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Superando a pandemia
Empreendedores do Circuito das Compras adotam ações para vender com foco nos clientes, diversificação no atendimento e gestão do negócio
Tamaki Yamamoto, do Kisetsu: clientela que volta
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Com responsabilidade, capacidade de inovar e compromisso com o trabalho, os empresários do Circuito das Compras de São
Paulo começam a virar o jogo. O objetivo é seguir em frente lidando com o impacto da pandemia da Covid-19 na economia e buscando alternativas para manter as vendas. Um desafio sem precedentes.
“O mais importante nesse momento é valorizar a reabertura do comércio e agir com responsabilidade para ajudar a combater a Covid-19 e conscientizar a população”, explica o presidente da Associação Paulista dos Empreendedores do Circuito das Compras (APECC), Ademir Antônio de Moraes.
Segundo ele, agora é fundamental “ser criativo e melhorar o mix de produtos, tendo sempre ofertas para atrair os consumidores”. “Voltamos a funcionar e, com otimismo, vamos vencer as dificuldades e criar novos empregos”, afirma.
Outra medida adotada por muitos empresários foi o comércio online, o que ajudou a diminuir os prejuízos do fechamento para evitar a propagação do coronavírus.
Também no sentido de apoiar o comércio, a APECC tem orientado os empreendedores a negociar os valores de seus aluguéis e os preços dos produtos com os fornecedores, além de pedir mais flexibilidade na hora de pagar.
MAIS EXIGENTES
Outra característica das empresas que estão conseguindo superar a pandemia é a sensibilidade de entender as demandas dos consumidores, que, naturalmente, estão mais cautelosos em relação ao consumo, à segurança e à saúde.
“Os clientes estão mais exigentes com a limpeza no interior da loja, com o uso do álcool em gel e com a
medição de temperatura, o que é ótimo para todos”, explica o gerente da loja matriz do Armarinhos Fernando, na 25 de Março, Ondamar Ferreira. “Estamos atentos a tudo isso”.
A atenção à clientela e o cuidado com o bom atendimento também ajudaram o restaurante Kisetsu Sushi, na Liberdade, a passar pelos períodos de fechamento sem a demissão de nenhum de seus 20 funcionários.
“Não foi fácil, ficamos fechados por quatro meses e, no retorno, o fato de muitas empresas terem adotado o home office tirou muita gente da região”, afirma Tamaki Yamamoto, proprietário do Kisetsu. “Nos ajudou o fato de termos sede própria, sem a necessidade de pagar aluguel, e uma clientela fiel, que sempre volta”, diz. “Investimos cada vez mais na higiene e no bom atendimento”.
Durante a semana, a procura por sushis e sashimis está em torno de 40% do que era antes da pandemia, o que, segundo Yamamoto, melhora aos sábados e domingos.
PARCERIAS
Também no bairro japonês, a empresária Alessandra Macedo de Oliveira busca formas de superar a pandemia diversificando as opções de venda e oferecendo benefícios aos clientes. Dona da franquia de camisetas e acessórios Piticas, na Galeria Imperial, localizada na Rua Galvão Bueno, ela abriu a loja em novembro de 2020. “Somos novos na área, mas vendemos pelo WhatsApp e pelo Instagram nos períodos em que ficamos fechados”, conta. “Também fizemos parcerias com os donos de restaurantes do shopping para oferecer 10% de desconto aos clientes deles”.
Segundo ela, as coisas devem melhorar a partir de julho, com o avanço da vacinação no Brasil.