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A Investigação Criminal de Elyse D’ark
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Copyright © 2013 by Mylena Araújo Todos os direitos desta edição reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida por qualquer processo eletrônico ou mecânico, fotocopiada ou gravada sem autorização expressa do autor. ISBN: 978-85-8255-034-2 Projeto gráfico: Aped — Apoio e Produção Editora Ltda. Editoração eletrônica: Thiago Ribeiro Revisão: Aped — Apoio e Produção Editora Ltda. Capa: Thiago Ribeiro CIP-Brasil. Catalogação-na-Fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros – RJ A69i Araújo, Mylena A investigação criminal de Elyse D’ark / Mylena Araújo. - Rio de Janeiro : APED, 2013. ISBN 978-85-8255-034-2 1. Ficção brasileira. I. Título. 13-1858. CDD: 869.93 CDU: 821.134.3(81)-3 22.03.13 26.03.13 043687
Aped - Apoio & Produção Editora Ltda. Rua Sylvio da Rocha Pollis, 201 – bl. 04 – 1106 Barra da Tijuca - Rio de Janeiro – RJ – 22793-395 Tel.: (21) 2498-8483/ 9996-9067 www.apededitora.com.br aped@wnetrj.com.br
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Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite. Clarice Lispector
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Aos meus pais, que sempre estiveram ao meu lado. Agradeço a vocês pelo que fizeram e pelo que estão fazendo, e desculpem-me se sou um pouco preguiçosa. A minha irmã Kilvia, que tem sido minha grande inspiração para meus personagens, e ao meu irmão caçula Isaque. A minha tia e madrinha Marta, uma pessoa alegre, bondosa e amiga. Obrigada por sempre acompanhar meus passos, agradeço do fundo do coração. E não poderia esquecer minha avó Teresa, que nunca nos deixou, sempre se preocupando com nosso bem-estar. Obrigada. A Roxane Norris, uma pessoa maravilhosa, que me ajudou a realizar o meu sonho de publicar minha obra. A Editora Aped, por ter me dado à oportunidade de mostrar meus projetos.
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Aos Professores, sem eles eu jamais estaria aqui, principalmente a Luísa, Elizete e Terezinha — minhas professoras de Língua Portuguesa. Ao pessoal da faculdade, Prof. Luís Ferreira, Coordenador Ermínio Petronio e Professora Maria. Aos meus colegas de classe e trabalho que se tornaram meus verdadeiros amigos até hoje. Enfim, a todos aqueles que acreditaram em mim.
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Sumário
Prólogo • 13 O Início • 15 Caso Número 0 • 19 Pesadelos • 29 Morrendo de Fome! • 39 Passado • 47 Sem Controle • 51 Sentidos • 61 Os Melez • 67 Sem Respostas • 73 Mentes ligadas • 81 Sentimentos • 87 Sentindo na Pele • 93 Ao Entardecer • 99 O Pedido • 105 Confissões • 111 Epílogo • 121 A Verdadeira História • 125 9
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“É uma lição que a história ensina aos homens sábios: de confiar em ideias, e não em circunstâncias.” Ralph Waldo Emerson
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Prólogo
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udo em que pensava era em seu sofrimento e nada podia ser pior do que viver sem esperança e com o sentimento de vingança em seu coração. Contudo, Bern era astuto e bem convincente e não descansaria até que pudesse vingar sua grande perda... Exatamente num belo dia de primavera conheceu uma pessoa e ficou encantado por tanta força de vontade em encontrar algo que estava além de nossa visão e conhecimento, e isso lhe dava uma ótima e extraordinária ideia — mesmo que se arrependesse depois — mas era a única forma de conseguir o que queria. Por semanas ficou observando os passos, os modos e como a jovem ficava triste em não encontrar o que queria. Bern estava pronto para terminar sua grande façanha e apenas uma pessoa seria seu alvo. Mas algo lhe fez esperar pelo momento certo — uma experiência nova, visto que nunca tinha a capacidade de pensar nos outros em primeiro lugar e, muito menos, no sofrimento em que causaria nesta pobre jovem ao fazê-la viver sua pior fase da vida. Mas há exatamente 15 anos, um milagre havia acontecido: uma bela criança nascia na época mais triste de uma pobre mulher que acabara de sofrer uma perda terrível. A tal criança seria 13
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o fim e o começo para uma aliança e, com ela, talvez a dádiva da vida retornasse para aqueles que a perderam. “Nada é o que parece ser e, quando se torna visível, nunca é o bastante”.
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O Início
E
xatamente meia-noite algo acontecia em um beco escuro. Uma jovem mulher tentava salvar a sua própria vida. — Não, por favor! Eu imploro! — Tola! Cale essa boca! Não será poupada. — O detetive Dário vai descobrir e toda a equipe! Será o seu fim. — Não acha que eles já deveriam ter descoberto quem eu sou, há muitos meses? — Ele lhe sorriu cínico. — Não seja idiota! Eles jamais irão descobrir. “Ajude-me! Não tenha medo, por favor!” Depois das últimas palavras do assassino, tudo que se podia ouvir eram os gritos agonizantes da pobre mulher que se misturaram com o uivar do vento. Um grito que se espalhou pela noite e pelos dias, reverberando por cada viela e beco da cidade. O estranho assassino andava livremente, impune, como se nada tivesse acontecido e aquele fosse o curso normal de dezenas de vidas antes de sua intervenção. Entrava na Catedral de São Paulo de Alcântara, e visitava o Museu Imperial. Inclusive, um de seus melhores amigos era do departamento policial da cidade. 15
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Morava na Rua Álvaro Machado, numa casa bem aconchegante e possuía vizinhos bem hospitaleiros. Certa noite, a Senhora Aldenny, uma das vizinhas, estava na varanda de sua casa tricotando um pequeno gorro para o netinho quando foi interrompida por uma súbita falta de luz. Com a certeza de que nada havia de errado com sua conta ou os fusíveis, resolveu se levantar e ver o que tinha acontecido, talvez à lâmpada tivesse estourado. — Pensava ela. Ao entrar na sala de estar, se deu conta de que a escuridão iminente a cegava para a disposição dos móveis e bibelôs, e tentando buscar em sua memória um mapa para chegar à cozinha acabou tropeçando no sofá, que estava bem no meio da sala. — Minha nossa quem tirou o sofá do lugar...? — Disse para si mesma. Mas Senhora Aldenny, por sua idade já lhe trazer dificuldades, — ou quem sabe fosse apenas um resquício do tempo que morava na roça com os pais? — O fato era que estava sempre bem equipada e levava em seu bolso uma caixa de fósforos e vela. Ao acendê-la, percebeu que no canto da parede havia alguém sentado com a cabeça entre os joelhos; a impressão clara de que estava chorando. O coração da senhora apiedou-se, e em passos mais lentos do que gostaria, aproximou-se um pouco mais e reconheceu o rosto de seu visitante. — Meu Deus do céu, o que está fazendo aí? — Eu... Não sei o que acontece comigo. Num momento estou em casa e no outro estou matando as pessoas. — Do que você está falando? — Tentou organizar suas ideias. — Eu não consigo parar, eu sempre mato alguém! E eu sinto o pavor delas... — Oh, meu bem... Venha, sente-se aqui no sofá. Vou buscar uma xícara de chá para você. — Disse Senhora Aldenny. — Eu não quero! Eu estou com sede... Muita sede. — Então vou preparar um copo de leite para você. Mas ao tentar passar pela porta da cozinha, seu visitante lhe impediu, empurrando-a e fazendo com que a Senhora Aldenny caísse no chão. 16
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— Por que fez isso? — Havia surpresa e receio em seu olhar. E, de certa forma, aquilo o deliciava. Ela pôde ver pelo brilho que seus olhos adquiriram quando avançou em sua direção. — Senhora Aldenny, eu peço que me perdoe... Eu não quero fazer isso... Mas é mais forte do que eu. E, você não sabe como preciso fazê-lo! Perdoe-me... — Você está me assustando... — A nota de desespero estava lá, presa em sua garganta mesmo que ela tentasse se mantivesse calma. — É muito bom saber disso. — Determinou em olhos cerrados sobre sua vítima. Nada mais. Os gritos de socorro não podiam ser ouvidos, pois nenhum havia sido pedido. O golpe fora tão rápido que a pobre velha morreu na hora, e o tal assassino já estava bem longe, como sempre fazia quando escutava a sirene do carro de polícia.
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