Catálogo José Quintero_APArte

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Agência Portuguesa do Ambiente e Projeto APArte apresentam, no âmbito da Semana Europeia da Prevenção de Resíduos:

a sinfonia do silêncio pintura de JOSÉ QUINTERO Edifício-sede da APA | 10 de novembro a 31 de dezembro de 2014


EXPOSIÇÃO

H

á de facto em todo o artista um silêncio inquietador; uma espécie de sinfonia dos sentidos, que apesar da aparente contradição, antecede o ato de criar. Contudo, é e não é deste silêncio de que nos fala José Quintero, mas de uma história de vida de muitas e duras batalhas, de imensos muros de silêncio, que a cada dia lhe impõem uma escalada mais difícil, ainda que plena de pequenasgrandes vitórias. Assim é a vida, não apenas do artista, mas também do pai e do ser humano simples, verdadeiro, que desde logo nos contagia com a sua simpatia e humildade. Depois de uma breve passagem pela Escola de Belas Artes de Valladolid, nos anos 80, José Quintero integrou um grupo de artistas plásticos em que várias expressões artísticas tinham o seu espaço. É difícil situá-lo no contexto da Arte Contemporânea ou encontrar no que pinta quaisquer influências de escolas ou correntes artísticas. Percebe-se facilmente que estamos em presença de um pintor solitário que, por razões profundas, negou (e nega) o mundo que o rodeia.

Os aspectos cromáticos da obra sobrepõem-se desde logo aos formais, caracterizados por uma explosão de cor, traduzindo um sentimento de conquista que tem prazer em partilhar. Aqui e ali há um padrão que se impõe, imprimindo à obra uma tónica particular. Ainda não sabemos o que o futuro reserva a este artista plástico, mas existe no seu trabalho uma importante marca que o individualiza enquanto autor e ainda bem. Afinal, mais importante do que ser oriundo de uma grande escola de ensino académico, ou detentor de grandes conhecimentos técnicos é, sem dúvida, ser igual a si próprio e sobretudo criativo. A sua originalidade, a sua criatividade, constituem marcas indestrutíveis e determinantes para um futuro artístico que se antevê de continuidade. Pouco tempo antes de escrever este apontamento pedi a José Quintero que me dissesse como é que a pintura tinha surgido na sua vida. A resposta veio naquele tom natural que lhe é tão peculiar - “Fi-lo para comunicar comigo mesmo”. Esta explicação, aparentemente simples, torna clara toda a expressão deste artista, permitindo-nos perceber o porquê da ausência de um fio condutor ou de quaisquer influências. Igual a si próprio, ele não se preocupa com o que o mundo pensa da sua obra; deseja apenas ser feliz, e se possível, partilhar com os outros essa forma simples de estar na vida, através de uma pintura despretensiosa, plena de alegria e cor. Elsa de Sousa


OBRAS


Informações: APA | Departamento de Comunicação e Cidadania Ambiental Divisão de Comunicação e Relações Públicas rp@apambiente.pt


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