Segundo o autor, existe uma sabedoria espalhada pelo Universo que pode ser apreendida por qualquer um. Ninguém é mais do que ninguém, ninguém é menos do que ninguém. O estudo ajuda, mas a sensibilidade é fundamental. Em seus livros, Floriano procura transmitir ao leitor o que a sua sensibilidade conseguiu captar e vislumbrar. O autor não deseja impor a sua verdade. Deseja, apenas, encorajar outras pessoas a procurarem a sua própria verdade, sem fugirem de si mesmos. Espera, mais do que tudo, que as verdades que descobriu possam suavizar os caminhos do próximo. Floriano é autor dos livros Trajetória, Os Amorais e O Dançarino – todos publicados pela Aped.
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Drusus é um livro que discorre sobre obsessão espiritual. Relata aspectos, por vezes, inimagináveis.
rusus se calou e acompanhou o mestre que se retirou do local. Era um espírito bem intencionado, foi colocado ao lado de Férvius
para aprender o máximo acerca da obsessão. Era aplicado, estudioso e progredia rapidamente. Toda às vezes que voltava para a colônia, aproveitava qualquer tempo livre para estudar. Já tinha algum conhecimento adquirido em outras vidas, mas estava recém desencarnado e os estava despertando aos poucos enquanto aprendia coisas novas. Mestre e discípulos já haviam cruzado caminhos em algumas encarnações.
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O aprofundamento na Psicologia o ajuda a respaldar algumas de suas opiniões, mas a graduação, mestrado ou doutorado não são vistos por ele como as coisas mais importantes.
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Floriano Alves Borba formou-se em Odontologia em 1973, mas seu interesse maior sempre foi voltado para os assuntos ligados à filosofia, religião e a psiquê humana. Essa tendência levou o autor a se interessar pela Psicanálise. E, procurando suprir a necessidade de um conhecimento maior, busca agora a graduação em Psicologia.
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A atuação das sombras é metódica, sagaz, persistente e eficaz, graças à nossa “invigilância”, fraqueza, falta de vontade e vaidade de não enxergarmos o que realmente somos, colocando-nos num patamar de bondade e sabedoria que, realmente, só a nossa vaidade atingiu em altura. Para o autor, não foi fácil escrever este livro, apesar de tê-lo feito em apenas quinze dias. A esse livro, seguirão mais dois títulos, ainda em produção, que tratam sobre livre arbítrio, e outro sobre magia, intitulado Gárgon, o Anjo do Abismo. Floriano Alves Borba não espera que concordem com tudo o que está escrito, mas que reflitam muito sobre o assunto abordado.
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Copyright © 2012 by Floriano Alves Borba Todos os direitos desta edição reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida por qualquer processo eletrônico ou mecânico, fotocopiada ou gravada sem autorização expressa do autor. ISBN: 978-85-98792-69-9 CAPA | PROJETO GRÁFICO | DIAGRAMAÇÃO Aped - Apoio e Produção Editora Ltda. E-mail do autor: florianopacon@yahoo.com.br
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
Aped - Apoio & Produção Editora Ltda. Rua Sylvio da Rocha Pollis, 201 – bl. 04 – 1106 Barra da Tijuca - Rio de Janeiro – RJ – 22793-395 Tel.: (21) 2498-8483/ 9996-9067 www.apededitora.com.br aped@wnetrj.com.br
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Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos procurando repouso, porém não encontra. Por isso diz: Voltarei para minha casa donde saí. E, tendo voltado, a encontra varrida e ornamentada. Então vai, e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro. Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.
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Este livro é dedicado a Paulo de Tarso que sabia que por mais que trabalhasse só se salvaria pela graça de Deus, pois se fosse pela lei mosaica do olho por olho ele estaria perdido por não haver trabalho suficiente, naquela vida, para resgatar seus débitos. Com essa atitude de humildade Paulo manteve-se vigilante por toda a vida. Imite-mo-lo.
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Sumário
Prefácio • 11 1. Yuri • 13 2. Discernimento • 17 3. Três amigos • 21 4. O Infiltrado • 25 5. O Leste Europeu • 31 6. A Seita da Alegria • 35 7. Itália • 39 8. Oriente • 43 9.Islã • 47 10. Sedução • 51 11. Drogas • 57 12. O fascínio das drogas • 63 13. De volta à Ásia • 67 14. Dimitri • 73 15. Plínio • 77 16. Outras seitas • 85 17. Moisés • 89 18. De Moisés a Jesus • 91 19. A Pregação de Jesus • 95 20. O Diálogo com as Trevas • 99 21. De Jesus a Constantino • 103 22. O Desvio da Igreja • 107 23. A Inquisição • 111 24. O Estudo Continua • 115 25. O Padre Tibério • 119 26. O Padre Lucas • 125 Druzus - o aprendiz • 9
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• 10 • Floriano Alves Borba 27. O Padre Honório • 129 28. O Dízimo • 133 29. A Graça • 139 30. Demônios e Curas • 145 31. Dentro das Regras • 149 32. Centralização • 155 33. A Religião é para Todos • 159 34. O Mundo do Entretenimento • 163 35. Escritores • 167 36. O Ataque Geral • 171 37. O Medo • 175 38. A Solução • 179
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Prefácio
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u havia resolvido não escrever nenhum livro até o término de minha faculdade de Psicologia, daqui há dois anos. Pretendia acumular mais conhecimento, ler um pouco mais, mas, numa manhã de sábado, ao acordar, veio-me um impulso e sentei-me ao computador. As ideias vieram em enxurrada. Diante da delicadeza do tema, confesso, estremeci. Nesses momentos cruciais de minha vida costumo abrir a Bíblia ao acaso para me instruir. Meus olhos bateram no Livro de Jeremias, capítulo 1-17: Tu, pois, cinge teus lombos, dispõem-te, e dize-lhes tudo quanto eu te mandar: não te espantes diante deles, para que eu não te infunda espanto na sua presença. Diante disso não me restou alternativa senão confiar e cumprir a ordem e comecei a digitar o que vinha à cabeça. O primeiro escrito é o resultado de duas semanas de trabalho. Este é um livro que trata do quesito obsessão espiritual. De como vejo a influenciação, a atuação das entidades que querem o mal. Há muitas coisas que não sabemos, mas nascemos para pensar e evoluir e, assim, temos de conjeturar, meditar, imaginar para descobrir o que não sabemos; compreender o que não comDrusus - o aprendiz • 11 •
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preendemos. Nesse quesito é importante que saibamos o máximo possível para nos defendermos da astúcia dos obsessores que utilizam nossos próprios desejos para nos empurrar para onde não nos convém. São verdades? São fantasias? São verdades sim. São verdades para mim. Que cada um leia com o espírito do conselho de Buda: “Acreditai no que a vossa razão achar válido.” Mas, mesmo que a vossa razão não concorde com a minha, não deixe de prestar atenção a esse problema tão crucial em nossas vidas. Boa leitura. Floriano Alves Borba Janeiro de 2012
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1. Yuri
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eia-noite. Yuri saiu de casa para encontrar os amigos Giorgy e Seratus. Motivo; reunião com Travarrus. Assim se denominava o chefe da seita Adoradores das Potestades Submersas. O local: um galpão alugado onde Travarrus morava. Culto: insubordinação, rebeldia, agressividade, poder, comando, domínio, disfarçar-se na sociedade, submetê-la, comandar em benefício do grupo. Jovens, a maior parte saindo da adolescência, fascinavam-se por qualquer ideia esdrúxula que aparecesse. Entusiasmados, embarcavam no balanço das cantorias ritmadas regadas a vodka. A seita tinha cerca de trinta e cinco adeptos e Travarrus impressionava cada dia mais. Médium dócil das trevas, trabalhava sem saber para a Confraria dos Trevos Negros — grupo de espíritos subversivos ao bem que se localizava no umbral da Rússia asiática. Quanto mais o tempo passava, Travarrus mais se aprimorava sob o domínio de seus líderes. Preparam-se para o próximo passo. — E agora, Garrus, o que faremos? — Simplício, está na hora de Travarrus começar a usar roupas diferentes, bizarras, mas de cores soturnas, por enquanto. — De cores soturnas, mas por quê? — O ambiente terráqueo aqui é sem colorido, frio e a nossa intenção é manter a melancolia que leva ao consumo do álcool que abre melhor as portas para a influenciação. Drusus - o aprendiz • 13 •
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— Como serão essas roupas? — Os desenhos já estão aqui. Magnetize-o e imprima a ideia na cabeça dele. Quando dormindo, mostre-lhe o desenho sob hipnose. — E vai funcionar influenciar os adeptos? — Vai. E vai trazer mais adeptos. — Como tens certeza, mestre? — Estamos num mundo desorganizado, desequilibrado. As pessoas buscam algo para tirá-las da rotina, do dia a dia, algo diferente que pareça que vai funcionar, que pareça que tem poder, que pareça que vai dar-lhes conforto. Como o que têm no seu dia a dia não lhes agrada, não lhes convém, qualquer coisa de diferente que aparece chama-lhes a atenção, daí a apegarem-se a essa coisa é um passo. E assim é feito. O dócil Travarrus foi influenciado e, àquela noite aparece para seus seguidores com uma bata até os pés, toda cinza, pontuada por uma estrela negra no peito e uma lua minguante a apoiá-la. — Meus queridos. — Saúda ele com docilidade encantadora. E continua sob a assistência de Gorks que foi o espírito destacado para montar a linhagem psicológica e filosófica da seita. — Pairam sobre nossa sociedade os signos da Luz. E o que eles nos trouxeram até agora? Dor, exclusão, escuridão, vergonha. Como vamos adorar a luz se ela nos repudia? Por isso, doravante, nossos símbolos serão uma estrela negra e uma lua minguante sem luz. Ide. Ide pelas vossas casas, escolas, trabalhos e disseminai a ideia da sombra, essa sombra que nos acolhe e nos protege. Mas não procurem os velhos, estes estão já temerosos, sem coragem de modificar as coisas. A ordem agora é empreender, conquistar e só os jovens iguais a vocês estão dispostos a isso. Atuem argutamente nas conversas, nas observações. Vejam quem está insatisfeito, angustiado, com problemas familiares e tragam-nos para nossa família. Todos se protegem; fazem clubes, confrarias, sociedades secretas e montam igrejas. Façamos também o mes-
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mo; montemos nosso grupo, nossa família, nossa confraria e protejamo-nos. Temos o direito à felicidade e ao prazer. E termina o seu discurso sob gritaria intensa. O grupo, sofrido e sem esperança, engole a prédica como um bálsamo. O líder se mistura aos seguidores e, sob a assistência de Gorks, aconselha, orienta e direciona. Drusus, um espírito que trabalhava para o lado do bem, estava embasbacado com o acontecido. Argui ao seu preceptor Férvius. — Mas Férvius, não vamos fazer nada? — Drusus, você está em viagem de aprendizado. Se algo tem de ser feito deve ser feito pelos espíritos protetores locais, e você está vendo que eles só estão observando sem serem notados, como nós também não estamos sendo notados. — É. Observei isso. Por que eles não nos notam? — Nossa consciência moral, embora não tão desenvolvida, já nos dá um padrão vibratório mais sutil que torna nosso perispírito invisível para eles, assim como os encarnados, muito mais densos, não enxergam os desencarnados da sombra por terem densidade menos pesada que a deles. — Mas, insisto. Nada vai ser feito? — Volta o discípulo. — À força não. — Como então? — Pelo caminho da dor. — Mas o caminho da dor é o caminho da força. — Não Drusus. _ Como não? Ninguém quer o caminho da dor. — Então não faça más escolhas. — Mas eles não têm discernimento. — Têm, Drusus, têm. Todo espírito deste planeta que já chegou ao reino hominal já conhece o princípio áureo. — Princípio áureo? — Não façais ao outros o que não quereis que vos façam. Portanto, quando optam pelo mal sofrem depois o rebote não da força, mas da consequência do que fizeram, do que eles mesmos plantaram. Não é vingança divina, é consequência dos próprios atos.
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