Gestão Hospitalar - Nº2_fevereiro_2005

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04 Editorial

Jorge Poole da Costa afirma no Editorial da GH que hospitais, doentes e profissionais de Saúde merecem o respeito dos políticos. Um recado a ser lido com atenção

06 Actualidade

o grupo farmacêutico Frenesius vai investir mais de 20 milhões de euros na nova fábrica da Labesfal. Mas há mais: a criação de uma nova unidade de antibióticos

12 Entrevista

António Correia de Campos foi entrevistado pela GH.

o homem que é considerado

por muitos como o futuro ministro da Saúde diz que os Administradores Hospitalares são essenciais no próximo Governo. Mas disse mais...

18 Legislativas

Fomos saber o que os partidos políticos pensam

~ -;;;=]

fazer, no sector da Saúde, na próxima legislatura. A conclusão fica entre uma mão vazia e outra cheia

[tj] C~Kll

de nada

26 Lazer &Prazer

A Montblanc cria objectos que deixam marcas eternas, apoiando-se na tradição, no luxo e na perfeição. O resultado está à vista: peças de grande qualidade, umas ao alcance de todos, outras nem por isso. Éver para saber

As associações de doentes vão dizer de sua justiça ES CO ~ A t ~ AC!ONAL

S At._,:;ç:;

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DE

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na GH, todos os meses. Arsisete Saraiva, presidente da Associação Nacional dos Doentes com Artrite Reumatóide (ANDAR) é quem escreve nesta edição. A bem dos doentes e dos hospitais

B 1 B L 1O T E C .;


terar o curso

Director da GH

hospitais, doentes e profissionais de Saúde merecem o respeito dos políticos. Um recado a ser lido com atenção

06 Actualidade

O grupo farmacêutico Frenesius vai investir mais de

recentemente, acentuada) das instituições em que

mito de Sísifo a propósito d e imensas

trabalham. É fundamental recriar uma d inâm ica

20 milhões de euros na nova fábrica da Labesfal.

coisas. O facto é que devo ter ficado

motivadora assente na conjugação de esforços dos

Mas há mais: a criação de uma nova unidade de

impressionado desde que, em tempos,

profissionais, no retomar dos conceitos de equipes

antibióticos

li a versão Camus do castigo e percebi

liderantes que reconduzam os hospitais na direcção

como as nossas vidas andam paredes meias com o

certa. Só assim recuperaremos uma cultura hospitalar

absurdo e com o facto de tudo o que fazemos, tarde

responsável, capaz de estabelecer metas, consensua-

ou cedo, ser desfeito, refeito e destruído, para depois

lizar procedimentos e de seleccionar as opções que a

recomeçar. H á quem diga que são os "ciclos", eu

escassez de meios impuser.

12 Entrevista

António Correia de Campos foi entrevistado pela GH. O homem que é considerado por muitos como o futuro ministro da Saúde diz que os

digo que é o castigo dos deuses. N a área da saúde temos tido excelentes exemplos desta teoria. Às

"Sim, e eu vi Sísifo em violento tormento, procurando subir uma pedra monstruosa com suas duas mãos." Homero, Odisseia

Jorge Poole da Costa afirma no Editorial da GH que

Tenho o hábito recorrente de citar o

Jorge Poole da Costa

04 Editorial

vezes, no entanto, torna-se imperioso alterar o curso das coisas.

3

Administradores Hospitalares são

A "Gestão Hospitalar" recomeçou. Numa altu-

essenciais no próximo Governo.

• ra em que até o nome levanta questões. Recen-

temente tem sido, de forma recorrente, posta em

t

Mas disse mais...

causa a especificidade da gestão hospitalar. Gerir é

2

Os hospitais portugueses entraram, mais uma

geri r, dize m alguns. Organizações d e m eios são

• vez, em período de exp ectativa. Estão habi-

organizações de m eios e a teo ria d e q ue existem

tuados, de há muito, a serem entendidos pelos polí-

regras próprias, instrumentos prefe renciais, q ues-

ticos como símbolos da interven ção e d a mudan ça.

tões de relevância social incontornáveis e exigências

A concretização dos projectos políticos para a saúde

particulares, é isso m esmo, e só, uma teoria. Por isso

passa inevitavelmente por alterações, m ais ou m enos

temos vindo a assistir à migração d e executivos de

profundas, na red e hospitalar portuguesa. Novas

todas as áreas para os hospitais. D esconhecedores do

leis d e ges tão hospitalar, novos estatutos, novos

sector, incapazes de se adaptar ao diálogo com os

agrup arµ entos de hosp itais, em centros ou grupos,

vários grupos pro fissionais, rapidam ente criam um

novos p rotago nistas.

foss o entre a administração e os serviços, com pro-

Se houve alturas em que era evidente o respeito

m etendo a evolução institucional necessária e a

pelas instituições e em que cada p roj ecto inovador

adaptação organizacional às novas exigências. M an-

era precedido por um estudo sério e p rofundo rela-

têm -se, enquanto a so mbra do poder político a que

tivamente à exequibilidad e e ao provável sucesso

prestam vassalagem lhes servir de refúgio.

18 Legislativas

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~c~K ll 26 Lazer & Prazer

4

O s hospitais, os doentes e os profissionais de saúd e

avaliação d o m andato d o seu sucessor, surpreen-

m erecem , antes de m ais, o respeito dos políticos. A

dente em mui tas afirmações, é, como de costu m e,

saúde é uma área dem asiad o séria para servir inte-

controverso e eloq uente. É imprescindível ler. ..

acessibilidade, a qualidade, a segurança. Os médicos,

conclusão fica entre uma mão vazia e outra cheia de nada

A Montblanc cria objectos que deixam marcas eter-

ção. O resultado está à vista: peças de grande qualidade, umas ao alcance de todos, outras nem por isso. Éver para saber

rentes às várias realidades sob re as quais se act uava.

resses que n ão os d os do entes, sacrifi cand o-se a

fazer, no sector da Saúde, na próxima legislatura. A

nas, apoiando-se na tradição, no luxo e na perfei-

da experiên cia, no passado recente assistiu-se a uma série de mudanças cegas, imediatas, globais, indife -

Fomos saber o que os partidos políticos pensam

N este nú mero temos uma excelente en trevista

• com o Prof. C orreia de Campos. Gen eroso na

28 Testemunho

As associações de doentes vão dizer de sua justiça na GH, todos os meses. Arsisete Saraiva, presidente da Associação Nacional dos Doentes com Artrite

os en fermeiros e os restantes técnicos hosp italares

Reumatóide (ANDAR) é quem escreve nesta edição.

estão cansados de assistir à degradação progressiva (e,

A bem dos doentes e dos hospitais


terar o curso Tenho o hábito recorrente de citar o

recentemente, acentuada) das instituições em que

mito de Sísifo a propósito de imensas

trabalham. É fundamental recriar uma di nâm ica

coisas. O facto é que devo ter ficado

motivadora assente na conjugação de esforços dos

impressionado desde que, em tempos,

profissionais, no retomar dos conceitos de equipes

li a versão Camus do castigo e percebi

liderantes que reconduzam os hospitais na direcção

como as nossas vidas andam paredes meias com o

certa. Só assim recuperaremos uma cultura hospitalar

absurdo e com o facto de tudo o que fazemos, tarde

responsável, capaz de estabelecer metas, consensua-

ou cedo, ser desfeito, refeito e destruído, para depois

lizar procedimentos e de seleccionar as opções que a

recomeçar. Há quem diga que são os "ciclos", eu

escassez de meios impuser.

Jorge Poole da Costa Director da GH

digo que é o castigo dos deuses. Na área da saúde temos tido excelentes exemplos desta teoria. Às

"Sim, e eu vi Sísifo em violento

vezes, no entanto, torna-se imperioso alterar o curso das coisas.

tormento, procurando subir

3

A "Gestão Hospitalar" recomeçou. Numa altu-

• ra em que até o nome levanta questões. Recen-

temente tem sido, de forma recorrente, posta em causa a especificidade da gestão hospitalar. Gerir é

Os hospitais portugueses entraram, mais uma

gerir, dizem alguns . Organizações de meios são

• vez, em período de expectativa. Estão habi-

organizações de meios e a teoria de que existem

monstruosa com

tuados, de há muito, a serem entendidos pelos polí-

regras próprias, instrumentos preferenciais, ques-

suas duas mãos."

ticos como símbolos da intervenção e da mudança.

tões de relevância social incontornáveis e exigências

Homero, Odisseia

A concretização dos projectos políticos para a saúde

particulares, é isso mesmo, e só, uma teoria. Por isso

passa inevitavelmente por alterações, mais ou menos

temos vindo a assistir à migração de executivos d e

profundas, na rede hospitalar portuguesa. Novas

todas as áreas para os hospitais. Desconhecedores do

leis de gestão hospitalar, novos estatutos, novos

sector, incapazes de se adaptar ao diálogo com os

agrupamentos de hospitais, em centros ou grupos,

vários grupos profissionais, rapidamente criam um

novos protagonistas.

fosso entre a administração e os serviços, compro-

Se houve alturas em que era evidente o respeito

metendo a evolução institucional necessária e a

pelas instituições e em que cada projecto inovador

adaptação organizacional às novas exigências. Man-

era precedido por um estudo sério e profundo rela-

têm-se, enquanto a sombra do poder político a que

tivamente à exequibilidade e ao provável sucesso

prestam vassalagem lhes servir de refúgio.

uma pedra

2

da experiência, no passado recente assistiu-se a uma rentes às várias realidades sobre as quais se actuava.

4

Os hospitais, os doentes e os profissionais de saúde

avaliação do mandato do seu sucessor, surpreen-

merecem, antes de mais, o respeito dos políticos. A

dente em muitas afirmações, é, como de costume,

saúde é uma área demasiado séria para servir inte-

controverso e eloquente. É imprescindível ler ...

série de mudanças cegas, imediatas, globais, indife-

resses que não os dos doentes, sacrificando-se a acessibilidade, a qualidade, a segurança. Os médicos, os enfermeiros e os restantes técnicos hospitalares estão cansados de assistir à degradação progressiva (e,

N este número temos uma excelente entrevista

• com o Prof. Correia de Campos. Generoso na


Em Campo de Besteiros

de negócios de 1,5 mil milhões de euros, prevendo para este ano uma subida entre cinco a

Frenesius investe 20 milhões na Labesfal Novos investimentos anunciados em conferência de imprensa

sete por cento. A partir de 2007, quando as novas instalações em Portugal estiverem em laboração, o crescimento vai ser de quase dez por cento, estimou o presidente da Fresenius, Rainer Baule. Estiveram ainda presentes nesta conferência de imprensa Mar Crouton, presidente da Fresenius para a Europa, América, Médio Oriente e África, e Alain Mollard, gestor para a Europa do Sul e América do Sul. O grupo Fresenius é uma empresa global nos cuidados de Saúde, com produtos e serviços na área da hemodiálise e das transfusões de sangue, tanto em hospitais como nos pacientes em casa. O grupo opera em mais de 100 países e conta com 69 mil trabalhadores, com predominância nos Estados Unidos da América (EUA). Em 2004 movimentou 6,4 mil milhões de euros em todo o mundo, esperando um crescimento de cinco a seis por cento para o corrente ano.

>>>

O

Asma e Rinite Alérgica: duas faces da mesma doença

uma responsável pelas suas próprias operações

E

de negócio a nível mundial: Fresenius Medical

de associações de doentes e jornalistas partici-

estreita entre as duas doenças.

Care (produtos e serviços em hemodiálise),

param recentemente, em Lisboa, numa reunião

Por outro lado, dez por cento dos que acorrem

Fresenius Kabi (soluções para insuficiência renal

científica - Metaforum - dedicada ao tema

aos Centros de Saúde queixam-se dos sintomas

e acessórios clínicos, como cateteres) , Frese-

«Como melhorar o controlo dos doentes asmá-

da rinite. O recrudescimento das doenças alér-

nius ProServe {estudos e planeamento de edi-

ticos com Rinite Alérgica».

gicas em geral entre a população do hemisfé-

fícios hospitalares e afins) e Fresenius Biotech

Do encontro saíram conclusões preliminares

rio norte e com um nível sócio-económico

(investigação e desenvolvimento de terapias

que destacam a ideia de «a asma e a rinite

relativamente alto, não está suficientemente

em oncologia e doenças infecciosas e produção

deverem ser consideradas duas faces da mesma

esclarecido. Há indicadores que apontam as

Divide-se em quatro áreas de negócio, cada

Francisco Brás Castro - à esquerda do antigo presidente do CA da Labesfal, Joaquim Coimbra - é o novo responsável da Labesfal Frenesius Kabi

Metaforum

specialistas de pneumologia, alergologia,

sofrem de rinite alérgica, 40 por cento têm

medicina geral e familiar, representantes

asma. Dados que bastam para ilustrar a relação

grupo farmacêutico alemão Fre-

instalações laboratoriais que implicarão um

de anti-corpos).

doença», o que representa um apelo a uma

condições ambientais em permanente degra-

senius vai investir pelo menos 20

investimento de 1O milhões de euros até mea-

A Fresenius Medical Care é o maior fornecedor

mudança na prática clínica, habituada a sepa-

dação ou um estilo de vida menos saudável

milhões de euros até 2007 na

dos de 2006, importância que subirá a 20

mundial de produtos e serviços para doentes

rar os dois problemas e a desvalorizar a rinite

como factores de risco. Por outro lado, a dimi-

nova fábrica da Labesfal no distrito de Viseu,

milhões de euros no ano seguinte.

com insuficiência renal, tratando 123 mil doen-

alérgica.

nuição das infecções na primeira infância,

anunciou o director-geral da filial Fresenius

A juntar aos projectos de investigação, prevê-se

tes através de uma rede de 1.590 clínicas de

Segundo o documento, existe em Portugal

dado o seu controlo pela vacinação, por exem-

Kabi, Francisco Brás Castro.

uma nova fábrica de antibióticos.

hemodiálise nos EUA, Europa, América Lati-

«um marcado impacto social da asma e da

plo, ou as melhores condições sanitárias, pode-

Falando num encontro com jornalistas nas ins-

Com estes novos projectos, a Labesfal contri-

na e Ásia Pacífico.

rinite alérgica», sendo, contudo, esta última

rão levar o sistema imunológico a ocupar-se dos

talações da Labesfal, empresa adquirida pelos

buirá com um crescimento de quase cinco por

As maiores vendas da empresa verificam-se na

«relegada para segundo plano» e daí resultan-

alergénios ambienciais que, à partida, são ino-

alemães no início de Janeiro, o responsável

cento para o negócio da Fresenius Kabi, assi-

América do Norte, seguindo-se Europa, região

do um sub-diagnóstico e um sub-tratamento.

fensivos para o indivíduo.

apresentou a estratégia do grupo para Ponugal,

nalou Joaquim Coimbra, ex-proprietário da

Ásia-Pacífico, América Latina e África.

Refira-se que no nosso país cerca de cinco por

Quanto à relação do doente e do médico com

que passa pela transferência para Viseu de toda

Labesfal, e que se manterá por três anos ainda

A Fresenius Kabi produz soluções para hemo-

cento da população adulta e oito por cento das

a rinite alérgica, o Metaforum concluiu ser

a investigação da Fresenius Kabi na área de

ligado ao laboratório, na qualidade de presidente

diálise e transfusões de sangue, e tecnologia

crianças têm asma, o que totaliza qualquer

«notória uma percepção defi.cient~ da realida-

medicamentos injectáveis.

do conselho consultivo.

aplicada nestas áreas, entre muitos outros pro-

coisa como 600 mil pessoas. Dos asmáticos, 80

de por parte do doente, que subvaloriza os

Segundo Brás Castro, isso obrigará a criar novas

A Fresenius Kabi registou em 2004 um volume

dutos.

por cento têm rinite alérgica; e entre os que

seus sintomas».

'07


Hospitais SA

Aumentos

Mendes Ribeiro critica erros de 'casti ng'

Médicos do Amadora-Sintra com mais 3% A

m entrevista ao "Jornal de Negócios", o ex-presidente da Unidade de Missão dos Hospitais SA, José Mendes Ribeiro, admite que houve erros de 'casting' nas administrações nomeadas pelo actual ministro da Saúde. E sublinha que é preocupante o facto de estes erros não serem corrigidos quando detectados.

E

Sociedade Gestora do Hospital Amadora-Sintra - Grupo José de Mello Saúde - anunciou que a sua proposta para os vencimentos dos médicos permitirá um acréscimo de 3% nos salários face aos outros hospitais públicos. A Sociedade sustenta ainda que, caso a produtividade da unidade não aumente relativamente a 2004, este acréscimo implica um resultado operacional negativo superior a um milhão de euros nas contas do hospital.

José Mendes Ribeiro contesta ainda a intenção do Partido Soc ialista de transformar os Hospitais SA em Entidades Públicas Empresariais, considerando que este é um modelo menos transparente. ln "Jornal de Negócios", 17/01/2005

ln "Diário Económico" 12/01 / 2005

Hospitais SPA

Castelo Branco

Hospital sem administrador presidente do Conselho de Administração do Hospital Amato Lusitano, em Castelo Branco, apresentou a sua demissão. João Gabriel acusa a Administração Regional de Saúde de, ao não resolver a questão contratual, pôr em risco a permanência de 13 médicos e poder levar ao encerramento de vários serviços.

O

ln "Jornal de Notícias", 28/01/2005

Farmacêuticas não recebem há três anos dívida global dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde à indústria farmacêutica disparou 51 ,1%. Os débitos com mais de três meses cresceram quase 80% em 2004. Este é um dos resultados do inquérito mensal da APIFARMA, que revela ainda que existem hospitais que não pagam as suas dívidas há quase três anos. É o caso do Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, ou do São Bernardo, em Setúbal, ou ainda, o do Barlavento Algarvio.

A

ln "Jornal de Negócios", 24/01/2005

Acordo

Dívidas ao SNS

Preços dos medicamentos congelados

Ministério ameaça com tribunais

s preços dos med icamentos vão ficar congelados até ao final do ano de 2005 e a Indústria Farmacêutica irá devolver ao Estado cerca de 15 milhões de euros. Estas foram as duas principais questões acordadas entre o Estado e os laboratórios. O acordo aprovado pela maioria dos sócios da APIFARMA deverá ser assinado na semana de 24 a APIFARMA 28 de Janei ro de 2005. Fixa um tecto máximo de crescimento das vendas dos medicamentos para os anos de 2004 e 2005. Se o mercado crescer acima dos valores fixados, os laboratórios comprometem-se a devolver ao Ministério da Saúde o valor dessa diferença.

O

©

ln "Público", 19/01 /2005

s subsistemas de sa úde e as companhias seguradoras vão ter de regularizar as suas dívidas ao Serviço Nacional de Saúde. Caso contrário, os hospitais irão recorrer aos tribunais. Esta fo i a orientação dada pelo Ministério da Saúde num despacho com data de 28 de Dezembro de 2004. O pagamento deve efectuar-se em 30 dias após a data da interpelação aos devedores ou então as instituições e servi ços deverão interpor acções jud iciais para cobrança de dívidas.

O

ln "Jornal de Negócios", 18/ 01 / 2005


Gulbenkian e Saúde

Pandemias em discussão

Pós-Graduação

Tomada de Posse

Genética e Genoma

Pedro Nunes novo bastonário da OM

Escola Nacional de Saúde

pós o êxito do pri meir~ debate sobre

Desta vez, o tema em discussão é t am bém

A

"Questões e Desafios Eticos da

actual - "Pandemias num Mundo

próximos dias 17, 18 e 19 de

Investigação em Células Estaminais",

Globalizado" - e j unt a à m esma m esa

Fevereiro um curso de pós-

realizado a 19 de Janeiro, a Fundação

António Correia de Campos, professor da

graduação subordinado ao tema

O

Gulbenkian, em parceria com a APAH e a

ENSP, e Francisco George, sub-direct or gera l

"Genética, Genoma e Genóm ica:

dia 29 de Janeiro, perante as principais

Escola Nacional de Saúde Pública {ENSP),

da Saúde. Como conferencista foi

da Clínica

realizam no dia 16 de Fevereiro, às 1OHOO,

escolhido Bernardus Gant er, conselhei ro de

Esta iniciativa está integrada

defi nição concreta, vai ser uma das prioridades do

no auditório Fundação, em Lisboa, o

comunicação no departamento regional

nos cu rsos "ABC da Genética

novo bastonário dos clínicos, havendo no ent anto

segundo debat e englobado no 8° Ciclo

europeu da Organização Mundial de

Clínica" d.a Sociedade

muitas outras áreas onde as decisões dos médicos,

"Saúde sem Fronteiras".

Saúde.

Portuguesa de Genética

nos próximos t empos, vão pesar. A APAH deseja ao

Humana e conta ainda com a

novo presidente da OM as maiores felicidades, e

colaboração da Direcção-Geral

deixa expressa toda a sua disponibilidade para que

da Saúde.

o diálogo entre as duas organizações sej a profícuo.

A

Pública organiza nos

à Saúde Pública".

novo bastonário da O rdem dos Médicos {OM), Pedro Nunes, tomou posse no passado

individualidades do sector. O Acto Médico, e a sua

Patinha Antão

Teoria e Prática

Crónica da Democratização da Saúde

Ameaça Pública E

Manual da Gestão de Stocks

De Alma a Harry li

Este

livro é sobre as ideias que t êm influenciado o mundo da

saúde e sobre algumas das pessoas que as protagonizaram".

Editorial Presença acaba de lançar um novo livro de Rui Lopes

st e foi o título do editori al de Mar-

A

tim Avillez Figu eiredo, di rect or do

result a da reunião de duas obras anteriores do autor, uma essencial-

ex-Di rector Geral da Saúde, Const antino Sakellarides, expressa na

Di ário Eco nó m ico {D E), de 18 d e Janei -

mente teórica e outra de cariz essencialmente prático. Assim, o livro

contracapa da obra. Est e livro foi apresentado publicam ente no

ro, na sequência de um a ent revi sta ao

que agora é publicado beneficia de um equilíbrio sensat o e oportuno

passado dia 3 de Fevereiro na Livraria Almedina, em Lisboa.

mesmo jorn al em que o aind a sec retá-

entre o conhecimento t eórico e a sua aplicação no quotidiano. Os

Segundo Marc Danzon, director regional da O MS para a Saúde - que

ri o d e Estado do Ministério de Luís Fili-

aspect os abordados são de vária ordem, destacando-se a definição

assina o prefácio - "Constant ino Sakellarides foi, nos t empos m ais

dos Reis, com o título " Manual de Gestão de St ocks". Esta obra

Esta é apenas uma frase para definir o " De Alma a Harry", livro do

pe Pereira sugere que a revo lução na

de gest ão económica de stocks; os

recent es, a pessoa mais

Saúde deve ser fe ita pe la indexação das

métodos de previsão dos consumos; a

influente e mais det erm inada

taxas moderadoras aos nív eis de rendi -

informática e o aprovisionamento; o

dent ro da Organização, em

me nto dos utentes. Isto, segund o o j or-

stock de segurança; os m étodos limit es

fazer com que a OM S se

nal ista, são "péssimas notícias".

de gestão económica de stocks; a ava-

dedicasse com mais

Para Avi llez Figueiredo, o prob lema do

liação da gestão dos stocks através dos

DE ALMA

SN S é a "util ização abusiva que dele se

resultados; a redução dos encargos em

fa z", até porq ue "as t axas moderadoras

aprovisionamento ou ainda o aprovisio-

A HARRY

foram criadas para moderar o acess o".

nament o em 'just-in-time'.

melhoria dos sist em as de

Além disso, escreve o director do DE, "a

Rui Lopes dos Reis é licenciado em

saúde uma importância

saúde não deve nem pode ser taxada

Engenharia pela Universidade Técnica

política".

em momentos de c rise. Deve ser fin an-

de Lisboa, doutorado em Gest ão pela

Const antino Sakellarides é

c iada, sim, através de um sistema que

Universidade de Lova ina, professor

professor da ENSP e coordena

di l ua o paga m ento de eventuais doen -

catedrático na Universidade Lusíada e

ças ao longo da vid a" .

administrador hospitalar.

" """''

profundidade ao est udo da evolução dos sist em as de saúde na Europa e desse à

o Observatório Português dos Sistemas de Saúde Pública.


António Correia de Campos à GH

"Não há razão para destruir a cultura empresarial criada" António Correia de Campos, ex-titular da pasta da Saúde do último Governo socialista, é o responsável pelo programa eleitoral do PS para a área da Saúde. Rejeita a ideia de que existem candidatos a ministros antes das eleições e explica à GH algumas das propostas socialistas.

Gestão Hospitalar - Como responsável pela elaboração do programa do PS para a

algu ns erros - mas perdeu muita da sua

Saúde é candidato a ministro da Saúde?

capacidade de intervenção por ter, quase

Correia de Campos - Não há candidatos

insensivelmente, praticado uma manipula-

a ministros antes das eleições! O PS tem

ção informativa que descredibilizou as suas

m uita gente bem preparad a para ocupar o

próprias reformas. Nomeadamente nos Hos-

lugar e, naturalmente, há o utras priorida-

pitais SA. A publicação propagandística dos

des, como ganhar as eleições e com uma

resultados dos Hospitais SA foi . ..

política do medicamento - embora com

maioria forte.

G.H. - A pior crítica que se lhe pode fazer G.H. - Fala-se no seu nome ou, em alter-

é pela propaganda e não pelas acções?

nativa, em Francisco Ramos.

e.e. -

C.e. -

Isso são especulações sem o menor

caminho correcro, no sentido de empresaria-

fundamento! O PS tem gente que participou

lizar. Mas como estava cão obcecado com a

em governos anteriores, tem gente que esteve

visão materialista do desempenho da Saúde

próximo de governos anteriores, tem secretá-

ele omitiu tudo o resto. Deu menos impor-

rios e secretárias de Estado ...

tância à Saúde Pública, fez um tratamento

As acções fo ram, essencialmente, no

tardio e mal-feito dos cuidados de Saúde pri-

G.H. - Como Carmen Pignatelli. ..

mários, publicou uma legislação retrógrada,

e.e. -

incompreensível, puramente quantitavista.

Também, mas tem muita gente com

e sem experiência governativa.

Curriculum Vitae António Correia de Campos Idade - 62 anos > Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra

Isso fez-lhe perder muito crédito. A certa altura, de uma forma quase desesperada, pre-

G.H. - Que avaliação é que faz do actual ministro da Saúde? C.C. - É um pouco desagradável chegar ao fim destes três anos e fazer uma avaliação

"O ministro Luís Filipe Pereira praticou

negativa, mas creio que tenho alguma liber-

uma manipulação

> Formado em Administração Hospitalar pela École de Rennes, França

dade para o fazer porque sempre lhe dei o

informativa que

benefício da dúvida. D e certa forma, apoiei-

descredibilizou as suas

> Mestre em Saúde Pública pela Universidade de John Hopkins, EUA

º manifestando concordância com uma boa

próprias reformas."

> Presidente do Instituto Nacional de Administração de 1997 a 2002

Ele fez algumas coisas importantes, trazendo

> Presidente da Comissão do Livro Branco da Segurança Social de 1996 a 1998

parte das medidas que ele executava. uma nova cultura empresarial para o Minis-

tendia que os números que tinha na mão

tério da Saúde, iniciou uma boa reforma da

eram correctos. Não é possível que as despesas com pessoal nos Hospitais SA em 2004 só pudessem ter subido 1,8%. É urr.a impos-

>Deputado à AR em 1991 e 1992 > Ministro da Saúde em 2001 e 2002 > Professor catedrático da Escola Nacional de Saúde Pública desde 1989

sibilidade aritmética! Todas as pessoas com <<<

As dívidas à indústria

menos de mil euros por mês - e são muitas -

farmacêutica rondam os 350

tiveram aumentos de 2,4%. A estimativa que

a 400 milhões de euros

nós fazemos é que deve ter havido um


aumento de despesa de 5%. Para q uê d izer

transportes, de comunicações, de energia ...

e.e. - O PS não disse nada disso! Isso é um

família, uma equipa pequena, uma enfermei-

coisas que são manifestamente impossíveis?

É uma q uestão de inadequação entre o seu

título de jornais económicos! As PPP que

ra - queremos criar uma especialidade de

Isto associado ao facto de as escolhas para

perfil e passado de gestores e as necessidades

estão contratual izadas seguem o seu rumo.

enfermeiros de família - com as pessoas que

gestores dos SA terem sido pessoas q ue

específicas da gestão da Saúde.

As restantes, tem de ser reanalisada a sua

apoiam esta equipa no Cento de Saúde, que

prioridade. Não há nenhum documento téc-

possam ter um contacto maior com as famí-

tinham insensibilidade para a Saúde, sem preparação, interpretavam-se como caciques

G.H. - Sabe que algu ns sectores o acusam

nico no ministério - que eu saiba! - que diga

lias no seu próprio domicílio.

políticos .. .

de seguir a política de Lu ís Filipe Pereira?

qual é o prioritário. O que temos é palpites.

Estamos a pensar, nos sítios onde ainda há

e.e. -

Se continuar a política boa, tudo

Em terceiro lugar, nós queremos garantir

Centros de Saúde a construir, evitar as gran-

G.H. - Acha que o principal problema dos

bem! N ão vejo razão nenh uma para se des-

que o processo das PPP é absolutamente

des catedrais de 2,5 milhões de euros e fazer

Hospitais SA foi um défice de gestão e

truir a cultura em presarial que se criou, não

imparcial. E temos que rever esse dispositivo

cinco centros de saúde mais pequenos, de

não o conceito?

vejo razão nenh um a para se destruir a procu-

para que não haja a menor possibilidade de

500 mil euros cada, mais espalhados, com

C.C. - O conceito de empresarialização está

ra de ind icad o res, d e m aior eficiência, o

suspeição fundamentada.

equipas médicas mais pequenas. E um deles

hoje adquirido por roda a gente. Penso eu!

registo mais rigoroso de todos os serviços

Provavelmente, teremos que rever o próprio

maior para conter aqueles serviços que são

Mas, ao fim de algum tempo, verifiquei que

prestados pelos hospitais, o maior empenho

conteúdo técnico da modalidade que é a ges-

comuns como a saúde pública, a saúde esco-

os agentes económicos estavam convencidos

de todas as chefias no registo e rigor na ges-

tão clínica com a construção dos equipa-

lar, programas preventivos e os meios de

de que o sector iria ser privatizado.

tão sem desperdiçar recursos .. . É uma cultu-

mentos.

diagnósticos. Trazer aquela tecnologia a que toda a gente recorre, como as análises, a

ra que se tinha perdido.

G.H. - É um problema de má gestão?

G.H. - O que são as Unidades de Saúde

C.C. - É um problema de cultura de gestão

G.H . - O PS cons idera que as Parcerias

Familiar (USF)?

de Saúde . As pessoas que vieram tinham

<<<

Público Privadas (PPP) deve m ser reduzi-

e.e. -

experiência de gestão de sectores produtivos,

O PS quer construir centros de saúde mais pequenos com equipas médicas mais pequenas

das. Porquê?

cuidados familiares com um médico de

São uma forma de organização dos

radiologia .. .

G.H. - Em forma de 'outsourcing'?

e.e. -

Pode ser, nada a opor ao 'outsour-

"Privatizacão está blindada nas EPE" ..:>

G.H. - O PS defende em vez de Hos-

do regime estatutário da Função Públi-

do m ais ap t idão. Acho qu e a forma

ram os seus encargos mas, penso eu, para

administradores hospitalares?

pi t ais SA as Entidades Públicas

ca, t êm um regime discipli nar mais

como nos patenteiam essa informação é

responder a aumentos de produção.

e.e. - Será o papel de todos os técnicos

Empresariais (EPE). Que modelo é

au tê n t ico, t êm o mesmo regime de

q ue gera a descredibilização.

este?

expropriação por razões de utilidade

G.H. - O PS, se for Governo, fará uma

G.H . - Falou há pouco nos Hosp ita l

desempenho de uma função . Será o

e.e. - É o desenvolvimento dp modelo

pública. T êm a m esm a liberdade das

avaliação dos Hospitais SA ...

do Barlavento Alga rvio, que está no

mesmo dos hospitais SPA e seria o dos

do H ospital de S. São Sebastião de Vila

sociedades anónimas sem o r is co d e

e.e. - A primeira coisa a fazer!

topo da lista das d ívidas à indústria

SA, se nestes não tivesse havido uma

da Feira, ou do Barlavento Algarvio, ou

poderem ser privatizadas.

farmacêutica.

tentativa de esquecer o passado.

do Hospital de Matosinhos. São empre-

preparados especi fi camente para o

G.H. - Já d eu a e ntender que n ão

e.e. -

Isso não sei . As d ívidas de mil

sas públicas em que o Estado é o único

G .H. - É, portanto, apenas uma

acredita muito nos números ...

milhões de euros à indústria farmacêuti-

G.H. - Se o PS for Gove rno va i res-

e exclusivo proprietário de todo o capi-

mudança de regime jurídico?

e.e. -

Acred ito m ais nos n úmeros do

ca a 31 de Dezembro já não são essas. A

ponde r ao a pe lo do Dr. Man ue l Delga-

tal, são geridas de form a exactam ente

e.e. - A diferen ça essen cial é que a pri-

movimento físi co do que nos números

abertura de créditos no ano passado para

do q ue pe d e mais respeito pa ra os

igual às SA só que a sua forma de cons-

vatização está m ais blindada n as EPE.

financeiros.

a passagem para dívida pública de boa

ad ministradores hospita la res?

parte dessas dívidas permite que a actual

e.e. -

tituição é pública e, portanto, não estão

N ão é uma resposta afectiva! É

sujeitos à mesm a situação fiscal dos SA.

G.H. - Uma das principa is críticas q ue

G.H. - Se a avaliação provar que esta

dívida ronde os 350 a 400 milhões. E

uma questão racional. Existem umas cen-

Uma boa parte do património é p úbli-

o Dr. Ma nuel Delgado da APAH faz

mesmo assim há pagamentos por acertar.

tenas de pessoas que foram treinadas para

co, gerido centralmente, como as viatu-

a o s SA é a pe n as t ere m muda do o

é uma experiê ncia fal hada ava nça ria na mes·m a com as EPE?

Agora resta saber se há outras d ívidas.

administradores hospitalares, treinadas na

ras, a posse dos imóveis, as obras. M as

regime jurídico e não o fun cionamen-

e.e. -

Nós ad mitimos que haja 500 mil

escola onde sou professor há q uase 4U

têm a m esm a liberdade de aquisições, a

to.

impossibilidade! O número de actos de cer-

milhões de euros que transitem em d ívi-

anos. Conheço a sua capacidade. N ão

da do ano passado.

tenho dúvidas que serão mais bem utiliza-

G.H. - Nas EPE qual será o papel dos

dos do que foram nos últimos três anos.

N ão vai provar isso! Isso é uma

m esma liberdade de contratação d e pes-

e.e. -

N ão acred ito nisso. Eu acredito

teza que aumentou, as cirurgias electivas,

soal - por contrato de trabalho - além

que os Hospitais SA tenham desenvolvi-

maior volume de trabalho feito. Aumenta-

<<<

"Queremos criar a especialidade de enfermeiros de fam ília"


cing', pode ser 'in-house'. Tem é que ser com

fo rma de dedução nos impostos . Vamos

e.e. -

sistemas de incentivos que não multipliquem

admitir que os portugueses recebem hoje

nem vantagem em serem financiadoras do

desnecessariamente os actos. Será preferível

750 euros por cabeça, em média, em serviços

sistema, são moderadoras da procura. O

Luís Filipe Pereira - Uma pessoa

pagar esses meios complementares de diag-

e bens prestados pelo SNS. Se houver portu-

dinheiro que daí vem é muito pequeno e

que esforçadamente tentou instalar uma cultura diferente no Ministério, mas não acautelou a correcta inserção dessa cultura.

nóstico por doente em vez de por acto.

gueses com um seguro de saúde tão bom que

seriam uma duplicação dos impostos que as

passem a utilizar apenas o seguro, isso pode

pessoas pagam.

Alvos ... >

>

Manuel Delgado - Um amigo de há longos anos, um antigo aluno.

>

Maria de Belém - uma amiga de há muitos anos, colega, uma ministra que exerceu durante quatro anos a pasta da Saúde em condições particularmente difíceis, porque exerceu num Governo minoritário e em que, nos dois primeiros anos, teve uma parcimónia absurda de recursos públicos e mesmo assim conseguiu governar a barca com bastante qualidade.

>

>

nos que o PS estaria disposto a entregar a

sabilidade da cobertura de toda essa popula-

G.H. - Faz sentido indexá-las à decla ração

gestão a cooperativas de médicos?

ção. Isso só existe em relação a 250 mil pes-

do IRS?

C.C. - Isso está na Lei de Bases do SNS e no

soas que são beneficiários do SAMS , CTT e

e.e. - Não, a não ser em cuidados elecrivos.

Estatuto do SNS e deve cumprir-se. Nunca

PT que têm um mecanismo de 'opting-out' .

Havemos de chegar a um ponto em que a

foi praticado. Mas isso parte muito da inicia-

Esse é um mecanismo muito imperfeito por-

cirurgia de banda gástrica ou a cirurgia aos

tiva das pessoas. E deve haver algum incenti-

que a dedução para esses subsistemas é

joanetes sejam comparticipadas mais forte-

vo, porque os regimes remuneratórios expe-

muito pequena, cerca de 150 euros, fixo há

men te pelo utente, porque pode não ser

rimentais que partiram da iniciativa das

cinco anos. E não tem sido implementado

igual à remoção de um tumor maligno do

pessoas cresceram muito depressa. Isso nós

com rigor, porque não temos uma forma de

estômago.

também queremos fazer, não mantendo os

incluir apenas no SNS aqueles que querem

médi cos como funcionários assalariados e

ser beneficiários.

G.H. - O PS compromete-se a revogar o

depois descartando-os, mas para que tenham

dec reto dos cu idados primá ri os. Pa ra G.H. - Dar a possibilidade ao utente de

substituir por quê?

nome na praça, é uma pessoa que pode desempenhar bem no actual governo e num governo futuro as funções para que foi nomeado.

sua lista.

dizer que tem um seguro e não quer con-

e.e. -

tribuir para o SNS?

USF, nos cuidados a idosos, nos conceitos de

G.H. - Um regime de incentivos por pro-

e.e. -

Sim. Quero receber uma parte do

proximidade. Sobretudo, cuidados a idosos

dutividade?

que o SNS gastaria comigo se eu lá estivesse.

que vai ser a nossa bandeira - "Envelhecer

e.e. - Existe a possibilidade de desenvolver-

Essas pessoas quando vierem ao SNS passam

em Saúde". Uma reforma completa. Todos

mos uma retribuição proporcional ao núme-

a pagar a totalidade dos serviços. Isso só se

os hospitais passam a ter serviço de apoio

ro de pacientes inscritos nas listas. E pagar

consegue com um sistema de informação

domiciliário. Vamos ter a obrigatoriedade de

certos ac tos à peça como o planeamento

capaz. Com um cartão do cidadão , como

todos os serviços de medicina que recebem

fami liar, a introdução de dispositivos intra-

está no nosso programa, que serve para segu-

doentes com AVC passarem a te r uma

uterinos, o aconselhamento familiar a ado-

rança social, para o registo de dador de san-

pequena unidade de reabilitação física logo

lescentes, as consultas domiciliares a idosos

gue, saúde, carta de condução, identificação,

no próprio serviço, em articulação com o

gravemente incapacitados.

cartão de eleitor. Aí estamos em condições

serviço de fisioterapia.

Mário Jorge Neves (Pres. APMSP)

Pedro Nunes - Éum homem conservador, de direita, que penso que vai ser um excelente bastonário, porque há um ajustamento muito bom entre o pensamento conservador e liberal da maior parte dos médicos e a personalidade honesta, também conservadora, batalhadora. Uma pessoa por quem tenho muito apreço.

Gomes Esteves - Éuma pessoa com notáveis e singulares qualidades diplomáticas e uma pessoa de uma extrema correcção. Tenho sempre a recordação de um dirigente patronal muito competente, bem preparado, muito sólido, por vezes duro na negociação, mas com o qual se sabe o que se conta.

>

ser bom porque liberta o Estado da respon-

uma dedicação mais integral aos doentes da

muito interessada na Saúde Pública e com o qual nem sempre estou de acordo.

>

G.H. - Seria nestes centros mais peque-

Rui Nunes - Um académico com bom

- É um antigo aluno e uma pessoa

>

Sim, claro! Não há é necessidade

João Cordeiro - É o presidente da Associação Nacional de Farmácias.

Por uma nova legislação baseada nas

de incluir nele se aquela pessoa optou por

G.H. - Acha que o financiamento do SNS

um subsistema ou um seguro privado.

uNão vejo razão nenhuma para se destruir a cultura empresarial que se criou."

deve ser apenas através de impostos?

e.e. - Já é pago

pelo paciente a parte não

G.H. - Isso leva a um sistema de saúde a

comparticipada dos medicamentos e nos

duas velocidades.

meios complementares de diagnóstico.

e.e. - N ão creio. Poderia haver esse risco se essas pessoas tivessem um atendimento pre-

G.H. - Concordaria com a criação de um

fer enci al quando recorrem aos serviços

seguro público obrigatório para a Saúde?

públicos. Se as tabelas com que são assistidas

G.H. - Hoje isso não existe ...

e.e. -

N ão traz nenhum a vantagem em

nos subsistemas são as mesmas com que são

C.C. - Encontrei isso num pequeno e pobre

relação ao sistema actual. O que pode trazer

remunerados os hospitais , o s centros de

hospital precariamente instalado em Vila

vantagens é a pessoa optar por um seguro de

saúde e os médicos, não h á esse problema.

Franca de Xira, na periferia de Lisboa. Tem

saúde externo ao SNS, recebendo do SNS uma espécie de financiam ento anual sob a

<<<

G.H. - Concorda com as taxas moderadoras?

"Envelhecer em Saúde" vai ser a grande bandeira do PS

um excelente exemplo de integração da fisioterapia com a unidade de medicina interna.


Saúde

Programas eleitorais comparados ,

A GH leu os programas eleitorais dos cinco principais partidos que concorrem às eleições de 20 de Fevereiro no que diz respeito à Saúde e destaca aqu i algumas das propostas concretas por eles defendidas em sete áreas específicas.

Partido Popular

CDU

~

PCP.PEV

l~l~I

Financiamento do SNS

1 - Assegurar o financiamento pelo Orçamento de Estado

Taxas moderadoras

1 - Eliminar taxas moderadoras

Hospitais SA

1 - Aprofunclamento da gestJo dos b&spitis sob a

1 - Reintegrar Hospitais SA no sector público administrativo 2 - Pôr fim ao processo de empresarialização 3 - Pôr fim aos contratos de gestão privada das unidades do SNS, sobretudo Amadora-Sintra

forma empresarial 2 - Cri~o de uma entidade tipo •hoMing*

empresaria~

Cuidados de Saúde Primários

1· conaetizar projecto de

dos

Cuidados de Saúde continuados e paliativos

1-Alargamento de uma Rede Naôonal de CUiclados Continuadbs d~ a doentes crónicos e idosos 2 - Atdera~o do contributo do v~luntariado na área dos cuidados paliatives e patologias pesadas

1- Garantir o investimento para o desenvolvimento da rede pública de cuidados continuados

Política do medicamento

1-Aumentar de 10 para lM a~ ricos

1 - Introduzir cláusula de salvaguarda no sistema de

1 - Articular a gestão e a prestação de cuidados entre centros de saúde e hospitais 2 - Regionalizar o SNS 3 - Integração de profissionais de saúde oral no SNS

centros de sallde 2 - Garantir médico de famlla a todos os portugueses

de_

preço de referência 2 - Alargar lista de medicamentos para doenças crónicas comparticipados a 100%

2·~porDCI

3 - Rever reginlé de: comparticipação cios medica-

mentos

Parcerias Público Privadas

1 - Pôr fim aos contratos de gestão privada das unidades do SNS

1 - Constmir novos hospitais nesfi modalidade

ca, semelhanças inesperadas. Éintrigante, por exem-

tários de estado do Ministro da Saúde cessante. Sur-

S.A. e às parcerias público-privado: PCP e BE rejeitan-

tinuados, ainda que muito genéricas e em alguns

mento dos cidadãos quanto ao que o sector da Saúde

plo, que nenhum partido tenha ideias para resolver o

preendente é, também, a ausência de propostas con-

do liminarmente os dois modelos; PSD e PS reafir-

casos voluntaristas.

lhes reserva para as suas vidas nos próximos 4 anos.

AG.H. seleccionou algumas questões para as quais pro-

déficit crónico do SNS; é preocupante verificar que

sistentes e inovadoras na área dos cuidados primários,

mando ou admitindo a sua continuidade. Surpreen-

Atente-se na moderação suave das propostas (?) para

Aposta falhada!

curou respostas nos programas dos cinco partidos com

apenas o PCP se pronuncia quanto a taxas moderado-

tão carente de transformações radicais e imaginativas,

dente é a omissão do programa do CDS/ PP sobre

o medicamento, apresentadas pelo CDS/ PP, PSD e PS,

Resta-nos a esperança de virmos a ter um gc.iemo com

assento parlamentar.

ras, matéria abundantemente glosada nos últimos

não só para a comodidade dos doentes mas também

estes dois tópicos.

e no radicalismo das propostas do BE. Onde está a vir-

uma agenda própria e galvanizadora para a Saúde,

Oresultado dessa pesquisa é elucidativo: poucas ideias,

meses de governação santanista e ainda recente-

para a racionalização do sistema.

Realce-se a preocupação unânime com o envelheci-

tude?

encarando-a como um bem de mérito para todos os

omissões comprometedoras, falta de visão estratégi-

mente repescada numa entrevista de um dos secre-

Registe-se a clivagem ideológica quanto aos Hospitais,

mento, traduzida em propostas para os cuidados con-

Em vésperas de eleições esperar-se-ia o esclareci-

portugueses.

"Frustracão" 3


Elogios Caldeira da Silva e Nogueira da Rocha escutaram com muito interesse as observações feitas por Vasco Reis. Será que o professor da ENSP estava, no momento em que o nosso fotógrafo os apanhou, a agradecer os elogios ao artigo que escreveu para a GH de Janeiro?

Sintonia No Forum Gulbenkian da Saúde, o debate sobre células estaminais encheu o auditório da Fundação. Na primeira fila foi visível o interesse que o debate moderado pela ex-ministra da Saúde, Leonor Beleza, motivou. Manuel Delgado, presidente da APAH, Vasco Reis, professor da ENSP e Manuel Rodrigues Gomes, director do Serviço de Saúde e Desenvolvimento Humano da Gulbenkian, estavam sintonizados. Posições pensadas ou mera coincidência?

Gargalhadas Não sabemos o que motivou o riso aberto de Pereira Miguel, mas a boa disposição contagiante do cirurgião Carlos Pereira Alves já é conhecida. Certamente algum comentário em "off" a que a equipa redactorial da GH não teve acesso.

Amigas Maria de Belém Roseira e Clara Carneiro conversaram bastante. Foi notado que a ex-ministra da saúde do PS levava um fato com um tom levemente alaranjado e que a ex-ministra sombra do PSD trazia um totalmente cor-de-rosa. Será que foi combinado ou apenas cumplicidades de amigas?

Simpatia Leonor Parreira, professora da FML (ao centro) foi uma das comentadoras do debate. Cinco estrelas para esta senhora que, além de ter sido extremamente oportuna na análise que fez distribuiu simpatia por todos os presentes.

Perguntas Correia de Campos e Pereira Miguel, director geral da Saúde, fizeram questão em estar presentes no lançamento do livro de Sakellarides. Sorridentes e bem dispostos, era este o estado de espírito de ambos, que foram bombardeados com perguntas dos presentes. Por motivos diferentes, obviamente. Algumas delas até adivinhamos quais foram.


<<<

Montblanc

Moderna e contemporânea , a colecção Starwalker é dirigida a um público mais jovem que não abdicada da qualidade Montblanc

mortalizar a escrita

1

Mais do que instrumentos de escrita, a Montblanc cria objectos preciosos que permitem deixar marcas eternas. Para o fazer apoia-se na tradição, no Luxo

e na perfeição. O resultado está à vista.

A

história da Montblanc remonta ao início do século XX. Decorria o ano de 1908 quando quatro >>>

amigos decidiram criar uma pequena empre-

De resina em preto profundo, guarnições platinadas e pena em ouro de 18 quilates, a Herbert Von Karajan é a caneta ideal para prestar homenagem ao homem que marcou o mundo da música do séc. XX

sa especializada em canetas de tinta permanente de ouro com acabamentos de luxo. Simplo Pen Company foi o nome escolhido, mas em 1910 foi alterado para o nome que

C om linhas inspiradas na art déco, a Meis-

co e moderno associado à mais alta qualidade

ainda hoje conserva - Montblanc.

terstück deixou de sofrer alterações a partir

e à melhor manufactura tradicional.

A inspiração para este nome foi a mais sim-

de 1934, contudo, ao longo dos anos foram

E se os novos materiais e linhas da Starwal-

ples possível - a mais alta montanha da

ad optados vários revestim entos, do ou ro

ker mostram que a Montblanc está a mudar,

Europa, o Monte Branco, e o gorro de neve

maciço à platina, passando pelas incrustações

a alteração do lendário símbolo da marca, a

que deu origem à estrela branca que adorna

de pedras preciosas. Para o seu fabrico, inde-

estrela branca, é a prova mais evidente. Na

todas as canetas da marca. Criava-se assim

pendentemente do material utilizado, conti-

nova colecção, a estrela brilha e quase flutua

uma marca de confiança, símbolo da mais

nuam a ser necessárias oito semanas de tra-

n o in te rior da cú pula transparente da

elevada qualidade ao serviço da escrita.

balho artesanal.

tampa. N a linha "Resina" fo i usada, com o o

A mítica Meisterstück

Seguir os passos do sucesso

próprio nome d eixa antever, resina

Apesar de já antes ter criado canetas que

A Meisterstück é, provavelmente, a caneta

preta realçada com incrustações em

eram exemplos perfeitos do que de melhor se

mais famosa de todos os tempos. N o entan-

metal

fazia na região de Hamburgo, foi com a cria-

to, a Mom blanc decidiu dar um novo passo

"Metal/ Borrachà ' foi criada a par-

ção da M eisterstück que a Momblanc atin-

e tentar enveredar por novos caminhos. Para

giu o patamar mais elevado. Estavamos em

isso criou a Starwalker, uma colecção de ins-

superfície metálica, tem dese-

1924 quando a marca criou esta peça de for-

trumentos de escrita que apela a uma nova

n h o co r te d e d iama n te e

mas perfeitas que se transformou num suces-

geração de apreciadores Montblanc, mais

incrustações de metal branco

so a nível mundial. Já em 19 30 a marca

contemporânea, jovem e moderna, mas sem-

polido.

grava o número 4810, na pena de ouro da

pre Montblanc.

Contudo, apesar de todos os

mítica M eisterstück. O número representa a

C omp os t a por du as linhas, " Res ina" e

modernismos, a Montblanc man-

"Metal/Borrachà', a colecção Starwalker tem

teve os seus elevados padrões e não preteriu

um design adequado a pessoas cosmopolitas e

do trabalho dos mestres artesãos e do aparo

dinâmicas, que não dispensam o design estéti-

feito à mão em ouro de 14 quilates plaqueado

altura exacta do Monte Branco e é mais uma forma de elevar o valor da caneta que ajudou a fazer o sucesso da m arca.

>>>

Inspirado na Meisterstück original, o modelo Fine Line garante novas sensações de escrita e grande precisão, características que fazem dela um modelo de caneta

b ran co

p o li d o.

-

23 : '

>>>

De aço inoxidável e com a inconfundível silhueta Meisterstück, a Solitaire Stainless Steel li representa a nova geração de canetas Montblanc


<<<

A forma ímpar, a resina fina em vermelho escuro transparente e a pena em ouro de 18 quilates, fazem da caneta que presta homenagem a Franz Kafka um instrumento de escrita exclusivo de uma colecção de luxo

que inventou o cronómetro, o msuumento

cana rampa é em madre-pérola. Lançada em

nos Estados Unidos da América durante

de navegação que permitiu que a armada

2002, atingiu um preço singular - €9.500 -

a "Era Dourada" e também um mecenas

Homenagens sentidas

inglesa partisse à descoberta de novos conti-

mas nem isso foi impedimento para os apai-

e admirador das belas artes. Lançada em

A Montblanc instituiu em 1992 uma nova

nentes na sua busca incessante por glória e

xonados pela arte Montblanc. Os 333 exem-

2004, esta caneta tem duas versões, uma

forma de prestar homenagens. Assim, através

riqueza. Por isso mesmo, o corpo da Skele-

plares produzidos foram imediatamente

limitada a 481 O unidades e outra a 888.

da criação e lançamento de canetas que evi-

ton 333, Hommage à John Harrison, é com-

adquiridos, fazendo com que esta seja uma

Para a edição limitada a 4810 unidades, a

denciam o requinte que caracteriza a marca,

posto por continentes, longitudes e latitudes.

preciosidade digna de coleccionador.

Montblanc optou pela tampa de carbono ~

homenageia grandes nomes das artes e da

Para os pormenores foi usada resina fina azu-

Mas a Hommage à John Harrison não é a

e prata esterlina, corpo e guarnições em

cultura, incluindo os mais prestigiados escri-

lada e ouro maciço. Mas a perfeição deste

única digna de destaque. Aliás, qualquer

prata e pena em ouro folheada a rádio. No

tores de todos os tempos.

instrumento de escrita não se fica por aqui.

caneta Montblanc é merecedora de atenção,

caso do modelo limitado a 888 exemplares, a

Hommage à John Harrison é um bom

Para assinalar o Monte Branco, foi utilizado

mas é um facto algumas que algumas se des-

escolha Montblanc recaiu no carbono e no

exemplo. Pegando num dos seus melhores

um diamante, a pena foi toda trabalhada à

tacam. Um outro bom exemplo disto é a

ouro maciço para a tampa, ouro maciço no

modelos, a Skeleton 333, a Montblanc criou

mão, com a gravação da efígie de John Har-

Hommage à J. Pierpont Morgan, um dos

corpo e guarnições e ainda pena em ouro de

uma peça única que homenageia o homem

rison em ouro de 18 quilates e a estrela bran-

magnatas financeiros de maior influência

18 quilates folheada a rádio.

a rádio.

>>>

Resina fina azulada e ouro maciço fazem desta a caneta perfeita para homenagear John Harrison

>>>

Inspirada na linguagem universal do amor, a Montblanc criou uma tinta de tom vermelho escuro com aroma a rosa, ideal para gravar os sentimentos mais puros

A


Lancaster Ultimate

O regresso à sofisticacão

A Lancaster quis transformar a ciência e luxo, e

~

para isso criou a gama Lancaster Ultimate, constituída por um creme de dia, disponível na

Num toque de máxima sofisticação, a Lancaster

· versão clássica e numa outras mais cremosa, um

Inovação tecnológica

apresenta Rouge Mattitude, o baton mate caxemira

creme de noite e um sérum. Indispensável para as

que concilia um efeito mate impecável, textura

mulheres que procuram envelhecer com perfeição,

sedosa, cor rica e duradoura e ainda máxima

a linha Lancaster Ultimate tem uma acção única:

hidratação e protecção. Com uma paleta de cores

Massa capilar saudável

regenera, reestrutura, protege contra os radicais livres e ainda proporciona um efeito radioso nunca

No sentido de melhorar e aumentar a sua linha de

antes visto. A nova gama de cuidados anti-

tratamentos quotidianos para a pele dos homens, a

envelhecimento Lancaster responde de forma única

Vichy lançou Silicium - R, um creme que cuida da

às necessidades da pele.

subtis e sensuais, Rouge Mattitude reflecte um retorno às origens da Lancaster, mas também a

A queda de cabelo e a perda de volume e brilho

honra que a marca tem em

pele, proporcionando um cuidado regenerador

são problemas que assustam e atingem cada vez

mater-se luxuosa e

refirmante. Esta foi a forma que os Laboratórios

mais mulheres. Mas a solução está à vista. Os

requintada.

Vichy encontraram para lutar contra a perda de

laboratórios lnnéov criaram o 1° estimulante capilar

firmeza da pele à volta da boca, olhos e nariz, que

Shalimar Light Fragrance

se deve à diminuição do stock de silício da pele. Silicium - R é a resposta Vichy para redensificar a pele, esticar as zonas flácidas e diminuir as rugas

por via nutricional. lnnéov massa capilar estimula de forma contínua a produção de um cabelo forte, denso e brilhante no bolso, e ainda reforça a massa capilar e impede a queda de cabelo

de relaxamento.

Estava o século XX a começar quando a Guerlain

excessiva. lnnéov massa capilar confere mais brilho

criou o primeiro Shalimar. Mais do que uma

e volume, e diminui a queda de cabelo, o que se

fragrância, este perfume feminino ficou para a

traduz numa massa capilar saudável.

Bouquet florido

história por ser um dos responsáveis pelo prestígio dos perfumes franceses. Agora, a marca decidiu

Deliciosamente feminina, a nova fragrância Acqua

reinventar os aromas de Shalimar e criou Shalimar,

di Parma, lris Nobile, foi concebida para uma

Eau Légere Parfumée Light Fragrance. Équase

mulher elegante e requintada, que não abdica dos

como se Shalimar estivesse lá e simultaneamente

prazeres da vida. Florida, leve e fresca, a fragrância

não. Os ingredientes são os mesmos, mas a forma

italiana encarna na perfeição o espírito da mulher

de sentir está diferente. Ecomo se isso não fosse

que inspira a Acqua di Parma, rara e exclusiva.

suficiente, a Guerlain quis acompanhar a sua

Num mundo que mescla na perfeição sensações

fragrância com um gel de banho e um gel fresco

especiais e odores únicos, lris Nobile é uma

hidratante, para depois do banho.

fragrância especial que conta com um equilíbrio perfeito de elegância e modernismo.

L'lnstant, pour Homme

Respectissime, La Roche-Posay Numa surpreendente mistura de energias quentes e frias, a Guerlain criou o perfume de

Porque não há nada mais sedutor

homem que vai encaixar perfeitamente com a

do que pestanas intermináveis e um

fragrância feminina da mesma família. L'lnstant

pestanejar desmesurado, a La Roche-

pour Homme é um perfume que inventa uma

Posay criou Respectissime Mascara

nova identidade. É simultaneamente gelado,

Ouoscopic. Pela primeira vez, uma

quente e sensuat resultando numa mescla

máscara de pestanas integra num

quase explosiva. Acima de tudo marcante,

duplo gesto a tecnologia

L'lnstant pour Homme revela uma faceta

Liss'Extension que fortifica, alisa e

singular e única do instante vivido a dois,

envolve com um revestimento de cor

graças às notas de citrinos, pimenta, chá preto,

ultra-alongador, cada pestana até à

sândalo e pétalas de jasmim da índia.

extremidade.


ea _ão entre N

esta análise temos de perceber do ponto

condições de terceiro mundo, com dificuldades

No caso dos nossos doentes com Artrite Reuma-

de vista do utente aquilo que se espera do

acrescidas para os idosos e para os nossos doentes

tóide acresce o facto de um número muito limitado

hospital, a forma como ele responde a

com artrite reumatóide

de h ospitais (só 9!) terem especialistas em reumatolo-

essas expectativas e o rumo no futuro para respo nder aqueles desideratos.

gia, e fora deles apenas o Instituto Português de Reu-

E n este contexto q ue se compreendem as opções dos doentes. Perante estas contingências a que

Como se enquadra o hospital no actual panorama dos cuidados de saúde

1

matologia garante cuidados especializados ao Serviço nacional de Saúde.

podíamos ainda acrescentar a dos horários limitados

Acesso á farmácia hospitalar na urgência e no

das consultas, os transportes e a vida profissional, a

ambulatório

expectativa de ter um especialista e fundamentalA realidade é que o hospital funciona muitas

mente por saberem que no mesmo tem po (que mais

vezes como um prolongamento dos cuidados pri-

lhes convém) fazem a consulta, os meios auxiliares

Em poucas palavras a possibilidade dos doentes

mários d e saúde e n em sempre pelas melhores

de diagn óstico e têm os resultados que são vistos na

terem os medicamentos prescritos no SU dispensa-

razões. Explico melhor: a referenciação ao hosp ital

mesma consulta. Onde é isto possível fora do serviço

dos pela farmácia hospitalar seria uma enorme facili-

deveria respeitar critérios médicos p ara cuidados

de urgência(SU)?

dade para todos os que acorrem á urgência.

diferenciados, ao nível das especialidades m édicas ou cirúrgicas ou dos m eios a uxiliares de diagnósti-

Se compreendermos o que isto significa para o

N o que respeita á d ispensa de medicamentos de

co.ou para situações de urgência ou em ergência

utente, basta comparar com o que se passa no Cen-

uso restrito hospitalar torna-se urgente agilizar e faci-

m édiGas.

tro de Saúde: marcação difícil e dificultada (raramen-

litar o acesso aos uten tes portadores de prescrição

te se aceitam marcações telefónicas), atrasada no

por especialista d e medicamentos alguns deles de

tempo e ainda as voltas para marcar exames, ir fazê-

au to administração q ue estão hoje (erradamente)

Mas é isto que acontece? Parece-me que não.

los, voltar para os levantar e novamente a via sacra

E na análise destas questões que se devem procu-

para os mostrar ao seu médico de fam ília...

rar as respostas na melhoria assistencial em Portugal.

Centros de Saúde.

dificuldades na marcação de consultas para os seus m édicos de família, alguns (muitos!) não têm mesmo m édico de família atribuído.

consulta, marcada por vezes para semanas depois, .em

médicos para cuidados diferenciados, ao nível das especialidades médicas ou cirúrgicas, dos meios auxiliares de diagnóstico ou mesmo para situações de urgência ou emergência médicas. Mas é isto que acontece? Parece-me que não".

classificados como de uso restrito hospitalar.

os cuidados primários de saúde A correcção dos enviesamentos de que falei no início desta crónica e uma articulação que passasse ao menos pelo envio de um relatório da observação, resul-

Nas consultas externas o Hospital é habitual-

tado e prescrição no SU que permita ao clínico geral con-

mente um centro de referência e de excelência onde

tin uar a seguir o doente que foi ao SU seria bem-vinda.

estão os especialistas. N a generalidade o acesso é Que têm de ir de madrugada para obter uma

ao hospital deveria respeitar critérios

funciona 24 horas, de porta aberta a todos os que ali acorrem, respondendo como podem ás carências dos

O que nos relatam os nossos doentes? Que têm

1

"A referenciação

Relacionamento e articulação do hospital com Este é o panorama da urgê ncia hospitalar que

N ão sei se é fácil...

ita

oente e

limitado pelo trabalho dos especialistas hospitalares com o internamento, e o SU .

Enfim o rganização precisa-se nos serviços d e Saúde

Arsisete Saraiva Pres. Associação Nacional dos Doentes da Artrite Reumatóide


~ere

D

a no n erno

ecidi, com a audácia da inimputabilidade

dores que por lá penam, dirão os mais práticos. Ou,

Peguemos de novo, metaforicamente claro, na

ano o inverno se aproxima mais do inferno. E o

(afinal, não sou cronista firmado nem

então e já agora, uma cerveja no inverno, que uma

cereja de Rimbaut. Uma cereja numa situação

inferno, ao contrário do que apregoava Sartre, somos

pretendo encetar carreira), começar pelo

bejeca fresquinha cai sempre bem, independente-

impossível ou dificílima, em qualquer caso. Não sei

nós. Nós que estamos no sector e todos os dias bai-

título. Suponho que esse é o recurso dos principian-

mente da estação do ano, pensarão, com medo do

porquê, mas ocorre-me pensar que entre a cereja e o

xamos um pouco mais os ombros. Nós que estamos

tes sem grande futuro. Mas um bom título, pensei, é

politicamente incorrecto, os mais dados às coisas

sector da saúde português existem, inesperadamente,

no sector e nos deixamos tentar pelo fácil e aparente

meio caminho andado e logo se verá como encher o

boas da vida.

mais semelhanças do que dife-

resto do espaço. Não pude, então, deixar de recordar

renças. A cereja é um fruto frá-

Millor Fernandes, um pouco conhecido entre nós

Isso não interessa nada para o efeito, mas a ver-

gil e apetecido, alvo de ataques

autor e humorista brasileiro a quem convidaram para

dade é que já preenchi, até este preciso momento,

de pássaros e pragas indiferentes

escrever um micro-conto com o máximo de 50 pala-

2.764 caracteres (o que não vale o word count do

à sua beleza ou sabor. A cereja

vras. Como o título do conto não estava sujeito a

word! Já viram o que seria contar, um a um, tantos

no inferno morre e no inverno

limite, Millor acabou por esáever um conto cujo

caracteres?). E o mais espantoso é que, no momento

dificilmente sobrevive incólume

título era bem maior do que a história propriamente

em que escrevo o número de caracteres que já utili-

à inclemência dos elementos. A

dita, respeirosamente limitada ao absurdo número de

zei, eles já são 2.781. Fantástico!

saúde é um bem frágil e estraté-

palavras permitidas. Eis uma boa solução tipicamente

em alternativa ao difícil e

A saúde é um bem frágil

adquirido. Nós que todos os

e estratégico para um país. Um país doente é

dias nos esquecemos porque e

um país sem presente e sem futuro. O sector português da saúde tem vindo, ao longo dos anos, a ser pasto de

por quem existimos. Nós que não temos engenho ou coragem para reconhecer os erros (não estamos nós fartos de diagnósticos?) e para empreender a mudança.

Mas retomemos a cereja no inferno ou no inver-

gico para um país. Um país

no. Uma cereja no inferno é uma impossibilidade

doente é um país sem presente e

física. Em ambiente tão quente, certamente que o

sem futuro. O sector português

Mas que título, que raio de título haveria eu de

frágil fruto rapidamente ficaria reduzido a cinzas! Já

da saúde tem vindo, ao longo

usar para justificar o imenso espaço em branco que

no inverno, aumentariam as suas possibilidades de se

dos anos, a ser pasto de interes-

também, ética nos comporta-

me atribuíram? Que título poderia obnibular o texto

manter, dependendo, naturalmente, das condições

ses nem sempre claros ou legíti-

mentos, exigência de qualidade

e fazer esquecer a mediocridade do autor?

climatéricas e da localização da cerejeira.

mos, públicos e privados, indi-

nas soluções e responsabilidade

viduais e colectivos. Uma horda

social nos resultados. Urge o

resultado de uma genealogia com sangue português!

Recuando aos meus tempos de adolescente em

interesses nem sempre claros ou legítimos

Salvar a cereja do inverno ou do inferno exige trabalho, muito trabalho. Mas exige,

formação, lembrei o título de um livro que sempre

Aqui chegamos ao ponto em que os mais cépti-

imensa e sem rebuço que se

tempo. Que a cereja no inferno

me encantara - Uma Cereja no Inferno - de Arthur

cos suspenderão a leitura, olharão por cima dos ócu-

serve a seu bel-prazer de um

morre.

Rimbaut. Para além de compartilhar o nome próprio

los para o tecto da sala e pensarão com os seus

património colectivo. São as

com o maldito e precocemente desaparecido poeta e

botões: "mas onde é que o gajo quer chegar com este

corporações que o ocupam, os

Seja quem for que venha a

de admirar a sua poesia, nunca tinha compreendido

paleio todo sobre a cereja?"

políticos que o fustigam com

ganhar as eleições legislativas,

políticas de toca e foge inconse-

os termos de referência são claros e precisos. Coragem para

bem o significado de tal título (que nada associava ao conteúdo do livro) . Mas o certo é que, se bem me

Calma, afinal, já vos falei de religião (o inferno),

quentes e tontas, os utilizadores

lembro, o próprio título era objecto de discussão, já

agricultura (a cereja), meteorologia (o inverno), tec-

que o abusam, os burocratas

Artur Vaz

mudar o que está mal. Compe-

que teria duas versões publicadas - uma, a já citada

nologia (word), prosa (Millor Fernandes) e poesia

que o desumanizam. Cada nova

Administrador Hospitalar

tência para escolher as soluções

"uma cereja no inferno" e outra "uma cereja no inver-

(Rimbaut) o que, convenhamos, em apenas 3.759

ideia é p ara abater. Falar de

no". Uma cereja será tão inusitada no inverno como

caracteres, é obra. E praticamente já tenho dois ter-

racionalidade e eficiência é economicista (não sei

saber discutir e partilhar. Transparência para criar

no inferno, dirão os mais prosaicos. Porque não uma

ços da peça escrita!

onde foram desencantar tal palavra!). Inovar é

confiança nos resultados. Capacidade para proteger o

encontrar novas forças de bloqueio. De facto, cada

interesse nacional.

cerveja no inferno, certamente saberia bem aos peca-

adequadas. Humildade para as

31 ; !


~

itais O

a ~ao

s hospitais-fundação (foundation hospitals) cons-

existentes. Os bens dos NHS são transferidos para a sua

Canada, Hospitalia Acriva Health (Alemanha), Serco, Secta

para decidir sobre a passagem ao estatuto de hospital-funda-

tituem uma nova medida introduzida pelo gover-

posse e controlo. A legislação geral onde se inserem os "hos-

Group e a empresa de consultadoria Quo Health.5. H á que

ção, necessitando de ser requerido à entidade reguladora. O

no trabalhista britânico como parte do seu pro-

pitais-fundação", com a designação empresas-fundação

ter em conta, que algumas destas corporações nunca geriram

número mínimo de sócios que estes hospitais necessitam é de

grama de reformas do NHS, conhecido como "Plano do

(Foundation Trusts), possibilita ao governo britânico a apli-

hospitais .

NHS para a Inglaterra" e publicado em Julho de 2002.

cação deste estatuto a outros tipos de organizações, nomeada-

A implementação dos hospitais-

Esta medida não será aplicada na Escócia, País de Gales

mente a empresas privadas que, deste modo, ficam isentas

fundação foi acompanhada do estabele-

e Irlanda do Norte. As propostas de criação dos hospitais-

dos impostos sobre os lucros. Somente os hospitais que este-

cimento de tabelas nacionais de p reços

fundação foram redigidas com a participação dos conselhei-

jam classificados com "3 estrelas" pelo seu desempenho glo-

para quase todos os procedimentos não

ros políticos do governo, que incluem o chefe executivo da

bal são elegíveis para obter o estatuto de fundação. No entan-

urgentes e da introdução do pagamento

HMO da Califórnia, Kaiser Permanente, e representantes de

to, o governo já afirmou esperar que durante os próximos 4

por resultados, na base do número de

corporações privadas da saúde como o "Institute of Directo-

ou 5 anos todos os actuais hospitais-empresa (hospitais NHS

tratamentos efectuados. Este sistema de

res", o qual é conhecido pelos seus relatórios defendendo a

Trusts) serão fundações.

contratação e preços foi baseado no sis-

500. O "G uy's and St. Thomas H ospi-

"A implementação dos hospitais-fundação foi acompanhada do estabelecimento de tabelas de preços para quase todos os procedimentos não urgentes e da introdução do pagamento por resultados, na base do número de tratamentos

tal'', em Londres, emprega 8.000 funcion ári os e atende, em média, 750.000 doentes por ano, e só conseguiu que 500 pessoas se mostrassem interessadas, das q uais 88% são fun cionários. O "Birm ingham Un iversity College Hospital", que em p rega 6.000 funcionários tem 1.500 interessados, enquanto o ''Addenbrooke Hospital", em Cambridge, tam-

eliminação daquilo que chama o "monopólio" do NHS e a

Tal significa, que o governo planeia abrir este estatuto

tema de saúde americano. No entanto,

mudança da prestação para os sectores privado e voluntário.

para os hospitais com menos de "3 estrelas" . A confirmar

estas tabelas não serão aplicadas no sec-

Estes hospitais são entidades legais independentes, não estão

este plano do governo, está a recente declaração da entidade

tor privado , que estabelecerá os seus

sob o controlo directo do governo e são propriedade dos seus

de inspecção, a Healthcare Commission, anunciando que

próprios preços . Quanto à estrutura de

sócios, oriundos dos respectivos quadros de pessoal, doentes

2005 será o último ano de aplicação da classificação por

funcionamento e gestão, existem o con-

e população local. Os hospitais-fundação constituem um

"estrelas". A nova abordagem de avaliação será diferente e

selho de governadores e o conselho de

modelo espantosamente semelhante aos "Hospitais NHS

não envolverá grandes equipas de inspectores fazendo visitas

directores. O conselho de governadores

Trusts" introduzidos através das reformas do mercado interno

de rotina, nem exigirá colecções de grandes quantidades de

é eleito pelos sócios dos hospitais-fun-

do anterior governo de Margaret Thatcher. Aliás, a história

dados suplementares. Os hospitais que falham os objectivos e

dação, podendo a maioria dos seus ele-

sócios. N as eleições para os se us 17

desse período, com o falhanço da realização das liberdades

têm "zero estrelas" são forçosamente sujeitos a nova gestão e

mentos ser, no entanto, n o m eada .

ad ministradores, realizadas em meados

prometidas para os "NHS Trusts", oferece algumas lições cla-

aquisição pelo sector privado. Três hospitais classificados com

Somente 1 representante do pessoal

de 2004, só metade dos sócios votou.

ras para estas medidas das fundações. Segundo as disposições

"zero estrelas", "Royal United Hospital" (Bath), United Bris-

hospitalar necessita de ser n omeado

Um aspecto central deste processo de

relativas a esta medida, estes hospitais terão mais poderes e

tol Healthcare e Good Hope Hospital (Birmingham), foram

para o referido conselho de governado-

reforma são as novas estruturas de regu-

fl exibilidades, nomeadam ente: pedir empréstimos ao sector

os primeiros a ser concessionados a corporações privadas na

res e no conselho de directores nenhum

lação, cujo papel principal é operaciona-

privado; reter os saldos positivos;

base de um esquema anunciado em meados de 2002 pelo

representante pro fissional pode estar

lizar o sistema de mercado e assegurar

então secretário de estado d a saúde Alan Milburn.

presente. O conselho de governadores

que não existem barreiras para a entrada

ficar com todo o dinheiro da venda de terrenos e bens

efectuados. Este sistema foi baseado no sistema de saúde americano"

bém com 6.000 funcionários, tem 1800 interessados. N enhum destes hospitais atraiu ainda 1% do número potencial de sócios. O "Bradford Teaching Hosp ital" tem 4.000 funcionários e atende mais de 100.000 doentes por ano, dispondo de somente 1.143 pessoas registadas como

patrimoniais; praticar grande flexibilidade na fixação de salá-

Como justificação desta medida, foi referido o fraco

nomeia os membros não-executivos do

do sector privado em termos de preços,

rios e demais condições do seu pessoal; liberdade para colocar

desempenho na redução das listas de espera e no cumpri-

conselho de directores e é consultado

subsíd ios ou de "monopólios" do NHS

os seus próprios termos e condições de prestação dos servi-

mento das respectivas metas financeiras. A outros 5 hospitais

por este último quanto aos planos futu-

Mário Jorge

ços; subcontratar a totalidade da gestão do hospital ou diver-

na mesma situação foi-lhes dado mais tempo para melhorar o

ros, não tendo poder de voto sobre as

Presidente do SMZS

sas partes funcionais ao sector privado - esta medida pode ser

seu desempenho, tendo Alan Milburn concedido a 8 corpo-

decisões tomadas. São estes os ún icos

extensível aos serviços clínicos - recorrer a financiamentos de

rações p rivadas a possibilidade de apresentar propostas de

poderes do conselho de governadores, dado que a sua activi-

Nota: Este artigo faz parte de um livro a ser editado em

investidores privados através do modelo PFI; criar extensões

aquisição: BUPA e BMI, os mais importantes grupos priva-

dad e está determinada por d isposições nacionais, controlo

breve e é publicado com autorização do autor, Mário Jo rge

comerciais ou juntarem-se a empreendimentos comerciais já

dos britânicos de hospitais, a Capio (Sueca) , lnterhealth

central e estrutura da qualidade. Inclusive, não têm poderes

Neves, presidente do SMZ S

(contin ua)

33


DIÁRIO DA REPÚBLICA A GH fará eco, mensalmente, das medidas tomadas por quem nos governa e que de uma forma ou de outra

,,,,..

são importantes para o sector·da Saúde e, em casos mais específicos, para o próprio País. Nesta edição, damos conta de decisões apresentadas em Diário da República entre 21 Dezembro de 2004 e 26 Janeiro de 2005

MINISTÉRIO DA SAÚDE Decreto-Lei n.11/2005, de 6 de Janeiro de 2005 Altera o Decreto-Lei n. 0 203/2004, de 18 de Agosto, que define o regime jurídico da formação médica, após a licenciatura em Medicina, com vista à especialização, e estabelece os princípios gerais a que deve obedecer o respectivo processo Resolução do Conselho de Ministros n°16/2005, de 19 de Janeiro Prorroga, por um ano, o prazo de vigência da unidade de missão "Hospitais SA" Resolução do Conselho de Ministros n. 18/2005, de 20 de Janeiro Determina que o Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) se mantém na responsabilidade da Unidade Central de Gestão de Lista de Inscritos, constituída no âmbito do Gabinete do Ministro da Saúde, até 31 de Março de 2005 0

Portaria n. 0 103/2005, de 25 de Janeiro Integra a infecção pelo VIH na lista de doenças de declaração obrigatória Decreto-Lei n. 0 23/2005, de 26 de Janeiro Prorroga até 31 de Dezembro de 2005, a majoração de 25% estabelecida no n. 0 2 do artigo 6° do Decreto-lei n. 0 270/2002, de 2 de Dezembro

MINISTÉRIOS DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DA SAÚDE

Portaria n. 0 42/2005, de 17 de Janeiro Cria o curso de pós-licenciatura de especialização em Enfermagem de Reabilitação na Escola Superior de Enfermagem de Bissaya Barreto e aprova o respectivo plano de estudos

Portaria n. 0 42-A/2005, de 17 de Janeiro Actualiza as remunerações dos funcionários e agentes da administração central, local e regional, actualizando os índices 100 e as escalas salariais em vigor, bem como as tabelas de ajudas de custo, subsídios de refeição e de viagem e marcha e as pensões a cargo da Caixa Geral de Aposentações

Portaria n. 0 115/2005, de 28 de Janeiro Aprova o plano de estudos do curso bietápico de licenciatura em Geroncologia ministrado pela Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Bragança

Portaria n. 12,2005, de 6 de Janeiro de 2005 Altera o plano de estudos do curso de licenciatura em Enfermagem da Escola Superior de Enfermagem São Francisco das Misericórdias 0

Portaria n. 0 13/2005, 6 de Janeiro de 2005 Autoriza o Instituto Superior de Ciências Saúde - Sul a conferir o grau de mestre na especialidade de Nutrição e Saúde Pública Portaria n. 0 14/2005, 6 de Janeiro de 2005 Aprova o plano de escudos do curso bietápico de licenciatura em Radiologia ministrado pela Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, do Instituto Politécnico de Castelo Branco

para decidir sobre a passagem ao estatuto de hospital-funda-

Group e a empresa de consultadoria Quo Health.5. Há que

ção, necessitando de ser requerido à entidade reguladora. O

ter em conta, que algumas destas corporações nunca geriram

número mínimo de sócios que estes hospitais necessitam é de

A implementação dos hospitaisfundação foi acompanhada do estabelecimento de tabelas nacionais de preços para quase todos os procedimentos não

Portaria n. 0 116/2005, de 28 de Janeiro Autoriza o Instituto Superior de Ciências da Saúde - Norte a conferir o grau de mestre na especialidade de saúde e Controlo Ambiental

urgentes e da introdução do pagamento por resultados, na base do número de tratamentos efectuados. Este sistema de

Portaria n. 0 117/2005, de .2 8 de Janeiro Altera o plano de estudos do curso de licenciatura em Enfermagem ministrado pela Escola Superior de Enfermagem de São João de Deus

contratação e preços foi baseado no sistema de saúde americano. No entanto, estas tabelas não serão aplicadas no sec-

MINISTÉRIOS DAS ACTIVIDADES ECONÓMICAS EDO TRABALHO E DA SAÚDE

tor privado, que estabelecerá os seus próprios preços . Quanto à estrutura de

Portaria n. 147112004, de 21 de Dezembro Estabelece os princípios e regras a que deve obedecer a dimensão das embalagens dos medicamentos susceptíveis de comparticipação pelo Estado no respectivo preço

selho de governadores e o conselho de

MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPORTES ECOMUNICAÇÕES

é eleito pelos sócios dos hospitais-fun-

Portaria n. 0 1484/2004, de 23 de Dezembro Lança em circulação um postal pré-franquiado comemorativo dos 50 anos do Hospital de Santa Maria

MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, INOVAÇÃO E ENSINO SUPERIOR Portaria n. 0 5/2005, de 6 de Janeiro de 2005 Aprova o plano de escudos do curso bietápico de licenciatura em Cardiopneumologia ministrado pela Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, do Instituto Politécnico de Castelo Branco

Canada, Hospitalia Activa Health (Alemanha), Serco, Secta

500. O "Guy's and St. Thomas Hospi-

hospitais.

0

Portaria n. 145712004, de 6 de Dezembro Aprova o quadro de pessoal da Entidade Reguladora da Saúde

a -----ªº

Portaria n. 0 15/2005, 6 de Janeiro de 2005 Altera o plano de escudos do curso bietápico de licenciatura em Enfermagem ministrado pela Escola Superior de Enfermagem do Instituto Politécnico de Leiria

CONSELHO DE MINISTROS Resolução do Conselho de Ministros n. 17/2005, de 19 de Janeiro Cria, na dependência do Ministro das Finanças e da Administração Pública, a estrutura de missão designada "Intervenção Operacional da Administração Pública" 0

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

funcionamento e gestão, existem o condirectores. O conselho de governadores

"A implementação dos hospitais-fundação foi acompanhada

tal", em Londres, emprega 8.000 funcionários e atende, em média, 750.000 doentes por ano, e só conseguiu que 500 pessoas se mostrassem interessadas, das

do estabelecimento de tabelas de preços

quais 88% são funcionários. O "Birmingham University College Hospital",

para quase todos os procedimentos não

que emprega 6.000 funcionários tem

urgentes e da introdução do pagamento por resultados, na base do número de tratamentos

brooke Hospital", em Cambridge, tam-

efectuados. Este sistema foi baseado no sistema de saúde americano"

1.500 interessados, enquanto o "Addenbém com 6.000 funcionários, tem 1800 interessados. Nenhum destes hospitais atraiu ainda 1o/o do número potencial de sócios. O "Bradford Teaching Hospital" tem 4.000 funcionários e atende mais de 100.000 doentes por ano, dispondo de somente 1.143 pessoas regisradas como

dação, podendo a maioria dos seus ele-

sócios. Nas eleições para os seus 17

mentos ser, no entanto, nomeada.

administradores, realizadas em meados

Somente 1 representante do pessoal

de 2004, só metade dos sócios votou.

hospitalar necessita de ser nomeado

Um aspecto central deste processo de

para o referido conselho de governado-

reforma são as novas estruturas de regu-

res e no conselho de directores nenhum

lação, cujo papel principal é operaciona-

representante profissional pode estar

lizar o sistema de mercado e assegurar

presente. O conselho de governadores

que não existem barreiras para a entrada

nomeia os membros não-executivos do

do sector privado em termos de preços,

conselho de directores e é consultado

subsídios ou de "monopólios" do NHS

por este último quanto aos planos futu-

Mário Jorge

ros, não tendo poder de voto sobre as

Presidente do SMZS

(continua)

Decreto do Presidente da República n. 0 100-B/2004, de 22 de Deumbro Dissolve a Assembleia da República

decisões tomadas. São estes os únicos poderes do conselho de governadores, dado que a sua activi-

Nota: Este artigo foz parte de um livro a ser editado em

Lei n. 0 12/2005, de 26 de Janeiro Informação genética pessoal e informação de saúde

dade está determinada por disposições nacionais, controlo

breve e é publicado com autorização do autor, Mário Jorge

central e estrutura da qualidade. Inclusive, não têm poderes

Neves, presidente do SMZS

33 ; f


DIÁRIO DA REPÚBLICA A GH fará eco, mensalmente, das medidas tomadas por quem nos governa e que de uma forma ou de outra são importantes pa.ra o sector·da Saúde e, em casos mais específicos, para o próprio País. Nesta edição, damos conta de decisões apresentadas em Diário da República entre 21 Dezembro de 2004 e 26 janeiro de 2005 MINISTÉRIO DA SAÚDE Decreto-Lei n.11/2005, de 6 de Janeiro de 2005 Altera o Decreto-Lei n.0 203/2004, de 18 de Agosto, que define o regime jurídico da formação médica, após a licenciatura em Medicina, com vista à especialização, e estabelece os princípios gerais a que deve obedecer o respectivo processo Resolução do Conselho de Ministros n°16/2005, de 19 de Janeiro Prorroga, por um ano, o prazo de vigência da unidade de missão "Hospitais SA" Resolução do Conselho de Ministros n . 0 18/2005, de 20 de Janeiro Determina que o Sistema Integrado d e Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) se mantém na responsabilidade da Unidade Central de Gestão de Lista de Inscritos, constituída no âmbito do Gabinete do Ministro da Saúde, acé 31 de M arço de 2005 Portaria n. 0 103/2005, de 25 de Janeiro Integra a infecção pelo VlH na lista de doenças de declaração obrigatória Decreto-Lei n. 23/2005, de 26 de Janeiro Prorroga até 3 1 de D ezembro de 2005, a majoração de 25% estabelecida no n. 0 2 do artigo 6° do Decreto-lei n. 0 270/2002, de 2 de Dezembro 0

MINISTÉRIOS DAS FINANCAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÜBUCA E DA SAÚDE Portaria n. 1457/2004, de 6 de Dezembro Aprova o quadro de pessoal da Entidade Reguladora da Saúde Portaria n. 0 42-A/2005, de 17 de Janeiro Actualiza as remunerações dos funcionários e agentes da administração central, local e regional, actualizando os índices 100 e as escalas salariais em vigor, bem como as tabelas de ajudas de custo, subsídios de refeição e de viagem e marcha e as pensões a cargo da Caixa Geral de Aposentações

Portaria n. 0 15/2005, 6 de Janeiro de 2005 Altera o plano de estudos do curso bietápico de licenciatura em Enfermagem ministrado pela Escola Superior de Enfermagem do Instituto Politécnico de Leiria Portaria n. 0 42/2005, de 17 de Janeiro Cria o curso de pós-licenciatura de especialização em Enfermagem de Reabilitação na Escola Superior de Enfermagem de Bissaya Barreto e aprova o respectivo plano de estudos Portaria n. 0 115/2005, de 28 de Janeiro Aprova o plano de estudos do curso bietápico de licenciatura em Gerontologia ministrado pela Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Bragança Portaria n. 0 116/2005, de 28 de Janeiro Autoriza o Instituto Superior de Ciências da Saúde - Norte a conferir o grau de mestre na especialidade de saúde e Controlo Ambiental Portaria n. 0 117/2005, de .28 de Janeiro Altera o plano de estudos do curso de licenciatura em Enfermagem ministrado pela Escola Superior de Enfermagem de São João de Deus

MINISTÉRIOS DAS ACTIVIDADES ECONÓMICAS E DO TRABALHO E DA SAÚDE Portaria n. 0 1471/2004, de 21 de Dezembro Estabelece os princípios e regras a que deve obedecer a dimensão das embalagens dos medicamentos susceptíveis de comparticipação pelo Estado no respectivo preço

MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES Portaria n.0 1484/2004, de 23 de Dezembro Lança em circulação um postal pré-franquiado comemorativo dos 50 anos do Hospital de Santa Maria

MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, INOVAÇÃO E ENSINO SUPERIOR Portaria n. 0 5/2005, de 6 de Janeiro de 2005 Aprova o plano de estudos do curso bietápico de licenciatura em Cardiopneumologia ministrado pela Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, do Instituto Politécnico de Castelo Branco Portaria n. 0 12,2005, de 6 de Janeiro de 2005 Altera o plano de estudos do curso de licenciatura em Enfermagem da Escola Superior de Enfermagem São Francisco das Misericórdias Portaria n. 0 13/2005, 6 de Janeiro de 2005 Autoriza o Instituto Superior de Ciências Saúde - Sul a conferir o grau de mestre na especialidade de Nutrição e Saúde Pública Portaria n. 0 14/2005, 6 de Janeiro de 2005 Aprova o plano de estudos do curso bietápico de licenciatura em Radiologia ministrado pela Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, do Instituto Politécnico de Castelo Branco

CONSELHO DE MINISTROS Resolução do Conselho de Ministros n. 0 l 7 /2005, de 19 de Janeiro Cria, na dependência d o Ministro das Finanças e da Administração Pública, a estrutura de missão designada "Intervenção Operacional da Administração Pública"

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

ESCOLA NACIONAL DE

Decreto do Presidente da República ......,>-ttttt:'K' Dissolve a Assembleia da República Lei n. 0 12/2005, de 26 de Janeiro Informação genética pessoal e infor

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