N. 0 5-ANO 2-JAN/MAR 1984
REVISTA DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE ADMINISTRADORES
SUMÁRIO
HOSPITALARES
- ES EDITORIAL
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N. 0 5-ANO 2- JAN/MAR 1984
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~a responsabilidade profissional dos prestadores de cuidados nos hospitais . SANTOS CARDOSO ....... . . . .. .. . .. .
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Gestão Hospitalar e Relações Públicas Alguns apontamentos PAULO DELGADO . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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O problema · Hospitalar do Arquipélago da Madeira - O internamento da criança ANTÓNIO ALVES DA FONSECA . . . . . . 12
DIRECÇAO: Presidente : SÃ FERREIRA
Vice-Presidente:
As Instalações e a Infecção Hospitalar ANTÓNIO SÃO MIGUEL BENTO . . . . . .
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É possível ultrapassar alguns tabus: uma experiência de trabalho interdisciplinar .LISETE FRADIQUE RIBEIRO . . . . . . . . . .
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MORENO RODRIGU E S
Secretário : JOÃO URBANO
Jesoureiro: JORGE VARANDA
A Informática nos Serviços da Alimentação Hospitalar M. J. MATOS BARBOSA . .. .. .. . . . .. . 22
Vogal para a Imprensa: JúLIO REIS
Vogais para a Revista : SANTOS CARDOSO (Director) LOPES MARTINS (Sub-Diretlor)
Preço avulso: .... ... .. ....... ..... . Quatro números (pagamento adiantado) ~ ." ... ..... ....... ... . PUBLICAÇÃO
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O Modelo Gerencial do Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas CLÁUDIO JOSÉ ALLGAYER . . . . . . . . . . 31 A Comissão de Ética nos Hospitais DANIEL SERRÃO ...... .. . ... . .. ..... 48
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TRIMESTRAL
A importância da Motivação no Pré-operatório como factor de recuperação nos Pós-Operatórios JORGE MANUEL GONÇ. RODRIGUES 51
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Membro da ASSOCIAÇÃO EUROPEIA DE DIRECTORES . HOSPITALARES
O Editorial e os Artigos não assinados são da responsabilidade da Direcção da Associação. Os Artigos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, não comprometendo a Associação com os pontos de vista n_eles expressos. Embora merecendo a melhor atenção, a colaboração não solicitada não será devolvida, reservando-se o direito de a publicar ou não.
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705 ANALISADOR MULTICANAL SELECTIVO COMPACTO SIMPLIFICA OS SEUS RESULTADOS FORNECENDO PERFIS OU TESTES INDIVIDUAIS ~
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EDITOR IAL . . . . . . . . .
prest ação directa de serviços, apresentam 1no dia a <fra uim sem -número de s1itua çõe s· e1m que a actiuação em1 re•m po 'Oportuno é oo·ndição ~ndi1,$:pens áve1l da eficiência. A sol'Ução consii ste· em enumerar taxativamente os actos a submeter à tiut€la do Estado através cros órgãos competente1s da A:dmini1striação, de·ixando todo,s os resnante1s na tap adidade Jurídfca dos estabeileoi'fTlento•s hospttalares, tendo como contrapartida a respon sabiHdade dos iseus órgãos face ao exeridoio pelo Gqverno do c01ntro·l10 da gerênoia e da direcção dos >e.stabteile·oi1menttos ~ ao poder de, no seu s!3 g·ui~men.to, parsisa·r o s hoispttais a regi,me de instalação ou de ,neles ootooar gestores de 1nomeação min1i1stenal durante período de te.mpo e icom objec,~ti'Vf()S deite1rtm1inadbs» (:do .preãmbu4o ao Dooretoitl-1.e'i".n.º 129/77, d~2de Abr~I) . 1
A ciênoia de adm,inistração é uma di.s ciplina poS1ittiva, que te·m c omo objecto essencia·I descr'8ver -e explii-ca r, imipo ndo abitude·s o b}ect•v<é31s q ue ev ~re m ·m·istura·r juízos de facto com juízo,s de val'.()'f'r de forma a ·induzii•r conclu sões de ordem geral. 0 idire1irto· adm in~str.ativo é uma di1sdplt~na de carácter no1rmativo, tendo como objeoto es1se ncial Q "esfudo das normas quie regem, ou devem reger, os actos d~ s pe·ssoa•s adm•in.i1strativais :j,l"-0 jurti1s~ priatica e sse·naialm.ente 0 s métodos da lóg~ca fo·rmal a do riadocín1io dedutivo. ~ .~ A . ciência de ·adm·~n.~stração não pode de,s•inter:ss·~r-s·e dais'' regras ·de dire~ro, mas. ,~niteres sa-füe st>~1remane1iira sabe-r co·mo as n•o·rmasjurídicas são a:,.;ticadas, p·reoi~uipa-se com a forma, 'c omo as ·~ oois1as S e passam de facto para OOSCObr~r as ". '\, 'tocfavii1a , <mão basta q'ue se drsponha de uma ,d efí,ni.çã-o 1Jega1I do·s 'Se•rvi·ços, · nem, 1mes1mo do'S razões porque, assi:m acontecem. Em resurpó:'~pode dizer..;iste que a ciência admi· ·t edifíoios; onde hão-de i!nsta:lar-se 6rgão s e sernistrativa está para() cüreito administrativo como , vtço,s, 'Pº'r mais modem~ e funciona.is que sejam: ~. a ciência politica está ~ ·o direito constitu- , é iniw~pensáve,J que iemistam condi-çõeis ·-Oapazes cional., ou qu.E ' f o., . cfireito administrativo wmenta . ? \,tf~)mÓtivar ·a ad e.são ,cfu próprio pessoa4,de ~úde, ~~:~x~gras enci~:~º=: ; a ·ci·ênéi<!,· ' a~mini~l'1t\V.ª apre.. . . Y" ... ttaçà'das ern bas,es realistas, sem <> qüe )n~º"' é ~.~«te os compórtamentos (Be= rnard Gournay) . Jegítlrno pens·a·r-se e1m assegura·r às popútaçõe·s ="., Estas oonsiderações vêm a pro-pósho do recuídados de bom níveh> (do mesmo preâmbulo). conhe·c,rmento .expres·s·o de que <<Uma dais· mafa Acresoentair emos que,. oom atraso de· quase ?~~i·a-s ·dificoldade.s que se têm deparado à gestão =~ ';· um séou4o relativamente a outros ,países, é dos hbspiita·irs deri.va >Cio tacto :<Je muit,o·s dos -se=u s neoeissári-o s,ubstituir em· Por;tugal 'O SPOILS ~mos es,fa-rem 's·ujerit-os ao regi·me de ·au1:t0riização, SYSTEM pe!Jtl MERIT SYSTEMr condição inictis• dê raüfioação ?u de confirmaçãu pe·l:os órgãos pensável para passa.rimbs «fo sJmple·s çior,né:ntário 1 1 cehtra is de Ai~r!l~prstr~ção , 'Este r-egtm~cpara a lém ;, e ,9estação ,de normas,.''para a oompreénsão dos de burocr atizaf e ' to11nar pesada e lenta · a actiiv r· cômpo-rtarneintos, úniica'' forma de se tornarem dade de gestão, está e m flagrante opoSJição com possfveLs · 1nte:rvençõ·es adequadas no-s n'OS$OS a natui~z~ dos h-oS'p~tars, que, sendo órgão-s de hospitais. 1
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Da responsabilidade profissional dos prestadores de cuidados nos hospitais SANTOS CARDOSO*
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eq·u ipamento e acessórios para: hemodiálise• diálise peritoneal plasmaferese • cirurgia cardio-torácica ·laboratório
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FORNECEMO~:
Sª". Marta) (Curry Cabral e . M. litar Principal Hospitais Civis de Lisboaa Maria e i a cruz, s-. . . Hospitais de s-. : tal de s. Joao . º António · - Hospi . . l Geraldes-. Hospita . . . ·dade de Coimbra . da Universi . Hospitais . . 'tais ~e Aveiro . ismo e oistri . . Hospitais de Angra do n~:ro castelo Branco e Faro Beja, Braga ' . . . Pia (Porto) . . (\J Real) ·e Maria . s Pedro · · Hospitais de • . i'mbra e do . Funchal · ·t a lares de Co· . Hospi .. centros . ·. Gulb~nk~an - ·calouste · Fundaçao . lar de Lisboa CUF Particu . · tais da Cruz Vermel~a, de Francisco Hospi e brdem Terceira . • . . . . dos de Hemod ial l-se e 17 Centros Priva
S.
Pensamos S'e r possíve1I abordar o problema da msipo n s:a hi1:1idade profi ss·iona1I dos p restadbres de cuidado s nos hospirt!airS' sob o ponto de v1isrtia de admirni·st·ração, a qual, 1e m s·erntiido ·a mplo, pode defan1ir-se oomo fórmula r~ie·ntífica de ad!equar recursos humano1s, organi.zacion:ari:S e matenia1i1s ao prosse·g ui1me1n.t o de objectivos ·determ:irnados. A adm1ini·strnção dós hosp:irta is, as1s1im einrtendirda, não compete exclus,ivamente aos seus órgãos de ge•s tão e direcção. Os ho sp1i·taiis são pessoas col ectivas de dire1ito públ•ico, dotadas de auto·no·mira 1adminiistrat:iva e financeüia, e a sua capacidade jurídica abrange todos os dire1itos e obrig açõe1s necessári1as à pros•seoução dos seus fins (D.L. 129/77, de 2 de Abri1I), mas e s1sa fiinal1idade tem rde estar definida na ·l·ei, e não pode pre j u dlicra r o dire·i·t o de tutela da competê noia do Est:adb, através do M1inistro da Saúde. Os hospita1is têm ·como objectivo, pres.tiar à população ·as s1i1srtênciia médi1oa curatiiva e de reabihtação, e colaborar no ens·ino e · inve1s1:1i191ação oientíf'ica, fazendo parte do sistema de combate à doença e promoção da s·aúde, 1s1im ultaneamente com o .objec:t ivo rde natureza ·socrial que tem em vi1sna 1e1st1abe·~eoer as re;l.a çôes· entre as nece srs1idiadies pessoai1S ou fam1il1iares e os casos de 1
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doença, que· devem ser t:oni·adas e·m contia no tratamernt'O e na reinserção dos do·e nte·s no seu meio ( E·statu.ro Hospitalar, EH - D.-L. 48 357, de 27 1de Abri1l1 de 1968 e Regula·mento Geral dos Hosrpi1ta1i1s, RGH - D. 48 358, da me·smia da'ta). O Mri nistério cfia S.a úde tem um rpaipe1I pre ponde r:anrtie na adequação dos me ios ao1s objectivos, através 1do .e xe.rcíoio do poder de 'bUte'l:a ( D.-L. 129/77, de 2 de .Aibri:I) . Quanto ·a meri'os humanos cri<a e regulamenta carreka1s profi1s1s1lona:i1s, fixa remuneraçôes, :aprova quadros, adm1i11Je e 1exonera funoi:onários. No que respe:iita a me~ios orgain1izacironai1s regulamenrt:a, nome1ia ou homologa os1 órgãos de gestão e de df.recção, deve 1es;'t:abe·le cer planos. e 1
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programas de acção, acompanhar e ava!liar os resul·t ados, de~iniir norm as e ·c ri,ténios de· actuiação hosrpit:alar, exercer o contrario de gerênida, autori'Zar a criação e extJinção de serv•iços ou a1lte:r açôes s1igrn!irficativas e permanentes do núme,ro· de oamias, e, enfim, avaliar a qualidade dos cuidados prrestados. Rie·latJi1v1amente a me1iors m1a teri1a1i·s o poder de tutel1a defirne e autorii·za o finandamernto, ap1ro.v a orçamentos, •aut oriza a comp1ra ou al-ienação de i1móve1is, a efectJivação de emprés,ni·mos, na práti'Oa, autm1i,za a quarse totaliidade dos 1j;nve1stimenrt:os. Finalmente, o poder di1sdpl'iinar é h1ierárqui:c o, 1
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e a competência disópliinar dos su pe·riores envolve s1e·mpre a dos i1nf'er iores hierárquicos dentro do s•erviiço, sendo os 1Jirtu.lrares dos órgãos di.rigerntes responsáveis per ante o 1mini1st ro da Tutela, ao qual é re·servada a exe:liurs·iviidade de ap1l1ioação das p enas ma·is g·ravosas (D.-L. 24/ 84, de 16 de Janeiiro). Se a legri1slação e1m vi·g or estabe·leice 0rs parâmenro,s siinte·tlizados às 'e ntidades de Tuite1la, podemos conC'luiirr que o po.der de intervenção do Ministro da Saúde na vida 4nterna dos hosrpirtais é grande, e tam bém é correieto deduzir que as várias áre,as :desse poder devem ser exe.roirdas de mane1irra equi-liibrada, não empolando umas em desfavor de o utrais. Se no exercício do oontiro1lo das gerênc+as pode o M·inis.t ro da Saú de· colocar nos harspi.tai'S um ou mais' rde:l egados seu s se·mpre que s·e verif.ic.are·m de~idêrncias na orgarniiz1ação ou funcio1namento dos ·respect1ivos serviço·s que juilgue· ·insuperáveis de outra forma em prazo conveniente (D.-L. 129/ 77), não se entende· que o mesmo m inis1tro deva p1riv1i·legiar o uiso do seu podeir dirsdpHnar em desfavor, por exemplo, do apoio a me'ÍOS' e1s·trurtura i1S, humanos, orga1n1izacio1
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Administrador do Hospital Pediátrico de Coimbra Av. Bissaia Barreto, 3000 Coimbra.
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e mate·riia1is, prevenindo eventuaii1s 1iinfrac.çõe·s ou factos 1illÍdtos e garantJindo bom aitendli1menrto dos doe,ntes. Por outras palavras, e no1s te,rmois legais, os órgãos de Tute1l1a, e toda a hie!rarquiia que vai dos hospitais ao m·ini'Stro, não devem, ser meros v:ig i lantes de espada de1sem.bai·nhada para castigar os que infoi1nge·m ais normas, outrossiim, são ice-responsáveis do funcio namento dois. hos'pi1tars, 1g1a rantes máx,imos da boa qual1idade dos cuidado1s. na~s
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A adm1inistração hosp·italar é muirto co·mplexa relativamente à g·ran de maio·ria das orga1n:izações. Nuima fábrica de pregos a adm1ini1stração pode 1
prever e quiant:iifücar icom grande margem de se gurança os objectivos a atfrng·iir, quantidade e quaHdade de pregos1 a produZJir; os meios humano·s e materia1is - mão-de-obra, equipamentos e matérias-primas. Num hospital quantos doe·nteis e que aoentes vamos tratar no próximo ano? Qual vai ser a evol·ução dos me1ios de diagnóstJico, de te·rapêutrca, 'da's ciências médicas? Que doente·s, que pato·log·ias? A que hora do dia ou da no1ite acorre uma s1i1tiuação urgente?' Que meJio,s· ma'i's adequados? 1
Os hospttia~s são extremamente complexo1s dado1o grande· número de vari,áve:is e ,t nterdependêndas em jog:o. A 1adm1ni1s tração hospita~ar processa-se num universo probabFlístico de grande comp~ex~dade., porque a acção médica, que. está no topo das finaUdades a prosseguir, também se proces1s1a num universo probabi1lístico de grand~ varia bfl1ida de.
A iafürmação de que nos ho1spitaiis não há doenças .mas 'Si1m doe.ntes, é 1~ormafmente ut~i zada para fundaimenuar a nece•s•s:i:cfade de humanização dois cuk:lado·s'. ,Em nosso entende1r deve ter u:m a:lcance mais vasto: o mes,mo doe·nte, com a mes1ma patologia, ipode 1reag.lr amanhã de forma diferente à terapêutica que ainda hoje lhe foi: •apliicada com bom resultado. O diagnóstico, o prog·nóstioo, a te•rapêutica, nun•oa pode·m ter uma .probab~Hdade de êx·itio ·igual a um, se·rá sempre zero vírgula e 'Uma dédm1a. 1
priestador de cuidados, o que seria al·g o seme'lhante ·a c0in1suimismo de pedidos de indetm ni,zação.
'ª ·equipa (médioa e enfermagem), i·nfe·lizmente de uso pouco frequente nos nossos hosp1ita:i1s.
Criar-se-·ia um ambiein te de 1insegurança fomentador de mecanis1mos de defesa dos médliic os e dos restanteS' pre·stado:res de cuirdados: maior ·coins,umo, ,evttáv,el, de meios c.01mplementares de diagnóstltc:o, recusa da prática ,de actos c-om maior risco, aumento de . ·demoras médias1 do•s tratamentos, das Hstas de espera, enfim, aumento de gastos sem me·lho riia da qualiida de de cu1idado1s ou ·ma·ior ef.rcáciia.
A responsabi'l.idade i·ns1tituc:iona·I e a re1sponsabiHdade da própria hi1e,rarquia médica, não deve despers·onail,izar a prestação dos cuidados, pois em todas as situações o médico exerce a sua a.ctividade co1m plen a ·r espon sabi1liidiade profis sional, o que i.mpl1ica urna área autónom1a de pode,r de decisão, tal como prevê o Regulamento das Garre1i·ras Médicas, RCM (D.-L. 310/82, de 3 de Agosto), e·mboria este mesmo ·regurl1a mento Hxpresse a or.ien~ção para traba·lho e·m e·qU'ipa ao pre1oe1itua·r que o médico ·i ntegrado na carreira hospitalar -coope111a com outros profi.ssionai1s, cuja acção seja complementar da sua, e deve iparti·ciipar nas equii pas de trabalho· para o efeito cons'tituídas. A pluridisoipl,inaridade dos CU'idados hospital1ares deve me:rece1r reflexão sobre a deHmitação de oompertênoias entre· a s. vá,rias . e1speoiaHdades médicas e entre as. várias c·lasises· profis,si onaiis, sem o que não seirão estabe;leoidas fronteiras daras de responsabi1l!idade no uso do dire1ito de regresso. . Segundo o R:C M a lkenci atu ra e1m Medi'Oina é condição necessária e s,ufiioi·e nte· :para oonco1r:rer ao ,i nternato geirail, e es1te de st!ina-se a preparar o 11,ice·ndado para iniciar o exercício profissional, seguindo-se o .internato complementar destinado a habiilitar os médicos para exercíciio profii.s·s·ionail e·m termos de ,a utonomia e, dife,renoiação, té·cn1ica por áreas profrssiionais a ·i·dentifi'car pefo pode1r de tuteil!éJ. A ·le1i pléJ,rece não permitir a p 1lena responsa.bi,l'idade db médico do ·internato geral, e a ac.tuação dos •a1s1sis:te·nte s, findb o ·interna.to co:mplementa r, só se:rá p'lenamente hábi:I, em termos de autoinom1i·a e diferendação técnica, e·m áre•as devidamente identifii1oadas para que foram esped,a1l'mente fO'rma dos.
Há que p ro:cu ra r metod:olog;i·a de co-respo nsabiHdade dos ute•ntes na probabiHdade de fra ca1s;s o tot8'1 ou parcial da pre1stação de cuidados médicos, o que tem de passar por formas adequadas de info·rm·ação nos· doi;s sentidos. 1
Parece ser pacífioo e.ntre os jur~sta 1s 1~ que hoJe os actos médicos prati,cados nos hospita1is ofi.oi1aiis portugueses são actos de ge1stão :púbMca, e não do âmbito ·da gestão privada. As.s im 1se,ndo, a responsabiHdade civ1i!I ou crimj.nal deve· ser exigida ao hospital (Estado) sem prej'Uízo do di:reiro contra os eventuais viol·adore:s dos deveres profiss+onai·s. 1
Já o RGH (1968) definiu doente comum, ao contrário ·de doente pnrvado (quartos particulares), ioomo ·aquel,e que confia a responsabi11iidade da a1ssistência méd:iioa ao hospitaf e à siua O·rgianiz1ação, oons1iderando médico responisáve1I do doent·e aque1le a quem o di·rector 0 u che.f e de s·e'r viço conf·iar a assistênoiia clínica, através de decisão pontu'8'1 ou esqueima o:rganizativo. Mas o di•reotor ou c.hete de se·rv~iço é o médico :r esponsáve1I de todos os doentes assistidbs, cumulativamente ·c om os médicos assistente1s. 1
Este· prii ncípio da .re·sponsabi+idade cu m u1lativa do médico em fuinções de directnr de se1rv1i.ç o ve.m reafirm.a do no Regulamento dos órgãos de Geis tão e Diirecção dos Hospi,t ais (D.R. 30/77, de 20 de M aiio), ao dispor que lhe compete. e1m eispecial garantir o respe·i;t o integ1ral dos d.ire·itos do doente, as,s egurando- lhe uma condu1Ja correcta por parte de todo o pessoal, e a prestlação de cu:idadois adequados e da me!hor qual'idade compatível: com os mefos disponíveis. E miais compete ·ao médico em funçôes de di,r ector de serviço, para que não . aconteçam soluções de continui·dade da s:ua responS'abiHdade, fazer-se substi•t uir nas fa·ltas e · i:mpediime,nto,s. 1
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A profissão médica, talvez ma1i's do que qua:lquer outra, é exe1r.oida em universo com probab~l'idade de maiior ou menor êx ito, mas. j-aimaiis. com certezas rl1i1neare·s. Achamos por 1i1siso que. ex1i1stem graves 1incon:ven1i•entes s·e cai•11mo1s em •radicaHsmos, ou de·ixarmos errar na opinião públ1ica a convrcçã·o de que é possíve1I ex1ig'k à acção médica cem ipór cento de êxlitos, e a ·ideia de que semipre que acontece um fracasso na 1luta contra uma s1ituação de doença .se deve exigk repa1ração e consequente proced;mento d;s1otp'N:nar contra o 1
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A assunção da respons·abi·l'idade dt>1s cuidados pe·l1a direcção dos' serviços de acção médioa pode e deve ter 1expressão prát,ica ·oom as chamadas «visitas», sobretudo na revisão de casos por toda
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Se observarmos a ·real.idade dos nossos ho spiita1i1s no que respe1irta à aotiividade muiitas' veze1s isolada dos internos do ·internato ge•ral ou complementar, penS'amos que os órgãos de· gestão .e· as dire'cçõe·s médi·oas devem estar atentas ao proble·ma, sobretudo na constitui,ção das equiipas dos' 1serv1i·ços de urgênciia. 1
Só o médi:c o da carreira hospitalar com grau de 1ass,istente ·ou ichefe de serviço é o profi.sistional com hélbiil:itação comple·ta para prestar cuidados diferenciados segun:do áreas be·m definidas, e para as funções hospita ~ares de investigação e ens·ino, abrangendo o diagnós1tico e tratame1nto dos doentes ( inte.rnados, em consulta exte·rna ou serviços de urgênoia), bem ass1im. O· e:nsino e inve sti.gação 1
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científica rnlaciionados com a sua especiaHdade, pa.ra partioipar em júri·s de concursos. e na gestão de serviços. Fundamentalmente, compete ao médico o diagnóst!ico e a prescrição do "tlratamento dos doentes, mas tanto o diagn6s.Noo como o tratamento ·são na ma.ior parte das vezes !interdepen- -. de·ntes de o utros profiss,ionais. O d ia gin ós tico de pende quase sempre de me1ios complementares, e o tratarne•n to ne.m sempre é efectu ado pefo próprio médico. Com exceipção de ·s·ituações· espe1aiais de cuida dos intens iivos, não é ex1igível à acüvidade médica permanên'Ciia constante, Ju nto dbs doente,s, a qual' compete ao pessoal de enfe·rmagem. Por isso estes profissionais. têm de· ser considerados de, impQrtância essencial na prestação dos cuidados hospitalares. P·e rte noe-1 he1s grande parte da aipl1ica ção e ex,e cução de prescri·ções médicas relatii1vais a triatamentos e te1ra:pê·u·tJica, onde o enferme1i·ro deve estiar habi1litado pa.ra con1preender as re:spectivas causas e efeitos.. Mas, sobretudo, é-ilhes exigida compet ênda e di1s ponibiHdade paira observação dos S'i ntomas. e ·reacções dos doentes de forma a estabeil ecer ·a retro1acção (feed-back) indi1spensável para o médico avaliar a justeza do diagnóstico, do tratamento e terapêutica prescritos, permitin do eventua;I e· atempada correcção. Se constatarmos a carência de profissiiona1i·s de enfermagem nos ·nossos hospitia1is, duvidamos 1
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que estejam sempre reunidas as co:ndições de modo a facultar aos doentes cuidados correctos. Referi·mos a necessidade de procurar a metodologia oorre.ota de c:o-re•spons•abi11liz·ação dos utente·s na .probabi11>idade se•mpre ex+stente de falta de êx·ito totail ou parcial dos 1cuidados hospitalares, a qua·I terá de s:e basea•r e,m formas adequadas de· •informação. O RGH, de 1968, estabe·lece ·muito ola·ramente que as decisões médi·cas' para admissão de doentes, as prescriições para o estudo, tratamento e ailta dín1iiea, devem seir sempre formuladas por escrito e assinadas peilo médico que a:s proferiu. E 1ainda que a execução dessa s determinações devem ser também anotadas no proce,s so respe.ctivo. Pensamos que se1rn processos 'clín:icos deviidaménte preenchidos não pode have1r aval.iação dos cuidados pres·t ados' a()IS doentes, nem pode h1ave·r defesa objectivléJ dos profi1S'S'ionais ·pe•rante· eventua.is acusações de erro,s ou omissões. Tenha-se e·m atenção de que a exigência de re·s ponsabi-llidade é sempre efectuada com maior ou menor tempo pass1ado 1a pós ia pmstação de cu1idados, o que dificU'ltará, nu inv·iabHizará, a reconstitu~ção do que ·rea,lmente se passou. 1
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D'iríiamos aos enferme·iros e restantes profissronais não médicos que devem ex1igir sempre o registo e ass1inatura das deicis'Õe,s 1dlín1icas. Diríamos aos médicos que devem ex.igfr dos e.nferme1i1ros e restaintes profissionais que reg1istem ia ex·ecução dessas dedsões' e o resultado da obse1rvação dos s·intomas e reacções dos doentes. O EH, de 1968, estabe·le·oe que o,s doentes podem recusar a assistênoia, mas que esse di·reito não pode 1ser exercido pe1lo reipre·sentante ou tutor do assistido·. Por outro 'lado, os doentes não podem ser submetidos se·m seu consentiime,nto a exames e tratamentos, e antes de qualquer operação deve o médico responsáve·I obte r o consentimento do doente, dos seus pai1s ou tutores se for menor, salvo nos casos de extrema urgênoi1a. Pens,a mos que os se·rviços jurídicos hospitalares (e porque não dos órgãos de tute·la?) devem preparar formulários apropriados para reg·isto de rotina nos serviços de autorizaçõe1s a conce,der, das re·cusas que forem 1l·egít;imas', e das justificações pire'Oisas das acçôes 'levadas a efe1ito em oasos ·de 'e xtrema urgênda. 1
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Ainda o mesmo EH de 1968 prece1itua· que os prognósticos graves podem s·e·r 'legüiimamente ocultados· aos do·e ntes; os prognósticos fatais só fhes podem s er reve·l1ado·s pefo m.édico responsáVe'I co·m as precauções aconse·lhadas pe:lo exacto conhecünento do seu temperamento e índole moral; m·as e·m regra, ·devem uns e outros se1r revelados à f.amíHa. 1
O RGH diz depois que em priinc1p1 0 o arquivo clínico deve ser ún.ico e central 'em cada hospi1ta.I, e que os directores, chefes de se,rv1iço e médicos responsáveis dos doentes podem des1ignar o·s elementos dos processos que não deva:m ser oomun+cadlos sem sua autorização. Duvi1damos que todo o peissoal hospitalar tenha conhedmento destas dispos1içõe1s, que nos parece·m mere·cer divu'.gação urgente. 1
Todas as normas organizacionais que temos vindo a expor, ·e os próp1rios' pri.ncípiios ge·rais do Dire;ito, es1abe1lecem ·l1im,i tes de responsabi1l1idade de·ntro das disponibil.idades mate·riais e de pessoal dos serviços. O obste:tra o-u o p·e di1a tra que não dispõe de equipamento mí1niimo para reanimação de um reoém-nas'Cidô, situação que infe·l,izmente ainda acontece, não pode seir respo·n sabi:l1izado po·r não exe·c utar esse acto médico muitas vezes indispensável. O D.R. 30/77, de 20 de Maio, prevê que os médicos em funções de direcção de serviços de-
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vem e!1aborar planos de acção até 15 de Novembro de cada ano, e re1latórios de activida1de até 30 de Jane·iro, e que ambos devem dizer respeito a tod~ a actiividade do S1erviço, tanto peil o que se reporta à prestação da as1s:i stência como à 1 invest~gação, partiClipação no ensi·no e co·laboração no aperfeiçoamento do pessoal, evidenciando os meios necessários, designadamente os equipamentos. a adquirir ordenados, segiundo a prioridade que ·l hes é atribuída. Quaintos oonse"hos de gerência dos hosipita1i1s portugueses exigem esses planos e re·l atórios? Quant:as di1recçôes de serv1iço·s os e·labo-raim? 1
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Gestão Hospitalar e Relações Públicas Alguns apontamentos
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Como devem ser julg,a dos· 0 1s prestadores de cu:tdados hospitalare·s, sobretudo os médi1c os principais ·responsáve·is pelas decisões reilatiivas aos doentes? 1
O EH de 1968, ipeilo art. 65. 0 hoje revogado, previa o conse:lho de discipHna hos:pii·t alar cfe:s ti·nado a ~nformar ·o brigatoriamente os iprocesso·s disciplinares contra ·médi1cos e pessoal di~igente, podendo ainda ordeinar dN1igêndas complementares. Era presidrdo por um juiz, e constituido por dois voga1i·s' médicos de cate·goria não inferfor e dire·ctor de· serviço e por do·is funcionários com categoria ·igua:I ou superi·o r 'ª adm1inistrado1r ho·s pita+ar. .O Estatuto Médico, D.-L. 373/79, de 8 de Sete·mbro, dá a faculdade ·a os médi1c os de requerer audiência da Ordem ·nos proce,s·so~ dis<Oipl,inares e·m que 1incorriam, semrpre que e1ste1s e·nvoJvam assuntos relacionados com a éti·oa 1médica ou a qual·idáde· do -exercício pro~is·si·onat O D.R. 30/77, de 20 ·de Mafo1, dá competência ao Cons,eilho Médico pa1ra se pronunda·r sobre os aspectos do exerdoio da mediiciina hospitalar que envoilviam princípios de deont101log.ia médica, e sobre que1ixas e reclamações que. sejam formul·adas ace-rca da correcção técnica e prof.issiiona'I da ass,ist.ênoia prestada aos doentes. Este Conselho Médico é constituídb pe1los me1mbros da Direcção Médica, pelo direc.tor de cada um dos. serviços de acção médica, pela direcção do internato 1médico quando exista, e podem, a.inda deile fazer parte. um médi1co do quadro de pessoal perm:a nente. de cada serviço e1le1ito por maiioriia de votos de todos os médicos. Podem funoionar em plenário ou por formações espeGiaHzadas constituindo comissões restri-ras .. Pensamos que mesmo através ·de ordem de s·e rviço interna é possível 1instituir de imediato em todos os hospitaiis o conse·l ho médico, preve·ndo comissões restritas·, flexíve.is por espe·c ia1
Con!ir:wa na pag.30
PAULO SALGADO* 1. SERVIÇOS PúBUCOS, HOSPITAL E R.ELAÇõES POBUCAS Não constitui novidade o 1interesse por temas des•ta niatureza, ainda que, um pouco por toda a parte, 1as re·l·açôe s públicas s·eja m co n s·i dle radas, erradamente, um conjunto ·de processos utii1Vizadbs com füns pubHoitários e propagandís:t icos. A questão não ·s,e· põe apeinas ·re1lati'vamente às empre1sas privadas; 'ªs re1lações púbHcas e·s tão pre·sen~es, .igualm·e nte, n·as organi.zações de carácter so'Diail, profissional, sindi:c-a-1, nas autarquias locai1s e instituiições de beneficência, uma vez que constituem a consciencialização das respons·a bilidades sooi:ais inerentes a todas as actiiviidades humanas.
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Q.<f! FI N ANCl~MENTO .p-1'. PRODUÇAO
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OPJNlÃO PÚBLICA INTERNA: DOENTES FUNClONAR105
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Os hom·ens da «empres·a hospita1lar» devem compreender que o hosp·ital está em contínuo movimento, sujeito a pressões, ·i nternas e externas, e·manando de ·g rupos humanos a que se pode chamar «o me1io soda1I do hoispitah>. 1
Neste domínio, o elemento novo e ori·gina1I surgi'U, essenda·lmente, com o apareoimento de grupos de pressão - quer se trate do «públii:co» diente do hospita1I quer do «püblico» em geral e na importância que apresenta o fenómeno «opinião púbHca» na pressão exercida por aque·les. Com efe1ito, é no campo da opiníão que se movimentam as re·lações púbHcas, e não no domín io da organização. Poderíamos coinfügurar para o hospita.1 o esquema s·e guinte, em que S'e obs,e rvam pre·s·s õ·e s de nível externo e de níve1I :interno. Nesta di1nâm1ica, o jogo de aconte,o imento·s e as transformações operadas tornam 1irniperiosa a necessidade de introd:uz·i r alt,eraçõe·s quailii'tativas e quantitat>ivas ao fluxo de informações na organização hospitalar. Do que acaba de afirmar-se, pode oonduir-se que as re lações púbHcas pretendem ·s er uma 1
nova área na ge·stão hospitalar, sendo seu obJect:ivo estabelecer re·laÇões confiantes na sua «zona de influência púbiN:ca». O hospita1I existe p1ara se·rvir o <«seu públ1ico» - os doentes. Para tanto, é necessário conhecer o ~ ue ele pen s·a, o que e·le pretende e qual a sua opinião acerca do ho1sphail. Esta 1·de·ia não contradiz, 1cremos, a pos1ição de supr·e·mada que os serv1iços públicos, enquanto Administração PúbNca, detêm, porque munidos do seu poder público. Não põe em causa, a1inda, o conjunto de prerrogativas que permtitem à Admin·i stração Pública f.azeir preva·lecer o interesse ge·ral, recorrendo, para tanto, à ·decisão uniilateral como característica da acção adm:in+strativa. O que pode pôr em causa é uma coincepção de serv1iço púbüco 1a uto·ritária e pouco permeáve;I ao diálogo. Para os nossos hospitais fo·i transpl1a ntada esta concepção, se bem que, tratando-se de ser1
* Admin istrador Hospit alar -Gabinete do Novo Hospital Central -Av. Bissaia Barreto, 3000 Coimbra.
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viços públ1icos com características esipeoia1i·s, a ide·ia de intere•sse geral ganhe uma nova dimensã·o : é que toda a «organização é estabeledda em ordem à pessoa do doente», adaptando-se certos «prindpii os ·destinados a proteger o doente contra os excessos possíve·is no funcionamento do sistema» *, resultando daqui· uma salutar tentat·iva de modificar o re1l·a cronamento hospital-doente. Todavi1a, à parte certas medidas isoladas nos estabe~edmentos hospitalares (g.uras de aco1lh•mento, boletins ·i·ntemos dos órgãos pe gestão, ·contactos ocas1ionai·s com a 1.mprensa, ·relatórios de actividades ... ) não está ·instituoionaVizadb um sistema de ·informações que permita modificar grandem·e nte as relações · entre o hospi1tail e os utente1s. 1
fazer reailçar ··a"'componeinte económi·c o-sodal do ·hosp1ta1I enqúanto empresa. A níve·I ·inte·rno, nas re'.ações com os doentes : - mitigar o «conflito» que se gera entre o doente e o ho·s pital; - proporci·o nar ao doente e ·seus· fami·l1ia-res as iinformações 1necessárias sobre o fun·c ionamento interno da 1insti-tU'ição; - tornar adequada a :c omuni,cação e·ntre o hospital e o doente. E nas reilações co·m os funcionários : - manter todos os trabalhadores correcta1mente ·informados dos obje·c~ivos1 gerai1s do hospiital, das suas acrtiividades e dos seus grandes. problemas; -
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Cabe aqui refe·rir o que escreviam, recente· mente, do1is autores ** a iproipósiito desta problemáttca: «Há a nece•s s idade de a~te·ra 1r o ·s·i·s tema de relações ex·istentes entre a Administração Públ·rca e ·o s admiin istrado·s pe·los seguintes motivo1s: - l·mpe·ra:tivo éti:c o-constitucional; - l·m pe1rativo de vivência de1mocrátrca; - Neces1s1idade de fundamentação das dedsões; - Necess·idade de obter u·ma e·f.icáoia organizacional.»
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·i·nvestigar as atitudes do s di·f erente·s grupos socioprofi.ssionais ipara 1c om o ho·s:pital, e· deste para ·c o·m aq ue1le s ; co ntribui.r para o desapa redmento de «confHto·s» interpessoais e 'tnterg·r upais dentro da comunidade hospita·l·a r; fomentar o fluxo de ·i nformações ascendentes n·o sentido de fazer partioipar todos na responsabilização pe,lo sucesso ou insucesso da gestão hosp·i talar.
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2.2. O método
de 1comunicação ·c o1m os «vários públii'cos» -
o que implfoa o conhecimento das técnicas uti•l;izadas em re lações púbHcas. Conforme o público que se .pretende atingir, assim. serão uti l1izadas té·c nicas específicas': o contacto de vocação unii1l·a teral (a Imprensa, a Rádio, a Te1le~isão, as brochuras, os cartazes ... ) e o contacto de vocação bilateral ( entre·vi•s ta·s, me·sas redondas, assemble·ias·, vis1itas ao hospital ... ) que sã·o "s duas v. gran-cies vias para a comunicação. 1
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2.4. Os meios humanos Deixámos propositadamente p ara o ~im de·s tes apontamentos uma breve ·referênoie ao pape,I desempenhado pe;los homens ·ligados· à função «re!:ações púhl1icas». Esta actividade não se ·c ompade·ce com o amado·nismo. Se é certo que todos quantos trabalham no hospiital devem faz.e r relações públ·icas, não é menos verdade· que es·ta di,s cipl·i·na eX'ige, entre outras, qualidades de atracção .i nte·le·ctua'I pe1los p.roblema·s· humanos, capa1oidade e argúcia para observar e prever as a~itudes e reacções humanas - ·Sem as quais as re,laçÕ'es púhl·icas no hospital se tom·ariam uma forma de manipulaçào, nunca de 'C·o municação. 1
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3. CONCLUSÕES 2. AS RELAÇÕES POBLIC.AS. NO HOSPITAL
Numa organização complexa como é o hos·p ital púb~ico, pergunta-se: a que órgão, a que níveI hierárquico deverá cabe·r a co·ncepção e coo,rdenação das relaçõe•s públicas? Através de um departamento, ·de um serviço, de um responsável em part-time?. E qual: a sua pos1ição de·n tro da estrutura organizacional ? Excluindo a hipótese de departame·nto - própria das . g·randes empre·sas i·mp·l·a ntadas a níve·I nac·ional - :não escondemos· a opinião de, para um hospita1I central (por exemplo o Novo Hos1pital Centra1I de Co1i·mbra), parecer ·oorrecta a criação de um •s erviço de rel:a ções públ·ioeas, directamenre 11iigado ao conse·lho de gerênoi:a e adm1inistrador, e, para um hospital distrital, o próprio administrador dinamizar essa nova função da gestão hospitalar. 1
Esta necessidade exi·ge uma a.c ção que comporta t·rês a.spectos distintos .m as interl1i1gados: uma poHtica de relações púbHcas, a uti1:ização de um método eficaz e o conhecimento e apticação de téoniicas adequadas de comuni·cação.
2.1. Política de Relações Públicas Ta-1 polítioa ·i~pl-icará a pro·sseoução. dos. segui·ntes objectivos: A nível. ·interno: - dar a conhece·r à sua zo,na de 1influênoia públ,ica uma ~magem de bo·m atendimento e acolhimento; - i·nfo·rmar o públ:i,c o no se•n tido de este adquiri·r, quando em episódios com o hospital, um conhedmento da reaHdade hospitalar; - fazer re1a lçar o forte contributo do hosp1ita:I 1no conjunto do·s serviços prestadores de cuidados· de saúde; - avail·iar as opiniões do públ1ico em relação ao ho·s pi·t al; - contribuir para que a comunidade compreenda as dificuldades que o hosipitaf 1atravessa ; 10
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2.3. Os meios técnicos Trata-se de distiinguir daramente os campos de actuação e definir os objectivois e programas
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Preâmbulo do D.-L. n.º 48 357, de 27 de Abril de
Relações Públioas em hospitais é um tema que merece ser cons1iderave·lmente ma1i1s pesquisado. O estudo e a ava11:iação das necess1idades expresS'as pe:los utentes e pe!a comunidade, por um ,lado, e 'ª criação de uma boa imagem do hospit8'1, por outro, são ac~ividades normal1mente negl1i1genoiadas pefos hospitais. Se be,m ·c onseguimos traduzir ·o nosso pensamento, pretendíamos mostrar que: - A função «re·laçõ·es públiicas» é estabe1lecer e mant·e r relações sau dáve·is e confiantes entre a tnstituiição hospitalar e os «seus p.úbl:icos», baseadas em pesquisas de a~itude da diente'la e da comunidade. - As Relaçôes PúbHoas mais não são do que um.a compone·nte das re1lações humanas ex·i•s tentes na estrutura social que é o hosp·iitail. - As Re·!ações PúbHcas· constituem , a1lém di1sso, um processo de 1informação, ·de conhecimento e de educação, nunca de·ixadas ao acaso da absoluta espontaneidade. 1
SUMMARY Thi s 1Jext mak·es a system ic a.pproach to the hospital in its multiple inn.er and outer relations, in what concerns the Public Relations. The flowing of info rmat ion in the hospital, from here out and on the contrary, it's the main activiity of Public Relations, whose aim is the outspreading of that information and the ·e xplanation of «its publics». lt's given special emphasis to the building of a good portrait of the hospital hs,elf, not as a survival imperative, but as an ethical-democratic necessity. So, it can be seen ·all the measures to answer t hat · a re·al po.litic of public relations, the use of an efficient method and the know-how and employment of technics of commun ication. At last, it's refered the rôle :p layed by the men attached to the public relations. The admjnistrato·r of the Hospital seems to be o.n the right p lace to achi.eve this change and aid the institutions to attain these objectives in a more effective way. 1 •
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RESUMO
1968.
** Veja-se o artigo de Lourenço, M. E. e outro !n Revista de Administração Pública n.º 20, ano V, Abr.-Jun., 1983.
externos na perspectiva das Relações Públicas. O fluxo das informações dentro do hospital, do hospital para o exterior e do exterior para o hospital, constitui a actividade p rincipal das Relações Públicas, cujo objectivo é a divulgação dessa informação e o es'Clarecimento dos «seus públicos». Dá-se particular ênfase à criação de uma boa imagem do hospital, não como imperativo de sobrevivência, mas como neC'essidade ético-democrática. Para tanto, apresenta-se, de seguida, o conjunto de medidas tendentes a satisfazer essa necessidade: uma verdadeira po lítica de relaçõ.es públ:i cas, a utilização de um método eficaz e o conhecimento e aplicação de técnicas de comunicação. . Faz-se, finalmente, uma referência ao papel desempenhado p,elos homens ligados à função relações públicas. O administrador parece estar bem colocado para ser o motor desta mudança e ajudar as instituições a atingir estes objectivos mais eficazmente.
O presente texto faz uma abordag.em sistémica ao hospital nos seus múltiplos relacionamentos internos e
BIBLIOGRAFIA ECCLY, R. Hôpital et Relations Publiques», Gestions Hospitalieres n.º 206, Mai, pp. 451-454. LOURNÇO, M. E. et ai. Pensar o Mark eting lnstitu- · cional Público», Revista de Admin:istração Pública n.º 20, ano V, Abr.-Jun., 1983, p.p. 293-301. LOUGOVRY, e. - «L'lnformation et la comunication de l' entreprise», Presses Universitaires de France (Paris), 1974, pp. 7-20. MATRAT, L. et ai. - «As Relações Públicas Motor da Produtividade», S. Pedro Editora, Lisboa, s.d., pp. 190
-37. MORGAN, O. - «Public Relations and Patient Rights», Dimensions in Hea lth Servi ce, November, 1974, pp. 11-12. PENTEADO, J . R. W . - «Relações Públicas nas Empresas Modernas», Lisboa, 5.• edição, Centro do Livro Brasileiro, Lda., s.d. •
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Como uma das principais causas da mortal:idade infantil aparece a p·rematuriidade, entendendo-se por prematura, seguindo a OMS, toda a criança que ao nascer tenha o peso igual ou inferior a 2,5 kg. Um esturdo foito em· hospital urbano (Guias para la Salude de la Com,uniidad) mostra-nos que os partos pre·maturos são mais frequentes, cerca do dobro, nas ·mulheres se1m ass·istênoia perinatat Nesse ·mesmo estudo, concluiu-se também que a morta11iidade neonatal geral é ma is elevada em 75 % nas mães' que não tiveram ass istência durante a gravidez.
O problema Hospitalar do Arquipélago da Madeira O internamento da criança ANTÓNIO ALVES DA FONSECA
Um dos indicadores sanitários que mefüo.r traduze·m ·as condições sooioeconómicas' de uma região é a mortaltidade· infantil, po1is que as crian_ças com menos de um ano de kiade ·são muito sensíve1is às condições de nutriçã·o e habitação, ao ·nível educaoionail', ao grau de cobe·rtura de cuidàdos ·mé.di cos, e, de um a· "maneira ge·ral, às ·condiçõe s sociais do meio em que nas·cem e se desenvolvem. A região da Madefra tem uma taxa de mortandade muito e levada, das piores do· País: 1
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TAXAS Mt:DIAS DE MORTALIDADE INFANTIL Distrito e concelhos D. FUNCHAL Calheta Câmara de Lobos Funchal Machico Ponta do Sol Porto de Moniz Porto Santo Ribeira Brava Santa Cruz Santana S. Vicente
1959-1962 95,6 78,1 118,3 104,4 80,2 91,4 77,0 106,6 89,6 74,0 81,3 77,2
1968-1970 69,0 82,7 70,8 65, 1 63,1 73,2 71,2 70,0 º85,9 67,0 67,0 71,8
Fonte: Aspectos Regionais da Demografia Portu· guesa - L. Morgado Cândido - Estatisticas Demográficas.
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TAXA DE MORTALIDAD:E INFANTIL (POR MIL)
1950 1955 1960 1965 1966 1967 1968 1969 1970 120,2 100,7 100,7 70,2 64,2 65,2 71,7 60,9 74,2 Fonte: Esta'tiSticas e Anuários Demográficos.
No cáf.ouilo das taxas de mortalidade ·iinfantH tomaram-se em conta os valores médios dos nadas-vivos e dos óbitos dos 1indi:víduos· com idade infe·rfor a um ·ano, no trién1io de 1968-1970. A d;minuii·ção da taxa de mortalidade· deve-se em parte à entrada em 'f undo.namento dos diispensários materno-infantis, a que nos referi remos.
2. A PROTECÇÃ.0 MATERNO-INFANTIL Os progra1mas de saúde Púbil:ica costumam incidir de forma espedal ·sobre as actividades re·ladonadas com a saúde· e ·a protecção da m·ulher grávida e da ·criança. Nos Estados Unidos, a mortaHdade materna diminuiu nos últimos 50 anos de· 60 ·mães. morres em 1915, para 3 em 1962, po·r cada 10000 nasdmento·s; e de 100 cri anças mortas em 1915, passou-se para 25, e·m 1962, por cada 1000 crianças nasoidas. Ver.ifica-1se, contudo, a inda nos Estados Un1idos, que o progresso ·não tem s:ido uniforme, po·is que a mortal>idade mate·rna entre as mulheres de cor é quatro· vezes ·maior·. do que nas mulhe·res de raça branca, embora as· medidas sejam sens·ive!mente 1i·gua is, em ,alguns Estados. Relativamente a recém-·nasoidos, os de pais brancos têm o dobro da probàbiHdade de atingfr um ano de V'ida em ·relação aos fü[hos de pais de cor. O -prime iro di·a de vida de um ·re·cé·m-nasoido é o mais difídL De facto, o índi·ce de morta11iidade mostra que cerca de 80 % dos falecimento·s durante os dois· primefros dias veriflcam-s·e nas prime1iras 24 horas. 1
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3. O · SERVIÇO DE PROTECÇÃO MATERNOINFANTIL NA MADEIRA Os Serviços de Protecção Materno-lnfantit que há pouco mais de 1O ainos estã·o e·m func·i·o na me·nto na Madeir:a * fazem a cobertura das seguintes focal·idad~s, o que representa cerca de 71, 7 % da á.rea da ·illha.: ( Dispensárii0s) - Concelho do Funchal - todo o concelho. - Câmara de Lobos - fre·gues·ia de Câmara de Lobos e Estrei"t:o. - Ponta do So·I - freguesias de Ponta do · Sol, Canhas e Madalena do Mar. -Calheta - fregues,ia de Ca1lheta. - S. Vicente-freguesiia de S. Vicente, Ponta De!gada e Boaventura. - Machico - fregues1ia de Machi·co, Caniçal . ·e Porto da Cruz. 1
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1. INDICADORES SANITARIOS
1967 1968 1969 1970 1971 1972
. . .. ... . . . . . . . . . . .. . .. . ... .. . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . .. . .. . . . .. . . . . . . .... . .. . . . . . . . .. . ... .. . .......... ..... .. . . . . .. . . . . .. .. ...... .. .. . . .. ....... ..... ..... ...... .... ... . . .... ... .. ....... ...... ...... .. ..
52,7 58,4 60,2 58,4 52,5 55,3
N.º D·E CONSULTAS E VACINAÇÕES
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A presente publicação é baseada em extractos da dissertação apresentada no CAH de 1972·73 pelo colega António Alves da Fonseca, recentemente falecido, e que exerceu o cargo de Admi.nistrador-Geral do Centro Hospitalar do Funchal. Constitui singe·la homenagem· de GH ao decidir guardar nas suas colunas a saudade amiga que nos legou, e o senrtido humano por que sempre pautou a sua acção, expresso no que escreveu. -S.C.
pensários em relação aos nasdmentos na mesma área:
A acção gratuita destes s,erV'iços compreende . acções preventivas e ourativas em : - Saúde materna: grávida, ipuérper:a ·e mãe que ·amamenta. - Assistência no parto nas maternidades rurais, ,com triagem e encam·inhamento pa-ra o . hospital: do · Funch·al nos ·casos de previsão de parto distóoi·co. - S~úde ·infantil: iaté aos do·is anos, com ten·dên9ia para alargamento até ao·s sete. - Fornecimento ·de produtos de dietética ·infa riül e medica.mentosa de acção profüácti·ca. - Vis·itas dom iól·iárias, com educação san1itária, quer individual, que.r tamH-iar, ou atnda a grupos da com unida de. - Fornecimento de alg·uns' medi.Qamentos de acção terapêutica. 1
Estes ·serv iços, instalados em fins de 1959, foram difidlmente aceites em a1lgumas 4ocaHdades. Hoje **pode dizer-se-que têm ace·itação forte·mente positiva, como se; pode· verificar pe·los seguinte s dados: 1
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Percentagem de ·cri-anças inscri·tas nos Dis-
A.N•01S
C.ONSUL TAIS
VAC I NA1ÇõES
58 999 55 536 48884 41 758 41 477 37385 33420
37 111 44385 36200 38 130 84 363 (a)
1965 1966 . 1967 1968 1970 1971 1972 ( a)
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Incl u i a vac . anti po li om ie lítica"
Este trabalho foi escrito em 1973. NASCIMENTOS NA. ÁREA O.OS SERVIÇOS E TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL
Anos
1965 1966 1967 1968 1969 1970 1971 1972
M.I.
Nascimentos 5405
68 66,2 63,5 67,5 62,6 79,6 74,1 .65,9
5166 4751 4815 4581 4433
4171 426Z
MORBIUDADE VERIFICADA EM CRIANÇAS ATÉ AOS 12 MESES DE IDADE GastroBronquites Otites Anos enterites
1967 1968 1969 1970 1971 . 1972
751 726 763 873 625 522
1721 1402 1611 1561 1446 1201
1034 1063 824 865 590
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Verifii.ca-se que nas bronquites e otites as variações não são de valor apreciável, o que não acontece nas gastroenterite·s, doença responsáve·l pe1l:0 ma·ior número de mo rte·s. A acção ·sanitária e educaciiona·I dos Serviços de Protecção Materno-lnfanti·I, a'lém . de se fazer s·e ntir na assistência ao parto e na assistência às crianças até aos dois anos, mostra a colaboração va1liosa no diagn6sitiico precoce, tanto nos 1
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Este trabalho foi ·escrito em 1973. Este trabalho foi escrito em 1973.
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chamados partos difíce·is, ·c omo em crianças que são enviadas ao hospital, e que noutras condições ficariam em casa até o seu estiada agravar, as quais morriam ou, quando as levavam para o hospitat já era tarde . ..
3. O INTERNAMENTO DA CRIANÇA 3.1. Considerações gerais
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O primeiro hospital para crianças foi criado em 1852 pelo Dr. Charles West e·m Ge1at Ormond Street, Londres. Anos depois surgiiram mais hos:pita.is deste género, na Grã-Bretanha, e·m Boston e Ftladé'lfia, nos ·Esta dos U nidos1. Tais hospitais foram criados por os médicos sentirem a necessidade de tratar as crianças separadamente dos adultos. Pode dizer-se que estes· hospitais têm contribuído em grande parte, tanto para o tratamento como para ·a prevenção de doenças das crianças, e, portanto, para a promoção da saúde 1infanti'I. A melhoria na saúde infanti'I nos países com serviços de saúde púbtltica be·m desenvolvidos é responsáve·I pelos progressos da medicina, da legis·lação da saúde pública dos serviços sociais e médicos, à medida que os tempos mudam, os padrões das doenças também mudam .- poiS' a história natural da doença nunca é e·stát!ica. Como exemplo, bastará ·l embrar as doenças ·Contag,iosas, ·c omo: ·cólera, febre tif6ide, des·i nteda, pneumonia, tosse convulsa, tuberculose, difteria, poHomieHte e sarampo, que há 100 ou 50 anos atrás eram as causas principais de morte ou de doenças na ·infância. Quase todas estas doenças se podem evitar actualrnente, por medidas de saúde púbHca, quer por trataim entos, quer por vacinações. Porém, nos países em que tai1s doenças deS'apa re·ceram, pareceria que o problema da saúde infantil estava resolvido, mas tal não aconteceu, pois que outras doenças foram apare·cendo tais como a rleuoemia, as malformaçõe:s ooing.énitas de diversos titpos, as doenças me·ntais, etc. A medicina tem colaboirado eficazmente no tratamento dessas doenças e só ass·im se pode justifiioar que na lnglarterra a mortaHdade infantil que depO'is da Segunda Gue·rra Mundial era de 34 º/oo, em 1968 já er:a de 18 °/ oo. Tanto a rnorta·l·idade co rno a morbihdade di,minuíram, ma s as crianças que sobreviveram continuam a correr o ris·co· de contrair qua·l quer das doenças indicadas. É ·a ·e·stes novos problemas que terá de ser dedi·cada a JJlelhor atenção no sentido de evi.tar 1
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semefüantes doenças. Para atingir-se tal objectivo parerce ter de dar-s·e mais i mportânda à prevenção do que ao tratamento propriamente dtto, desenvo·lver serviços de .saúde, começando pelo médico ass•istente de família, e que os hospitais pediátri·cos devam ter, além dos ·s erviços gerais, serviços a:l't amente espeoia·lizados para tratamento dos casos não correntes; e finalmente é necessário fazer-se a pesquisa quanto às causas das doenças. 3.1 .1 . O tratamento domiciliário Há doenças que podem ser tratadas em casa, e actualment~ pensa-se :de um modo geral que se devem fazer todos os esforços para que o maior número de crianças seja tratado domioiliiariamente. Tais tratamentos devem ser 1indicados pe·lo médico de família, uma vez que é ele que mefüor 1conhece os seus membros. O médicq ,de família deve manter as melhores relaçõe·s possíveis com o hospital. Mas, pe1lo facto de serem tratadas crianças em casa, não vamos pensar que se dtspensarão os hospitaiis de crianças. Antes pe·l o ·c ontrário, deve pensar-se em criar hospitais e cada vez com maior grau de es:péciaHzação. E por isso será condição que tais hosp-itais tenham ao seu serviço pediatras e enfermeiiras especiaVizadas em. quantidade S'Uficiente para garantir o maior e 1melhor rendi·mento.
tes à hig·iene física não se aipHcam somente às coisas que estão visivelmente sujas que se arriscam a saltar à v ista do médico. O princíp·io de assepcia é empregue para coordenar todo s os ·aspectos de saúde fís,ica do doente.» Se um p rindpio psircol·óg:ico fosse semelhantemente aplii>cado ao tratamento das crianças, seria igualmente ap+icado a todos os aspectos db tratamento e dia direcção, dos jove1ns doentes, no interesse da saúde mental. Mas dado que este princípio unificado·r não é ainda ace1ite, há muita confusão e desacordo quanto à natureza do problema . Há portanto necess·idade de compreensão e conheoimentos m·ais profundos. Há duas· formas de ,a bordar ta:I assunto: - A do psiquiatra e daque,!es que com e·le traba1liham1 (psicólogo, s.ociólogo, ass1rstente social), que consiste na saúde· menta·I prevent·iva, os quais Sabem que uma experiência hosp1ital·a r apresenta p·erigosr de um traumati·s mo afectivo para a criança. - A do médico, da enfermeira e do admin1istrador que, embora tendo por vezes :dificuldades em proporeiionar a ,e vidente saúde mental, re·c onhecendo que as crianças. são em regra trii·s tes quando estão no hospital, conservando certa pe·r turbaçã·o durante· algum tempo depois do regresso a casa. Há entre estes doiS' pontos de vista um ponto comum.- o reconhecimento do :intere'Sse e necessidade de tornar as crianças hospi.taiNzada.s tão fe·liize s quanto possível. · Embora empírico o segundo ponto de vista, toma em, oons1ideração as co·isas que chamam ·i·medi·a tamente a atenção. Quantas vezes compo·r tamentos i·gua1is são tratados de mane·i·ras diferentes. Um dbs exemplos flagrantes é o que muitas vezes sucede depois de uma visita ; ao verem uma criança chorar - uma pessoa diz que as visitas da mãe deviam acabar - e logo a outra respond~ que as visitas devem continuar. Por .vezes acontece que s urgem problemas co m determ·inad~s crianças por se rem mal compreeindiq·~rs pelo pessoa!. É o c~so de uma criança não se +han·ifestar ·p elo· choro prolongado e, portanto, o pessoail1que se habituou ·a relac1ionar problemas, com ·lágrimas e, contentamento, na sua ausência. O filme «Un Enfant de Deux Ans Va a l'Hôpitab> mostra que uma criança pode estar intensamente afectada e s·tm uiltaneame·nte ter um tal controilo de expressão dos seus sentimentos que os mais subtis problemas podem passar desapercebidos e por isso escapar à atenção das pessoas. Desta forma os métodos de tratamento de crianças hospitaHzadas não pode·m ser executa dos de qua·lquer forma mas sim fazê-los depender 1
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3.2. O conceito de Pediatria A M'adeira justificaria a eX'i'Stência de um hospital pediátrico? A esta ·interrogativa tentaremos ,respo1nder neste nosso trabalho. Entretanto pensaremos abordar um problema re·laoi·onadb com as tendências já há algumas décadas vermcadas em ~1lguns paíS'es, e no ·nosso também, mas em es·ca1la muito reduzida. Trata-·se da «humanização» dos cuidados ·a ter com as crianças hospitaHzadas. A melhoria das condições de vida contribuiu em grande esca:la para a n1elhoria dos serviiços de ·internameinto, mais a maior parte das vezes não foi e•stabe·l·e'Oido qualquer programa a seguir, no sentido de· fazer face às necessidades afectivas da êriiança. Lê-se na pág·ina 13 de «Jeunes Enfants à fHôpitail>>, de James Robertson: «Há um princíp1io de assepcia, em medicina fís·ica, ao qU'al todas as instal1ações e· todos os actos, no 1inteirio r de um hospital, devem obedec·er, desde a esteril1ização dos ·instrumentos cirúrgicos até à limpeza da mesa da ·coziinha . As recomendações referen1
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de uma boa compreensão e das necessidades afectivas· da criança.
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3.2.1 . A dependência da criança1 Numa família vulgar a criança é caracterizada peta d ependência total dos pais, prin c~pal·mente da mãe. Est udos profundos af.irmam que é prejudicial para a criança ser tratada po·r várias pessoas nos priimeiiros meses ·de vida. Depois do primei ro ano de 1idade a cria1nça passa a dedicar especial atenção à mãe ou a quem as s·uas vezes fizer. Os pais representam para a c riança toda ·a segurança e por ·isso não se sente· bem, afastada da mãe. Há na criança uma necessiiclade i•m periosa de amar e ser amada, e a fu nção do meio na pr imeira idade é de permitir o desenvo1l:vi·mento e .a sã estabüização. A família vu1lgar procurará este me io favorável da maneira mais· natural. 1
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3.2.2. Algumas i·m pl icações na prática hospitalar 1
Evitar que a criança adoeça ou que a criança seja hospitalizada quando doente seriam as melhores soluções; outra solução é hospitailizar a mãe juntamente com a criança quando esta tenha necessidade de internamento. Se ass•im se p udesse sempre pro·ceder o problema da saúde mental da criança estaria resolvido.
3.2.3. Admissão da mãe e da criança O problema de :in ternar ou não a mãe com a criança doente .é resolvido de t odas as formas possíveis, conforme os países. Assim, em alguns países, me:nos· desenvolvid os que o nosso, a mãe acompanha o fülho e, enquanto o méd ico e a en- . fermeira tratam da c ri·ança, a mãe trata do bem-estar do filho. Noutros paíse s só as pessoas ·c o·m have.res, utilizando as chamada s clín i·c'as privadas ou quartos privados d os hospitais, fazem companhia aos filhos ; as pessoas de recursos débeis não podem ter seme·lhante regalia. A in da nos p aíses do Leste da Eu ropa a construção de hosp itais em q ue os p ais ficaram privados de contactar com os fil hos ·levantou grandes difi.cuildades. Parece estar averiguado que o inteirnamento de uma criança de te:nra idade n um hosp·it atl, sem a com pa nhia da mãe, lhe acarreta dois perigos : - perigo t rau mático, pode ndo resultar um 1
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longe de fábricas e outras instalações po-luidoras. Não deve ficar S'ituado em zona baixa mas, de preferênoia, a meia encosta. Não deve ter vistas para cemitérios.
4 - O programa de um hospital deve ser o «interface» entre os profissfonai1s do hospital e os projectistas. Não se devem regatear despesas com o programa, nem evitar as deS'locações necessárias. O hospital será o que for o seu programa: todos devem colaborar na sua elaboração ou, pe!l'O menos, ter ocasião de o criticar.
As Instalações e a Infecção Hospitalar* ANTÓNIO SÃO MIGUEL BENTO** 1-
O mais importante num hospital ou, por outras pal·a vras, o que mais 1influência ·tem . na qualidade dos serviços que um hospital presta é, certamente, a dedicação e os conhecimento1s do seu pessoa.i. Mas, se os me1ios humanos são o mais importante, não podemos desprezar os me·ios materiais, quando desejamos ·a melhor qualidade de serviço para um hos p-ita 1. Um hospital criteriosamente planeado, situado em local bem escolhido, com um programa adequado, projectado cuidadosamente, construído com competência debaixo de uma rigorosa fiscalização é um óptimo suporte onde os· meios huma:nos poderão ·de1senvolver ao máx1imo as suas potencialidades. Podemos dizer que este hospita1I tem possibêl'tdades de ter uma boa qualidade de serviço, aue podemos medir em termos de demora média. Entre a demora média e a ·i·nfecção hospitalar há uma dupla relação de causà e efeito: ass1im, a infecção hospitalar é uma das grandes causas do aumento da demora média, por outro ·l ado o aumento da demora aumenta a probabi lidade de infecção. Infelizmente, as condições 'idea1is de planeamento, de implantação, de programa, de projecto, de construção e de fiscail·i·zação raramente são obtidas. 1
2 - No planeamento, houve épocas em · que se planearam hospitais sem ·a tenção às' oondições do país real. Assii m, o número mínrmo de camas de um hospital, tendo em 1conta a su1a boa funcionalidade e uma razoáve1I ·eficiên'Oia, varia de p·aís para país. Na Suécia, país ric~ e 1industrializado podem constru+r-se bons hospitais de cem camas·. Em Po·rtuga( o número de camas mínimo, pacificamente aceite, varia entre 300 e 400. Entre nós, um hospital ·com pequeno número de camas não pode ter pessoal devidamente adestrado e m 1
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todas as valênoias, sendo' a hig:iene uma das mais sacrificadas e daí o previsível grande número de infecções hospitalares. Nestes' pequenos hospitais é o ·i·nC'inerador que não exi·ste ou que· não vale a pena pôr a funcionar, é a :limpeza de superfídes feita manualmente, po·r vezes com um·a simples vassoura, são os cruzamentos de sujos e ·limpos, etc. Um bom planeamento exige atenção às· condições económicas do País. O português médio tem um nível de vida inferior ao ido re·s to da Europa enquanto está são; nã·o podemos, uto'Picamente, pensar que poderá ter ·um tratà·mento igual ao dos outros europeus quando esteja doente. Neste ponto alguns, demagog'i•camente, proolamam que. a saúde merece todos os sacrifícios· - mas a reaHdade ·logo os desmente. E não nos esqueçamos que gastos com a saúde não são neoessariamente gastos com o doente. Um bom hospital não é, todav1iá, um hos1p ital caro. A h1igiene hospitalar é um mei 0 económiico de 1 me~lhorar grande·mente a «produção» - número de do·e ntes tratados 1por ano - de um hospitat
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Podemos dar um exemplo, embora grosse·iro, do que expusemos: nas nos·sas estradas drculam simultaneamente Mercedes e1 R4- ambos ,e stes veícuilos automóveis, devidamente assistidos, podem executar efidentemente as mesmas tarefas, pese embora a grande diferença de custos e:ntre uns e outros. 3 - A focaHzação de um hospital é ·muiiti<l im.portante. p·ara as suas condições hig·iénicas futuras. O hospi~al deve ser bem batido ·pe'l o1s ventos,
5 - O projecto de um hospital é executado por especialistas de várias valênoias que deverão ser devidamente coordenados: os erros que, por vezes, até os ·leig·o s aponta1m ao proje·c to de um hospital, devem-se à falta de coordenação do·s vários sectores: arquite-ctura, engenharia civil, engenhari·a me·cânica, engenharia electrónica, etc., e não a erros de cada uma destas técnicas·. No aspecto do oombate às ·infecções hospita1l·ares deverá haver, durante a eilaboração do projecto, preocupação com as circulações do material e das pessoas. O materi·al não contam·i nado não deve cruzar com o material contaminado. Deste modo a circulação de «sujos» deve ser separada da ·c irculação de «limpos», quer 'Seja no espaço, quer seja no tempo. Num hospital novo' temos faciiHdade em separar sujos e 1l:impos no espaço, criando corredores para uns e para outros, 1 p1revendo salas de recolha de roupa ilimpa e outras de ·r oupa suja, etc. Num hospita:I já construído, que não tenha estas poss'ib·ilidades, pode·mos separar no tempo a circulação de sujos e ·Vimpos, de modo a que não se encontrem. Os materiai·s de revestimento têm também muita ·importância: as paredes e os pavimentos devem ser 1l:isos, sem reentrâncias onde se acumule o pó. Em alguns focais devam s·e r Nsos e estanques (salas de partos, salas de operações, serviço de prematuros, cuidados intensivos). No projecto de um hos1pital tem muita 1rm portância o estudo da sua ventilação. O hosp ital é um meio colonizado por determin·a dos agentes infecciosos, como foi dito noutros traba~hos deste curso. Esses agentes ·.i nfecciosos não tê·m meios próprios de ilocomoção: ·uti-liizam para iss0 as pessoas, os pequenos animais, os objectos e as poeiras do ar ambiente. Já fo·i dito que o ar ambiente de uma sala de operações, depoi s de ·l·impa e desinfectada, tem m·ais agentes 1infe·oc'iosos por metro cúbico· do que tem o ar do Jardim que esteja s·ituado em frente. O f.im principal das instalações de veinti'lação 1
é o de manter dentro dbs iliimites determinados o caudal de ar novo, a temperatura, a humidade e a pureza (se·m poeiras·, microrganismos e gases). Podemos dividir os loca'is de um hospital em quatro grupos, de acordo com o níve1I bacté.rico adm·itido: a) Até 10 gérmens por metro cúbico: salas de operação para transplantação, operarações. cardiovas·culares, operações ortopédicas). b) Até 200 gérme•n s por me·t ro cúbico: salas de operação norma1tS e de urgência, outros ·locais do bloco operatório, salas de recobro, prematuros, cuidados .i nte·nsivos, salas de partos, esterHização centrai!, sala de gessos ( s·e não está no bloco). c) Dei 200 a 500 génnens por metro cúbico : internamentos, casas de banho, 1salas de tratamento, vestiários, radiolog1ia, 1l·a boratórios, etc. d) Locais de ambiente. contam·i nado: sector de doenças 1infeccfosas, .focais húm1idos·, 1locais de roupa suja, morgue. Cada um dos locais re·feridos 1deverá ter uma temperatura mínima que varia desde os 19° na sala de gessos até ·aos 24 nas salas de banho ; a temperatura máxima varia de 24° também nas salas de gesso até ·aos 26° no intemam·e nto e em muitos outros locais. A entrada de 1a r novo nestes locais é medi·da pelo número de renovação tota·I do ar em cada hora. Assim, deveremos ter 15 renovações de· ar por hora para ·as salas de operaçôes e 1O, 6 ou 4 renovações por hora para os outros locais. A pureza do ar é conseguida por meio de filtros e por :lâmpadas germiódas, com s1istemas de condioionamento de ar ou de simples ventilação mecânica : A escolha dos filtros adequados ao local onde está instalado o hospital e ao loca·I a servir pelo ar fütrado é fu ndamental. É também da maior importância que os filtros sejam cuidadosamente limpos ou substituídos quando necessário. Os s·istemas de hum idificação do ar que utiilizem depósitos de água, devem ter uma manutenção cuidada e a água deve ser substituída e os recepi·e ntes lavados e secos periodicamente, para se evitar o desenvolvimento de ·agentes infecciosos. 1
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* Trabalho apresenta·d o no 1 Curso de Prevenção da Infecção Hospitalar, realizado no Hospital Distrital da Guarda em. 16 e 17 de Junho de 1983. ** Engenheiro - Serviço de Utilização Comum dos Hospitais - Coimbra.
6 - A construção de um hospital· deve ser acompanhada de uma eficiente fiscal ização. Só se devem empregar matieriais de primeiira qual·idade e devem ser cumpridos escrupulosamente: o ca-
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demo de encargos, os diversos regulamentos técnicos e as regras da arte. Um hospital bem construído evitará mi'lhares de horas de serviço de manut·enção, pode contribuir para 'ª redução da demora média e pode contribU'ir directamente para a diminuição das infecções hospitalares. Lembramos aqui as infiltrações de águas pluviais, as deficient·es vedações nas canaliz·açôes de água, as parede·s e pavimentos com1·i rregularidades onde se fixa o pó, a ventilação mal estabelecida. 1
No fi.m da ·construção de um hospital deve este ser <«expVicado» aos profissionais que o vão ocupar. As circulações que forem ·e studadas, a uti'.iização prevista para cada dependência, devem ser cumpridas e só por razões muito ponderadas deverão s·e r alteradas. 7 - Até este momento temos tido em ·mente o hospital· novo. E aí é muito fácil fazer com que tudo sai·a perfeito. Vejamos agora o que se passa com os hospitais antigos e com as suas ampl iações e adaptaçõe·s, mu+tas vezes nem sequer proJectadas. Nesses hospitais, na maioria dos· casos, as circU'lações são um caos, com constantes cruzamentos de materiais Vimpos com materiais sujos,
de doentes com pessoal e de ambos· co·m visitantes. Muito raramente nestes casos se prevêm locais para arrumas, vendo-se as casas de banho, as salas de trabalho, os corredores, etc., transformados em arrumações. Não existem locais para roupa suja e para roupa liimpa. As camas ·dos doentes encontram-s·e, algumas delas, encostadas lateralmente à parede. Não existem salas de trabalho de enfermagem, por vezes, nem salas ·de tratamentos: quando existem são mal focal·izadas. Já vimos uma sala de trabalhos de enfermag·em localizada ao fundo de uma enfermaria, quando deve-ria ser acessível do corredor. Por vezes os corre·dores são estreitos e não dão possiibiHdade à entrada e saída de macas ou de camas. As superfícies das paredes encontram-se repletas de saliiências onde se acumula o pó. Por vezes as paredes de focais _de trabafüo ou de tratamento não são laváveis.
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8 - Nós, 'eng enheiros de manutenção, estamos habituados a que os hospita'i.s ponham a tónica nas salas de operações, no Raios X, nos Continua na pag.30
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c) Colaborar em acções de formação em serviço de enferm·ei·r os· e quando solicitado, na formação de outro pessoal dos serviços de ·saúde. e) Colaborar na formação de enfer:meiros a níve·1 base e pós-básico e, quando solii·o itado, na de outros técnicos de saúde.» Nada de muito importante ou novo para vos contar; no entanto, parece-me oportuno, no momento ·em que ·se reflecte ·sobre novas exi·gências· na formação dos enfermefros especia!·istas e atribuição de novas responsabilidades, parülhar convosco uma experiência que foi muito s ignificat:iva para m im e me parece ir ao encontro do que está formulado na carreira de enfermagem. Refiro-me à minha coilaboração com o Curso de Terapêutica Ocupacional numa parte do programa de Act1ividades da Vida Diária. Enquanto enfermeira de .reabilitação, foi para mim uma opo.rtunidade de me confrontar comigo própria como enferm·eira especial ista, fa ce a outros técnicos, que poderão em determinado·~ momentos fazer o me·smo que nós; ou seja «O problema velho» das fronteiras de actuação ou dos campos de acção dos técnicos de reabilitação. 1
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tando por vezes alguns tabus de que todos· temos experiência, sobre as dificuldade-s de trabalho e!m equipa. Cons·idero muito ·importante para a minha visão e compreensão ·do trabalho e·m eqU'ipa, esta oportunidade que tive, de olhar de outro ângulo, a mesma questão. Dire1i mesmo que fo·i· um priv ilégio! Durante os últimos anos tectivos·, o corpo dooente do Curso de Terapêutica Ocupacio·naf da Escola de Reabii'itação .tem vindo a soHoitar a colaboração do corpo docente do Curso de Espedailrização em E11fermagem de Re·abiliitação para tratar algu:ns assuntos do p·rpgra!ma de Actividades da V·ida Diária. Apenas falarei da ·m·inha e~periência pessoal que decorreu nos anos fectiVOS 1979-80, 1980-81 e 1981-82, numa média/ ano de aproximadamente 8 horas· com o 1. 0 ano e 20 horas com o 2. 0 Desta experiência referirei dois aspecto·s que considero do maior interesse reflectir aqui ·e que foram, creio, os mais importantes, ao longo do meu trabalho com os alunos de Terapêutica Ocupacional e que me ajuda ram a uma maior conscienoiaMzação do :papel do enfermeiro, do que é ser enfermeiiro e· que são: Primeiiro: Os enfe.rmeiros, ·e concretamente os especialistas em enfermagem de reabi1litação têm· uma experiênc·ia «de estar» junto dos doentes, extremamente ri c;a, que poderá ser útil a outros técnicos ·de saúde, tanto no que diz respeito à permanênoia (às vezes as 24 horas do dia) com a forma 1
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* Comun icação livre faita no Programa de Actualização sobre «0 Enfermeiro Especialista e a Qua lidade dos Cuidados de Enfermagem», org·anizado pela Associação Portuguesa de Enferme·i ros Especializados em Enfermagem de R.eabilitação, Lisboa, 1983. ** Enfermeira-Professora (Especializada em Enfermagem de Reabil itação) da Escol·a de Ensino e Administração de Enfermagem. - Av. António Augusto de Aguiar, 148-4.º - 1000 LISBOA. 19
de estar, ou seJa o tipo de relação que estabelecem. Segundo: Mais importante do que ens1inar técnicas ( transferênGias, actividades na cama, ·e tc.), é ajudar a desenvolver atitudes que permitam assumir «formas de estar» adequadas, através da compre·ensão da situação do doente.:utente. Nesta minha curta experiência, tive oportunidade de realizar de forma concreta os aspectos que referi. No que respeita ao 1.º ano do Curso de Terapêutica Ocupacional foi-me solicitado que tratasse o tema «Iniciação às Act·ividades da Vida Diária», com vista a ensinar técnicas que permitissem aos alunos um certo à vo·ntade durante visitas de observação que iriam realizar-se em instituições para deficientes. Como nesta altura do curso não tinham conhecimentos de patologia, isso tornava-se extremamente árido por um, lado; e por outro, como enfermefra de reabilitação, o que me pareceu importante era que os atunos tive·ssem uma noção da reailoidade gfobal que ·iriam encontrar. O que fiz durante os três anos, foi uma ·introdução à reabiHtação, onde incluí conceitos de: reabilitação, deficiênda, equipa de reabii.itação, trabalho em equipa; dando um lugar de destaque ao papel dó" enfermefro de reabilitação, suas .responsabilidades e campos de acção. Para além disso, eram abordadas as situações incapacitantes, mais frequentes e a sua caracterização. No que respe·ita ao 2.º ano, para além das técnicas propriiamente ditas, muito tempo foi gasto em aspectos relacionados co~m o trabalho ·e m equipa e informação sob.re o trabalho de outros técni·cos, tendo s·ido feha uma abordagem sistémica do homem, dos grupos e das organ·izaçõe-s. É evidente, esta forma de orientar o trabalho com os alunos, foi previamente negociada co.m o respectiivo corpo docente. Não tenho a i!usão que algo se tenha notado de diferente no comportamento dos alunos que viveram esta experiência, durante um tão curto espaço de tempo, em refação a outros. Do que posso falar, é dos seus comportamentos durante o tempo de aulas e o que constatei fo·i o seguinte: - Espanto, por desconhecimento do papel do enfermeiiro, concretamente ·d o enfermeiro especiaHsta em reabilitação; ou seja, um grupo dle pessoas que se estavam a formar para trabalhar ao nosso lado, tinha acerca de nós, a mesma opinião que o grande público ('e como sabemos a ma·ior parte das pessoas, desconhece o nosso papel, ou tem sobre ele uma ideia deformada). 1
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Esp•a nto, por desconhecimento, dos aspectos mais elementares da sociologia das organizaçôes, o que lhes dificultava a sua ·integração nas mesmas. Descrédito antecipado sobre a possibil idade de trabalho em equipa, embora com ideias correctas sobre as suas vantagens.
Verifiquei, que à medida que a relação avançava, as mudanças de comportamento eram evidentes, traduzindo-se numa enorme abertura ao diá~ogo e adesão às minhas propostas de trabalho em auila.
ciplinaridad'e na formação dos técnicos é U1ma forma racional de aprove·itamento de recursos, e . criadora de condições favoráveis para um futuro trabalho em equipa . A equipa pedagóg ica multidiscipHnar a que os ang·l o-saxões chamam «team teaching», entre várias vantagens apresentadas por Shapl·ice e Olds *, referem uma que me parece de particular ·interesse : - Constitui para os próprios membros de equipa uma situação de formação per:manente ('interformação) porque obriga à aprendizagem da cooperação, a criticar, a ace itar a crítica, etc. 1
Fui várias vezes soHcitada para avançar, para além do programa prop·riamente dito. E, facto curioso, as solioitações que me eram feita·s, tinham sempre a ver com a descoberta que os alunos ·iam faz·e ndo das minhas funções como enfermeira. Entretanto, o trabalho feito com as terapeutas ocupacionais professoras, com vista ao planeamento das actividades dos alunos, revestiu-se sempre de interesse e em dima de diálogo. Gostaria de salientar a utilidade que teve para mim discutir com estas os objectivos do trabalho a reaHzar, ·os conteúdos e metodofogia e as formas de avaliação. Foi uma boa forma de perceber melhor as s·uas funções, e preocupações, e também de apr·ender. A repetição de colaboração em três anos lect·ivos sucessivos permit·iu um melhoramento que se traduziu no último ano, para além da divisão da matéria de acordo com a nossa ~arma ção específica, elaborar provas de avaliação e·m conjunto, o que" considero importante. Encontre·i sempre da parte do corpo docente do Curso de Terapêutica Ocupacional abertura às minhas propostas de trabalho. Não posso deixar de recordar aqui a i·mportância que teve para um grupo de alunos (no ano lectivo 1981-82) uma vis.ita de estudo ao Serviço 1O do Hospital de S. José (Traumatizados Craneoencefálicos). Nunca antes, poderiam sequHr Fmag·inar, a rea:Hdade anterior dos doentes que uns meses depoiS' entram pe·la porta do departamen~ de Terapêutica Ocupacional ou de Actividades da Vida Diária, com um aspect·o bastante diferente! Aí, mais uma vez me pareceu oportuno, chamar a atenção para o pape·I do enferme·iro especialista em reabilitação. Acredito que «este facto» foi marcante para aque·le grupo. Isto que vos conto, serve apenas para 1ilustrar e dar força a uma idei·a que vos queria transmitir e em que acredito fortemente: A interdis1
O enfermeiro especiaVista, pelo fact o novo de lhe serem atribuídas funções de ensino, para as quais !lhe é exig1ida preparação em pedagogia, tem à sua frente oportun·idades e responsabilidades novas. Como educador que é, ele vai ser cada vez ma·is so'licitado a intervir junto do· pessoal com quem trabalha de uma forma planeada ou não, tanto em formação regular, como em educação permanente. A questão é esta: Que resposta vão dar os enfermeiros de reabiHtação? É evidente que nem todos terão oportuni·dade de participar em formação regular de outros técnkos; mas na formação em serv iço? Em educação perm·a nente, em reuniões mais ou menos formais ou simplesmente no S'eU contacto do dia-a-dia ? Não terá uma palavra a dizer? E a ouvir? Penso que devemos justiça à Escola por onde todos passámos no que respeiita aos horizontes novos que nos abriu a «todos» sem excepção no que respeh·a ao trabalho 1interdisciplinar (ou em equipa). Num momento de viragem, que (quer queiramos, quer não) a apHcação do Decreto-Lei n.º 305/81 introduziu ·na nossa vida profis·sfonal, como temos vale a pena reflectir sobre a fo utHizado essa «mensagem», essa «proposta» que a Escola de Reabiliitação lançou a cada um de nós no que respe·ita ao trabalho em equipa.
Isto não nos ·deve servir para a luta pe·lo «podem (em minha opinião) , mas deve conferir-nos um poder novo: de ·intervenção, de informação, de estabeleoimento de uma refação de ajuda mais eficaz, de ·diálogo com os outros com quem traba:hamos. O objectivo último do nosso trabalho - o doente, utente, assistido - beneficiará pe la certa. Tal como tinha prevenido no i:nício, não vos disse nada de novo. Apenas tente·i comun·icar algumas preocupações, que estão longe de ser exclusivamente m·inhas, e sobretudo, parti1lhar convosco a convicção baseada na esperança que tenho, de que é possível melhorar «sempre». E acredito nisto, porque o experimentei Diir-me-ão: na situação académica é mais fãdl do que no dia-a-dia junto do doente e na «engrenagem» dos serviços. ~ possível, mas quanto mais diluídas forem ·as frontefras (e não só entre os outros e nós) mas também entre estas três realidades: ensino/ prestação de cuidados/gestão dos serviços, maiis probabilidades temos de melhorar a nossa acção, e, volto a dizer, o beneficiado será o utente ... e a nossa satisfação profiss·iona1I serã maior. Parece-me estarem cri·adas algumas condições favore·cedora-s de mudança, assim nós as ·saibamos· agarrar. E isso depende de todos nós, sem excepção ! 1
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Em tempo de mudança, temos uma oportun·idade óptima de po~mos a render aquilo de que dispomos (e é muito). Neste momento está a ser eX'ig·ido aos enferme'iros especiaHstas um esforço suplementar de formação (pedago;,ia e admin·í stração), mas também, não esqueçamos, uma oportunidade óptima de valorização e afirmação profissfonal. Com todos os defeitos, que a formação dos e,specialistas (a níve·I pós-base) possa conter, ela está apesar de tudo muito avançada em relação á de outros técn·i cos de saúde.
RESUMO Partindo de uma reflexão sobre as novas exigências de formação nas áreas de pedagogia e administração para desempenhar as funções inerentes ao grau 3 da carreira de enf,e·rmagem e . das atribuições contidas no artigo 5.º do Decreto-Lei 305/81 ; tenta-se desmistificar alguns «tabus» que tem prejudicado o trabalho em ·equipa, muito concretamente no que respeita às r.elações entre enfermeiros de reabilitação e outros técnicos de reabili tação.
SUMMARY Based on considerations about the new educational requir.ements in teaching and adm inistration for the grade 3 posts of the nursing carreer and the functions legaly atributed, the author tries to argue against the myth of some tabus that hinder team work - specially between rehabilitation nurses and r,ehabilitation sp·ecialists. A report is given on a teaching ·experience of a rehabilitation nurse specialist with ocupational therapy · students. The author shows some of the advantages of multidiscipli nary contacts during learning experiences and demonstrates that the d ialogue impossible apd useful both to profíssjona ls and to clients: •
* «Educação permanente e formação dos professores», de António Simões. 21
A Informática nos Serviços da Alimentação Hospitalar
enfe·rmarias, a qualidade pobre das refeições, limpeza e apresentação, temperatura a que são servidas, enf·im toda a organização em geral. Contudo, poucos· para além dôs envohridos no processo, conhecem a complexidade ex1istente num departamento de dietética e a1l1imentação, particularmente no que refere às dietas que são necessárias preparar. Convencional
Alirrentos _ _ _.., Armazenados
M. J. DE MATOS BARBOSA*
1. INTRODUÇÃO O campo da medicina é sem dúvida aquele que todos nós mais desejamos ver evoluir téon-ica e cientificamente e, talvez por ·isso, todos quantos a ele estão ligados· procuram, 1individualmente ou corporativamente, com· o conhe·cimento que vão adqukindo sobre as novas tecnologias desenvolvê-lo o mais rapidamente :possíveL As·s·im, novos e presum·ive~mente melhores métodos de terapêutica,. diagnóstico e gestão hospitalar .estão surg1tndo constantemente em cada ·número publicado das revistas das várias especialidades do campo médico e gestão hospitailar. Isto obriga aos médicos e gestores hospitalares à tarefa contínua d'e· usarem a sua acumulada experiêrida para· avaliarem e aprendere·m o melhor uso das· ·i novações que vão surg·indo. o aumento constante da util'ização de s·istemas ·•nforimáticos :no ·c ampo da medioina vem tornando mais fádl e eficiente o armazenamento e acesso ·dos dados s·obre o·s doentes permitindo, com ª' informação recolhida extens·ivamente no dia-a-dia pelos me·ios 1informáticos, aval·iar me·lhor a prática médica e conseguir , uma mais eficiente gestão hospitalar. Para todos aqueles que se inioiam no campo da informática médica, a enorme dive·rs·idade de sistemas que encontram tem como resultado dar-lhes uma ·impressão da existência de uma certa anarquia nesta área. Não apenas o leigo mas também o ma·is experiente no campo tem dificuldade em avaliiar os muitos s·istemas· ex·istentes, sejam eles para: o registo de doentes, diagnósticos, exploração laboratorial ou cuidados dínkos. Encontram-se: grandes s1istemas informáticos centralizados, pequenos sistemas rmplementados em microcomputadores, 'S'istemas distribuídos em rede, etc.
22
A velocidade com que este campo se está expandindo é verdade·ira:mente vertiginosa e superior a qualquer outro. Durante a última ·dé·cada podemos observar o ·aparecimento de s·i stemas divers·ificados em substiituição de quase todos os grandes sistemas ·informát!icos ·integrados, minicomputadbres substituídos por ·microproce•s1sadbres, drcuhos .lóg1i1oos implantados: nos próprios doentes ou ·integrando a ·enorme var.i·edade de novos instrumentos clínicos. Não há nin~ué·m, ce·rtamente, que ainda possa pôr em dúvida o enorme impacto que1a ·~nformática está tendo na medioi·na e g·estão hospitalar ou c·onseguii.r não ser confrontado· no seu dia-a-dia com a utiHzação dos computadores. Por conseguinte a modernização de departamentos como o da alimentação e dietética hosipitailares não poderão fugiir à regra, a sua modernização terá que forçosamente ser feita ·c om o auxílio da ·informática.
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00 ---~ ~n~~~~to - - Distribuição -~Pegeneração -.>~ermaria
Arrefecirrento ~ Armazenarrento - - Distribuição - -Regeneração ~ferrraria
Rede Fria
a 2°c Desidratado ---Armazenarrento Seoo--:a-Rehidrataào
Conveniência }
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Enlatado
Alirrentos numa
DO H.U.C. O Serviço de Alimentação e Dietética do Hospital da Univers·idade de Coimbra (H.U .C.), dirig1ido pela Professora He·lena Saldanha, vem util·i zando desde 1980 o sistema 1de rede triia (cook ESTABELECER EMENTAS
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Sistemas de alimentação
3. SERVIÇO DE ALIMENTAÇÃO E DIETÉTICA
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Seco~~cido
a-lffC Regenera.:-===~§~~Enfennaria li Frio Pré-Preparado--·Em Frig . N::lrrnal - - • l l t O:>zinhad.O Congelado---~
Eb:rna Conveniente
Figura 1 -
2. SERVIÇOS DE ALIM.ENTAÇÃO E .OIETÉTICA HOSPITALARES Para além dos cuidado·s médi·cos e de enfermagem o fornecimento ao doente de uma alimentação cuidada constitui, sem dúvida, um dos principais factores que ma1is podem beneficiar a sua recuperação. Tirando as refeições, apenas as· horas de visita podem ·constituir um ·motivo agradáve·I durante o período de :i nternamento num h ospitail. No nosso País, como em qualquer outra parte do mundo, a aHmentação hospitalar é quase sempre, em.bora muitas vezes por pessoas que nunca estiveram hospitalizadas, rotulada ·de má qual'idade particularmente na servida nos grandes hospita1is. Tradicionalmente as críticas apontam para: os enonmes desperdícios de comida nas
Enferrraria
Dis1ibui9ão
Rede Congelada
Palavras chave: Informática, Dietética e Alimentação Hospitalar, Software, Hardware, «File».
No sentido de providenciar uma mais adequada nutrição, não apenas aos doentes com necessidade de dietas especia1is mas· a todos em gerai!, e minimizar parte dos problemas atrás referidos, vári·o s tipos de s!istemas de alimentação tem surgido. Presentemente, segundo o qu.e apurámos, o·s mais' usados ·são os indicados no diagrama seguinte:
ichill). Em média são servidas diariamente: 14 tipos de dietas e cerca de 1600 almoços a doentes e funcionários, estes através de um «self-service». A ·reco·lha de f1ichas, estabelecimento de ementas e programação da ·confecção é feita com uma antecedência de 48 horas de acordo com um plano estabelecido no seguinte diagrama:
RECOLHA PEDIDOS SOBRE FICHAS INDIVIDUAIS
PRDGRAl!A DE CONFECÇÕES
>Al'RDVISIONAMENTO DE l!ATtRIAS PRil4Afl
PREPARAÇÃO PREPARAÇÕES LEGUMES CARNE E PEIXE
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ARREFECIMENTO
Professor convidado de Biomatemãtica da Faculdade de Medicina de Coimbra.
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ARMAZENAMENTO EM C.AMARA FRIGOR1FICA 01! a 311
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TRANSPORTE ---. REGENERAÇÃO / DISTRIBUIÇÃO
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DISTRIBUIÇÃO
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RECA.fITULAÇÃO
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Plano de execução e distribuição do serviço de alimentação e dietética em uso no H.U.C.
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LAVAGEM CENTRAL
23
4. INFOR:MATIZAÇÃO DO ACTUAL SISTEMA
me·nte ·o seu funcionamento. O s·istema re-sultante ficaria de ·acordo com· O- seguinte organigrama. Os circuitos a informat•izar são representados pe-ta Hnha tracejada.
Com base no actual s:istem,a, procedendo apenas a algumas alterações, váriio-s sectores poderiam se·r ·informatizados e me·lhorar grande-
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Fig. 3 - Siste:ma de alimentação e dietética informatizado
No actual s·istema o ci-ol'O de variação das seguintes fichas: uma para a so:ficitação do pe~ refe·ições é de 15 dias e é ajustado de 3 e·m. 3 queno almoço, 'ª qual era preenchida apenas no mese·s de ·acordo com a ex·istência de vários 'Primeiro dia de 1internamento, outra para a soHpro dutos da época, o que permite ao· doente uma citação de almoço e jantar de doentes sem· dieta substancial variiação, dado que a média de perma- _ e outras para as várias dietas. nência no hospita·1, é cerca de 14,7 dias. Neste A ficha para o pequeno a:lmoço conteria, para aspecto, julgo não haver nada 'ª apontar. alé,m da identificação do doente e o ,seu endereço Presentemente, após o internamento do doente no hospital, a variedade de componentes ofere'Cio médico informa o serviço de enfermag·e·m qual 1dos para o pequeno almoço". Exemplo: café, feite, o reg·ime de alimentação ·a forne·cer-lhe. Se -requer sumo, água, queijo, manteiga, co·mpota, iogurte, dieta o próprio serviço de enfermage·m, na enfer. etc ... O doente es'Co.lheria a bebida da sua premaria, preenche um dos cartões, relativo à dieta ferênci.a e o·(s) componente(s) para acom'Panhar em causa. Este é entregue 'ªº serviço de distri• o pão, etc ... buição. O e!mpratamento é fe·ito segundo a cor No que refere às principa-is refeições para do cartão e a refeição é completada co-m o·s doentes sem dieta a ficha discrim·inaria, não nesuplementos especificado·s (ver exemplo na figura ce-ssaria me·nte muito detalhado, mais o suficiente ·s eguinte) : para permitir ao doente 1indica r os aHmento·s de Com o sistema proposto poderiam existir as sua preferência e as quantidades preten didas ; a 1
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Dois exemplos das actuais etiquetas usadas no H.U.C. para o fornecimento de di,e:tas
seguir é inserido um exemp~o do ti-po de fi·cha a elaborar. As fichas para o almoço e jantar seriam idênnicas no conteúdo, havendo a diferenciá-las ape,nas a cor do papet
Alimentação normaI 1
Identificação do doente (nome, número de identificação). Endereço no hos.pital ( enfenmaria, cama número ... ) :
Código
Descrição
SP PR PX CA GA LG SL OT A B M
Sopa Prato -Peixe -Carne - Galináceo Legumes Salada Outro·s -Arroz - Batata -M·assa - Fe1ijão -Grão Sobremesa - Fruta -Doce -Queijo -Yog urte
F G SM
F D Q y
Quantidades
Y2
1
Y2 1 Y2 Y2 Y2 Y2
1 1 1 1
Y2 Y2 Y2 Y2 Y2
1 2 1 2 1 2 1 .2 1 2
2 2
1
Y2 1 Y2 1 Y2 1 25
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BB
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Com uma fücha deste tipo o doente, ou alguém por ele, teria apenas de assinalar com. um círculo em volta da quantidade pretendida relativa aos ·c omponentes pretendidos. Como as e·mentas são fe·itas com uma antecedência suficiente para· pê'i'-' mitir 'ªº serviço de enfermagem conhecer todos os componentes a ·inserir na refeição, estes poderiam fac1i:lments assinalar os componentes não ex istentes, evitando que o doente escolha algo . que não possa ser servido.
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correspondente no sector ,do empratamento. Uma das secções da informação, escrita pelo computador, conteria: a identificação do doente, o seu endereço no hospital e numa descrição completa da refeição. A 1s eguir é dado · um. exemplo, de «output» re·l ativo a um almoço para um determinado doente que requeresse dieta: 1
1
A seme-lhança das fichas para requerer refei. . .
ções normais seria fáci-1 projectar outras fichas corresponde·ntes a cada uma das dietas ex-istentes e nas quai·s deveria haver discrim·inação dos componentes, com as várias quantidades, à semelhança da fücha anterior. Por exemplo:
Almoço NOME ...... - Dieta Quantidade 1
Y2 ·1
Quinta-Féira 29-3-84 Enfermaria n.º de Cama Sodium-Potass·ium Descrição Conteúdo Sopa Sodh,irn-Potassiu1m Peixe Frito Sodium Sa·lada mista Sodium-Potass1ium Arroz etc.
-
11 1:
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Sumo Sal Aze·i te
SL-Salada M - Mi'sta T-Tomate A· Alface AG ·- Agrião L~ -Legumes C - Couve CE - Cenoura N - Nabiça
SOPA
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Nome ..................... ou n.º do doente ........... . Almoço; SP-1; PX:F-1; SL:M-1; OT:A-Y2; SM:y-1; · BB:S-1; TP:S-Y2, A-1.
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1: li i'
I' li
Com esta ·i nformação o computador poderia, quando sol'i-citado, fornecer as necessárias etiquetas referentes ·aos componentes da refeição escolhida por cada doe:nte, cujas secções· se poderiam separar por forma a entre·gá-las à posição 26
1
1
1
PRATO
:Relação àe 1-Enus
Actividade
Situações
:<e:ndsicão - de -
Cllnica
E~iais
~feições
V
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/' File
.TEMPEroS
s
SA 1/2
1
~
Ciclo àe Menus·
File
File
File
y '
l
BEBIDAS
Produ;ão Final
Info~ .
- r>ara o doente
'
112
Exemplo da ·i nformação saída do computador
Os quadrados ·estartam limitack>s não por traços mas. por picotados. no próp·rio pape I de «output» os. quats trariam já ·i·mpriesso a designação de: Sopa, Prato, Legume'S etc ... A.s letras e números em larg·as. d•mens'Ões são fáceis de obter mesmo em equipamento sem· saída ·de gráficos frriprimi·n1
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File SOBREMESA
A V2
l ' Fig. 5 -
LEG!.MES ·.
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Os principais programas e «files» a desenvolver bem co'mo a sua relação é esquematizado no diagrama que ise segue:
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ourros
Estas fichas seriam reco-lhidas· co·m a antece~ dêncía suficiente para transcrever para o computador ·os e·le:mentos s9lfoitados. A transcrição a fazer consistiria da 1identificação do doente e do·s . vários códigos dos componentes escolhidos· seguidos da quantidade pretendida. Por exemplo:
Para uma me'lhor ·exp loração o ·ideail seria instalar um terminal, l·igado ao computador em cada enfermaria, podendo o próprio pessoa·! de enfermagem fazer localmente a transcrição das solicitações dos seus doentes. Todavia, enquanto não for possíve I a i·nstalação de um terminal em e-ada enfermaria a transcrição far-s·e-ia em dois ou três terminais concentrados na s·ecção técnica e administrativa.
-
. PX.F
e ·depois fazer ·a selecção que for ·desejado. Na respectiva «fi.le» seriam armazenados todos os menus, descrevendo os seus conteúdos, bem como, nomes de dietas e suas compos,ições, definição das quantidades estabelecidas etc .. . b) Ci,c lo dos Menus: o ciclo dos menus conterá todas as refe·ições servidas em determinado período, que poderia continuar a ser o me·smo já existente. A duração do ciclo é facilmente estabeleddo ·através do computador. A «füe» relativa ao C'iclo dos menus conterá assim todos aqueles que podem ser servidos durante o ·c:'ido estabe1lecido. Por exemplo, re·l ativamente a cada ref.e·ição se·rvida, os seguintes items podem ser armazenados: - Referência ao dia do 1mês quando a ref.e·ição pode ser forneoida (O= todos os dias, 1 a 15 re·liativamente aos di·as de 1 a 15). - Definição da refe·ição ( exempfo, PA-pequeno almoço, AL-a:l:moço, JA-jantar, T-todos etc ... ). - Códigos dos ·c omponentes (exemplo SL = salada). - Definição das dietas quanto à a p1lica bil ida de. - Nome da refreição e sua descr·ição permit·indo descrever a refeição pedida em código pelo doente. - Definição das dietas quanto ao conteúdo nutritiivo dos componentes. O programa da re·lação dos menus poria nesta «file» toda a 1informação de interesse contiida na «file» do ciclo de menus. Qualquer alteração desejada será possível fazer em qualquer momento. e) Acti·v idade Clínica: este programa e re'Spec'biva «füe serão necessários para conhecer ·o endereço do doente no hospital (exemplo: enfermaria, n.º da cama etc ... ) data ·de ·internamento, tipo de alimentação etc. .. Estes dados são 1importantes não só p·ara a distribuição correcta ao doente como também para controlo da 1administração. d) Situações Especiais: este programa e «file» destinar-'Se-ia a doentes em s1ituações espeoia.is. Exemplo: os iinternados 1
5. SOFTWARE DO SISTEMA A IMPLEMENTAR
Yogurt · PX-Peixe F - Frito c - Cozido G - Grelhado CA-Carne P - Porco V- Vaca B - Borrego F - Frango
"
do-se cada ·letra ou cada numero da seguinte forma: 11 AA 111 AAA 1111 AAAA 11 AAAAAA 11 AA AAA AA 11111 AAA
Fig. 6 ·
Principais programas e «files» do softwdrie a implementar
1
5.1 . Definição dos vários programas e «files»
1
a)
Relação de Menus: com a ajuda do programa de Refação de Menus, será fácil arranjar uma re·lação de todos os menus
com menos de 48 horas aos quai·s é necessário servir refeições requ is1itadas sem a antecedência estabe leoi·dia. A informação recolhida será do me'Smo tipo que a descrüa na alínea anterior. 1
1
27
1e)
Requis.ição de Refeições: comio foi expl!i·oado atrás, a .s.ol:ioirtação das ire·fieiçõe1s é fe,ita pela quantidade e tipo dos prinoiipa1~s oo miponentes que compõem e sisa 1nefieição. Esit es dados ipode·m 1s1er 1iinse·r;dos no computador, .1ocail1m:e nte ou numa forma central'izada. O programa deve propor.a1onar o 1aiparecim1ento, no ecr.an do terminal, de uma 1im1agem s:emelhante à ficha de sol1ioitação da refei·çã.o. O 1mesmo progr.ama s1er.ia usado pair1a o caso das di.etas. Ele poderá infor.mar sie o doente não necess1ita de ser al1rom1entado nes.t a ou naquela 1ref,eição ou pa1ria um detierm1i1nad'o período. Est·e iprog.naima de1vie ipropordonar também, que a dietista poss1a fazer ·S10Hoit1ações, por form1a a dar-.lhe, em determ1iinado mo·mento, a 1in.f1orm1ação ·sobre todos os doentes eX1ist1e ntes numa detJer:m1inada 1en.fermairi1a. (iiinformação 1existiente na füe de 1a ct1ividade clín1ic:a) bem oomo os doentes ·e meiondições esipeoiais (•inforimação 1ex·istente na fü.e siituações e·speciai1s). Poderá iobt1er uma ·liistJa com os nomes, segu11.dos da ,jnfiormação relativa 1ao pequieno almoço, .almoço 1e jantar desses do entes. 1
0
7. OBJEiCTIVOS
6. HARDWARE NECESSÁRIO Como foi referido atrás o ·ide1al sier.ia instalar um te,rm·inal do computador e•m cada 1e nfermar.ia ou 1s·erviiço, ·os ·q uais ·s,eriam Hgados a um oompu1Jador oentral 1instalado nu:m lugair coniveniieni1Je. Contudo, se econiomi1cam1e nte não for \fliávie.I já que oada terminal custará um montante de 200 a 250 m'i'I escudb1s, bastari·a i1nstalar junto ao computador o mínimo de 3 terminais pa1ria entrada de dados. e um1outro mais uma ·i mpressora junto ao serviço de coziiin h:a e dietéttiJGa . O com potado r a instalar deverá ter pelo menos 0,5 Mb de· memória ce:ntral, com acesso directio, no caso de· i:ns.ta·lar centralmente 3. ou 4 terminai!S. Mas se for ·i nstalado um terminai! por serviço ou enfermaria então a .m1emórii1a central devierá aumentar piara 1,0 Mbyte. A oapa.oidade no disoo a .instaliar deverá tier pelo ·menos de 20 a 25 Mbytes. Se1rá eionven:1ente inst·alar um,a :impressora, de prefeirênoia do tipo «·daiisy whe·el» oom uma v e1looid'ade de ·e.scriita não .infierior a 300 LPM. Também seriia oon·veniiente .instal,a:r um1a unidade de le1stuira / ·s:aíida de «disquietes», a qual sie.rvi·ria paria. ar·maz1enair «:OFF-LINE» 1informação menos niecessá1riia. 6stas di1sqU!etes 1S•e.rviriam para air:m1aiz,enaimento de ,lon·ga . duração 'ª de «back-up» aio s1istema, nio· oaso de falha deste. 1
1
Os pirinoipa1i1s objectiv1os, da utiVização dos ·m1ei'Os 1informátioos 1ref·eriiidos, 1 lendo em oonrtia as várias vantagens relativam·e nte 1aquie·las p,resentie·1m1ente ut1i1l·izados po·dem resum1ir-se nos segu·intes pontos de v1ista: Doentes - ,M 1aiior pois1s1ibiHdade de escolha 1e um s1erviço m1aii·s efiioi1entJe. Serviço Técnico e .Dietista Babo.ração rápida de .m1en·us. Hesierva imediata e oorrecta dos oomponentes neoessá1rio1s pana c1o nfecção das ·refeições. Administração - P1r:odução de dado·s .eis tatís·t icos a qualquer momento. 1Arovii:sõ;es mati1s preoi151a1s. Controlo de stocks. Mais disponibi1l1idade de m.ão-de-obna 1em al1gunis s·e cto1r.es. M a:is fadllidade para ex~e,roer um oontr0il10 adequado. Hedução de desipe.rdk1iios.
9. VANTAGENS
8. OUTRAS APLICA.ÇõiES
10. DESVANTAGENS
Pairia além das •apl'icações rie·~eridais, os mesmos m·eios ·informáti!oos poderi1am fiaci·lm1ente ser usados, entre ouitra.s, paria as s1eguint e1s aipHcações: - Prddução de dados 1estatís'bicos e análises comparativas;
Devido à autom;at:Jização, o desempenho de funções na m1aioriia. dos .s1ectores, passará a estar dependente do departam ento 1infor:mático. Por cons1eguiinte, não só de iµes.soiail esipeoial1izado como da fiabi l!i dade da m.áquinia.
-
-
1
-
M1aii.s rapide·z ,9 ,ef.i.ciência n a elaboração de :menus; Maior ipossiibiHdade de esool ha pa ra os doentes; Es'bim1ativas pre.oi·sas das qu1aint+dad es neces.sá1rii1as piara as riefeii.çõe1s norim1ai1s e diet·as; Uim melhor oontrolio de stocks; Aiprovisfonam1e ntos mais adequados às nieoess:idades; Produção rápida de dados estart:í·sticos, sempr·e que ·req uie•r:idos; Gestão f.inanoe1i1m e de pessoal mais faoil1itada; Ooint11ol10 miais .faoi·l,itado para ia adm,inistração e para ais dietistas.
1
0
1
1
Seria também da máx ima necess:idade conse.g uir uma alternat1i1va de substituição ·em caso de ava1nia prol.ongada do s·i.stema. Esta ,iimergênoi.a poderia s e1r g:airnnti.da por qualquer sistema ex11st:Jente na áre1a 'ª para 10 qual o «software» desien- · · volv1ido deve·rii1a sier tambéim adaptado. Uim organigliama si,mp·llif:ioado da rielação do computador com 0S principa~is sectores 'ª servir terá o seguinte aspecto:
0
0
1
f) i i
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g) i i
: '
1 1 1: li 1 1
li
1:
li
28
Pré-Produção: os Serviços Técnicos Adm1in:istrativos poderão obter, quando oonvenii1en1Je, l1i1sta:s rielatiiivia:s às refe·içes ou a uma em pairticul·air, oontendo todas ·as quantidades requeridas pair:a a ·sua confecção que as entreg1~,rá ao s•ervii·ço de ·ooziinha e armazém paira 1ai prep·air1ação dessas flefieiçõés . Claro que a 'Vii,abüidade des1sa 1iinfiormação é tanto m1e1lhor quianto ma11s próx1i:mo for do tJempo Hmitie 1imposto, pois poderã·o surg·iir altieriações de úl~ima ·hoiria. No enitanto, ·este proginam.a poderá produzir uma .niov.a l1ista actual1i:zada ou· s1i1mplesmente as diferenças se for caiso di1sso·.
Produção Final: estJe p:rog ra.ma pode us.air ais mes:mas «füles» que o priog1ram1a de pré-produção idescr1ita na alÍiniea ante!r.ior. Com ·el1e s1e poderã:o produzi1r as !e t•iqiuieta.s paira o sector de emipriata.m,ento 'ª a 1infonmaçã·o ai juntar à refieição a 1envi:ar 'ª º :S·e·u des~iniatá1nio. 'Esta 1infor.maçãio poderá ser 1o bt·ida ordena.damente por: enferm.ar·t as, sieriVliços, no mies de pes·soas etc ...
11. CUSTOS
-Contriolo de Stocks; - Planos de 1a provis1ionamento; - Anál1ise de c:us:'bos; - Plan10 de :acti·Vli:dades; - Fiactuiração; - 1Elaboração de oirçamentos;
1
É difídl· ise·m uma anáfiise mais po.rmenor.izada
dar umia est~mativa: c·orirectia dos custos. C.ontudo, será dado aqui, pelo ·m1enos, uma or.dem de gr andeza des•s1es custos oo•m base nos preços actua1is: 1
1
1
/
CUSTO: EM M llLHAiR1BS D'E SSCU:D·OS
OO!MPR:A
ALUGUiERI M ENISAil
1000 1500 250 200 a 250
15 22,5 8 2,8
500
30 14 7 6
UNIDADE CENTRAL DE MINICOMPUTADOR
~
-Com 0,5 MBytes de Memória Central -Com 1,0 MBytes de Memória Cen~ral - Multiplexador .. ... ... .. . ... ... ... ... -Cada terminal (VOU) simples ... ... ...
... ... ... ... .. . ... ... ... ... .. . ... ... ... ... ... .. . .. . ... .. . .. . ... ... ... ...
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... .. . ... ...
... ... ... ... ...
.
No caso de instalação destes terminais nas próprias enfermarias os mais distantes poderiam vir a requerer MODEMS cujo custo ronda os 100 mil escudos.
1
,, 1
O?nf~âo
- Impressora (Daisy Wheel) para 300 LPM -Disco de 20 O'U 25 MByt es ... ... ... ... ... -Unidade de Leitura/ Escritura em Disquet es - Sistema Operativo ... ... ... ... ...
.. .
...
.. . ... .. . ... ... .. . ... ... .. . ... ... .. .
.. . ... ...
... .. . ... .. .
... ... ... ... ... .. . ... ... ... ... .. . ... ... ...
... ... ... ... ... .. . ...
800
250 a 300 100
1
LINGUAGENS DE TRABALHO MAIS ADEQUADAS Fig. 7 -
Relacionamento. do Computador com os Principais Sectores
-
COBOL ou PASCA L ou pelo menos BUSIN ESS BA SI C ... . .............. .
80
2,5
29
FORMAÇÃO DE PESSOAL
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE ADMINISTRADORES HOSPITALARES
Depende das potencialidades do pessoal existente no s,erviço.
8ECRUTAMENTO
Para a elaboração de um projecto desta envergadura será necessário o recrutamento de pelo menos um bom Analista/Programador ou alternativamente dar o proj·ecto a ·elaborar a uma casa espedalizada em Serviços Informáticos. Esta alternativa seria a que garantiria melhores resultados mas é de esperar um elevado custo. Ao custo de equipamento é necessário considerar a necessária manutenção (no caso de compra) cujo valor é tradicionalmente cerca de 6 a 8 % do preço do equipamento, acrescido anualmente de uma percentagem semelhante à inflacção.
.AG RADEC l M EiNTOS 1
A final1i·zar este trabalho deSiejo 1agradec1e r o aipo1i10 ·r.ecebido por ·riesponsávieis de 1al1guns sec:ttores dos Serviços de A11ii:men~açã•o e O,ietéti,oa do H.U.C. particul:arm1en11le à Di!etiista D. Ana M·ania Carmona da M otia 1e à 1responsáv;el pelo Sector da Coziinha D. Ania Maria Caldeira Quefrós mias muito esp1e c·ialm1e nte aio Sr. José J101aqu1im Matos Nev:es, respJQ:nsáve·I p1elo Sector Técn1ioo/ Adm1inistnativo o qual teve 'ª' .amabiMdade de me, pôr 1aio dispor valiiosa informação sobre o s1istema ex-i stente. 1
GESTÃO HOSPITALAR
BIBLIOGRAFIA
A informática tornou-se completamente imprescindive.1 em todos os campos da administração hospitalar, bem como no 1apoio cl-ínico e nia. investigaçã.o médica. A modernização de departamentos como o da alimen-
Continuaqão da pag. 5
Continuação da pag. 16
Da responsabilidade profissional dos prestadores de cuidados nos hospitais
As Instalações e a lnf~cção Hospitalar*
Hdade, a fi.m de prepararem pareceres db ple,nário, de forma ·a criar 'ª rotina na apredação de todbis os aspecros do exerdoio da me·dicina hospitalar que envolvam princípios de deontoilog'ia · médica, e dar pareoe·r sobre que·ix:as e· redamações rel·ativas à corre·cção técni•ca e profis·siionail da as-siis·tênoi·a prestada aos doentes. Júlgamos também necessária ordem de serviço ~dênt+ca refat>ivamente ·aos cuidados de enfermagem, e1nvo·~vendo o Conselho de Enferme'i-ro·s Gerais, ao qual a l·e1i comete ·igua·lmente competênda para velar pe'la correcção, qualidade técn1ioa e humana dos cuidados prestados aos doente·s. Em nossa opiniiã-o· seri·am actos de boa gestão eu~oo~. •
gabinetes médicos e de enfermagem, deixando no esquecimento os arrumas, as sa las de trabalho; por vezes a cozinha e a lavandaria. O hospital deve func'ionar como um todo !i ntegrado onde :não se ·exagere em gastos no b:loco operatório e se esqueça .a cozinha, por exemplo. A ·inf.ecção hospitalar espreita os· doentes mal alimentados. O sucesso do melhor -acto oirúrg ico, pode ser de·itado a terra pela alimentação mal cuidada, pe·la roupa conspurcada, até pela vas·soura do pessoal de ·limpeza. Foi Florenoe Nightingale quem disse que, no mínimo, o hospital não ·devia faze·r ma·I aos doentes; a·inda é verdade passados tantos anos; e podemos acrescentar: não deve fazer mal aos doent·es nem ao pe·ssoal que nele trabalha. •
1
RESUMO
1
30
~:J
O critério de selecção dos temas tratados neste JORNAL consiste, essencialmente, no interesse que possam vir a ter para desenvolvimento e publicação na própria Revista. São, assim, benvindos pequenos relatos e notícias relativos a experiências em curso ou a quaisquer eventos de interesse geral. Na secção «Publicações Recebidas» noticiaremos criticamente as obras de que seja enviado gratuitamente um exemplar, e que farão parte da biblioteca da APAH que se pretende constituir.
tação e dietética hospitalares, carecem da utilização do computador para cons.e·g uirem uma melhor racionalização dos seus recursos, quer humanos quer materiais, e apoiá-los no seu desenvolvimento. Esta comunicação, visa essencialmente dar parecer da aplicabilidade da informá~ tica na gestão e distribuição das -ref,eições hospital·ares considerando, particularmente, o sistema moderno já implementado no Hospital da Univer~idade de Coimbra.
BAKK ER, A..R. - lmpl•eme·ntation approach and evaluation of the US'e of Leidein Univ1ersity Hospital lnformation Syst1em, Miedinfo 77. BOLTMAN, B. - Cook-Freeze Catering Systems, Applied Science - London, 1978. PLATT, B. S., 'Eddy, T. P. and Pellett, P. L., Food in Hospitais, Oxford University Press, Oxford. PRICE, W. T. - lntroduction to Compute;r Data Processing, Pub: Holt Sanders (3rd Edition 1981 ). THIERAUF, R. J. -An · lntroduction to Data Processing, Pub: J. Wiley, 1980. •
1
1"." 3· .-\110 f ·Jul./SPt.
Jornal
1
ELEIÇÕES NA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE ADMINISTRADORES HOSPITALARES
Programa da Lista Candidata
.
Colega:
'
MESA DA ASSEMBLEIA GERAL
1
1
-Júlio Pereira dos Reis - Maria Helena S.ilva André Reis Marques
'
1. Nos termos estatutários, e do N.º 3 das Normas do P1rocesso Ele·i·t oral, um grupo de Sóoios, de que fazem parte os membros da Direcção actual que não se recandidatam, resolveram propor à próxima eleição a seguinte lista para os órgãos da Associação Portuguesa de Adm inistradores Hospitalares:
DIRECÇÃO
-
João José dos Santos Cardoso Ana Maria Sequeira Mendes Pires Manso A ntón io Domingues Ferreira Guiné A rtu r Aires Rodrigues de Morais Vaz J osé Carlos Lopes Martins
-
José Joaquim Nogueira da Rocha José Luís Miranda de Mat·os M·anuel Martins dos Santos Delgado CONSELHO FISCAL E DE DISCIPLI NA
- · José Manuel V,icente Gil Barreiros - Manuel Luís Gomes Ferreira da Silva - Maria Ana Ponte Ferreira Mota
2. Da referida proposta constam os considerandos seg uint es:
2 .1. Garantir a continuidade e progresso da Associação; 2.2. Renovar a representativ idade dos Asso1
í
1
~I 1
oiados e dos seus proble·mas; 2.3. Garantir a continuidade e expansão da Revista como grande veículo de afirmação dos Administradores e da Administraçã.o Hospitalar; 2.4. Incentivar contactos para dina.minazação do funcionamento da Carreira; 2.5. Acompanhar e intervir na re v;isão da Carreira do seu estatuto remuneratório ·e proourar impedir que a lentidão administrativa verificada até aqui prejudique os Administradores que a sofrem.
~· 1
prever, tanto quanto possveil, a sua evolução a médio e longo prazos, assim como os mecanismos necessários para corriigiir a lentidão administrativa que tem caracterizado a sua gestão, de forma a que, sobretudo, a ·integração dos Colegas recém·diplomados se processe com ma,ior segurança, eficiência e ·rapidez.
1
'
'
cussão alargada com todos os Colegas, criando oportunidade para a l,ivre crítica interpares, e eventual melhoria e expansão.
5.1.1.2. Essas bases da Carreira deverão,
4. De acordo com proposta da candidatura,
5.1.2.1. Haverá também que actuar e redifinir
espera-se que a proximidade dos loca.is de tra·balho dos candidatos à Direcção conit ribua para ainda malior ope1raoionalidade do grupo e economia de despesas de deslocações; e julga-se que s·e c·o nseguiu alargar a representatividade dos Associa dos e dos seus problemas pela maiior diversi~icação da situação prof.issional dos seus membros, sem prejuízo da necessidade de descentralizar a participação, e de melhorar a informação de todos ·0 s Cole.gas.
a melhor ,maneira de .estabe·l·eceir contactos com os órgãos de tutela hospita la.r e a ENSP de forma a incentivar a colaboração dos AH, prevendo se possí·vel, a inserção em dip.l omas legais do princ1p10 de audição da APAH em matérias específicas.
7.4. Gom a organização descentra.lizada de
-
-
-
-
1
' '
5. Sobre os princíp:os por que pensam orientar a sua acção no caso de serem eleitos, foi acordado na mesma reunião úansmitiir aos Colegas os seguintes pontos essenciais:
5.1 .1. Esta1uto da ·Carreira 5.1.1.1. A APAH pode e deve dinam ir.zar a ela1
boração de um documento base que consubstancie os princípios essenciais da Carreira e da sua gestão, de forma a poder exigiir a ultrapassagem da actual situação 1iníqua e discriminatória do se'U estatuto r·emuneratório. 1Em contrapartida, os AH deverão definir claramente as responsabi1hdades que querem assumir, por si, e em estrutura ·integrada oom outros profissionais hospitalares, mas em plena igualdade de direitos e deveres.
;
'
1
2 '
:
-
pios fundamentaii·s que entende devam orientar as normas orgâniicas hospitalar·es, para o que se preconiza metodologia idêntica aos números anteriores, de forma a manter uma posição coerente e ffrme face às modificações de política do próprio Governo, única via que se cons·idern correcta para posidonamento ·independente que deve caracterizar a actuação prof,issional dos AH, como taL
5.1. Salvaguarda dos Interesses Profissionais
'
NORMAS DA ORGÂNICA HOSPITALAR
6.1. A APAH pode e deve defiinir os princí-
':
experiências em curso na construção de s i s t e m a s de informação para gestão; situações financeiras e suas distorsões; gestão de recursos humanos e eventuais dificuldades face a enquadra~ mento legais; questões de planeamento ligadas à abertura do funcionamento e desenvolvimento de alguns hospitais; situação e problemas hospitalares nos grandes centros urbanos, e em regiões do interior; problemas específicos nos hospitais concelhios com recente promoção a distritais.
7.5. Julgamos que desses Encontros, a organizar pnincipal.mente com base na participação local dos Colegas, poderá resultar documentação técnica, e eventuais coclusões e propostas, a publicar na Revista.
8.
CURSOS E CONFERÊNCIAS
procurar desenvolver não poderá ter resultados positivos se a Direcção não tiver o apoio e a participação de todos os Col·egas, a começar na expressão de voto no próximo dia 8 de Junho. Se forem ele,itos procurarão criar as condições necessáPi as para esse apoio e participação, porque só dessa forma todos serã o res po n sávei s . 1
Alguns art.ºs a publicar nos próximos n.ºs: -
ESTUDO E DISCUSSÃO DE TEMAS
8.1. A APAH deve continuar a assumir nesta área uma orientação autónoma e supletiva das iniiciat ivas da própria ENSP e de outras entidades. 8.2. Se for possível, ou oportuno, poderá organizar cursos e outras acções de formação destinados a diversos grupos profissionais de Saúde, sobre temas de administração e gestão. 1
7.1. O estudo e discussão de temas deve traduzir-se es·sencialmente para apoio directo da actividade dos Colegas nos própri·os Hospiitaiis. 7.2. Há, por uim lado, iniciatiivas e exp1erênoias ·e m curso que interessairá trazer à dis-
' 1
1
'
GESTÃO POR PROJECTOS Rodrigues
R. Moreno
- A SEGURANÇA NOS HOSPITAIS - Eduardo Caetano - SITUAÇÃO DA HEMODIÁLISE EM PORTUGAL - Arménio Pere ira - A IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO SOCIAL PARA A GESTÃO HOSPITALAR - M . Alice Violante e M. Conceição Neves
1
- A INTERVENÇÃO DA ERGONOMIA -Arménio Pere.ira - A MORTALIDADE PERi-NATAL NA REGIÃO CENTRO - A. Torrado da Silva e Lucinda Oliveira - URGÊNCIAS PEDIATRICAS A. Aires, A. Coelho e H. Carmona da Mota -
7.
!
10. O trabalho que os candidatos aceitaram
1
1
1
Encontros de Adm1inistradores Hospitalares, poderá ser possíve·I reflectir sobre alguns problemas concretos, e·m áreas tais como:
1
6.
onientação iniciada, mantendo a aceitação para publicar de toda a colaboração que lhe for env,iada pelos Colegas. 9.2. Julga-se também alargar a colaboração a outros profissionais, e a própria expansão de vendas e assinaturas no País e nos países de expressão portuguesa, nomeadamente no Brasil e no segu imento dos contactos inic.iados. 9.3. Haverá também que prossegufr o estudo em curso de acordo a estabelecer com empresa p riivada, de forma a resolver o problema do finanoiamento (publicidade) e melhoria gráfti.ca. 9.4. Tentar-se-á motivar a organi·zar a participação dos Colegas na vida da Revista.
gas enfrentam obstáculos reais nas funções que desempenham, contrários a verdadeiros critérios de eficiênoia, que ânteressará inventariar para reflexão conjunta, de forma a poderem ser formuladas propostas da própria classe para a sua correcção.
a elaboração de um iproje·cto por grupo de trabalho r·e strito, utilizando eventualmente documentação de trabalhos já efectuados, com divulgação e recolha de pareiee:res dos Associados, com vista a discussão e aprovação fünal em As'Sembleia Geral.
5.1.2. Relação com órgãos de tutela e ENSP
9.1. No essenc'ial, GH deve pr.ossegu ir a
7 .3. Por outrio lado, sucede que alguns Cole-
5.1.1.3. A melhor metodologia a se.guir será
3. Em reunião realizada a 28-5-84, os candidatos à Direcção deliberaram dir.igir-se por este meio a todos os Colegas por lhes pareeier conveniente assumir alguns compromissos sobre os princípios por que pensam orientar a sua actuação, se forem eleitos, em harmonia com os objectiiv·o s definidos estatutariiamente.
9. REVISTA- GESTÃO HOSPITALAR
CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS, DIFERENCIADOS E PROGRESSIVOS- O PAPEL DO ENFERMEIRO A. Elísfo Jesus Dias, B. Castro Fernandes, M. Amparo Bártolo e M. Helena Ribeiro
Renova-se o apelo aos Colegas e outros colaboradores para enviarem mais originais, sem o que não será possível manter o nível .alcançado pela Revista. 3
'
'
1 1
un recours est ouvert auipres du Présidente, sur ,lequel l'Assemblée Générale statue définitivement. 3 - La qualité de membre se perid par la démission, l'exclusion ou la mort.
A PROPÓSITO DO 5° CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO EUROPEIA DE ADMINISTRADORES HOSPITALARES, DE QUE A APAH É MEMBRO EFECTIVO, E QUE SE REALIZA DE 19 A 21 DE SETEMBRO PRQ XIMO, EM ESPINHO, PUBLICAMOS OS SEUS ESTATUTOS
1
4 - La démiss,ion n'est admise que pour la fin de l'année sociale en cou.rs; elle doit faire l'objet d'une déclaration écrite adressée au Président.
A défaut d' entente, le Conse.il d' Administration décide du partage des voix. Pour l'exeroioe du droit de vote, la p.résentation d'un mandat ·e st obligatoiire. Les mandats établ·is en vue de la représentation d'autres grouipements du même pays sont admi·s. Les mandats établis en vue de la représentation d'autres pays ne sont pas admis. Les votes à interveniir tiennent compte des voix des membres actifs présents ou valablement r·e présentés.
1
t
' STATUTS '
DE L'ASSOiCIATION EUROPEENNE DES DIRECTEURS D'HOPITAUX adoprtés à STRASBOURG le 24 octobre 1970
les publ'ications profissionnelles désignées ipar f Assemiblée Générale. 5-
L'année soei.ale est l'anné,e du oalendlrier.
5 - L'exolusion peut être prononcée pour motif grave . La décis ion appartient à I'Assemiblée Géne.rale aprês .debat au sein du Conseil d' Admini strat!ion et doit être communiquée par écnit. 1
1
6 - Les membres dem~ssionnaires ou exclus n'ont aucun droi,t sur le patrimo ine de l'Assciation; i·l s perdent toutes fonctions confiées par I' Association.
6 - Les langues off.icielles sont l'all·emand, l'anglaiis et le frança1is. Article 3 -
Ar~icle
1-
Denomination, objet, siege, publications, anée sociale, tangues
1-
1: I'
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«L'Asssociation Européenne des Directeurs .d'Hôp.itaux» se oonsacre à la pro.motion de l'organisation hospitaliere et en partic·ulier de la fonction de direction dans les pay d'Europe par l'elaboration de conoepts nouveaux eit l'échange d'informations sur les expérienoes faiites et sur l'explo1itation des résultats des études dans tous les domaines concernés et ·intervient dans oe but oollectivement auiprês des organism.es ,internationaux. 2 - L' Association constitue une communauté de travail des associations •OU griouipements nationaux représenta~ifs des diirecteurs d'hôpitaux des pays d'Europe et recherche direct·ement et exclusivement la réal1isation de buts d'·inté.rêt commun. Elle ne vise aucun but politique, eoonomique ou confessionnel. 3 - L'Assooiation a son siege à Strasbourg à l'Hôp·ital Civil. Elle sera rég·ie par les articles 21 à 79 du Code Giv·il local aiinsi que par les présents statuts. Elle sera inscriite au Registre des Associiations apres autoriisation ministérielle conformáment au décret-loi du 12.4.1939. Sa durée est illimitée. 4 - Les informations et avis de l'Assooiation ont lieu par vois de circulaire oti d'inse·rtion dans
4
Article 2 -
1-
Membres
Peuvent acquérir la qua1lité de membres:
a)
les associations ou gr:oupements nationaux ou, à défaut, régionaux de directeurs d'•hôp1ital, d'importanoe nationale sans égard à leu.r statut juridique, en qualité do membres acti1fs; b) des petsonnalités diriigeantes du secteur hospital1i1er et saniitair:e, en qualiité de · membres passifs; e) les personnes morales de 1droit piublic et de droit privé du secteur hospitalier et santtaire, en qualité de membres passifs; d) des personnes morales de dr.oit et de droit :privé et · des personnalités dirigeantes du secteur hospitail1ier et saniitaire de pays extra-européens, en qualité de membres cofirespondants. 2 - La qualité de membre est soll icitée par vaie de demande écrite adressée au Président. Les demandes d'admission en qual,i té de membre actif sont soumises par le Président, aprês délibération du Conseil d' Adm1in,istration, à l'Assemblée Générale pour décision. Le Conse.il d'Administriation statue sur les demandes d'admission en qualité de membre passif ou correspondant. Contre ·le rejet d'une demande d'admission
Cotisation&
1-
La cotisation due par les membres est fixée par I' Assemblée Générale; elle est échue six semaines apres la demande de paiement. 2 - L' Association est autorisée à acoepter des dons, legs et subventions.
Ar~icle
2 - Les Assemblées Généra.les ordina1ires sont convoquées par le Président; elles ont lieu au moins une fois l'an. Des Assemblées Généra les extraordina i.res sont convoquées dans un délai de deux mais à Strasbourg par déoision du Conseil d'Administra~ion réunissant une majorité des 3/4 des membres présents ou sur demande d'au moins 1/3 de l'ensemble des voix des membres actifs. La convocation doit être expédiée ou publiée avec l'indication de l'ordre du jour au moins 28 jours avant la réunrion.
4 - Honorariat
Sur proposition du Gonseil d' Administration , l'Assemblée Générale peut nommer des présidents honor,aires et des .membres honoraires.
Article 5 - Organes
3 - La premiere Assemblée Générale ordinaire dans la nouvelle année sociale doit traiter les questions su ivantes: a) b) e) d) e)
rapport d'acüvité; rapport financier et patr.i·monial; rapport des commissaires aux comptes; décharge au Gonseil d'Administration; approbation du budg.et et fixatiion du mon' tant des ootisations; f) le cas échéant, élection du Président et des autres membres du Conseil d' Admimistratiion chois1is parmi les membres actifs; g) choix des comm issaires aux oomptes; h) désignation des siieges des Assemblées Générales ordinaires ultérieurs.
Les organes de I' AssoC'iation sont: a) b) e)
l'Assemblée Générale (article 6) ; le Cons·eil d' Administration ( article 7); le Prés idlent (article 8) ..
Article 6 -
Assemblée Générale
1 - L' Assemblée Généra.le constitua l'organe le plus élevé de l'Associiation. Dans son sein, chaque pays dispose de 10 voix . Dans un pays comportant plusieurs membres actifs, les voix sont librement réparties entre eux.
D'autres questions peuvent être inscrites à l'ordre du jour par le Conseil d'Administration. 4 - L' Assemblée Générale statue à la majoriité des 314 des voix sur l'admis~_ion des propositions d'inscription à l'ordre du jour formulées par les membres actifs ( art. 2 ( 1) a). Aucune proposition tendant à la dissolution ( art. 1O) n'est admise en complément à l'ordre du jour établi. 5 - L' Assemblée Générale est présidée par le Président ou par un Vice-Président. Le procés-
5
-verbal doit être signé par le Président de I' Assemblée.
6-
L' Assemblée Générale délibere valahlement si la moitié des voix y est régulierement représentée.
par le Conseil d'administration assiste à ses réunions avec voix consultative.
2-
Toutes décisions pour lesquelles aucune autre compétence n'est instituée incombent au Conseil d'Administration. li publie un reglement intérieur.
1
7 - Les déc·isions de I' Assemblée Générale sont régulierement prises sauf dispositions contraires, par la majorité des voix exprimées; ne participent au vote que les représentants des membres actifs; les abstentions sont comptées comme telles. En cas de partage égal des voix la proposition est rejetée . Les membres passifs et correspondants ne disposent pas du droit de une majorité de 3/4 des voix . 8 - Les élections ont lieu au vote secret. Est élue la personne qui a obtenu plus de la moitié des voix valablemente données. Si cette majorité n'est pas atteinte au premier tour de scrutin, il y a ballotage entre les deux personnes ayant obtenu le nombre de voix le plus élevé. Si plusieurs personnes ont obtenu le même nombre de voix, le sort désigne les deux qui, parmi elles. participeront au ballotage. Si l'opération de ballotage se termine par un partage, égal des voix, il est procédé par tirage au sort. L'élection des membres du Conseil d'Administration doit être présidée par une Commission éleotrorale élue au sein de l'Assemblée Générale et composée d'au moins trais membres.
3-
Le Conseil d' Adm1inistration est convoqué par le Président au moins deux fois l'an, avec ~ndication de l'ordre du jour. Sur demande de la par le Conseil d'Administration assiste à ses réumoitié au moins de ses membres, de Conseil d'Administration doit être concoqué par son Président à une réunion qui doit se tenir dans un détai de deux mois apres cette demande. Le Conseil d'Adminiistration délibere valabl·ement quand p.lus de la moitié de ses membres est p résente. Sauf dispositions contraíres des statuts, les décisions sont prises à la majorité des membres présents. En cas de partage égal dos voix, la proposition est rejetée. 1
4 - Les fonctions du Conse1il d'Admiin1istration oommencent apres la clôture des opérations électorales; elles prennente fin par l'effet des nouvelles élections, auxquelles l'Assemblée Générale procede tous les deux ans, au cours de sa premiere réunion ordinaire. La réélection des membres du Conseil d'Administration est poss,ible. La réélection i,m médiate en qualité de Président est toute fois exclue.
Article 9 -
Commissaires aux comptes
La tenue de la comptabilité et de la caísse est surve illée et vérifiée par deux commissaires aux comptes élus chaque année par l'Assemblée Générale. lls ont à rendre compte au Conseil d' Administration et à I' Assem bié Générale. Leur réélection est admise. Article 1O -
Dissolution
D'éventuels bénéfices ou excédents de l'Associiation , ne peuvent être utilisés qu'aux fins statuta ~ res. Des réserves ne peuvent être constituées que dans la mesure ou elles sont nécessaires pour une meilleure réal isation àe I' objet de I' Assooiat i.an. 1
2-
Aprês la dissolution de I' Associ,a tion, le patrimoine, apres reglement des obligations, revient à la Fédération lnternationale des HôpitJaux, qui est tenue de l'employer pour la promotion de l'objet défini à l'article 1er ( 1) . 1
La proposition de dissolut ion de l'Association ne peut être faite que par au moins 1/3 des voix ou par le Conseil d'Administration. La dissolution est prononcée par l'Assemblée Générale avec une majorité des 3/4 des voix. Si cette majorité n'est pas atteinte, la dissolution ne peut être prononcée que par une deuxieme Assemblée qui ne peut av.oir lieu qu'apires l'écoulement d'un délai de 14 jours. Cette deuxieme Assemblée statue à la majorité des voix .des membres présents.
Artide 11 -
But non lucratif
Les membres n'ont dro it à aucune part du patr.imoine de l'Association. li est interdit de favoriser quiconique au moyen de dépenses d' administration étrangeres à lõbjet de l'Association ou de rémunérations particul1iêrement élevées.
1-
1
Article 12 -
Entrée en vigueur
1-
Les présents statuts entrent en v.igueur le jour de l'inscriiption de l'Ass·ociation au R.eg istre des Associations tenu par le Tribuna·I compétent.
2 - lnscription de I'Association - Le porteu r d'une ·e xpéditiion des présents statuts rédigée en trançais et signée par les membr.es fondateurs, ·e·s t mandaté pour remplir toutes forma lités prescriites pour la création de l'Association en pou r solliciter l'inscription de I' Association ,au Registre des Associations aupres du Triibunal compétent à Strasbourg, en conformité avec le droit qui y est appl icabl e. 1
1
5-
Article 7 -
Conseil d'administ'ration
1-
Font partie du Conseil d'aidministration:
le le le le et
Président; Premier Vice-Président; Deuxieme V1ice-Président; Troisieme Vice-Président. un Assesseur pour chiacun des pays comportant un ou plusieurs groupeiments membres actifs, non représentés par l'une des quatre persones p récitées. 1
li appartient au Conseil d'Administration de designer pour chaque membre sortant en cours de mandat so·n successeur pour la durée résiduelle de ses fonctions.
Article 8 -
Président
6
PUBLICAÇOES H.D. de
1 - Le Présidente est le représentent légal de L'Associaction; en cas d'empêchement, íl est représenté par le Premier Vice-Président, si ce derníer est également empêché, c'est le Deuxieme Vice-Présidente ou le Troisieme Vice-Président qui le représente. La justification de l'empêchement
n' est pas exigée. En vue de pourvoir les sieges d'assesseur, il appartient aux groupements mef!lbres actifs du pays concerné de présenter à I' Asse·mblée Générale un candidat unique. Pour la liquidation des affaires e-ourantes un présidium sera institué qui se composera du Président et des troix Vice-Présidents. Le Secrétaire Général nommé à titre bénévole
,....,
2 - Le Président préside I' Asse mblée Générale ainsi que les séances du Conseil d' Admin;:!tration; il exécute leurs décisi.ons. 1
3 - Dans les relations internes les compétences du Président sont définies par le Reglement intérieur (article 7 (2).
RECEBIDAS
Famalicão - Relatório de Actividades e Contas - 1983
O Hospital Distrital de Famalicão ( HDF) enviou-nos o seu Relató11io e Contas relativo a 1983. Apesar de, usualmente, ·esse relató.rio de activ-idade ser encarado como um documento extenso, maçador e de leitura sempre preterida, ele oons~itui, muitas vez·es, ·i m 'P o r ta n t e instrumento auxiliar de gestão. ·Este relatóriio, estruturado de acordo com o POCSS e enriquecido com comentários, fornece uma ·ideia bastante preoisa da realidade presente e histórica do HDF. Situado a escassos quilómetros do Porto numa região populosa e em que coex istem uma
·intensa industrialização e a exploração agrícola de pequena d!mensão, o HDF tem visto a sua procura expressa aumentar consideravelmente nos últimos anos. Sim ultaneamente, apresenta melhoria significativa dos prinoiipa ís indicadores de rendimento. - Em 1983, nas 231 camas do HDF foram tratados 7955 doentes ( 62 256 dias de internamento), com uma demora média de 7,83, correspondendo à ut·ilização de 73,8 % da sua capacidade. Real,izaram-se 19 851 Consultas Externas e foram atendidos 48 074 doentes no seu Serviço de Urgência.
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Quadro 1
Quadro li
EVOLUÇÃO DO MOVIMENTO ASSISTENCIAL DO HDF 1974/1983- BASE 1974 = 100
EVOLUÇÃO DE CUSTOS NO HDF-1981/1983 RÜBR ICA
RüBRICAS
Doentes tratados Consultas Externas .. Urgências . .... ..... Radiologia (exames) Análises .. . .. Transfusões ... .. Fisioterapia (tratamentos) ... Intervenções cirúrgicas Partos ......
1974
100 100 100 100 100 100 (1976) 100 100 ( 1976) 100
19n
137 88 275 102 137 120 75
83 190
1980
146 72 420 130 132 144 51
127 197
1983
!:, % 82 -8~
!:, % 81-83
3347$ 6 551$
+ 20,0 + 80,7
+ 55,4 + 113,4
27 223$
+ 20,0
+
20,3
35 291$
+ 87,5
+
71,0
631$
+ 21,0
+
49,1
854$
+ 37,5
+
36,4
363$ 129$ 540$ 3083$ 7 023$ 126$ 49$
-29,7 + 9,3 + 7,1 + 37,6 + 21,6 + 13,7 + 30,5
+ 51,3 + 22,3 + 6,3 + 105,7
1983
195 234 338
233 341
269 210 149 205
Diária - Enfermaria Diária Q. Part. Doente tratado - Enfermaria Doente tratado - Quart. Part. Doente assistido - Urgência ...... Doente assistido - C. Externa .... Doente assistido -M. F. Reab .... Análise .......... Exame radiológico Transfusão ...... Intervenção cirúrg. Refeição ... Kg . Roupa .......
O Modelo Gerencial do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas DR. CLÁUDIO JOSÉ ALLGAYER* 1. · INTRODUÇÃO
1
+ 23,9 + 40,9
+
65,6
Os hosp,itia1is 1s1ituarn-is1e., 00 m toda 'ª oerteza, ,e.ntre as 1emplies1as mai s oornplex,as e dinâmiicas das ex1i:stentes 1em nossa sooi1edade. São complexas porquie cada unidade hospitalar ·enoe:rra na Vierdade, 1actiiviidades quie, por s,i sós, cor.respondem a um seg·mentJo c:omerc:iial ou de produção de serviços: cada hospital é t ambém, uma lavandaria, u:m 'f!estaurante, uma farmáGi'i'a, um hotel, além de pr:eistair - o que é sua destinação bá s·ica cuidados :int1egra1i1s de s1aúdle à população. Suia complexidade .manifiesta-sie também através .,.de S:eus . acti·v os totai1s e despesas operaci1onia1i'S que semip.ne 1são :e1l1evados. Em muitas c1omuniidades onde estã10 'inis1e1r.idos, o.s hospitai1s constituem as maiores «•i1ndústr1ias» locais, quer sob o pris1ma dos recursos humanos que utiHza como dos valores financefros que movimenta 5 • A dinaim1i'C1idadle dois · ho.sipita1i1s, do ponto de vi1sta ope,riacional, é oaracte·rizada por t,e:r um «pro1duto f,inal» io ondioionado pe los vra lores vi191entes na 1sooi.edade, a s1eu tempo, em v.i1rtude da ·intiens:a intJeracção que mantém com o 1m1e·io 1aimbii1en1Je. A cariactenização dos hosrpita1i1s como alber·g ues de p1essoas fís.ioais mental ou sooi·a lmente doenties, que v1i,g orav,a até p1ouco .tempo, foi cedendo ·lug:a1r, iprog1ress1ivame.nte, - 1em deooirrênoi'a das profundais rnodificaç6es s1ooi1ais, cul·t urais, 1e conómicas ·e poHticas que ·se p rooess.aim nas sooied!ad'es hum1anias - ao 1ent,endii m1ento do hospi·t al como Ge:ntJro de Pr.omoção da Saúde. O hiospit;a,j, hoj,e é v1isuaHz,a do ca:m um dos 001mponient:es - talv1ez o m1a1iis .importante de um 1macross1i$tiema cujo maior o.bj,ectJi1v10 é propordonar u.m nív:el de saúde ópt1imo para cada :indivíduo e 'ª poipul1a ção 1e·m g1e,11al 10 • A1s1sii:m, cabe ao hospital moderno desenvol,ver acçôes de ipromoçã10, protecção, ,riecuperação e 'reabi,t.i.t ação da saúde·, Juntamente oom o desenvolvim1ento de actJividadles de 1ens·ino e pesquisa . 1
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-
Com um ratio global de pessoal/cama de 1,67 e, aparentemente, sem dificuldades de recrutamento de pessoal médico, o HDF conhece carência principa '. mente nos sectores de 'e nfermagem e dos serviços gerais que se reflectem na contratação de pessoal extra quadro (9,3 % do total). A não realização de concursos impôs ao HDF a manutenção de elevado número de internos (mais do dobro do número total de médicos do quadro) com as consequências económicas e financeiras bem conhecidas de todos os hospitais. - As taxas de rotação no Aprovisionamento apresentam, na generalidade, um intenso decrésoimo em relação a anos anteriores, ao mesmo tempo que o prazo médio de pagamento a fornecedores passou de 11 dias em 1981 para 83 dias em 1983. Esta evolução reflecte fielmente a diminuição, aliás generalizada, da capacidade financeira dos hospitais portugueses, impossibilitados de cumprir com os seus fornecedores e de efec-
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Talvez um asp.e cto que m1er<e9a s1eir 11ealçado é a cariact,eríistica 'i nt1rínseoa das ·11e laçõ.es que s1e proce,ssam ,no :mefo ambi1ente intJr.a-hosipitiailar. Ao contrário de outras actividade,s, onde predom1inam relações d~o tipo p1e ssoa-máquina ou pe,s1s oa-m,ater.i1al, no hospital ia rre lação é f.undamie ntalmentie PESSOA-RESSOA.: p1essoas ·sãs e pessoas 1enfe·r.mas :inteirag!e m 'ª ma11iza1m a cairactle1ríst,ica ip-redominantiemente humana da estrutura funcional hos pital,a r 13 . Finalm1ent1e, o hospitia1I é também, uma EMPRESA pois, queir oomo organizaçã10 do sector públ·ico ou do sector privado, vota-se à pre1staçãio dle det,e11m1in:ada giama de sierviços a uma .oomunidade ,e para aünglir ,e ste ~esiideriato - e, portanto, 1oonisol;idar-se, desenvolv1er-.s e ou, s:implesmente, s1obrev1iv:e1r - niecess.ita :in-tieg,rair pessoas em uim t1rabalho de equipe, formular políticas, idef.in1ir ob}e·c tivos, !e,s tabe1l1eoeir metas, ·implantar 1si1stem á~ioas 1operaoioniaii s, ,ava.liiiair de,se mpen hos 1e .r1atJifücar ou rie ti,f,i car rumos 7 • Sabe,mo.s que ainda 1ex,iste uma cierta 'Ojeriza, em al,g uns 1s·ectores, 1e m oons.iderar os hospitais como empre,sas. Isto é decorrente de juízos de valor diss,ociiados da real:idade. Todo o hospital busca o luoro, quer ina ,suia ~orma ·f inance1ira (hospitais pr.ivados de finaliidades luoriativas) qu·e r n1a form1a oonoe1itual ( hospi:t aiis benefioi entes, fü,aintróp1icos 'ª .govie.rnamentais). Devemos, também, consider.ar que toda actividade re oonóm,ioa, hoj1e, 1p reoi1sa baVizair-s;e por um1a óp"bioai de c11esioente 1e marcada iaietuiação siooial. A1ssim1, 1além dos 1ôbjectivos tangíViei1s de uma· ,e,mprie.s,a ('luicrio, po1r
tuarem uma gestão
e~icaz
dos seus stocks.
- O investimento anual em 1983 ainda que. superior ao verificado em 1982, fo1i inferior ao de 1981 representando, apenas, 1,9 % do orçamento total. - As dificuldades finance1iras sentidas traduziram-se na transferência para 1984 de oerca de 19 000 contos de encargos assumidos em 1983 ( + 7% do orçamento). F,inali·zando, dire·mos que o Relartório de Act1ividades e Gontas do HD de Famalicão traduz, no fundo, uma realidade general'izável à maioria se não a todos os hospítais portugueses confrontados, diariamente, com o subfinanoiamenti», com a incompreensão (legislativa e não só) perante a sua espeoificidade enquanto empresa e, quantas vezes ainda, com o total desconhecimento, por parte dos poderes públicos, dos objectivos que prossegue e da relevância do seu paipel social, acrescido agora pela situação de crise económico-financeira que Portugal atravessa.
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Director Geral do Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas, INAMPS - RS. Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Administração Hospitalar, AHRGS-FAPCGA-SSMA, Porto Alegre - RS.
Permuta com Vida Hospitalar- São .Paulo - Bras1i1I 31
exe.m plo) adqui rem oadar viez ·maior 1imiportância os obj1ectivos .intangíve1i,s dentre os qU1ais ·r essalta a deniom1inada RESPONSABIUDADE .POBLICA para a oomunidade. E aquii !inserem-se, com propri1edade, os hospitais benefüoentes ·e espec:ia.1m,ente, os goivernamentaiis 9.12. 1
2. A ORGANIZAÇÃO Cl·6NTI,flCA NO HOSPITAL Se os hospiitai1s constituem e mipresas altamente oompl1exas e dinâ·micas quie necessi,ta:m deseniv:0Jv,er-s1e com vistas ia ati,ng.ir ·s,e us ob~ec-ti vos, torna-s.e 1iinadiáve.I a coinisoi1en:t:izaç.ão dai necessidade de 1i1mpl1antar-1s·e uma adm1iniistriaçã·o iraoiornal e científica dos 1s1e us ·r.ecuirisos hum,a nos, 1m1at·eri aii1s, tecnológ·ioos e f1ina.nioe1iros. A admini.stra·ç ão ci-entí.fica dais 1or.gani·ziaçõ1es ·viem 1e xperi1mentando, ao longo dos tempos, s1en1sí·ve·is ;e 1orí·t1ioa1s modi·ficaçõ,es. Nais 1pni1m1eiras déoadas do nosso .séouilo houve uima "t1endênci1a .e m vii1su1aNzair ais empres1as oomo org:an:iz.açôes fo1rmai·s, onde a. r:aoionial1i1dade 1e1ra 1enfat·izada 'ª os servidores «oonheoediqres» de seus papéis, po·siiç õ,es .e_funções des1em1penih:avam 1
suas 1at'r.ibuiições oonfoirm1e disc1rim1inado p1elo desenho formal da ·e strutura. Poste·niorme;nte, enfatizou-1se a importânoi1a da v:al1orização huimana do ·e mprego: «um 1emipre,g:ado 1s1a1tJi·s1feito e f.e.Jii.z é um empregado produt;ivio». Novais teorias ries1S!altairam ·a :imipioirtânoia do dies.env.olv.i.m1entio org·aniizacionail e 1in troduziram a.s redeis de oomunicação e modelos m1atemát1ioos aos estudos das organiz·açõ:es 10. Uma abordag1e·m ma1i;s ;abrangente 1e úti1I para as orgian+~ações é a :introduzida pelai Tieoriia Gera•I dos Sistemas que nos r1em.ete 1ao oonceitio de SISTEMA ABERTO o qual pode 1ser «compreendido como uim conjunto de partes ·em con stantie tnteracção constituindo um todb eneirgétioo 0Jii1entiado pa ra determ1inado·s p1r01póis1itos e ·em p1e rm,anente 11elação da interdependênda oo·m o aimbi1ente 1exte1rnio 11 ». A J'le1l1a,ç ão dual - no sentido de quie inf.luenoi1a. e é 1influenc.i1ado- com o ambi!e nt·e ext·ern.o é a oaractierística mais 1importante ·d este .oon1oei1to. Na ánea hos·p!ita l1a r esta 1moderin1a: conoeipção 1
1
1
da administração re1mete-nos a dU'a:s siituações: a)
a natureza em.inentemente dinâ1mi!oai do
Ambiente
b)
1ambi1ente, com pro1fundas e radica is modifiioações s6oi:o cultura·is 'ª poilítica s con:flii.tua, ·oontJinuamente, ,o om o con1S1erviado1ri1sm10 org1an1izaciiona1I de nossos 1estabel1eoi:m1erntos hospitalares que procuram penpetiuar um1a 1estrutur.a adm·in1i1strati1va estática, irí1g.ida e afer:riada a 11eg1ras 'ª ,r;egul1a mentos i nternos ultrapiass1ados e aroaiscos; a e'v:idênoia cada vez mais aoentuadla do.s hospitais neoesis·itairem g1a rant1iir a absorção de seus «produtos» pe·l o ambi1ent1e. Este agora, .exi1ge, não tão ·s om1e nte a recuperação da siaú de :abal1ada de u.m paoi1e nte m.ais a ·i nsierção plena do hospital na comunidade des1e:nvolvendo ·a p110moção da siaúde - também e, especiralmentie, a nfv,el .aimibulat0:ri1ail tre·i1 nando recuirsos hurn1ainos e 11eal1iz;an:do pesqU1isas. 1
-1se a 1A DMINISTRAÇÃiO ('ApO) -que é:
a)
b) e)
d) E1s te f.einómeno, quie devie s·er 1obj1ecto de atenção pnefer;encial de parte dos dir,i191e ntes hosp-iital1aJ'les, ,remete-nos, ;i:g ualmente, a ne.oes.sJdade prement·e do hospita1I iproduz·ir 1aquel1es 1exsumos des1e jados pela sooi1edade sob pena de ass1is1fr1mos a redução do,s ·insuimos - .inolusi·v:e, e pni,n oipal;mente, os finanoe·iir:os - em v.ista da oferta de produtos indesejados ou desneoes1s·á111ios, oausianido com ·i1ssio, ia 1iinevitáviel 11edução da capacidade 1instail1ada da iorganização 1e 1m esmo a 1sua 1inv.i1abi·liiz1açã·o .futura.
Organização
3. ADMINISTRAÇÃO POR OBJECTIVOS E A GERÊNCIA HOSPITALAR CIENTIFICA Solicitações Carências
Decisões Diretrizes Bens Serviços
Indutas
Recursos
Produtos
Ambiente
-- - - - - --- - - ---- - -- -- - -- - - - - - - - - - --
32
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- -
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O s1ector hospitalar, 1especia.lm1ente na úhi.m1a década, 1esti·mulo1u o tre·inamento dos riecuirso:s hurn1anios capiacitando os detientones de funçõ1es gier,enda1i1s mas di·vie:rsas técni1cais e mi0del1os adm1ini·s trat·iv1os. Esteis iprog.J'lamas de tre·i namento têm seu principal ménito na consd1ent1i1zação prog1re1ssiva da nieoes,s idade da p1rofisis1ionarl;i1Zação gerieinciial como oondiçã:o 1ess.enoia.1 1aio 1suces1so da . empnesa e ·mesmo de ·sobrev.i1vên'Ciia ;inst1itu1oii0n1aL Entretanto, torna-se rneoesis.ár.io, no estág1Fo 1actuial da adm1ini1st1.raçã·o hospi·t alar, a ielei:ç ão de 1estratégias adequadas., conisdentemen.te esoolhidas, que perimitam11aios estabel1eoimenrtos hos·pita1laires 011i1e ntarem1 :suas téonii.cas de gestão, oonS'ide·randJo os ambie·ntes inte•rno e exte.f'lno., o grau de ·intie·rdependên'.c·i a dos vá11i1os facto.ries des·sies 1arnbi·e ntes, 1a:lém de suas ·múhiipl·as 1iinteracções e ;influênoiais. EntJie 1estas 1estr.atég1i1a s 1administ1rativiais s1itua-
.e)
f)
g)
POR
OBJiECTIVOS
um método global de planejamenrt:o, caractJerizaido por se1r um prooes1so peir1manient1e, S'i.stémico, voltado p1aira o futuro, v.i1s:ando a tomadia de deoisão, com a füna Hdade de s·e.l1e1ooionia r en~re a lte1rnativas Várii·as um curso de acção, alocar Jiecursos humanos e m1a te·11i1a1i:s e ' :c oordenar aot1iv1idades no sient.ido da 1real1ização dos prioipósitos desie·~ados de man1ei1ria e·fioaz; e avaliação, que cons-~ste na compa1raçã10 ent11e o planej.a:do .e o ex1ecutado-; baseado em factores quantitativo.s , rn·ens uir ando obj1e ctivos de forma diirecta ou de forma indi1recta, 1atJravés de· 1indicadores; pelo qual ·superiores e subordinados ele~ gem áreas p1rioritárias, por duas razões bás·i'Cas. - a partiioiipa ção de todos g1era a <<aipr.oipr:i·ação» dos objiectivos org1aniz.acii0nais por parte dos s ubordi niados, tifiazendo oomo cons1equênoi.a, maiior e nivolv·i.m1ento ·e m1ot1i1va ção. - Os subordinados detém oonhe.ai-m1entos, resul,tJantes da. ;sua ,e xperiênoiia, que podem oontri.buir para um m1elhor desempenho do hospital. Cons·ideram-s·e á r e a s prioritárias 1aquelas oríticas ou 1est1ratég1icas que têm mai·o r ·s1i,gn1i1ficado pana o suioesso da 1instii1tuição; estabelecem resultados a serem alcançados ( objectiiVOS) , estes deve·m- 1 1esponder 'ª três perguntas: o que q uiere mos? q uandlo querem.os? quant)o queremos? dimensionam as respectivas contribuições (metas), a.tria~és da quail1i!~icação dos i0bj1e cti1vo1s; e procedem ao sistemático acompanhamento do desempenho por meios olaros e conheoido.s, os quaii.s serviirão p1ara 11atif1icar ou retif1icar - paroi1al ou total·mente - os rumos 1impr·im.idos ao hospital 6 • 1
Ê necessário res1s1altiar que
'ª .ApU
nã10 é sim·pl1esment1e um processo quie, uma viez 1int:roduzido na org1anização, funcione automa~ioamente is1em .merecer a dev:ida atenção do·s que ocupam pos1i-
.
33
ções-ch:aiv1e n1a estrutura ;argianiz:aoional da empre1SS·a. O 1mode·lo neroes1s1i1tJa cuidados pie-rmanientes 1e oonúnuados. Estes cuidados devem valorizar não ·só o subsistema técnico - ou seja aiquel1e que se· refiere a fixação de obj1e ctivos, quanti·fi.cação das metas, estabel·e cimento de datas-·liimite, e s·i·stemas de controlo e aval iação como e principalmente, o subsistema social. 6ste último enfat·iza as pessoas e· grupos, bem como suas relações e· valoriza os oondi1c ionantes do comportamento de cada indivíduo p art:ici.pante· do prooesso, 1aissi.m como os prooes.sos de deoi1sã10, 001munioação 1e partioipação. 1
1
1
4. O MODELO GERENCiAL DA Apü EM UMA INSTITUIÇÃO HOSPITALAR
4.1. Introdução O mio de·l o .gier·enoial bás,ico da ApiO, adaptado às oairacterí1sticas p1ecul1iaires da 1institui·ção, fo:i ·implantado e 1e stá em desenv1olv1im1ento há 24 meses, no Hospital Matenno-lnrfianti.I P11es1idente V:argas (Porto Al,e.gre), único hospit!a1l próprio do INAMPS no EsMdo dlo Riio Grande< do Sul. O Hospi·t al Pre1s1iiden te V a rg1a:s ·i niciiio u 1se u f u.n -
.oionamento 1em Janeko de 1953 oom a oarac.terística de Hospi:tal Ger:al, sie ndo adm1inistrado pelo ·e ntão Instituto de Aposentador.ia 1e P·e nsões dos Empregados 1e m Trans.portie' de Car·g1a ( IAPETEC). Com a fusão dos 1aintiigos insit itutos de 1apo·S·entado1riia 1e pensõ1e,s no Instituto Naciional e pensões no lnsti·t uto Nacional de Priev1idência Soda1l ( INPS) o Hosp1ital, ·conti:nuiando oom suas c.airacte'físti1oais bás1i1cas, p1assou 'ª prestar .a tendim1entJo ambulat0ini1al 1e de internação à popul1ação segurada e riespecti·v os dependeint·eis da .Previ1dênC'ia Social. Entretanto, já em ·i nício de 1978, época em que process:ou-.s·e uma re1organizaçãio ·instiituc:ional dlo s organismos v1incul1ados ao M1inii·stério da Previdênoiia e Ass1istênoi1a. Sooi1ail, 'ª adm1inis:1Jração reg.ional do PRÊ-l:NAM.PS oonstituiu grupo de trabalho para 1estudair a vfabil1iidlade e oportunidade de mi0difioair-s1e a f.inailii dade do ,atendim;ento p11eistado pel10 ,estabeleoi1me1nto hospitialar. Atnavés das conolusôes e stabeleddas pe·l o ref.eniido grurpo de trabalho - oonstituído p;el·a Portania n.º SRRS/984, de 02/01 /1978 - o hospital pasis ou ofioiailm1ente ·a ipnestar ateindimento à popul·a ção materno-,infantil, qUie constitui ceroa de 70 % do oont1ing1e nt·e s1e1gurado· da Prev1idênoia Soc:iail Br:asile·ir.a. 1
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4.2.. Situação Vig,e nte Assumindo s·uas .f unções em Outubro de 1979 a nova D·i·reção do Hospital Matierno-lnfant·i·I Pr1e1s1idente Va1rgas di1a gnosticou, prel1i!mina:rmeri.te, 1ail,g umas diíficu,ldade·s e obstáculos ~ue ·sie .antepunham aio seu trabalho. Entre essies, foriam ·identificados como riel.eViantes: - ausência de um prooesso c1ons1oi·ente e raCtional de plane1jam1ent10; · - ênf.as,e ·na: «admini,s tração por cnise· ou ·p or i1mpulso»; - di·sfunçõ-es no biinóm1io cent1ral1iz1ação/ descentral1iz1ação comi. ·r epercussôes importantes no desempe·nho da organi~zação; - oonfHtos 1e antagonismo 1entre :as ati1V1iidades-fim 1e ativi·dades-m1eio do Hospi.tal; - ,exces·siva «formalização» e burooriatiização de p1apéi1s dos detentores de funçõ1es g1erenciais; - ·ine~istêilci1a die 1ob}etfrvos org1ani1zaoiona~is expressos pr:opiiciando a predo:minânoi;a dos obj1eti,vios indiviiduai1s ma oonidução do prooesso deoisório; - ·1ausênoia de C'lii1ma organ•i,zaioional 'ª de mo~i v1ação favorável a .proaes.sos ide mudança 2 • ·ldentifioadas essas sH~uaçõés e ultr.apassado um período 1inioi1al de normaliz.ação, a Di1re.cção passou a .i nvestir sieus esforços na busoa de '.i,mplem1e:ntação de uma· Admin1istraçã10 Hospital1a r Oi1entrniica. Pà1ria ·es1sa final,idade decidiu pelo desenvolvi1mento de um SISTEMA INTEGRADO DE
PLANEJAMENTO . (SIP), uti1liz1ando para sua 1imiplanta1çã10 ia m·etodol,ogia da Ap10. Isto ocorreu em Agosto de 1980 e a D1i·rieção estiava plenamiente oonscientJe de que: 1 - Q. p·lanejamentio é um processo s'i stémi1c o, interactivo, di1nâmico e flexível, devendo ser continuamente aoomipanhado ipara perm·i;tJi1r os ajustamentos e 001rreções neoes·sáriios; 2 - O pr:ocesso de pl1aniej1am1entio somente poderia s'e r 1i1miplantado na m1edida em que tJodos os funoiioná1r:ios; espeoiia:lm1ente os detentores de funções gerenci1ai·s, 1as1sum1i1s·sem um1papel de riesiponsabiHdade nio iesforço· quie, lhe'S. sier.ia 1ex·ig1ido ra uma at·itude proativ1a oom1 rielação às medidas .que 1advFni1am com a 1i·m:pl,antaçã10 do s·i1stlema; 1
1
O sucess10 do s1istema dependeri1a funda,m1entalm1ente das pessoas e nã:o s:implresim·e nte de . técnicas ou modelos; 4 - O prooes1so de planejamen~o aperfieiçoair-'S1e·-.ia oom o tempo, não . sendo razoável esperiar-s1e de ·imedi1arro, respostas <«mág1icas» 'ª antigos
3-
probl1emas~
.o
SIP 1enf.a,tiza um :ma1ior grau de liiberdade de atuação ~e corre·spondente res1ponsabiHdade aO's detentiores de .pÔs·ições g1erenciaii1s e, f·un~amen tal·mente, busca 1inc·orporar às empí1ricas práticas g1e11enoia:i·s vigentes, ia conioepção do hospital oomo um :s:istem1a, dinâ1m1ioo e · fil1exíivel que, no caso do órgã10 g1overnamental, apresentava três grandes orientações 1estJriatég1i·oa1s: a) atende.r profri:o ientem;ente sua ni1i1s1são de :inegável responsabi'lidade pública; b) buscar permainentem1en.t e sati1sf1açã10 de sua clientela; c) ;manter um1a qualidade superiior dos serviç<)S ofieriecidos, :s1em detr.i·men.to da maii1or ofierta quantitativa, a cuisto unitários m·édi1os adequados e s.uportáve·i·s pe·lo si1stem1a prievikJlenciár·io 2 •
'ª
4.3. Modelo Adotado
-se
ldenti·~ioadas as .situações-problema e tendodado prioridade à ,efetivação de um es~o1rço
-de ·mudança interna, com ênfasie conJunta nos aspectos oirganizaoi1onia:i1s e 1a mbi1entais, oomo ,ma.roo 1inovador na es1!ratégia dai 1adminiistração hospitalar em 1institU'ição· púbHca, reso,lveu-se 1adotar uim 1m1odelo s1i.mplif.i:Cíado da AM.INISTRAÇÃO POR OBJ1ETIVOS (ApO) parai ia· 1s.ua oonsecução. O modelo adotado é bastante a:brang1enrte, ei1s que inida pelios 1oondici1onado1res do comporta:mento dos .Jíesponsávei·s p.el1a ipolítioa organiz:aoional, 1estiabeleoe a formação de um banoo de 1
35
dados ·indi·sipensáviel à de~i1 n1i:ção dos objetliivos..ens1aio, os quai.s, oonfro:ntados oom ais 1est11atég·ias di1sponívei·s, 1nesultarã10 em obj1etJtvios definidos que, por sua vez, validados e ajuis.ta,dbs. à estrutura 1organ1iz1aciional nos darão· as ·m1etas quantif.ioadas. ·Estas 1servirã·o para o ·estlaibel1ecimento de planos que, ooliocados em1açã10· e exiec:utados, nos darão os 1p11odutJos. ~inaii1s que nealmiente tnteriessam à org1aniização. O modelo foi ·o oncebido· ·para c:Jles1enviol1vier-se em se~s 6 g·rande.s fases, cada quial -compreendendo uma sér.ie de etapas, de comp1lex1i:dade vani·áViel, ·através dais quais s·e objietivo.u: 1
Desenvol.v imento de Habilidades
Fase 1 -
Nes.ta fas·e busoou-se ieaipaoitair os deTentores de pos1ições ge-rencfa·is no hospital, nas técn1ica s e mode.lo pl1anej1a mento. A ·~inal1idade ·era. de·Senviolver ·e m cada um hiabi.i.i'dades pana negociação quando surg·issiem: os naturai•s confl:itos entre 1
do
do hosip:ital, através de um1a anáHse criiterio1sa sobne os prinoiipa1i1s pontos forteis e ~racos do ·mies·m o. Esse desenvolv·im1e nto· de hiabi.l1idades constou da ·re.ail:i,z ação de 3 (três) enoontros, 1s1endo o pni1m1eirio de 12 hio•ras., rieuin:indo a Diireçã10 ;e as pr.inieipa1i.s ohe1fias de servii:çios~ Neste iprim1ei1ro encontr.o redim1ensioniou-is1e 'e repos:ioi·o nou...s·e a conoep.ção s1obr:e o ·çjes•e;mpenho da funçã10 gerenoi1al, bem oomio des1eniviol•vieu-:se ·entre os pairti'Oipantes uima unidade de, ·liing.uag,em, per:m1it:i ndo ·um1a. an·á;l1ise orítica siobre os aspectos téoniicos 1e oiperaoionais do m:0dle l10. · Os dem1a1i:s 1einoont'fos, .com duração de 24 horas cada um., .reunin:dO as chefüas :i'nter.m1ediá·rias ·e operiacioniai1s das á1reas-fim ('médica 'e técn.ioa) e de apoio (adm1in1i1stra.tivo). 1
1
1
,fonam obtidos, nes•s1a fase, pr:inoipalmente, a aoeitação e o oomipro·meti·mento de todos, no . ·S1 entiiido de uniirem. sieus esrorços na consie·c ução de um ·mesimo obj.etivio.
PROCESSAl\1ENTO DE PLANEJAMENTO INTEGRADO Pessoas Desenvolvimento de Habilidades ·
Modelo Simplificado
Fasie 2 -
Formulação de Políticas
Em decorrên-c:ia · das contábuiições obtidas na fa.sie an1!e1nior, 1somada1s às oonoep·ç ões e -i:nformações de níve·I esitratég1iie10, ia D'i-f;ecçã·o do Hospirt:al Materno lnfanti1l P1riesidente V1a rg1as ·identifioou as áreas-chave, nas qu.a1i·s os 1esforços de1ve.·ni1am ·ser conoentriados, no exercí1oi10 de 1981. 1Estias foram as árieas consideradas priioritá·ri1as: 1 - Incremento ·da Produrtividade. 2 - Satisfação da tQl.ientela. 3 - .Ef,iciênoia ·e des1env1ol.v im1einto dos gerentes ( chefüas) . 4 - 1Eficiência e atliitudes dos subordrnados (·serividores) . 5 - Inovação. 6 - Riespons:abi1hidade púbVica. 7 - 1Adequ.ação nio uso dois 1rie:cursos m a1Je:11iiais ·e tecniol óg ioos. 1
1
1
Dientro de cada á1rea-chave 1o ons1ildle1r:aida prio1ritária, ~oram ·estabel·ecidas polítiiicas que s1ervi1ri1a1m de o0rientação para a condução de todo o processo deoisó11i10 nos diversos níve!i'S hi1e.rárquii~os do hospital, com a finalidade predpua de diirecionar 1es:fiorços e 1recursos humanos, .m1aiteri1a1i1s, financeiros 'ª tiecnológ1ic.os, den'bro da.·s priionidades estabel e'Oi das. Na fiormul:a ção das ,polítioais i0btJiveram-se as 1seguinte1s defünições: 1
Orientação Políticas
1nformações
Ambiente Externo/lntern
· Proposições Participação de
Afiea 1Decisões Direção Superior
"
Operacionalização N íveis Operaci na1s
Reduziiir a 'médi1a de per.manênioi'a do·s ipacienties. 2 - Aum entJar a taxa de ocuipação dos ·lieitos. 3 - M·e'Ihoriar :a rel1açãio· a1Jen diime n to/ força de 13rabalho. 4 - R1adonaHzar e 1aumenta r .a produtivii:da·de nas iativii:dades-meio e :s1erviço.s oomplementares de diag nós.tioo e terapêuti·oa.
1-
0
Airea 11 -
1•
Ariea IV -
Eficiência e Atitudes dos Subordinados
D1es.eniviolv1er ,e •i1m:pl·em1ent·air o s·i1ste:m1a de aval.iação de desempenho. 2 - Reformular a •estrutura. da atu1a:I ass;istêncta a:o sieirviido r. 3 - Proporoi.onar cli·ma de segurança e tranqu'iloidade para o ·e xercíoio das ati viidades do S1ervido1r. 4 - lnstitu1i1r s·i stemática de r•ea~a.Hação da força-·t rabalho ,e m tiodo o Hospital. 5 - Dies1e nvolv1e1r progriamais de tre·iinamento que vi;s1en1. à oapaoitação téc:niica ·e à 1int1egração dos servidores à org·aniz1ação, ao g.rupo e ao trabalho. 6 - Es.tJimul1air programas que perim1itam a redução do absenteísm10.
1-
1
Produti·v idade
1
Compatibilização Participação dos Diversos Níveis
1 - 1mplant.air si1s1Je1ma1s de 1aoompanhamento e aval.i1ação de desempenho. 2 - D1es1enviolver programas pe1rmanientes de capacitação na área g1erenciaL 3 - DesenvoJv,er prograimas ;jn~enoioniai1s .e s·i·Stemátioos de troe.a de ;jnforim.ações entr,e áre1as de -at·ividade 4 - Prestig1i1a r o desempenho dia função ge·renc.i-ail 1estii1muliando a .11~berdade de iniciativa ·e correspondentJe ·responsabHidade. 5 - Desenv:o·lvier prog.r:arna :in1le,g rado de atuação da equipe mult.iprio~i1s•sional.
Area V -
Inovação
lmplant·air um. 8~stema Integrado de P.la:1niej1amento. 2 - Instituir ia tri;agem - de paoi.enties, atr.a1Vés. da rieg·ionaUzação :e hi1erarqu1i:zação dais ações. 3 - Homogene·izar condutas de di1agnóstico e terapêutica paria o s1i1stema di1ente, desenvolvendo pi.ano de ·rotin:a. para ias diversia·s a.ti·viidades.
1-
Satisfação da Clientela
4-
1-
"FEEDBACK"
as diviers1a1s ,área·s que oompõem o compl1e.x o 1o rganizacional, consioi1entiiz1a ção do papel que de·viefiiia.m dese:mpenhar e obt1e nção do efe~iv·o com·p rom1eti1mento na ~implantação do ·sistema. Objeti:vou-s·e, também, ool1etJa1r as pr.ime1irais 1i;nformações e oontriiibuições à fior.muliação das poli1tJic:ais
36
iPa nalel-am1enrte e s t 1;.m u.I O ·U -s.1e a'S ohef!i1as a aimrpl1iare·m ·seus conheciimentos 1e des1envolve··f1e.m iat·itudes e h1abiliicfades 1espiecí·f.ioas através do treinamento 1ern . cursos de longa dur.ação em Administração Hosp1itailar, ef·etiv1ado por ·inistituii:ções u.n:ivers.i1tánias, de saiúdie e p1rofii·ss1ion1ai·s no Estado.
M·elhora r o atu.ail nív1el de quail idade de 1atiendim1ento. 2 - l1mplantar s1istem:á ti1oa1s que permita1m promover e pr.ote·g er a saúde da comun idade, com ênfase na ori•entação mate·rnio-1i1n:fia1ntil, 1estimulando o autocuidadb. 3 - Ampl.i,air os serv1i1ç os voltados à g1ine:eolog1i·a da ·neprodução hum1an.a.. 1
Des·e nvolver pro g ramas de '.aoo·m p1anha,. m·e nto psiicossiocial à oomunidade alvo do Hospi.ta:I. 5 - D·esen vo.l1v1er m1etodolog1i·a de 1ens1ino e pesquisa nos ca1mpos 1espec.ífioos de at uia.ção do Hospital. 6 - P1riom1over estudo de di:fie·renciiação de horár.io de trabalho, oons1ide r.ando .ais pecul1ia11ida·des do Hospital. 7 -Adequar a estrutura organizacional 1aos obj etivos da 1a1Ji1V·i dade hospitalar. 8 - · R.eorg1anizar as atividades da área. Reoursos H uima nos. 1
1
1
1
Ariea 11.1 -
Eficiência e Desenvol.v imento dos Gerentes
de
37
9 - E1s tabel1e oer siiistema de rieuniões ·intersetoriais. 10 - lnstituoional!izar sistema de retroal i1mentaçã:0 1sobre a qualidade do a:tJendi.m1e nto aio sistem1a diente. · 1 - · Implantar 10 Sistema Díg1ito-Term;~na,1 de Arquivamento. 12 - P.romov1er um .sistem1a de divulgação das .a tividades da lns1litU'ição, enfatizando a ca.r.ac.teríst.ica de atendimento de alto ni.sco. 13 - lns1Ji.tuiir priograim1a de integ.riação e ava·Vi;a ção da prestação de serviços de 1Jerceiros. 14- lnisti.tuiiir um1 .g,j.s tema de orientação e inforim1açã·o do .s istema cHente. 15 - D1e senvolver parâ1metros de aival'iação do desempenho do Hospital.
·. 3 -PriiVU1eg1iiair o atendimento dai día1de 1mã·e·filho, 1est:Ji.m ul1ando o al1eitamen1lo natuiral.
tég1ias. Nesta fas1e faz-se, i·g u1al1m1ente, ampla divulgaçã·o do já 1el,abo11ado P1lano dle Ação.
1
1
A·rea. VI -
Airea IX -
1 - R·eduzir os cursos ope·racionia1i1s, através da manutençã10 de 1rí1g·i da austeridade econômi·oa-1financei ra. · 2-Aig·i·lizar a, 1i1m plantação do Siste1mia de Cus1Jos Hospi·tal1aries e ia:val·iar a suia :adeq'U!ação. 3 - AgiFl:izair a ·~iberiação do ipag.arniento das oontas 1médi!cais e dos serviigos. contratados. 4 - D1es1envi0l1vier 1 ~nstruimen't)os e pa.râ.met111os paina a 1anál1i1s.e dos custos 1e coririeçã.o dos des;v:ios. 5 - Di1rig1i1r .r ecursos fin.anoei·r os aos s·ervi·ç.os priioliitários oom1v1istas à ·imipl1an1Jação dais políticas do Hospirtal. 1
1
Fase 3 -
Recursos Materiais/Tecnológicos
1 - Oiivuilgar os prooedi.m1entos e normias lielia.ti:vas a aquii1sição de 1mat1eriial ·. (~perm1anen:te/con sumo). 2 - Comipl1etar 'ª .padrion.ização de marteri·a1i·s e equi.pamenros, provendo, iperm1a.nentem1e nte, sua reavaliaçã10 ·e divulgação. 3 -Am·p l.Far instal1ações fisiioas e adlequa1r as ·álfeas atual1mente di1siponíviei1s. 4 - A 1mipl1ia r a di1spon1ibiHdade de m 1aitel"iais 1não-perecíviei1s ou :n ão-deteriiorávei s. 5 - Padronizar aimbi1enrtes .p11101fis1s~onai·s, em ipa1rticular os de priescri.ção .m.édica e de sie rviços de enfermag;em. 6 - Rea1Jivia.r o Fichá11ii0 Nosológ1ioo para u1:iHZ'açã10 na pesquisa. 1
Área VI 11 -
Proposição e Compatibilização dos ·Resultados a serem alcançados
1
1
ações. .Esta· é :a fase ·e m; que todas .ais áreas do hos1p1ita1I, de fiorma integrada, dinâm:ioa ·e flexív1e.I, des1envolve·m1 açãies que vi1sam a 1real1iz1ação d\o.s propósito·s 1es1Jabel1eioido1s. Supl1e1Ji1va1mentie des·einvoliv,e m-s.e os s1i1sttem1as de aoompanihamien.to e aval1iação, que pe.r:m1ite1m a 1rie1a1l:i·men1Ja.ção, quer sieja para con1iig.i1r, como para iratifüc.a r as açõ1es 1
oon eretizadas. Os eXiercíoios de 1980/1981 pode.m ·S 1e1r caracterizados como io «:perl'odo :expelii1menitail>>, no qual tanto a: D:ireçã.o como 1os detentores das demais pos~içõ.e:s ge1renci1ai·s e todo o oorpo de .s1erviidores, dent.r.o de um1a 1estraté9ia de «aprender fo.z endo» qu:ail1ifüicairam-1s·e, criticairiam 1e ajustaram o model10 de planejaimento 1inioial1miente1proip1osto às re~al,idades do hosipi:tial. Os resul·t ados, .entllietanto, 1não se fiz1eram
4.4. Plano de Ação/1982 Como ·riesuiltado .das experiênci1a1s adqui·l"ida·s nos 1eXiercfoios antJel'iiores, foi desenvolvido o PLANO DE AÇÃ0/1982, que oontém s·ei1s (6) ori1entações g1erais, quie oonstituem 1as Políticas, quinze ( 15·) Objectivos Estratég1icos e ce·nto e vinte ( 120) Metas Sectoria·is. O PLANO DE AÇÃO pana es1le eX1ericí.oio oonrtinuou prior·itizandlo as ,á·rieas-ioha:ve anteriormente expHdtadas e constantes do Plano de Ação no exercíoio de 1981. Entretanto, fac.tos novos sobrevie·ram e que tiiv eram marcada ·inf·luênoia no desempenho do Hospital, já neste p11im·ei ro .s em1es:tre. ln.icialmente, ocorriera1m 1m1udança.s a nrve·I de Dire·ç ão tien:do 1assumido novios diiri·g entes que, embora pertencentes a .m1es1ma '.equiipe que viinha desenvolvendo suias a1li1v.idades desde o final de .1979, deicidiiram acionar com maiis viigt0:r e pe~tináci1a 1
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1
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Posição no Mercado
1 - AmipViar 'ª a.tuaçã10 da Sieçã10 de He.modiál1i1se do Serviço de Clíniioas de· Apoio. 2 - lnce.n tivar .a ampli açã10 dos Serviços Complemientares de Oiiagnóstico 1e Tieraip1êutiioa.
U.m1a v1ez div1ulg:ado o documento onientador de todas as a.tJhr.idades ·em dete11minado período de te·mpo, 1onde as poilíticas, os obje·t ivos estra1té,91icos e as m1e1tas deviem ·e star dairamen1Je de fin1idas, pas·sio u-se· a triansftQll"'m1ar as 'in1lenções em
Esta ~01i·, talv1ez, a m:ai1s .árdluia 1e di!fíioi·I etapa .en.frentiada pelos :integrantes do Hospital. Elia visava a defjinição dois objtetJi;v os es1Jratég1icos e das m1eta1s setioriia1i.s. ts.so som1ente e.ra pos1sív1el .a pós o 1mapeamenito da ·real1idadle 0irg1ani·zacionail, conheoim1ento das faól'idades e obstácuili0s, estabelecimento da p.rii10.ridades 1nias á·reas-cha~e e ~or.mul!a.çã10 das poHtii·c as. F101 i: de1sen-vio1lvida, 001m a parti.oiipa.ção !ativa dos níVieis ope1raoionais, oondi:çã10 essencial para elim1inar-s1e dli.screpânci1as e ; superpo.siç6es de es.~orços, ad!equ:ando-sie ia s necess·i dades das áreas-fim com a disponibi1l!iidade das áreas de apo1io.
F1ais e 5 1
38
Informação do Ambiente Interno e Externo
Nesta fas1e bus1c/Qlu-s1e constitu1i,r u1m núoleo de ti1nformações .sobrie a 11iealjdade orgianiz:a donal <~hoj;e, .aqu:i 1 e agoria», aidiquirii1r uma ivi1são oliana e priedsa «do que temo·s», e dimens1itQ1n.ar :a amipl1i!!tude do desafio que oonst.i.tuii-se o SIP, aval1iiando·- se as rea:is oonidiçõ1es do Hospi11Ja1I 1e m dar a 1resipo1sta 1adeq uaida.
Fase 4 -
Operacionalização do Plano de Ação
Recursos Financeiros
Responsabilidade Pública
1 - lntens1if.i.car a compreensão do se.ntido :s ocial da ati1v idade hospital.a1r para a .popuil1ação a lvio e a comunidade. 2 - Auxi·l·iar na 1implantaçã10 do Si1stem1a N.acional de Saúde, ipartioipando na sens1 ilbi1~i~.ção da cl.i.entel1a in1terna. 3 -Adequar 1as athfoiidades e füna lidades de atuação do Hospital a10 Siiis·1Jema Naoiona.1 de Saúde.
Airea VII -
F1as1e 6 -
esperar. Apesar das n1atu11a1i1s ·diiifiieu1ldades e, 1m1esmio, da relativa inexperi.ênoi1a na conduçãio inioial de um iprooes·so deste porte, o Hospital, no exercíci10, tomando oom10 base o ano de 1979, 1oresioeu 26,26 % no núm1ero de consultiais 1exterin:as ,e 26,64 % no· núm1ero de iint•e mações 3•
Decisões Estratégicas e Divulgação
·É o m1om1ent:io 1em que a Direçã10 toma a decii-
são frj.n;al, oonis·ide1nando os ·riecu.rsO's neoe1ssáf1ios ·e os dlisponíve.i1s, be.m como as di·viersais e·s fra-
w•a.-=11 E E l t l l l t l l<;c ;
•
• Microscópios cirúrgicos •Microscópios de rotina e investigação • Microscópios electrónicos • Lupas binoculares estereoscópicas • Micrótomos •Analisadores de imagem • Microfotómetros • Sistemas para micro e macrofotografia • Sistemas para video-microscopia
39
Sl.P ~is·ando aoeilerair o a~ing1i1mento dos obj1etivos pers,e guidos. Pouco depois, doouimentos l1e9ais oni1entado1re·s e normiattizadores de diretrizes em1anadas pelos mais .al,t os 1escalãre1s dkigent es da lnsti,t uição, estiabeleoer,am cniitérios para a des1oentrali~ação de enicairg1 os e resiponsabi:l1idades nas 1 1 áre1a. de Orçam en1lo-P:rog1ra:ma, determinaram me·didas de contenção de despe1s;as n:a áre1a de ass'i stênda médica, es1tabe·l1eoe1nam 1ori.entações de prio·nidades na pr:estação de s 1e1rv1i·ços mrédiicos e 1médi:co-hospitailarie·s, fiix.ara.m as e'bapas c:fio p.rooessi0 de descentnal;i.zação ·e det:alhamento das despesas e onien:tainam 1as mietas fís.ica1s as1si,stiein.oi1ai·s paira 1982. Re.feri1mo-no1s, esip1eoi,fioa1m ente1, a Orde1m de Ser~iço INAM.PS n.º 5/82, de 2 de 1Março de 1982 fu:ndamie ntada nia Portari,a M:PAS -2.645de17/09/81, na Prop1osiçãü do CONASP n.º 1/81 - homolog1aidia 1em· 6/1 /82, pelo· M 1inistro do M.PAS -1e na Riesol~ção INAMPS .º '5/82, de 16/02/82.
dassificadas, segundo sua 1ori·g em1, ,e m doi1s tipos: 1ex·t erna 1e interna.
io
1
1
1
Baseado nestas diretni~es ·e determ1inações 1mas, de manie1iira muito 1e,sipecial, considerando as «Orrentaçôes Técnicas piara Programaçã10 Ass1i1stencial» constantes do Anexo 1 da supnaoitada Ordem de Servi1ço n.º 5/82 procurou, desde logo, 1a Dire·ção do HM l.PV 1imipl1em1entar ,medidas de aoompanhamento, oointrole e :av:aHação - nos vári1os ní1vie·i s g1ene:nciaiis do hospirtail viSiando observar ia tendência 1rel.at:iv:aimenue ao ating,i.mento .dos pa râ1metnos 1iidleaii1s de cobe1rtuira e de o~i1mizaçãi0 da capacidade de produçã1 0 de s,e rviços ass.istenoi1aiis, miOl'imente a níviel de oonsultias de saúde 1e ·internaçõ,e1s hoS1pitalares. 1
Estas novas diire·tniz,es por e;s ta1nem 1embasadais nos ·mesmos princípios e 1ori,en~açõ·es, val1e dizer, POUTIOAS, que já V1inha:m sendo de:senvoliv idas no HMIPV encontraram :imediata 1re1s1sonânc1ia e plena aceitação. dos1 diversos. estamentos ge1renoiais, 1serv1inc:flo ooim o. ,estíimul10 r1ev1i191oraidor a uma m1aiior 1e ma:i·s. efet·i1va pairttioipaçã10, dos v1ar,iados nfve'i1s funcionais no1 procesiso deci1sónio do hospttal. Por outr.o l1ado, o PLANO D1E AÇÃ,0/1982 ainda ma is adequado à rnaHdade, fo,i concebido estlrate•g:icam1ent1e para reoeber 1rieajuiste1s quadri;.mestria1is de ~orm:a a penmiti1r, ·e m -nempo. h·ábi:I, a 1identiNcação da,s: distorçõ·es, em eispeioial as · 1 Causas 1e a pairt'i1r de rentão iprioio eder 1a ações corfie tivas. Piara tal foram des1en:volvidos ,inst!rum1entos de 1
11
controle CU'ja val1~dadle foi· testada nia. :pirime:i1ra .a:vialiação quadrim est:ral 1permi:t:1indo-:s e a1jui·z ar se o que se prietJendia alcançar 1estav1a Jie1a.l·m1enue sendo :aoomipa.nhiado 1e 1medido. Com tal 1estmatég:i1a, foi possíV1el a ,i dentmcação das causas das distorções, s:endo as m1esmias 1
40
A·s oausa,s de oni g1em 1ext:erna 'estão v1inculados ao fatio ,ma1i1s ·maroante 9'e nossa época q.ue é a v,elocidade oom qu1e oioorne,m as mudanças s,ej:am, de 1ordem polítii0a, 1ei0onÔ'm1icai, socrial ou cultural, pois qualquer mudanç1a em um ou mais deiss·es factores ·exige1 um repos:iicionamenro e um redireiedoname·nto nos rumos das orgianizaçõ'e1s. Ais causas de or:igem ·interna podem sie r v1i1sua1lizada ,em três grandes ,g rupos: as rel·ad1oniadas 1oom o nível de aceitação tanto db proce:ss10., das ipolíti1cas, oom10 obje,t iv1os 1e mietas expries1s1as no Plano de Ação; 1as de orde1m funciOnal, relacionadas com a qUial1ihc:açã10 daique!l1es que são resiponsáiv;ei1s pela 1impl,antaçãio dlo proce,s so, 5,e1ja no âmbito de op·er:aicional1iz1ação dais técnic:as, comio do:s pl'iOoessos ·e procedlim1entois 1e, finalmente., ·aquela:s relaoioniadas oom a capacidade da organização de ipil"iov1er os me.ias tantos tecnol6gicos, c1om10 humanos 1e ,mate1rii1a1is, 1ass1im· oorno do cl.ima org:anizacional que sua Diireção for capaz de 1i1mprim:ir, ·a través de um maior oomprometi1m ento com o ies,f.oirço de pl1aneiamiento ·e maior aut,onom1ia no processo ic:fieósório. F1inalm1ente, ao térm.inio· do p6me:iro qu1adr,i:m1es1ttne do pre1s1e nte 'exerdoi:o, f.01i. ire,a1l1iiz.ada um1a avaiHaçã10 do Pil·ano de Açã10 com a fiinal1idade de: - ldenficair os resultados obtido.s tanto a ní,viel gl1obail dia hosipiirtJal, oomo ao nÍ'~e1I de cada umia das unidades que o oompõe:; - ldentifioair as causas das distorçõe,s. que porventura ooorressiem no ootej10 ,e ntre o p1lane.jado 1e o real'izado; - P.romovier aç6es qu·e propi·oi·ais1s;e1m o cor.reçã10 das di1stoirÇões; - Anali sar, ·o ritioament1e o que dev,e ser aioi101inado, re~ormu.1.adio 1e o quie deve sier e1l1im1i1nado de forma a trans~ormar o P:lia no de Açã10 num1 real instrumento d!e1 ori1e ntação de1 tlodoS' os e1sforço1s daquie.les que desenvolvem. suas a·c ti1v idades no Hospital Materno-Infantil P1re,s:idente Vargas. 1
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1
1
Com base nesta av.ahaiçã,o oonistatJou-.se, de ;i,mediatO', fruto de imedidas. ado·ta:das, u:ma ·m a;is ef1etiiva partioi:pação de tiodos os ní1v1eis fuincionai·s ie .g;e,rienoiais no prooess10 deoi1sóriio e um: ma1ior g1riau de i0o:mpnorn1eti1mento e respon sabi1l1idade tanto oom 1rie:l.açã10 ao processo 'OO:mo também , ipela vida funcional do hos1pit1al. Esta postur:a é ·indicadora do alto grau de 1maturidade ia.tingido pelo grupo funoional 'e o el1e'Vlaido níve,I de aoei1tlação para ·Oom .as :iniciattiv1ais da D·i rieção. Para uma melhor avaliiação quantJitt'ati,va ,e quaHtati:va dos resultados ailic ançados ana.l1isou-se o periodo compreiendido pelos doi1s (2) p1rim1efa~o.s
quadri:mestr·es do cor.rente ex.erdcio oompairando-io com igual· p1eiríodo do ex1elic:íc:io ante1riiior ·a ss1i,m :cio mo, com ·as mie tas ipnopostas. Cabe ressaltar que dO'i1s mese,s -Jane1iro e Fev1eireh~o fia:ce as p1ecuHaridadies cultura1i1s do Riio Gnande do Sul, apires1e nt am1-se· total·m1ente atípicos. em r:e1laçã10 aos demais. A níve·I de resultados quantitatfrvos em relação a:os 1obj1etivos estratég:icos do HMIPV foi fixado, inicial,mente, oomo aceitável uma ooi1lação no pr,i·meiro quadr.irn1es1Jre de + 10 %, int,e·r v1alo dentro do qual 'OS re·sultados aliciançados em ne·lação ao p:lanejado seri·am 'Oons1ide:rados pl1enamente at ing1idos. Em relação ao segundo quadr,im1estre esta vari.ação, oon1side1rada aoeitávie,I, ,e.nt1re o realizad o e o pl1aniejado, de:veri·a situair-,se em um .i:nt1e:rva lo de + 5 % sendo que, ao fi.nal do ,e xercício, espera-se que os riesultados a,lc.ançados, a nível de obj1etiv:os ·e1straté.g1i.cos, 1e·stiej;am dentrt0 de um interval10 de + 2-3 %. O Quadro 11 fornece o comparativo a nível de Oibjet1i1vos Estr:atégicos dos r1esu1ltado1s alcançados, nos oito priimeiros me1s:es de 1982. 1
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A s:impl·e.s obs1ervação destes dernonst11a'bivos oo·mipirova o atingiment o dos Objetivos E,stratég:ioo·s, e,is que a var:iação peroentiual s:i:tu1a-s1e dentro dos parâmetros pr:e1v iament,e estabelie oidos. Ressalte-se, entr:etanit o a nítida t1endênoia de superação da meta pl1anejada no que s e ,re·f.e.re !ao número de int.e rnações hospital.ares, nú m·e ro de parto s, núme·l'io de c irurg1ias e tax1a de ocupação hospitalar, ;mesmo sofrendo o 1impac'bo ne9ativo referente à a·t:ipioida de dos mes1es de Janeiro 1e Fev'er1eiJo. Outl'iossim., é importante sal1ientar, que a meta estaibe1l1ecida 1e dada 'ª oonhece1r soment,e no mês de Março, ou ,seja quase nia metade do pe1ríodo analiis.ado, pel1a OS n.º 5/ 82, 11efe1rente a tax.a de :ocupação hospitalar em hospita1i.s iprópnios, equ'ivalentes a 85 %, toi1 atingida e superada pelo HMIPV q uie .at,ingiu 91,44 %. A média de permanência do~s p1ai0i1enbe s 1inter1nado:s apresentou um pequeno desvio rel1ativ.amente aio planejaido devido ao fato de, no mês particu larmente atípico de Fevere1iro, ter at1ingido uma médi·a de 7 dias. 1
1
1
1
OUADROI AVALIAÇÃO DOS OBJETIVOS ESTRAT~G I COS CO NSTANTES DO PLANO DE AÇÃ0 / 1982 DO HMIPV, JANEIRO-AGOST0/ 1982 !'TEM N<? DE CONSULTAS DE SAÚDE NÚMERO DE LEITOS DIA / M~S DISPONIVEIS NÚMERO DE INTERNAÇÕES NÚMERO DE CIRURGIAS NÚMERO DE PARTOS TAXA DE OCUPAÇÃO HOSPITALAR MÉDIA. DE PERMANÊNCIA HOSPITALAR
DIFERENÇA
PLANEJADO
REALIZADO
200.000
186.738
- 6,63
7.000
6.947
0 ,0
7.472 1.600 1.466 80 6
8.428 1.647 1.718 90,44 6 ,08
+ 12,80 + 2,93 + 17, 18 + 11,44
(% )
- 1,33
OU.ADRO l i DEMONSTRATIVO DOS OBJ ET IVOS EST RAT~G ICOS CONSTAN TES DO PLANO DE AÇÃ0 /1 982 COM PARADOS COM OS DADO S DO EXERC I-CIO ANTERIO R, JANE 1RO -AGOST0 / 198 1 E JANE 1RO-AGOST0 /1 982
- -- ----- -
- · -- - - · -- - - - - - -·
(TEM NÚMERO DE CONSULTAS DE SAÚDE NÚMERO D E INTERNAÇÕES NÚMERO D E CIRURGIAS NÚMER O DE PAR TOS MÉDIA DE PACIENTES DIA TAXA DE OCUPAÇÃO HOSP ITALAR MÉDIA DE PERMANÊNCIA HOSPITALAR
REALI Z ADO 1981
REALI ZADO 1982
DIFERENÇA
17 2.89 1 6 .855 997 1.405 176,97 72 ,88 6 ,14
186. 738 8.4 28 1.647 1.748 208,48 91 ,44 6,08
+ 8,01 + 22,95 + 65,20 + 24,41 + 17 ,81 + 18,56
(%)
- 0 ,97
41
O Quadro li apres1enta al1guns indicadiof"le·s do desempenho hospital1a r P'f"lopi1ciando seja efetuada uma anál,i,se oornparatJi.va do ir,eal1i·zado, no me1smo período, nos 1e x1ercíoi1os de 1981 ,e 1982. Constata-se ·em todos os ·indiicadores - 1exoetuando-s·e o da média de permanênci1a hospitalar que di!m1inuiu como era objetioo - um ,incremento s1ign1ificativo dos serViiços produzidos qu1e viari.am de 8,01 % nas consultas de saúde a 65,20 % nas oi1rur9,i·ais ·e~etuatdas. Estes dados ev,idenci1arn, 1na v1erdade, uma m1aior liaci,onaHzaç.ão do iproc:ess10 laiborativio oom consequente 1aum1e nto da produtivida.dle rnédli1a dos !>.erviidores poi1s os Recursos Humiainos ex1i1st,en~es sofreram, indus:iVie, uma dirn1inuição de 15 pes1soas, ,equival1en1les a 1,60 % da f·orça/trablalho total, oonform1e .expl1i,citado no Quadro UI.
de 72 % . A Médi1a de Permainênci1a, entre:tainto, 1m.esmo .com um ,jrnipiortan1Je 8'erçá1rio de RN pa:tio1ló9,ioos e pirem1aturios, ·mant1eve-1se dentro do parâ1metlio ·estabelecido. Na á1rea da OBSTETRí.C.IA (Quadro VI observou-se uma pequena di·s1!orção a níve.I ambutatorial, perfei:tamente absorvfviel, de 2,39 % a menos .da mieta q~e s'e p1retendia atingir. No entanto, o .númerio de int1ern:açõ.es superou em 19,41 % o at1ing·ido em 1981, tJendo-se reia.l1izatdo a maior ,em ·11el1açã.o aio planejatdo - 128 p1artJos, que oor•responde a um p·eroenrtuial de 12,07. O número de partos foi· 22,27 % maiior que o real1i1zado em 1981. Em função des·te1s dados a Tia~a de Ocupação Hospitalar foi de 97 %, quando no ex.e1ricício aintJeriior ha~iia s1f.do de 84, 71 % . A rnédi1a de per1mainênoi1a do ipartJo normail ·f oi de 3,23 dias,
ido1s oirurg,iôes pediátriicos pel1os Postos de As·siistênda Médlica (~AiM's) 1em .Porto Ale-gre q.uie acarretou sien sível dim1in·u i.ção da demanda. U·m dado· que· .merece, .f"leatoe é aquele que se refie1re aio número de atenidii1mentios prestados nia Un1idade de Observação P1ediá1tri'ca. Esta unidade tem por f.in.a.liid'ade bás,iica serviir como porta de entrada natural e rexolu1si va de ·t odos paoi1entes pediátricos que aportam ao HMIPV, com ori·e ntação de internação ou miesmo portando guiia de hospital iz:ação. O objetivo da .equipe multidisiciip:l.inar que atu.a nesta . unidade é, util,iiz1ando toda a gama de se1rviiços diagnóstioos e te!rapêuitioos di1sipioníve+s, verificar e, ao final das primeiir:ais 24 hor.as de atJendi1mentJo, internar os casos f"leal1mernte necess·ários. 1
Nos pr:im1e1i1ros oito mieses deste ano deir.am entrada nesta Unidade 2530 cri:ainças .da1s qua1i,s somentJe 901, correspondendo, portanto, a 35 % das Gri·anças aten.diidas, ~oram hospital1i·zadas. Ass,irn e~1itou-s'e 1629 1interinaçôes, oorres·p ondendo tecni:oam1ente a urna eooinomii.a. - se cons:iderarm1os .os cuist!Qls médios de uma ·iin ternação pediátrica no HMIPV - de Or$ 86 988.600,00( oitenta 1e s·e1is m1i1lhões, novecentos e oitenta e oito ,e se1iscentos cruze1i,m s). Este trabalho n.a Unidade .de Observaçã10 P1ediátric:a, que apres.enta uma exp1er:iêniaia oonso-1.idade de 42 meses, é ·e xtremam1ente importante esipeciialm,ente para institu:içõe1s que· ·apneisentam um ·S 1e rviço de urgência pediátrii'ca poirtanto poderá apresentar uima redução em 1intern.açõ·es tecnic1ament:e e·v1i1táve·is na oride·m de 65 % . ,
j
1
.
QUADRO Ili DISCRIMINAÇÃO DO QUANTITATIVO DE SERVIDORES DO HMIPV, JANE 1RO-AGOST0/1981 a JANE IRO-AGOST0/1982
PER(ODO
SERVIDORES PARA MÉDICOS E ADMINISTRATIVOS
SERVIDORES/ LEITO
1981 1982
725 707
3,03 2,95
(NO ICE DE
QUADRO IV
SERVIDORES MtDICOS
TOTAL
210 213
935 920
DIFERENÇA
(%)
- 2,48
A anál,is e das metas s1e tori·ais .. das clínicas do HMIPV 1ev.idencia, tamlbém, a e1violuçã10 dos serviiços assistenciais. Os Quadros IV, V, VI ·e VII, apresentam os prrinoipais 1indi·cadores de cada uma das clí.niicas ·exi stentes. Assim, na PEDIATRIA veriif.ica-.s1e quie o número de consultas ambulatoria i1s e 1de emergênc:ia decresceu, oomp1airatiivam1en.1Je aio exerdoio ante1r.ior, em 5,44 %, havendo uima d!ist1oirçã10 r.e.latrv.amentie à meta pretendida em 21,71 % . l1sto ocorreu uniicament!e ·devido a ef.etiv·a dim1inuiiçã10 da demianda ·o que pode signif.icar uma 'f!1'8iior absorção e resolutividade nas unidades de saúde periféricas. O número de .i·nt1ernações ascendeu a 4.774, ·sendo 23,04 % a m1a ior r:elatiivamente 'ª º mesmo perí1odo no 1e xercído anterior. Estes números, por ·Sua v·ez, oportuniizaram que .a Taxa dle Ocuipação Hospitalar que sie pretendi.a fossie de 80 % ati:ng,isse 100,50 %, quando nio m1esm10 período de 1981 hav1i1a-1se cons.egu1ido urna Taxa de Ocupação 1
1
1
42
+ 1,42
- 1,60
,enquianto que niô parto oesáriea este índice foi de 6,31 dias. Os inidi!cadore·s da GIN1EGOLOGIA (Quadro VI) também são ·S'ignii1füoa.tiivos. Eimbora siendo uma dniica relativamente rece:nte é que passou por uma profunda reoirientaçào institucionail há menos de do·ts anos, conseguiu-·sie· efectuair 804 init1e1nnações 'e real-izar 547 ci1rurg1i;as, dados destes dentno do planej1ado. O númerio de oons.ulta1s ambu+atoriaiis e a. ·médii1a de· permanência també·m obede·ceram ao p'lanej1ado. Some,nte ;a Traxa de Ocupação Hospitalar, muiito ·e·mbona. tienha criesoido em quatro pontos peroentuaii1s quando com-, parada ao ex1eircí!C'i10 anterior, aiiinlda não atinrgiiu o í n:dice de 80 % , que ·Se priet1e1nde mainteir. No serViiçto de GUNIOAS DE AP.010 (Quadro VM) as consultais ambulatoriais supera.ram em 34, 13 % o pla.niejado 'e as cirrurgfas - geliais e pe,diãtiriiJC·as embora tenham s1ido S·ign1irfii1catiwam1enite superiores a:o real:izado em 1981, ainda nã·o atr.ng1i·ram os valores esperados. Este oomporta1·mentJo é devido, prii·noiipa.l1mente, a redi.stliibuição
ANÁLISE COMPARATIVA DE ALGUNS INDICADORES DO ATENDIMENTO PEDIATRICO, JANEIRO/AGOST0-1981 e JANEIRO/AGOST0-1982
INDICADOR
NC? DE CONSULTAS NC? DE INTERNAÇÕES TAXA DE OCUPAÇÃO MÉDIA DE PERMA· NÊNCIA
(2)
(3)
DIF.(2-3)
D 1F .(1-3)
REALIZADO 81
REALIZADO 82
(%)
(%)
78.283 4.774 100,50
- 5,44 + 23,04 + 28,43
- 21,71
80
82.794 3.880 72,07
+ 20,50
7
6,73
6,96
+ 3,42
-0,57
(1 ) PLANEJADO 82 100.000
QUADRO V ANALISE COMPARATIVA DE ALGUNS INDICADORES DO ATENDIMENTO OBSTfTRICO, JANE 1RO/ AGOSTO - 1981 e JANE 1RQ/AGOSTO - 1982
INDICADOR
N<? DE CONSULTAS N<? DE INTERNAÇÕES N<? DE PARTOS TAXA DE OCUPAÇÃO M~DIA DE PERMAN~N CIA PARTO/NORMAL M~DIA DE PERMAN~N CIA PARTO/ CESÁREA
(1 ) PLANEJADO 82
(2) REALIZADO 81
(3) REALIZADO 82
DIF. (2-3)
DIF . (1-3)
('ir: )
(7r )
40.000
39.041 2.793 1.718 97,0
+ 16,02
- 2,39
1.533 80
33.651 2.339 1.405 84,71
+19,41 + 22,27 + 12,29
3
5,05
3,23
- 36,03
5
6,31
+
12,07 + 17,00 + 7,66 + 26,2
43
QUADRO VI
Houve um aspecto, no que se ref.ere a m1e tas físicas assi.st·enôaiis quie, 1ernbora a·ssaz ·i mportante, de·i·x ou de constar, ~orrnal:mente do PLANO de AÇÃO /1982 mas que mreriecendo especiial at·enção nais recentes di1rietr;ize s da Diireção Grera.1 do HMltpV, veio a ser incorporado ao elenc'O de med1das priorita·riamente ·c ontroladas no HM,IPV. R:e·fe·rrmo-nois à raoiona:Hzaçã na utiilização dos s·erviiços complementares, e spec:ialmente na á·rea ambulatori·al. A.doptou-se ·como parâmetro a sugestão preconizada na OS' 05/82, com- vistais. ao aco mpanhamento, controle, avaliação e adop·ção das ·e ventu1ai1s medidars ·oorre:cti·vas. O Qu1a:dro VIII apres,e.nta o d!emoinstrat,ivo ·rea.I e o ·ideal da inoidênaia de exames oopipl1ementares de diagnóstricio ·e t,erapêutiico, na á·re1a e·stratégica da Patolog i1a Glrn.oia. O Quadro VIII de·monstria que, conforme os ipairâmetros ideais tentatiivos - vál1irdos piaira 1982 prropostro.s pela Di,reção Geral do INAMPS poderiam s·er rieal,izados 130.591 exames de Patofo·g1ia CHnica que ooliresponder·iam a um índice dte 70 exames oomplementar.es par,a cada 100 oonsul·ta.s . No ·entanto; efe·tri\flament1e fo·ram efetuados apenas 90.475 1exam1es que corresponrdlern- a uma inc'idênoia real de oe·rca de 50 exame·s a cada 100 consultas, ou sej.a., 30, 70 % a menos do parâm1e·t ro tixado.
ANÁLISE COMPARATIVA DE ALGUNS INDICADORES DO ATENDIMENTO GINECOLÓGICO, JANEIRO / AGOSTO - 1981 e JANEIRO/ ft.GOSÍO - 1982
1
INDICADOR
NC? DE CONSULTAS NC? DE 1NTEíl NAÇÕES NC? DE CIRURGIAS TAXA DE OCUPAÇÃO MÉDIA DE PERMAN~NCIA
. (1 ) PLANEJADO 82
(2) REALIZADO 81
(3)
DIF. (2 -3)
DIF . (1-3)
REALIZADO 82
(7r )
(%)
30 .000
29.163 804 547 61,29
+ 38,18 + 26,41 + 34,72 + 4,39
- 2,79
533 80
21 .104 636 406 56,90
- 18,71
6
6,65
5,06
- 8,87
+ 1,00
um hospital que aten·de, p11e~e1rencial1mem1e, gestant1e1s de Ailtjo R:isco. O oontrol1e ·e foti1v10 hrospi1ta.lair quie não era efetuado no ano anrte11i1or, 001nsti:tuiu obj.etivi0 pr.iio11itáriio dai atual Di1reção ·e dados aituia1l·m1ente disp.oní1veii;s demonstriam quie seus valo1res estão oons1entâneios oom os parâ·metros intiernaci1onal·ment'e reconhec1idos e aicei:t os.
1
+ 2,63
1
Mas é ·ne.almente, na .avaliação dlo·s custos ope:ra.cionaii·s dos serviços hospital:ares que pode-s,e \fler:ificar a evolução de um.a pblítiirca adm1iini1stratiiva que aliia o incr.emento dos serviços, redução de ooiosidade a níveis tecn1icament1e ace1itáviei1s a uma rí·g ida e auste r.a administr:a.ção dos reoursos económi1oos-finànice'iros. 1
1
QUADRO VII ANÁLISE COMPARATIVA DE ALGUNS INDICADORES DO ATENDIMENTO NO SERVIÇO DE CL(NICAS DE APOIO, JANEIRO / AGOST0-1981 e JANEIRO / AGOST0-1982
1
1
INDICADOR
NC? DE CONSULTAS NC? DE CIRURGIAS PEDIÁTRICAS N.º DE CIRURGIAS GERAIS
(1 ) PLANEJADO 82
(2)
(3)
DIF . (2-3)
D IF . (1-3)
REALIZADO 81
REALIZADO 82
(%)
(%)
30.000
35.342
40.241
667
346
333
52
+
13,86
+ 34_,13
454
+ 31 ,21
- 31,93
282
+ 442,30
- 15,31
O Quadro X apres,enita a 1evol.ução dos custos de alta de paaien1Je1s internados nas três clínicas ·mantidas pe·lo HMl.PV, no bl oc10 die· internação ihosiprita.larr: Pedi:atr:i·a, G.ineicolog1i1a e Obstetiríci.a. Ve·rii1fi1ca-s1e que o custo médi10 da alta, inC'luindo todos os gaistiO!s inie1reinte1s aos s1e1rvi·ç os hospitJalares - pe·s soal inclus1ive médicos, material de consumo, s1e1rviço1s de manu1iençã 0 próprios 1e de teroe·i!ros, oota. de depireoiiação, encargos diversos, exames oompl1em1e ntare·s de :di1agn6st.i co 1e tJer:aipêutica ·8 medioam1entos no prime1i1ro semes1
1
QUADRO IX DEMONSTRATIVO DE INDICADORES QUALITATIVOS DO DESEMPENHO . HOSPITALAR, JANEIRO-AGOST0/1981 e JANEIRO-AGOST0/1982 JAN-AG0 /81
·.
QUADRO VIII
DIFERENÇA
TAXA MORTALIDADE GERAL(%)
1,96
2, 11
+ 0,15
TAXA MORTALIDADE INSTITUCIONAL(%)
1, 16
1, 18
+ 0,02
30,33
31,52
TAXA DE CESAREA (%)
DEMONSTRATIVO DA INCID~NCIA REAL E IDEAL DE EXAMES DE PATOLOGIA C L(N ICA, JANE 1RO / AGOSTO - 1982
JAN-AG0/82
TAXA INFECÇÃO HOSPITALAR(%)
+
1,13
5,24
-----CLINICA
N<? CONSUL TAS
PARÂMETRO
N<? DE EXAMES IDEAIS
PEDIATRIA
78.293
0,30
23.488
GINECOLOGIA
29.163
0,25
7.291
OBSTETR(CIA
39.041
2,00
78.082
NC? DE EXAMES REALIZADOS
DIFERENÇA
(%)
\
O Quadr;o IX apPes·entia alguns indi1c1ado1res ·« qual'itativos» do des1emipenho dos seirv1i·çios hosipi1talaires. Apesar do n1otávie1I incrie1mento dos ser1viços prioduzidos dim·inu1indo-·s e 1indu1s.i·vie, a f.orrça/tr.abalho - nã10 houve varii-ação s1i-g ni·fic.atii-va da. qual1idade dest.e1s siervii:ços. Ass im ia tax·a de 1mortal1irdaide g1er:al !e, princiipalment1e, a taxa de mortaliiidade iinstitucion.a.I, que expre·sssa a incidência de óbirtlos ·em padentes que pe:rm1anecer·am 1int1ema.dos ·adma de 48 horas, m1a ntiveram1ba1ixos vai.ores. ft,. taxa de aesa1rianas .cresioeu 1, 19 % , mas ainda ·está dentro dos lii:mites arce·irtáveis piam 1
1
OUTRAS CL(NICAS ESPECIALIZADAS TOTAL
40.241
156.738
0,54:::
0,70
21 .730
130.591
90.4 75
- 30,70
1
=
·:. = 44
dado não disponível. obtido através de média ponderada das consultas prodlflidas pelas clínicas existentes no HM IPV.
tre foi de Or$ 45.364,00 (vi1nte e ci1noo ·m1i1I quatrocentos e triinta 1e nove oruzeir;os) na Unidadie de Alojaim ento Conjunto ·e de Or$ 32.289,00 (trinta e dois mi1I duz1entos 1e oitenta e nov'e' cruz,eirliOS) na Unidade· de· Patologii·a da GraVii dez, e do Pueripériio, onde sã.o internadais ·e xclu1Sii·V:a1mente gestan·t es com paitol.O.g-ias própriiias da gravi:diez. São 1responsáv1e•i1s pefos custos de valores 1i1n term1ediá1rios as Uniidade1s de Internação Pe•diátrica e o B1eirçá rii0. A clíniaa g1i1n1e1ool6gioa que apresenta alto custo médio relat'ivamente às demais - tem .a men1or taxa ide ocupação hospitalar, por ser, 1
1
1
45
·in:clus1ive, ·a mai1s re·oente d íini1ca. do hospital. No ·momento em que a1-ting·ir um a taxa die· ocrupa.ção sem1elhantie à da médi·a. do hosp·ital estJes custos ·Unitários reduz1ir-s1e-ã·o. O e1l·evado custo relativo das Unidades de A:l·ojamento Conjunto P.edi·á trico e UTI ped:iátrica -a ma-ior em. 58 % relat.ivamente· ao custo médio da alta do hospirta1I- explica-se pelos elev1a dos gastos de uma: Unidade die Trratiamentio lnt:ens1ivo, o que ·oonstiitui--se fenómeno m~ndi1al, ·e o facto de que. no Alojame·nto Con1unto des1envolve.r-se 1
1
1
1
de di1v1ersas áreas das C.iên.oi:às da Saúde e uma Escola de Form.ação de Aux·i1tiiar de Enferm1a1g1em, 1com trinta alunos anuaii1s - e, mesmo, cons:i.derando a médi,a das remunieraçôes efotuiaidas pelo INAMPS aos se1rv iços oontratados e· ciredenciadlos, podemos afinmair, com segu1rança, que os · custos do HM,IPV estão ·e nquadrados em nosssa 1re ail1idaide médi1co-ass1i1s~endal. Muitos outros objetivos estratég.icos e mietas setofii·a1i.s poderiam s:e r ex.aus1Ji1vam,ente anal1isados e oriticados. Entretanto, f1ixamo-inos nos mais 1
1
QUADRO X HOSPITAL MATERNO-INFANTIL PRESIDENTE VARGAS CUSTO DA ALTA ANO: 1982
nossa convicção que a e·stratég1i·a adot ada, ail,iada à adequação crítica do modefo a nos·sa real·idade ins·tii·t ucion1al, enfatJi1z ando o comportam1e nto, co-mspons1abiHdade e part•icipação real·imené tada através de um.a srist1e mát,ioa avaliiação responsável pelo suce·s:so .aloançado. O mode1lo desiarito, para uns pode· p.airiecer fa:ntas·ioso e inadequado à estrutura das o.rg.a nizações ·ho•s pitalar,es e, para outros, já fami:i-ioairiizados com ·a mode1rna Admiinistraição .de· Eimrpresas, por c0in.te1r ·el·ementos de log:i1ci·dade· e aipar.ente s:impli,_ d idade, iniduz1iir .a e·nros na m1e·dida ·eim que· as pe1s1s1oas intui111em que os aconte.ci·mentos na vida .real obedecem à mesma sequênoi;a lóg.ioa. É
1
Aqueles, os adminisuradores «emipí1nicos», m an1ifie·stamos nossa plena convii·cçã 0 de que o miodel·o é perfe1itam1e:ntle adaptáv.el e p0.ssíve·I de 1i1mpl:antação em hosp1i!t ais de médio e g.r:a1n'de portie, 1s endo um instrumento val1ioso, para a moc:fierniz·ação administrativa de nossos hospitais, de capacitação gerenoial de nossos di1691enites e, rprinc1~p1alm.entie, de max:imiiz·ação de resuiltaidos a custos compatíveis. 1
1
MESES Uni ca -U n idaê:le
JANEIRO
FEVEREIRO
MARÇO
ABRIL
·--------
Pediatria Unidade de internação
60 .055,00
68-368,00
MAIO
JUNHO
JULHO
25.804,00
30.178,00
32 .102,00
45.610,00
5.0 andar - - - -- - ---- - ---
Pediatria Aloj . Adjunto e UTI 4. 0 andar
48.780,00
· --- - - ··-
62.250,00
·----· - - -
73.753,00
---
·
- - - --·
- - - - ··- -
-·- - --- - --
84.375,00
99 .686,00
61 .315,00
71.693,00
·---- --- - - -
No entanto, a todos, cabe ressaltar que o modelo proposto, por mais adequado que este.ja à reahdade, é ·aipena1s uma moldlu:r:a concei1tual, vál,ida como ori1e ntação básica, mas que sof1reir.á s·emprie as naturais i nfluências das miudanças, tanto internas quanto ·e xternas. Embora a experiênicfa. sej.a relat1ivamenite nova e rie.oent·e al·g uns ens1iinamentJos bás.ioos ~or:am r·etirados e entrie e+es gostaríamos de reg<i1star: 1
Pediatria Berçário 9. 0 anda r
35.948,00
Gi necologia 6. 0 andar
49,775,00
48 .206,00
40 .985,00
35.786,00
41.136,00
40.695,00
40.459,00
1
Obstetrlcia Aloj. conjunto 7 .0 andar
23.055,00
112.676,00
34.723,00
54.722 ,00
25.275,00
49.101,00
21.426,00
48.043,00
22.736,00
49,862,00
60.697,00
25.417 ,00
25.439,00
O- processo de plan ejamento somente foi possíve·I impl·e;m1entar quando todo·s os detentio1res de pos1ições gereniciaii1s do hospirtal assumi1ram ·seu papel de oo-·res.ponsabi1l1idlade no e1sf·oirçio e se posic.ionara1m de form1a pro.ativa em refação às m1ediidas sug1eridas. O suoesso do p1lanejamento dependeu muito mais das pessoas do que das técni1cas ou ·modelos usados; este s são neutros, aquel es :tJi1v eram de ser treina.dos para obter Ç:t maior ef.ioiência no uso dos instrumentos. O planejamento é um processo que· s1e· aperfiei1ç o.a oom o tempo, llO'go nã10 se pode pret·end'er que a curto prazo resulte·, num produto acaba.do nem que a longo prazo s1eja tão perfre·it10 que nã·o comporte melhori1a. 1
1
Obstetrlcia Ginecologia
27 .629,00
Puerpério 8.0 andar
42.475,00
29 .879,00
29.324,00
30;.91'5.,0'0
33.513,00
32.389,00
45.364,50
uma experi·ênoiia inédita que tem por eiSC'OpO reduzi.r as re·internaçôes hospitalares: na unidade a mãe acompanha permanentemente o filho :i nternado, recebendo informações e tre1iinamento de habi·Hdades e fo·r:mação de novos hábiit os a1:itudinaiis. por p.arte da equipa multidi·scipliinar de· s1aúde. 6m vista da el1ev:ada qualii:dade dois serviços prestados - seme1lhante a de 1instituiçÕ'e·s universitárias já quie r1eal i·za sistemat.icam1ente açõ1es de pesquisa e ens1ino, 1iinclu1sive mantendo oinquenta e ci:noo (55) médioos :residente s, doze (12) esrtag1üá•riios de medicina., no·v:e (9) es.tagiiários e·m psioolog.i:a cHn1iica, doze ( 12) outros estagiári:os, 1
si•gn.if.icativos oom o intuiirtJo de ~ornieoer 1s.ubisídios que embasam nossa conv:i1cção da nieicessidade dos hospita1is, em g e·rail, escolherem um·a estratég1ia adequada à adm1ini·str.ação re·almentie oi1entíf.iica de S 1e·us reOUlíSO·S. 1
46
1
1
1
1
BIBLIOGRAFIA
1. ALLGAYER, C. J. «0 D•e senvolvimento gerencial como condição prévia a implantação de um Sistema e Planejamento em Instituição Hospitalarn. Revista Gaúcha dos Hospitais. Porto Alegre, 8(4) 129:131, dezembro, 1980. 2. ALLG.AYER, C. J. ·et allii - «lmpl.antação de um sistema integrado de planejamento em instituições hospit<11ar. Revista Científica HMIPV; ·Porto Al,egre, 1 (2): 55-61, julho-dezembro, 1980. 3. ALLGAYER, C. J. e CARVALHO, 11.-«L. Plano de Ação/1982 do Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas - análise de resultados do 1.º Semestres». Revista Científica HMIPV. Porto Alegre, 3(2) :52-58, abril-junho, 1982. 4. BARTON, A - A Formação do Executivo. São Paulo, DI FEL, 1975. 5. BERMAN, H. J. e WEEKS, L. E. - «Administração Financeira de· Hospitais». São Paulo, Pioneirn, 1979. 6_ CAR·AVAITTES~G. R. - «Administração por objetivos: uma abordagem sócio-técni·oa>>. Porto Al·egre, Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos, São Paulo, Mac-Graw-Hill do Brasil, 1977. 7_ CARVALHO, H. L. - «D·esenvolvimento Gerencial dos Dirigentes Hospitalares». Revista Gaúcha dos Hospi· tais, Porto Alegrie, 8(4) :125:127, dezembro, 1980. 8. CHAVES, M. de, M. - «Saúde e Sistemas». Rio de Jane'iro, Fundação Getúlio Vargas, 1972.
Q_ue sejam os resultados obtidos a ratificação
CONCLUSÃO
1
1
1
1
· --- - ---· ---- ---·-·--~
33 .152,00
1
·efietiva. profiiss.ional1ização ge ren:cial que pen:niita as organizaçõe:s sobreviver.em num mundo que se caracteriza por rápidas e profundas t!ransformações .estrutuira,is e a convicção de que um.a aidmin1ist.ração ap0:i1ada 'em instrumentos e estratégias ·e mine,nte,ment!e técnica:s e oi1entífii·oas 11ev-ert1e em bene:fício dos usuá111i1o s e garante a rcionsol1idação e o desenvolvim.enrto da,s or:ganizações hos:pita:laries. f.i;n1ail1mente, cremos, que os .ins·t rum,entos g·erenc:iaiis uti:lizado1s não oonstituem ·em fim em si miesmos mas, antes, poss;ibiliitam que sie atJiinja uma m1eJhoir q.ual1ifü·oação técn1iica do corpo de servi1dores, habiMtando-os a prestairiem uma aissi1stênicia. de saúde qual1i1fioada àquel,es qu1e e·fie1li1v amente repres e1ntam a fi:nal·idade de todos os es·forços ,empreendidos: O PAC.l:ENTE.
1É i1nrerf utávre·I, oom base na anál ise dle tod0rs os dados arrolados, o aoertJo das medidas ;a dotadas pela Di1recçã 0 do· Hospital M·art:ern10-,1n,f.anti:I Pre s·i denre Va rg.as. 1
1
de noss·a crença na necessidade, cada dl:a ma1is, de abandonarmos surradas e ultrapassadas prátii1c as empíiricas de administração e int11oduz1i1rimos 1em nossos ht0sp1iitaii1s - qu1er p1e·rtencienrtes .a inioia1:1iva pinirvada, quer do p:ode·r público uma
9. DE MARCO J. S. - «Marketing em Hospitais». Revista Gaúcha dos Hospitais. Porto ·Alegre, 6(6). :297-303, dezembro, 1978. 10. JOHNSON, A e SCHULZ, R. - «Administração de Hospitais~>. São Paulo, Pioneira, 1979. •
47
médico e tudo ma.i·s deçone daí. O hrosp1irtal, o centro de saúde, a tomogrnfia axial computoriza.da, são infra-estruturias que têm de estar ao 1senviço do médioo e da deoi.são que ·e·l·e toma após esse mom1enrto, sing.uilar e psicolog1icamente niquíssim10, que é uma. pni:m·efr.a 001nsulta 3 .» Obj·ectti v ando, a g:o ra, de for.ma la p·irdla r o que, ao longo destes anos, tentei dfrscu1rsiv1aimen.t e fun1dam1entar direi: o hro1mem. é portador de d~reitos que o conffrguiram co1mo pessoa; n1enhum destes di;rieitos é ai:ienaido na s1i1tuaçã10 de· dloe:nça porque toda. a· int:erv.e:nçào do 1médi1cio para reconhecer e tra.t1ar a doença deconre nro uin,iverso da relação ihumain:a. O homem é sujeito - nunca objecto·em toda .a tramitação do acto médioo. Tenho a oerteza de que, neste nosso País c01m uma longa triadição de asis1i1stência médi1oa humanizada, - S. João de D:eus é português nin1 igiuié.m contesta. ·eis.ta pos1ição doutriinár ia de respe1irto pelos di1rieitos .humanos na s1i-tuação de doença, de 1hom1em doientte. .Mas o que é que S·e passa no ooncreto, par1Ji.oula.rmente nio caso do doente hospitait:izado? Oom cuil1pas para todos nós - médioos, enfer·me1iros., técniioos ·e aidm1ini1striativos p1as:sa-1s·e uma negação to1tal dos _dirtie·i1tos hum·a.nos à pessoa do doenit·e - hom1em, mulher ·ou criança. O Cama 7 da Sal.a 8 não é niing1uéim. Ele sofre 0
A Comissão Ética nos Hospitais PROF. DANIEL SERRÃO*
.Esta br.evie ref.lexão querio·-a des·aipa1ixon:aida e 1obj.ectiva. Demai1s se empola o voc:abu.lário quie se fal.a do Homem e dos seus Diire·itos - ma~ à1s pal1a vras ricias, co1loridas ou contundentes co.rresponde uma prática inef·icaz, aipaigada ou, o que é pior, oontradi·tóni1a. Pc&S·o o~tair-me em oontrapnov:a do que fica di·t o. Em 1955 publ·iquei U1ma l1ição a um C.urs·o l:ivire ·de Ps:ioolog1ia Médiica e comeoei assim: · «A cara.c terística maiis sa.liien1Je do acto médico, aqueil·a que em +arga medida o define e o 1i1sola, é a es.peciailí1ss1ima natu1r.e·za do seu objecto. Seja qual for o ponto de vi1sta em que n1os s.i1tue1mos, o homem doente é semprie o lug.air de convergênoia de todo·s os ge·stos que, di.recta ou indi1recta.m1ente, oondluz·e1m ao acto médioo. O exercíiaio da Medi1oina, portanto, s:itua-sie dentno de quadrio geral das re•l.ações humanas. E é por is_so que qualquer disicus1são de priobl·emais deontológiicos, quer no domíniio da prátiica díni1oa quer no campo da investi1g ação oirentíif.ica, terá de ~mp1l1i:oar uma definiçã10 prévia da posição que se as sume quanto à natureza e às características da re!ãção méd!C'o-doente. 1
Posso exempl1ificar ass1im: S'e admitíss·emos, rpor absurdo, um médico entender qure a natureza da rei.ação por ele estabel·eoiida 00im os seus doenues era · idênti'Ca à de uma re·lação die· exploração e:conóm1fica, teríamos de ace·rtar, oomro l•e.g ítimas, todas as manobras conduoentes a essa mesma exploraçãio eoonómic.a, por hipótese ·absu rda, coins·ideraida f1im e natureza da ·relação médico-doent·e. Quer 1isto diiZer que se o exercíoio da Medicina é, afünal, uma particular relação que sie estabe.le.oe entlre doi1s hom·ens, el1e não poderá nunca deixar de assent.ar numa antropolog1i1a, nuim1a con·oepção do Hom·em. Não basita oonh:eoe1r, até aos 1mínimos por.menores, a lesão a1natómi'Ca e os 48
s·intomas clínicos de qualquer doença; é ·indis.pensáve!I t·e r um oonoeito de quem sofre essa .lesão ou VliVie essies sintomas, s:em o que· não haverá refação humana e, po·rt·an~o, não existiirá 1a.c110 médico oomo ta1I 1.» .E1m 1960, num editorii;ail pa.ra a revii1sta dos ·e studantes dai Fãcu1ild!aide de M 1e dic1ina voltJei1 ao tema usando e·sita l1ingiuag1em: «T:er:ei1 de l1embrar já uma noção comezinha 1e elem·enta.r que, no entanto, se1rv.irá de ponto fixo em toda ·esta· 1conversa. E é a de que M·edidna é alg10 que ex1i1ste e sie ex.eirce oom· o,· úniico f.i1m de ajudar 6 homem doient1e. Não é uma oiênoia forjada entre as p1aredes dos· laboratórios · e apl:icada depois nas diversas doenças; ne·m é uma fór;mula dedu:ziiida abstratamiente, que pe1r:m!i1ta 1extraiir o· dliaignóstJiieo a p1artir dos siintomais; a Medioina é um a·c to humano ex,ercido p or toda .a pers.onarlidade de um homem, a favor de outrio. Tudo o resto é secundá.ri 0, ace·ssório 2 .» Em tempos' mais próx.i1mo1s de nov10· a1florei o nó des'ba questão e exipri1mi.- me dest:e modo: «Esfalfam-se os políticos a ·inventar um S'iistema perfe-ito, convictos como estã·o de que con1s1eg1uir que 61s homens recu1pe1rem o ·estado de saúde é exclus1i·v amente uma questão técnii:ca e ·O·rçam,ent'al. De· certo que uma 1infra-·e·struitura técnica, calda dia m~üs compl ex.a e ma·i:s dispendiosa, é indisipensáv.e1I pa:ra que o miédioo exerça a sua missão (e p1ena. é que, na geneira:lii·dade dos nossos s.ervi1ç os hospiita1l1aireis o equ1iip1amentio não acompan he a ev1Qlluçã·o d.ais tecno1log1i1as); mas exercer a med icina é prim1o rdi·aJ1ment•e, um serviço fe ~to à pess.o a do ·ck>ente pela pessoa do
aioompanhado de três, S·ete o.u vinte out1ros anónimos so~redore1s; as suras le•sões sã10 ex1ibidas aos alunos e aos ·internos, irepetiida.men1tJe; o seu caso é discutido em voz a:lta nos cornedores; a sua biogr.afüa é l·ida por q ualque:r um, a.s suas anál.is·es constam cfle um pr.ocesso a que ele própnio tem ac.esso nas hroras mortas do füim de tarde. Operaram-no mas quando tev.e a.lta não sahe que órgãos lhe· extraíratn nem niinguém o 1iinformou anties da in1lervenção. A ter:aipêu11i1ca que e.stá a s-e9ui1r torna-o defünit·iva ou tempora.r·iam1ente estéril, mias ninguém lihe falou disso. O mledicamenro novo que toma é parte de um ·ensario terapêutiicio mas não lhe foram ·e xp1lii·oadlos 'OS nirscos nem pedida uima auto11i1z.ação escnirta. Quando piorou não teve o conforto do m1i1rnistro da sua re·Vig'ião que, por excepção, não em o catol1ioismo. Era oniança .e viu-se separaldo dos seus pais, l1i1g·ado a uma máquina, picado vá1nias vezes ao di.a por de·sconhteoidos, a·l1im1entado com impaciência e abandonado toda. a no1irt!e· na esouirii1d ão ·e no s1i.lêncio. Era uma adolescentie f.e1liz mas terem-1lhe amputado uma p·ern:a sem urn,a pia.lavra iprévi.a, f.az-llhe desejar a morte oomo sol·ução para a angúist1ia virtal. .. 3-
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Professor Catedrático da Faculdade de Medicina do Porto, Coordenador do Conselho NaciO'nal de Deontologia Médica da Ordem dos Médicos. 1
A Medicina e a ~t ica dos nossos dias -
Imprensa
Médica, 19(10):567-580, 1955. 2
A Medicina e o Público -
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63-66, 1960.
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Poderia conuinuar, mas não acho neoessário. Os louoos nào são já acornentados e chicoteados nos hosipi:tais oom10 ,eram nos tempos die João ·Oidaide, 1m1as o Hospital de hoje, em espeoial o Grande Hosipita1I Central, está long,e de s,eir um ~ocal onde os direirtos humanos sejam 1 integrnlmente nespeitados.. Que poderemos fazer? .Como se nã·o trata de direitos p1os1itivos, coidifücados na l1e·tJra da Lei e ·ex,i:gíveis nos triibunais, füca-nos o r,e curso à É"tica, fiundam1ent1ada, numa a~iolog1 ia de val,iidaide universal (ipeil o .meno1 s no un:i1V:erso de ~nfliuência júdeo-cristã). A ,m inha proposta é s1i1mples. Que se oonstituaim, p·elo menos n1os g1rande·s Hiosipitais Centrais, Comissões de . ÉtJica, constituídas por hom·ens e murl1heres de ca1rácteir ínite·g1ro, iiéts a um código claro de -..nailore,s ·e dir.e·itos humanos; Com1i1ssões dle ÉtJi:ca sem1nenhum poder leg·al - mas comi o i1menso poder mora1I de fazer:em reoom1endaçõ·es ·e m nom1e do Homem e da sua di,gn:idaide essencial de ser l1irvrre e i1ntJeligente. Às Comiss6es de Étfrca dos Hrospi·t ais tJerão de pedi:r-se pareoer.es siobne asipec.tos concretos da viida do homem doenrte internado no Ho:sipital e sobre atJituides de terapêutica médica e oirúr.gii'Ca (por exemrpilo, .experiências de farr m!acol,ogia ,clíniiiea, terapêutica de aho ri1sco, m1eios ·e xtraordinários de manutenção da Vliida, restrições terapêutiicas oom m1otirvação rel.i·g1i~osa, ,i:nteirve:nções sobre a fecundidade, etc.). Mas dre,las esperamos, oontiadam1enite, que sejam a consoi!ênc:ia ,miora:I da instituição hospitalar, ajudando-nos a todos, médioos, enferm,e:iiros, técniioos e adlmini1strati:-..nos, 'ª contribuirmos para a humanização dO Hospital. -
Na. exposição de des1enihos feirtos por cnianças sobre o tema «·0 Hosipitail», organ1i,z ada pelo cirurgiã10-pedi1a.tra Dr. José Manuel Pavão na Secção Reg;i:ona I do Norte da Ordem -dios Médicos, tive o desgos•t o de venifiircar que mu1itas orianças desenhairam o hospital com g1rndes nas janelas, simbol1izando o hospital-prisão. Às Gom1i1ssõ,es de É·t ica - 1se tiiverm:os a oo·ra·gem de as criair- vari· caber a tarefa ·g.ig1anrtesca 1
de consegUii1r que as cr:•anças não ·mai1s C'0 l·oque,m grades nas janelas hospital·aries e q.ue, para a comuni:darde social qure o Hospitail s,erve, este não seja UJm l·ugar onde há «choros ,e range1r de denteis» 1 mas~ uma grande ,instlirtuição ronde $ e pode, tantas vez,es, ·readqui'r~r a saúde e a alegria de viiiver, e onde se pode, também sofrer e mor:re,r - mas sem qu1e, em. n;enhurm momento, a di,g nidarde essenoi.a1I da pessoa hum,ana s1eja esquec.ida ou .perdida para o hom,em ck>·ente. • 1
Importância da Motivação no Pré-Operatório como factor de recuperação no Pós-Operatório* JORGE MANUEL GONÇALVES RODRIGUES**
INTRODUÇÃO O do.e nte quando entra no hoop1ital, sejam quais forem as causa.s, fica aipreens1iivo, não só em 1relação à doença ,mais a todo um nrorvro ambiente que ·e ncontra. Todo o traba1lhador do Hospi1tal, miais princi'ipal1mente o En.fermeiiro, deve proporC!ionar aio utent,e o ·melhor a:oolhii·mrento. Se o f iz,erm10'S, estamos a actuar com finaHdades, te-rapêurti·ca:s.; 1i:sto é, ouv:indo-s·e e aceitando ais suas queixas, ao mesm10 tempo que o encorajamos; nã·o só a confiar nas suas poss1ibH1i1dades, m1a1s também no nio novo mundo que o rode.ia. N1e sta pri1meira entJrevi:sta, o do ente está essenioialmente motivado para falair no s1eu diagnóstico 1e ou prognóstico. Quer tirar muitas dúvidas para di:minu1i;r a sua ans,iedade, priinoiipalmentie .aque.las que, por vários motiivos o oi,rurg;iã·o nã10 abordou. Toda a in.forima_ção dev.e s·e r 1pautada p1elra objecti1~idade, não dando mairge·m a informação contraditória no triângul·o Médico. -Doente...Enfermeiro. Nas siituaçÕ·es aimbígua.s ou del1iica das é preferív,el que o Enfermei r.o diga: é me·lihor o s1e nhor tJi1ra-r essais dúv;ida.s com o s;eu m.édioo. Nã10 podemos ter a pretensão que o doente ~ique tranquHo de u1 ma ve·z paira todas. Gradual1m·e nte devemos tranqu:•liizá-10 pois a nossa complíeensão e aceitação são factores que reforçam a autoconfi1ança. e auto-1se,giurrança oomo também 1em toda a equipe. 1
ANSIEDADE E PERSONALIDADE
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1m1e smo entrar em pânioo ou depiressão. Como a ansi·edade é uma caracterí,s1tica de personal1i:da.de, alguns autores vêm a ansi,edade deter:m1i1nada g·e neti1c:amente, enquanto, o .u t r os com10 fazendo parte do seu reporitóri'O ma:I adapt.a,ti.vo a ·experiênoi1ais prévi1as. Um dos autores quie mel1hor estudou a personal-idade foi EYSENCK, através do s,eu modelo de person1aHdaide bas,eado nas dli,m1ensões EXTROV·ERS'Ã:O-INTROViERSÃO .e N°EUHOTICISM0-1ESTAB 1LI DADE ele 1ch:egou a concliusões i:mportantes. .P.ara este aurtor «10 factor N,EURrQTICISM0-6STABILID1A D1E ·está 1iintii1miamente rell.aoionado oom o grau de l1abi11'idade do s·istema N·ERVOSO AUTóN·OMO e, o factor EXTHOVERSÃO-INTRO- . VERSÃO oom o grau de excitação - ,i:nribrção do ·Si stema NERVOSO-CENTRAL. Amibos 0S factores são detierm1inados g~netiicam1ente. A relação entre estes do~s sist,emias ( S.N.A. e S. N .C.) é concerteza mediada pel·a fo,rma·ção retii:oular a.scendent.e 1». Oom10 se dis1se aniterii-orimente a ans1i1edaide é v:ista po:r alguns autores como fazendo p1arme do tipo de exiperiênoias negativas adaiptarti1v as (.aiprendli~ag.em social) que influenioiaram a p1 ersonarl1idade das pessoas. Eysenck não nega a inrflruênc-ia que o modelo psicológ·ioo lhe atJ~ibu1i. «é diífídrl ,saber qual dos doiis faicto:ries (g1e nético - 1meio ambienrte) é •m1ats 1imiporta nte 1• De acordo, com esta te,oni1a os Introvertidos com altos níveis de N euriotioi,s mo, allém da actiiiv,idade oontiicail a~ivaim também o S.N.A. dando g ra nide nú m:e ro de res1postas a.n siosas condicionando o 001miportamento a .essas s·ituaçõe~ ou estímu1los ansiogénicos 2 • 1
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Todos n·ó s técni,oos de saúde já observámos que cada pes·s o,a ag·e de modo diferente 1e'm relação a determ1inada situação. Há pe,s s.o as que fiicam r.elativamente calmas quando rec,ebem um,a notíoi1a desagradável, enquanto out,ras pode·m
* Comunicação a.presentada nas primeiras jornadas de Enfermag em em Viseu, 26/27/28 de Abril de 19S4. ** Psicólogo Clínico, Membro da Assodação de Psicoteirap,ia :Comportamental, Docente da Escola, de · Enfermagem de Viseu. 1
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«Esta se!ria a base para aqui·lo 'a quie chamou de ans1iedade oonidlicionada que pode!ni1a conresiponder à chamada ans1i·edade psíqUiiica de outros autores como Hamilton e Buss 2». As pessoas com ·e stes traços de p.eirsonal.idade estã'O pnedispostas aos vári.os tipos de N1EUROSES. No extrovert·i do oom nívei1s el·evados de N.eu·rotiioismo, porque os siistemais sã.o diferentes há uim nível baixo de activação cortical, mias g1rainidle .activação do S.N.A. f.azendo· com que· os comporta,m.e ntos ans·i osos tenham uma tradução 1essendailm1e nte somáti·ca, como seja.m: as úlceras du:odena1i1s, c o 1l,i te s e, p1oss.iviel·mente algum1a.s doenças cairdi:ovaisculares. 1
O DOENTE E AS SUAS CRISES Vimos como ca:da pessoa arg1e às dirfeirente•s s·i tuações e estímutos, é dev.i·do à sua personalidade e ta1mbém a uma certa. psicopatofog1ia sub. j1aioe.nte. Os estudos de Hi:l·I ( 58-65) V1i1era;m1 pôr em ·evidênc.ia que as crises têm furndarnrentalmente duas .cau1sas .di1s:tiintas 3 :
1. Experiênci1as traumáticas externas ( gue.rr.a, acidentes, peirseguições) que torn·am o ·g rupo, p1r.incipal.mente a fa,m-H:i·a, mais coe·so ·e os laços af.ec.tivos m·ais fortes. 2. Expe1rii.ênoias traumáti·oas inte1rnas (.ailcoo.lis!mo, droga, prostituição) que abal.am a 1estruitura do grupo oonoor1r•e ndo para a su1a s·eparação ·e destrUiição. A doença, e, concretamente o actio ci1rúrg·i1co são factores desencadeantes ..de orii1ses.
·COMO MOTIVAR O DOiENTE PARA A INTrERVENÇÃO CIRÚRGICA Depoi·s de sabermos como os mecanismos da crise actuam, oomo podemos nós t!écniicos de 1saúde, ajudar estas pessoas em or:ise·, mais p1Jiincipal1mente o doente que vai ser subme·t i·do ai determinada cirurg1i·a? 1 . A prii meira condição é sabe1rmos ouviir com interesse as fantasias e recei·os do doente. 2. Respondermos com objectividade às suas dúv.idas e 1intenrogações . 3. lnspirarimos confiança ·e1m si e na .equipa. 4. U'biHzar uma Hnguag·em simples e .aoessível às possibil1i·dades soci1ocu1lturai'S do doente. 5. Dentr.o do possível apo:i1ar as nossas pia.lavras com ex.emplos práticos.
Tudo isto é muito sii mples 4 'ª quando be,m feito, é de um. ·eno1rm1e viailor terapêutico, que é como quem di·z, ·estaimos a aumentar a caipaoidadie «in·se·i:ght», motivando o do-e·nte1para o acto 1
Oi:fÚ rg i1CO. 1
Num1a segunda fa s·e:
1. M -otJi.v a-se ·o doente para o• acto ai:rúrgiico mos'brandio ais suais vairntagens; 2. ·M 1otliva-s·e 'º doente par.a o acto oirúrg·ico ipermiitinido ·e encorajando o diáfogo co1m outros doentes no seu pós-operiatório; 3. Moti1v a-s1e o doente par.a o a:c to cirúrg1i.co, dando-1l1he possibi1l1idades de· estar o ma1ior tiempo pos·sívie1I oom a famíl'ia dado que esta, em pri1ndpi!O fundona c 'O m o um grupo e o e s o e pode dar-1lih e suportes af.ectivos que não e·S'tão ao a1lcainoe do médi~co e/ou ido enf.er.m1 e iro. 1
1
Em muitas s1i1tuações é a. p:rópr;ia. fa mHia que iprecis'ai tanta ou mais ajuda ps1icológ.i.oa do que o doente· princ:ipa1lrn1ente quando o .m embro ocupa um ·lugar importante na conste,lação famiHar. São os ifilhos üni·cos. São as ·intervençôes ci1rúrg1icas de a:ltJos riscos de fracasso. O grupo f.am1iMar depende econom1i1oamenite do ;membro üpe r.ado. Estas fa,mHi1as precisam de uma ajuda. ipsiie0iló·g1i·ca ,e nós téc:nioos de saúde devemos estar a.tentos para. deS'p1istairmos ·estas situiações. Nào é a p·rimefra vez que nos aperc,ebemo:s que é ·O própnio doente a ajudar a famíil!i>a, di·zendo que se vão embora sosseg1aidios porque tudo vai correr bem. P·ara que estas S'iitu:a.ções s·e dêm, :houve conce!rt·e·za a1·g1uma f.ailha na 1e1q u1iipie de :saúde. Não soubemos auscultar e .resoilivier as inecesS'iida:des da f.amí1l1ia e esta •e m vez de ser um .meio ·a paziguador e motiiivador paira o doente. foi antes, ·maiis um prioblernia que juntou e posisive·lmente l·eva par:a a intervenção oi.rúrg'ica.
CASOS ESPECIAIS QUE O TÉCNICO DE S.AODE PRECISA DE RESOLVER
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Os t:raba.lhos de Kubber Ross 69 ·mostraram os factores ps1icológicos desencadeados nestes doe'ntes. Para e·l·e a grande ·maioria destes doentes passam ipiel•as 1s·e guintes fases 5:
Não é taref.a fácil, nós técnicos de saúde 1,idarmos com casos espeo.ia.is que de vez em quando aiparece1m nos nossos serviços. São ais do1ença:s inouráv.e1is, os a:mputados e pe•ssoas c:om grandes transtornos da personaH:dade. Uns e outros ex.ig·em ou1i1dados especiais, ·mas todos nós devemos estar p1reparados para sa1tJisfaze.r as suas necess·idades básioas.
1 . Choque e Negação do seu Mal - Expressado do seguiiinte modo: - Não pode ser, isto não me devia acontecier a mim· No oaso do g.rupo de doen'bes inou1ráve:is ( 100 doentes oance1rosos) diss1e 1lhe·s o seu diagnóstico e di·as ma•is tarde, 30 de·stes doentes negara,m quie lhes tivéss·e m ditio. O doente gradual·mente sair desta fas:e, aoe·itando o seu miai ou def.ioiência, paira us ar um outro mecanismo de defesa. 2. Reacção de Revolta, Cóle1ra e Hostilidade - D·eipois do pni1meiiro choque os s·e.nitimentos de ·aig1ressiv1iidade começam a manif.esta.r-se: porquê eu e não oUtro? Eu não merecia uma coisa destas ... - O doente torna-se· difíicil e rabujento. No seu entender os médicos não lhes dão importância, os ·exames são longos ·e di1fíieie·is. Os enfermeiros ailém de não lhe1s darem imiportância, fazem-nos sofireir na prestação dos ouidados terapêuticos. No me1i10 de tantas queixas é natural quie haja alguma co·i·sa de vieirdade, pr.inlC'iipail1men1te a nívie:I de aceitação. 3. A Depressão - Quiase se·mpre um1a nova fas·e se se1gue. Depo1i1s de compreender a sua defü!C'iência ou doença compreende que o s·eu ·comportamento é 1inacei1 t áv:el, sentiindo-s.e ao m,e·s mo t1empo, impo:tiente faoe aos novos. 'Problemas que lhe surg,kam, razão porque se depr,ime. No caso do de·fü1o iente m·otor, embora s·e aoe:i·t e oomo tal, falta- hhe a coragem para org:an1izar a sua vida, de assumir as suas re.spons.a:bil·idades, dentro das suas po ss1ibiihdades. Mo:Stra-s·e p1assiivo nos cuidados ·médiicos e de enfermagem, aioonteeiendo o m·e smo quando regressa a casa em mlaçã.o à famfl.ia. 4. Negociação e Factos Mágicos - Esta fa,se é característica das doe,nçais incuráve·is. O do.ente a tudo e a todos re·corre, incluindo médicos famosos, curande1iros, bruxos, oraçôes . . . É sem dúvida u.ma tentativa para sair da sua depressão. 5. Aceitação e Colaboração Se as fases anteniores foram ultrapassadas, uma nova V1i1da renasce. P1r.inoi1pa1lm.e nte no defidente motor as suas cognições mudam, achando que nem tudo é tão .·mau como pensa:v.a. dantes Afinal e·u esto·u viv·o sou a,mado pe·los meus fa·miHiares é natural que surjam al·g uns proble•m as sooia1i1s ·e económicos, ·mas estou vivo e gosto de v iver. Gom os doentes porta.dores de p1r.obl1emas da pe.rsonal·idade o trabailho não é maiis fáci1l porque além do seu oomportament.o poder ser ·i mpr·evii1 -
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sível, pode também, de uma s1imipl1es intervenção oirúrg·ica, fantasiar que va~1 morrer, não vai fücar em boas ciondições físi1cas, ante1oipar a sua auto-·im1age·m como def.e·i tuosa . Por todos estes motivos e outros, o doente pode ·recusar a operação ou então de1ixar-s.e operar se1m qualquer crença na .equipa cirúrg·ica.. Pouco ou nada mot1ivaido para a intervenção oirúrg1ica, não podemos e·sperair qu e estes doentes colaborem no pré-operatório, tão imiportant·e na recuperação do· pós-operatório. Embora esrtes casos não S·ejam f.requentes, podem obse·rvar-se ·em personalidades fóbiioas, obsessivas, hii1stéricas e psicótica,s. Estais personalida1des ps1ic6tii-cas por 1motivos diferentes podem fantas1i1a1r que a eqU'ipa oirúrgiiiea lhes quer faz·e r ,mal. Caso contrár·io se dá com um outro tipo de · personaHdade - ·o hipocondríaioo. Depoi1s de toda a ·medicação e rezinih.as falhair·em paira o seu «mal» ·as suas fantasiias ·c o.gn.i·1:iva.s mudam p1ara urna :possível int e·rvenção cirúrg·ica e estas cognições. fiortaileoem quando um clíniico dá o seu apoio. São os própni·o s doentes que ·deipois s101l1ioitam a ;i nte1rvenção ao ieirurgião. Estes doentes com probl1e·m1as da pe1rsona1l1idade, ·e xc·e pto os hipocondríacos, neaes1s:itam de cuidados espeaia.i1s para que s1ej.am moti vadbs para a intervençã·o drúr·g.ica. Nã10 s·e pode dizer 1
.a est·e.s doente·s: dei·xe lá .. . vai correr tudo bem ... - É ne·ces.sáriio que s.e faça uma ve,rdiadeii1ra int-ervenção p1s·i cológica, ,muito principalmente a níve1I cog:nitiivo de modo que o doente ext1inga os seus receios .relaoionados com a ,sua auto-1imagem, fobias 1ou outir·os, aceitando a intervenção cirúr·g1ica sem ·rece·ios mórbidos. É um trabalho, de um modo geral longo, que não está em consonânoi1a com os casos urgentes. Se füzermos esta intervenção ps:ico'lóg·ica todos nós ·e stamos a lucrar. Ganha o doente porque colabora connosco faz.end'ô bem 'º p1ré-operatóri·o; 1g·anham0:s nós porque a:léim de uma reai.ização de toda .a e·q uipa, há ta·mbém uma reailização pessoa·!; ganha a sociedade porque os custos ·eoonóm1ioos são possiive1lmre·nte m·enores. Penso que é muito i1mp01rtante, todos os técnicos de saúde conhecer.em estes ·e· outros .mecanis1mos psicológ.icos. Se asS'im for não só podemos compreende.r e ace·ita.r, determ1inados comportamentios do doente, co1mo podemos a~ u dá-lo com .m ais fa.cirlidade. Ta,lvez alguns de nós V·ej.a com ma1i:s clareza porque oe·rtos dloente·s são di1fíceis. E .a pergu nta que se poderá colocar é a segui1nte: - O que f1izernos p1ara . que ess·e doente •mudasse o seu comportamento? Possivelmente em al1gum:as S'itu.a·ções, priincipa11mente na fas·e de Hosit>ii.idade, contribuímos para que o doente
53
fosse ainda mais difíoiil. Quantos de nó1s, a um 1comportamento agresS'i vo do doente, ag:im·os coin ou.tiro oomportamento· a:inda mais ag,ress1ivo? .Em termos teraipêuitioos, não só foi· ineficaz, ieomo contribuímos para. aumentar a sua agres·s·i. 1viidade talvez, agora, possamos raoiona 1 H~ar este tipo de situações e não valoni•z armos a maioria dos comportamentos ag.ressivos. Aqu1i Já estamos a ser tera.pêutioos. O oonheoim·e nto destes mecanismos psicológcros, não deve ser técnii1c o inforim1a tivo, mas um conheci·mento tanto quanto possí·ve.I da psi-colog·ia de cada doente. Que poss amos em cada caso e nas diferentes fases oomunii1car oom o utente ainda que .seja uma comunicação nã.o verbal. P.or vezes um si1m:ples ol1har, um contacto de uma mão poderá dizer--lhe: - Não ·está só, estou aqui para ajudá~lo. Este ti.po de comunicação é e:ss en- . cialmente úúl na fase de negação e depreS'sã'o . 1
Quando o doente estii1ver s·ufioi entemeinte mo,t ivado, deve-se expl·icar a intervenção que vai· fazer, próteses -a usar, ensinar as dife·rentes técn+cas que precisa. utilizar no pós--o peratório, oomo seia respiração, mobi1l1izações na cam·a, levante 8 ••• Podemos esipernr, se o doente nestas ou outira1s si tuações aceita a ·intervenção cirúrg1ica, vai oonc·erteza oolabo.rar com a ·equ1iipe pondo em prática no pós-operatório todas as técnicas ensina.das. 1
1
SUMMARY
7. ANTUNES, C. F. - A relação médico doente em hematologia, Psiquiatria Clínica, Suplemento ( 1) 79-81,
Th.e author divided his comunication in two parts. The first part consisted in auxiety neurophysiological mechanismes. ln the second part, auxiety is considered as a risk factor, which may influence negatively the patients niotivation before the surg.ery. The author also pouders how to motive the patiente for the surgical intervention, specially the one who is · going to submit himself to osteotony.
1980. 8. MANTION, G., et A'L -
Bl·BLIOG RAFIA
1
MOTIVAÇÃO D.Q DOENTE QUE VAI SER OSTOM IZADiO Logo que se chegue à condusã10 da. neoess·idaide de operar, o doente dev·e ser preparado de modo a aceirta.r a: suia. operação sem grande ansiedade. Ser.ta bom que não se di1ssesse directamente que deve ser operado, ·mas antes f.aze rmos-l'he ·sentir a necess·idade de o perguntar. Isto é i1mportante na .medi1da em que não sabemos, de antemã10, como o doente reage a este 'tiiipo de informação. Se o doente mostra interesse pelo seu diagnóstico, o nosso trabal1ho está muito faci.1.itado e outro tipo de ·i nformação pode ser dada. Ais entrevistas são não-·d!i·rectiivas de modo que o doente possa mani1festa.r todas ais dúvidas ·e r:eceios. São estas entrevistas clínicas que vão permitir um·a resolução das suais fantasias reais ou não que quase sempre estão re.laciionados oom a sua aut-0-.i,magam, uso de prótese e outros probl·emas pessoais e sooi:a:is b. Quase sempre o doente espera do téonico de saúde, a verdade ainda que esta seja bem dura. Na opini ão de FERHER ANTUN:ES ªº o dO'e·nte hematológi.co espera d9 1se·u médico três oo~sas 7 :
ENTREVISTA .C.UN ICA
1. EYSENCK, H. J ., EYSENCK, B. G. -
Quem deve preparar ps·iool-0g1iicame·nt.e o doente para intervenção cirúrg1ica? Na ,minha opinião é de·S·ejável que .seja por um elemento da equi1pa oi1rúrg:ica, ·ernibora todos os elementos devam contri:bu.i·r ·OOm os seus oonheoimentos .específiicos. Era bo·m que o elemento escolhido, se sentisse mot·i vado, já que estas pessoas, no dizer de Ca.plan, de um modo g1er:a.I pos.suiem oa:racterísti1cas de empatii1a e compreensão que os di1s·tiinguem das ourtras ipessoas 9 • 1
1
1
1
1
CONCLUSÃO As crises são muitas e variadas, ·mas o processo co.mo cada um as vive e ulrtraipas sa., é diferente de pessoa para pessoa. Tão 1importante como os factores genéticos a influciarem e a determinarem a personailiidade, ·são os factores ambienoiais. Es·t es dois polos são oomo os pratos de um.a balança quie podem des iquiHbrair, se n1eles houver mudanças estruturais. 1
-
A informação frontal das probabi1lida:des de êxit-0; A clareza e coerên·cia na formul.ação de um pl ano de luta para o conseguir; Sentiiir nele o estratega informado, corajoso, ·mas capaz de valorizar o desgaste produzido no seu campo pelas .armais que manuseia. 1
-
54
Manual of the Eysenck Personality lnventory, University of London Press 'LTD, 1971. 2. HAMILTON, BUSS-Apud-Pinto Gouveia, J. A., Perso-
Princípios de Psiquiatria Preventiva, • Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1980.
Continuaqão da pag. 15
do Arquipélago da Madeira - O internament~ da criança -
1982. nalidade e Ansiedade•, Psiquiatria Clínica, 3 (1 ), 7-10, 3. HILL-Apud-GAMEl-RO, ,A ires; Processo de auto-realiza-
desequilíbrio temporário; perigo da privação - uma longa privação da mãe poàe levar a uma deformação da pe rso na l,i dade.
ção humana das famílias de defici.entes, Hospitalidade,
46 (179). 19-29, Abril/Junho, 1982. 4. RODRIGUES, Jorge Manuel, G., A comunicação numa instituição hospitalar, Candeia, 1 (3), 5-11 Julho/ Agosto, 1982. 5. KUBBER ROSS, Apud-G.AMEIRO Aires - Pr.ocesso de auto-realização humana de defidentes, Hospitalidade, 46 (179). 19-20 Abril/Junho, 1982. 6. MONTANDON, S., - Le role de la stomaterapie pendant l'hospitalization, consultation de stomaterapie, Soins (5-6), 43-44 Juillet/Aoüt, 1981.
CONCLUSÃO Torna - se 1indisperi·sável encontrar-se um a forma ·de dar à criança os cui·dados que ·lhe não tragam probl·e mas à personalidade fazendo com que o tratamento tenha ·a colaboração da mãe ou de quem a represente, única forma de proporcionar à criança o ambiente mais humano. •
Eugériio Pereira Rua de O. João V, 27 clv - 1200 LISBOA 'za P.P.C.: 683838/687010/680068
1
Fabricante de Instrumentos Cirúrgicos
1
A ·iintervenção cirúr:g.ica pode .ser uma mudança ·estrutur:a1I quer a nível fís·i.oo quer a. ní.vel do m1eio ·a mbiente. Para que se sat1isfaçam ais neoe·ssi daides bás icas do doente, é fundamental que seja atendi·d o como sujeito bio-psioo-social. É eSlta dialética que o téonioo de saúde deve ter .em conta. para melhor 1aijudar a resoliver os probl1e·mas do doente. Se as espeoi.al-iizações dos técn1ioos de saúde comprovaram a sua ef.i.cáda, não é ·menos certo que o doente, oada vez 1')1ai1s, é tirata.do, de um ·modo impessoal, pelos di·f.erentes ·espeoial1i1stas. 1
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1981 . 9. CAPLAN, G. -
O problema Hospitalar
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La stomatherapie ou la réhabilitation du colostomie, Soins, 26 (10), 7-10, Maio,
Para que se f.uja desta situação, é ur.gen.te, que entre nós, se co.m:ece a trabalhar em equii:pas •mu ltidisdplina res.
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JOBST
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" O doente, vivendo uim1a s·ituação de or.ise, ele m1a1i·s do que niinguém, precisa de ser artenldliido na ·su1a g·lobali daide.
..
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sericórdia pode produzir, em média, uma receita da ordem de 100 000$00 pela venda do sal. No presente a·no, no entanto, de·v i·d o a várias anomalias, a receita foi nula. São estas · marinhas os únicos prédios rústicos que a M.isericórdi a possue. Tem ainda 20 casas, muitas delas -em ruínas e que davam bom rendimento se fossem reparadas . 1
Os Hospitais Distritais há 25 anos
1
PESSOAL DE SECRETARIA, E TESOURARIA
HOSPITAL DE FARO 1 - O Hosipirtal da Irmandade· de Nossa Senhora da M1i.seric6rdia de Faro tem que ass1i1stir os doentes da reg1i1ã10 do Algarve com uma área de 5071 quilómetros quadraidos e uma população ·de 352 033 habitantes espalhados por 16 concelhos. 1
COIN1C1EiLH'OS
ARJEA BM KM 2
Albufeira ... Alcoutim ..... ~ Aljezur ....... Castro Marim . Faro ...... ... Lagoa . ... ... Lagos ......... Loulé ....... Monchique Olhão ......... São 8'raz de AI.p ortei Silv·es ...
209,24 569,00 335,44 296,92 207,12 93,60 217,60 775,48 380,32 143,60 139,60 693,20 179,76 589,12 182,40
... ...
Távora ....... Vila do Bispo V. N. de Porti mão .. .. .... Vila R. de St.º António ... .
POPUILA Ç Ã.0· 1NIDUS.'TRll1A:L/iRESlllD,E'NrCll'AiL 492 338 273 674 4578 2596 1 890 3 592 656 . 5 679 1 209 2 816 2 177 231 4349
15 832 10808 8088 9 597 33.602 13 680 ,6 483 33 749 50 953 14 668 23 697 37 705 30632 6147 31 903
está, neste momento, a ser exeoutada. e cons.iste em const ruirr de permeio uma plac:a de ci·mento. A1 s'S1 ~m está duplii:car-se a capaoidade de algumas enferma.rias, que aliás vão sendo divid1ida.s: ·e m sailas ma1is pequenas e menors desconfortávei1s. O provedor informa que a promiessa. de construção de um no·Vio edifício foi feiit o suoessiv.a-
1 Chefe. de secretaria 1 1.0 escriturário . .. . .. . .. . .. . 1 encarregado . do ficheiro (do Banco) · ( direüo a aiojamento)
1
1
e) .livros de actas da Mesa e da Assembleia Gerail; d) hvro de . ponto do pessoal da secretaria; e) arquivo diinâ1mioo por assuntos, onde se arquivam documentos até ·o assunto ser .resolvido. f) arquivo estátiico organizado; g) tombo ~estes docum·e ntos estão . espaih~ dos em arcas, no sótão,
2176
14383
5071,60
34239
352033
O Hospital d ispõe presen~emente de 104 camas ·e preoi1s·a1ri1a, no,s te1nmo s prev;r stos na Leii· :n.º 2011 de 170 camas. 2 - O ·e di1fioio hospitalar está muito bem situado no centro da cidade, em prédio const ruído para o efeito nos m eados do século XVIII e com concepções certame nte influenciadas pel·o Ho1elOieu franoês. A~nda aí se encont ra uma. grande enfermaria c om galenra o u v arandim superror de v.ig ~lância do doente e com um grande altar ocupando todo o topo da sala.. A construção com um pé direito tão ailto qu e abrange janelas oolooadas em 2 fHas como se fossem de 2 pisos, permiit e uma solução, que
.Albergue de Velhos . ' . . . . Recolhimento de Senhoras Secção Psiquiiá~rica do Sul 2 Enfermarias abrigo . . . ...
8 (albergados) · 11
35 doentes 33 doentes
1
5 . SERVIÇOS ADMINISTRAT IVOS
5.1 . Serviços de Secretaria, Contabilidade e Tesouraria Os se.rviços ·escriituram :
CONTABILIDADE
A grande maioria dos doentes de fora do concelho são remetidos ao Hospital com o diagnóstico de urgência por hospitai·s sub-reg·iionais que não estão para gastar medicamentos caros ou sangue, mesmo quando se trata de casos que podem ser tratados nesse hospita·I. E a Miser:c~rdia dê Faro t·e m mu itas vezes que os remeter para Lisboa por. falta · de espaço . Tem um ficheiro de consultas organ;izado e um fücheiro p iloto · para procura . Pagam 200$00 . por mês a uma p·essoa encanegada desse ficheiro . Par.a o internamento têm um l1i1v ro de registo oom o número da papeleta. 1
a)
guias de receitas em dupl:icado, sem decalque; b) l1ivro de reg·iis to dessas guias com colunas por rubricas orçamentais; c) ,11ivro r·e sumo de c/.c com as dotações orçam en taii s; d} ,r übrica . na re:ceita para os depósitos de .g arantia (com receita co nsignada); e) autorizações de pagament o em duplkado sem decalque; f) livro de reg.ist·o de autorização, em c/ c · com ·as · verbas orçamentais c/ saldo disponível e a verba dispendida acumulada; 1
g) h)
SECRETARIA
800$00
1
1
59,20
1800$00 1400$00
SERVIÇOS DE ESTATÍSTICA E ARQUIVO CUNICO
1
mente para 1957, 1958 e 1959. No entanto, ainda não está concretizada a data em que se ·in:ioiarão as respectivas obras. 3 - A Irmandade de Nossa Senhora da M,isericórdia de Faro tem apenas 50 irmãos . É de 350 o núrne·ro de sócios contribuintes da Misericórdia. Esses pagam ·cotas de $50 a 200$00. À assembleia geral e à Mesa compete o governo da Casa. A Mesa foi eleita e tem 9 mesáirios. É a Mesa que administra o Hosp,ital. 4 - A Mis.ericórdia, além do Hospital tem que prover à v.iida de:
CONTA.BILIÓADE
rubrica orçamental para restituiição d os depósitos; .inventário não actu aliza do d ais roupias.
5 .2. Serviços Económicos A . ma1or1a das compras são . fei.tas directa - · mente. Só fazem consultas -para os medicamentos ,e ·aparelhagem .
5.3. Serviços de · Manutenção . de . Património De momento as obras são cüsteadas .pela Câmara Municipal. São executadas por administràção directa (um dos mesários encarregJ -se desses trabalhos).
5..4 Serviço ·de Alimentação
1
1
56
a) b)
registo de correspondênaia recebida; copi ador da corresipondência expedida dacti·lografado e ordenado cronologicam ente; 1
Nã.o têm contabilqdade patrimonial escrit urando as contas de exp·loraçã o, nnm contab ii.td ade de armazens . A exp l·oração das .marinh as priv.ativas da M 1i-
T em uma coz1inh a deficiente onde trabal1ham: 1 relig·ios a 2 cria das ...
150$00 300$00
57
6. SERVIÇOS CLíNICOS
do satisfazer as necessidades da reg1ião. Há apenas uma sala de operações .
6.1 . Serviços de admissão e urgência As
admissões, -
em
1958 apresentavam-se:
de urgência .. . normais . . . .. .
78 % 22 %
É escalado um médico para, durante a semana,
fücar de serviço ao Banco tendo também a seu cargo as consultas exte.rnas . Os hosp·itais subregiona is de Lagos e de Loulé têm condições para socorrer muitos doentes de urgênoj·a, mas como se disse, remetem-nos para Faro sempre que não podem pagar o tratamento . Há <imbulâncias: dos Bombe·i·ros, da Cruz Vermelha, da Defesa Civil do Territór.i o e da Leg·ião Portuguesa .
6.4.
Serviços de Espe.cialidades
Consultas: Oftalmologia - 2 vezes pior semana Otorrinolaringologi·a - ·idem Ortopedia - 1 vez por mês
Internamento: Obstetrícia - 4 camas - Após as obras de .ampliaçã·o, 20 Oftalmolog.ia - 16 camas . Otorrinolaringolog1ia - 17 camas 1
6.5. Serviços Auxiliares de Diagnóstico e Terapêutica
1 I
6.2. Serviços Gerais de Medicina A consulta gemi mixta de medicina funoiona junto ao Banoo, de manhã, e 3 vezes por semana. Em Medicina, há 28 camas que nã.o chegam para as necessidades da reg ião. 1
6.3. Serviços Gerais de Cirurgia Dispõe este serviço de 32 camas, não poden-
Os serviços de diagnóstico não existem no Hospital. E os de terapêutiica reduzem-se a aparelhos de raios ultravioletas e infravermelhos. Esta circunstância acarreta ao hospital enorme despesa e evita que se cobre uma receita apreciável. Para o radiodiagnóst·ioo, o Hospital tem contrato oom um médico por uma tabela onerosa com o grande inconveni·ente de que médicos há
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que internam no hospital doentes para a M·isericórdia lhes pagar as radiografiias e, a se.guir, os levam para sua Casa de S~úde onde pagam a estadia. As anál;i·ses são feitas no seu laboratório por um médico que nada leva aos po bres do concelho e, nalguns casos, faz o exame de metabolismo basal, de graça .
vista (Porto) e são des·emipenihad()s po1r: 1 fiscal (,madre superiora 200$00 8 Enf.e·rmeiras - ·i1rmãs ... 150$00 1 enferme.iro (sem curso) 650$00 1 aux.iiHar de enfe1rmag·em 400$00 (sem curso) · .. 1 veleira ...... 600$00
1
Parece que o provedor tem a promessa de meios para organizar o serviço de sangue, mas não aparec.eu ainda um médico que queiira trabalhar de gfaça para os pobres nessa espe.oialidade, temendo ficar a mail ·com os colegas da · casa de saúde. Esta cobra à Miseriicórdi·éf para doentes pobres 1500~00 por cada transfusão!. ..
1
Limpeza
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.1 50$00
penisioni1stas de 3.ª class·e - 150$00 - em grande oi1rurgia. em pequena. cirurg·ia - 80$00 . . fisi·oter.apia - de graça.
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400$00 170$00 . 300$00 300$00 .240$00 200$00 200$00 '
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1O. SERVIÇO RELIGIOSO
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Não há quadro. Trabalham aH alguns médicos, de g·raça.
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Estes serviços estão a cargo de uma farmacêutica d•plomada que vemª'º Hospital, de ·manhã, e prepara manipulados. Vence 500$00 mensais.
8. SERVIÇOS DE ENFERiMAGiEM .E DO M·ÉSTliCOS
e) d) ,e)
Subsídio p·ara pagamento da:s dívidas; Médic.o transfusii:oni1sta; Apare~ho de raidiodiagnós·t:ico; Laboratório de aná.lises; Construção do novo . edi,fício.
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Parece que convi1ni1a ,sanear a situação financeira, mais importa modificar o actual s1i1stema de a M·isericórdia· tudo pagar e não or.iar receita. D1emais urge l:ibertar a Misericórdia da d!ependên. -......""'-li,+l.oll-..;õi.W.1,,g..i~w.i.w aos meios de dii agnós·t ico
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8.1. Serviços de Enfermagem Estão a cargo das Irmãs Franoisoanas Hospitalerras P-ort:ugueS"as da Casa de Saúde da Boa-
SAÚDE PÚBLICA Novembro de 1959 -
Dr. Rogério Beatriz Dr. Augusto Manta
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Dr. Renato Canti sta M . A. Cunha e Si,lva
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11 . ASPIRAÇÕES IMEDIATAS DA M,ESA
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6.7. Quadro do Pessoal dos Serviços. Clínicos
FARMAC~UTIGOS
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7. SERVIÇOS
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auXJi·l1iar social
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9. SERVIÇO SOCIAL
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A rouparia é diri1g1iida por uma re l.igiosa e a l·avandaria é arcaica dispondo de· tanques, .coradouro e S·ecaidouro ao a.r l1i1vre.
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1 porteiro ..... . ... .. . 1 ajudante de porte:ir:o 2 crii·ada s .. . 1 cr·iado .. . .. 3 criados .. . 5 crii adas 7 criadas ...
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e ar.ranjo e os de .roupiais .ocupam:
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6.6. Tabelas de Preços dos Serviços Clínicos a) tratamento no Ba.nco - grát1i1s b) consultas - grátis c) · ·internamento - 1.ª ol.asse - ·quartos 80$00 2.ª e.lasse . . . . . . . 60$00 35$00 acresoido~ dos me1ios de diagnóstico que pagam direotament.e · aos respectiivos técnicos. d) piso para pensioni.stas de 1.ª e 2.ª classes - 300$00 em ·grande oirurg1ia para os me·smos, em pequena cirurgia
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8.2. Serviços Dom.é sticos
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SALÃO INTERNACIONAL DA QUÍMICA DA SAÚDE E DOS EQUIPAMENTOS 810-MÉDICOS
5/9DEZ.84 FEIRA INTERNACIONAL DE LISBOA ASSOCIN;)ü INDUSTRIAL PORTUGUESA
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