“...Vamos imaginar que o almoço harmonioso em família e a mídia sejam as duas bases de nossa formação. Mas você provavelmente deve estar pensando que uma coisa não tem absolutamente nada a ver com a outra, não é mesmo? Pois é, não tem nada a ver mesmo. Mas pensem comigo...”
Bárbara Ehler | Camy Gligeusky | Caroline Marinho | Cloris Peres | Débora Alcanjo | Eddy Khaos | Faby Frontiny | Floriano Alves Borba Keca Ventura | L. Hellen | Letícia kartalian | Ligia Piola | Lou Cleman | Luciana Tazinazzo | Luuck Henry | Maíra Torres | Mandy Kodama Maria Coquemala | Marina Fortes | Melissa Luz | Michele Mourão | Milla Felácio | Nathalia Doné | Neide Matsumoto | Perfect Failure Sofia Andreassa | Stella Rea | Thamiris Lopes | Victoria Lopes | Welli Oli
“...Já parou para pensar que às vezes algumas poucas palavras podem mudar sua vida? Isso aconteceu comigo naquele momento. O que minha mãe disse naquela hora mudou a minha vida completamente. Para melhor.”
Almoço em Família
• Bárbara Ehler • Camy Gligeusky • Caroline Marinho • Cloris Peres • Débora Alcanjo • Eddy Khaos • Faby Frontiny • Floriano Alves Borba • Keca Ventura • L. Hellen • Letícia kartalian • Ligia Piola • Lou Cleman • Luciana Tazinazzo • Luuck Henry • Maíra Torres • Mandy Kodama • Maria Coquemala • Marina Fortes • Melissa Luz • Michele Mourão • Milla Felácio • Nathalia Doné • Neide Matsumoto • Perfect Failure • Sofia Andreassa • Stella Rea • Thamiris Lopes • Vitória Lopes • Welli Oli
“...Quem me dera minha família fosse assim. Em nossas reuniões familiares, ou melhor, nossos almoços de domingo, sempre havia algum tipo de discussão, desavença, disputa e xingamentos. Eram poucos os que se tratavam com carinho e alegria. Acho que esse foi mais um motivo para eu desistir deles...”
Orgs.: Zélia de Oliveira & Roxane Norris
Os Autores
Organizadoras: Zélia de Oliveira & Roxane Norris
Almoço em Família Crônicas
Um concurso, uma surpresa, uma vitória. Foi assim que cada um dos 30 participantes vencedores desta coletânia de crônicas, intitulada Almoço em Família, viveu os três meses iniciais de 2012. Quase uma história de suspense. Enfim, foram anunciados os vencedores, eleitos pelos leitores e organizadoras. O concurso alcançou o seu objetivo: incentivar o escritor iniciante, mas contou também com escritores que já participaram de outros concursos e coletâneas. Um universo variado, de diversas faixas etárias, de diversos estados do país. Parabéns a todos os vencedores, a todos que se inscreveram e não estão presente nesta coleção. Não por uma questão de mérito, mas por uma questão de espaço. E aguardem a próxima. Vem mais por aí.
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Copyright © 2012 by Aped - Apoio e Produção Editora Ltda. Todos os direitos desta edição reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida por qualquer processo eletrônico ou mecânico, fotocopiada ou gravada sem autorização expressa do autor. ISBN: 978-85-98792-50-7 PROJETO GRÁFICO e EDITORAÇÃO ELETRÔNICA: Aped - Apoio e Produção Editora Ltda. REVISÃO: Liana Castelo
CAPA: Marcos Vieira CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ A456 Almoço em família : crônicas / Zélia de Oliveira & Roxane Norris (organizadoras). - Rio de Janeiro : APED, 2012. 1967-.
ISBN 978-85-98792-50-7 1. Família - Crônicas. 2. Crônica brasileira. I. Norris, Roxane II. Oliveira, Zélia,
12-2297.
CDD: 869.98 CDU: 821.134.3(81)-8
16.07.10 12.04.12
034522 Aped - Apoio & Produção Editora Ltda. Rua Sylvio da Rocha Pollis, 201 - bl. 04 - 1106 Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ - 22793-395 Tel.: (21) 2498-8483 / 9996-9067 www.apededitora.com.br aped@wnetrj.com.br
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“De todas as coisas humanas, a única que tem o fim em si mesma é a arte.” Machado de Assis
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A todos os participantes, escritores e incentivadores da literatura brasileira.
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Sumário Prefácio • 11 O Concurso • 15 Barbara Ehler
Querida e Odiada Família • 23 Camy Gligeusky
A Pizza Faz a União • 29 Caroline Marinho
Lembranças • 35 Cloris Peres
Desliguemo-nos da Tecnologia • 43 Débora Arcanjo
As Lembranças de Meus Almoços em Família • 49 Eddy Khaos
O Verdadeiro Almoço em Família • 55 Faby Frontiny
Pequenos Gestos • 59 Floriano Alves Borba
Retratos do Dia e da Noite • 61 Keca Ventura
Televisão • 69 L. Hellen
Namorado, Notícias e Almoço em Família • 73 Letícia Kartalian
O Que Temos para o Almoço? • 81 Ligia Piola •9•
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| Roxane Norris & Zélia Oliveira (Orgs.) |
O Terror dos Almoços em Família • 85 Lou Cleman
O Pote de Ervilhas • 93 Luciana Tazinazzo
Mascarados Sentados à Mesa • 99 Luuck Henry
Acontece no Meu Almoço • 103 Maíra Torres
Oceano • 111 Mandy Kodama
Bacalhoada ao Bem-querer • 119 Maria Coquemala
Apenas Mais um Almoço em Família • 125 Marina Fortes
Guerra em Família • 129 Melissa Luz
Segredo de Amigo • 135 Michele Mourão
135
É para Comer? Ou Pavê? • 141 Milla Felácio
Só Muda o Endereço • 145 Nathália Doné
O Almoço de Celeste • 149 Neide Matsumoto
Herói Cíclico • 153 Perfect Failure
Crianças, Vamos Almoçar Fora Hoje! • 157 Sofia Andressa
Um Delicioso Desastre • 163 Stella Rea
Bons Momentos • 169 Thamiris Lopes
A Arte • 175 Vitória Lopes
O Almoço Mensal • 181 Welli Oli
Os Autores • 187 • 10 •
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Prefácio
Q
uantas situações inusitadas e inconvenientes, contratempos, lembranças podem acarretar um almoço em família? Você já imaginou escrever sobre isso? Em algum momento você certamente já passou por uma situação que o marcou, seja ela engraçada, triste, ou até mesmo atípica. Em família, muitos eventos são comemorados em festa, reuniões, ou quando esta se apresenta diminuta, a dois... Um momento de companheirismo. Foi com esse leque de possiblidades que trabalhamos quando definimos que iríamos fazer esse concurso literário. Nessas crônicas, flashs do cotidiano de cada um, encontra-se a riqueza das letras que as adornaram tão bem. Iguarias de um momento lúdico ou não. Não pense você que a estrada foi fácil. Cada detalhe desse concurso foi pensado e repensado; e porque não dizer, ajustado com a ajuda de todos. Ao longo deste caminho, tanto nós organizadores, como os autores, aprendemos muito. • 11 •
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Sentamos lado a lado. Entre vários inscritos, apenas 30 continuaram à mesa, através da escolha de você, leitor. Você degustou as linhas, o aroma dos textos. E, em meio a tantos pratos saborosissimos, nos apontou o que deveríamos servir nesse Almoço em Família. Como em um buffet, esse foi o trabalho de muitos, para todos. E, como maítre desse evento, com muita honra, lhe sirvo a entrada, para deixar que possa saborear, com primor, todos esses pratos especiais. Bom apetite, e boa leitura! Roxane Norris Organizadora
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O Concurso Barbara Ehler
D
aniel Forchato chegou em casa pulando. — Mãe! — Exclamou, ofegante. Jogou sua mochila no sofá e foi direto para a cozinha, onde sua mãe preparava o almoço. — Mãe, veja isso! Um folheto colorido foi passado para a mão de sua mãe, Fernanda, que estreitou os olhos claros. — Teste seus conhecimentos com sua família e concorra a viagens maravilhosas. Parece interessante... — É uma promoção — disse Daniel, impaciente. — Tem esse concurso de conhecimentos gerais mês que vem, famílias contra famílias. Os vencedores ganharão uma viagem para Berlim! Fernanda não tirou seus olhos do folheto. — Com tudo pago? — Sim — Daniel balançou a cabeça várias vezes. — Sim, sim. Incluindo um almoço no melhor restaurante da cidade. Acho que deveríamos competir. Fernanda achou o mesmo. Comunicou o marido e logo todos começaram a estudar: o pai, a mãe, Daniel e sua irmã, Isabel, • 15 •
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todos esperançosos de ganhar a viagem. Estudaram por um mês e, quando o dia do concurso finalmente chegou, sentiam-se mais animados e nervosos do que nunca. Várias equipes concorreram, e uma tal de família Bittencourt estava ganhando. Com ar esnobe, os quatro membros da família respondiam corretamente a todas as perguntas. Os Forchato, finalistas, finalmente foram chamados para concorrer com os Bittencourt. Fizeram tudo o que podiam, mas no fim os Bittencourt venceram. — Mas não desanimem! — o apresentador repetia. — Como vocês foram os finalistas, ganharão uma esplêndida viagem para Bonito! — Como vocês foram os finalistas, ganharão uma esplêndida viagem para Bonito — Daniel repetia enquanto os quatro se dirigiam para casa.— Eles só podem estar brincando! Nós vamos para bonito praticamente todo ano e não há absolutamente nada que possamos fazer lá que já não tenhamos feito! — Cale a boca, Daniel — Isabel retrucou. — Nós fomos os finalistas e ganhamos uma viagem. Isso é melhor do que nada. — E o que eram aquelas perguntas!? “Como se diz obrigado em alemão?” Isso não faz parte dos conhecimentos gerais de alguém! A vida é muito curta para aprender alemão! — Bom, a viagem era para a Alemanha— o pai respondeu. —Eles deviam ver se sabíamos algo sobre o país. Mas todos deram o seu melhor, e isso me deixou feliz. Estou orgu... — Não pode ter sido só eu que percebi o quanto as perguntas que faziam a eles eram mais fáceis do que as nossas! Chegaram em casa e sentaram-se todos em uma mesa para discutir quem levariam — parte da promoção era levar mais um acompanhante. Daniel gostou de opinar nessa parte. • 16 •
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— A viagem é para 5 pessoas, no máximo. Então acho que devíamos ir eu, você, o pai, tia Flávia e Pedro — disse para sua mãe. Fernanda franziu o cenho. — Pedro? Por que levaríamos Pedro? — Ele é meu melhor amigo, ora. —Tem razão! — Isabel interveio. — Eu não deveria ir junto, mesmo que tenha respondido a maioria das perguntas. — Acho que deveríamos levar o vovô Humberto — disse Gustavo, o pai. — O coitado nunca sai de casa. Acho que ele aproveitaria bastante. — Pra falar a verdade, acho que realmente deveríamos levar Pedro no lugar de Isabel — Daniel ignorou o olhar de sua irmã. — E... o vovô Humberto? Mas pai, não seria legal levá-lo conosco. Ele gosta de ficar em casa assistindo televisão. Acho que ele não aproveitaria a viagem. — Então está decidido! — os olhos de Fernanda brilharam. — Levaremos o vovô Humberto. Vamos começar a arrumar as malas! E chegou o dia da viagem, e todos estavam animados, principalmente o vovô Humberto. Daniel ainda queria a presença do amigo. A viagem foi ótima. Todos aproveitaram muito, e todas as coisas que já haviam feito pareceram novas e mais interessantes. E o tal almoço no melhor restaurante da cidade fazia parte do pacote, então no quarto dia foram todos a esse restaurante. — Muito obrigado por terem me levado com vocês! — o vovô Humberto repetia com seus pequenos olhos brilhando. — Eu realmente precisava de férias. — Mas o senhor é aposentado há cinco anos — Daniel retrucou. — Coma seus legumes, moleque. • 17 •
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— Humberto? Uma voz estridente veio do fundo do restaurante. Uma voz que Humberto conhecia muito bem, bem demais. O avô deu uma olhada para trás. Lá estava ela. Vinha sorrindo falsamente, provavelmente sem saber que tinha uma alface presa ao dente. — Ora, vejam só— Humberto comentou. — Que mundo pequeno. — Realmente — a mulher respondeu. — Me desculpe — Fernanda interveio. — Quem é você? — Margarete — a mulher sorriu. — Minha ex-esposa — Humberto complementou e tomou todo o resto de sua cerveja. Fernanda e Gustavo se entreolharam. — Ah, sim! — Fernanda se levantou para cumprimentá-la. — É um prazer. — Também. Olá, crianças — Margarete sentou-se na mesa da família. — Gustavo. — Olá. — Como vai sua mãe? — Vai bem. —Bom. Eu também tenho um filho, sabia? Humberto cuspiu a alface que acabara de enfiar na boca. — Meus legumes! — Daniel exclamou. — Você tem um filho? — Humberto perguntou, incrédulo. A mulher fez cara de desdém. — É claro que tenho. — Você conseguiu se casar? — Ele está aqui, por falar nisso — Margarete disse. — Aquele ali. E apontou para um rapaz alto, musculoso, de olhos claros. Isabel imediatamente arregalou os olhos. • 18 •
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— João, venha cá — Margarete chamou, e o rapaz se aproximou. — Este é Humberto, de quem já te falei. Gustavo, seu filho, sua esposa e seus filhos. Diga olá. — Mãe, você está com uma alface presa ao dente — o rapaz comentou, sorrindo. Isabel imediatamente convidou-o para sentar-se com eles, e João o fez. — E o que vocês estão fazendo aqui? Passando suas férias, também? — Na verdade, moramos aqui. Sou a dona do restaurante. Humberto engasgou-se e começou a tossir. — E então, João — Isabel puxou sua cadeira para frente. — Qual é sua idade? — Mas que mundo pequeno, realmente... — Gustavo tentou sorrir. — Então... você é como se fosse um irmão muito, muito distante, hein? — e deu uma cotovelada em João. — Não. Não temos absolutamente nada em relação ao parentesco. Você não é filho de minha mãe e eu não sou filho de seu pai. — Foi o que quis dizer com a parte do muito, muito distante. — Se não temos nada de parentesco, significa que dois de nós poderiam se casar, certo? — Isabel interveio. — Gustavo, você pode me ajudar com seu pai? Ele não para de tossir! — Fernanda dava pequenas batidas nas costas do sogro. Margarete riu. — Ah! Humberto sempre se engasgava. Eu me lembro que isso aconteceu em um casamento. Passei a maior vergonha. Humberto imediatamente se recuperou. — Calúnia! Foi você quem se engasgou, eu apenas fui te ajudar! — Não sei do que você está falando. • 19 •
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— Alguém pode me trazer outros legumes? — Daniel reclamou. — Já chega! — Gustavo se levantou. — Viemos aqui para ter um almoço agradável, em família. Se não se importa, iremos para outro lugar. — Jogou uns trocados em cima da mesa e começou a se retirar. Fernanda o seguiu. Daniel fez o mesmo, feliz por não ter que comer os legumes, e Isabel, depois de alguns suspiros, seguiu a família. Humberto mencionou a Margarete que a alface ainda estava em seu dente antes de se retirar. — Não se pode mais ter sossego nesta vida! — Gustavo repetia. — Se nós tivéssemos ido para a Alemanha... Fernanda repetia que não tinha problema, que a viagem estava sendo ótima e que logo se acomodariam em outro restaurante. Isabel suspirava e Daniel ria. Humberto mantinha a face séria. Encaminharam-se para um restaurante não muito longe dali e logo estavam todos sentados. Mal puderam comer no outro restaurante, por isso estavam ainda famintos. — Certo... finalmente posso comer meus legumes — Daniel arrastou sua cadeira e sentou-se. Gostou de seu lugar, pois dali conseguia avistar uma garota morena realmente bonita. — E o que aconteceu depois? — Pedro perguntou. — Meu pai nos arrastou do restaurante. — Daniel respondeu. — Por que ele fez isso? — Por causa da garota bonita que estava sentada na nossa frente — explicou. — Assim que comentei sobre ela e meu pai a viu, começou a xingar, e só depois que entramos no carro explicou que era a filha de sua ex-mulher, que estava ali acenando pra ele. • 20 •
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— Puxa vida. — Pedro enfiou mais umas batatas em sua boca. — Vocês deveriam ter me levado no lugar de seu avô, sabe. Tudo isso não teria acontecido. — Bem, é. Acho que da próxima vez levaremos você e Leonardo no lugar de meu avô e de minha irmã. — Com certeza seria uma ideia melhor — Pedro concordou.
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