Agência Portuguesa do Ambiente e Projeto APArte apresentam,
dos espelhos exposição COLETIVA Edifício-sede da APA | 26 de janeiro a 27 de fevereiro de 2015
“O que somos – um espelho à procura da sua imagem. “ Mia Couto
“O homem não deve poder ver a sua própria cara. Isso é o que há de mais terrível. A Natureza deu-lhe o dom de não a poder ver, assim como de não poder fitar os seus próprios olhos. Só na água dos rios e dos lagos ele podia fitar seu rosto. E a postura, mesmo, que tinha de tomar, era simbólica. Tinha de se curvar, de se baixar para cometer a ignomínia de se ver. O criador do espelho envenenou a alma humana. “ Bernardo Soares O termo especular, que resultou do latim speculum, começou por significar a observação do céu e dos movimentos dos astros com a ajuda de um espelho. O espelho é um símbolo da pureza, da verdade e da sinceridade, traduzindo a verdadeira emoção dos homens e também a da sua consciência. O espelho é, também, um sinal de sabedoria, conhecimento e iluminação, revelando ainda a realidade aparente, refletindo-a de forma invertida, chamando a atenção para a sua perenidade. Na história da Branca de Neve, o espelho mágico diz a verdade! Os espelhos causam admiração e espanto pela fascinante propriedade de devolverem a imagem que a ele é apresentada, fornecendo as respostas que o espetador procura: Para onde rodam as velas do moinho? Para onde a árvore olha? A quem beija a bailarina? A vela do barco sopra para que lado? Quem está por detrás das janelas? Quem é o modelo do quadro? Estes constituem os reflexos que ocupam o “centro simbólico” destes quadros que como espelhos integram esta exposição coletiva ao qual o olhar, cores e texturas nas telas estão submetidos. O espaço, refletido pelos quadros, fora das margens da sua composição, poderá ser ocupado por si…
Informações: APA | Departamento de Comunicação e Cidadania Ambiental Divisão de Comunicação e Relações Públicas rp@apambiente.pt