Degusta coração de pedra

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Armando Carlos

Armando Carlos Sabe quando se tem todas as mulheres, e ao mesmo tempo se sente totalmente sozinho?

Tricolor, regido pelo signo de Gêmeos, pai de dois filhos, um já falecido, considera-se um homem ansioso. Escrever seu primeiro livro foi um sonhor realizado. Fez com amor, sentindo cada palavra. Sabe que não irá agradar a todos, mas a sinceridade é a sua arma. “Se gostarem bem, senão... Amém.”

O amor é lindo, às vezes, o que atrapalha é a falsidade; existem tantos casais que fazem promessas de amor, dizem que amam sem ter a consciência do impacto que estas palavras terão para quem as escutam, do ódio que se pode gerar, da frustração, de se sentir rejeitado, não é um motivo para tanto... É só tentar de novo... Até acertar. Um novo recomeço, histórias de amor.

Coração de Pedra

Armando Carlos tem 39 anos, mora em Vassouras, cidade do estado do Rio de Janeiro. É funcionário público municipal.

Coração de Pedra

Assim é a vida de Arnaldo… Sofreu uma desilusão amorosa, deu muito amor e não foi correspondido. Sua adolescência foi marcada pela timidez. Muitas frustrações. Vestiu-se de uma armadura e se fechou para o amor, não encarava as mulheres como objetos, mas não se deixava envolver. Foi assim, a vida de Arnaldo, muitas mulheres, muitos prazeres, nenhum amor. Mas ele sentia falta, tinha medo do envolvimento.

Coração de Pedra fala sobre as mil aventuras de Arnaldo, suas mulheres, e os receios de um homem entregar seu coração.

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Coração de Pedra



Armando Carlos

Coração de Pedra


Copyright © 2013 by Armando Carlos Todos os direitos desta edição reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida por qualquer processo eletrônico ou mecânico, fotocopiada ou gravada sem autorização expressa do autor. ISBN: 978--85-8255-054-0 Projeto gráfico: Aped - Apoio e Produção Editora Ltda. Editoração eletrônica: Thiago Ribeiro Revisão: Aped - Apoio e Produção Editora Ltda. Capa: Thiago Ribeiro

CIP-Brasil. Catalogação-na-Fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros - RJ G624c Gonçalves, Armando Carlos Carneiro,1973 Coração de pedra / Armando Carlos Carneiro Gonçalves. - 1. ed. - Rio de Janeiro: APED, 2013. 264 p. : il. ; 21 cm. ISBN 9788582550540 1.Romance brasileiro. I. Título. 13-01818

CDD: 869.93 CDU: 821.134.3(81)-3

05/06/2013 06/06/2013 Aped - Apoio & Produção Editora Ltda. Rua Sylvio da Rocha Pollis, 201 - bl. 04 - 1106 Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ - 22793-395 Tel.: (21) 2498-8483/ 9996-9067 www.apededitora.com.br aped@wnetrj.com.br


Dedico este livro em primeiro lugar a Deus e a seu filho Jesus Cristo, a Nossa Senhora de Aparecida e São Sebastião a quem tenho devoção. A minha querida e amada esposa Euzí Lopes que me deu muito apoio assim como meu filho Armando de Moraes Gonçalves. Ao meu saudoso e querido filho Guilherme de Moraes Gonçalves, que de onde estiver, sei que está torcendo por mim. A minha mãe, pai e irmãos, familiares e aos amigos em geral. Desculpem-me se não falei o nome de todos, mas peço que se sintam incluídos aqui. Não posso deixar de agradecer a Editora Aped pelo ótimo trabalho, ficou maravilhoso!



Sumário

Introdução • 9 Capítulo 1 • 11 Capítulo 2 • 15 Capítulo 3 • 19 Capítulo 4 • 25 Capítulo 5 • 29 Capitulo 6 • 35 Capítulo 7 • 39 Capítulo 8 • 43 Capítulo 9 • 47 Capítulo 10 • 53 Capítulo 11• 57 Capítulo 12 • 61 Capítulo 13 • 65 Capítulo 14 • 69 Capítulo 15 • 73 7


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Capítulo 16 • 77 Capíulo 17 • 83 Capítulo 18 • 89 Capítulo 19 • 93 Capítulo 20 • 99 Capitulo 21 • 103 Capítulo 22 • 109 Capítulo 23 • 113 Capítulo 24 • 119 Capítulo 25 • 123 Capítulo 26 • 129 Capítulo 27 • 133 Capítulo 28 • 139

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Introdução

S

abe quando se tem todas as mulheres, mas ao mesmo tempo se sente totalmente sozinho, assim é a vida de Arnaldo... Sofreu uma desilusão amorosa, deu muito amor e não foi correspondido. Resolveu que já que elas não queriam levar nada a sério, ele teria todas e não amaria nenhuma. Assim começou a ter uma aqui outra ali, sem se importar se tinham ou não sentimento; teve horas em que achou que não era humano e que não pertencia a este planeta, como várias mulheres que passaram por ele o disseram. Será que alguma destas mulheres se conformou por ele usar e jogar fora? Será que o amor, um sentimento tão lindo que Deus criou e deixou ao ser humano, não foi capaz de penetrar o coração de alguns de seus filhos? Boa pergunta! Ser feliz sem falsidade... Amor incondicional, um sem amor, sem pátria, sem rumo, um coração de pedra. Você vai descobrir se Arnaldo é realmente um coração de pedra, você vai acompanhar e verá que amar, às vezes, leva tempo quando se fecha o coração para o amor, espero sinceramente que gostem da leitura. O amor é lindo, às vezes, o que atrapalha é a falsidade; existem tantos casais que fazem promessas de amor, dizem que 9


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amam sem ter a consciência do impacto que estas palavras terão para quem as escutam, do ódio que se pode gerar, da frustração, de se sentir rejeitado, não é um motivo para tanto... É só tentar de novo... Até acertar. Um novo recomeço, histórias de amor.

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Capítulo 1

C

omeçamos falando de Arnaldo... Um sujeito simples e trabalhador, tem 19anos, é pedreiro, ótimo profissional, cabelos castanhos, 1,73 de altura, branco olhos castanhos... Boa aparência. Só que com esta idade ainda não tinha transado, por aí se imagina como este rapaz estava prestes a entrar em erupção a qualquer momento. Mas aprendeu a se aliviar, ele descascava uma banana quase todo o dia . Vamos conhecer Olavo, moreno cabelos pretos, 28 anos, casado com Meire, uma mulata (e que mulata)! Gosta de vestidos pra cima do joelho, decotes atrevidos, cabelos sempre lisos, ela se cuida. Olavo é amigo de infância de Arnaldo, no passado, na escola, Arnaldo era muito tímido, quando via alguma menina que chamava a atenção sempre escrevia uma cartinha e pedia a Olavo para entregar; Olavo, invejoso, sempre dizia: você tem que falar com a garota, não se esconder atrás de cartinhas de amor. Olavo nunca entregava as cartas. Um belo dia Arnaldo viu Viviane e se encantou, uma menina linda, olhos negros, cabelos compridos, pele clara como neve, se encanta e comenta justo com quem? Olavo. Olavo não perdeu tempo, por ser mais atirado partiu pra cima da menina. Arnaldo mas novo e bobinho, perdeu para Olavo... Quando Arnaldo se deu conta, Olavo estava de mãos dadas com 11


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Viviane. Arnaldo fica decepcionado quando vê a cena. O interessante é que Olavo sempre fazia isto com Arnaldo, o motivo poderia ser inveja ou para provar que quem tiver a goela maior engole o outro. Voltando ao presente, Meire é uma mulher muito quente, gosta de ser o centro das atenções, paparicada e Olavo só pensa em dinheiro, quer sempre mais. A noite, quando ele está em casa, Meire o vê em frente ao computador conectado a internet, ela vai até a ele põe as mãos em seus ombros e o massageia, dá um beijo em seu pescoço e ele simplesmente não liga; Meire fala baixinho em seu ouvido: — Amor estou louquinha de vontade, faz tanto tempo que a gente não faz amor! Ele, de olho na tela do computador, responde sem dar muita atenção: — Vai deitando querida, já estou indo, preciso terminar aqui primeiro. Meire ia desapontada, já acostumada a situação, quando vinha se deitar, ela já estava dormindo há muito tempo. No outro dia, Meire acordava cedo, olhava o marido deitado ao lado e pensava: Meu Deus como sou infeliz, não tenho amor, não tenho atenção, será que ele tem outra? No começo era tão diferente, não sabia o que fazia para me agradar e agora... Deixa eu levantar, vou tomar uma ducha fria que é melhor pra me acalmar, também não vou chamá-lo... Se ele quiser acorde sozinho. Enquanto Meire tomava uma ducha fria, Olavo acorda assustado, olha o relógio e logo reclama: - Por que a Meire não me acordou? Esqueci de colocar o relógio para despertar, ele se levanta, Meire já estava na cozinha de frente para pia, lavando as xícaras. Olavo não perde tempo e reclama: - Por que não me chamou? Ela simplesmente se vira e diz: Porque não sou despertador. Ele, na agressividade e ar de deboche: - Tá nervosinha por quê? E Meire, nervosa e alterada, responde: você tem certeza que não sabe o por quê? — Quer saber... vou tomar um banho, você me estressa! Ele vai para o banheiro quieto pensando no que Meire falou, tira a roupa entra no banho e a ducha está fria. Filha da puta... tem tanto fogo no rabo que precisa tomar banho frio. Ele sai do banho de 12


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roupão enxugando a cabeça pensando:Meire, Meire, o que faço contigo? Ele vai para o quarto, ela esta na cama chorando, ele tenta consolar e lhe abraça e olha para os olhos dela entre lágrimas — Porque você tá chorando? — Você tem certeza que não sabe? — Desculpa amor... Sei que não tenho sido um bom marido, sei que tenho trazido muito trabalho para casa... Isto vai mudar, prometo! E Olavo, muito bom de lábia, sempre contornava, ele abraça-a forte, dá beijinho em seu rosto. E meloso, diz: — Amor, vamos tomar nosso café? Você colocou a mesa tão bonita e veio pra cá chorar. Vamos esquecer tudo isto e tomarmos nosso café em paz. Meire vê que não tem jeito, já conhece o marido, olha para ele com os olhos lagrimejando: — Tudo bem querido, te espero na mesa. E sai enquanto ele veste a roupa. Enquanto se veste pensa: - Tenho que arrumar algo pra ocupar a cabecinha da minha mulher... Mas o que meu Deus?! Olavo chega na cozinha e senta-se de frente para pia, percebe um azulejo solto e tem uma ideia no estalo. — Estou aqui olhando e percebi que esta casa esta precisando de reforma, aquele azulejo está solto. Pode cair e te machucar, tenho um amigo de infância, de confiança, mora no bairro vizinho, não sei se é ele o pai dele que é o pedreiro; eu podia contratá-los para fazer esta reforma, o que você acha? — Tudo bem, você é quem sabe. Responde Meire, sem entusiasmo algum. — Então, hoje mesmo vou atrás deles, diz Olavo animado.

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