APAH organiza .workshop sobre Sistemas de SaĂşde rantes e Oliveira
oempreendedor'
guĂŞs
04 Editorial
Opresidente da APAH, Manuel Delgado, analisa desta vez a questão da eficiência nos hospitais. O Executivo pediu um esforço adicional aos responsáveis pela administração hospitalar no sentido de reduzir gastos (pelo menos cinco por cento) e aumentar a qualidade. Será possível? Manuel Delgado responde.
12 Accões APAH ,
Debater com os seus associados assuntos que estão na ordem do dia é apenas um dos objectivos da APAH. Para Setembro estão agendadas duas iniciativas importantes: um 'workshop', sobre " Sistemas de Saúde" e o jantar-debate, já habitual, sobre " Modelos Remuneratórios e Motivação Profissional". Saiba onde e quando e não falte.
14 Entrevista
João Gomes Esteves, presidente da APIFARMA, é o entrevistado de Agosto da GH. Numa altura em que a indústria farmacêutica contesta algumas das iniciativas governamentais sobre medicamentos, Gomes Esteves explica, de forma contida, as razões do seu descontentamento.
18 Reflexões
Nunca se falou tanto em plano tecnológico como nos últimos tempos. Será que na Ciência e na Investigação esse plano também pode funcionar? A GH foi falar com Nuno Arantes e Oliveira. Um ex·bolseiro da Gulbenkian que, vindo dos EUA, resolver criar em Portugal uma empresa vocacionada para a biomédica. Será que funciona?
30 Comentários
As opiniões de Agosto estão a cargo de José Carlos Lopes Martins {Administrador Hospitalar) e de Paulo Fidalgo (Médico). Lopes Martins responde a Vasco Reis (capa da GH de julho) a propósito dos " milagres". Paulo Fidalgo escreve sobre o novo impulso para a reforma hospitalar. Leia e compare.
\._,.
I
Sopra uma boa nova,
•
Mais eficiê nc1a nos Hos itais O desafio que o Governo fez recentemen-
de se manter o nível de crescimento na despesa
te aos hospitais do sector público
clínica são óbvios .
administrativo (os hospitais SA já têm
Em contrapartida, a actuação nos serviços de
nos seus objectivos para 2005 desafio idêntico)
acção médica, designadamente nas áreas do medi-
determinando uma redução de custos de 5%, com
camento, da utilização das tecnologias, dos horá-
excepção das remunerações fixas, até ao fim do ano,
rios de trabalho e da organização dos serviços,
é particularmente exigente e dificilmente atingível.
pode potenciar níveis de poupança significativos
O tempo é escasso, na prática quatro meses, e as medidas com maior impacto previsível demo-
e, o que é curioso, com ganhos também ao nível da qualidade das prestações.
Manuel Delgado
ram algum tempo a ser implementadas e a dar
Para isso, os gestores hospitalares têm que
Presidente da APAH
resultados. O desafio não deixa, todavia, de ser
encontrar nos médicos, nos enfermeiros e nos téc-
oportuno e todos o devíamos levar a sério.
nicos de diagnóstico e terapêutica, aliados de peso
"Os gestores têm que encontrar nos médicos, nos
Oportuno, porque retoma a questão da efi-
que, pelo seu perfil, competência e prestigio, per-
ciência hospitalar, num tempo de forre contracção
mitam liderar e monitorizar esse esforço de racio-
da despe·sa pública; para levar a sério, porque a
nalização. Muitos destes profissionais têm hoje,
enfermeiros e nos
estrutura e o funcionamento dos nossos hospitais
felizmente, uma visão mais arejada das questões
técnicos, aliados de
públicos poderiam permitir tratar mais doentes
de organização e funcionamento dos serviços e
peso que, pelo seu
com os mesmos recursos ou, como é o caso, tratar
estão disponíveis para assumir novas tarefas ao
os mesmos doentes, gastando menos.
nível da "Governance" clínica.
perfil, competência e prestigio, permitam
Há, no entanto, que seleccionar bem as áreas
Mas, não tenhamos ilusões! Os Hospitais são
liderar e monitorizar
de intervenção e actuar com bom senso e, sobre-
sempre reféns dos sistemas de saúde em que os
tudo, com inteligência.
cuidados de proximidade, primários e continua-
esse esforço de racionalização"
A ideia, peregrina, de deixar a componente
dos, funcionam mal, já que as ineficiências sisté-
clínica à margem deste processo de racionalização
micas se repercutem essencialmente nessas
e, actuar, sobretudo, na aquisição de bens e ser-
" baluartes institucionais".
viços a melhores preços e no corte de despesas
enquanto não se operacionalizarem modelos
com pessoal administrativo e auxiliar, tem tanto
remuneratórios mais inteligentes e incentivadores
de pueril como de ignorante. Os ganhos de efi-
da eficiência e da qualidade, os avanços serão sem-
ciência são manifestamente marginais e os riscos
pre episódicos e, eventualmente, reversíveis. rm
Aliámos a experiência e solidez de um grupo internacional, líder na sua área, ao maior e mais moderno complexo industrial farmacêutico português. &colhemos Portugal para ser o centro mundial de desenvolvimento e produção de medicamentos injectáveis da Fresenius Kabi. Apostámos na qualidade, competência e formação dos nossos profissionais. Acreditámos no seu apoio. Em Portugal, com portugueses, para o mundo.
Por outro lado ,
~ LABESFAL
Fresenius Kabi Caring
for
Life
Lisboa
Clínicos gerais com subsídio de produção
º
Ministério da Saúde vai, alargar a ~~dos os clínicos gera~s .º regime re~unerat~rio que prevê o pagamento, alem do salano base, de um subs1d10 de produçao. Regime que
Entrevista
INFARMED
Críticas à indústria farmacêutica
Vasco Maria tomou posse
m entrevista à revista 11 Notícias Maga-
E
deverá abranger também os médicos das urgências, uma vez que o pagamento de horas extra-
zine", o ministro da Saúde Correia de
ordinárias deverá acabar. A secretária de Estado Adjunta do ministro da Saúde, Carmen Pig-
Campos afirmou que o problema funda-
natelli, que participava no IV Fórum sobre "As Reformas da Saúde", organizado pelo "Diá-
mental das dívidas à indústria farmacêutica
rio Económico", afirmou que a intenção do Executivo é uniformizar o pagamento do regime
se prende com o facto de as vendas de
remuneratório experimental.
medicamentos aos hospitais estarem a cres-
ln "Público" 22/01/05
cer entre 18 a 20% por ano. E sublinha que
V
Higiene
60% dos hospitais sem lavatórios adequados
os fármacos usados em meio hospitalar
Quatro mil vales-cirurgia para o Sul
cia e do Medicamento {lnfarmed), tendo tomado posse no passado dia 20 como presidente deste organisocupara
o
m relatório do Programa Nacional de
mesmo lugar de Janei-
U
Controlo de Infecção do Instituto Nacio-
ro a Julho de 2002,
Assim, quem fica "refém" da indústria são os
nal Ricardo Jorge detectou falhas nas estruturas
nomeado pelo mesmo
doentes, frisa.
de higienização das mãos. Dos 52 hospitais
ministro, quando Cor-
analisados só 40% têm lavatórios adequados às
reia de Campos inte-
Ministério da Saúde enviou, entre o
necessidades e mais de um terço não possuem
grava a equipa de Antó-
início de Dezembro e 18 de Junho últi-
normas escritas. O mesmo estudo revela que
nio Guterres.
mo, mais de quatro mil vales que permitem
cerca de 8% dos doentes internados sofrem
Hélder Mota Filipe, da
a realização de cirurgias no sector privado a
de, pelo menos, uma infecção hospitalar. Para
Faculdade de Farmácia
doentes que esperam operações nas regiões
combater esta situação, o ministro vai enviar
de Lisboa, e a m édica de família Luísa Car-
do Alentejo e Algarve. Contudo, apenas 35%
uma missiva às ordens dos Médicos, Enfermei-
valho são os vice- presidentes, tendo como
ros e Farmacêuticos em que pede ajuda para
vogais a economista Emília Alves e o engen-
uma campanha nacional a lançar em breve.
heiro Fernando Bello.
O
dos inscritos (1446) reclamaram esses vales e, destes, apenas 203 já foram operados. Mas uma avaliação recente detectou que
14% dos doentes pura e simplesmente ser recusam a ser tran sferidos do hospital de origem para outro.
ln "Público" 04107105
Orçamento Rectificativo
Saúde reforçada com 2100 milhões de euros
O
Hospitais reduzem prejuízos em 27,6%
Nacional de Saúde (SNS), para pagar despe-
ln ''jornal de Notícias" 27/07105
ln "Diário de Notícias" 1510 7105
Relatório
Santo António tem a gestão mais cara r O
Orçamento Rectificativo vai transf~rir
Sociedades Anónimas
1800 milhões de eu ros para o Serviço
conselho de administração do Hospital de Santo António, no Porto, era
sas de 2004 e comprom issos de 2005. A
o mais bem pago do país entre as 31 unidades S A, segundo um rela-
s 31 hospitais sociedades anónimas
esta verba há que acrescentar os muitos
tório da Inspecção-gera l de Saúde que se reporta ao mês de Janeiro de 2004.
fecharam o ano de 2004 com um pre-
milhões pagos aos subsistemas de saúde
No total, em cada mês, o hospital gasta mais de 34 mil euros em salários com
juízo global de 91, 1 milhões de euros.Verba que
como a ADSE ou os que abrangem PSP, GNR
representa uma diminuição de 27,6% face ao
e militares, de onde sairão pagamentos por
Quanto aos presidentes dos conselhos de administração, os mais bem pagos
resultado negativo registado em 2003, o qual
dívidas ao SN S.
eram liderados pelos hospitais de Santarém (11 .846 euros) e de S. Francisco
ascendeu a 125,9 milhões de euros. O balanço
A ADSE, por exemplo, vai receber mais 147
de Xavier, em Lisboa (11.495 euros). Sendo, no entanto, ultrapassa dos pelos
analítico divulgado pelo Ministério da Saúde
milhões, dos quais 80 milhões serão para
directores clínicos do Hosp ital de Bragança (15.400 euros) e do Hospital de
revela que as dívidas de curto prazo aos for-
pagar dívidas a outras instituições do SNS
Amarante (13.500 euros). Todos bem acima do sa lário do presidente da Repú-
necedores aumentaram 8,8%.
relativas a 2004 e colmatar falhas de 2005.
blica, que estabe lece os limites para a Administra ção Públi ca.
ln ''jornal de Negócios" 01/01/05
regressou ao Instituto Nacional da Farmá-
quando os ensaios clínicos chegam ao fim.
ln "Notícias Magazine" 24/06/05
O
Medicina da Universidade de Lisboa,
mo. Já
não poderão continuar a aceitar pagar todos
SIGIC
asco Maria, professor da Faculdade de
gestores.
ln "Público" 28/06/05
ln "Correio da Manhã" 12107105
l
i
--
EPE's
GOP
Hospitais universitários podem mudar de estatuto
Governo adia promessas Prescrição por DCI e acompanhamento de idosos e doentes crónicos não constam das Grandes Opções do Plano {GOP).
A
O ministro da Saúde pondera transformar os hospitais universitários de Lisboa, Porto e Coimbra em empresas públicas.
O
p rescrição de todos os medicamentos
m edicamentos por D CI não faz parte das
por princípio activo e a criação de ser-
intenções do Executivo para 200 5 ou 2006.
viços comunitários de proxim idade para doen-
De acordo com in formaçõ es relatadas pela
titular da pasta da Saúde, Correia de
pudesse passar a entidade pública empresa-
tes crónicos ou idosos são algumas das medi-
Imp rensa diária, esta medida poderá avançar
pital dos idosos e dependentes restabelecidos
Campos, falava durante a inaugu-
rial". Ainda de acordo com o governante a
das que não constam d o d ocumento das
apenas em 2007, mas de forma diferente,
de um problema agudo paras as respectivas
ração da segunda sala de exames da Unidade
escolha cem de ser criteriosa rendo em coma
Grandes Opções do Plano (GO P), divulgado
nomeadamente, permitindo que o médico
famílias, continuando a sua reabilitação a ser
de cardiologia de Intervenção do serviço de
o facto de haver dotação limitada quanto ao
pelo Executivo no passado d ia 18 de Julho.
escreva, além da substância activa, o nome
feita através dos centros de saúde.
Cardiologia do Hospital de sanca Maria, no
capital social necessário para esta transfor-
Medidas estas que constavam do programa
do íaboratório, tal como já faz quando recei-
Para 2005 e 2005 fica apenas prevista a definição
passado dia 22 de Julho. O governante anun-
mação.
do Governo e, também, do p rograma eleito-
ta medicamentos gen éricos.
do modelo, tipo de serviços e modalidades em
ciou que a decisão sobre a passagem dos hos-
Segundo o presidente do conselho de admi-
ral do PS, tal como fo i noticiad o pela Gestão
Também p ara 2007 fica, em princípio, a
que esta articulação irá assentar. Para o ano está
pi cais universitários a Entidades Públicas
nistração do Hospital de Sanca Maria, Adal-
H ospitalar de Fevereiro.
criação de serviços comunitários de proximi-
ainda previsto o reforço das equipas de cuidados
Empresariais (EPE's) será tomada até ao final
berto Campos Fernandes, está neste momen-
C onform e as GOP, a prescrição de todos os
dade e o encaminhamento imediato pelo hos-
continuados nos centros de saúde. im
do ano. Já o secretário de Escada da Saúde,
to a ser feito um trabalho técnico de avaliação
Francisco Ramos, anunciara à GH de Junho
rigorosa das condições materiais e financei-
Caso as propostas de Loures
que o Governo iria decidir até final de 2005
ras do hospital para que, acé fin al de 2 005, o
ou Braga excederem o limite,
quais os hospitais que mudariam para EPE's
Santa Maria possa apresentar ao Governo
o Governo encara a hipótese
incluindo os que não faziam parte do grupo
uma proposta sólida que suporte a candida-
dos SA.
tura a empresa pública empresarial.
Naquela cerimónia, o ministro afirmou que
Campos Fernandes realçou que a passagem a
"gostaria muito que houvesse um hospital
EPE permite agilizar a contratação e o recru-
universitário com ensino de grande difi?:ensão,
tamento de recursos humanos, a aquisição de
de referência e de grande qualidade, que
equipamentos e a inovação.
11111
ppp
Gestão clínica pode sair dos contratos
de limitar as parcerias apenas à construção
º
Cargos
menta interno deste hospical ainda não foi apro-
Ministro continua mudanças
vado por aquele órgão de gestão". Isto apesar de terem decorrido quase dois anos sobre a entrada em vigor do referido diploma legal. Também,
O ministro Correia de Campos continua a sua política de
acrescenta, não foram elaborados os planos de
remodelações na área sob a sua tutela.
actividades e relatórios de actividades do mesmo hospital referentes aos anos de 2004 e 2005.
Executivo de José Sócrates está a estu-
público-privadas (PPP) em alguns dos últi-
A
de mudanças em 24 direcções tuteladas
outros organismos na sua tutela poderá desen-
mos cinco hospitais previstos no programa do
pelo ministro da Saúde, Correia de Campos. A
cadear uma verdadeira "limpeza" nos lugares
anterior Governo, limitando-as à construção e
escas juntou-se a exoneração de José António
cimeiros. Alguns agentes do sector não deixam
deixando fora do contrato a gestão clínica.
Soares da Lomba, vogal do conselho de admi-
de apontar o caso do presidente da Estrutura de
Em declarações ao "Diário Económico" de 8
nistração do hospital de S. Marcos, em Braga,
M issão das Parcerias de Saúde, José Abreu
de Julho , o ministro Correia de Campos
sem d ireito a indemnização, por não ter elabo-
Simões, que ainda não apresentou um único
confirmou esta hipótese, justificando-a com
rado os planos e relatórios de actividades do
relatório anual de actividades desde que assumiu
o facto de a "parte d a construção fura r o
hospital referentes aos anos de 2004 e 2005.
o cargo no final de 2001 .
valor do com parador público mais fortemen-
No despacho assinado a 16 de Junho e publica-
Para já, o ministro afastou José Abreu Simões da
te do que a com ponente clínica, que é mais
do a 7 de Julho no Diário da República, o minis-
comissão de avaliação das propostas do concur-
con tida" . A posição do m inistro surge depois
tro da Saúde começa por lembrar que o decreto-
so para o contrato de gestão do Centro de Medi-
da m aiori a das propostas do s privados ter
lei que aprovou o regime jurídico dos hospitais
cina Física e Reabilitação do Sul, em S. Brás de
ultrapassado o valor do comparador público
do Sector Público Administrativo (decreto-lei n.0
Alportel, embora recusando-se a divulgar os
no co n curso p ara o Hospi tal d e Lo ures,
188/2003, de 20 de Agosto) prevê a existência de
motivos da sua decisão.
argumentando os consórcios que não conse-
"um conjunto de instrumentos necessários à sua
que "de acordo com informação do recente-
O presidente da comissão será o ex-secretário de
guem apresentar propostas mais baixas sem
boa gestão, cuja elaboração cabe aos elementos
mente nomeado presidente do conselho de admi-
Estado da Segurança Social de António Guterres,
prejud icar a qualidade.
do conselho de administração". E revela ainda
nistração do Hospital de S. Marcos, o regula-
Ribeiro Mendes.
dar a hipótese de reduzir as parcerias
11111
GH dava conta, no seu número de Julho,
Caso o ministro decida aplicar esta medida a
im
Programa operacional da Administração Pública
Financiamento da formação transversal em hospitais
O
novo Programa Operacional da
formativos, nomeadamente nas seguintes
pais; outros Organismos da Administração
Administração Pública (POAP),
áreas:
Pública Central e Autárquica.
para o período 2005/2006, tem
- SIADAP; Novos Modelos de Gestão Organi-
O SIADAP veio instituir medidas aplicáveis
como principais objectivos qualificar os
zacional; Gestão Financeira para não Financei-
a toda a Administração Pública, com vista a
recursos humanos de modo a prosseguir
ros; Gestão de Serviços Médicos; Gestão de
uma profunda reestruturação organizacional,
uma estratégia integrada de formação trans-
Recursos Humanos; Gestão de Equipas; Siste-
mais justa e eficiente, fundamentalmente orien-
versal. Neste domínio, inserem-se questões
mas de Gestão da Qualidade; Auditores da Qua-
tada para as necessidades dos utentes, promo-
tão prementes como o reforço de competên-
lidade; Gestão de Resíduos; Gestão de Risco;
vendo a eficiência, organização e qualidade dos
cias, passando pela melhoria do desempen-
POCP- Plano Oficial de Contas da Adminis-
serviços prestados.
ho, até à desburocratização e simplificação
tração Pública; Contabilidade Analítica; Higie-
A intervenção da SINASE insere-se no diag-
de procedimentos e processos de decisão, de
ne e Segurança no Trabalho; outros em função
nóstico organizacional, definição de metodo-
modo a que possam ser adaptados modelos
do diagnóstico de necessidades de formação.
logias, apresentação de processos de pedido de
de organização mais ágeis, flexíveis, eficien-
A Sinase tem experiência nesta área de inter-
co-financiamento aos respectivos Programas
tes e transparentes. O que se pretende, con-
venção, através de serviços de consultoria e
Operacionais, formação, aplicação de instru-
cretamente, é assegurar a qualidade do ser-
formação desenvolvidos e outros a decorrer,
mentos de Avaliação, promovendo-se o deba-
viço público prestado e elevar o grau de
nomeadamente o SIADAP, junto de vários
te de ideias e consensos, tendo em vista a
satisfação dos utentes.
Ministérios; Secretarias Gerais; Direcções
implementação de ferramentas decorrentes de
A formação destina-se a Dirigentes, T écni-
Gerais; Serviços; Institutos Públicos; Governos
novas práticas de gestão pública, potenciando as
cos Superiores, Chefias, Técnicos e de:.mais
Civis; Hospitais; Administrações Regionais de
vertentes de Avaliação do Desempenho (Orga-
funcionários, independentemente de serem
Saúde; Centros de Saúde; Câmaras Munici-
nizações e pessoas). rm
médicos, enfermeiros, técnicos de saúde e outras carreiras espec1a1s. Será adaptada uma filosofia assente em gestão por projecros integrados, em que a
Estrutura
formação será uma das áreas de actuação nos
EIXO
processos de mudança organizacional, visando responder à satisfação das necessidades concretas das Instituições. Para atingir os objectivos referidos, o
1 - Promoção da Modernização e da Qualidade na Administração Pública
MEDIDA 1 - Modernização dos Sistemas e dos Procedimentos
METAS
BENEFICIÁRIOS
Apoio à realização de Projectos-piloto de modernização da AP
Serviços da Administração directa e Organismos da Administração lndirecta do Estado
Z - Qualificação dos Serviços Públicos
POAP está estruturado em três Eixos, cujas Medidas e metas se encontram evidenciadas no Quadro seguinte, com excepção do Eixo 3 - Assistência Técnica, cujo beneficiário final é o Gestor do Programa Operacional. A abertura das candidaturas está prevista para Setembro, podendo as entidades da Administração Pública apresentar projectos
Realização de 4.000 estágios 2 - Qualificação e Valorização dos Recursos Humanos
1 - Qualificação e Valorização dos Recursos Humanos
Formação para 130.000 formandos {dos quais 25% devem ser Dirigentes e Técnicos Superiores)
Serviços da Administração directa e Organismos da Adm inistração lndirecta do Estado, associações profissionais, associações representativas dos trabalhadores, estagiários e candidatos a funcionários
<< <
Carla Gonçalves Pereira Administradora Executiva da SINASE
Workshop Manahealth/APAH
Sistemas de Saúde - as decisões, o financiamento e o desempenho A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) realiza a 12 de Setembro, em Lisboa, um workshop sobre "Sistemas de Saúde -As decisões, o financiamento e o desempenho".
O
encontro, que se engloba no pro-
,
jecto europeu de gestão dos serviços de Saúde denominado
'Manahealth', tem como objectivo principal "contribuir para o conhecimento dos sistemas de sau'de europeus" . A expressão "Manahealth" associa duas palavras - 'management' e 'health' - e a sua vocação está ligada ao desenvolvimento de uma cultura europeia na área de Gestão de Serviços de Saúde. Assim, existem três sectores primordiais a ter em atenção e que vão ser o ponto de partida dos debates agendados.
Questões na mesa
A 'rentrée' da APAH com jantar-debate
também o que pensa quem está, de uma
Uma dessas vertences passa por conhecer as
forma ou de outra, no meio do problema. Por
"medidas de desempenho dos sistemas de saúde",
outro lado, importa também ter em ·c onta se
Modelos remuneratórios e motivação profissional
tendo por base a d efinição do 'ranking', e importância dos indicadores e as polític~s de 'benchmark'. Um segundo tema que vai certamente marcar este workshop está relacionado com a polémica e actual questão de "como pagar a saúde". É que além de existirem dife-
as opções do sector público e do privado são idênticas. Mais: será que quem esteve no p rivado e está actualmente no sector público como é o caso de Campos Fernandes muda de posição? Em todo este domínio há ainda que saber quais as diferenças de pensa-
Depois de férias, merecidas, regressam em Setembro os jantares-debate da APAH. São as já conhecidas "Conversas Imprescindíveis" a marcarem espaço na Saúde.
rentes sistemas de financiamento, há ainda a considerar o já clássico drama dos seguros, sem esquecer a combinação entre seguros públicos e privados e os pagamentos dos utilizadores.
à gestão de serviços, não sendo exigido conhe-
bem com o na avaliação económica das tec-
A terceira área a ter em conta prende-se com "as
cimento prévio sobre sistemas ou economia da
nologias; e M artine Bellanger, doutorada em
decisões em saúde", ou seja quem decide, que
Saúde. Neste encontro, que vai decorrer duran-
Economia e investigadora sénior na ENSP
tipo de informação está disponível e que formas
te todo o dia na Escola N acional de Saúde
de Renhes.
de incentivo se podem utilizar para a imple-
Pública (ENSP) vão estar presentes duas per-
M artin e Bellanger é especiai is ta na análise
mentação das decisões.
sonalidades europeias ligadas ao sector.
mento de médicos e de administradores hospitalares. E já agora, que modelos remuneratórios devem ser tidos em co n ta pelos responsáveis governamentais? De certeza que
O
próximo encontro está agendado
presidente do CA do Espírito Santo Saúde;
os que são baseados na produção são os pre-
para dia 16 de Setembro, em Lis-
Adalberto Campos Fernandes, presidente do
feridos de quem governa, mas serão plausíveis
boa, m ais precisamente no res-
CA do Hospital de Santa Maria e Pedro Ara-
no momento actual tendo em conta as regras
taurante da antiga FIL, e o tema que vai
újo Lopes, vice-presidente da APAH e mem-
existentes, quer se trate de gestores quer de
com parada d os. Sistemas de Saúde e conhe-
estar em discussão é polémico qb: "Modelos
bro do CA dos H.U.C. Numa altura em que
clínicos? Muitas questões na mesa, para um
Trata-se de Hans Keiding, que além de pro-
cedora profunda do sistema de saúde francês .
remuneratórios e motivação profissional".
os gastos nos hospitais são questionados pela
debate com convidados que prometem uma
Nomes de relevo
fesso r de Economia da Saúde da Universida-
Este encontro tem como número máximo de
Os oradores convidados são, desta vez, três
tutela - quer seja no que se refere a medica-
discussão viva. É a APAH em fase de 'rentrée'.
Este worshop destina-se a administradores hos-
de de C openhaga é também investigador na
participantes 30 pessoas, e a data limite de ins-
nomes bem conhecidos de quantos estão
mentos quer a horas extraordinárias, com
O jantar está agendado para as 20h30 e o
pitalares e outros profissionais de saúde ligados
área do financiamento e dos seguros de saúde,
crições é 2 de Setembro.
ligados à área da Saúde, ou seja Isabel Vaz,
médicos e enfermeiros - é altura de se saber
debate será moderado por Marina Caldas. rm
l!!D
João Gomes Esteves à GH #'ffll
Hospitais públicos sao os piores pagadores De forma muito sucinta, João Gomes Esteves, presidente da Apifarma, analisa algumas das questões que se colocam hoje em dia na área dos medicamentos. Chama a atenção para o facto de a verdadeira redução dos preços dos medicamentos, proposta recentemente pelo Governo, afinal ultrapassar os quatro por cento para o produtor e sublinha que todas as medidas que o Executivo quer introduzir neste sector levarão a uma alteração da estratégia da indústria farmacêutica internacional em Portugal. Com óbvios custos para os doentes portugueses. De qualquer forma, ainda permanece esperançado em que as negociações com o ministro Correia de campos possam produzir frutos.
Gestão Hospitalar - Os medicamentos são mesmo caros em Portugal?
>>>
João Gomes Esteves - Não . Os preços
"O fim da majoração de 10% dos genéricos significa o fim da discriminação de um segmento de mercado face a outro"
dos medicamentos em Portugal são abaixo
Curriculum Vitae João Gomes Esteves Idade - 61 anos
da média europeia.
>
Licenciado em Ciências Médico-Veterinárias da Escola Superior de Medicina Veterinária
>
Assistente no Instituto Nacional · de Investigação Industrial
>
Oirector do Gabinete da Área de Sines
>
Oirector da Divisão AGVET da Merck Sharp & Oohme
>
Oirector Geral dos Laboratórios Químico-Farmacêuticos Chibret Lda.
>
Oirector Geral do Grupo Merck Sharp & Oohme / Chibret / Frosst
>
Oirector da CIP (Confederação da Indústria Portuguesa)
>
Oirector da Câmara de Comércio Americana em Portugal
>
Presidente do Grupo M.S.O.
>
Presidente da Apifarma (Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica)
GH - Em Agosto entra em vigor a redução de preço dos medicamentos comparticipados. Como é que vê esta medida? JGE - Esta decisão foi-nos apresentada como parte de um processo para fazer face à situação de pré-recessão que o país atra-
vessa .
GH - Considera justa a redução de 3% para o produtor? JGE - Para quem cria a riqueza de um País, nenhuma redução administrativa de preços parece justa. Economicamente, é complicada para a vida das empresas e para a sua capacidade de investir, manter e criar novos empregos. Além disso, a baixa não representará para a indústria 3% mas sim 4, 17%. Uma surpresa desagradável que agrava a nossa penalização.
GH - Qual seria a margem de redução mais justa? Ou qualquer redução é injusta?
partir de Setembro, como é que vê a
JGE - Estas medidas podem implicar uma
GH - A indústria pôs fim ao acordo com o
JGE - Qualquer redução é injusta, porque
sua introdução já pelos preços de
alteração estratégica da indústria interna-
Ministério da Saúde. O Governo já disse
contraria as expectativas legítimas dos
referência?
cional sediada em Portugal. Opções de
estar disposto a iniciar negociações.
agentes económicos. Mais ainda no caso
JGE - Esperamos poder vir a discutir esse
lançamento de novos produtos, por exem-
Quais vão ser as exigências da Apifarma?
dos medicamentos, um mercado altamen-
assunto com o Senhor Ministro em sede de
plo, podem ser adiadas para Portugal. Aqui,
JGE - Num ambiente negocial não se
te regulamentado , com critérios esparti-
Protocolo com a indústria farm acêutica.
os maiores prejuízos são para os portugueses.
fazem exigências, encontram-se as soluções
lhados de fi xação dos preços.
mais equilibradas para ambas as partes.
GH - Estas medidas implicam que cus-
GH - E para as empresas nacionais?
GH - Relativamente aos novos medi-
tos para a indústria internacional sedia-
JGE - Estimam-se perdas importantes
GH - Em que condições é que aceitarão
camentos introduzidos no mercado a
da em Portugal?
para as empresas nac10na1s.
um novo acordo?
Se a ANF entrar na produção de medicamentos, a indústria farmacêutica quererá entrar na distribuição e venda directa
JGE - Ainda não foram iniciadas as nego-
GH - Quem deve mais, são os antigos
JGE - Uma o pção do Govern o a que as
ciações.
SA ou os hospitais públicos?
empresas da indústria farmacêutica pro-
JGE - D evem ambos muito, mas os públi-
curarão dar resposta.
GH - Qual é actualmente a dívida dos
cos são piores pagadores, em geral.
GH - Acha que pode contrib uir para a
hospitais aos laboratórios? JGE - A dívida total é de cerca de 7 00
GH - Como vê a liberalização da venda
diminuição do preço dos medicamentos?
milhões de euros.
de medicamentos sem receita méd ica?
JGE - Aplicar-se-ão as regras de mercado. Esse cenário é um dos possíveis .
GH - Já admitiu a sua surpresa com a associação da Associação Nac ional de farmácias (ANF} e a Alliance Unichem. Acha que as fa rmácias não se devem associar à produção? JGE - Se lh es fo r permitido isso, à ind ústria também deverá ser permitido entrar na distribuição e na venda directa ao consumidor final. Tratamento igualitário dos parceiros.
GH - Esta é uma aliança contra-natura? JGE - A da ANF com a Alliance Unich em, tendo sido exequível, não é co ntra-natura, embora levante muitas questões ao nível do mercado a que a in dústria farmacêutica deverá saber dar resposta.
GH - Afirmou ta mbém que, nesse caso, a indústria consideraria a hi pótese de entrar na comercialização. Est ão rea l-
>>>
mente dispostos a isso ou é apenas
Hospita is devem 700 milhões
uma h ipótese remota? JGE - O m u ndo está em mudança. Deve-
fica o fim da discriminação de um seg-
gastos em Sa úde , e m gera l, e , em par-
mos estud ar todas as oportunidades.
mento de mercado face a outro, o que é,
ticu lar, as d ív idas dos ho s pit a is aos
para nós, positivo. Não é certo que a pres-
la boratórios?
GH - Considera que esta liberalização
crição de genéricos tivesse uma relação
JGE - Esperamos q ue contribua para as
pode ser um primeiro passo para a
directa com essa majoração.
dim inuir!
zação ? Através da assoc iaçã o com hipermerc.a dos ?
GH - Vê com bons olhos a vontade do
GH - Acha que os administradores hos-
SE da Sa úde de reorganiza r as farmácias
pita la res são se ns íveis ao facto de os
J G E - É prematura qualquer avaliação .
hospitalares?
medicamentos inovado res, mais caros,
JGE - Vemos com bons olhos tod as as
poderem red uzir os gastos em Saúde
GH - Com o fim da majoração de 10%
intenções para melho rar o desempenho
numa pe rspectiva de longo prazo?
nos genéricos, a cha que as vendas
hospitalar, com ganhos para os doentes.
JGE - Espero q ue todos eles tenham com-
entrada da indústria na come rciali-
>>>
podem descer?
"Espero que AH tenham competência para escolher o melhor para o doente"
JGE - O fim da majoração de 10% signi -
petências para saber d iscernir o que é me-
GH - Isto pode aumentar o u dim inuir os
lhor para o doente. 1111
A década de 90 foi próspera
Ciência
para a Ciência nacional. Muitos investigadores portugueses concluíram a sua formação avançada nas
. comercio do conhecimento ,
O bioempreededor
1
O ' b ioempreendedoris mo' é ainda
J
em Portugal, p ois os n ossos cien-
um conceito p ouco desenvolvido t ist as só agora co meçam a ver o
melhores universidades do
potencial co mercial d os seus tra-
mundo. Regressados,
balhos .
enriqueceram a massa
Foi n os anos 80, nos EUA, q ue sur-
cinzenta nacional.
giram as primeir as bio empresas. Após an os d e investigação, alguns cientistas da área da biotecnologia lançaram no m ercado as suas ideias, o produto do seu trabalho. Porém, pelas características próprias
N
uno Arantes e Oliveira é produto
desta área, po ucas são as empresas
dessa selecção de ilustres douto-
q ue conhecem o sucesso .
res. Após concluir a licenciatura
"As chances destes negócios falha-
em Biologia, rumou, ao abrigo do programa
rem são muitas . O ciclo d e um
Gulbenkian de Doutoramento em Biologia e
empresa apo iada em I&D é muito
Medicina, para a Universidade da Califórnia
lento. D esde a investigação até à
(em São Francisco, nos EUA). D ecorria o ano
ch egada a uma aplicação prática
de 1998. Já doutorado na área da genética, o
deco r rem mui tos anos", explica
biólogo regressa, em 2002, a Portugal. Cheio
Nuno Arantes de Oliveira.
de ideias, deu largas ao seu espírito empreen-
Por outro lado, em Portugal ainda
dedor. Aproveitando o know-how adquirido
não há investidores de capital de
nos EUA e sabendo das potencialidades dos
risco que apostem em bio tecnologia.
~uno
Po r cá, o Estado e o sector bancário
Arantes e Oliveira esteve na criaçao da Alfa-
contin u am a ser os grandes investi-
ma, empresa de Investigação e Desenvolvi-
do res com capital de risco. E o bio-
mento (I&D) dedicada à biomédica.
emp reendedor acrescenta: "Havendo
negócios com base biotecnológica,
um caso de sucesso, os investidores
Risco ambicioso
estariam mais disponíveis para arris-
A trabalhar na descoberta e desenvolvimento
car em biotecnologia. Gerar-se-ia
de n ovas d rogas, a Alfam a é a p rimeira
um efe ito tipo bola de neve. "
empresa portuguesa com forte base biotecnológica a investir neste sector da I&D. Os objectivos traçados são ambiciosos: "Tra-
director da Alfama, que pretende, até 201 2,
investim entos, públicos e privados, no valor
tante dos 80 0 m ilh ões de eu ros - cus to
tar mais valia em relação às demais presentes
importante é a descoberta e o desenvolvi-
balh amos para fazer chegar ao mercado uma
ter um produto no m ercado baseado nestas
de três milhões de euros, vão ser injectados
médio das etapas que antecedem a comercia-
no m ercado. Na investigação farmacêu tica
mento de novos fármacos.
nova classe de fármacos aplicáveis às doenças
investigações.
na empresa.
lização de um fármaco -, este capital servirá
muitas das moléculas estudadas não chegam a
À posteriori, o direito de comercialização
inflamatórias. Para tal, desenvolvemos molé-
Com persistência, esta empresa biotecnológi-
"Para além de representar, em Portugal, um
para dar continuidade às investigações inicia-
ser comercializadas, pois as várias fases de tes-
poderá ser cedido a uma multinacional far-
culas que possam dar novas respostas a doen-
ca tem conseguido contrariar a ideia de que
dos maiores investimentos com capital de
das. "Desde a fase d o estudo da m olécula
tes clínicos a que são sujeitas ditam que ape-
macêutica. "Vender um produto n uma fase
tes com artrite reumatóide.
não há investidores disponíveis para aplicar
risco, na área da biotecnologia, esse dinheiro
que origina um medicamento até à disponi-
nas as melhores cheguem ao doente", explica.
intermédia de ensaios clín icos não significa
Asma, psoríase o u enfarte do miocárdio são
di n h eiro e m C iê n cia . H á cerca d e dois
possibilita um grande salto para as n ossas
bilização do fármaco nas farmácias decorrem
outros dos problemas de saúde que se enqua-
m eses, os responsáveis pela Alfam a recebe-
aspirações'', conta o em preended or.
muitos anos.
Descobrir, desenvolver e vender
É que a partir de determ i nada fase os
dram no trabalho q ue desenvolvemos'', diz o
ram uma excelente notícia. Um conjunto de
Ainda que o montante em causa esteja dis-
Uma droga tem de funcionar bem e apresen-
Para empresas start-ups, como a Alfama , o
i n vestimento s são muito av u lt ados e
que os objectivos da empresa fracassaram.
O futuro da biotecnologia A biotecnologia tem vingado na área das ciências biomédicas, sobretudo em aplicações farmacêuticas. É que os medicamentos têm um valor acrescentado muito grande, pois,
Autógrafos 1
apesar de concentrarem avultados
Muitos médicos amigos do escritor marcaram presença no evento. Luís Lebre Mendes, int ernista no Hospit al de Santa Cruz, foi um dos que fez questão em dar os parabéns a António Sampaio pelo "Asas de Cartão''. Um livro de um Portugal onde
investimentos, as margens de lucro associadas a esta indústria são muito elevadas. "A área da saúde vai continuar a ser
a hierarquia social e religiosa existia mas onde o que contava era, e talvez ainda seja, a personalidade forte da sua gente.
o grànde destinatário da investigação biotecnológica. Mas outras áreas, como a agro-alimentar e a· industrial (no melhoramento de processos industriais, nas áreas da
Autógrafos 3
química, do têxtil ou do ambiente), têm registado um aumento do
Mais personalidades que não quiseram deixar de elogiar a
recurso à biotecnologia. Porém,
escrita do clínico. Além do casal Lebre Mendes, vemos ainda na foto o internista do Hospital da Marinha, João Sampaio-- que não é fam iliar do autor do "Asas de Cartão" - e a assistente social do BES, Fátima Veiga.
quando comparado ·com a área da biomédica, estes sectores representam um menor valor acrescentado. Mas sem dúvida que há muito pr:n onde aplicar biotecnologià' , refere o bioempreendedor.
>>>
Para se comercializar a Ciência tem de ser boa; mas nem sempre a boa Ciência é comercializável
incomportáveis para uma empresa com a
director da Alfama concorda que "nos anos
mente comercial. Regra geral, investe-se
dimensão da Alfama'', explica N uno Aran-
90 foi criado um enorme potencial ao nível
em ciência fundamental, na acumulação de
tes e O liveira. Embora nem sempre seja o
dos recursos humanos - com os programas
saber. "
melhor, muitas vezes esse é o negócio pos-
de doutoramento e pós-doutoramento para
E conclui: "Para se comercializar a Ciência
sível. "Uma co isa é certa: quanto mais
jovens." E qual deve ser o papel do Estado
tem de ser boa; mas n em sempre a boa
longe uma empresa for, mais dinheiro con-
no contexto da Ciência nacional? "Vejo o
Ciência é comercializável. Por outro lado,
seguirá arrecadar. À medida que a droga vai
Estado como agente que cria as condições
h á também áreas científicas que estão mais
passado fases da sua evolução, menor é o
para que os privados invistam em ciência.
perto do mercado. Nem toda a Ciência
risco empresarial associado à sua comercia-
Investir não é só apoiar e dar subsídios. O
tem de ser comercializável. Tem de haver
lização".
investimento privado em base científica e
um certo equilíbrio entre a investigação
tecnológica tem uma perspectiva de lucro.
fundamental e a investigação aplicada". E
O mercado da ciência
É um investimento para ganhar dinheiro a
sendo o Estado o principal responsável por
Ciente da importância da investigação que
médio prazo. Nas universidades, o investi-
essa gestão, a política científica de um país
se faz nas Universidades portuguesas, o
mento público não tem um fim necessaria-
é um espelho das suas principais opções. im
Autógrafos 2 Nem só os médicos estiveram presentes no lançamento da obra literária do psiquiatra António Sampaio. Os farmacêuticos também marcaram presença. Na foto vemos Luís Rodrigues, professor da Faculdade de Farmácia de Lisboa, e Sofia Abrunhosa, fa rmacêutica. Os sorrisos provam que o clínico-escritor é muito considerado entre os responsáveis das diferentes áreas da Saúde. Certamente que Ant ónio Sampaio não deixou de referir que no seu livro a Mulher tem um papel preponderante. Ela era a única conhecedora das verdades, dos homens e dos santos.
Desporto e aventura
uando fa lamos em actividades
outros desportos igualmente entusiasman-
radicais ou desportos extremos,
tes . Os participantes já não se limitam a
faz-se de imediato uma associação
ficar a ver e saber que se faz noutros países e
ontudo, não tem de ser assim .
trazem as novidades para solo nacional. Por
Aliás, é bom que não seja. Mais do que peri-
isso, do rafting ao snowpaint, passando
gosos, pretende-se que os desportos extremos
pelos fi ns-de-semana tipo "Survivor'', há
sejam actividades recreativas que alimentam
uma imensidão de ofertas adequadas à con-
o espírito de equipa e o contacto com a natu-
dição fís ica, carteira e entus iasmo de cada
reza. Talvez por isso, são cada vez mais as pes-
um . Aconselhamos a que deixe o fato e o
soas interessadas nestas actividades.
portátil em casa e decida-se por algo radical.
Depois de uma semana de trabalho, reuniões importantes e stress exagerado, é muito agradável Largar tudo, calçar os ténis e ir para o meio da natureza. Descubra o que ela tem para Lhe oferecer e diga adeus aos fins-desemana monótonos.
com per
Aquilo que inicialmente se resumia à escalada, ao montanhismo e à canoage m já se
Acção todo o terreno
diversifico u e trouxe um sem número de
Se tem vontade de sair do stresse da cidade e
Contactos Algumas empresas que organizam as actividades referidas e que podem servir de apoio na criação de um programa que combine desporto e natureza. Algumas empresas estão mesmo preparadas para organizar um plano multiactividades, incluindo diversos desportos num período curto de tempo.
Actividades organizadas Aqui fica um cardápio de actividades a praticar em outdoor.
A Vida é Bela www.avidaebela.com Tel.: 213 617150
enveredar por actividades que exigem trabalho de equipa, esforço e dedicação, convém descobrir os desportos que as empresas orga-
Cabra Montêz www.cabramontez.com Tel.: 91 7 446 668
nizadoras de actividades radicais têm preparados para si. Não basta saber que o montanhismo consiste em andar nas montanhas ou
Passeios Todo-o-Terreno Canoagem Canyoning Passeios interpretativos da natureza Passeios de Moto 4 Desportos de aventura aquáticos (ex: Geocaching) Slide Viagens aventura (em Portugal e no" estrangeiro) Rappel Provas de karts Motos de água Surf Kart cross
que o parapente consiste em voar. Conheça
lnkart4x4 www.inkart4x4.com 96 4685096/ 93 6207954
as actividades e atreva-se a escolher uma. Mas tenha sempre em conta que os desportos extremos podem proporcionar uma fuga
EcoTI-Turismo & Aventura www.ecott.pt 91 4743360
ao dia-a-dia, mas têm de ser praticados com consciência. Por serem muito exigentes e praticados em meios naturais são muitas vezes imprevisíveis. É, por isso, essencial
principalmente pelo facto de ter motor. De
seguir as normas de segurança e respeitar a
acordo com Paulo Freitas "é muito semel-
natureza. Consulte o cardápio de activida-
hante ao parapente, mas tem motor, pelo
des e deixe-se levar por uma (ou por várias).
que necessita só de alguns metros para des-
Os desportos radicais são óptimos para combater o stress
colar e aterrar". Para além disso, o paramo-
Emoções fortes no ar
tor é fácil de pilotar e também de transpor-
O desejo de voar é conhecido, por isso não
tar porque é todo desmontável. E se pensa
BTT
nos surpreende que o homem esteja sempre
que por ter motor é perigoso, desengane-se.
Tiro com arco Escalada Montanhismo Orientação diurna e nocturna Paintball Equitação Rafting Passeios de helicóptero Aluguer de insufláveis e paredes de escalada artificiais
à procura de novas formas d e chegar às
Desde que sejam tidas as precauções neces-
nuve ns. A nova moda é o paramotor.
sárias não há riscos acrescidos.
Depois do parapente quis mais e este é o
Quanto à apren dizagem , alegrem-se os
resultado: uma asa de parapente e um motor
interessados: "um pequeno curso com pro-
montado numa estrutura de liga leve. Uma
fissionais credenciados e dedicação é sufi-
certeza: "um vôo inesquecível", exclama
ciente. Ao fim de alguns dias estamos pre-
Paulo Freitas praticante da modalidade há
parados para voa r. Aliás, se ho uver
Avaliação Clínica - Academia - Dermocosmética - SPA
poucos meses e adepto dos desportos radi-
antecedentes no parapente a aprendizagem
cais h á largos anos. D e facto, esta aeronave
é muito facilitada", esclarece o adepto de
Tlf. 217 112 000 - Estádio da Luz www.wellness.pt
pessoal começa a cativar os portugueses,
desportos radicais. !!li
A alma de Aire
Comunicar com a Siemens
A Loewe criou um perfume a pensar numa mulher
Leve, atraente, compacto e funcional são alguns
o frasco foi desenhado a pensar numa janela de
Flik Flak: • para o menino • e para a menina
um avião, duas janelas de vidro que preservam o
Porque aprender também pode ser divertido, a Flik
A agenda integrada com lista de endereços ajuda os
"a ire" entre si. Lá dentro, guardam-se aromas a
Flak propõe relógios suíços coloridos, animados e
utilizadores do C75 a organizarem o seu dia-a-dia,
que se sente bem consigo própria, é feminina e independente. A Mi Aire vem dar forma a um novo conceito de fragrância que acompanha a mulher actual, tão dinâmica como sensual.
Proteccão aos cabelos
vem equipado com triband, o que possibilita aos utilizadores estarem contactáveis em qualquer parte
CREME
do mundo, e com uma câmara VGA que permite tirar
DESODORIZANTE
fotografias e filmar pequenos vídeos. Gérmen de Trigo
No Verão, as agressões ao cabelo são uma
tangerina, bergamota, trevo, almíscar e um original
atraentes sem esquecer a excelência da máquina.
mesmo que seja "fora de portas" pois terão acesso
constante: o sol, a água salgada e o calor. Davines
toque de musgo de carvalho.
Com a ajuda de especialistas em aprendizagem, a
ao instant messaging para conversas on-line de
Essential Haircare é a solução para dar nova vida
A gama deste novo perfume é composta por um
marca desenvolveu a Fun Collection, para ajudar as
baixo custo.
ao cabelo depois de umas férias passadas na praia.
Eau de Toilette, um gel de banho e uma emulsão
crianças a ler as horas. Acompanhados de cowboys,
A linha Davines Morno é a indicada para quem
hidratante que dão resposta às necessidades de
do Capuchinho Vermelho, de flores e bonecas os
necessita de revitalizar os cabelos secos e
todas as mulheres.
O homem atrás
da sombra
desidratados ou pintados. Para os tratar, existe um champô, um condicionador, um creme, um fluído
AROJ1AteM4
predicados do novo C75 da Siemens. Este telemóvel
e Exuacto de úmomib
50 g
mais pequenos fazem o primeiro contacto com o tempo. Epara resistiram às traquinices, os relógios
Frescura de Verão
têm a caixa em alumínio, vidro resistente a riscos e
hidratante e um sérum que trazem de volta a
Elegantemente simples, simplesmente elegante. É
podem ser lavados na máquina a 40°. Tudo para
saúde do cabelo.
assim que se pode adjectivar o novo perfume
prevenir desastres maiores.
Combater os odores da transpiração com um
masculino Davidoff Silver Shadow. Três notas fazem
perfume suave e delicado é a proposta da Aroma
desta fragrância uma verdadeira assinatura: o
da Terra.
âmbar, o açafrão e a laranja amarga. A harmonia é
base de óleo de gérmen de trigo e extracto de
conseguida com toques subtis de folhas de canelas
camomila, regula a transpiração durante o dia sem
e cravo que deixam no ar uma aura que destaca o
a inibir. Os ingredientes garantem ainda um
homem da restante multidão. O frasco corresponde
cuidado extra para a pele, não interferindo com o
ao seu interior, com linhas rigorosas e materiais
seu equilíbrio e deixando-a sedosa, hidratada e
luxuosos, reflectindo a masculinidade carismática e
com um aroma agradável. Um verdadeiro mimo
misteriosa.
para fazer frente aos odores indesejáveis
o seu novo creme desodorizante, feito à
provocados pelo calor da estação.
jennifer Lopez lança Live
Recorde com a Sony
Ela canta, ela dança, ela representa e em tudo o que faz imprime um toque de
Cyber-shot H1 com zoom óptico 12x e Super Steady Shot.
sensualidade. jennifer Lopez deixou a sua imagem de marca no perfume que acaba
Parece complicado mas não é. Estas são as características da
MOISTURIZJNG REVIT
de lançar. Live tem um aroma frutado e floral com notas de limão da Sicília, laranja
nova máquina fotográfica digital da Sony. Com a Cyber-shot
wmi MILK 1lilSTlE DRY & OEHYORATED
italiana, caramelo, sândalo
H1 o objecto mais distante é focado com toda a precisão, os
e groselha. A mistura
detalhes são extremamente apurados e as fotos saem
resulta numa fragrância
"firmes como uma rocha". Esta qualidade só é
leve, cheia de energia e
possível com as características especiais desta
vivacidade guardada dentro
máquina: uma lente poderosa, o sistema Super
e um frasco único, de onde
Steady Shot (exclusivo da Sony), um ecrã
são lançados raios de cor
LCD de 2.5 polegadas, um CCD Super HAD
púrpura, amarela e verde. O
com resolução de 5.1 Megapixeis efectivos
conjunto resulta numa
e uma memória interna de 32 MB. Ea
envolvência que se
bateria não é problema, com uma só carga
assemelha à de dois
das duas baterias pode tirar até 260
bailarinos a dançar.
fotografias.
MOMO I CONOITI CREME
27 .
SPEM quer residência temporária para portadores de esclerose múltipla António Amaro de Matos - Director da SPEM
T
erminou para a Sociedade Portuguesa de
feito em duas viaturas pró p rias, es pecialme nte
tadores de EM, todos os serviços que só possam
portadores. O conceito teve aplicação no Reino
Esclerose Múltipla (SPEM), em Dezem-
adaptadas . Essas mesmas viaturas são tam b ém
ser prestados localmente. A Sociedade tem âmbi-
Unido onde se estimularam as sociedades locais a
bro de 2004 com a eleição dos órgãos
utilizadas no apoio domiciliário a doen tes (higie-
to nacional e, portanto, a responsabilidade de
coar pequenas instalações onde, em períodos
sociais presentemente em funções, um período
ne e cuidados de casa) e na d is t r ibu ição de
procurar organizar fora da sua
muito limitados (de uma a qua-
que se pode chamar "de ouro" pela riqueza das
refeições. Um outro elemen to da SPEM p resta
sede apoios aos associados. Não
tro semanas) os portadores de
transformações ocorridas. Duas direcções sucessi-
apoio psicológico também no domicílio dos asso-
sendo possível, nem aconselhá-
"O caso da SPEM é
EM dependentes podem residir,
vas presididas pela Drª. Manuela Martins adquiri-
ciados que não podem deslocar-se.
vel, d irigir centralizadamente, a
o da vantagem de
dispondo das condições e dos
ram apoios, mostraram que os mereciam e dota-
Não tendo pertencid o a nenhum a das duas
partlf de Lisboa, as organi -
pessoas simples,
cuidados especializados indis-
ram, em seis anos, a sociedade dos meios materiais
direcções anteriores e, pelo contrário, tendo parti-
zações locais, concretizar este
comuns, mas
pensáveis. Com o duplo objec-
e humanos indispensáveis. Passou, assim, das boas
cipado da que a antecedeu, sinto-me perfeitamen-
ob jectivo depende da captação
intenções do passado (inegáveis, mas sem concre-
te à vontade para fazer o elogio do esforço dedica-
interessadas, que se
de pessoas disponíveis nos
tização) à realidade actuante do presente que, pelo
do e bem sucedido da Drª. Manuela Martins e dos
locais e de obter financiamento
menos em Lisboa, na sua sede, já satisfaz algumas
seus colaboradores mais directos, alguns dos quais
(desejavelmente local) para os
aplicam esforçada e
tivo de lhes permitir a mudança do ambiente ao qual estão limitados pela sua dependência e
persistentemente,
pelas dificuldades de locomoção e de possibilitar às pes-
das necessidades sentidas pelos portadores de
praticamente em tempo completo. Não é que a
encargos correspondentes. Já há
sobre personali-
esclerose múltipla.
Sociedade, nos 14 anos em que quase se limitou a
algumas delegações da SPEM
dades brilhantes
soas que deles cuidam fazerem
O centro de neuroreabilitação, sob a orien-
existir, não dispusesse de personalidades de relevo,
que iniciaram, com o apoio da
mas ausentes"
as suas próprias férias ou, sim-
tação de dois médicos especializados em fisiatria,
até no plano social, competentes, bem intenciona-
direcção nacional, a prestação
plesmente, descansarem de
dispõe de duas fisioterapeutas e de uma terapeuta
das, que integravam os seus órgãos dirigentes .
de serviços aos associados . E
uma actividade esgotante física
ocupacional clínica. Esta última orienta também
Mas, sendo profissionalmente activas, acabavam
muito se espera do efeito de
e psíquicamente. Falta-nos, para
o centro de actividades com a colaboração de
por subordinar a sua colaboração aos escassos
demonstração que as insta-
conseguirmos tornar realidade
uma assistente social e de uma assistente sócio-
tempos livres de que dispunham. O caso da
lações da nossa sede e o traba-
estas residências, instalações em
psicológica. O apoio na altura (frequentemente
SPEM é o da vantagem de pessoas simples,
lho que aqui se faz proporciona.
primeiro lugar. Talvez não seja o
traumática) do diagnóstico e o acompanhamento
comuns, mas interessadas, que se aplicam esforça-
Leva tempo mas lá chegaremos.
mais difícil de obter. Possivel-
posterior é feito pela psicóloga clínica da socieda-
da e persistentemente, sobre personalidades bri-
de. A coordenação da acção social e a triagem dos
lhantes mas ausentes.
Ainda no âmbito das acções
mente através de uma autar-
que podem ser directamen te
quia, com o aproveitamento de um fogo devoluto. Garantir o
portadores de EM desse ponto de vista compete a
A satisfação que dá enunciar os apoios que a
conduzidas pela direcção nacio-
uma assistente social que trabalha na sede. Existe
Sociedade já presta aos associados não pode servir
nal colocamos como objectivo
Dedicado a:
também a possibilidade de dar assistência jurídica
para esconder o muito que falta: Objectivos para
importante, com um impacto
Manuela Martins
correspondente é o mais com-
(direito de trabalho, benefícios, aquisições, etc.)
o futuro. Mais alguns anos de esforço com a
muito significativo para a quali-
Presidente da SPEM
plicado. Implica encontrar um
aos associados, através de uma advogada contrata-
mesma determinação e persistência. Há que
dade de vida, quer dos portado-
da. O transporte desde o domicilio até às insta-
estender ao País inteiro, pelo menos às localida-
res de EM quer dos seus familiares, a concren-
nos permita contratar o pessoal indispensável e
lações da Sociedade, para os que necessitam, é
des que tenham um número considerável de por-
zação de uma residência temporária para os
cobrir as outras despesas.
financiamento
da
despesa
apoio seguro e permanente que
rim
Administradores Hospitalares nao fazem milagres ... Mas têm que tentar ,,..,,
H
á um gap persistente entre o que podia
zação, porventura a área mais resistente a mudanças
ser o desempenho dos hospitais e o que é
de mentalidade.
o desempenho dos hospitais; ou dito de
É que, para obter melhoria de performance no hos-
outra forma - há uma significativa distancia entre a
pital, é necessário combinar estratégias que promo-
expectativa dos cidadãos ("clientes") e dos contri-
vam o envolvimento e a participação clinica, com
buintes ("accionistas") e a performance dos hospitais.
estratégias económicas orientadas para os resultados e para a melhoria de qualidade
Esta é uma questão política, económica e social sensível, tanto mais quanto há públicos desa-
"Para obter melhoria
dos serviços.
É aqui, na resposta a desafios estratégicos e operacionais que
soluções para reduzir esse gap e
de performance no hospital, é necessário
dar sustentabilidade financeira
combinar estratégias
hospitalar, independentemente
que promovam o envolvimento
da posição que ocupam no inte-
e a participação clinica,
têm que desenvolver e aplicar
cordos em relação às melhores
ao sistema. Naturalmente que podemos ser ideológicos sobre estas ou outras questões de saúde, mas temos o dever profissional de 'encontrar respostas práticas e efectivas para
com estratégias económicas"
os profissionais de administração
rior da estrutura hierárquica, com coragem e determinação os seus conhecimentos e competências especificas.
os problemas graves e persisten-
Os hospitais e o sistema de
tes do sistema de saúde.
saúde português não podem
A questão ideológica pode e deve
fugir ao principio da mutabilida-
centrar-se nos princípios enfor-
de, seja pela necessidade de
madores do sistema; o que não
adaptar as estruturas e o funcio-
pode, nem deve é condicionar a
namento às novas exigências
adopção das melhores e mais
sociais e económicas, seja funda-
ajustadas modalidades de gestão
mentalmente pela imperiosidade
e dos instrumentos mais adequa-
em tornar sustentável um siste-
dos à concretização dos princí-
ma que, protegendo a equidade
pios fundamentais defendidos. Claro que as alce rações de esta-
José Carlos Lopes Martins Administrador Hospitalar
e a solidariedade, faça aumentar a eficiência e a satisfação de
t u ro são importantes, mas
doentes e profissionais.
manifestamente insuficientes se
As reformas exigem clareza de
não ocorrerem transformações substanciais na orga-
objectivos e continuidade e coerência nas medidas de
nização interna, na reestruturação do management e
política, mas exigem também protagonistas compe-
na cultura de prestação de contas e de responsabili-
tentes e vontade de acção.
11111
O novo impulso à reforma dos hospitais P
elo menos para mim, iniciou-se a ideia da reforma
A viragem capitalista traria consigo um aumento dos custos
necessário mas em sim mesmo sem potencial de valorização,
ou alteração retributiva.
dos hospitais públicos e do SNS, num célebre docu-
da mão-de-obra com perda da chamada competitividade.
é despiciendo montar quantificação organizada.
A própria consign a da redução consistente da despesa, aquela
mento «cor de rosa» (a cor meio rosa meio lilás com
Fruto certamente do ambiente estagnado na economia e da
A pressão para a compressão da despesa, a recusa de passar a
que de facto serviu de arremesso para isolar e derrotar o
que viu a luz do dia) aprovado ao fim de dilacerantes dis-
frustração das perspectivas de remuneração dos investimentos,
economia estatal a um modo valorizador da produção, a
m inistério de Maria de Belém, fal ha rotundamente. Na
cussões no sector da saúde do PCP, ainda nos anos 80.
o capitalismo da saúde está, no mínimo, em reavaliação.
insistência correlacionada na manutenção estrita do assalaria-
medida em que os facrores de produção continuam mais ou
Foi quando Edgar Correia, o renovador comunista entretan-
Uma segunda corrente disputa amplamente e tem até hege-
mento, e o centralismo burocrático de comando, consti-
menos livremente a determinarem a subida de custos.
to desaparecido e responsável à data pelo sector da saúde do
monizado o poder nos últimos anos, após a derrota do
tuem-se em travões ao desenvolvimento das forças produti-
Aumenta portanto a pressão para uma ruptura com o
PCP, conseguiu a pulso, gerar força suficiente para que se
ministério Maria de Belém/Sakellarides: é o ponto vista esta-
vas. Perpetuam uma gravíssima dissociação entre os que
modelo de comando estatal. Para a radical remodelação do
passasse de um quadro defensivo, no plano das ideias, para
tista ou de capitalismo de Estado. Se é verdade que a viragem
comandam e os comandados, os diversificados e longínquos
ambiente gestionário de financ iamento, e de comando,
uma iniciativa transformadora.
capitalista no financiamento e na prestação de cuidados de
braços operacionais do aparelho prestador
Eram simples as ideias embora envoltas em ambiguidades: o
saúde comporta riscos de elevação geral dos custos de mão-
estatal, gerando erros e desperdícios. E per-
modelo de comando, de financiamento e de remuneração do
de-obra, não é menos verdade que as despesas gerais do Esta-
petuam no âmago das relações de produção
sector público carecia de reestruturação para gerar mais auto-
do com a saúde não devem, mesmo assim, superar o limiar
uma dissociação e grave relutância entre o
nomia e responsabilização, mais regulação por via económica
mais baixo possível dos custos gerais do funcionamento da
assalariado e o produto do seu trabalho.
e não administrativa e promover uma mudança retributiva
própria economia, para que os recursos continuem a alimen-
A derrota a prazo dos émulos do capitalis-
com ligação da remuneração à produção.
tar as necessidades de fomento e investimento do próprio
mo de Estado na saúde está na forma mis-
Com a chegada ao Ministério da Saúde de Maria de Belém e
capitalismo.
tificatória com que encaram este aspecto
Sakellarides em 199 5, cedo se percebeu, embora uns mais
A noção portuguesa e europeia de direito à saúde apresenta-
fulcral da crise gestionária do SNS.
cedo do que outros, que havia no PS pensamento reformador
se deste ponto de vista como perigosamente desligada das
Faze m flirr com as ideias originais de
suficiente para dar o pontapé de saída no processo de refor-
necessidades estritas da economia nacional e pressiona por-
autonomia, incluindo autonom ia de
ma. Num curtíssimo espaço de tempo, arrastando com gran-
tanto aquilo que o capital aceita como custo de manutenção
gestão de saldos, de auto -d efinição de
de fragilidade na base de apoio, nos aparelhos sindicais e par-
da mão-de-obra.
estratégias, de regulação económica, por
tidários e, sobretudo, nas direcções respectivas, do PCP e do
O Estado e os seus agentes procuram controlar a despesa,
contrato, das un idades públicas. Fazem
salarial na despesa, a dissociação crescente
PS, um núcleo com pensamento e acção foi-se formando,
centralizar e burocratizar o processo de decisão, combater a
flirt com o desassalariamento, prometem
entre o valor percebido das prestações e a
saltou por cima das diferenças partidárias e ganhou solidez de
autonomia das unidades prestadoras, sujeitar o reapetrecha-
in centivos rem un eracórios, mas o que
desvalorização salarial, aumentam a per-
discurso.
mento e a introdução de novos progressos, a um feroz con-
acontece é aumento do centralismo, do
cepção de que é urgente uma remodelação
Sakellarides com a sua proverbial sabedoria de gestão da
trolo administrativo. Do ponto de vista do Estado, interme-
peso e da ditadura da João Crisóstemo, da
retributiva que ligue a remuneração ao
mudança avisou os fogosos reformadores, desde cedo, de que
diário na socialização do custo da mão-de-obra no que se
U nidade de Missão e o reiterado e piorado
valor da produção.
o processo só adquire verdade material quando as pessoas, os
refere à saúde, a prestação é uma despesa. Apenas a pressão
assalariamento - com ataques às carreiras
Se a posição americana está sem perspecti-
profissionais e os cidadãos, dele se apropriam. Quando por-
popular e de capitalistas com negócio na saúde obrigam a
e àquilo que é a sua matriz de qualificação
tanto as leis saltam fora do Diário da República para a cabeça
uma expansão da oferta.
profissional.
das mulheres e dos homens. O que determina uma conduta
Enquanto a despesa por parte do Estado se manteve em
Podem exibir como sucessos aumentos de
bottom - top e não top - down.
níveis aceitáveis, nunca houve quantificação e contabilização
registo que não são aumentos do efectiva-
condições para superar a crise não podem
Dez anos depois da subida ao poder de Maria de Belém, que
significativa das prestações. A rigorosa contabilidade da pro-
mente produzido, ou são apenas a linha
contudo resultar apenas, como aconteceu
avaliação fazer das peripécias da reforma?
dução só é perseguida quando está em causa a valorização da
ascen cional de produção do SNS dos últimos 50 ou 60
no tempo de Maria de Belém, de uma mão cheia de pesso-
Importa situar o discurso e os objectivos dos diversos actores.
produção - para a geração de mais-valia - ou para efeitos de
anos, sem oscilação específica. No interior das unidades de
as preocupadas com o SNS. Terá de contar com uma base
O discurso reformador, comum a comunistas, socialistas,
cálculo dos equivalentes de produção gerados pelos produto-
produção nenhuma remodelação efectiva aconteceu. Ne-
laboral de apoio mais consciente e amadurecida, que se
comuns a Luís Filipe Pereira, Manuela Arcanjo, Correia de
res livres associados em economia comunitária (em comunis-
nhuma r.egociação, nenhuma mudança organizativa, ne-
aproprie das ideias mestras da reforma: novas retribuições,
Campos e a Maria de Belém esconde concepções obviamente
mo - onde cada um precisa de saber exactamente o que fez e
nhuma remodelação de serviços ou de prioridades tiveram
nova autonomia, maior responsabilidade, um novo Serviço
contraditórias.
o que os outros fizeram). Quando é apenas um en cargo
lugar. Enfim, nenhuma mudança das relações de produção
Nacional de Saúde.
cada vez mais percebido como entrave ao
"A noção portuguesa e europeia de direito
à saúde apresenta-se como perigosamente desligada das necessidades estritas da economia nacional"
Paulo Fidalgo Gastrenterologista (IPO/ Lisboa)
relançamento das unidades hospitalares públicas . Nestas, o assalariamento induz relutância produtiva, as promessas de melhoria retributiva iludidas resultam em estagnação, enquanto as modificações , incipientes, mas de amplo significado, do tem po da refo rma de Maria de Belém, marcam passo . São exemplos o regime remuneratório experimental da clínica geral, o sistema retributivo das listas de espera e os congeladíssimos centros de responsabilidade integrada. O recuo do peso
vas, se os agentes da aristrocracia de Estado falham, aumenta a oportunidade para uma retomada efectiva de reforma. As
lilll
DIÁRIO DA REPÚBLICA A GH fará eco, mensalmente, das medidas tomadas por quem nos governa e que de uma forma ou de outra são importantes para o sector da Saúde e, em casos mais específicos, para o próprio País. Nesta edição, damos conta de decisões apresentadas em Diário da República entre 30 de Junho e 21 de Julho de 2005. Presidência· do Conselho de Ministros
Roche
Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social
R..olução do Conselho de Ministros n. 0 113/2005 de 30 de Junho
Dccieto Regulamenlar n .0 512005 de 12 de Julho
Aprova o Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água- Bases e Linhas O rientadoras (PN UEA)
Cria o Gabinete de lmervençáo Integrada para a Reestrururaçáo Empresarial (AGllRE). bem como os núdeos de intervençáo rápida
Inovamos na Saúde
e personalizada responsáveis pela aplicaçáo local da poUtica de emprego
Resolução do Conselho de Ministros n. 0 112/2005 de 30 de Junho Define o procedimento para a elaboração da Estratégia Nacional de Desenvolvimcnco Suscenrávd
Dccieto-Lei o.• 119/2005 de 22 de Julho Quana alteração ao Decreto-Lei n.0 328/93, de 25 de Setembro, que revê o regime de segurança soci21 dos trabalhadores inde-
Resolução do Conselho de Ministros n.• 111/2005 de 30 de Junho
pendentes
Incumbe os Ministérios cbs Fina.nças e do Trabalho e da Solidariedade Social e o ministério penine nte em razão da matéria de cond uz.ir o processo de avaliação dos regimes especiais que consagram, para determinados grupos de subscritores da Caixa Geral de
Ministério da Administração Interna
Aposentações, desvios às regrudo Escaruco da Aposentação. por fo rma a convergirem com o regime geral
Decreto n. 0 13-A/2005 de 20 de Julho Fixa a daca das dciçõcs gerais para os 6rgãos das autarquias locais
Resolução do Conselho de Ministros n. 0 110/2005 de 30 de Junho Aprova as o rientações e medidas necessárias para reforçar a convergência e a equidade entre os pensio nisras da Caixa G eral d e Apo-
Presidência da República
sentaçôes e os da segurança social e a garamir a sustentabilidade dos sistemas de procecção social, bem como medidas tendentes
Decieto do Presidente da República n. 0 35-A/2005 de 2 1 de Julho
a reforçar a equidade e eficácia do sistema do regime gern.1 da segurança social
Exonera, a seu pedido e sob proposta do Primeiro-Ministro, o Prof. Doutor Luís Manud Moreira de Campos e C unha do cargo de Ministro de Estado e das Finanças
Resolução do Conselho de Ministros n.0 109/2005 de 30 de Junho Aprova um conjumo imcgrado de medidas rdativas à gC"Scáo da função pública
Dccieto do Presidente da República n.0 35-812005 de 21 de Julho
Dcclarasão de Rcctificação o.• 58/2005 de 13 de Julho
e das Finanças
Nomeia, sob proposta do Primeiro-Miniscro, o Prof. Doutor Fernando Teixeira dos Santos para o cargo de Ministro de Estado
De cer sido recrificado o Decreto-Lei n.0 93/2005, do Miniscério da Saúde, que transforma os hospitais sociedades anónimas em enc.idadcs públi~ empresariais, publicado no Diário da República, 1."' série, n.0 109, de 7 de Junho de 2005
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior Portaria n. 0 57612005 de 4 de Julho Aurnriza o funcionamemo do curso de oomplemento de formação em Enfermagem na Escola Superior de Saúde Jean Piaget -Algarve e aprova o respectivo plano de escudos
FORMAÇÃO FINANCIADA EM SERVIÇOS DE SAÚDE
-
Portaria n.• 585/2005 de 6 de Julho Aumri1..a o lnstiruro Superior Bissaya Barrem a conferir o grau de mestre na especialidade de Administração Pública
V " Ll· :'\EUl='<t: t 1..\ f rO:· 3oxU &if~tJ
Portaria n. • 59512005 de 15 de Julho AU(oriza um conjunto de escabelecimenros de ensino superior politécnico público a conferir os gr:ius de bacharel e de licenciado em diversas áreas e, em consequência, a ministrar os respectivos cursÕ~. Introduz a1cera.ções em cursos minisuados em escabelecimenros de ensino superior politécnico público
Portaria n.• 60912005 de 25 de Julho Autoriza o Instituto Superior de Estudos Inccrcuh urais e Transd.isciplinarcs - Viseu a conferir o grau de mestre na especialidade de Reabilitaçáo Cognitiva
Portaria n. • 60812005 de 25 de Julho Aurori7..a o lnstiru to Superior Bi..._u~ Barreto a conferir o grau de mec;rre na especialidade de Geroncologia Social
Portaria n.0 607/2005 de 25 de Julho Autoriza a alteração do plano de estudos do curso biet:ípico de licenciatur:i em Terapia da Fala ministrado peJa Escola Superior de Saúde Egas Moniz
Ministério da Economia e da Inovação Ponaria n.• 578/2005 de 6 de Julho Revoga diversos diplomas de concrolo administrativo de preços de alguns bens e serviços
Ministério da )usti~a Dccn:to-Lci n.• 111/ 2005 de 8 de Julho Cria a «empr~ na hora», arrav6' de um regime especial de constituição imediata de sociedades. aJcerando o Código das Sociedades Comerciais, o regime do Registo Nacional das Pessoas Colectivas, o Código do Registo Comercial, o Decreto-Lei n.0 322N200 1. de 14 de Dezembro. o Regulamento Emolumemar dos Registos e Notariado, o Decreto-Lei n. 0 8-B/2002, de 15 de
Janeiro, o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colcctivas e o Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado
Portaria n. • 590..A/2005 de 14 de Julho
Nº Início Horas Local
Curso Actualização de Formadores Relações Interpessoais Gestão de Equipas Sistema Gestão da Qualidade Auditores Internos da Qualidade Sistema HACCP SIADAP - Avaliação do Desempenho Relações Interpessoais Actualização de Formadores Auditores Internos de Acreditação Sistema de Gestão da Qualidade SIADAP - Avaliação do Desempenho Sistema de Gestão da Qualidade Auditores Internos da Qualidade
1 2
20 set 22 set
60 21
Porto Porto
27 set 28 set 24 out 6 15 nov 7 15 set
21 36 40 21 16
Porto Porto Porto
8 20 set 9 21 set 10 27 set
21 60 40
Coimbra Coimbra
11 08 nov
36 30
Coimbra Lisboa Lisboa Lisboa
3 4 5
12 26 set 13 27 set 1 -L4~ 15 nov ~
["~ ~
....
36 40
Porto Coimbra
Coimbra
1
Formação Co- Financiada para Empregados-Act~vos l
Rt:gulamenra u anigo 26.• do Dt:en:tr.>-Lei n.0 111/2005, de 8 de Julho, o n.0 1 do artigo 167.0 do C6digo das Sociedades Comer·
Informações e lnscrições:iDra. Ana Luísa Seno
ciais e o n. 0 2 do anigo 70.0 do Código do Regi.~ro C'..omercial. estipulando que os actos relativos às sociedades comerciais e outras
Tel. 21 390 93 85 • Fax: 21 396 92 24 • serga@mail.telepac.pt
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