I C A I . N O S S O C O N T E X T O C U LT U R A L DETERMINA ESTES MÉTOD OS. É S A U D ÁV E L Q U E M E S M O E S T E S M É T O D O S C R I AT I V O S S E JAM R E VI SAD O S
1 D o c u m e n ta r i o I d e n t i da d e d e n ó s m es m o s , W i M W e n d e r s , a n o 1 9 8 9.
C O N S TA N T E M E N T E PA R A Q U E NÃO CAIAM EM UMA ZONA D E C O N F O R TO, C O N H EC I DA E N T R E O S A R T I S TA S C O M O
O
A P AV O R A N T E L I M B O C R I A T I V O .
C R I AT I VO S DISSONANTES POR T E AT R O CASTRO A LV E S
C R I AT I VO S DISSONANTES POR AP303
N ã O
“ I nspira ç ão é b á sico , co m posto de 1 0 0 % acr í lico de q ualidade superior . ”
Campanha Aslan Trends
A pri me i ra pe ç a pro du zida a pa rt i r de t oda a c o nc eitu a ç ã o do Ge ne ra t o r ( s oft wa re desenvolvido em 2 0 0 8 / 2 0 0 9 de defo rma ç ã o a lea tó ria de modela ge ns ) me a presento u u m c e ná rio mu it o novo e ú nic o ; u m flu x o c ria t ivo ex t re ma mente flu ido e velo z, a nã o- ne c e s s idade de c o nhec imento s a pro fu nda do s e m mo dela gem pa ra se pro du z i r u ma rou pa , u ma reflex ã o qu e bu sc a c a minho s o po sto s aos tra dic io nais na c a deia pro dut iva da mo da , e a po ssibilida de de tornar ú teis e fa c ilita do res ‘o bj etos’ que mu ita vezes tememo s e evita m os; o er ro e o a c a so . Tema s de j á alguns estu do s e pu blic a ç õ es, o qu e me enc a nta no er ro e no a c a so é me nos o c a minho qu e enc o ntrei pa ra me u pró prio pro c esso c ria tivo , mas mais o po tenc ia l qu e a pro po sta te m para a edu c a ç ã o em á rea s c ria tiva s e em fo rma s de a bo rda r a “ideia”de ma neira leve e desprovida de re ce ios e hesita ç õ es.
i mprovável i m a gem do s profis s ionais na s á rea s c ria tiva s ( o u de o u t ra s á re a s, c o mo ex a t a s , biologic a s , etc , ) sendo fre qu e nte me nte pre e nc hido s po r c o mplet o pela i ns pira ç ã o , c o m solu ç õ es
o c a sio na l. O a c a so , poré m, be m pode
i ni ma gi náve is s u rgi ndo c o mo má gic a
fu nc io na r c o mo mo to r criat ivo quando
pa ra de s e nha r t odo s o s pa ra digma s
u tiliza do de ma neira organizada e
profis s ionais e c riativo s nã o é ra ra
visto c o mo tra ba lho q uas e que braçal,
no i ma gi ná rio do o bserva do r , ma s u m
de tenta tiva s e er ro s, prát icas e
eve nt o de e s c a s s a a pa riç ã o pa ra qu em
desc o berta s. D e fo rma quase he rmét ica,
a po de ria ex e rc ê - la. A c ria tivida de,
po rém desc rita de fo rma muit o
no e nt a nt o, ra ra me n te é a inspira ç ã o
bem hu mo ra da e intere ssante , e s se pro c esso fo i ex plic a do e re ce be u regra s pelo movimento conce it ualis t a em mea do s do séc u lo XX. De s de e nt ão u ma série de c ria do res , cie nte s ou não desta delimita ç ã o po r art ist as como Sol LeWitt (e seu dive rt ido “Se nte nce s o n Co nc eptu a l A rt”), se vale m do er ro e da so rte, a sso ciados a uma o rga niza ç ã o pro c essu al, para alcançar u m flu x o c ria tivo ú nico. A pro po sta do genera tor para o últ imo w o rksho p integra nte do Criat ivos D isso na ntes, du ra nte os dias 6 e 7 de dezembro de 2012, part iu de ssa po ssibilida de, de a c re dit ar que a
c riativida de nã o é ex clu s iva de q u em rec e be o do m, qu a s e qu e divino d e alg uma forma , de ma te ria li z a r in s p iraç õ e s . Cria r , na maior parte
er a disso nâ nc ia c o mo pont o
d as veze s , é re s u lt a do de u m
c entra l de u m proj eto de proce ssos
p ro c es s o prát ic o e ex a u s t ivo de se
c ria tivo s é rec o nhec e r a pluralidade ,
extrair o má x i mo ( fre qu e nte me nte
tra nsversa lida de e a mplit ude do
d ep o is re du z ido a o mel hor mí nimo )
qu e c ha ma mo s de ‘c riação’, ‘de s ign’
d e u m a m a té ria ou ide ia . E c omo
e ‘a rte’, e entender a aus ê ncia de
exp ectat iva pa ra o s do is dia s de
limites cla ro s e definidos e nt re e s te s
trab alh o, c o ns e gu i r c o mpa rt i l h a r
c a mpo s. É c o mpreende r o valor da
c o m o g ru po o pe ns a r na c ria t ivida de
c resc ente tra nsdisc iplinaridade e da
c o m o n ão ex clu s iva da s á re a s qu e
flex ibiliza ç ã o de c o nce it os ace rca do
n o m alm en te t oma mo s c o mo c ria tiva s e a
qu e, du ra nte ta nto te mpo, foi te nt ado
plurific a ç ã o do i mpu ls o c ria t ivo pelo
c o nter em espa ç o s muit o be m de finidos
recon h ecimento do erro / acaso como possi b ilidade de geração de evolu ç õ es estéticas e progresso processual .
c o m prec eito s e leis de finidoras. Pensa ndo so bre esta d is sonância, c hega mo s a a lgu ma s out ras palavras qu e devem leva nta r ainda out ras reflex õ es e ex erc íc ios fut uros para este gru po , qu e de 3 ou 4 ou 5, c o nsegu iu a lc a nç a r o B ras il inte iro, sem limites de c o nten ção.
de vestido, blusa; de blusa, saia;
P R esultado
da y 1
C
de resto, tecido. de igual, Ăşnico.
P AR
TE 1
AD E RN O
la B 5
C riativos
D issonantes
2012
3 moldes básicos, com de-
formações aleatórias
estudantes , astrologos , perfor m ers , atores , modelados por designers, artistas, modelistas,
professores ,
o zipper em papel, o primeiro retalho
de tudo , criadores .
alar de costura, o furo de agulha,
aci m a
o molde sem direção, o primeiro ped
em loop, o overlock-ventura.
formulas projetuais
la B 5
P AR R esultado
da y 2
TE 2
C riativos
D issonantes
2012
Ca D E RNo
Pa rtic ipa r de u m grupo a bsolu ta mente hete rogê ne o t rouxe inena r rável enrique cime nt o pa ra a pro po sta inicial. O que , a princ ípio , a pa re nt ava se r um w o rksho p de mo delage m de roupas, se tra nsfo rmo u em um works hop de mo dela gem de ide ias , das mais va ria da s, qu e foram t rabalhadas, a pesa r do c u rto prazo, e m u ma c o nso nâ nc ia de inte re s se s em tro c a s de c o nhe cime nt os a mpla mente plu rais.
P AR TE 2 Ca D E RNo Um c a derno de a ltera ç õ es de su perfíc ie têx til, u m j o go esta mpa ria em mo tivo s tro picais, ima geific a ç õ es de ma pa s a strais tempo rais e pesso ais, u ma rece it a pa ra j a nta res a lea tó rio s, u ma meto dolo gia pa ra mo dific a ç ã o
de mo dela gens de roupas, de nt re ta nto s o u tro s, o bj et ificados e desenvolvido s o u não, fo ra m a pena s a lgu mas das propost as leva nta da s neste inte rvalo de te mpo qu e to mo u a pa rtic ipação como o bj eto essenc ia l pa ra um melhor proveito do s flu x o s criat ivos e dis-so nâ nc ia c ria t iva.
2 C O M P O R U M A E ST R U T U RA V I S UA L D E I M AG E N S E F RAG M E N TO S D E T E X TO S C O R R E L ATO S , E X T RA Í D O S DA P L ATA F O R M A D O C RI AT I VO S DISSONANTES.
1 S e a bandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum for ú til ; se n ão se deixa guiar pela su b missão à s ideias dominantes e aos poderes esta b elecidos for ú til ; se b uscar compreender a significação do mundo , da cultura , da h istó ria for ú til ; se con h ecer o sentido das criaç õ es h umanas nas artes , nas ci ê ncias e na política for ú til ; se dar a cada um de n ó s e à nossa sociedade os meios para serem conscientes de si e de suas aç õ es numa prática q ue dese ja a li b erdade e a felicidade para todos for ú til , então podemos di z er q ue a F ilosofia é o mais ú til de todos os sa b eres de q ue os seres h umanos são capa z es .
1 C o nvite à Filo s o fia – Ma ri len a Ch a uí
2 P odemos o b servar no Vampy roteut h is q ue a programação das informaç õ es pode dispensar aparel h os . O pr ó prio organismo pode passar a funcionar como aparel h o . O funcionamento aparel h ístico pode ser “ integrado ” . O comportamento aparel h ístico pode “ superar os aparel h os ” . P ode surgir o totalitarismo de aparel h os integrados , portanto invisíveis e imperceptíveis , como a massa gelatinosa do Vampy roteut h is . A contemplação da arte vampy rot ê ut h ica evita pois q ue glorifi q uemos a arte total , o artificial , o artifício , a artiman h a . Que evitemos todo romantismo . P or q ue o Vampy roteut h is ilustra a ess ê ncia do romantismo : o inferno .
2 Vampy rote u th is In f e rn a lis – Vilé m F lu s s e r e L o u is Be c / / t ra d u ç ã o : D a n iel P. P. d a Cos ta
3 Toda representação da pele sup õ e um percurso entre nature z a e cultura com configuraç õ es pr ó prias . S e como limite do corpo a pele sanciona a sua integridade , como lugar de desfiguração e metamorfose ela l h e su btrai tal inteire z a e devolve - o ao informe . C omo invó lucro , a pele explicita uma din â mica entre superfície e profundidade ao aceitar e acompan h ar , ao mesmo tempo , relevos e depress õ es .
ME TA MOR F OS E D O C ORP O - S tella S e n ra
3 OS T E X TOS C OM P L E TOS C I TA D OS A Q UI P OD E M S E R L I D OS E M C RI AT I VO S DIS S O N A N T E S. COM/BLOG
P L ATA F ORM A D E C ON T E ÚD OS D O P ROJ E TO C RI ATIVO S DISSO NANTE S.
B R E CHA BRECHA
E la b oração artística so b re
o h omem
e a sociedade contemporâ nea
T r ata da t e n s ão p e r m a n e n t e q u e s e e s ta b e l ec e e n t r e a s at ua l i z aç õ e s v i ta i s , p u l s i o n a i s , c r i at i va s e a s f i x a ç õ e s s o c i a i s , t e n d o c o m o i n t e r fa c e o c o r p o, s ua r e p r e s e n taç ão s i m b ó l i c a e p e r f o r m at i v i da d e .
Esse tra ba lho delineia do is ter ritó rio s distinto s: em u m, c o nfro nta o ho mem c o m su a s dema nda s so c iais e su a presenç a no mu ndo , e em o u tro , pro põ e esta do s de inérc ia e repo u so c o mo respo sta a rtístic a a essa s dema nda s. Po r presenç a va mo s no mina r o c o rpo e su a s representa ç õ es simbólic a s. E nã o so mente o c o rpo -eu , pesso a l e elemento so c ia l, ma s ta mbém o c o rpo o u tro , a lterida de.
No cor pulsant e pa s ser a trans perfor enun
r p o - e u, o t e , o at i vo sível de a f e ta d o, for mad o, m at i z a d o, nciad O.
A presenç a está su j eita ta nto à a ç ã o , entendida a qu i
A s u bjet ivida de e m
c o mo ma nifesta ç ã o de u ma
c o n s tan te a t u a li z a ç ã o .
a fec ç ã o e, a o mesmo tempo ,
N o c o rp o - ou t ro , a lte rida de ,
ex periênc ia e pro du ç ã o ,
o f o ra q u e ha bit a c a da u m,
c o mo ta mbém à esta gna ç ã o ,
p arte e t o do de c ons t ru ç õ e s
c a ptu ra e mu tila ç ã o do
e en u n c ia ç õe s , i nte ns ida de s
sensível , for ça reacion á ria q ue b lo q ueia
e in ter ro ga ç õe s .
a passagem de afetos e afec ç õ es ,
A p res en ç a no mu ndo nã o
impedindo os fluxos q ue produ z em
d iz res pe it o s o me nte à
vida criativa .
m atéria pe rc e bida pela vis ão , m a s a t oda c o ns t ru ç ã o d e p res e nç a qu e s e dá a p artir d o i nvis ível , de t u do q ue n ão pode s e r vis t o o u o uvid o , e me rgi ndo novo s ac o n tec i me nt os e ge ra ndo n ovo s c a mpos de forç a .
A sociedade contemporânea c o m s e u s i m p e r at i vo s d e c o n s u m o e m a pa s d e v i d a d e s c a r táv e i s evidenc ia a esta gna ç ã o c o mo proce s so perma nente. O qu e, nu ma so c ieda de idea l, s e ria tempo de pa ssa gem e estra nhame nt o, grávido de po ssibilida des e princípios vitais, to rna -se esva zia mento e falt a
d e s en tido pela re pet iç ã o s is tema tiza da e n o rm at i z a da de re gra s e va lores. Para o p e ra r ne s s a fre qu ê nc ia , perversa e m u tila do ra , o s me c a nis mo s de a ç ã o dessa s o c ied ad e a ne s te s ia m, pa ra lis am to rna -se
repetição s i s t e m at i z a da e n o r m at i z a da de regras e va l o r e s .
esvaziam e nt o e fa lt a de s e nt id o pela
Pa r a operar
nessa fre q u ê ncia , perversa e mutiladora , os mecanismos de ação dessa sociedade anestesiam ,
paralisam e condicionam a presen ça . Esta gna m-se pro c esso s e flu x o s vitais, despo tenc ia liza ndo a vida e a c ria ç ã o . Nesse pa no ra ma nã o haveria , entã o , emergênc ia s po ssíveis de su bj etivida de, po rqu e esta s estã o po r demais ex po sta s à s esc a la s de pa drã o e no rma tiza ç ã o qu e c o ngela o s devires mino ritá rio s pertenc entes à esc a la do a c o ntec imento , da emergênc ia de nova s po tênc ia s.
Temo s, entã o , a s segu intes situ a ç õ es: o devir maj o ritá rio , a dequ a do à no rma , à regra e a o s sistema s de c o ntrole, e o devir mino ritá rio , da o rdem da va ria ç ã o , da diferenc ia ç ã o e da tra nsfo rma ç ã o , a linha do , po rta nto , a o c o nsta nte flu x o de pro c esso s e a tu a liza ç õ es vitais e c ria tiva s. Há qu e se c o nsidera r , ainda , qu e o primeiro é da esc a la o bj etiva do mu ndo , visível, ma teria l e pa lpável e o segu ndo , da esc a la su bj etiva , molec u la r , imperc eptível.
N esse sentido , os acontecimentos da escala do devi r mino ritá rio , qu e
c a pita l e c o nsu mo – e não só
tê m rela ç ã o íntima c o m a
po r ele. Tu do isso para que as
s u bj et ivida de e fa z na sc erem
vida s, em su a s ex periê ncias
nova s fo rç as e po tênc ia s
c o tidia na s, nã o se
de a ç ã o , s ã o c o ngela do s
esta beleç a m em su a ple nit ude ,
e t ra ns fo rm a do s em devir
em su a po tênc ia má x i ma de
maj o rit á rio , po r meio de
a c o ntec imento , esta g nando e
ope ra ç õe s de maj o ra ç ã o
esta nc a ndo seu flu x o e sua
pa u t a da s pelo sistema de
pu lsã o vita l.
BRE CHA,
po r meio de fer ra menta s e estra tégia s pró pria s, c o ngela e ex plic ita a lgu ns desses mec a nismo s, ex po ndo , ainda , qu e o ho mem tem po tenc ia lmente u m devir meno r qu e o permitiria esc a pa r a o pa drã o maj o ritá rio . O qu e interessa , princ ipa lmente, é a vida c o tidia na do ho mem de u m tipo genéric o , na da singu la r , qu e po de ser
o vizin ho , o pa de i ro, o profe s so r , o tio , o t ra ns e u nte , o fu nc ioná rio d e es c rit o rio . As f er ram e nt a s e e s t ra té gia s fo ra m c o n c ebida s a fi m de c ria r u m ritmo p ró p rio , da ndo u m t ra t a me nt o meno r a elem en t o s do devi r maio r e , a ssim, p reten d e fa z e r e me rgi r forç a s meno res em ativida de s a nte s i mpe ns áveis o u in s u s pe it a da s po r me io de b rec ha s, rac h ad ura s , re ais ou met a fóric a s. Cria c erta ana lo gia c om a na t u re z a viva en c o n tra da e m bre c ha s e ra c ha d u ra s d e c alç a da s e c i me nt os , a pa re ntemente g eraç ão e s pont â ne a de vida e m esta do b ruto q u e , e m re s is tê nc ia s i le n c io sa , ir ro m p e e pe rma ne c e .
Há d e s e c ita r ai nda a i mport â nc ia
da ma téria à a ltera ç ã o de seu esta do
d o rep o u s o e da i né rc ia na s
e respo nsável po r c o nserva r u m c o rpo
f er ram en tas e e s t ra té gia s c o mo
em seu esta do de movimento .
op eraç õ es d e re a ç ã o à e s t a gna ç ã o,
Pa ra Brec ha , esta r em repo u so
tru c an d o e prete nde ndo u ma pos s ível
e em inérc ia é resistir e desc a r rila r
imo bilid ad e a t iva , vis t o qu e ,
a esta gna ç ã o . Retira -se a estru tu ra
n a fís ic a, iné rc ia é a re s is tê nc ia
e dispa ra -se a va ria ç ã o e a s intensida des. “ N ada é mais pertur bador q ue os movimentos incessantes do q ue parece im ó vel ”, G . D eleu z e .
Estra tégia 1 S ono
Do rmir so bre u m c olc hã o d e c imento , ta ma nho c a sa l, co m travesseiro s de c imento
Estra tégia 2 C h inelo / M undo
b o rda do s c o m meta l. Perfo rma nc e no espa ç o ex po sitivo , tempo rea l (u ma n o ite).
Re gis t ro fo t o gráfic o de pe rforma nc e produ z ida c o m t ra ns e u nte s de u ma ru a qu a lqu e r , onde fora m insta la do s na c a lç a da a lç a s de u m c hinelo ,
Estra tégia 3 V E ST I D O / M U R O
u t i li z a ndo o c o nc ret o c o mo a
Registro fo to gráfico de
ba s e do c hi nelo .
perfo rma nc e instalada e m
Po de - s e re pet i r a e s t ra tégia
u ma ru a qu a lqu er, num muro
no e s pa ç o ex po s it ivo.
de pedra s c o m plant as que
Estra tégia 4 B OTÃO / PA R E D E Re gis t ro fo t o gráfic o de pe rfo rma nc e qu e insta la 2 bo t õ e s de pu nh o de c a misa em u ma pa re de qu alqu er e a bo to a o s pu nhos do s tra nseu ntes, i mobi li z a ndo- o s. Po de-se
na sc era m a lea to riame nte , no qu a l se a brirá o re corte de um vestido . O tra nseunte é c o nvida do a se e ncaixar e “vestir ” o mu ro .
Estra tégia 5 B OTÃO / PA R E D E 2
re pet i r a e s t ra tégia no espa ç o ex po s it ivo .
Registro fot ográfico de pe rforma
na pa rede de um pré dio de e s cri
imo biliz ando-os. Pode -s e re pet i
Estra tégia 6
b olsa / mundo Uti li z a ra c ha du ra s produ z ida s p ela a ç ã o do te mpo e ale a t oria me nte e m c a lç a da s e via s pú blic a s t ra ns fo rma n do -a s em a be rt u ra s de bols a . Insere zíp e r , a lç a s e a c e s s ó rio s típ ic o s de s s e o bj et o . A aç ã o / p erfo rma nc e c o ns is te e m
Estra tégia 7 T RAV E S S E I R O / P E D RA
c arre ga r a bols a / mu ndo a o m es mo te mpo e m qu e i mo biliza
D esenha r c o m giz numa calçada
o c a r re ga dor no c hã o .
qu a lqu er u m colchão, lo c a liza r u ma pe dra no lugar o nde seria o t rave sse iro, e
Estra tégia 8 N AT U R E Z A / P E D RA Sé rie fot o gráfic a de c a lç a da s, mu ros , pa re de s , a sfa lto s e via s pú blic a s o nde a na tu reza e nc o nt rou bre c ha s e ra c ha du ra s e , a de s pe it o da a ridez, bro to u vida .
permitir qu e t rans e unte s deitem. Po de-se repet ir a e st raté gia no espa ç o expos it ivo.
Estra tégia 9 PREENCHENDO RAC H A D U RA S COM OURO
/a s f o t o s s ã o r a s c u n h o s d e p r o j e t o e não necessariamente definem
Série fot ográfica de c a lç a da s , muros , pare de s , a sfa lto s e vias públicas
o trabalho final.
em qu e a art ist a faz uso de bu ra cos, bre chas e
a n ce que ins tala 3 b o t õe s de te rno e m u ma e squ ina ,
ra c ha du ras ale at órias e
it ó rios q ualq uer e ab o t o a o s te rno s do s t ra nseu ntes,
preex iste nte s para
i r a e straté g ia n o es p a ç o ex po s it ivo.
preenc hi me nt o com ouro.
Estra
R eflex 천es sobre o U pcycling I ndustr ial como
forma
de
fazer
roupas
eflex 천es sobre pcycling ndustr
LAB1 Criativos Dissonantes 2012
A lgu m dia u m m aluco teve a id é ia
de empilha r u m mo nte de c a madas de tec ido s, c olo c a r u m molde em cima e c o rta r segu indo o molde todos os tec ido s de u ma vez. A c o nfec ç ã o indu stria liza da como a gente a c o nhec e nã o ex istiu s e mpre , a s ro u pa s era m feita s so b me dida, por c o stu reiro s e a lfaia tes. A c onfe cção indu stria liza da fo i u ma nova forma de fa zer ro u pa s. Em 2010, c a minhava pelo leste de Lo ndres, qu a ndo de repente vi nu ma
Quando caminhava indo e mbora s e nt i uma mist ura de
vit rina du ma loj a
sen t ime nt os .
vá ria s ro u pa s feita s
Po r um lado, uma
de ro u p a s, levei u m s u s t o, is t o é o qu e fa ç o no proj et o I N. USE desde 2 0 0 8 e nu nc a tinha visto u ma loj a e s pe c ia liza da em c ome rc ia li z a r e s te tipo de produ t os . E nt re i na loj a , provei pe ç a s , c o mpre i u ma , c o nversei c o m o ve nde do r , fu i no a telier . D esc o bri q u e fa z ia m is t o de s de 1 995.
c erta f rust ração por ver u m projet o similar ao meu na ru a, já andando há ta nto s a no s, e u me achando tã o o rigina l f aze ndo roupas de ro u pa s… Ma s por out ro lado, sentia u ma ex c itação por ve r um proj eto simila r a o m e u num e s t agio bem mais ava nç a do , deu um ânimo bom.
C o m esta m istura de senti m entos
o u pcycling I ndu stria l (c omo c ha ma mo s na I N. USE a o a to de fa zer ro u pa s de ro u pa s em e s cala indu stria l), nã o é u ma idé ia e m s i, de u ma ma rc a , é u ma fo rma de faze r
e pensa m entosro u pa s. Uma fo rma qu e hoj e é nova, cheguei a
ma s tã o nova qu a nto fo i a confe cção indu stria liza da no s seu s primórdios . É u m sistema de fa zer ro u p as ,
conclusão q uepa ra lelo e a lterna tivo a o hoje
tra dic io na l, e qu e c o bra se nt ido no pa no ra ma de c rise do m e rcado de mo da a tu a l. A pa rtir de da do s levant ados na Abit, c hega mo s a alguns nú mero s. O Bra sil produz a nu a lmente u ma media de 9,8 bilhõ es de peç a s, de st as 5% sã o pa ra ex po rta ç ão, ficam no merc a do bra sileiro 9,32 bilhõ es. Pela ex periênc ia trabalhando em ma rc a s de mo da, s abe mos que 75% de sello u t é uma me dia boa de venda de c oleç ão no varejo. D o resta nte 25%, uns 20% sã o vendido s na liquidação, e o resto 5% é u ma s obra a mo rtiza da . Algo as sim como dizer qu e se vo c ê que r ve nde r 7 peç a s e meio vo cê vai te r qu e c o mpra r 10. Cruzando e s t as po rc enta gens do varejo com os da do s na indu stria, pode mos c o nclu ir qu e pa ra os ne gócios fu nc io na rem, 686 m ilhõe s de peç a s so bra m po r ano no varejo.
P ara onde vai toda essa sobra ? É claro q u e nã o t o da a rou pa , jo ga da n o lixo , o u i nc i ne ra da , o u a rma zena da , m u itas pe ç a s a li me nt a m me rc a d o s altern ativos po r ex e mplo de s ac oleira s Bras il d e nt ro o nde a s pe ç a s ga nha m um a n ova c ha nc e de ve nda . M a s ainda s ão m uit a s … .
Nã o nega mo s o sistema tra dic io nal, no s a lia mo s a ele e nu ma rela ç ã o de simbio se c o m a indú stria , u tilizamos c o mo ma téria prima esta s peç a s pa ra da s no s esto qu es da s fa bric as / ma rc a s (peç a s, tec ido s, avia mentos), limpa ndo e da ndo lu c ro a s indu strias . D esenvolver o c o nc eito de Política Na c io na l de Resídu o s Sólido s (P N R S)
Falamos em Evolução e não Revolução.
Pesso a lmente, pro po nho fa zer de s e nvolvime nt o de pro du to (qu e é o qu e o s e st ilis t as faze mos dentro do sistema tra dic io nal), s ó que rec icla ndo “resídu o s” da indus t rial têxt il e de c o nfec ç ã o , pa ssa ndo a olh ar e s te mate rial c o mo ma téria prima .
S obre o do empíric o , se fa z m é todo deÉc oummaméto s mã o s na ma ssa , c o m mã o s pensa ndo . O tra ba lho cria ç ão :ac os meç a c o m u ma o fic ina de
É u m méto d o de exaus t ão, pa ra c hegarmos ao pont o de da r u m novo s ignificado a u ma peç a que já te m um
mo u la ge c ria tivo o nde se
signific a d o t ão de finido,
c o meç a m bu sc a ndo a s mu ita s
a desc o nstrução dos
o u tra s po ssibilida des qu e
c o nhec ime nt os que
ex istem de vestir u ma peç a sem
c a r rega mos como axiomas
c o rtá -la , sem tra nsfo rmá -la , se
so bre a modelage m e
restringindo c o mpleta mente a
c o nstru ç ã o de pe ças, te m
fo rma qu e ela tem, a mo dela gem,
qu e ser radical.
a s c o stu ra s, a estru tu ra : D esign po r Restriç ã o .
Para c h eg ar n o po nt o de pe ns a r c om o corp o , p rec is am o s da r u m nó no c é re bro , d esorien tá- lo , d e s a rt ic u lá - lo. E a s s i m qu e ao des c o n textuali z a r u ma pe ç a da s u a fu nç ã o orig in al, exp erim e nt a ndo c o m e ns aio e er ro , começ am a s urg ir pos s i bi lida de s i ni magináveis racio n alm en te.
Quando cortar cobra sentido p o rq u e o u t ra forma
S obre o m é todo de pilotage m :
Ago ra qu e temo s u ma idé ia e s boçada de u ma peç a , prec isa mos baixá-la à c ome ç a a a pa rec er
ter ra . Ou sej a : po r u m lado dar a ela
a p art i r da pe ç a o rigi na l , po demo s
u ma c a ra de ro u pa bo a, be m acabada
u s ar a te s ou ra . Agora o c o rte vai ser
e po r o u tro la do c ria r um proce sso
d irec iona do , nã o a ns ios o e impu lsivo ,
pa ra qu e a mesma sej a re produzida
vai no s leva r a ou t ro e s t á g io , a nova s
indu stria lmente.
p o s s i bi lida de s .
E sta r rec icla ndo nã o q ue r dize r que
Des ta forma , e nt ra mo s nu m mo do de
a s ro u pa s qu e fa ç a mo s te nham um
g in ást ic a me nt a l , onde o c érebro de
a specto a rtesa na l e hippie . Para que
alo n ga , t a l c omo u m mú s c u lo , c hega ndo
o u pcycling indu stria l faça s e nt ido
m ais lo nge .
e tenha c o nsistênc ia ele te m que se r feito em esc a la e pa ra que possa se r feito em esc a la tem que se r comprado em esc a la , o u sej a c o mpre e ndido por mu ito s, o u melho r , desejado por muit os. Pa ra ser feito em esc ala ele pre cis a ser enc aix ável dentro dum proce sso indu stria l, pa ra isto elaboramos a rec eita c o m o s pa sso s a s e re m se guidos pa ra a pro du ç ã o em série . Pa rtindo da s peç a s a t ingidas no ex erc íc io empíric o de criação, a plic a mo s o pro c esso de Enge nharia Reversa , a través do qual analis amos a peç a c ria da de fo rm a livre , para a pa rtir dela fa zer u m produt o final
avia mento s, linha , etiqu eta s, presenc ia mo s o esta do da histó ria da indú stria têx til e de c o nfec ç ã o . Anos e s ua fic ha té c nic a . N e s te momento , voltam a ra z ã o e os c o nhe c i me n to s s o b re c o ns t ru ç ã o de pe ç a s . É a h o ra d e po r u m la do c o mpre e nd er e d ec o d ific a r o qu e a c o nte c e u no pa sso p révio ir ra c io na l e po r ou t ro la do , es c olh er o s mel hore s a c a ba me n to s e avio s , s e mpre a prove it a ndo a o má x imo as in f o rm a ç õe s qu e a pe ç a o rigina l j á c ar reg a, o c o nhe c i me nt o c o ngela do qu e ela tem . Q u a ndo o bs e rva mo s u ma peç a ,
de evolu ç ã o fic a m c o ngela do s nes sa peç a . P ro c u ra mo s a proveita r to do e s te c o nhec imento qu e ela c a r rega , e to da a energia qu e fo i u tiliza d a pa ra c o nfec c io ná -la . Co mo nu ma su c essã o , a nova peç a herda a s c a ra cterístic a s da peç a o rigina l , da su a ma téria prima .
Não descosturamos, cortamos, e só cortamos o mínimo necessário.
o tec id o , o s t i pos de a c a ba me nto s, m aq u in ário qu e fo i u t i li z a do,
S obre o m é todo de produ ç ão :
Co m a pilo to fina l na mã o e su a fic ha téc nic a c o m memo ria l desc ritivo ,
F or m ulas I N . U S E U pcycling I ndustrial .
c o m pa sso a pa sso deta lha do pa ra a repro du ç ã o em serie, fec ha mo s o pro c esso de Upcycling I ndu stria l.
3 C O M P O R U M A E ST R U T U RA V I S UA L D E I M AG E N S E F RAG M E N TO S D E T E X TO S C O R R E L ATO S , E X T RA Í D O S DA P L ATA F O R M A D O C RI AT I VO S D I S S O N A N T E S .
O plane jamento dinergético , é inclusivo “ e / e ” e n ão deixa de lan çar m ão dos instrumentos tradicionais de an á lise e plane jamento , mas se apropria deles em di á logo com outras disciplinas . São novos padr õ es de pensamento e ação . Ra z ão e intui ção . C i ê ncia e arte . I sto e aq uilo . L ado direito e es q uerdo do cére b ro . C oncreto e a b strato . Tangível e intangível . S ingularidade e diversidade . L inear e complexo . O s opostos
1
gerando o e q uilí b rio .
E co no mia C ria tiva e In ic ia tiva s S o c io c u lt u rais : E ne rgia e D ine rgia p a ra e m p re e n d er d e f orm a s us ten tável - Mi n om Pi n h o
1
2
O Vampy roteut h is n ão é provocado por o b j etos . O seu interesse existencial n ão é desviado pelos o b j etos : dirige - se sempre rumo ao outro . A sua atividade criadora , pela q ual vai ele arma z enando viv ê ncias ad q uiridas , transpassa os o b j etos e se dirige rumo ao outro .
3
a su b j etividade é fruto de um agenciamento social m ú ltiplo , e n ão h á por q ue separar h omem e m áq uina . A relação do h umano com a matéria - com a nature z a , com os o b j etos , com as m áq uinas é uma relação n ão de formatação , mas de acoplamento , de composi ção . O campo de su b j etivação é constitutivo tanto do su j eito -
3
o b j eto q uanto do meio .
Tecnologia e subjetivação: a q u e stão d a ag ênc ia - Ro s a n a M e de iro s de Olive ira
Va m py rote uth is In f erna lis – Vilém F lu ss er e Lo u is Be c / / t ra d u ç ã o : D a n iel P . P . da C o s t a
2 //4
4 Quando o h omem procura exprimir determinada viv ê ncia , q uando procura tornar audível o inaudito e visível o invisível , o fa z em fun ção de determinado o b j eto . N a articulação h umana , viv ê ncia e o b j eto são indissol ú veis um do outro . T udo q ue o h omem vivencia é vivenciado “ para ” um determinado o b j eto : para o m á rmore , para determinada língua falada ou escrita , para sons musicais , para a fita de celulose . E todo o b j eto q ue o h omem encontra no seu camin h o rumo à morte contém implicitamente as categorias q ue permitem articular determinadas viv ê ncias : determinado sentimento , pensamento , valor , dese j o .
5 Co -cria çã o em 11 “ advérbios” Andre Tora les
5
E ste cara falou : “ n ão importa q uem voc ê se ja , a maioria das pessoas mais inteligentes tra bal h am em outro lugar ” .
6 A a lterm od ern id a d e d e Nic ola s B our ria ud - R ic a rd o Na s c i m en to Fa b b ri n i
6
É verdade q ue , segundo Bourriaud , a arte contemporâ nea q uestiona j ustamente a ideia de “ sintaxe da forma artística ” q ue vigorou no período das vanguardas , pois “[ ...] n ão se trataria mais de gerar sentido através de signos representados ” , mas “ de produ z ir relaç õ es com o mundo ”
OS T E X TOS C OM P L E TOS C I TA D OS A Q UI PO D E M S E R L I D OS E M CRI AT I VO S DIS S O N A N T E S . CO M / B L O G PL ATA F ORM A D E C ON T E ÚD OS D O P ROJ E TO C RI AT I VOS D I S S ON A NTE S.
C R I AT I VO S DISSONANTES POR PEREIRA
C R I AT I VO S DISSONANTES POR SENAI/FIEB
O movimento pa ra a primeira ediç ã o da revista Vit a mi na se deu a través da c o nflu ênc ia do s proc e s s os desenvolvido s no c iclo de la bo ra tó rio s do Cria tivo s D isso na ntes em 2012 e s u a s ex pe riê nc ia s dec o r rentes qu e se drebru ç a ra m e m obs e rva r u m desenho mu ta nte e tra nsgresso r do s s is te ma s t ra dic io nais de pensa r o fa zer , o ensino , a s didát ic a s e c ons e q u entemente a rela ç ã o de novo s ter ritó rio s e nt re o de s ign, a rte c o ntempo râ nea e o u tro s seto res c ria t ivo s qu e o feito r hoj e intera ge. A pa rt i r de ssa rela ç ã o , fo i po ssível c o nstru ir u m ma te ria l qu e fa la de si mesmo e u tiliza o s “ proc e sso s” c o mo mo tiva ç ã o de u ma ma triz de ex pe riênc ia s, tenta tiva s e a mbientes de estímu lo s c ria tivo s.
WWW. CRIATIVOS DISSO NANTES .COM
Pulve rizad o d e a ç õ e s c onve rge nte s q ue p en s am a p rodu ç ã o a rt ís t ic a e as pais ag en s lo c ais c omo e s t ru t u ra s tran svers ais d e de s e nvolvi me nt o e interc âm bio d e prát ic a s / te oria s art ístic as ran d ô mic a s , o s li mite s da arte , d es ig n e c ida de s ã o a propo s t a d e uma c arto g rafia de ex pe riê nc ia s
P reo c u pa do c o m o tempo e
p rovoc ativas e d e re pe rc u s s ã o qu e
espa ç o no trâ nsito , o Cria tivo s
se abre em d iálogo c o m i ndivídu o s
D isso na ntes, pro põ e u ma prolifera ç ã o
crít ic o s , ab arc ad o s pela pe rs pe ct iva
tra nsfro nteiriç a qu e c a mbia u ma
d e q ue ap en as a dive rs ida de ge ra
c o ntínu a a ltera ç ã o da no ç ã o
sing u larid ad e.
do s va lo res e signific a do s da a ç ã o . Su a ênfa se repo u sa so bre a c o mpa rtimenta liza ç ã o da a tivida de em detrimento da perspectiva , c o nsidera ndo a a tu a l ec o no mia de pro du ç ã o c ria tiva u tiliza a disso nâ nc ia de ex periênc ia s intelectu ais c o mo u ma metáfo ra pa ra o “tra ba lho ” e, de c erta fo rma ,
co m o u m a estrat é gia para deter m inar sua posi ç ão co m o u m co m plexo siste m a social , pol í tico e cultural .
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AUGUSTINA COMAS ORIENTADORA
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J U L I A VA L E ORIENTADORA
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FA B R I C I O D A C O S TA ORIENTADOR
PÁG 7 - PÁG 17
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AGRADECIMENTO ESPECIAL EQUIPE CENTRO TÉCNICO DO TEATRO CASTRO ALVES, EQUIPE ZANK HOTEL BOUTIQUE, MARIANA PIRES (EQUIPE PEREIRA), PHAEDRA BRASIL E ANALIVIA LESSA (CENTRO TÉCNICO DE DESIGN FIEB), EQUIPE MUSAS (MUSEU STREET ART DE SALVADOR) FAMÍLIAS E AMIGOS INVESTIDORES.
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