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Pirataria e ascensão social em debate
Pirataria e ascensão
social em debate
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Escrito pelo consultor jurídico da APECC, Armando Rovai, Combate à Pirataria discute as razões pelas quais os brasileiros levam tantos produtos falsificados para casa
ob o império da ilegalidade não há desenvolvimento econômico e social pleno. Basta dizer que, em todo o mundo, conforme a OrganizaSDIVULGAÇÃO ção Mundial de Saúde (OMS), 19% dos medicamentos comercializados são de procedência duvidosa, uma fraude em grande escala que já pode ter gerado mais de 700 mil óbitos em apenas um ano. No Brasil, o cenário não é diferente, com apreensões frequentes de cargas superiores a 30 toneladas de produtos falsificados em cidades como São Paulo. São remédios, eletrônicos, roupas, acessórios e muito mais. Para estimular esse debate e entender por que os brasileiros consomem artigos piratas, o consultor jurídico da
Associação Paulista dos Empreendedores do Circuito das Compras (APECC), Armando Rovai, escreveu o livro Combate à Pirataria, a ser lançado até agosto de 2021, pela editora Editora D’Plácido.
“Os principais afetados pela pirataria são a própria população, tanto pelos riscos corridos a partir desse consumo, o comércio regular e o fisco, quanto pela falta de arrecadação tributária”, explica Rovai.
Segundo ele, a adesão a esse tipo de ilegalidade é grande no país porque a sociedade busca a pirataria como um modo de se enquadrar nos padrões sociais impostos. “O elemento fundamental para o combate a esse tipo de crime, portanto, está na educação, no esclarecimento de que não é pela aquisição de produtos de marcas famosas que se atinge o ideal de felicidade”, afirma.
Por isso, conforme Rovai, o combate ao problema pede, além da repressão policial e da fiscalização permanente, “o preenchimento de lacunas fundamentais, a motivação para a cultura e para o esporte, por exemplo”.
TRABALHO DE BASE
A APECC realiza um trabalho de base junto aos seus associados a fim de orientá-los por meio de palestras e assessoramento direto nos shoppings. “Reforçamos as vendas legalizadas e estimulamos a inserção de cláusulas nos contratos de locação penalizando e expulsando eventuais infratores”, diz Rovai. Tais iniciativas serão mantidas após o lançamento do livro. “O trabalho de combate à pirataria é incessante, permanente”, explica o autor.