Gestão Hospitalar - Nº36_2008

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04 Editorial

Pedro Lopes, presidente da APAH, escreve o primeiro editorial com a sua assinatura, desde que foi eleito, e apresenta as linhas de orientação que pretende seguir. O dirigente não esqueceu de destacar, no entanto, o trabalho realizado pelo seu antecessor, nos últimos 16 anos. Imagem, modernização, envolvimento, comunicação e ética, são as cinco bases que vão servir de orientação no trabalho a levar a cabo pela nova direcção.

08 Hospitais

O Centro Hospitalar de Lisboa Central passou a contar com um novo sistema de comunicações clínicas. Trata-se de um sistema inovador e revolucionário que promete ajudar profissionais de saúde e doentes a poupar tempo. Parece que, afinal, melhor. .. é possível!

13 Entrevista

O presidente da Biai, Luís Portela, não tem medo de dizer o que pensa sobre o sector da Saúde, mesmo que muitas vezes não seja politicamente correcto. Mas as suas opiniões são sempre apresentadas com muita calma, tranquilidade e humanismo. Ele nunca esquece as pessoas. Um dom que vai sendo raro, num meio tão competitivo - e muitas vezes letal como o da Indústria Farmacêutica.

24 Eventos

O Hospital de Santa Maria inaugurou, com pompa e circunstância, as novas instalações da sua farmácia Hospitalar. A maior da Península Ibérica. Mas a iniciativa não ficou por aqui. A administração do Hospital aproveitou a ocasião e juntou centenas de convidados na Aula Magna da Faculdade de Medicina de Lisboa para atribuir a Medalha de mérito, à directora da farmácia hospitalar, Piedade Ferreira.

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A APAH organizou o 3° Seminário Nacional de Financiamento

ESCOLA N.A.C!ONAL DE

Hospitalar, sobre a Sustentabilidade do SNS. Um leque

SAÚDE PUBLICA

de oradores notáveis, tendo também estado presente,

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na sessão de abertura o secretário de Estado da Saúde,

li\

Francisco Ramos. Saiba o que pensam médicos, economista

BIBLIOTECA

e gestores sobre o futuro do SNS

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Palavras Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares pretende continuar o seu percurso de referência na área da gestão hos-

O afastamento entre a nossa Associação e os nossos associados é um facto. Acreditamos, no entanto, que a partir do momento em que verifiquem e confirmem

pitalar como entidade associativa representativa dos interesses dos seus associados e ainda promocora do

o papel interventivo da mesma na procura da solução dos seus problemas, os seus associados estarão presen-

pensamento e ideias no campo da saúde. Constituída no ano 1981 desenvolveu a sua actividade por várias Direcções, das quais destacamos a do nosso antecessor com a duração de 16 anos e carregada de um forte espírito de afirmação.

tes quanto ao seu envolvimento perante a Associação sua representante.

Passado o período eleitoral e resolvidos parcialmente os problemas de logística, resta-nos agora desenvolver

seus associados, foi a incapacidade na comunicação. A criação de um site é um trabalho prioritário e já se

o trabalho que nos propusemos fazer e que constou do nosso programa.

encontra em fase de desenvolvimento. A capacidade de diálogo com os nossos associados vai ser mais efec-

Assim, os propósitos desta nova Direcção assentam basicamente nas seguintes ideias-chave: Imagem, Modernização, Envolvimento, Comunicação e Ética.

tiva, a oportunidade da informação será mais imediara e a visibilidade da nossa Associação será mais conseguida. Por outro lado, a revista Gestão Hospitalar

IMAGEM - com esta ideia pretendemos continuar e,

que será objecto de algumas modificações, designadamente com uma maior intervenção dos adminis-

se possível, melhorar a imagem institucional da nossa Associação. Se a imagem da APAH ao nível da envol-

tradores hospitalares, será outro veículo percursor de uma melhor comunicação

vente externa conseguiu atingir um patamar de grande visibilidade, ao nível da envolvente interna necessita de

ÉTICA - a criação de um Código de Conduta tem

A Pedro Lopes Presidente da APAH

"Reunir os administradores hospitalares à volta da sua associação"

Chave COMUNICAÇÃO - um dos monvos que levou a algum distanciamento entre a nossa Associação e os

um grande investimento para que todos os associados partilhem e interiorizem essa mesma imagem.

sido um desígnio de todas as Direcções que até ao momento não foi conseguido. É fundamental estabelecer regras de conduta nesta área, fortemente atin-

MODERNIZAÇÃO - o actual contexto de mudança

gida por mudanças que muitas vezes propiciam atitudes menos consentâneas com o cumprimento dos

na Administração Pública que partilha os novos conceitos da New Public Administration, implica uma nova visão para a nossa carreira afectada pelo novo estatuto jurídico dos hospitais, pela racionalização do número de carreiras, pela mudança do respectivo vínculo laboral e por outras determinantes que obrigam, desta forma, a pensar com profundidade, oportunidade e clareza o nosso papel neste novo en-

princípios e valores que devem informar a actividade profissional dos administradores hospitalares. Os administradores hospitalares, independentemente do seu posicionamento na hierarquia da instituição que servem, devem nortear a sua conduta pelos princípios e valores éticos que caracterizam a profissão. É nossa intenção criar esse documento.

quadramento. Estas ideias-chave são apenas a trave mestra da proposENVOLVIMENTO - a ideia mais difícil de concre-

tizar e, no entanto, aquela à qual daremos a maior importância no presente mandato. A intenção é tornar a reunir os administradores hospitalares à volta da sua Associação, fazendo-os partilhar de todos os momentos de construção e sedimentação da mesma.

Cuidamos da vida

com o sentimento de quem cuida de algo único Procuramos novas soluções como resposta aos desafios do dia-a-dia.

Na Johnson & Johnson Medical preocupamo-nos com a sua saúde e o seu bem-estar. Por si, diariamente, centenas de pessoas dedicam o seu conhecimento à investigação e inovação tecnológica. Procuramos desenvolver as melhores soluções com o objectivo único de tornar melhor e mais saudável a vida de todos.

ta que esta Direcção fez aos seus associados que por sua vez entenderam atribuir-lhe o respectivo mandato nos próximos três anos. Outras questões serão levantadas, outras soluções serão encontradas. O compromisso é o de tudo fazer para partilhar com os nossos colegas e amigos o futuro da nossa Associação. lilD

Medical

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Por si, por uma vida melhor


Primeiro estudo epidemiológico

Formulário Galénico Português

Medicamentos manipulados O Formulário Galénico Português, editado pelo LEF - o laboratório de estudos far-

Informação em medicina

macêuticos da ANF, constitui uma ferramenta indispensável para a produção de medicamentos manipulados nas farmácias. A nova edição é orientada para a pediatria, com formulações distribuídas entre 40 substâncias activas e oiro grupos terapêuticos nesta especialidade. Este formulário é um valioso recurso para os far-

rentes da utilização de medicamentos industrializados» refere João Cordeiro, presidente da ANF.

Estas são as conclusões da Sociedade Europeia da Tiróide, que refere que os principais distúr-

macêuticos e para os médicos, nas garantias do acesso do doente à terapêutica e da eficácia, quali-

A legislação continua a discriminar negativamente os medicamentos manipulados, atribuindo-lhe

bios neste tipo de patologia são o hipotiroidismo e o hipertiroidismo, sendo os casos de cancro da

dade e segurança dos medicamentos. «Estes medicamentos são, muitas vezes, o único

um regime de comparticipação diferente dos medicamentos industrializados, sem nenhuma razão

recurso terapêutico disponível e adequado às ne-

técnica ou económica que o justifique. EilD

tiróide cada vez mais frequentes. Uma das principais causas para a elevada prevalência destas doenças é a pouca informação sobre o tema. Para traçar o diagnóstico da realidade nacional,

Calvície tem solução

Biblioteca Rastreias gratuitos móvel chega à avaliam nível de calvície Guiné-Bissau E A Ordem dos Enfermeiros lançou no pas-

ntre 9 e 15 de Julho e de 5 e 6 de Agosto, das lOh às l 9h, em Lisboa, a clíni-

extracção individual das raízes do cabelo (folículos), sem recurso a qualquer corte de

sado dia 23 de Junho o projecto Biblioteca Móvel em Português, na Guiné-Bissau.

ca CM2C promove consultas gratuitas para avaliar o nível de calvície dos portugueses,

Uma delegação da Ordem dos Enfermeiros partiu para o país africano e reuniu-se com a Associação Nacional de Enfermeiros e Parteiras da Guiné-Bissau, organização que vai conduzir a implementação do projecto no terreno. O Projecto Biblioteca Móvel consiste num con-

de forma a assinalar os 250 transplantes realizados já no nosso país. «O objectivo desta iniciativa é explicar que a calvície tem uma solução e já existe no mer-

pele, ficando o paciente com um aspecto 100% natural, completamente livre de cicatrizes, e com a possibilidade de usar o cabelo a seu gosto, curto ou comprido. rilD

junto de várias obras em português, organizadas por áreas temáticas e apresentadas em «baús-bibliotecas». O objectivo deste projecto traduz-se em disponibilizar informação actualizada e obras de referência nas áreas da Medicina e da Enfermagem, as quais poderão ser consultadas por enfermeiros e outros profissionais de saúde que exercem em áreas remotas ou onde o acesso à formação é especialmente difícil. Este projecto conta com o apoio do Ministério da Saúde português, da CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - da Fundação Calouste Gulbenkian, da Lusodidacta e da MSD, entre outras instituições. EilD

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Tiróide atinge 10 % da população portuguesa

cessidades específicas de determinado doente. A individualização que os medicamentos manipulados permitem é imprescindível em situações de adaptação de doses, na associação de diferentes substâncias activas, na optimização da formulação galénica, na modificação de características organolépticas e na resposta a intolerâncias decor-

cado transplantes capilares que não implica cortes de pele» refere Carlos Silva, director da CM2C. A maioria das pessoas que procuram esta clínica são homens, com mais de 30 anos, mas existem várias mulheres, na casa dos 40 anos, que também recorrem a esta técnica. A calvície está associada ao avanço da idade, embora os primeiros sinais já sejam evidentes entre os 25 e os 30 anos. É um problema que afecta maioritariamente os homens, apesar de surgir cada vez mais em mulheres. Estima-se que cerca de 25% das mulheres entre os 25 e 40 anos apresentam algum grau de calvície . Este método inovador e indolor permite a

U

m em cada dez portugueses - 10% da população - sofre de doenças da tiróide.

o Grupo de Estudos da Tiróide da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM) está a realizar o primeiro estudo epidemiológico sobre o «Aporte de Iodo».

dem estar na origem do desenvolvimento do bócio na mãe e em problemas cognitivos no feto.

A primeira fase da investigação está terminada e conclui que 20% das grávidas portuguesas têm

A segunda fase vai analisar os níveis se iodo em crianças dos 7 aos 12 anos.

níveis muito baixos de iodo. A carência deste nutriente origina alterações importantes que po-

O estudo foi apresentado no passado dia 25 de Junho, na Ordem dos Médicos, em Lisboa. lBII

2 a 4% da população com o problema

NADH diminui sintomas da Síndrome de Fadiga Crónica D

iminuir os sintomas da Síndrome de Fadiga C róni ca (SFC) é possível através da terapia com base na substância biológica narural NADH (nicotinamida adenina dinucleótido hidreco), a mais importante co-enzi-

de Fadiga Crónica que, segundo os dados revelados permite uma melhoria significativa

dos sintomas de fadiga, e em geral uma diminuição das queixas que caracterizam esta afecção, aumentando assim a qualidade de

ma do organismo humano, imprescindível para a produção de energia celular. Esta foi a principal conclusão de um escudo internacional publicado na revista Annais

vida dos doentes. A relação comprovada entre a terapia à base de NADH e a diminuição dos sintomas da Síndrome de Fadiga Crónica é um importante

ofAilergy, Asthma and Immunology que evidencia a importância do NADH enquanto uma terapia complementar eficaz no tratamento desta síndrome. O objectivo desce estudo foi avaliar a eficácia do NADH em doentes com Síndrome

avanço para o tratamento desta patologia complexa e incapacitante que atinge sobretudo as mulheres, manifestando-se principalmente na terceira ou quarta décadas da vida. Estima-se que entre 2 a 4% da população adulta sofre deste problema. rm

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Tecnologia

Equipamento

Comunicações clínicas melhoram eficiência

Reduzir o tempo de espera dos doentes

O Centro Hospitalar de Lisboa Central {CHLC) introduz um sistema revolucionário de comunicações clínicas, inédito na Europa.

T

ransforrnar-se 'numa unidade sem papéis, dotada de tecnologia inovadora, com processos informatizados, suportados por modernos equipamentos de comunicação é a aposta para futuro do Centro Hospitalar de Lisboa Central. O sistema de comunicações clínicas integradas, denominado Connexall, foi apresentado numa cerimónia pública no dia 27 de Maio, onde foram revelados os benefícios desta aquisição. O sistema permite ligar profissionais e serviços, assegurando urna comunicação rápida, em tempo real e proporcionado a gestão optirnizada das tarefas e do tempo. O Connexall é um sistema implantado no Canadá, Estados Unidos da América al-

e

guns países asiáticos. As unidades hospitalares que constituem o CHLC são as primeiras no país, e da Europa, a contarem com mais este instrumento de trabalho. Encontra-se instalado no bloco de Cirurgia

Cardiotorácica, do Hospital de Santa Marta, incluindo a unidade de cuidados intensivos, e no serviço de internamento. Está também instalado nos serviços de urgência,

urgência e rotina do Hospital de Santo António, no Porto

Consultas Externas, apoio a doentes e no gabinete de coordenação de colheita de órgãos e transplantes do Hospital de S. José, bem corno no bloco operatório pediátrico do Hospital Dona Estefânia. Está ainda em

representa, um investimento anual de um milhão de euros.

O

H ospital Geral de Santo António inaugurou, no dia 13 de Junho, o novo Corelab, o primeiro laboratório do país totalmente automatizado e que integra as análises de urgência e rotina, nas áreas da química, serologia, imunoquímica e hematologia. Com um investimento anual de um milhão

fase de instalação no Bloco de Cirurgia Cardiovascular do Hospital de Santa Marta e no bloco operatório central do Hospital de S. José. O sistema coloca à disposição das equipas médicas e de apoio uma série de ferramentas que correspondem às suas necessidades de mobilidade, melhorando capacidade de resposta. Intuitivo e amigo do utilizador,

.

de euros para o fornecimento de reagentes, software e man utenção, contra colocação de equipamento, o H ospital Geral de Santo António (H GSA) pretende com o novo

.

o programa permite comumcar em tempo real com um grande número de aplicações.

Corelab dar urna resposta mais rápida aos doentes, melhorando assim a qualidade do seu serviço assistencial. De acordo com Sollari Allegro, presidente

Poupar tempo O Connexall direcciona, localiza e diferencia prioridades, fornecendo comunicações instantâneas, poupando tempo e melhorando os cuidados aos doentes. O sistema é fácil de configurar e tem um interface de utilizador intuitivo, com icons que facilitam a imediata compreensão da mensagem. Sempre que é em itido um pedido a

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Melhor ... é possível Esta plataforma de comunicação assegura o registo de todos os eventos e solicitações para análise posterior de relatórios. D esde a sua instalação, e porque é um sistema flexível, torna possível a consequente optimização de recursos existentes, nomeadamente por sugestão dos profissionais. A adaptação do sistema às características particulares de cada unidade e serviço, permite d esenvolver m ecanismos de melhoria do próprio sistema. No primeiro trimestre deste ano, o Conn exall permitiu uma rapidez nas comunicações dez vezes superior à anteriormente registada, com ganhos na qualidade dos cuidados prestados aos doentes.

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Completamente automatizado, o novo laboratório de

Melhorar a qualidade Uma das grandes novidades do Corelab é o facto de permitir a automatização total das tarefas ao longo das diferentes fases do processo de análises das amostras (pré-analítica, analítica e pós-analítica). "Depois de colhida a amostra no doente e enviada para o laboratório através do sistema pneumático ou de colaboradores, todo o processo é feito na mesma solução com reduzida intervenção humana'', explica Helena Ramos, Directora do Departamento de Patologia Laboratorial. ''As amostras são colocadas nos sistemas de automação total, bioquímica e hematologia. A cadeia de bioquímica é responsável pela execução de toda a fase pré-analítica (centrifugação, descapsulagern, aliquotagern - na qual se divide o soro da amostra por vários tubos secundários que são orientados para os vários sectores - separação e capsulagern), seguindo-se o processamento analítico das

mada dos procedimentos em curso. Mais: possibilita um plan eamen to adequado dos procedimen tos, com mais segurança e eficiência. Em serviços onde a presença dos

do C onselho de Ad m inistração do Centro Hospitalar do Porto, "com a implementação des ta solução, todos os doentes - q uer de urgência, quer de ro tina - passam a ter um tempo de resposta semelhante, que é inferior ao que até agora era possível" . E acrescenta: "até à instalação do sistema, cada aparelho funcionava de forma isolada; agora há urna espécie de linha de prod ução q ue agrupa todos os equipamentos,

profissio nais é particularmen te importante, como é o caso d o bloco operatório o u os cuidados intens ivos, este sistema possibilita

comandados pelo mesmo software. Este nível de au tomatização permite, por um lado, urna dim in uição dos tempos de in-

sistema vai garantir urna melhoria da qualidade assistencial aos doentes (quer de urgência, quer de rotina) e urna redução do tempo de

a agilização dos processos de coordenação entre equipas, proporciona uma maior eficácia laboral e fluxo de trabalho optimizado, garantem os profissio nais. Por outro lado , a visualização dos processos em curso,

uma m aior p resença d o enfermeiro jun to dos doentes, urna vez que elimi na uma série de deslocações ou contactos. Porque grande parte das solicitações verbais, presenciais ou por telefone, são erradicadas e o ruído é reduzido ao mínimo. Este ganho é um dos

ternamen to e, por o utro, um a con tenção dos custos com um aumento significativo da qualidade de vida dos doen tes e dos seus fami liares".

internamento, urna vez que quanto mais rápida for a resposta do laboratório, mais depressa se pode instituir a terapêutica indicada. A área de influência do Centro Hospitalar do Porto (CHP), que inclui os Hospitais de Santo António e Maria Pia e a M aternidade Júlio

com util ização de símbolos gráfi cos, quer no monitor dos PCs quer em ecrãs LCD dispostos em pontos-ch ave d os serviços,

mais sentidos pelos profissionais, que referem uma melhoria acentuada no ambiente de trabalho, bem como comunicação inter-serviços. mD

um profissional de saúde, este é notificado em segundos, através de urna mensagem de voz no telem óvel específico do sistema. Porque permite a coordenação centralizada de pedidos, com confirmação da sua recepção, este sistema elimina barreiras nas comunicações, desencontros e mal-entendid os. O acesso di reera e simultân eo a todos os destinatários ·dum mesmo pedido, bem corno

permi te a roda a equipa m anter-se infor-

Diariamente, o novo laboratório funciona de forma contínua (24 horas por dia, 365 dias por ano) e realiza já cerca de 1Omil análises, podendo alcançar no futuro próximo 16 mil análises.

amostras e por fim o pós-analítico", refere. Para complementar o novo Corelab e reduzir ainda mais os tempos de resposta, está ainda prevista, até ao final do ano, a implementação de um sistema de requisição electrónica. O

Diniz, abrange 11O mil pessoas e a área de referência 620 mil. Diariamente, passam pelo CHP cerca de 3.400 pessoas. D1D

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Relatório

Observatório de Saúde critica a demora na criação das USF O Observatório Português dos Sistemas de Saúde, no Relatório de Primavera, reprova atrasos na abertura das Unidades de Saúde

Sala de Espera

Familiar e falta de investimento no sector público

O

Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS), no Relató-

rio da Primavera apresentado no dia 1 de Julho, declarou que "não existiu um trabalho consistente de abertura de Unidades Saúde Familiar (USF)", em 2007, e lamenta que apenas 13 por cento da população sinta os efeitos desta reforma. Os números revelam que das 65 USF que iniciaram actividade, em 2007, 25 abriram em Dezembro, representado 41 por cento do total. O relatório declara que "esta inconsistência não é saudável para um bom desenvolvimenro da reformà' pelo que, refere o documento, "obriga a uma maior celeridade e abrangência da implementação, sob pena de se gerarem fenómenos de inequidade no país, compreensíveis num momenro inicial, mas que não poderão perdurar por muito mais tempo". O relatório do Observatório da Saúde focou ainda a questão das Parcerias Público Privadas (PPP). Segundo o parecer do Observatório da Saúde, na sequência do anúncio do Governo, em Março passado, limitar os acordos público-privados apenas para a construção, "a exclusão da gestão clínica privada na rede hospitalar pública a construir através destas parcerias poderá ser desmotivadora do interesse dos grupos financeiros que têm sido constituídos no nosso país". Por outro lado, o relatório declara também que a oferta privada de cuidados de saúde é "geralmente de maior qualidade", mas que a sua viabilidade só possível porque o Estado financia os operadores privados "quase na totalidade", quando deveria investir no sector público.

IO

Sector público prejudicado Sem rodeios, o relatório critica as opções po1íticas que beneficiam o sector privado, sublinhando que "o problema não reside só no facto das entidades privadas tomarem decisões nas quais o risco é diminuto" mas, sobretudo, no facto de o Estado estar "a financiar o sector privado". Na opinião dos responsáveis pelo relatório, seguindo este caminho, o Estado perde capacidade para investir no secror público porque os recursos são escassos. De acordo com o documenro, "a geometria dos sectores público e privado está a alterar-se de uma forma significativa". O relatório observa

mesmo tempo que o sector público se tende a organizar em termos jurídicos, com vista a uma melhor gestão conducente a melhores

de Campos, cuja gesrão qualifica de "pouco comperente e socialmente insensível". Segundo o OPSS, as consequências dos processos de encerramentos de marernidades e urgências acentuaram a percepção social de "fechos no público" e "expansão no privado".

cuidados e resultados em saúde". Quanto às mais recentes e polémicas reformas

Do ponto de vista do coordena,:ior do estudo, é um erro realizarem-se reformas "fragmenta-

da Saúde, nomeadamente o fecho de maternidades e serviços de urgências, o Observatório

das e sem plano". E conclui: "o problema não é só das polüicas, mas da transparência e da forma como iam ser implementadas, uma vez que houve grandes decisões e pouca preocupação pela clarificação regional, pelas necessidades locais das pessoas". mD

que "a oferta privada é agora mais abundante, geralmente de maior qualidade e, em alguns casos, tecnologicamente apetrechada, ao

é extremamente crítico, afirmando que a nova equipa ministerial tem "relativamenre pouco tempo" para alterar a "herança" deixada pelo ex-ministro do sector, António Correia

II


LUÍS PORTELA À GH:

"A Europa arrisca-se a perder o comboio da qualidade e da inovação" Pensou ser monge, mas escolheu seguir o caminho do avô e do pai. Assumiu a presidência da empresa com 29 anos e transformou a Bial na mais sólida e prestigiada farmacêutica nacional, a operar também no estrangeiro. Luís Portela alia o espírito humanista a um pragmatismo racional e defende uma reforma na Saúde que garanta a sustentabilidade do sistema, sem comprometer o futuro da investigação. Gestão Hospitalar - Que análise faz do rumo das políticas de saúde em Portugal?

Mas as reformas sáo necessárias e têm de conti-

Agora, penso que esse diálogo deve ser racional e

nuar. Os sistemas de Saúde europeus estão desac-

construtivo. Essa abordagem não pode ser usada

Luís Portela - A Saúde precisa de uma grande

tualizados. Hoje náo há recursos para cumprir o

para evitar a entrada de novas soluções terapêuti-

reforma, portanto concordo, na generalidade,

que foi prometido aos europeus de uma forma

cas. A comunidade precisa de novos medicamen-

com os caminhos recentes da Saúde em Portugal.

geral: saúde de graça. Não é realista que a Saúde

tos e é a Indústria Farmacêutica que tem capaci-

De facto, náo temos recursos para ter uma ma-

seja oferecida.

dade para investir e criar novas respostas.

ternidade em cada cidade, nem para ter serviços

Hoje pede-se, exige-se, e espera-se qualidade. Fe-

Nas últimas décadas, na Europa, a Indústria viu-

de urgência abertos 24 horas por dia em todas as localidades. Portanto, há que racionalizar; há que

lizmente, a Saúde conseguiu níveis de qualidade

-se confrontada com situações de obrigatoriedade

notáveis ao longo das últimas décadas. A esperan-

de preços baixos. A má rentabilidade da Indústria

procurar soluções que sejam expeditas e que sirvam as populações apropriadamente, cientes de

ça média de vida foi drasticamente aumentada.

europeia tem consequências no investimento em

Mas os últimos anos de vida correspondem a

inovação. Hoje, a Indústria norte-americana é líder

que para uma unidade de saúde para funcionar

períodos de grande consumo de medicamentos,

do sector farmacêutico. Há vinte anos, a Indústria

apropriadamente tem de ter equipamentos, pro-

de camas hospitalares, de serviços de Saúde em

norte-americana tinha, apenas, 27-28 por cento

fissionais e movimento que justifique os investi-

geral e esses mesmos serviços de Saúde não foram

do mercado mundial e hoje tem 50 por cento.

mentos que ali sáo feitos. Nos últimos anos, na minha opiniáo, tem falhado

montados para responder a tudo isso. É preciso

A indústria dos Estados Unidos tomou conta do

reformar e actualizar o sistema.

mercado porque tem regimes muito mais liberais. Com margens claramente superiores pode apos-

a forma de comunicar. E quando as pessoas não percebem, quando náo lhes é explicado conve-

GH - Num cenário de reformas, partindo das

tar em investigação e desenvolvi~ento. Hoje, têm

nientemente o que estão a fazer, é difícil implementar. Fica, pois, difícil ajustar ou reajustar de

actuais e para as que, como defende, têm de ser tomados no futuro, como analisa a rela-

mais novas moléculas e mais novos medicamen-

acordo com os interesses globais da população ou com os interesses dos sectores.

ção entre o Estado e a Indústria? LP - O Estado, quando paga bastante, tem o di-

gerou-se, sobretudo a partir da década de 90, um círculo virtuoso de novas soluções na área do

reito de exigir - de exigir qualidade e, no caso dos

medicani.ento, por oposição à Europa. Há duas

>>> Luís Portela concorda com as reformas recentes

novos medicamentos, de exigir diferenciação e a

décadas, eram as empresas europeias que tinham

na Saúde, mas afirma que a comunicação falhou .

justificação de que se trata de mais-valias.

mais novos medicamentos mas neste momento

tos para oferecer ao mundo. Nos Estados Unidos


tras. A indústria precisa investir e seria muito mau se, na Europa, tivéssemos de abdicar da investigação para produzir cópias. Admiro muito a forma como os eu ropeus se or-

menos quem pode menos. Na minha opinião, a Europa deve desenvolver .

.

.

um sistema em que os mais ncos se asseguram

GH - Mas a Indústria está a ser acusada de

GH - Mas, para já, essas soluções são tão ca-

apostar em nichos terapêuticos. A investigação não investe em salvar ou tratar mas em

ras que podem levar à ruptura do sistema. E quando hoje é o próprio doente a pressionar

através de um seguro apropriado. Assim, q uando tiverem de recorrer aos serviços, a factura

acrescentar apenas alguns meses de vida,

o sistema, porque está mais informado e é

com ganhos difíceis de quantificar e a um pre-

mais exigente ...

não é demasiado alta. O que eu vejo é uma solução mista, que reúna características do que

ço altíssimo. Como presidente da Bial, como vê estas escolhas da Indústria?

LP - Feitas as contas, se o Estado acha que para dar mais meio ano de vida ao doente não deve

é feito nos Estados Unidos e no Canadá e na

LP - Com muita tranquilidade até porque nós,

companicipar na totalidade então que comparti-

Europa. Acredito na solução do meio. Penso que não só a América do Norte, mas também a

Bial, não temos nenhuma linha de investigação nessas áreas. Mas olho para elas com muito res-

cipe a 80, 60, a 40 por cento... Reveja o sistema para que as pessoas connnuem a ter acesso, em

Europa e o resto do mundo vão tender para um sistema destes - que não seja demasiado benévolo para com o utente, chamando-o a assumir

peito. Ao longo da história da Medicina e da

situações diferenciadas.

Farmacologia houve soluções que surgiram de repente. Mas, por detrás desse 'de repente' es-

GH - Considera que uma lógica de retomo

a sua responsabilidade, de forma pragmática

teve muito trabalho, muitos anos, muitas veres

económico é eticamente aceitável? A relação

que permita a aposta na qualidade. Em meio século, a esperança média de vida dos

procurando soluções que não tinham nada que ver com aquilo que veio a ser produzido, mas

custo/benefício deve privilegiar os doentes que podem devolver o investimento, voltan-

GH-Qual é para si a solução?

europeus saltou de 42 para 79 anos. É fantástico,

que conduziu a uma descoberta importantíssi-

do à vida activa, o que não acontece com um

LP - A lógica de sistemas de Saúde com alta

mas se queremos continuar a dar às populações mais e melhor vida ...

ma. Outras veres, o trabalho é feito de forma progressiva - começa por algo que é paliativo,

doente com 70 anos ... LP - Se os teóricos do sistema se juntarem e dis-

Gostaria que fosse feito o caminho do meio - que

GH - Esses anos de vida ganhos são hoje um

depois, por aproximações consecutivas, encontra-se uma solução definitiva: a cura.

cutirem, mais cedo ou mais tarde vão encontrar fórmulas razoáveis para a generalidade da popula-

se conseguisse encontrar uma solução humanamente rica, como a europeia, mas dotada de

peso brutal para o sistema, porque são anos

Ganhar seis meses ou um ano, ou dois, de vida é

ção. O técnico, o economicista, que no seu gabi-

de grande consumo.Temos mais doentes crónicos do que nunca e o desafio hoje é oferecer qualidade de vida ...

muito importante, sobretudo quando é connosco ou com os nossos. Quando é com o doente X

nete corta verbas para alguém que tem 80 anos .. . acha que terá a mesma postura se for para a avó

é fácil cortar verbas, porque é só mais um. Mas

ou para a mãe dele? Mas também é verdade que não podemos dar tudo a todos. Há que encontrar soluções racionais e implementá-las com coragem .

ganizaram, com mais humanismo - e isso não deve ficar para trás. Agora remos que assumir algum pragmatismo e rever os critérios de Justiça. Quando não há recursos para todos, porque razão é que os mais ricos têm de ser atendidos de graça e ter medicamentos grátis? Não há dinheiro para tanto. Se não mudarmos o critério de Justiça, sufocamos o sistema. Vamos perder qualidade, quer nas soluções tradicionais quer sobretudo nas novas soluções. Simplesmente não vamos tê-las.

companicipação do Estado é algo que só existe na Europa. Não tenho uma solução no bolso.

algum pragmatismo, isto é que trouxesse alguma diferenciação: quem tem mais tem de pagar mais. D efinitivamente acabaria com a Saúde de graça,

LP - Existem situações terapêuticas que estão

acabaria com esse mito. O que é de graça não é

mal resolvidas. Se houver uma terapêutica cura-

se for a nossa mãe, o nosso pai, um filho ou nós próprios, aí esses seis meses têm muito valor.

valorizado. Na área do medicamento, para que este seja valorizado, para que as pessoas parem

tiva, em vez de uma paliativa ou até preventiva,

Depois, a questão do tempo de sobrevida é re-

política. Há quem a tenha.

essas situações são revolvidas. As vantagens económicas dessas soluções terapêuticas são muito

lativo. Existem pessoas à partida que não teriam mais do que seis meses de vida e estão aí há anos.

O governo português teve uma enorme coragem para fazer uma reforma de fundo na Segurança

superiores àquilo que se paga hoje. Enquanto não

Portanto, todo o esforço que tem sido feito no

Social. E conseguiu conquistar a população para

houve anti-ulcerosos, as pessoas sofriam anos a fio, faltavam ao trabalho - semanas, meses, anos.

sentido de encontrar melhores soluções, ainda que pouco melhores, são louváveis. Normal-

aceitá-la. Aqueles que estão melhor remunerados - e que nos próximos anos entrarem na reforma

Hoje, estes medicamentos são vulgares e ninguém

mente prepararam o caminho para chegarmos a soluções definitivas.

-vão ter condições claramente inferiores. Os portugueses aceitaram porque a mensagem passou.

de deixar os medicamentos a apodrecer, para ser valorizado e utilizado de forma racional o medicamento deve ser pago, nem que seja só 5 por cento. Mas deve ser pago.

GH - Para todos os doentes e para todas as

se lembra disso.

doenças?

LP - Sim, para todos. A alimentação é gratuita? Porque é que o pão não é de graça e o medicamento tem de ser? As pessoas precisam mais de medicamentos do que de pão?

"Devem ser evitados os exageros e as medidas cegas"

são claramente as norte-americanas.

para manter um serviço de saúde universal

O pão poderá ter algum preço político, mas a

GH - Hoje a indústria é chamada a dialogar e negociar com

coloque rigor na gestão.

É necessário que as autoridades europeias sejam cuidadosas e racionais nas soluções. Por um lado é necessário controlar o orçamento mas, por outro, é necessário deixar espaço às empresas farmacêuticas para que possam continuar a investir.

e equitativo, vão asfixiar a indústria europeia obrigando-a a enveredar pelo negócio

tendência da União Europeia é a de libertar-se do preço político dos bens alimentares. Porque é que no medicamento há-de ser diferente?

as administrações hospitalares. Como vê esta mudança?

Não me preocupa que as pessoas racionalizem e sejam exigen-

LP - Acho que deve ser feito um esforço de racionalização na

tes. Esse é o camin ho. Só assim os recursos podem sl.'.r utilizados naquilo que faz falta - na busca permanente da qualidade

dos genéricos?

LP - Seria muito mau para a Europa e para o mundo se a Indústria europeia tivesse de abdi-

GH - E a protecção social?

LP - Deve ser encontrada uma solução equili-

GH - Os Estados Unidos podem ser mais

car da investigação de novas soluções terapêuricas. A humanidade precisa de encontrar a cura

liberais porque o sistema exclui milhões de

para o cancro, para a hipertensão e para muitas

brada, que ofereça segurança através dos serviços garantidos pelo sistema, mas pagando-se sempre

pessoas. Acha que os europeus ao lutarem

doenças do sistema nervoso central, entre ou-

alguma coisa - pagando mais quem pode mais e

utilização todos os recursos. Reafirmo que, na generalidade, estou de acordo com as políticas assumidas pelo acrual Gover-

e das soluções que melhor sirvam as populações.

no , mas penso que d evem ser evitados os exageros e as medidas cegas.

Deve haver exigência de rigor, de qualidade e de competência. Não deve haver uma depressão excessiva na busca, pura e sim-

Em pleno século XXI não faz sentido ter um hospital, o u qual-

ples, de resultados económicos, porque pode levar à degrada-

q u er instituição pública, a gastar o que quer sem que alguém

ção da qualidade e a situações humanamente menos correctas.


Na Saúde vaí ter de acontecer o mesm o. Em Portugal e no resto da Europa, alguém tem de ter a coragem política de anunciar: "Não podemos continuar. Este sistema leva-nos por um caminho que compromete o nível de qualidade a que nos habituamos. Temos de reformular o sistema e temos todos de pagar mais".

GH - Mas o governo afirma que os cortes que têm sido feitos visam entre outras coisas, garantir a sustentabilidade do sistema. Que não se trata de racionar...

LP - Mas na área do m edicamento foi o que acabou por acontecer. H á cerca de 1O anos que não há um tostão de aumento n os medicamentos e

"Porque é que o pão não é de graça e o medicamento tem de ser? As pessoas precisam mais de medicamentos do que de pão?"

GH - O que falta para o Estado olhar para a investigação não como uma despesa mas

tem que haver espaço para uma certa dose de lou-

não estávamos num grande país, porque não ha-

cura, de risco, para conseguirmos coisas bonitas,

via tradição em investigação. Os meus colegas

como um investimento que gera riqueza?

para darmos passos em frente. Isto não faz parte

mais velhos, da geração do meu pai, chamavam-

LP - Q uando não há pão todos ralham e nin-

da filosofi a e da form a de estar do público e não

-me e, com muito carinho, diziam-me "Oh Luís,

guém tem razão. É esta a situação.

me parece que deva fazer.

veja lá no que se vai meter. Isso é uma loucura!".

N a Saúde não há dinheiro. As pessoas vivem mais

Esse arrojo, que tantas vezes leva empresas à fa-

e os anos que vivem, a mais, são anos de grande

lência e outras ao sucesso, não faz parte nem tem

GH- Mas correu bem!

consumo. Superou-se tudo o q ue tinha sido pre-

de fazer do sector p úblico. E a prova disso é que a

visto pelos teóricos que montaram os sistemas de

Saúde tem sido muito bem servida pelas empresas

LP - Sem dúvida. Tem dado wn gozo imenso, tanto a mim, como à equipa. Tenho muita honra

saúde. Hoje não há dinheiro e, portanto, ou se

privadas, desde os velhos ancibióticos até às mais

em ser o capitão deste grupo. Sabíamos, à partida,

aumentam os impostos ou diz-se à população que

recentes soluções na área do cancro.

que estávan1os a desafiar quase o impossível. Os mais pequenos ganhos já eram grandes vitórias. E

têm de pagar m ais ou, então, corta-se o p reço dos produtos dos fornecedores. O caminho mais fácil,

GH- Então o que cabe ao Estado fazer?

foi assim, passo a passo, que fomos can1inl1ando.

medicamento, em vez de se defender, incentivou

na Europa em geral e em Portugal em particular,

LP - O que faz sentido, quando existe uma apos-

Evitámos olhar muito para a frente, com grandes

e diz que o bom é usarmos cópias?

foi baixar os p reços aos fornecedores, ou seja, fa-

ta n um plano tecnológico, é as empresas de maior

expectativas. Degrau a degrau, reunimos as con-

zer uma política social à custa do fornecedor. Isto

dimensão serem apoiadas pelo Estado.

dições suficientes para não falharmos.

temos tido cortes sucessivos dos preços. Eu não acredito em milagres. As emp resas que têm cortes

GH - Neste caso, a Europa olhou para as có-

pode ter custos enormes para o desenvolvimento

O q ue está a acontecer, agora, na Europa já acon-

Se na Finlândia, na Dinamarca, na Bélgica ou na

sucessivos perdem margens e lá se vai a capacida-

pias não como uma ameaça mas uma vantagem económica?

económico e tecnológico do sector da Saúde. As

teceu, nos finais da década de 80, nos Estados

Áustria existem empresas inovadoras, porque é

empresas americanas já lideram o m ercado mun-

Unidos. H avia pouca inovação na área da Saúde,

que em Portugal não pode haver? Nós acredita-

LP- Há aqui um contra-senso m uito grande. E

dial. A Europa tem menos de 30 por cento.

as companh ias norte-americanas não apresenta-

mos nos portugueses.

de de investir em novas soluções.

GH - Como é que Bial tem continuado a in-

porquê? O m edicamento é altamente compar-

vestir numa conjuntura tão adversa?

ticipado pelo Estad o. Este, p or sua vez, como

LP- Com muita dificuldade. Estamos n este m o-

vam novas soluções e estavam a ser claramente ultrapassadas pelas europeias, que lideravam então

não tem dinheiro suficiente começa a cortar e

GH - Foi por tudo isto que se viu obrigado a vender o centro de Bilbau?

o mercado mun dial. Nessa altura, foram criados

mento a vender a nossa unidade fabril e cen tro

qu er produtos m ais baratos. Incentivou a p ro-

LP- Tivemos que vender mas vendem os muito

sistemas de incentivo foróssimos. Nos primeiros

de investigação de Bilbau, em Espanha. Não te-

dução d e genéricos, primeiro no Oriente, para

bem, felizmente. Temos ali soluções tecnológicas

anos da década de 90, o Estado norte-americano

mos condições para manter uma unidade na qual

introduzir cópias, e depois na própria Europa.

para o futuro e é uma pena que não sejamos nós

apoiou a fundo perdido 26 por cento do valor to-

apostamos h á dez anos e que tem hoje patentes a

Isto não é uma aposta n a q ualidad e. Isto não

a explorá-las. É uma pena, mas não temos recur-

tal investido em investigação e desenvolvim ento.

n ível mundial na área da alergologia. Gostaríamos

é uma aposta num plano tecnológico nem n a

sos para o fazer. Quando temos uma empresa

Resultado: dez anos depois, as empresas norte-

muito de continuar. Temos um trabalho n otável,

inovação. A Europa arrisca-se a perder o com-

nacional que investe em inovação, e de repen te,

americanas lideram o mundo, com novos me-

com investigadores notáveis, mas as medidas .i:êm

boio da qu alid ade e da inovação. Isto é uma

por cortes no preço, se vê obrigada a vender um

dicamentos de grande sucesso e a con quista dos

sido castrantes; têm sido cegas e não deveriam ser.

aposta terceiro-m undista.

centro de tecnologia, ren un ciando a uma década

m ercados. Foi um investimento semilouco que

de trabalho, é uma pena.

resultou bem.

Q uem está a investir, quem está a procurar novas soluções deveria ser mais apoiado. Se o país aposta

GH - Mas a mensagem que passa, nomea-

num plano tecnológico, e é louvável que o faça,

damente em campanhas recentes, é que os

como é que depois um membro do Governo vem

países desenvolvidos, como os do Norte da

dizer que, na área do medicamento, venham as cópias, venham os genéricos e cortem -se os preços

Europa, apostam nas cópias e que esta é uma opção racional e de qualidade.. .

aos produtos de m arca. Há aqui um contra-senso muito grande.

Os incentivos fiscais que temos são bons mas não bastam. É necessário um conj unto de incentivos

GH - Como Lidou com essa decisão ... foi dolorosa?

corajosos e uma política que aposte na mesma

LP - Quando fui a Bilbau, chamei as 170 pessoas

direcção. Não podemos apostar em tecnologia e

e expliquei-lhe porque razão tinha de abdicar da-

ao mesm o tempo cortar nos preços. As empresas

LP - D eixe-me separar as coisas: eu não estou

quela unidade. D urante a explicação as lágrimas

perdem a capacidade para investir.

contra os genéricos. Sempre existiram cópias -

escorriam-me pelo rosto .. . é o que posso dizer.

GH - Os genéricos não são uma solução para

ço para eles e vai con tinuar a haver.

GH-Acredita numa solução em que o Estado

GH - Mas a Biai tem conseguido fazer um percurso ímpar e distinguir-se no panorama

aliviar o peso económico do sistema?

Mas h á uma pergunta a ser feita: porq ue é que

e a Indústria se associem, como parceiros na

nacional, alcançando vitórias também no

LP - Os genéricos são cópias. Começaram na

o Estado português há-de gastar o dinheiro dos

investigação, partilhando recursos?

mercado internacional. Qual é o segredo?

Índia, na China e hoje já são produzidas por algu-

seus cidadãos a promover um produto, na tele-

LP - Existe essa possibilidade, m as eu nunca

LP - Muito trabalho, muito trabalho e muito

m as companhias europeias e até algumas portu-

visão e meios de comunicação social, porque é

apostaria nela. Eu aposto na iniciativa privada.

trabalho.

guesas, mas são cópias! São os produtos de quem

m ais barato ? Está a gastar o dinheiro dos cida-

O risco no desenvolvimento do negócio, a aposta

n ão investiu um tostão em investigação e se limita

dãos. Qual é a lógica? Temos um Governo que

em soluções inovadoras é algo que faz parte da

GH- E coragem e visão?

a copiar o que o parceiro faz. Pergunto: porque é

aposta num plano tecnológico e na inovação

cultura do privado. No público há a n ecessidade

LP - E um pouco de loucura. Quando começá-

que em relação ao vestuário e ao calçado a Euro-

mas que, depois, aparece com um Ministério a

de cumprir com rigor o orçamento e a preocupa-

mos, há 25 anos, as pessoas diziam que éramos

pa se procurou defender das cópias e na área do

apelar ao consumo de cópias.

ção em justificar as contas. No privado, por vezes,

loucos porque não fazia sentido nenhum, porque

agora chamam-se genéricos. Sempre houve espa-

17


GH - Mas a sua equipa é internacional... LP - Hoje, a Ciência faz-se em rede. Contratámos gente de todo o mundo porque estávamos a fazer um percurso que nunca ninguém tinha feito, em Portugal. Fomos buscar os melhores para fazer o percurso da melhor maneira. GH - Tem ido buscar talentos portugueses ao estrangeiro? LP - Sim e com muita satisfação. Fomos buscar portugueses que estavam fora, em m ultinacionais, e que responderam aos nossos anúncios não só na área da investigação mas também noutras. Recentemente contratámos dois portugueses que estavam fora, no sector do marketing. Gostava muito de ver as empresas nacionais a apostarem mais nos talentos nacionais e internacionais. Cerca de 64 por cento dos nossos colaboradores têm formação superior e quatro por cento tem o doutoramento. A aposta na qualidade é essencial para se obterem bons resultados. O primeiro factor de sucesso é a aposta na qualidade das pessoas. GH-Qual a maior alegria que viveu na Bial? LP - Tenho tido momentos de grande satisfação, quer ao nível da investigação que ao nível comercial. Quando assinámos a cedência exclusiva para os Estados Unidos e Canadá do nosso antipilético, com um cheque imediato de 75 milhões de dólares e mais 100 à vista, foi um momento de grande satisfação. Depois de 15 anos a investir, vimos o retorno. Também tive momentos muito felizes sempre que fui premiado e condecorado. Não estava à espera! Mas o momento que mais me fez. vibrar aconteceu ano e meio depois de assumir a presidência da companhia. Tmha 29 anos e a empresa tinha cerca de 180 pessoas. A administração foi convocada pela comissão de trabalhadores para um reunião extraordinária, o que me deixou preocupado. H avia ainda um ambiente social conturbado na sequência da revolução, ainda recente. Fiquei muito preocupado e mais fiquei quando o presidente da comissão de trabalhadores começou a ler um comunicado em que dizia q ue tinham estado no Ministério do Trabalho. A leitura do comunicado continuou e, às tantas, o senhor diz: "Dada a evolução da empresa nos anos mais recentes e a confiança que a acrual administração nos merece, decidimos

r8

suspender a actividade da comissão de trabalhadores". Fiquei siderado. Com a minha idade, e há tão pouco tempo na companhia, aquelas pessoas estavam a dizer-me que confiavam na administração que eu liderava de forma inequívoca.

GH - Não esperava? LP- Nada! Fizeram aquilo que forma totalmente discreta. Foi um momento de enorme vibração, inesquecível. É a minha melhor condecoração. GH - Essa coesão deve-se a quem? Como se cria esse espírito de pertença e de confiança? LP - Tenho tido imensa sorte, porque a equipa é formada não só por excelentes técnicos, mas também por excelentes pessoas. Há mais de vinte anos a comandar a equipa, poder-se-á dizer que foi mérito meu ou da administração. Mas não, naquela altura nem isso. Estava à frente da empresa no máximo há dois anos. GH - Sim, mas em muito menos poderia angariar a antipatia e desconfiança da equipa ... LP - Houve alguma sorte. Mas também é verdade que a empresa, muito antes de ser eu a liderar, sempre teve muito cuidado. Desde o tempo do meu avô e do meu pai que é assim. Na Bial acreditamos que a nossa maior riqueza são as pessoas. Os projecros, os medicamentos, as patentes são coisas fantásticas mas, de facto, a nossa grande riqueza são as pessoas. Um ano após ter assumido a presidência da empresa, já estávamos a facturar o dobro. Isto só foi possível com uma dedicação e uma entrega muito grande das pessoas. N ão tenho uma fórmula, mas penso que a vida é um "toma lá, dá cá". N a vida, quando de forma honesta e transparente oferecemos o melhor de nós aos outros e aos projectos, há retorno. É preciso dar para receber. As pessoas acham que só têm a obrigação de dar quando recebem a mais. Mas aí corremos o risco de achar qtie nunca recebemos o suficiente para começar a dar. Na vida, as pessoas que tenho encontrado e que são mais desapegadas, que têm a paixão de oferecer o melhor de si são aquelas que realizam mais e se realizam mais. ma >>>"O sucesso depende da qualidade das pessoas" referiu Luís Portela


SINASE junta 600 congressistas

forte no Corporate Governance ?

das, implementadas e monitorizadas, associadas aos referenciais Normativos da C ertificação, per-

CGP - O Corporate Governance tem vindo

mitem evitar danos irreversíveis em Saúde.

a ganhar importância estratégica nas organizações, como forma de desenvolvimento har-

A SINASE, no âmbito dos serviços de consultoria que presta, tem experiência de implementação de Sistemas de Gestão do Risco, Planos de Emergência, Acreditação Joint Commission, HQS e ISO 9001, 14001, OHSAS 18001 e SA 8000 e Avaliação do Desem-

GH - Qual a razão para uma aposta tão

Para debater o corporate go·vernance SINASE realizou a 16ª Conferência, em 26 de Maio, na Universidade Ca-

meios electrónicos.

GH - Além de Portugal, a SINASE realizou

monioso de uma política de responsabilidade social, baseada em princípios de ética, cidada-

- Melhorar a Qualidade de Serviço, medida

também uma conferência em Angola e

nia e de boas práticas.

tólica, sobre o terna "Lideranca e Gestão do Risco no Corporate Governance". Parale-

pelos clientes e com indicadores internos. - Utilizar as Certificações e Acreditações como

também neste país associou ao evento os

lamente, desenvolveu urna sessão "Think Tank: Corporate Governance no Sector Empresarial

meio de evoluir para a Public Governance. - Benchmarking de Resultados e Processos.

do Estado". Nesta Conferência foram entregues os Prémios Hospital do Futuro 2007 /08.

- Inovação da Gestão. Exemplo: estruturas matriciais de prestação de serviços médicos.

A GH aproveitou a ocasião para conversar com Carla Gonçalves Pereira, responsável pela

- Desenvolver a transparência, equidade e accountability.

CGP - O modelo de conferência de Luanda foi idêntico ao realizado em Lisboa tendo-se realizado, também, uma sessão paralela Think Tank e atribuído Prémios de Boas Práticas. Previamente, foram abertas candidaturas, numa parceria entre a SINASE e o FÓRUM DE BOAS PRÁTICAS EM ANGOLA, em que se apresentaram muitas entidades, públicas e privadas, em várias áreas. Das 64 candidaturas aos Prémios de Boas Práticas Angola 200712008, repartidas pelas 12 categorias, houve igualmente vários prémios (ver caixa 2).

As Resoluções do Conselho de Ministros nºs 49/2007 e 70/2008, sobre o bom governo das empresas do sector empresarial do Estado veio institucionalizar um conjunto de princípios transversais, em que estas entidades, por terem um papel preponderante em sectores que prestam serviços aos cidadãos, deverão dar um importante contributo que se reflectirá na competitividade de unidades económicas empresariais situadas a montante e a jusante.

A

organização do evento, que juntou uma plaGH - E os Prémios de Boas Práticas inseri-

teia de cerca d e 600 convidados,

dos no evento? Gestão Hospitalar - Qual a razão de uma sessão Think Tank nesta conferência ?

Carla Gonçalves Pereira - Carla Gonçalves Pereira - As sessões Think Tank têm como objectivo promover urna reflexão conjunta, partilhada por vários especialistas na matéria e visam gerar conhecimento sobre um determinado tema previamente definido. O T hink Tank contou com a participação de 30 gestores de empresas do sector Empr~sarial do Estado e de outras Instituições Püblica~, nomeadamente presidentes e membros do Conselho de Administração de Hospitais E.P.E.' s.

Das conclusões geradas, destacam-se, entre outras, as seguintes: - Desenvolver e implementar uma política de Clinical Governance. - Responder às maiores exigências dos doentes/ utentes com mais informação e melhor relacionamento, nomeadamente através de

CGP - Anualmente, o Hospital do Futuro abre candidaturas aos Prémios de Boas Práticas que visam dar a conhecer bons exemplos de inovação, integração, qualidade, parcerias, gestão e economia em saüde e serviços sociais. A SINASE, em parceria com o Hospital do Futuro, procede à divulgação dos premiados, em cerimónia que decorre no dia da conferência anual, sendo presidida pelo ministro(a) da Saúde em funções. Em 2008, apresentaram-se 178 candidaturas e foram premiadas várias entidades (ver caixa 1).

Prémios de Boas Práticas ...

GH - Então, na sua opinião, o debate sobre a Liderança e a Gestão do Risco promove a abertura à aplicação das boas práticas ?

CGP - Penso que sim, sem liderança não há boa governação e sem a Gestão do Risco não é possível assegurar aos stakeholders uma gestão eficaz das Organizações. A Gestão do Risco, em Saúde, pressupõe um conjunto de actividades preventivas planeadas, baseadas na avaliação da performance e na melhoria contínua, com o objectivo de melhorar o standard de segurança, conforto e de cuidados de saúde. As políticas de saúde e segurança, documenta-

penho (SIADAP) . GH - Qual a motivação que leva a SINASE a promover conferências regulares?

CGP-A SINAS E é uma empresa de consultoria e formação, constituída em 1968. Actualmente, já coma com quatro décadas de actividade. Nos últimos anos tem realizado uma Conferência anual, sobre temas da actualidade, a nível de gestão e organização dos quais salientamos o apresentado na 16ª Conferência, na Universidade Católica, sobre o tema "Liderança e Gestão do Risco no Corpora te Governance". Esta Conferência permitiu que, sensivelmente, 560 convidados, nomeadamente gestores, administradores e chefias de diversos sectores de actividade, pública e privada, tivessem oportunidade de aprofundar conhecimentos sobre o Corporate Governance e conhecer experiências de boas práticas, de implementação de Sistemas de Gestão da Qualidade, em que a SINASE agiu como entidade consultora e formadora nos processos, com especial relevância a nível do sector da saúde, público e privado. mo

Caixa 1 - Prémios Hospital do Futuro 2007/2008 Caixa 2 - Prémios Boas Práticas Angola - 2007/2008 CATEGORIA Autarquias Educação e-Saúde Ges tão & Economia da Saúde

20

Integração Parcerias em Saúde

PROJECTO A Autarquia do Porto: Promotora de Saúde Hospital da Bonecada Reservas de Sangue e informação em tempo real Rede Digital Arquivo e Distribuição Imagens Síndroma de X Frágil no Alandroal/Alentejo Rastreio C ancro da Mama no Algarve

Q ualidade Saúde- Acreditação Q ualidade Saúde-Certificação Serviço Público

Escudo e Implementação de C argas Virais Centro de Genética C línica A Saúde mais perto <le si - Unidades Móveis

Serviço Privado Serviço Social Prevenção da Obesidade

Centro de Genética C línica

~~

Integração de Imigrantes 5 ao Dia, Faz C rescer com Energia

ORGANIZAÇÃO Câmara Mun.Porto; Fac. C. Nutrição Univ.Porto Assoe.Estudantes Fac.Ciências M édicas, UNL Instituto Português do Sangue Unidade Local Saúde Matosinhos

CATEGORIA Prevenção Doenças Transmissíveis

PROJECTO Assistência Prevenção Doenças Transmissíveis

Educação Inovação

A Importância da Formação em Saúde A Internet ao Serviço do Cidadão Angolano

C.Saúde Alandroal/Serv.Genética H osp.Se Maria

Parcerias Internacionais

CSE / IMAGIMED - Parceria em Radiologia

ARS Algarve Laboratório Virologia -IPO de Lisboa

Responsabilidade Social Microcrédito

Responsabilidade Social na Coca Cola

Centro de Genética C línica

Qualidade Investimento Regresso e Integração de Quadros

ARS Alentejo Centro de Genética Clínica Hospital d e Sa nto André, EPE ARS Alentejo

Gestão de Recursos Humanos Sector Social

Perspectiva de Futuro para Mulheres Angolanas Qualidade em Serviços Prestados Construção Raiz Universidade Metodista Angola A Integração de Quadros Angolanos Programa Desenvolvimento e Liderança Biblioteca LWINI

ORGANIZAÇÃO Direcção Serv. Saúde Estado-Maior das FAA Hospital Pediátrico de Luanda Ministério das Finanças de Angola Clínica Sagrada Esperança Coca Cola Botding (Luanda) Obra da Criança de Santa Isabel SIAC - Serviço Integrado Atendimento Cidadão Universidade Metodista de Angola TAAG - Linhas Aéreas Angolanas ENSA - Seguros Fundo Solidariedade Social LWINI

21


7

Educação Médica

Formação com mais conteú os on 1ne macêutica está em Portugal desde 1970 e comercializa neste país mais de 50 medica-

dulos online em desenvolvimento profis-

BMJ-... - - ·--·-

sional contínuo e materiais de revisão de exames , bem como eventos e worksh ops

mentos de fabrico próp rio para Cardiologia, Osteo porose, Infecções, Doenças reumá-

'u.--·--· "'"N<l--'-·----· . . ..-. . -----.... t~1111fWNHS

i-....----.u~c........... ""tor9••.. •- 1'>11.,-b•- ·

ticas, Neu rologia, Oftalmologia, Doen-

é conhecido por p ublicar o BMJ (British

An . . flio.IMJ_1'1o...,.,,__.__.._. _ _.._..

ças da próstata, Asma, VIH-S ida, entre

Medical Journal) , mais d e 25 p u blicações

...._""" ..., _ _.,..... _ _ ..,.,,M,..1111Hl,,.Neilt _...._ ~-===~-==-~~

outras.

de especialidade, BMJ C línica! Evidence e

Grupo BMJ

BMJ Best Treatmenrs (acrualmenre d isponível no Reino U nido, no AskBoots.com) .

O Grupo BMJ é um dos maiores forne-

O Grupo BMJ é p ropriedade da British

cedores do mundo d e informações m édicas de confiança para os profissionais dos

Medical Association (BMA) . É editorial-

cuidados de saúde e d oentes. Este grupo fornece, através do BMJ Learning, mó-

údo dos artigos que pub lica não pretende reflectir as políticas da BMA. [il])

mente independente, uma vez que o conte-

Apolo ao Clienle 2l 446 57 19 (das 9h00 ils 18h00)

um serv~o

A

BMJ (British Medical Journal) criaram uma parceria na área da Educação Médica. Esta iniciativa permite disponibi-

gional da MSD para a Europa, Médio Oriente, África e Canadá mencionou que "escolhemos t rabalhar com um dos mais

nece um número de fontes de informação

respeitados fornecedores de cursos mé-

personalizadas baseadas na avaliação con-

dicos, o Grupo BMJ . Esta colaboração

tínua das necessidades dos profissionais de Saúde. O Univadis tem vindo a incluir um

significativa da formação m édica na Euro-

número crescente d e programas d e formação, online e offline , tornando a educação

como fonte credível, profissional e abran-

pa, permitindo que utilizadores acedam à

médica mais efectiva.

gente para a comunidad e médica".

maior parte dos conteúdos das bibliotecas «Continuing M edical Educatiom (Educação M édica Contínua) e «Continuing Pro-

O BMJ Learning é, também, um dos maio-

Os cursos online da BMJ Learning fi cam dispo níveis no portal da MSD em Inglês,

fissional Development» (Desenvolvimento

res fornecedores mundiais de formação e cursos online independentes para profissionais m édicos. O Grupo BMJ aposta na

em países d e expressão inglesa, em Portugal

Profissional Contínuo) do BMJ Learning, são os obj ectivos desta estrut ura. O acordo entre es tas duas instituições in-

expansão deste serviço, com novos cursos,

e nos países escandinavos. Outros países , como a Alemanha, entram posteriormente ,

baseados na evid ência e revistos inter pares, a serem lançados todas as se manas.

ainda em 2008, assim que o processo de tradução for co ncluído.

clui cerca d e 350 cursos interactivos em

A parceria entre estas duas instituições tem

mais de 20 áreas terap êuticas. A parceria permitirá aos m édicos combinarem aprendizage m C ME/DPC online e offline. O univadis (www.univadis.pt), um dos principais serviços m édicos d e Internet na

um papel fundamental ao abrir aos m édicos

MSD

uma porta de entrada no BMJ Learning.

A Merck Sharp & Dohme é uma com-

"O BMJ Learning já é utilizado por 82 mil m édicos no Reino Unido e esta iniciativa permitirá a clínicos, em muitos países, de

panhia multinacional líder na produção e co m ercialização d e produtos e serviços farmacêuticos . A MSD investiga, através

__ __ _.,_ ____ ______ ______,,_ ---· -----· . .·-_._ ___ -----\-·--=--·· _-------

-...- -

22

benefi ciarem dos conhecimentos do Grupo

dos seus onze cen tros de investigação bá-

com mais de m eio m ilhão de especialistas registados, é pioneiro em ir ao encontro das

BMJ em educação médica'', referiu M ichael C hambe rlain, preside nte do Grupo BMJ.

sica, um grande número de moléc ulas com

,,,.

..

_....._.. ,

.---.:."""" )

necess idades d e edu cação acreditada d e ele-

Ottfried Z ierenberg, director m édico re-

.. ..............-. ..-....--·

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),, *""-•..-0111 ......... ,..,._....,.... " ' -'l - ... --~ ·--

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23


A maior da Península Ibérica

Santa Maria inaugura fan mácia hospitalar O Serviço de Gestão Técnico-Farmacêutica do Centro Hospitalar de Lisboa Norte foi inaugurado numa cerimónia que distinguiu o trabalho da directora desta unidade, Piedade Ferreira. A Medalha Mérito foi-lhe entregue pela ministra da Saúde, Ana Jorge.

A

condições crescentemente deficitárias, é de registar, louvar e agradecer o facto .de que nunca

Aula Magna da Faculdade de Medicina de Lisboa, no Hospital d e

Santa Maria, es tava lotada. A cerimónia de inauguração do novo Serviço d e Gestão Técnico-Farmacêutica foi presidida pela ministra da Saúde e reuniu cerca d e 3 00 personalidades do sector da Saúde e do Ensino. O projecto foi d esenhado em 200 l , visando a construção de raiz de ..um

espaço capaz de centralizar toda a actividade da Farmácia. No passado dia 30 d e Maio, o serviço abriu as portas oficialmente, constituindo hoje a maior e mais bem equi pad a instalação nacional d edicada aos

de mérito a Piedade Ferreira

serviços farmacêuticos hospitalares. Piedade Ferreira, responsável pela Farmácia Hospitalar de Sa nta Maria, lembrou as diveitando para salientar que, apesar disso, o percurso rambém permitiu a conquista d e sucessos. O reconhecimento desses sucessos

As novas instalações representam, na opinião de Piedade Ferreira, uma oportunidade para o Ce ntro Hospitalar de Lisboa Norte se igualar aos melhores em termos de dimensões, layour, qualificação técnica e moderna tecnologia, "dignificando o Cen tro Hospitalar e solidificando todo o

e enorme esforço justificaram a atribuição da medalha de m érito à directora pelo Con-

prestígio que lhe é reconhecido" . Agora, fr isou a directora, está aberro caminho para

selho de Administração do HSM, e entregue pela ministra da Saúde, Ana Jorge. "A oportunidade d eco rrente da existência d estas novas instalações permite colmatar as eternas lacunas na área da armazenagem

a Certificação do serviço. "Em meu nome pessoal e de todos os colaboradores do Serviço de Gestão Técn ico-Farmacêutica, agradeço ao Conselho de Administração, presidido pelo Dr. Adalberto Campos Fer-

e distribuição de medicamentos permitindo - nos , fina lmente, a possibilidade de nos

nandes, por ter tornado possível este nobre momento", agradeceu Piedade Ferreira.

ficuldades vividas ao longo dos anos, apro-

"Através destes novos mecanismos, absolutamente automatizados, existe uma maior certeza na redução dos erros

tenção de custos no HSM, com cumprimento das directivas governamentais para a área do medicamento" referiu Correia da Cunha. Francisco Ramos, secretário de Estado da Saúde, falou em nome do ministério e elogiou o trabalho dos farmacêuticos. Por outro lado, reforçou o responsável, a "utilização do medicamento, enquanto peça para a Saúde, continua a provocar uma acentua-

dos novos equipamentos, passou a existir maior intervenção do farmacêutico, permitindo a sua interferência na

d a despesa pública. No entan to, sabemos que existe espaço e condições para uma boa gestão". O governante termi no u a sua intervenção, afirmando que o CHLN tem hoje melhores condições físicas e técnicas »>A inauguração do novo Serviço de Gestão Técnico-Farmacêutica foi a ocasião escolhida para dar a medalha

mostrarmos também como uma referência no sector da Farmácia Hospitalar", declarou a directora.

Missão incógnita Nas palavras de Correia da C unha, director clínico do CHLNO, o circuito do medicamento envolve o médico que prescreve, o enfermeiro que administra, o farmacêutico que recebe, prepara, distribui e monitoriza e as comissões técnicas que acompanham e regulam. Neste processo, dinâmico e complexo, sublinha Correia da C unha, o farmacêutico e o técnico da farmácia desempenham um papel nuclear, em missão tantas vezes incógnita e tantas vezes pouco valorizada, como seria de justiça". Recordando os mais de 50 anos de vida do Hospital de Santa Maria, Correia da Cunha, salientou o contributo do serviço farmacêutico, cuja missão descreveu como "cada vez mais importante e complexa, com desempenho eficaz, efectivo e eficiente". Segundo o director clínico da CHNLO, apesar de "em

Mais segurança

um doente ter deixado de receber, em tempo úti l, o uatamento prescrito. Não há registo de um único engano de preparação ou distribuição". Mais: "Nos dois últimos anos, foi determinante a con tribuição do serviço para a con-

para dar resposta aos incentivos dispon ibilizados pelo ministério da Saúde. As novas instalações do agora Serviço de

quanto ao fornecimento da medicação 1 e, logo, uma maior segurança para o doente. Também através da prescrição 1 on-line, que está associada à utilização

própria prescrição", esclareceu Piedade Ferreira, directora do novo Serviço de Gestão Técnico-Farmacêutica do Hospital de Santa Maria.

Gestão Técnico-Farmacêutica, com condições optimizadas, disponibilizam os medicamentos de forma au tomatizada, a prescri ção on-line e fazem monitorização da utilização do medicamento.

mo


Novidades sobre o vírus mais comum no mundo

Hidrocolóide eficaz n m esmdo, realizado por profissionais de saúde, que envolveu aproximadamente 400 indivíduos sujei tos a lesões herpéticas nos lábios e na zona

U

ção ao sol, stress, constipação, febre, fadiga, ansiedade, sistema imunitário deprimido ou alterações hormonais. "Este é um vírus que permanece latente no nosso

perioral, estabeleceu que, entre as formas de tratamento utilizadas, o. penso hidrocolóide é um método eficaz e seguro no tratamento da ferida do herpes labial. A Compeed, marca da Johnson & Johnson, pretende mostrar com este produto a eficácia deste penso no tratamemto do herpes. O HSV- 1 (Herpex Simplex Vírus - tipo 1), cuja denomoçãp mais comum é conhecida por h erpes labial, é um dos vírus mais comuns do mundo que pode afectar 90% da popu-

organismo" refere Adrienne Frasco, professional

lação e é normalmenre activado pela exposi-

vididos em grupo e cada grupo utilizou uma forma diferenciada de tratar a ferida do herpes. A observação destes grupos foi realizada diaria-

menta da ferida e encontraram-se ainda outros benefícios adicionais. Assim, Compeed evita o contacto com a ferida reduzindo o risco de sobre-infecções secundárias e a propagação viral a outras regiões, uma maior descrição d urante o tratamento e superioridade no alívio da sensação de constrangimento durante o tratamento. Segundo Adrienne Frasco, através do teste "compreendeu-se que a duração média da terapia com o hid rocolóide é de sete dias, com

mente, durante 10 dias, tendo em consideração os seguintes aspectos: avaliação global da terapêutica; sinais e sintomas do individuo; protecção/ higiene da lesão; discrição do tratamemo e alívio do constrangimento social. O

uma aplicação de dois a três pensos diários", acrescentando que "o estudo da Johnson & Johnson foi o maior projecto realizado até hoje, nesta área, envolvendo um investimen to de um milhão e meio de euros" e já fo i pu-

estudo mostrou a eficácia e segurança no trata-

blicado num dos mais importantes jornais da especialidade, Journal of the European Academy of D ermatology and Venereology.

marketing manager da Johnson & Johnson. Os indivíduos envolvidos no estudo foram di-

>>> «É preciso tratar o herpes ao primeiro sinal», referiu Adrienne Frasco

Sobre o Herpes "O herpes é uma infecção viral crónica e definitiva, caracterizada por vesículas (pequenas bolhas) dolorosas e cheias de liquido em torno dos lábios, nariz e queixo. As pessoas que contraem o HSV-1 são portadoras do vírus duran te toda a vida, que permanece adormecido nos gânglios'', salientou Adrienne Frasco, acrescentando que o contacto físico directos (b raços e beijos), objectos contaminados (partilha de copos e talheres, auto-inoculação (ter herpes labial, tocar no lábio e levar a mão ao olho) são alguns dos factores de transmissão desta patologia. Cerca de 80% da pop ulação mundial tem o vírus e cerca de 90% de pessoas, com mais de 30 anos são, também, portadores do vírus. Cerca de 20% daqueles que têm o vírus sofre surtos regulares (duas a três vezes por ano). Dois terços dos infectados são mulheres. Adrienne Frasco salientou que "não existe tratamento conhecido que elimine totalmente o vírus HSV- 1". A manifestação do herpes tem várias fases: na primeira, há sensação de

picada na zona onde vai posteriormente aparecer a infecção, a segunda fase é conhecida pelo aparecimento de bolhas, na terceira fase surge a ulceração, a quarta é a fase da formação de crosta e a quinta é a fase de cicatrização. Geralmente a duração total destas fases é de 1O a 12 d ias. Segundo esta especialista para evitar o surro "é preciso utilizar protecção solar adequada, red uzi r o stress emocional, hábitos de saúde saudável e ter cuidado com a alimentação. Para evitar a propagação é preciso ter boas práticas de h igiene, evitar partilha de objectos, evitar beijar e evitar tocar na lesão", salientando ainda ser urgente tratar desde o primeiro sinal. mo

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Sobre o Compeed O Compeed é uma terap ia revolucionária, que combate o herpes labial de uma forma rápida e eficaz, sem fo rm ação de crosta. É um penso ultra-fino , flexível e quase invisível baseado num ingrediente paten teado, o H ydrocolloid - 07 5, que trata o surto do herpes labial do princípio ao fim. Este penso é colocado através de um apücador em forma de borboleta e de desenho anti-toque, e reduz o risco de contaminação associado com o toque na ferida. Após a sua apücação, o penso sela a ferida do herpes labial, controlando o excesso de fluído ", diminui o ardor e o prurido e contribui para uma cicatrização rápida e eficaz. Para além disso, as mulheres não precisam de se preocupar tanto com a estética já que por cima do penso da Compeed é possível utilizar maquilhagem (baton).


Conferência APAH

Financiamento hospitalar em debate A APAH, em colaboração com a Schering -Plough, realizou o seu terceiro seminário dedicado ao financiamen.t o hospitalar para debater os caminhos e as pqssíveis soluções que garantam a sustentabilidade do SNS, sem prejuízo da acessibilidade, da eficácia e da qualidade.

O

III Seminário Nacional sobre Financiamento Hospitalar debru-

Mesmo assim, o responsável deu a entender que ninguém nos hospitais portugueses ficará

çou-se, este ano, sobre a sustentabi-

sem o tratamento adequado, quando tal for

lidade do SNS e reuniu em Lisboa prestigiados responsáveis e especialistas do sector da Saúde.

preciso.

Constantino Sakellarides, Professor da Escola Nacional de Saúde Pública

1ncorporação

do valor em Saúde

O encontro, que decorreu a 27 de Maio, conrou com a presença de Francisco Ramos, secre-

Entre os temas em debate, esteve na ordem do dia a discussão sobre os novos paradigmas emergentes no sector da Saúde, os quais obri-

tário de Estado da Saúde e assinalou a transição da presidência da APAH, de Manuel Delgado

gam à busca de novas soluções e modelos de gestão, nomeadamente na gestão da doença

- Informação e conhecimento são ingre-

- Da utilização massiva da informação es-

dientes essenciais no processo de inova-

tamos a avançar para a interactividade e

para Pedro Lopes. Francisco Ramos, na ocasião, deixou bem

crónica. Os desafios da inovação, o valor em saúde, o controlo financeiro, a eficiência, as

ção e criação de valor em Saúde. - A Saúde será cada vez mais centrada nas

personalização da informação de Saúde. - No futuro, passaremos da interactivi-

- A variedade de escolhas é enorme. A

claro que o Executivo não pode ir mais longe na disponibilização de mais e melhor inovação, pelo menos nos tempos mais próximos.

expectativas do consumidor e a qualidade foram algumas vectores analisados, e cujas

pessoas e cada vez menos nas organiza-

dade e personalização massiva da informação da Saúde à produção centrada nos

mudança de fornecedor pode ser feita com um simples clique; as pessoas podem per-

sistemas personalizados de informação. - Nesta nova economia, das multidões

sonalizar os produtos que adquirem e têm cada vez mais confiança nelas próprias,

inteligentes, a sustentabilidade da Saúde

tornando-se fornecedores de uma forma diferente.

ideias-chave são apresentadas nesta GH. mD

ções. - Na última década, passámos de uma situação de utilização ocasional para outra de utilização massiva da informação de Saúde.

Pedro Lopes, Presidente da APAH

Contratualização: controlo financeiro, efic.iência, expectativas do consumidor e qualidade - o prestador público - Vantagens da contratualização: Favorece a gestão descentralizada; permite um maior controlo sobre o desempenho dos prestadores; melhora o processo de planeamento em matéria de saúde; encoraja o desenvolvimento de sistemas de informação; melhora a gestão da prestação de cuidados e estimula as decisões em saúde a nível local.

tais. No processo de contratualização as partes envolvidas na negociação necessitam de dados actuais, fiáveis e válidos que permitam falar a mesma linguagem. A "medicalização" dos dados é uma perspectiva fundamental para a comunicação entre os profissionais. - A avaliação é fundamental, não só na con-

- Desvantagens da contratualização: dificul-

tratualização, mas no desempenho dos hospitais. É a análise dos resultados alcançados,

dades no próprio desenho do contrato; dificuldades na definição do conteúdo do contra-

à luz dos resultados esperados, que permite a atribuição ou não de incentivos, cujo con-

to; dificuldades na avaliação e monitorização

teúdo e atribuição devem figurar em anexos específicos do contrato.

- A contratualização é assumida como uma

dos resultados. - Pressupostos da contratualização interna:

alternativa aos modelos tradicionais de gestão, de comando e controlo da prestação

sistemas de informação e mecanismos de incentivos e penalidades.

de cuidados de saúde, permitindo ultrapas-

-

sar o domínio exercido pelos prestadores

passa pela inovação e pelas pessoas.

Adalberto Campos Fernandes, Presidente do CA do Hospital de Santa Maria

,

Modelo de Gestão Publico - Na Saúde, as condições de concorrência

dades; pela tendência para centralização e

mas de Saúde têm vindo a sofrer crescentes

são imperfeitas - O consumidor não está adequadamente

burocratização da gestão e pelos baixos índices de motivação com implicações no desem-

pressões relativamente à sua acessibilidade por parte dos utentes.

informado e não paga directamente o que consome - Não há discriminação entre os prestadores

penho e na responsabilização da gestão. - Além das pressões financeiras os siste-

- Hoje, e porque a mudança é não só inevitável mas essencial, o caminho a seguir funda-

- As características da prestação não são homogéneas - Concentra-se nos hospitais um forte poder

-se na necessidade de uma maior racionalidade e optimização na gestão dos recursos; no envolvimento dos profissionais num quadro de eficácia, eficiência e responsabilização; em

de quasi-monopólio

incentivos de desempenho com discrimina-

- O sucesso da contratualização interna passa

- Não existe tendência para o ajustamento

por um processo de reengenharia da organiza-

dos preços - O Estado é frágil na regulação, na orga-

ção positiva dos profissionais pda qualidade e eficiência; na promoção da sustentabilidade do SNS corrigindo os efeitos negativos da combinação público-privado; na gestão

obtenção de equilíbrio e vitalidade da insti-

ção do hospital (Centros de Responsabilidade, departamentos, serviços, etc.) pelo compromisso da entidade gestora, pelo envolvimento

nização e no controlo - A complexidade da gestão dos hospitais é

sobre consumidores e pagadores e substituir o tradicional domínio administrativo sobre

tuição, responsabilização e envolvimento dos actores hospitalares e revisão das formas de

dos detentores do processo produtivo, pelo desenvolvimento de instrumentos de análise e

agravada por factores como o facto de se tratarem de unidades com diferentes práticas,

orientada por resultados por forma a garantir globalmente ganhos em saúde; na gestão descentralizada (CRI), para que se possam ga-

as instituições prestadoras pela negociação e partilha de risco".

participação interna. - Os sistemas de informação são fundamen-

avaliação e pelo correcto enquadramento de um sistema de incentivos positivos e negativos.

valores e culturas; pelas assimetrias geográficas com implicações na resposta às necessi-

rantir respostas às necessidades de saúde das populações sem comprometer a equidade.

Objectivos da contratualização interna:


Pedro Pita Barros, Investigador e economista em Saúde

Modelos de gestão: eficiência, acessibilidade e clinical governance

António Vaz Carneiro, Coordenador do Centro de Est udos de Medicina Baseada na Evidência, da Faculdade de Medicina de Lisboa

Novos medicamentos, novos doentes e novas doencas: os desafios da inovacão

- A gestão hospitalar tem de assegurar o

pelo menos por enquanto)

- Os medicamentos mais recentes são para

tras drogas; não existem marcadores de eficácia

financiamento das actividades - contratos

- Os acordos de partilha de risco são uma

programa. - Não existindo um sistema de reembolso

boa solução para assegurar a aquisição de novos medicamentos.

doenças raras e para doentes em fim de linha. São fármacos de consumo hospitalar que se destinam a um número muito reduzido de

substitutivos devidamente validados; os agentes são citostáticos não citotóxicos; o intervalo de tempo de 1 & D destes agentes ronda os 14-16

de custos, a sobrevivência do hospital, en-

- Os acordos de partilha de risco são,

doentes e para doenças sem grande expressão

anos (todas as fases incluídas). É de realçar que

quanto unidade autónoma, e da sua gestão depende da garantia de uma prestação eficiente de cuidados de saúde.

igualmente, uma boa ideia se os preços

nas taxas de mortalidade global. Trata-se,

estiverem fixos e se forem proposto pelas empresas.

porém, de drogas caríssimas. - As autoridades têm vindo a exigir que um

- A eficiência tem aqui múltiplos sentidos

- Se a companhia farmacêutica esperar en-

medicamento, para ser comparticipado, deva

apenas 5% , de todas as moléculas, entram na fase dos ensaios clínicos. - Presentemente estão a ser estudados 400 agentes anti-tumorais no mundo.

cumulativos: garantir que não há desperdício de recursos; garantir que esses mesmos recursos são usados de forma a ter meno-

trar em acordo de partilha de risco e pro-

apresentar valor acrescentado, definido como

-Apesar das dificuldades, a compensação fi-

curar preços superiores de entrada, então demasiados doentes serão tratados a um

uma maior eficácia, melhor segurança ou maior conveniência, quando comparado com os medi-

pergunta centra-se numa questão: porque é tão difícil investigar nesta área? As razões são várias:

nanceira é notável. São drogas que se situam no topo de vendas, com milhões de euros de

res custos e, ainda, garantir que o nível de

preço demasiado elevado.

camentos de referência.

uma vez entrada uma petição de investigação a

lucros anuais.

actividade do hospita) satisfaz as necessi-

- Os acordos d e partilha de nsco devem

- As eventuais diferenças estatísticas dos ensaios

molécula não pode ser alterada. O s doentes que

- No futuro, vai ser essencial estabelecer prior-

dades de Saúde da população. - Entre as despesas hospitalares, os medicamentos têm um peso importante (embo-

ser usados com cuidado, pois podem facilmente produzir resultados inesperados, so-

estão em ensaios clínicos de fase 1 encontram-se em situação mais grave e os seus tumores já foram expostos a múltiplos fármacos; na fase 3

idades na investigação de novos medicamentos; definir necessidades negligenciadas, criar

bretudo se houver ajustamento de preços

clínicos devem traduzir-se em vantagens clínicas e o uso do medicamento deve providenciar ganhos em saúde mensuráveis.

ra secundário face aos gastos com pessoal,

(antes ou depois d e iniciado o acordo).

- Tomando o caso do cancro como exemplo a

as novas terapêuticas são combinadas com ou-

ciais alargados e informação, informação ...

ção e redução das complicações da doença,

Rui Santos Ivo, Director executivo da APIFARMA

Definicão de inovacão

redução de efeitos secundários, redução da mortabilidade e morbilidade, redução dos custos totais com a saúde e, ainda, no aumento da produtividade laboral.

novas smart drugs; desenvolver consensos so-

Luís Pisco, Coordenador da Unidade de Missão para os Cuidados de Saúde Primários

Percepção dos prestadores e adequação dos modelos - USFs

- Inovação é o processo que traduz o conhe-

ponibilizar tratamentos mais eficientes e so-

- Neste momento, assistimos a progressos científicos inequívocos, com aumento da esperança de

cimento em crescimento económico e bem -

bre a socied ade, em geral, porque contribui

vida, erradicação de doenças, tratamento e cura

-estar social. Agrega actividades de natureza científica, tecnológica, organizacional, financeira e comercial.

para a melhoria d a qualidade de vida. - O valor dos novos m edicamentos traduz-se, assim, em maior eficácia terapêutica,

para doenças infecciosas, cancro, doenças cardiovasculares, diabetes, hepatite, etc. - Nos últimos 20 anos, o custo de R & D para

- Em Po rtugal, a organ ização d os cu idados d e saúd e prim ários baseia-se numa

tário da base para o topo que implica o total envolvimento dos profissionais de saúde.

nalizadas e na continuidade de cuidados, que proporciona ao médico de família contactos

- É fruto do conhecimento (investigação), introduz novidade e resulta em maior eficiência, maior bem-estar social e crescimento económico. - As várias perspectivas d a inovação incidem sobre o doente, o sistem a de Saúde e a sociedade. Sobre o doente, porque ele passa a d ispor de um tratamento que até aí não existia; sobre o sistema de saúde porque permite dis-

melhoria da qualidade d e vida, preven-

uma nova molécula cresceu oito vezes.

red e pública, quase universal, d e méd icos

- O centro de gravidad e da inovação alterou-

de família , com listas d e u tentes, integra-

- Na gestão da doença crónica é de esperar um aumento da necessidade de aconselha-

repetidos ao longo do tempo, qut! permite o reforço do aconselhamento.

-se: da Europa para os Estad os Unidos. - É preciso encontrar soluções para garantir o financiamento. Possiblidades: p artilha

dos em cen tros d e saúde organ izados por

mento em Cuidados de Saúde Primários nos

equipas multiprofissionais e dedicad os a comunidad es geo-dem ográficas bem d efinidas.

próximos anos. - Para aumentar a efectividade do aconselhamento, pelos médicos de família, este

- Com base nestes p rincípios gerais, os médicos de família devem passar mensagens

- O processo de reform a actual visa consolidar, reforçar e desenvolver este mod elo.

deve basear-se nos princípios da Medicina Familiar. Ou seja, na abordagem centrada na

tendo em conta os valores específicos de cada doente e as barreiras conhecidas à modifica-

- A criação das USF é um processo volun-

pessoa, que implica recomendações perso-

ção dos seus hábitos.

de riscos po r vários stakeholders; alteração do papel das agências do medicamen to; networks de cooperação internacional e melhor formação e informação.

simples, adequadas ao pouco tempo de que dispõem - consistentes ao longo do tempo -


Ricardo da Luz, Presidente do Conselho de Administração do IPO de Lisboa

João Guerra, Professor da Escola Nacional de Saúde Pública

The willingness to pay- A disponibilidade para pagar

Gestão da doença crónica - patient empowerment

- Qual o valor máximo (expresso em umdades monetárias) que o indivíduo ou a sociedade estaria disposto a pagar para obter um determinado benefício? - Existem diversas e diferentes variáveis que intervêm na disponibilidade para pagar. Entre elas o nível de educação, o status socio-económico, a cultura local, o serviço de saúde e o sistema - we/fare state vs seguro de Saúde vs inexistência de protecção.

- Numa situação concreta, um estudo que visava avaliar a eficácia e a relação custo/ eficácia da cirurgia laparoscópica concluiu que os resultados a longo prazo são idênticos, regista-se menor morbilidade no período pós-operatório, menor demora média e custos mais elevados. - Apesar da evidência (e da minha pouca disponibilidade para pagar), a pressão dos médicos é muito forte ...

- As estratégias de Gestão da Doença são desenhadas para corrigir as deficiências estruturais no sistema de cuidados e melhorar a qualidade dos cuidados e dos resultados em Saúde. A redução dos custos, identificando doentes de alto-risco e de altos custos, bem como educação e empowerment dos doentes, no sentido de torná-los comprometidos com a gestão dos seus próprios cuidados, são outras vertentes a desenvolver. Melhorar

Isabel Vaz, Presidente do Conselho de Administração Grupo Espírito Santo Saúde

Modelo de gestão privado hospitais, sejam públicos ou privados:· - A longo prazo, as despesas em Saúde vão continuar a crescer. Este facto é razoável

algo que as pessoas valorizam muito. - A realidade é que se gasta muito num sector que produz algo com muito valor. Esta realidade não é necessariamente má. - Os custos são grandes mas os benefí-

por uma razão muito simples: o sistema de Saúde produz tempo e qualidade de vida,

cios são ainda maiores. A única coisa que não é eticamente razoável é promover/

- Não existem grandes diferenças nos desafios que se colocam às administrações dos

gastar em ineficiência e depois não haver dinheiro para garantir o acesso (custo de oportunidade).

Bruno Henriques, Presidente da Federação Nacional dos Prestadores de Cuidados de Saúde

Contratualização: controlo financeiro, eficiência, expectativas do consumidor e qualidade - o prestador privado - As Convenções, enquanto modelo, estão na

de Bases da Saúde.

ordem do dia. T êm-se revelado um instrumento extraordinário na concretização da Lei

- Tem havido muita confusão - o próprio sector convencionado confunde-se com o SNS. - Sistema Português de Saúde, tal como vem definido na "Lei de Bases da Saúde, Base XII, nº 1" é constituído pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) e por todas as entidades públicas que desenvolvam actividades de promoção, prevenção e tratamento na área da saúde, bem

32

como por todas as entidades privadas e por todos os profissionais livres que acordem com a primeira a prestação de todas ou de algumas daquelas actividades". - Convenção para a prestação de cuidados de saúde aos beneficiários do SNS: contrato de adesão ou concurso público? O concurso público é desadequado num sector tão complexo como o sector da saúde.

guidelines baseadas na evidência, estabelecer intervenções de cuidados mais coordenados e sistemas de follow-up para prevenir complicações desnecessárias, constituem ainda pontos de intervenção essenciais na gestão da doença. - A autogestão beneficia os doentes, na medida em que fomenta a confiança e a auto-

processo de educação formal holístico que visa criar uma relação de parceria entre os DC (doentes crónicos) e os profissionais de saúde tendo como objectivo a participação activa dos doentes no curso das suas doenças. - A sua integração na rotina diária das práticas médicas exige um enquadramento adequado e constitui um desafio para os

-eficácia para realizar 3 tarefas: a gestão da doença (monitorização; registo; interpreta-

sistemas de saúde - novo paradigma. - Globalmente, a evidência disponível for-

ção dos sintomas); a gestão de papel (parcerias - participação activa no plano e segui-

nece um bom fundamento para a expansão sistemática das intervenções de autogestão

mento do tratamento e a gestão emocional (impacte emocional - vida, família, social e económico).

com o propósito de melhoria da qualidade dos cuidados, de utilização mais apropriada dos serviços de Saúde e de um controlo dos

- A autogestão contribui para uma melhoria da qualidade de vida, com enfoque na

custos mais efectivo. - O financiamento hospitalar, baseado no

melhoria do estado de saúde e na utilização apropriada dos serviços de saúde.

sistema de GDH ' s, não favorece o desenvolvimento do processo de gestão da doença

- A auto gestão dos doentes crónicos é um

crónica/ autogestão.

a consciência e adesão dos prestadores às

Luís Campos, Coordenador nacional do NEDAI da SPMI

Percepção dos prestadores e adequação dos modelos - Hospitais - Como responde o Sistema de Saúde aos Doentes Crónicos? A resposta é baseada em cuidados

- O doente, antes passivo, passa a ser parceiro de cuidados, que devem oonstituir soluções

agudos; reactiva e segmentada; hiperespecializada e centrada nos profissionais. O doente é

genéricas mas cuidados personalizados. De um financiamento inadequado devemos ser capazes

passivo, as soluções genéricas, o financiamento inadequado. Verifica-se não só um défice de in-

de criar incentivos à integração de cuidados, apoiado por bons sistemas de forma a obter um resultado eficiente e com qualidade. - A adopção de um modelo global de resposta ao doente crónioo produz cuidados aceites e ad-

formação e.orno um défice de resultados. - A mudança de paradigma na resposta do sistema de saúde aos doentes crónicos implica a oontinuidade de cuidados, bem como uma resposta pró-activa e integrada em equipa/generalista e centrada nos doentes.

equados a cada doente, de acordo oom a evidência, que sejam eficientes e consigam a satisfação dos doentes.

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. A Pfizer dedica toda a sua pesq~i~a à saúde. Dos que ainda não nasceram ate as pessoas d idade mais avançada. Sabemos que cada ideade pode ter problemas específic?s mas que a todas as idades é comum o des~10 de uma vida longa, saudável e plen~. P~r ts~o'. estamos na vanguarda da investigaçao b1om~d1ca, . do e tratando cada vez mais doenças. prevenin Muitos sucessos foram já alcançados, n:'ªs muitos outros necessitam da nossa ded1caça~ e esforço. Para que as doenças façan; parte o do e não do nosso futuro. Este e o nosso , ~~~;remisso consigo; juntos faremos o futuro.

DIÁRIO DA REPÚBLICA A GH apresenta a mais relevante legislação publicada em Diário da República entre os dias 08 de Maio e 24 de Junho.

Resolução do Conselho de Ministros n. 0 76/2008, de 14 de Maio

Despacho n.º 14456/2008, na Série, de 26 de Maio Renovação, por dois anos, do mandato da Comissão de Coordenação do Programa Nacional contra as Doenças

Autoriza a realização da despesa com a aquisição de

Reumáticas.

Presidência do Conselho de Ministros

vacinas para o Programa Nacional de Vacinação.

Despacho n. 0 14788/2008, Resolução do Conselho de Ministros n. 0 82/2008, de 21 de Maio Autoriza a realização da despesa relativa à aquisição de serviços de prestação de cuidados de saúde, nas áreas da urologia, cirurgia cardiotorácica, ortopedia, cirurgia vascular e oftalmologia, a doentes da área de abrangência exclusiva da

na Série, 28 de Maio

Criação do Projecto de Incentivos à Procriação Medicamente Assistida, PMA.

Despacho n.º 14938/2008, na Série, de 29 de Maio Determina a constituição de um grupo de análise com a missão de propor um novo modelo de convenções.

região de saúde de Lisboa e Vale do Tejo, em complementaridade com os serviços e estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde do Serviço Nacional de Saúde.

Região Autónoma dos Açores - Assembleia Legislativa

Resolução do Conselho de Ministros n. 0 91 /2008, de 04 de Junho Aprova o Plano Nacional de Acção Ambiente e Saúde (PNAAS) para o período de 2008 -2013.

Decreto Legislativo Regional n. 0 16/2008/A, de 12 de Junho Cria a rede de cuidados continuados integrados da Região Autónoma dos Açores.

Ministério da Saúde

Região Autónoma da Madeira - Assembleia Legislativa

Decreto-Lei n. 0 79/2008, de 08 de Maio Segunda alteração ao Decreto-Lei n.0 173/2003, de 1 de Agosto, reduzindo em 50°/o o pagamento de taxas moderadoras no acesso à prestação de cuidados de saúde dos utentes com idade igual ou superior a 65 anos. Portaria n. 0 35/2008, de 09 de Maio Regulam enta a rede nacional de coordenação de colheita e transplantação. Despacho n. 0 14455/2008, na Série, de 26 de Maio Institui a comissão de coordenação de apoios financeiros a pessoas colectivas privad as sem fins lucrativos.

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Decreto Legislativo Regional n. 0 22/2008/M, de 23 de Junho C ria o Instituto de Administração da Saúde e Assun tos Sociais, IP-RAM , e aprova a respectiva orgânica. Decreto Legislativo Regional n. 0 23/2008/M, de 23 de Junho Altera o D ecreto Legislativo Regional n. 0 9/2003/M, de 27 de Maio, que aprova o reg Serviço Regional de Saúde, e altera tivo Regional n. 0 4/2003/M, d e 7 d t-:~~---_:._---' o Estatuto do Sistema Regio nal de

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