Revista No Circuito para Empreendedores #6

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NO CIRCUITO Novembro e Dezembro 2020 – Edição 6 www.apecc.com.br

Thomas Law Revitalização do Centro de São Paulo

Gabriela Cecon

Qual o impacto do PIX sobre o comércio popular e circuito das compras

De olho no seu voto Sete dos 13 candidatos à Prefeitura de São Paulo contaram à APECC seus planos para os empreendedores e para o Circuito das Compras. Confira.

Urbanismo Prazer em ficar mais


Nascemos para fortalecer empreendores e seus negócios

Trabalhamos para o desenvolvimento do maior Circuito de Compras da América Latina. Atuamos junto ao Poder Público e oferecemos diversos serviços aos nossos associados. A força do empreendedorismo paulista passa por aqui. São Paulo cresce com a APECC. Acesse nosso site e saiba mais sobre ue podemos fazer por você. www.apecc.com.br Rua Treze de Maio, 650 – Bela Vista Telefone: (11) 3148-029 9


Nesta edição

Editorial Das Políticas Públicas e a retomada da economia Não é mais novidade que a pandemia ocasionada pelo COVID 19 tem impactado a economia mundial. Governos anunciaram medidas a fim de amenizar os abalos, enquanto empresas se adequam à nova realidade – de portas fechadas e com baixo faturamento. Segundo pesquisa realizada pelo Sebrae, o Impacto da pandemia nos Pequenos Negócios mudou o funcionamento de 5,3 milhões de pequenas empresas no Brasil, o que equivale a 31% do total. Outras 10,1 milhões, ou 58,9%, interromperam as atividades temporariamente.

5 Editorial 6 De olho no seu voto 14 Revitalização do Centro de São Paulo 16 Qual o impacto do PIX sobre o comércio popular e circuito das compras

18 APECC fecha parceria com dr.consulta e Drogaria São Paulo para oferecer descontos aos seus associados

Dentro desse cenário, as políticas públicas apresentam um papel fundamental: apoiar os pequenos negócios, valorizando o seu trabalho e melhorando as oportunidades.

19 APECC realiza lives para os empreendedores no YouTube

O comércio popular será um aliado para a retomada da economia, desde que o Poder Público se empenhe em exercer um papel de estímulo aos negócios. Um exemplo do que se explicita é o que

O Poder Público Municipal deve regulamentar o comércio popular encarando com seriedade a verdade social da região que precisa urgentemente de calçamento, iluminação, segurança e limpeza urbana. Ficamos na torcida de políticas públicas destinadas aos empreendedores do circuito das compras da cidade de São Paulo, desburocratizando o comércio popular, para o acesso à livre iniciativa, livre concorrência e plena capacitação da LIBERDADE ECONÔMICA. Armando Luiz Rovai Doutor pela Puc/SP. Professor da PUC/SP e do Mackenzie. Foi: Presidente da Junta Comercial do Estado de São Paulo; do Ipem/SP. Foi Secretário Nacional do Consumidor – SENACON/MJ. É Consultor Jurídico da APECC.

20 Prazer em ficar mais

PRESIDENTE Ademir Antônio de Moraes

EDITOR Felipe Agne

Tiragem: 10 mil exemplares Distribuição gratuita

CONSULTOR JURÍDICO DA APECC Armando Luiz Rovai

REPORTAGEM Isabela Barros

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CONSELHO DIRETIVO Thomas Law DIRETORA FINANCEIRA Ana Law Rua Treze de Maio, 650, Bela Vista CEP: 01327-000 - São Paulo - SP www.apecc.com.br E-mail: contato@apecc.com.br Telefone: +55 11 3148-0299

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atualmente ocorre na região central da cidade de São Paulo, onde o comércio popular continua intenso e ditando as regras da atividade produtiva.

DIREÇÃO DE ARTE Débora de Bem FOTOS Helcio Nagamine Shutterstock IMPRESSÃO E ACABAMENTO maistype

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Capa

De olho

no seu voto

Sete dos 13 candidatos à prefeitura de São Paulo falaram à Revista da APECC sobre os seus planos para os empreendedores e para a economia da maior cidade do Brasil. Todos os concorrentes foram procurados pela reportagem. A seguir, saiba o que Bruno Covas, Guilherme Boulos, Márcio França, Joice Hasselmann, Levy Fidelix, Marina Helou e Vera Lúcia planejam fazer. Boa leitura e bom voto!

O

desempenho do comércio paulistano pode ser mais ou menos forte de acordo com as ações do próximo prefeito para o setor. Quais as melhores

ideias? O que será feito no ano seguinte ao início da pandemia da Covid-19? Nas páginas a seguir, você confere as ideias de sete dos 13 candidatos ao cargo nas próximas eleições.

CANDIDATOS A PREFEITO DE SÃO PAULO NAS ELEIÇÕES 2020 Andrea Matarazzo (PSD) Antônio Carlos (PCO)

Vera Lúcia (PSTU) Orlando Silva (PCdoB)

Arthur do Val (Patriota)

Marina Helou (Rede)

Bruno Covas (PSDB)

Márcio França (PSB)

Celso Russomanno (Republicanos)

Levy Fidelix (PRTB)

Guilherme Boulos (PSOL)

Joice Hasselmann (PSL) Jilmar Tatto (PT)

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BRUNO COVAS: EMPREENDEDORISMO E ECONOMIA CRIATIVA Bruno Covas é o atual prefeito de São Paulo. Candidato à reeleição pelo PSDB, ele tinha 22% das intenções de voto em pesquisa divulgada pelo Ibope no último dia 15 de outubro. Na entrevista a seguir, Covas fala dos seus planos caso permaneça por mais quatro anos à frente da Prefeitura. “A nossa prioridade será a geração de emprego e renda e o estímulo ao empreendedorismo”, afirmou. O que o senhor vai fazer pelos empreendedores de São Paulo? Vamos seguir apostando na desburocratização, transparência e atração de investimentos. São 4 linhas de atuação: a redução nos entraves burocráticos; a atração de investimentos nacionais e internacionais e a melhoria do ambiente de negócios; a participação da sociedade em decisões do governo; e a inclusão digital, o aprimoramento dos serviços digitais e a automatização dos processos. O que o senhor vai fazer pelo Circuito das Compras? O Consórcio Circuito das Compras é o responsável pela construção do Centro

Popular de Compras. Pela concessão, esse consórcio fará investimentos da ordem de R$ 500 milhões em uma estrutura de 182 mil m2, com geração de cerca de 20 mil empregos diretos. Serão 4 mil boxes, mil lojas, além de praça de alimentação e estacionamento. A iniciativa terá um sistema circular de ônibus que fará a integração entre outras áreas comerciais, como 25 de Março, Bom Retiro e Santa Ifigênia. Alguma ação especial para ajudar o comércio paulistano, muito afetado pela pandemia da Covid-19? Estamos atuando em várias frentes desde o início da pandemia e temos conseguido êxito, já que estamos ouvindo e atuando em conjunto com os comerciantes para diminuir os efeitos da crise. Nossa prioridade será a geração de emprego, renda e estímulo ao empreendedorismo. A revitalização da região

central será fundamental na retomada. Vamos continuar apostando na desestatização, na parceria com o setor privado. Está nos nossos planos discutirmos o IPTU e o ISS com os comerciantes e os empreendedores.

Covas: Centro Popular de Compras é destaque entre os planos para o Circuito

Quais são os pilares do seu projeto de desenvolvimento econômico da maior cidade do país nos próximos quatro anos? Trabalho, emprego, renda e empreendedorismo são prioridades absolutas da nossa gestão. O desemprego é a face mais perversa da crise econômica. A Prefeitura tem trabalhado para ampliar as oportunidades no município. Mais de 100 mil empregos diretos foram gerados. São três eixos de trabalho: 1) Estabelecer São Paulo como uma cidade vocacionada à economia criativa; 2) Fortalecer a cultura empreendedora; e 3) Combater a desigualdade social e regional. 7


Capa GUILHERME BOULOS: ISENÇÃO DE IMPOSTOS E COMBATE ÀS DESIGUALDADES

Boulos: renda solidária para 1 milhão de paulistanos

Frequentadores do Circuito das Compras: consumo acessível

Candidato do PSOL à prefeitura paulistana, Guilherme Boulos estava em terceiro lugar na disputa, com 10% das intenções de voto, segundo pesquisa do Ibope divulgada no último dia 15 de outubro. A seguir, Boulos fala sobre os seus planos caso seja eleito, incluindo a isenção de impostos municipais para comerciantes que foram impactados pela pandemia. “Muitos desses comerciantes precisaram fechar as portas porque não tiveram sequer um desconto no IPTU”, disse. O que o senhor vai fazer pelos empreendedores de São Paulo? Houve um descaso completo da prefeitura com os pequenos comerciantes e

MÁRCIO FRANÇA: EMPRÉSTIMOS E FOCO NO COMÉRCIO

empreen d ed o res d e S ão Paulo durante a pandemia, em especial os do Circuito, que representam uma alternativa de consumo acessível para a população da periferia da cidade. Muitos desses comerciantes precisaram fechar as portas porque não tiveram sequer um desconto no IPTU. O que o senhor vai fazer pelo Circuito das Compras? Pensando nisso, vamos dar isenção de impostos municipais para comerciantes que sofreram impacto econômico no período de isolamento social. Vamos atuar também na segurança pública criando as Rondas Cidadãs de Policiamento Preventivo e Comunitário da GCM, colaborando para a prevenção da violência também nas regiões de comércio. Alguma ação especial para ajudar o comércio pau-

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listano, muito afetado pela pandemia da Covid-19? Vamos criar a Renda Solidária, que deve beneficiar cerca de 1 milhão de paulistanos, sobretudo os mais carentes, com um auxílio que deve variar de R$ 200 a R$ 400 por mês. Além de tirar milhares de pessoas da extrema pobreza, a medida vai colaborar decisivamente para aquecer a economia num momento de grave crise econômica. Quais são os pilares do seu projeto de desenvolvimento econômico da maior cidade do país nos próximos quatro anos? Nosso projeto de desenvolvimento está focado no combate às desigualdades e na inversão de prioridades. Enfrentando as máfias e os esquemas, é possível ter recursos suficientes para investir nas principais necessidades da população.

Governador de São Paulo em 2018 e 2019, quando Geraldo Alckmin renunciou ao cargo, Márcio França é o candidato do PSB na disputa. De acordo com a pesquisa do Ibope de 15 de outubro de 2020, ele estava em quarto lugar, com 7% das intenções de voto. Nas próximas linhas, França fala dos seus planos para o Circuito das Compras e para a economia da capital paulista. “Vamos construir um calendário de ações, como a maior Black Friday do Brasil”. O que o senhor vai fazer pelos empreendedores de São Paulo? Vamos emprestar R$ 3 mil, com juro zero, para 250 mil empreendedores e R$ 20 mil para 25 mil empresas. Só assim podemos voltar a crescer e gerar empregos. O pagamento dos R$ 3 mil será feito um ano após a concessão do empréstimo, em 30 prestações de R$ 100. O benefício será concedido ao longo de quatro anos, já a partir do mês de janeiro de 2021. Os recursos sairão de R$ 2,5 bilhões mensais derivados de R$ 1,8 bilhão decorrentes de contratos finalizados com OSs (Organizações Sociais) e R$ 720 milhões oriundos da redução de 7.000 cargos comissionados da gestão municipal. Além disso, vamos abrir até 250 mil microempresas de graça e emprestar até R$ 3 mil reais para cada uma, com juro zero.

O que o senhor vai fazer pelo Circuito das Compras? Vamos construir um calendário de ações, como a maior Black Friday do Brasil. Em determinadas datas, vamos ainda mobilizar o comércio e o setor de serviços para fazer promoções de produtos, serviços e atividades culturais para atrair turistas para a nossa cidade. Outro plano é criar um aplicativo integrado ao sistema de transporte para que o usuário seja reembolsado ao adquirir produtos no comércio em seu trajeto. Uma parte do que ele comprar gera um reembolso, um crédito para ser usado no próprio sistema. Alguma ação especial para ajudar o comércio paulistano, muito afetado pela pandemia da Covid-19? Além dos empréstimos citados, no Programa Melhor para Todos, nossa plataforma de governo digital vai permitir o incentivo ao comércio local com a utilização dos recursos do projeto em compras.

Quais são os pilares do seu projeto de desenvolvimento econômico da maior cidade do país nos próximos quatro anos? Já nos primeiros meses de governo, vamos implementar o Programa Futuro Jovem – emprego, formação e cidadania, que vai atender, anualmente, 60 mil cidadãos com idades entre 17 e 18 anos. Eles serão contratados pela Secretaria de Segurança para prestar serviços administrativos em todas as áreas da prefeitura. Terão salário de R$ 600, ajuda de custo para transporte, alimentação, cesta básica e uniforme. Além do trabalho, deverão fazer um curso técnico gratuito criado em convênio da Prefeitura com o sistema S. Nossos planos de reforço ao comércio e aos pequenos empreendedores serão pilares para a retomada de crescimento sustentável em São Paulo. Também prevemos a criação de incentivos econômicos para empregar mães e grupos vulneráveis.

França em campanha: foco nos setores de comércio e serviços para a geração de renda

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Capa JOICE HASSELMANN: ISENÇÃO DO IPTU E FOCO NO COMÉRCIO Concorrendo pelo PSL, Joice Hasselmann tem 1% das intenções de voto, assim como os candidatos que ocupam as páginas a seguir, segundo pesquisa do Ibope divulgada no último dia 15 de outubro. Caso seja eleita, ela diz que vai estimular o comércio, principalmente os polos que fazem parte do Circuito das Compras, como 25 de Março, Bom Retiro e Brás. “Vamos estimular emprego e renda, o Circuito das Compras é uma prioridade para mim”, afirmou. O que a senhora vai fazer pelos empreendedores de São Paulo? Vamos estimular de todas as formas os empreendimentos novos e aqueles que

Joice em campanha: isenção de multa pelo atraso no pagamento do IPTU

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LEVY FIDELIX: SHOPPING DE INFORMÁTICA E OUTDOORS

estão de pé, já que muitos fecharam por conta da pandemia. Podemos ajudar flexibilizando, por exemplo, o pagamento do IPTU, jogando essa dívida para depois. Também vamos suspender o reajuste do imposto em 2021. O que a senhora vai fazer pelo Circuito das Compras? Vamos colocar o Circuito das Compras de fato para funcionar, ampliar as possibilidades. Quero fazer da 25 de Março, Brás e Bom Retiro núcleos de shoppings a céu aberto, com linhas de ônibus integradas, veículos adaptados para guardar malas e pacotes, enfim, oferecer infraestrutura para que as pessoas possam comprar mais. Também vamos oferecer centros de lazer e descanso para os turistas de compras. Outra ideia é cadastrar os hotéis da região, integrá-los às lojas de

modo que os compradores possam despachar seus produtos direto para esses locais. Esse é um público que vem para São Paulo todos os dias, quero que venham e fiquem mais, pelo menos um dia a mais, que vão ao teatro, por exemplo. Vamos estimular emprego e renda, o Circuito das Compras é uma prioridade para mim. Alguma ação especial para ajudar o comércio paulistano, muito afetado pela pandemia da Covid-19? Tudo o que eu puder fazer para manter empregos e empresas abertas eu vou fazer, flexibilizar o IPTU, isentar da multa quem não conseguir pagar. Estou fazendo ainda um levantamento grande em relação à possibilidade de modificação da alíquota do ISS, tivemos muitas perdas nesse campo. A minha ideia é estimular cada vez mais o comércio, fazer com que ele cresça e empregue cada vez mais. Quais são os pilares do seu projeto de desenvolvimento econômico da maior cidade do país nos próximos quatro anos? A candidata não respondeu a essa pergunta.

Levy Fidelix, do PRTB, é outro candidato a reafirmar a importância do Circuito das Compras para a economia de São Paulo. Caso seja eleito, planeja construir um “shopping de informática” na Rua Santa Ifigênia. Fidelix tem 1% das intenções de voto dos paulistanos segundo pesquisa do Ibope divulgada em 15 de outubro. Saiba mais sobre os seus planos para a prefeitura na entrevista a seguir. “Queremos ter uma relação de parceria, não de multas exageradas para os empreendedores”. O que o senhor vai fazer pelos empreendedores de São Paulo? O candidato não respondeu a essa pergunta. O que o senhor vai fazer pelo Circuito das Compras? Precisamos organizar a região da 25, do Brás, a Santa Ifigênia. Queremos ter uma relação de parceria, não de multas exageradas para os empreendedores. E vamos oferecer, nesses pontos, transporte de qualidade, terminais de ônibus, oferecer traslado gratuito para os clientes. Vamos fazer ainda um shopping de informática na Santa Ifigênia, de primeira qualidade. Isso vai dar ainda mais vida à rua. O paço municipal novo será feito na região da cracolândia, onde vamos erguer

Fidelix: varredura no caixa da prefeitura e redução do ISS

uma nova São Paulo, linda, organizada. Vamos derrubar tudo e internar as pessoas que vivem ali hoje, que são dependentes químicas, precisam da nossa ajuda. O Circuito das Compras será civilizado, ordenado, organizado. Sou empresário, sou do ramo de importação e exportação, falo a linguagem deles. Alguma ação especial para ajudar o comércio paulistano, muito afetado pela pandemia da Covid-19? Meu primeiro ato será fazer uma auditoria completa nas contas públicas. Não vou tocar projetos sem ter caixa. Vamos dar uma anistia ampla de juros e mora no IPTU, não somos banco para viver de juros. Temos R$ 12 bilhões em caixa e isso tem que se reverter em obras. Sobre a Covid, ninguém fez nada em nome do isolamento funcional, com o revezamento dos funcionários nas empresas. Ninguém higienizou a cidade, as rodoviárias,

os parques. A prefeitura poderia ter isentado de ISS as empresas que fabricam máscaras, estimulado a produção de álcool em gel. Quais são os pilares do seu projeto de desenvolvimento econômico da maior cidade do país nos próximos quatro anos? São Paulo tem que voltar a ser a locomotiva do Brasil, precisa ficar aberta 24 horas, levar a marca do desenvolvimento. Quero que São Paulo tenha todas as placas de ruas novas, com sinalização em inglês e português. Tudo bem iluminado com neon. Limpeza é no chão, no alto vamos voltar a ter criatividade, outdoors. As maiores cidades do mundo têm outdoor, neon, vamos dotar as praças públicas de relógios, banheiros públicos e estacionamentos. Vamos reduzir o ISS, que é fundamental, principalmente para os pequenos comerciantes. 11


Capa

Marina: mais limpeza e segurança no Circuito das Compras

MARINA HELOU: MAIS NEGÓCIOS E ACESSO À PREFEITURA

VERA LÚCIA: SOCIALISMO E RECUPERAÇÃO ECONÔMICA

Candidata da Rede na disputa, Marina Helou tem 1% das intenções de voto dos paulistanos, segundo pesquisa do Ibope divulgada no último dia 15 de outubro. A seguir, ela fala sobre os seus planos para estimular o empreendedorismo na capital. Entre eles está o de facilitar o acesso dos empresários à prefeitura. “É possível estabelecer políticas para que as micro e pequenas empresas tenham maiores possibilidades de fechar contratos com a administração municipal”.

Uma São Paulo mais igualitária e com serviços públicos melhores e acessíveis a todos está nos planos da candidata do PSTU à prefeitura, Vera Lúcia. Com 1% das intenções de votos de acordo com pesquisa do Ibope divulgada em 15 de outubro, ela explica, na entrevista a seguir, o que pretende fazer pelo comércio e pela economia da capital. “A geração de empregos e as políticas de renda mínima são essenciais para a recuperação econômica”, disse.

O que a senhora vai fazer pelos empreendedores de São Paulo? O incentivo ao empreendedorismo pelo poder público é fundamental. Na minha gestão isso será feito por meio das estruturas internas da Prefeitura, estabelecendo diálogos com empreendedores. Minha proposta de levar para toda a população o acesso à internet gratuita é uma forma de estimular os empreendedores. Com isso, mais pessoas terão a oportunidade de criar novos negócios. O que a senhora vai fazer pelo Circuito das Compras? O Circuito das Compras tem uma função fundamental na cidade de São Paulo, tendo em vista seu potencial de geração de empregos, arrecadação de impostos e turismo. 12

Isso precisa ser valorizado. Pretendo aprimorar as iniciativas para o setor, aproximando as secretarias de Turismo e Desenvolvimento Econômico. Além disso, a importância que o Circuito das Compras tem para a cidade precisa estar presente em outros setores da administração pública, como a limpeza urbana, segurança e zeladoria. Alguma ação especial para ajudar o comércio paulistano, muito afetado pela pandemia da Covid-19? É necessário aprimorar as políticas de acesso às compras da Prefeitura, uma das maiores compradoras e contratantes de serviços do país. É possível estabelecer políticas para que as micro e pequenas empresas tenham maiores possibilidades de fechar contratos com a administração municipal. Quais são os pilares do seu projeto de desenvolvimento

econômico da maior cidade do país nos próximos quatro anos? Minhas propostas: Empreendedorismo e geração de emprego: políticas de acesso às compras realizadas pela Prefeitura, fomento ao empreendedorismo, parcerias com escolas e organizações para desenvolver a formação profissional e aprimorar o sistema de oferta e procura de emprego. Turismo: valorizar os roteiros turísticos, melhorar a experiência do turista e incentivar os passeios intermunicipais. Inovação e Infraestrutura: utilização de energia limpa em transportes públicos e veículos oficiais, desenvolver a infraestrutura e reduzir a burocracia para que novos negócios sejam realizados. Empregos verdes: financiamento de atividades de baixo carbono, incentivo para as cooperativas de catadores, qualificação dos ecopontos e compostagem.

O que a senhora vai fazer pelos empreendedores de São Paulo? A geração de empregos e as políticas de renda mínima são essenciais para a recuperação econômica. Defendemos um plano de obras públicas para construir

moradias populares, creches, hospitais, corredores de ônibus e saneamento básico, bem como a ampliação dos serviços públicos de educação, saúde, transportes e cultura para gerar empregos com carteira assinada. Defendemos, ainda, a manutenção do auxílio emergencial em R$ 600 até o fim da pandemia, com complementação pela prefeitura para atingir o piso salarial de São Paulo, que é de R$ 1.163. O que a senhora vai fazer pelo Circuito das Compras? Defendemos uma revolução nos transportes públicos para que a população trabalhadora tenha mobilidade urbana boa e barata para se locomover por toda a cidade, inclusive para os centros de compras. Nossa proposta é reconstruir a CMTC e estatizar os transportes públicos sob o controle dos trabalhadores e dos usuários.

Alguma ação especial para ajudar o comércio paulistano, muito afetado pela pandemia da Covid-19? Defendemos empréstimos sem juros para custear a folha de pagamento de micro e pequenas empresas com até 20 funcionários. Quais são os pilares do seu projeto de desenvolvimento econômico da maior cidade do país nos próximos quatro anos? O PSTU defende uma revolução socialista para que a classe trabalhadora possa governar. Um socialismo verdadeiro, onde o poder dos trabalhadores é exercido por meio de amplas liberdades democráticas. Em São Paulo, defendemos a formação de conselhos populares em todos os bairros para governar a cidade. Além disso, somos contra a xenofobia. Para nós, nenhum ser humano é ilegal. Defendemos ampliar o Centro de Referência do Imigrante (CRAI) e serviços como aulas de português gratuitas e validação de diplomas. A prefeitura deve ter uma posição clara de apoio às associações de imigrantes e refugiados. Uma das medidas que defendemos é a ruptura de todos os contratos e convênios com instituições israelenses, para expressar nossa solidariedade ao povo palestino. Também apoiamos a campanha contra a discriminação de chineses chamada #EuNão SouVírus.

Vera: emprego e política de renda mínima

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Thomas Law

DIVULGAÇÃO

Revitalização do Centro de São Paulo

Thomas Law,

advogado, presidente do Ibrachina e Conselheiro Diretivo da APECC.

Questões de políticas públicas e a requalificação do comércio popular

O

comércio popular da região central de São Paulo é conhecido como o maior polo comercial da América latina. Ele inclui regiões como o Brás, Pari, 25 de Março, Bom Retiro, Santa Ifigênia, Sé e Liberdade. Abriga inúmeros empreendimentos

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comerciais, lojas, restaurantes, bares, estacionamentos, farmácias, lotéricas e serviços em geral. É uma área privilegiada que recebe turistas nacionais e internacionais. Em outras palavras, o centro de São Paulo merece uma revitalização, um resgate de seus monumentos e lugares históricos. Alguns exemplos da região que são um verdadeiro marco na história de São Paulo são a

Catedral da Sé, o Pátio do Colégio, o Colégio São Bento e a Praça Padre Bento, no Pari, entre outros. Evidentemente que esse projeto e trabalho envolve diversos setores da sociedade, do poder público e da iniciativa privada. Também inclui as autoridades policiais, policiais militares e guardas civis metropolitanos, uma vez que é necessário garantir a conservação e guarda do patrimônio público revitalizado. Além disso, a pandemia demonstrou para a população em geral uma questão fundamental: a moradia. Isso reforça a ideia de que o centro deve e merece ser revitalizado, oferecendo uma moradia digna e apta para que as pessoas tenham fácil acesso ao trabalho do dia-a-dia dentro da região central. Com isso em mente, acrescenta-se o fato de que os cidadãos terão tempo e também condições de se requalificaram com programas que a própria Associação Paulista dos Empreendedores do Circuito das Compras – APECC, junto com o SEBRAE e outros parceiros, querem fazer para o aprimoramento dos trabalhadores no mercado central. Tal situação e projeto deve ser a pauta para o futuro prefeito de São Paulo, ou seja, implantar obras e políticas públicas que darão o devido

suporte à população para superar e retomar as atividades no pós-pandemia. Diante disso, surgem algumas ideias importantes para a chamada “revitalização do centro de São Paulo” com o objetivo de resgatar e valorizar o centro, bem como atrair cada vez mais investimentos nessa região, gerando mais emprego e renda para a população. Cito dez pontos possíveis de melhorias: 1) Terminal/Estacionamento de ônibus para a 25 de Março; viaduto ao lado do Catavento para receber turistas nacionais e internacionais; um ponto oficial da UBER, bem como um ponto com café, guarda volumes; sala de espera e apoio para as Vans da APECC – apoio a mobilidade urbana no centro de São Paulo; 2) Casa da Retorta – local para museu e exposição de feiras e eventos, bem como trazer/acomodar todas as Câmaras de Comércio Brasil/China e Associações Comerciais e Culturais China/ Brasil; 3) Pontos Oficiais do UBER no Brás; 4) Pontos Oficiais do UBER no Pari; 5) Uma Nova Passarela (escada rolante e iluminação) da Rua Rodrigues dos Santos / Rua Bucolismo; ligação importante do Brás – uma

passarela que liga o comércio entre as regiões; 6) Revitalização do Centro de São Paulo + política públicas incluindo: a) melhoria do paisagismo e recuperação das praças; b) calçadas reformadas; c) melhoria na segurança pública de toda a região; d) iluminação; 7) Chinatown (aspectos culturais + arquitetura + SP como cidades ao redor do mundo: Nova Iorque; Londres, Paris, Buenos Aires, São Francisco); ponto de ônibus; iluminação LED (característica chinesa); hotspot (wireless com cadastro do usuário); “Smartdistrict Chinatown”; 8) Moradia no Centro de São Paulo (office home) – apartamentos de 20 a 60 m2; com estrutura de escritórios de trabalho; 9) Hotelaria na região central – Hotéis na 25 de Março; no Brás – Shopping Stunt – Ibis e Megapolo; 10) Ônibus de Turismo – ônibus do SP TURISMO para levar visitantes nos locais turísticos como Mercadão; Catedral da Sé; Pátio do Colégio; Colégio São Bento; com APP da história central em português, inglês, mandarim e espanhol para conhecer a história do centro de São Paulo. Entendemos que esses 10 pontos serão o começo de uma mudança significativa

do centro de São Paulo, trazendo mais comércio, fomentando o empreendedorismo, a inovação e geração de emprego e renda. Certamente, a região central terá uma outra cara, a cara da modernidade, do turismo de compras, do turismo gastronômico, do turismo do lazer e da cultura. É necessário, portanto, a criação de uma “smart city” ou, para ser menos ousado, um “district city” que ofereça segurança aos consumidores, lojistas, empreendedores e também mais comodidade para a população local e visitante. Isto significa tornar a região central em um local único e inovador, oferecendo uma boa experiência de compras.

Na página ao lado, vista aérea da Praça da Sé. A esquerda, Casa da Retorta e acima, equipe da Guarda Civil no centro de São Paulo.

Thomas Law,

Doutorando em Direito Comercial da PUC/ SP, Mestre em Direito das Relações Internacionais Econômicas da PUC/SP, Especialista em Direito Civil e Processo Civil pela FAAP, Especialista em Direito Penal Econômico pela GV-LAW, Coach e Árbitro do Willem C. Vis International Commercial Arbitration Moot, Membro do IASP – Instituto dos Advogados de São Paulo, Autor do Livro: “O Reconhecimento e a Execução de Sentenças Arbitrais Estrangeiras no Brasil;” Advogado em São Paulo e sócio fundador do escritório Thomas Law Advogados. Conselheiro Diretivo da APECC – Associação Paulista dos Empreendedores do Circuito das Compras e Presidente do IBRACHINA – Instituto Socio Cultural Brasil e China.

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Gabriela Cecon

Qual o impacto do PIX sobre o comércio popular e circuito das compras

DIVULGAÇÃO

O Gabriela Cecon, co-

fundadora e sócia da startup Desenfila de pagamentos digitais e produtora de conteúdo digital no YouTube.

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que é o PIX? E m b o ra p a re ç a complicado, o PIX é apenas uma nova modalidade de pagamentos instantâneos desenvolvida pelo Banco Central do Brasil (Bacen). Estes pagamentos e transferências instantâneas poderão ser realizados sem limitação de dia e horário, disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana, todos os dias do ano e para qualquer banco ou instituição financeira. O objetivo do PIX é modernizar o sistema de pagamentos, reduzindo a circulação de dinheiro físico. Muitos brasileiros não possuíam conta bancária. A pandemia do covid19 acelerou o processo de bancarização no Brasil devido a necessidade dos brasileiros em receberem o auxílio emergencial. A Caixa Econômica Federal, em maio de 2020, divulgou que 40% dos cidadãos que receberam o auxílio não tinham conta bancária. O uso de dinheiro físico causa uma despesa significativa aos cofres públicos que envolvem processos de impressão, logística e segurança. A Casa da Moeda,

fundada em 1694, registrou perdas em torno de R$86,6 milhões em 2019. Entrou na pauta de debates por ter sido incluída no Programa Nacional de Desestatização (PND) pelo Governo Federal, sendo depois excluída do mesmo pelo Presidente Jair Bolsonaro. Após a implementação do PIX no dia 16 de novembro de 2020, através do app da instituição financeira, será possível localizar a pessoa para a qual deseja enviar dinheiro através do CPF/CNPJ, e-mail ou número de telefone celular. Este tipo de identificação é chamada de “Chave Pix” e substitui os dados de código de instituição financeira, agência e conta, antes utilizados para realizar TED ou DOC. Ainda é possível cadastrar um tipo de identificação chamada chave aleatória, composta de letras, números e símbolos e, assim, manter seus dados em sigilo. Também será possível realizar transferências através de QR Code, evitando contato com pinpads. Além da possibilidade de transferir dinheiro em qualquer dia e hora, o que muda na estrutura da informação

que diferencia o PIX do TED e DOC está no seu tempo de processamento. O PIX leva em média 10 segundos para ser processado, enquanto a TED pode demorar até 2 horas e o DOC, até 1 dia útil. Outro ponto a ser observado é a redução da taxa do PIX em relação à TED e DOC. A Resolução BCB Nº 19, DE 1º de Outubro de 2020 vetou a cobrança de taxas para transferências bancárias entre pessoa física, empresários individuais e de pessoas jurídicas, apenas em casos de envio e recebimento de recursos e serviços acessórios relacionados ao envio ou recebimento de recursos. Já para transações comerciais, as instituições bancárias poderão cobrar taxas do recebedor, mas não do pagador. Não muda muito como já funciona hoje em relação ao débito. As taxas praticadas tendem a permanecer as mesmas. Isto foi um balde de água fria neste momento de crise no setor, onde os comerciantes esperavam uma solução mais barata. Com a possibilidade de concorrência, os valores de taxa reduzidos para operações PIX poderão ser uma

vantagem para as fintechs ganharem o mercado contra as tradicionais instituições bancárias. Como funcionará na prática dentro do comércio? O funcionamento será mais simples do que se imagina. Algumas maquininhas de cartão já possuem integração com carteiras digitais e QR Code. O comerciante escolhe a carteira digital, insere o valor e a maquininha gera um código QR na tela. O cliente abre a câmera do celular do aplicativo de carteira digital e efetua o pagamento. A maquininha recebe o pagamento e imprime o comprovante. O Pix terá praticamente a mesma operação: irá gerar um código QR para ser escaneado para receber o dinheiro. Todas as transferências via PIX entrarão na conta do estabelecimento instantaneamente. É possível também gerar o código QR no aplicativo do banco ou carteira digital com

o valor a ser pago. Estes códigos se chamam estáticos, e podem ser impressos e utilizados como etiqueta do produto. Depois que o cliente realizar o pagamento, o comerciante poderá conferir se recebeu o valor no aplicativo do banco ou carteira digital. Outro código chamado dinâmico pode ser utilizado. Nele é possível inserir os itens que estão sendo comercializados. Porém, este código pode ser utilizado uma única vez. Este código será mais utilizado por sistemas de automação e e-commerce. Outro impacto previsto também é a possível substituição de boleto bancário. As empresas poderão enviar o código QR para a cobrança. Não haverá a necessidade de esperar compensar o pagamento, pois transferido instantaneamente. Mas as taxas de boleto podem continuar, devido ao serviço de remessa, controle de agendamento, entre outros. Os pagamentos de funcionários

também poderão ser realizados via PIX. Embora espere-se uma mudança na cultura causada pela pandemia, que aumentou a demanda por meios de pagamentos sem contato, para que o PIX impacte na vida das pessoas é necessária a utilização de um smartphone que suporte as aplicações bancárias, e tenha boa conexão com a internet. Contudo, a implementação do projeto veio num momento de transição cultural e trará um impacto na evolução de meios de pagamentos e inovação no país, trazendo maior competitividade e oportunidades para fintechs oferecerem soluções que vão bater de frente com os grandes bancos, facilitando a vida dos usuários e reduzindo custos. Além disto, trás a oportunidade de receber dinheiro de forma instantânea, tornando mais práticas as operações de recebimento de venda, gerando oportunidade de crescimento ao mercado. 17


Parcerias

Sebrae-SP

APECC fecha parceria com dr.consulta e Drogaria São Paulo

APECC realiza lives

para oferecer descontos aos seus associados

para os empreendedores no YouTube

Acordo prevê descontos em atendimentos médicos e medicamentos de todos os tipos

Palestras e debates envolveram temas como inovação e consumo em tempos de pandemia da Covid-19

S

DIVULGAÇÃO

empre em busca de facilidades para os seus associados, a Associação Paulista dos Empresários do Circuito das Compras de São Paulo (APECC) fechou duas parcerias importantes

Unidade da rede dr.consulta: desconto de 10% nos atendimentos online e de 5% nos presenciais

na área de saúde. A primeira delas, oficializada em junho de 2020, foi com a rede de clínicas de consultas e exames dr.consulta. A segunda, firmada em agosto do mesmo ano, foi com a farmácia Drogaria São Paulo. De acordo com informações da APECC, no caso do dr.consulta, o desconto no pagamento dos atendimentos online (telemedicina) é de 10%. Já nos atendimentos presenciais, o percentual é de 5%. Para obter os benefícios, os associados da APECC precisam usar o link específico da parceria no site da entidade, ativando os descontos com vouchers para as duas modalidades de serviços. Já na rede de farmácias da Drogaria São Paulo as reduções nos preços são as seguintes: 30% para medicamentos genéricos tarjados

DIVULGAÇÃO

15% para medicamentos de marca tarjados

Drogaria São Paulo: reduções nos preços variam segundo os tipos de medicamentos

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15% para medicamentos similares tarjados 5% para medicamentos de balcão similares

5% para medicamentos de balcão de marca 5% para Medicamentos de balcão genéricos Nas lojas, os associados precisam apenas informar o CPF para pagar menos pelos produtos. MEDICINA ACESSÍVEL De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), apenas 24,25% dos brasileiros têm plano de saúde particular. Nesse contexto e diante da fila de espera na rede pública para muitos procedimentos, cresce a procura por serviços como aqueles oferecidos pela rede dr.consulta. São consultas e exames a preços mais acessíveis e agendados com agilidade, num prazo normalmente não muito superior a 24 horas. Já a rede Drogaria São Paulo possui mais de 800 unidades em todo o país, com serviços de venda e entrega por telefone ou pela internet, seja pelo site ou pelo aplicativo específico da marca. A empresa, hoje presente em cinco estados, foi inaugurada em 1943, em São Paulo.

A

pandemia da Covid-19 foi uma revolução em todas as esferas, para a humanidade inteira. Nas casas e nas empresas, os reajustes foram amplos, com rotinas, práticas e orçamentos revisados. Para ajudar os empreendedores a lidar com o momento, a Associação Paulista dos Empresários do Circuito das Compras de São Paulo (APECC) tem realizado, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP), uma série de lives com temas de interesse dos empresários. Todo o conteúdo está disponível no canal da associação no YouTube, o APECC Oficial. Com muitos debates que merecem ser vistos e revistos. Entre os temas, assuntos da ordem do dia como o consumo pós-pandemia, que reuniu o diretor de Relações Institucionais da APECC Armando Luiz Rovai e o conselheiro da entidade, Thomas Law. “Só vai sobreviver quem estiver no online”, afirmou Rovai na live, realizada no dia 01 de setembro. “Nos próximos anos, serão

esperadas dificuldades econômicas, uma fase de estoques limitados na qual o comércio virtual se fortalece”. O planejamento em tempos de crise também foi colocado em pauta, desta vez com a participação do consultor do Sebrae-SP Ruy Soares de Barros. “Depois de tantos meses de prejuízos e vendas paradas ou reduzidas, conseguimos ver uma luz no fim do túnel”, disse Barros em sua apresentação, realizada em agosto. “Mas tudo tem início, meio e fim. O melhor a fazer é olhar para as oportunidades que se colocam”, disse. “Os empresários precisam analisar o que pode mudar e melhorar nas suas empresas, o que envolve um planejamento”. Outro tema essencial, inovação nas vendas, também foi alvo de uma live, conduzida pela consultora de Negócios do Sebrae-SP Juliana Berbert. Especialista em marketing e empreendedorismo, Juliana destacou a necessidade de adaptação aos novos tempos, com muitas mudanças de comportamento, como o fato de que as pessoas agora passam mais tempo em casa, consumindo

mais produtos e serviços em domicílio, por exemplo. Para conferir esses e outros debates, é só acessar a página da associação, a APECC Oficial, no YouTube.

“O consumo no pós-pandemia” Webinar com Armando Rovai

“Planejamento em tempos de crise” Webinar com Ruy Soares de Barros

“Inovando nas vendas” Webinar com Juliana Berbert

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Urbanismo

Prazer em ficar mais

Arquitetos e empreendedores defendem calçadas mais amplas, mais verde e espaços de descanso e convivência para os clientes dos principais polos do Circuito das Compras de São Paulo

S

obram motivos para amar o Circuito das Compras de São Paulo. Polos de comércio como a 25 de Março, Brás, Bom Retiro e Rua Santa Ifigênia são imbatíveis em matéria de variedade e preço baixo. Por isso mesmo, arquitetos que acompanham essas regiões defendem melhorias no urbanismo desses endereços. Os empreendedores compartilham da mesma opinião. E sonham em vender seus produtos em ruas mais bonitas e acolhedoras para os seus clientes. “A melhoria da urbanização e revitalização do circuito das compras é um dos grandes desafios da Associação Paulista dos Empreendedores do Circuito das Compras (APECC)”, afirma o presidente da associação, Ademir Antônio de Moraes. Segundo Moraes, o maior centro popular de compras do país merece “melhorias na limpeza, segurança e logística de trânsito”. “Estamos envolvidos na revitalização do Centro de São Paulo”, explica. Há outras novidades: “Assumimos a manutenção da preservação de áreas verdes na Praça da Bandeira, Rua Prates, Rua Ribeiro de Lima e Avenida Mercúrio, no trecho que vai da Cantareira até a Praça São Vito”, afirma Moraes. Responsável por vários projetos nos polos do Circuito das Compras, a arquiteta Ana Lídia da Silva destaca ações que teriam “grande impacto na qualidade dos espaços urbanos nessas áreas”. “São necessárias a melhoria do passeio (pavimentação e ampliação das calçadas), a colocação de travessias em nível

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Área na região do Vale do Anhangabaú: pedestres precisam de mais espaço para circulação

para pedestres entre as calçadas e o mobiliário (lixeiras e bancos, por exemplo) e a criação de espaço de estar e descanso para os consumidores”, explica. “Uma pavimentação de boa qualidade facilita a caminhada dos pedestres, bem como o transporte das compras”, diz. Outra ideia, segundo Ana Lídia, seria a oferta de um ônibus circular que levasse os clientes ao longo do dia de um ponto a outro do Circuito. “Poderia ser estimulado até o aumento da circulação nas ruas menos movimentadas, a partir da definição da rota a ser percorrida”.

PRAZER EM FICAR MAIS Outro observador atento do urbanismo do Circuito, Eduardo Carvalho concorda que vias comerciais tão importantes para a cidade precisam ser mais agradáveis para quem circula por elas. Diretor da empresa de melhorias urbanas Farah Service, Carvalho aponta problemas como as calçadas, que muitas vezes não favorecem a caminhada, e a falta de áreas verdes. “Ajudaria plantar mais árvores, padronizar as fachadas, ter áreas culturais nos principais polos do Circuito”, afirma. “Queremos que os centros de compras sejam espaços onde as pessoas tenham prazer em ficar mais”, diz. Outra dica envolve a criação de espaços de descanso, inclusive com a oferta de banheiros, entre outros serviços. “As ruas comerciais não devem ser campos de batalha, mas sim funcionar como um convite para que os consumidores se sintam à vontade nelas”, afirma.

sejam diretamente ligadas ao comércio. Em média, passam pelo Circuito 2 milhões de pessoas por dia, número que varia muito ao longo do ano. Para se ter uma ideia, a Polícia Militar já chegou a contar 1 milhão de pessoas na 25 de Março num único dia, pico normalmente observado nas proximidades do Natal, em dezembro.

Obras no Centro de São Paulo: mais verde e melhorias para o acesso dos consumidores

O CIRCUITO O Circuito das Compras de São Paulo inclui 993 ruas da maior metrópole brasileira. A estimativa é de que funcionem, nessas vidas, 44,4 mil empresas, das quais 36% 21


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