Magazine APDV nº 3

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Magazine Número 3 - Ano I - Julho 2012 • Publicação bimestral • Propriedade da APDV • Presidente: Vânia Cezário • Direção e edição: Sara Silva

Jade El Jabel em Portugal:

um SUCESSO!

Saiba tudo nas páginas 4 e 5

A não perder!!

Junte-se a nós! “Dançar é celebrar, é viver!” Tornese sócio da APDV e passe a desfrutar das inúmeras vantagens de fazer parte da Família APDV!

Neste número: • Crónica: Uma viagem sem regresso………………………...3 • Destaque: Jade El Jabel em Portugal: um sucesso! ..………4 • Notícias: maio-julho ..……....6

WORKSHOPS

• Agenda: julho ……..............11

ESPETÁCULO

• Música: “Wahashtini” .........16

Saiba mais nas páginas 10 e 11

• Entrevista: Davínia Solà ....12

• As Dicas da Tia Marta .........18 • Eu quero um destes! ......….19 Mais informações em www.apdv.pt

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• Opinião: ..…………………..20 1


Editorial Tem sido uma alegria para nós, aqui na APDV, notar a quantidade de pessoas que têm sido um pouco mais felizes a partir do momento que abraçaram a Dança do Ventre. Desde sempre, temos vindo a ouvir e ler testemunhos de como a Dança do Ventre tem sido uma influência positiva na autoestima das nossas bailarinas e dado asas às potencialidades de cada uma. Eu própria já expressei várias vezes, desde que pertenço à Associação, os meus sentimentos de gratidão para com as Professoras e colegas que me acompanham! Pelo carinho, ensinamentos, paciência, partilha, amizade e verdadeira entreajuda. Tal como eu, imensas outras o fizeram e ainda hoje fazem. A verdade é que nós, na APDV, nunca nos cansamos de saber o quanto esta Arte (e, em particular, todo o trabalho em aula) nos traz alegrias a vários níveis – físico, mental, emocional e social. O melhor de tudo é que as diferenças são relatadas não apenas pelas próprias, mas também muito frequentemente pelos seus companheiros! “Ela tem andado mais alegre e confiante!” O que poderíamos querer de melhor? Convém lembrar que a APDV não é uma empresa, é uma verdadeira Família; não procura apenas disseminar conhecimentos, mas também permitir que cada aluna se aprenda a si própria, se conheça melhor, se liberte e explore o seu potencial. Como Associação, só crescemos se as nossas bailarinas crescerem connosco, e como Família, procuramos sempre semear a união e alegria entre todas. Essa alegria, todos são convidados a colhê-la – sejam as nossas bailarinas, sejam os seus amigos e familiares, seja o público em geral. Para que possamos saborear o melhor que a Dança do Ventre tem para nos oferecer, devemos saber que, mesmo quando dançamos para uma audiência, dançamos sobretudo para nós mesmas; é a nós mesmas que devemos agradar! No entanto, todos são bemvindos a partilhar da nossa alegria de dançar, seja participando ou simplesmente assistindo a essa expressão do que nos vai na alma! Fica então o convite para que tome parte nesta nossa alegria, seja dançando também ou ao ver dançar. Já reparou que dançamos a sorrir?

Sara Silva (Departamento de Marketing da APDV) 2

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Crónica Uma viagem sem regresso Em 2006, iniciei a minha aventura na Dança do Ventre com o objetivo de, durante umas horas da semana, poder expressar a minha feminilidade e, ao mesmo tempo, dedicar esse tempo a algo que sempre tive vontade de fazer: dançar. Lembro-me perfeitamente da minha primeira aula, no Yoga House Espaço Dança. A rececionista perguntou-me se fazia exercício físico e eu respondi-lhe que praticava judo há 16 anos. A senhora ficou com a expressão um pouco tensa e disse-me, timidamente, que na Dança do Ventre não convinha termos uma barriga muito musculada. Contudo, rapidamente acalmei o seu semblante quando lhe disse que tinha deixado a competição há algum tempo e garanti-lhe que a minha barriga mexia (mal eu sabia o quanto ela tinha de mexer!...). Curiosa, entrei na sala de aula e deparei-me com Vânia Cezário, a professora de Dança do Ventre. Detalhe: loira e nada gordinha! Confesso que fiquei baralhada, pois no meu subconsciente todas as professoras de Dança do Ventre eram morenas e gordinhas. Durante toda a aula, estive a tentar aprender três movimentos. Parecia tudo tão simples, mas o meu corpo insistia em complicar e só com a santa paciência da professora é que consegui convencer a minha anca a copiar os movimentos que Vânia Cezário fazia tão direitinho. Confesso que fui para casa a pensar: “Por que é que não cresceu o nariz de todas aquelas pessoas que diziam que eu até tinha jeitinho para dançar! Mas onde é que eu estava com a cabeça para acreditar nos pinóquios da minha vida!”

der mais e mais movimentos. Era quase um chamamento. Só é pena que esse chamamento não me tenha alertado para o que me esperava: uma aula de ondulações de barriga! O chamado camelo. Acreditem, dei o meu máximo mas a minha barriga não ondulava como a da Vânia Cezário, que então me disse algo que nunca mais esqueci: “Temos de respeitar o ritmo do nosso corpo”. E não é que é verdade? Ao longo destes anos há certos movimentos que testam a paciência do meu corpo e outros que o fazem gritar “go Irina, go Irina!” Escusado será dizer que nunca mais deixei a Dança do Ventre, nem a Vânia Cezário que ainda hoje me atura. Tive sorte de encontrar logo uma professora fenomenal que, para além de ensinar tecnicamente muito bem os movimentos da Dança do Ventre, nos transmite a sua paixão pela dança através de espetáculos e coreografias de cortar a respiração e com a humildade de chamar outros profissionais com estilos diferentes dos seus para nos aperfeiçoarmos mais através de workshops ou aulas especiais. O papel da professora é fundamental na evolução de uma bailarina, mas as bailarinas com quem dançamos também. Mais uma vez, posso dizer que tive muita sorte, pois com as bailarinas da APDV tenho crescido imenso como bailarina e como pessoa. Anca, braço, shimi, expressão... cada uma tem a sua força e energia única. A Dança do Ventre é, sem dúvida, uma viagem sem regresso, pois permitiu-me conhecer pessoas especiais e despertou em mim a paciência de aceitar as limitações do meu corpo e a coragem de ouvir o pulsar das minhas vontades, dando-lhe voz e vida.

Depois de sobreviver à primeira aula, na semana seguinte, não desisti. Não sei porquê, senti imensa vontade de regressar para aprenTodos os conteúdos desta publicação são propriedade da APDV e estão protegidos por direitos de autor.

Irina Ribeiro (Sócia APDV)

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Jade El Jabel em Portugal: um sucesso! Aconteceu no dia 26 de maio, pelas 21:30, mais uma mágica Gala de Dança do Ventre com a mais elevada qualidade artística a que já habituámos o nosso público. Intimista, repleta de variedade, classe e beleza, contou duas presenças muito especiais: vinda especialmente do Brasil para nos brindar com a sua dança e conhecimento, Jade El Jabel, uma das bailarinas mais conceituadas da atualidade, com o seu estilo único, arrasador e muito sensual, uma majestosa presença em palco que prende todos os olhares; e a nossa querida Davínia Iñesta Solà, que veio diretamente de Barcelona para o palco da APDV e, com a sua dança, o encheu de alegria contagiando tudo e todos com a sua força incrível, um shimi poderoso e um sorriso magnífico (saiba mais sobre a Davínia na página 12). Duas belezas raras que deixaram todos, literalmente, de queixo caído, que esperamos receber novamente muito em breve!

glamour este especial espétaculo em honra de Marcos Ghazalla. No dia seguinte, 27 de maio, pudemos desfrutar de dois grandes momentos de aprendizagem que a APDV promoveu em parceria com Marcos Ghazalla: o primeiro workshop realizou-se das 10:00 às 12:00, tendo como tema “Dança Oriental Moderna – Estilo Egípcio”, fazendo vibrar todas as alunas com movimentos estonteantes e com um toque totalmente novo, bem ao estilo de Jade El Jabel, introduzindo uma nova leitura musical que para muitas foi uma abordagem diferente nos seus estudos de Dança do Ventre. Já após o almoço de convívio, seguiu-se o segundo workshop de “Movimentos Sinuosos – Quadris

A Gala contou com apresentações variadas: na abertura, estilo egípcio (Jade El Jabel), seguindo-se dança tribal (Arabesk Tribal Troupe), duplo véu (Munira Azarake), Said com bastão (bailarinas APDV), Tárab (Davínia), estilo clássico (alunas APDV), Giro Sufi (Petra Pinto), Baladi moderno (Vânia Cezário), Meleah Laff (bailarinas APDV), e finalizando com estilo egípcio e derbake (Jade El Jabel). Embora a maior parte do público não tivesse tomado conhecimento, as duas coreografias de estilo clássico exibidas foram, na verdade, as coreografias de exame apresentadas pelas alunas do Nível Intermédio do Curso Profissional de Bailarina de Dança do Ventre da APDV que se candidataram a transitar para o Nível Avançado (saiba mais na página 9). Todas as bailarinas que atuaram, tanto a solo como em grupo, encheram de diversão e 4

Jade El Jabel nos workshops

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que se movem como mel”: tal e qual como o nome sugere, Jade El Jabel conseguiu colocar todas as alunas a movimentar as ancas com uma fluidez impressionante, graças ao seu jeito de ser distinto e bem-humorado. Todas as participantes fizeram questão de felicitar Jade El Jabel e agradecer-lhe por nos ter proporcionado tão valiosos momentos. Após os dois magníficos workshops, ainda tivemos a oportunidade de participar numa palestra informal e muito enriquecedora sobre a vivência no Cairo na época da Primavera Árabe, que acabou por se tornar uma conversa aberta com uma interessante partilha de experiências e curiosidades sobre questões culturais variadas. Este foi, sem dúvida, um fim-de-semana muito enriquecedor, recheado de preciosos momentos de aprendizagem e também de verdadeiros brindes para os nossos sentidos. Foi um enorme privilégio estar presente e travar conhecimento com a esplendorosa Jade El Jabel. Fica, desde já, bem aceso o desejo de que volte para nos deslumbrar novamente com o seu charme e nos fazer crescer com os seus ensinamentos.

Arabesk Tribal Troupe e Munira Azarake

Vânia Cezário e bailarinas APDV que dançaram Meleah Laff

Joana Teixeira e Sara Silva (Departamento de Marketing da APDV)

Jade El Jabel e formandas após os workshops Todos os conteúdos desta publicação são propriedade da APDV e estão protegidos por direitos de autor.

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Notícias Apoio da APDV às crianças marroquinas Graças ao Porto Belly Fashion, realizado a 21 de janeiro pela APDV em parceria com Marcos Ghazalla e Dançattitude, foi possível reunir fundos para oferecer material escolar às crianças berberes do deserto marroquino. A sua alegria foi a nossa maior satisfação e fez-nos sentir que todo o esforço investido valeu imenso a pena. Porque as crianças são, realmente, o melhor do Mundo e merecem o melhor!! APDV na Escola Superior de Artes e Design do Porto No dia 6 de junho, a APDV voltou a associar-se a uma causa pela Arte ao apoiar um evento na Escola Superior de Artes e Design, pois a dança — independentemente do seu carácter desportivo, recreativo e da sua componente cultural e étnica, nunca deixa de ser uma Arte, no verdadeiro sentido do termo. Num ambiente muito animado e de festa, as bailarinas conseguiram conquistar a atenção de todos os presentes numa breve atuação. Os nossos agradecimentos à Lista K por, mais uma vez, deixar mostrar a Arte e a magia da Dança do Ventre.

APDV em Oliveira do Hospital No dia 25 de maio, a APDV esteve presente na IX Festa da Escola Básica de Oliveira do Hospital perante um público dos 8 aos 80 anos que vibrou ao ritmo da Dança do Ventre e Danças Brasileiras. A viagem foi uma aventura por terras desconhecidas, cheia de animação, como sempre acontece quando se juntam as bailarinas APDV. Após um trabalho intenso — entre aprender coreografias em poucas horas, viagens longas e cansaço, tudo correu pelo melhor, ficando todos satisfeitos e ansiosos que a APDV regresse para animar o povo de Oliveira do Hospital. Agradecemos à D. Fátima pela escolha e a todas as pessoas incansáveis que colaboraram connosco neste evento.

APDV na Escola de Hotelaria e Turismo do Porto No dia 24 de maio, a APDV apresentou-se num evento preparado pela Escola de Hotelaria e Turismo do Porto, no âmbito de um almoço recreativo medieval onde os alunos festejam o final de curso. Num ambiente muito bem caracterizado, as bailarinas dançaram ao som de músicas da época fazendo toda a corte vibrar de alegria. A APDV agradece, uma vez mais, a escolha da nossa Associação, que está sempre disponível para ajudar a que belos momentos como este possam acontecer. 6

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APDV a dançar em Braga em apoio à Carolina A cidade de Braga tem visto crescer uma calorosa onda de solidariedade em favor da Carolina, uma lindíssima menina de 3 anos que sofre de uma doença rara ainda desconhecida, que possivelmente estará relacionada com algum acidente hemorrágico durante a gestação e se manifesta por um atraso no desenvolvimento. Tendo visto negados pelo Estado os apoios financeiros necessários para as sessões diárias intensivas de fisioterapia, terapia da fala e terapia ocupacional, os pais deixaram de conseguir suportar os avultados custos destes tratamentos — que, por sinal, estavam a surtir efeitos evidentes. Por iniciativa de familiares e amigos, gerouse uma onda solidária que contagiou toda a Freguesia de Palmeira e rapidamente alastrou a todo o distrito de Braga. Até à data, foram vários os eventos de angariação de fundos promovidos pela Junta de Freguesia de Palmeira, incluindo apresentações de dança, teatro e música, um jogo de futebol, bem como outros meios de recolha de donativos. A APDV não ficou indiferente a esta causa e, desde logo, disponibilizou as suas bailarinas para tomar parte nos espetáculos angariação de fundos. Na presença da família da Carolina, amigos e até mesmo desconhecidos a quem esta história tocou os corações, o evento foi marcado pela alegria e pelos sorrisos nas faces de todos. As bailarinas agradecem imenso os aplausos e o carinho com que foram recebidas; não deixaram de ficar comovidas com a história da pequena princesa Carolina, a quem desejam as maiores felicidades, e estão disponíveis para voltar a ajudar.

Vamos ajudar a Carolina

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Bailarinas APDV entrevistadas pela revista Eppur Si Muove A revista Eppur Si Muove é uma publicação periódica portuguesa que foi lançada este ano com o slogan “a primeira revista de todas as Danças”. Contendo várias secções dedicadas a cada um dos principais estilos de dança praticados em Portugal, tem como característica mais marcante o forte apelo visual de belíssimas imagens de página inteira, complementadas por breves entrevistas a bailarinos de cada estilo. Na edição de lançamento, a secção de Dança do Ventre contou com uma entrevista a Diana Costa, bailarina campeã internacional da APDV; na edição seguinte, foi a vez do nosso querido amigo Marcos Ghazalla; na terceira edição, a nossa Presidente e Mestre Vânia Cezário; e na quarta edição, a mais recente, foi a também nossa bailarina campeã nacional e internacional, Joana Marques, a entrevistada. A APDV não poderia estar mais satisfeita com as escolhas da equipa da Eppur Si Muove e aproveita a ocasião para agradecer imenso a honra de fazer parte das belas páginas da revista e a simpatia de todos os que nela colaboram. A Eppur Si Muove é o resultado de um trabalho de elevadíssima qualidade que recomendamos vivamente a todos os nossos leitores! Espetáculo de Fim de Ano do Centro Recreativo de Mafamude No passado dia 14 de junho, a APDV deslocou-se ao Rivoli, a convite do Centro Recreativo de Mafamude, para o espetáculo comemorativo do seu 100º aniversário. Visto a APDV ser já uma presença assídua dos anos anteriores, este ano não seria exceção, por ser uma ocasião tão especial para este Centro proveniente de Gaia, e também por o espetáculo se concretizar num palco tão emblemático da cidade do Porto como é o Rivoli. Foi um dia divertido, em que pudemos acompanhar, durante os ensaios, as apresentações das várias modalidades do Centro, assim como do grupo de ginástica convidado, os Flyers Desportus. A alegria e o entusiasmo nos bastidores eram contagiantes, fazendo transbordar uma energia bastante positiva entre todos os participantes. Representando a APDV estiveram as alunas do módulo 8, com uma apresentação de Rock Árabe, algo que certamente nem o público nem os demais participantes do espetáculo estavam à espera. Foram alvo de rasgados elogios, tanto pela coreografia como pela roupa utilizada.

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Exames do Curso Profissional de Bailarina de Dança do Ventre da APDV Nos dias 26 e 27 de maio aconteceram, na nossa Associação, os exames das alunas do Nível Intermédio do Curso Profissional de Bailarina de Dança do Ventre da APDV. As candidatas a passar para o Nível Avançado foram: Diana Costa, Fátima Silva, Irina Ribeiro, Marta Guimarães, Sara Silva, Sara Salazar e Vera Ferreira. Como examinadoras estiveram a Presidente da Associação e principal formadora do Curso, Vânia Cezário, a convidada Davínia Iñesta Solà e Jade El Jabel que esteve no Porto pela primeira vez a ministrar workshops e a dançar na Gala em seu nome. Falámos com Vânia Cezário, que nos deu o

seguinte parecer a respeito dos exames: "O exame de dança pretendeu avaliar as habilidades e criatividade das duplas e trio, bem como o desenvolvimento das habilidades técnicas aprendidas ao longo dos módulos. Todas conseguiram respeitar a estrutura musical, fazendo movimentos variados conforme a alternância dos ritmos. Desenvolveram bem a expressão e a homogeneidade técnica, além de saberem aproveitar

bem o espaço. A dupla Irina e Sara [foto no canto superior da página] conseguiu arrancar boas risadas do público ao incorporar um toque de humor à coreografia. Vera e Marta [foto central da página] fizeram excelentes transições, exploraram o espaço sempre com movimentos em diferentes direções e sempre de forma coordenada e bonita. O trio Diana, Fátima e Sara [foto no canto inferior da página] tiveram uma coreografia com bastante intensidade técnica, muito criativa e dinâmica." Todos os conteúdos desta publicação são propriedade da APDV e estão protegidos por direitos de autor.

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Espetáculo de Fim de Ano da APDV Como já vem a ser tradição, a APDV apresenta o seu Espetáculo de Fim de Ano Letivo, desta vez com o tema "Circus Bellydance". Será uma apresentação de variadas coreografias da autoria das Professoras APDV e contará, ainda, com a participação especial da bailarina convidada Elis Pinheiro, que estará pela primeira vez em Portugal. Com lotação limitada, todos os bilhetes foram poucos para tanta procura, tendo esgotado completamente em poucos dias, quando ainda faltavam três semanas para o espetáculo. Sem dúvida, um enorme sucesso!! Importa salientar que, como habitualmente, os lucros de bilheteira reverterão para apoiar uma causa de solidariedade social: desta vez, a entidade beneficiária é a Comissão de Proteção às Crianças e Jovens de Gondomar. À Comissão, queremos desde já agradecer a parceria e todo o apoio que nos têm prestado para tornar este evento uma realidade!

Mantenha-se a par de todas as notícias e eventos, actualizados diariamente, através do portal da APDV: www.apdv.pt

Agenda A APDV procura sempre oferecer os espetáculos mais surpreendentes e promover os workshops mais recheados, especialmente para que possa desfrutar do melhor que a Dança do Ventre tem para si — quer seja bailarino/a ou espectador/a! Tome nota:  20 e 21 de julho (pavilhão da Cooperativa Realidade) Workshops com Elis Pinheiro — com os temas “Técnica Avançada de Anca”, “Deslocamentos” e “Movimentos Sinuosos”. Para mais informações, consulte o cartaz da página 10!

22 de julho (16:30, Auditório Municipal de Gondomar) Espetáculo de Fim de Ano 

Letivo da APDV — a APDV apresenta o seu já tradicional Espetáculo de Fim de Ano Letivo, desta vez com o tema "Circus Bellydance"! Um acontecimento fascinante, repleto de surpresas, como nunca antes visto em Portugal!  29 de julho (17:30, Rua S.João Batista nº 1837, 4805-676 Brito — Guimarães) actuação em Guimarães.

As datas e horários de cada evento, bem como outros detalhes, podem sofrer alterações por motivos alheios à vontade da APDV e/ou outras entidades organizadoras. Pode sempre manter-se a par das atualizações na Agenda do website da APDV!

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A dançar com...

Davínia Iñesta Solà

Davínia é uma jovem bailarina de talento raro, nascida em Barcelona. Com apenas 23 anos, é formada em Psicologia Clínica com mestrado em Transtornos Mentais Severos pela Universidade de Barcelona. Iniciou a sua formação em Dança Oriental com apenas 15 anos e, desde então, nunca mais parou; e nós agradecemos! A APDV conheceu Davínia durante o Festival Internacional de Dança Oriental de Barcelona e, de imediato, todas ficámos fãs! É uma bailarina enérgica, dotada de um sorriso contagiante e uma dinâmica em palco verdadeiramente desconcertante. Não hesitámos um segundo convidá-la para participar na nossa Gala especial com Jade El Jabel no passado mês de maio: Davínia deslumbrou todo o público, e todas as bailarinas vibraram de entusiasmo com a sua dança e também com a sua simpatia jovial. Estando atualmente em formação no Egipto, Davínia sabe que, por cá, a Família APDV guarda um carinho especial por ela e tem as portas sempre abertas para o seu regresso. A Magazine APDV não quis perder a oportunidade de partilhar este tesouro com os nossos leitores e entrevistou esta arrebatadora bailarina espanhola para tentar descobrir como faz com que tudo e todos fiquem rendidos aos seus pés! Quando iniciaste a tua formação em dança do Ventre ? Iniciei os meus estudos com apenas 15 anos, no centro de Yoga Ramadasa, com a professora Ingrid, mas desde logo senti a necessidade de evoluir pois o bichinho foi crescendo à medida que o tempo foi passando. Encontrei a escola da conceituada professora Munique Neith e fiquei em formação durante 8 12

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anos, tornando-me membro formativo a partir de 2008. Como descobriste a paixão pela Dança Oriental? A parte mais emocionante foi como tudo começou: tenho a sorte de ter um pai apaixonado pela Arte. Quando tinha 14 anos, ao assistir a um show das Belly Dance Super Stars, ele perguntou “Davínia, tu irias?” e deuse um “baque” no meu coração — eu sabia que iria! Aquela noite foi mágica e por mais anos que passem nunca a esquecerei: mulheres belas em cima do palco, com trajes em strass coloridos, fazendo o que queriam do corpo e projetando uma feminilidade incrível. No final do show eu disse ao meu pai “é isto que eu quero fazer!” Ao sair da sala de espetáculos distribuíram panfletos informativos e eu não esperei nem um minuto, fui inscrever-me!! Para além da Dança Oriental, tens formação em mais alguma dança? Comecei por experimentar dança aeróbica, funky, hip-hop e polinésia. Passados alguns anos, quando comecei a estudar Dança Oriental, pensei «preciso de alguma bagagem a nível clássico», então integrei uma turma de ballet, o que me ajudou muito a superar algumas dificuldades que fui encontrando ao longo da minha vida como bailarina oriental. Todos os conteúdos desta publicação são propriedade da APDV e estão protegidos por direitos de autor.

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Todas nós temos um estilo de dança que nos puxa mais o sentimento; queres revelarnos qual te faz realmente sentir uma estrela? Esta resposta é imediata, o que me deixa feliz em palco é dançar Tarab. Cada movimento, gesto, descobrir o que vai na minha alma, cada olhar, a respiração a fluir através do meu corpo e toda a energia que me envolve, proporciona-me momentos únicos. Para além disso, adoro Shaabi, por ser tão alegre, divertido e descontraído. Mas é muito importante eu referir que, embora tenha uma queda especial para estes, todos os estilos despertam uma parte de mim e é no seu conjunto que encontro o equilíbrio. Sabemos que já participaste em vários concursos. Quais? A minha primeira performance em concursos foi há pouco mais de um ano e meio, no Festival de Dança em Hathor Berlin Internation Film, seguindo-se o Festival Munique Neith, Oriental Maresme, Sabadell Oriental, Al-Hamadrak, Stella de Oriente e Tarabesque. Todas nós sonhamos, um dia, vir a ser orientadas pelo “Mestre” com quem nos identificamos mais; queres revelar-nos qual ou quais elegerias? Em primeiro lugar é de referir que a palavra do Professor é muito importante para mim e preciso que me cativem. Tenho alguns Mestres que me inspiram profundamente e considero um treinamento anual obrigatório. Nesta lista posso destacar Gamal Seif como sendo o professor perfeito para mim, pois reúne tudo o que procuro num professor. Também Mohamed Shahin, pois sinto que o meu estilo se identifica muito com o dele, a sua rigorosa técnica, o pormenor que vai desde os pés, passando pelas pernas, até à rigorosa postura de braços, os gestos inconfundíveis. Ainda Mercedes Nieto, sendo ela a mulher que mudou a minha forma de compreender a dança; ela abriu o seu coração, é puro amor, uma bailarina e professora exemplar. Vê-la actuar faz com que veja uma nova luz no meu caminho e, confesso, eu choro! Como não podia faltar, a grande profissional Randa Kamel, com um controlo total dos músculos do corpo transformando toda a dança num equilíbrio entre a beleza e a certeza de que cada movimento sairá perfeito. Sabemos que acabaste de chegar ao Egipto! Fala-nos um pouco do que esperas e das experiências que tens tido ? É verdade! Conto já com 9 anos de Dança Oriental e, a uma dada altura, senti que merecia um pouco mais. Então a vida reservou-me um momento muito especial na minha formação enquanto bailarina: estarei no Egipto durante três longos meses e será uma verdadeira experiência de vida enquanto bailarina, ser humano e mulher, podendo assim entender muito além do que vivemos na Euro14

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pa. Quero conhecer a forma como pensam, do que eles gostam, da tão falada ética na cultura e como as pessoas encaram a Dança Oriental. Quero treinar com os melhores Mestres, aprender tudo quanto possível. Como te sentes enquanto danças? Tens algum segredo para te apresentares tão descontraída? Quando danço, sinto que posso falar através do meu corpo sem ter de usar as palavras, deixando a minha alma voar e transmitir o que sinto. Este momento enche-me de felicidade e, se puder compartilhar com a família e amigos, melhor ainda. Antes de cada actuação respiro profundamente, permaneço em silêncio para alcançar a concentração total, tento sempre ouvir um trecho musical animado para que me relaxe. O que vos posso contar é que, embora já traga comigo uma bagagem abrangente de movimentos, ainda tenho de treinar muito e o importante é trabalhar com confiança e dançar tranquilamente, para podermos dançar com felicidade e aproveitar cada segundo. O maior teste de todos foi iniciar-me como bailarina de solo, com o apoio da professora Munique, pela qual tinha uma enorme admiração, que me ajudou a ultrapassar todos os receios. Superando essa etapa, tudo se tornou mais fácil! Como foi a tua estadia em Portugal? Queres voltar? Embora tenha sido uma estadia muito curta, a minha experiência junto da Vânia, do Nuno, da Jade e de todas as meninas da APDV foi simplesmente mágica. Adorei conhecer-vos pela vossa humildade, pelas dançarinas doces e muito atenciosas, foi um experiência excelente. Pude ver a qualidade da Professora e o amor que nutre pela Arte, que contagia todas vocês, mas ressalvo que o que me enterneceu foi o coração que ela tem, como pessoa não há palavras para a descrever, é única! Não poderia responder outra coisa senão que quero voltar, não só porque me apaixonei pela Família APDV mas também pela cidade do Porto. Os dias foram perfeitos e estou -vos muito gratas por viverem esta experiência comigo. Fotografias gentilmente cedidas por Davínia Iñesta Solà. Joana Teixeira e Sara Silva (Departamento de Marketing da APDV) Todos os conteúdos desta publicação são propriedade da APDV e estão protegidos por direitos de autor.

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Fica no ouvido! “Wahashtini” (Sinto a tua falta), de Soad Muhammad Escolhi essa música porque ela toca no meu coração de verdade. A primeira vez que a ouvi foi com a bailarina brasileira Gisele Bomentre a dançá-la ao vivo no Líbano. Foi amor à 1 vista! Quando iniciei os meus estudos de Dança do Ventre mais a sério, esta foi a primeira música que escolhi como desafio para dançar; por isso, ela tem um significado especial pra mim. Link para a música online: http://www.youtube.com/watch?v=rBMs_o1A9uE Como cantar: Wa hashtiny adad nugum is sama Wa hashtiny adad kalam il hauwa Wa hashtiny fi kuli youm indana indana Wa hashtiny aktar u aktar Wachna sawa Taala n'kulli helwa haie taala taala Taala nawad kulli d'iea taala taala Taala n'kulli helwa haie taala taala Taala nawad kulli d'iea taala taala Min schufi la boukra y farradna Wina ruh elbi ma saddad'na Ishta'tili wirga'tili Wa ultili wa hashtiny!

Isharru, unauarru layalina layalina Da eshsho yama dauwib fina aah.

Tradução: Sinto a tua falta Uma saudade tão grande quanto o número de estrelas no céu Sinto a tua falta Cada dia mais e mais Vamos, vamos Vamos fazer o sonho uma realidade Vamos compensar cada minuto perdido Porque o amanhã pode separar-nos

Layali, dayali, dayali Ma fari'tisch sayya chayali dayali Layali, dayali, dayali Ma fari'tisch sayya chayali dayali Bastanna farhau bastannak U baghanni wana bahlam bil uad Allah, Allah lua al habib baad ilrhiyab Halautu bil khalil hawa yerga shabab Allah, Allah

Oh, meu querido Compensamos todo tempo juntos Eu sinto a tua falta E vim até ti, sinto a tua falta

Ya amar, ya sahar, ya amar, ya sahar Ya amary, ya sahar, ya sahary, ya amar Ragain ragain, ragain inta hanin bachrin Kull il ashiena ragaina ya Ya amar, ya sahar, ya amar, ya sahar Ya amary, ya sahar, ya sahary, ya amar Ragain ragain, ragain inta hanin bachrin Kull il ashiena ragaina ya

É o momento de te encontrar, meu amor E eu espero por ti É o momento de te encontrar, meu amor, é o momento de te encontrar Isso faz-me sentir mais jovem Sinto a tua falta

Noites, noites, noites, noites Jamais sonhei algo como tu Esperei pela felicidade Esperei por ti

Vânia Cezário (Presidente da APDV) 16

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Espaço do leitor Carta vencedora: Joana Jesus

“enferrujada” a nível corporal! Existem coisas que ainda me custam fazer, devido também ao excesso de peso que tenho, mas nada que com determinação não se consiga atingir.

Assim, quero aproveitar o texto para agradecer à APDV e, claro, em especial à Joana Marques e à Vânia Cezário, por todo o carinho que demonstram pelas suas alunas, pois nunca senti por parte de ninguém nenhum entrave por ser mais gordinha que as outras! E mais…aconselho vivamente a prática de Dança do Ventre pois é mesmo verdade que Começando então pela Magazine quero dizer “faz bem ao corpo e à alma”! que já sabia que a nº 2 iria ser um sucesso pois a Obrigada a todas! primeira edição foi um espetáculo. Dá a conhecer as várias vertentes da APDV e tudo o que se está a passar atualmente e irá passar-se. É bom lermos sobre os espetáculos, ter dicas, saber mais sobre as bailarinas e os seus percursos, ver as fatiotas que podemos ter e que nos dão ideias para fazermos nós próprias as nossas indumentárias. A mim, ler a Magazine faz-me querer aprender mais, mais e mais… Olá! O meu nome é Joana e frequento as aulas livres de Dança do Ventre na APDV. Decidi aceitar o desafio da página 17 de vos expressar a minha opinião sobre a Magazine. Para além da minha opinião vou também dar a conhecer um pouco da minha história.

A razão pela qual decidi dar a conhecer um pouco da minha história foi mesmo por ler a Magazine, mais especificamente o artigo da Professora e Bailarina Joana Marques. Identifiquei-me de imediato com ele e vão perceber porquê.

A Joana foi a autora da maravilhosa carta ven-

Sempre fui uma rapariga magra. Não aquele cedora do concurso para o Espaço do Leitor “magro”, mas magra com formas; mas numa altura desta edição da Magazine APDV e, por isso, da minha vida comecei a engordar e em vez de petemos todo o gosto de lhe oferecer este brinde: sar 60 quilos passei a pesar quase 80 (e com um conjunto de brincos e pulseira dourados da 1,59m de altura)! Sou daquelas pessoas que nunca teve nem tem problemas com o seu corpo pois, mesmo com o meu peso, nunca deixei de usar seja o que for: um bikini, roupa justa, decotes… Mas a verdade é que, quem tem um pouco mais de peso, encontra algumas dificuldades, como por exemplo com a roupa. O facto de frequentar as aulas de Dança do Ventre fez com que eu, mesmo não tendo problemas comigo mesma, me aceitasse ainda mais como sou e, para juntar a isso, deu-me força de vontade para mudar algumas coisas na minha vida, como fazer tudo para ter um estilo de vida mais saudável, tanto a nível de alimentação como exercício físico, e à custa de tudo isto já perdi dois quilos desde que frequento as aulas. Também reparei que ando muito mais calma e sorridente e que deixei de estar

Parfois, no valor de 9,98€. Muitos parabéns, Joana, e muito obrigada pelo carinho!!

A equipa APDV

Escreva-nos também! Envie-nos o seu texto por e-mail para o endereço publicacoes@apdv.pt e ajude-nos a escrever a sua Magazine de Dança do Ventre preferida! Os melhores textos serão publicados nos números seguintes da Magazine APDV e ficarão habilitados a um prémio surpresa.

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As dicas da Tia Marta

Segundo, trabalhamos os oblíquos. Em posição de prancha lateral, com o antebraço apoiado e corpo completamente alinhado, contraia Barriguinha pronta para o Verão os oblíquos durante um minuto. Realize sempre Desta vez, em pleno Verão, a Magazine APDV três repetições em cada lado. oferece alguns truques para redefinir as formas de um ventre digno de prender os olhares: e quem melhor para nos aconselhar do que uma bailarina de Dança do Ventre que é também licenciada em Desporto, frequenta o mestrado em Educação Física e ainda exerce funções como professora de musculação e cardiofitness, localizada, stretching e dança?? Por último, realizamos na mesma a prancha, Com o verão já aqui ao nosso lado, queremos mas desta vez em posição de flexão. Aguentaestar no nosso melhor, com uma barriguinha de mos um minuto, tendo cuidado com as costas. fazer inveja a qualquer um. Para isso temos um Realize três repetições. remédio muito simples! Sim meninas, falamos de abdominais! São económicos pois não exigem gastos financeiros, podemos fazer em qualquer lado e não é necessário despender muito tempo para a exercitação diária. Sempre que exercitamos o abdominal, devemos ter sempre em atenção o recto abdominal (a frente da barriga) e os abdominais oblíquos (as laterais); por isso, temos um conjunto de exercícios para si. Primeiro, para trabalhar o recto abdominal, sente-se direita, com joelhos flectidos a 90° e pés apoiados no solo, o tronco encostado às coxas e braços estendidos à frente à altura dos ombros. Expire e contraia o umbigo, curvando as costas e descendo atrás. A coluna toca elo por elo no solo. No momento da inspiração, subimos com as costas completamente rectas, voltando ao início. Repetimos quinze vezes, em três séries.

E pronto! Mais simples impossível! Os abdominais devem ser realizados pelo menos três vezes por semana, mas quantos mais, melhor! Para complementar e tonificar todo o corpo, aconselho umas corridinhas de 30 minutos ou, para quem não gosta de correr, umas caminhadas vigorosas, juntamente com muita água para hidratar. Tudo isto é, por si só, uma bela ajuda para prepararmos o corpo para a praia e, claro, para todo o ano!

Marta Guimarães (Sócia da APDV) 18

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Eu quero um destes! Conjunto vermelho Neste número apresentamos às nossas queridas leitoras uma das mais recentes criações do Atelier APDV: um modelo de luxo, com cetim de alta qualidade que lhe proporciona uma figura muito elegante. Finamente bordado com delicados cristais Swarovski verdadeiros e com as franjas também em bicones Swarovski, brilhando intensamente. Uma mistura de simplicidade e requinte! Este foi, inclusivamente, o modelo escolhido por uma das duplas de alunas APDV que se apresentaram a exame no mês de maio. Uma opção soberba para arrebatar audiências! Modelo: Marta Guimarães atelier@apdv.pt Fátima Silva (Departamento Comercial da APDV)

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Momento de reflexão... Evolução dos trajes na Dança Oriental Cláudia Ferreira (Najmah Gia), brasileira, pratica Dança do Ventre há 14 anos e leciona nas escolas Sabor Latino, Afrolatin Connection, Mitango e Feira Viva. Para Cláudia, dançar não é apenas uma execução de passos: é harmonia, cumplicidade, liberdade, expressão, é entregar-se de alma e coração àquele momento. «Eu ouso dizer que chega a ser um “relacionamento” de alguns minutos, tamanha a minha entrega à dança. A dança transporta-me para lugares diferentes, cada música conta-me uma história diferente, a qual tento expressar em movimentos corporais. Não sou uma bailarina muito metódica ao criar as minhas coreografias, gosto de libertar-me e deixar o meu corpo responder à música. Quem já me viu dançar, deve ter percebido que o meu estilo não tem movimentos “espetaculosos”, apenas deixo que a música me conduza para aquele local especial cheio de Magia: o mundo da Dança.» Como qualquer outro tipo de vestimenta, os trajes da Dança Oriental são influenciados pela moda. Mas afinal o que é a moda? A moda não é o simples uso das roupas no dia-a-dia. “A moda é abordada como um fenómeno sociocultural que expressa os valores da sociedade — usos, hábitos e costumes — num determinado momento”. Além de fazer parte da expressão artística fazer uso de toda a sorte de meios possíveis para se expressar, a moda na dança é influenciada por diversos aspetos culturais da nossa sociedade. Apesar de ser uma dança com raízes num tipo de sociedade com características muito específicas, vivemos num mundo globalizado onde as sociedades se influenciam mutuamente, surgindo uma tendência à homogeneização mundial. Os trajes da Dança Oriental, para além de serem um meio de expressão artística, são um elemento que transmite aos outros quem somos na dança. Quando uma bailarina inicia o seu percurso na dança, tem a tendência de seguir o estilo dos seus “mestres inspiradores” na forma de dançar, expressar e, logicamente, na forma de se vestir. No momento em que evoluímos em termos artísticos, desenvolvemos a nossa personalidade e estilo em termos artísticos. Sendo a moda uma forma de trans20

mitir aos outros quem somos, é este estilo e personalidade que vão ditar a forma como a bailarina irá vestir-se, mas sempre teremos a opção de escolher aquilo que queremos comunicar com a nossa dança. Atualmente, a tendência para escolher o estilo e até mesmo as cores da roupa, tendo em conta o que se usa no momento na sociedade em que se esta inserido, pode ser considerado um fator negativo, pois muitas pessoas deixam de lado os gostos pessoais e tentam vestir o que se usa para andar na moda, e muitas vezes o que está na moda não combina com o seu padrão físico. Contudo, a moda é facilmente mutável, dado que estamos constantemente a mudar o vestuário: o que está na moda usar agora, já não estará daqui a alguns meses. Os aspetos positivos da moda são a sua originalidade, tanto na criação, como nas novas peças com formatos diferentes dos habituais que se adequam perfeitamente ao seu corpo. Por outras palavras, a moda somos nós que a criamos e é uma questão de gosto pessoal. A moda é uma de muitas formas de expressão, através da qual podemos transmitir aos outros quem somos. Além de ser uma parte importante da dança, sendo responsável pelo primeiro impacto, a escolha do traje adequado pode ser utilizada

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como um aliado para realçar os nossos pontos positivos e atenuar os pontos negativos, deixando-nos mais confiantes. O fundamental é ter consciência de que o traje não é nada se compararmos à importância da dança em si, e saber que o traje não se deve sobrepor à própria dança. O maior investimento de uma bailarina deve ser na sua formação, para que a sua dança tenha ba-

ses sólidas e qualidade artística, não sendo necessário fazer uso de nenhum subterfúgio que desvie a atenção do público do foco principal, que é a dança. O que não significa que nos podemos descuidar na aparência, como disse antes: esta é uma parte importante da dança, mas não é tudo. Não vamos apresentar um produto com uma linda embalagem mas com um conteúdo

sem qualidade, pois no final o que conta mesmo é a qualidade da sua dança. Desde que o traje não perca a sua tradição e respeite sempre o estilo da dança que será apresentada, a bailarina tem liberdade para criar e usar o tipo de traje com que mais se identifique. Danças folclóricas, por exemplo, exigem trajes específicos. No entanto, fatores como a música, movimentos especiais, elementos e acessórios utilizados, motivação da coreografia e do espetáculo, entre outros, devem ser analisados na elaboração do traje. Além disto, é essencial observar as características da personalidade da bailarina, pois é algo que ficará em evidência no momento da dança. Há quem sinta a necessidade de seguir as tendências da moda, mas esta é uma questão fundamental que cabe a cada uma decidir de acordo com as suas influências, gosto, estilo e contexto. No Egipto, as bailarinas mais famosas estão sempre a inovar os seus trajes: fazem uso de saltos altíssimos, minissaias, calças de ganga e saias justíssimas, capas, etc, de acordo com seu gosto pessoal, a imagem que querem passar para o público e como forma de

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“distinguir” o seu espetáculo, entre tantos outros. Num contexto tão complexo como o dos países árabes, encontramos trajes desde os figurinos mais ousados e modernos até os mais tradicionais que nos remetem aos filmes das déca-

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das de 40 e 50. Atualmente, os trajes são mais simples, mas luxuosos. Ou seja, possuem menos enfeites e misturas de materiais. As roupas são elaboradas com foco específico em materiais de qualidade superior, aumentando

sua sofisticação. Existem algumas diferenças de design e materiais de um país para outro. Fatores como economia, cultura, política e clima também podem influenciar nestas diferenças. Já vi bailarinas a dançar com trajes lindíssimos mas que, provavelmente, não eram os mais indicados para aquele tipo de coreografia, pois não dava liberdade de movimentos, e notava-se a constante preocupação da bailarina com a roupa. Essa pequena distração desvia o foco principal da apresentação, que é a personalidade e o estilo pessoal na dança. Acredito que o fundamental é que se consiga dançar e transmitir o que se quer com a dança,

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sem que o traje se torne um obstáculo para que a bailarina brilhe com a sua dança. Resumindo, o traje na Dança Oriental tem tanto de valor estético, quanto de identificação cultural. O principal aspeto que define os trajes de dança como moda é, exatamente, o fato dela ser mutável. Ou seja, cabe a cada um decidir o que vai vestir. A minha opção é sempre por trajes que me permitam dançar livremente, com os quais me sinto confortável. Agora, se estes trajes estão na moda? - Sim, são o meu estilo e estão na minha moda; afinal, o que importa mais é a embalagem ou o que há por dentro? Cláudia Najmah Gia

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