Floriano Alves Borba formou-se em Odontologia em 1973, mas seu interesse maior sempre foi voltado para os assuntos ligados à filosofia, religião e a psiquê humana. Essa tendência levou o autor a se interessar pela Psicanálise. E, procurando suprir a necessidade de um conhecimento maior, busca agora a graduação em Psicologia. O aprofundamento na Psicologia o ajuda a respaldar algumas de suas opiniões, mas a graduação, mestrado ou doutorado não são vistos por ele como as coisas mais importantes. Segundo o autor, existe uma sabedoria espalhada pelo Universo que pode ser apreendida por qualquer um. Ninguém é mais do que ninguém, ninguém é menos do que ninguém. O estudo ajuda, mas a sensibilidade é fundamental. Em seus livros, Floriano procura transmitir ao leitor o que a sua sensibilidade conseguiu captar e vislumbrar. O autor não deseja impor a sua verdade. Deseja, apenas, encorajar outras pessoas a procurarem a sua própria verdade, sem fugirem de si mesmos. Espera, mais do que tudo, que as verdades que descobriu possam suavizar os caminhos do próximo. Floriano é autor dos livros Trajetória, Os Amorais, O Dançarino e Drusus, o Aprendiz – todos publicados pela Aped.
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No livro Trajetória, Floriano Alves Borba tratou de abordar como os espíritos que dirigem o orbe conduzem a humanidade em direção ao bem.
O amor não pode concordar com os erros e apenas sofrer, sofrer, sofrer. Como disse Jesus na cruz: “Perdoai-os Pai, porque não sabem o que fazem.” Ora, podemos concluir que, se ele continuasse falando, diria: “Mas se sabem o que estão fazendo, dê-lhes a punição devida.” Tem horas que o amor tem de, por amor, dizer não, para não ser conivente com o erro.
Em Gárgon, o Anjo do Abismo, porém, vemos a trajetória de um espírito denominado Gárgon, desde sua tomada de consciência humana, começando a exercer seu livre arbítrio e como ele se encaminha, em geral, primeiro para o caminho do mal, muitas vezes até o abismo e a atuação dos mentores para conduzi-lo de volta ao caminho do bem, respeitando, ao máximo, seu livre arbítrio, pois a evolução tem de ter a legitimidade do mérito. Gárgon, o Anjo do Abismo é a história da maioria de nós, que escolhemos primeiro o caminho do mal para depois nos dirigirmos ao bem. Tornamo-nos anjos do abismo por opção, pois temos sabedoria para sermos anjos do céu. Gárgon, o Anjo do Abismo está também atrelado a história de Intef, o Mago, que nos ensina a policiarmos nossos pensamentos. Pensar mal é magiar. Em síntese, esta obra é continuação da saga do aprendizado de Drusus, personagem central de outra obra do autor: Drusus, o Aprendiz.
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Copyright © 2012 by Floriano Alves Borba Todos os direitos desta edição reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida por qualquer processo eletrônico ou mecânico, fotocopiada ou gravada sem autorização expressa do autor. ISBN: 978-85-98792-xxxxxxxx CAPA | PROJETO GRÁFICO | DIAGRAMAÇÃO Aped – Apoio e Produção Editora Ltda. E-mail do autor: florianopacon@yahoo.com.br
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Ao espírito Alfa e Omega de meu espírito, RIMLU que me ajudou a sair do abismo de mim mesmo. Agradeço.
Prefácio
Gárgon, o Anjo do Abismo é a história de um espírito através dos milênios, desde a fase de conscientização, da apreensão do significado do conceito da Lei Áurea de não fazer aos outros o que não queremos que façam a nós até a definitiva incorporação nos caminhos do bem, embora ainda não sendo bom. Procura mostrar a suprema bondade divina e sabedoria no trato da evolução das criaturas despertadas pelo Criador, mostrando a pedagogia dos mentores que auxiliam Deus nesse processo. Que entendamos as palavras do Apocalipse: a besta tem sabedoria. Nós somos a besta do Apocalipse, pois já possuímos conhecimento para sermos anjos, mas com bastante frequência nos portamos como bestas, optando em sermos anjos do abismo, deixando de ser anjos do céu por nossa teimosia e medo. Essa pequena história é seguida de outra: Intef, o Mago, que trata mais especificamente de magia. Visa esclarecer levemente alguns aspectos dessa prática mais perniciosa para quem faz, do que para quem recebe. Boa leitura.
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Sumário
Capítulo 1 – O início • 11 Capítulo 2 – O Ákasa • 15 Capítulo 3 – A aula continua • 19 Capítulo 4 – Indo para o abismo • 25 Capítulo 5 – Subalternidade • 29 Capítulo 6 – A academia • 33 Capítulo 7 – Taurus • 37 Capítulo 8 – O novo planeta • 41 Capítulo 9 – O planejamento • 45 Capítulo 10 – O escultor • 49 Capítulo 11 – O músico • 55 Capítulo 12 – Expiação e prova • 61 Capítulo 13 – Degeneração • 65 Capítulo 14 – Infâncias • 69 Capítulo 15 – Remos • 73 Capítulo 16 – Política • 77 Capítulo 17 – A colônia penal • 81 Capítulo 18 – Padre Bárrius • 85 Capítulo 19 – Padre Gárgon • 89 Capítulo 20 – A fogueira • 93 Capítulo 21 – Reparação • 97 Capítulo 22 – Decapitação • 101 Capítulo 23 – Reencontro • 105 Capítulo 24 – Anatomia e cirurgia • 109
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... E outro curso se inicia para Drusus • 113 Intef, o Mago • 115 Capítulo 1 – O hospital • 117 Capítulo 2 – Egito • 119 Capítulo 3 – O templo • 123 Capítulo 4 – Praticando a magia • 125 Capítulo 5 – Índia • 129 Capítulo 6 – Idade Média • 133 Capítulo 7 – Sacerdócio desviado • 137 Capítulo 7 – A batalha dos magos negros • 141 Capítulo 8 – O ladrilheiro • 143
Capítulo 1 – O início
A
batalha é fragorosa. O sangue jorra pelas lâminas, passa da proteção e já encharca a mão de Gárgon. Ele abate mais um inimigo e, rapidamente, passa a mão na terra usando-a como secativo, pega outra vez a espada, agora firme, sem escorregar. A batalha já está quase finda e vencida. Gárgon e seus homens liquidam mais uma aldeia rival. Seu poder cresce, ele já domina metade de sua região. Os outros chefes de aldeia já conjeturam se unir contra ele. Alguns, porém, aventam a hipótese de unir-se a ele em vez de guerrear contra ele, como algumas aldeias pequenas já haviam feito. Gárgon elimina todos os homens. As mulheres, deixa para seus homens, mas as mais bonitas e jovens ele escolhe primeiro quais deseja. Os meninos pequenos foram mortos como de costume, os que estavam entrando na adolescência ou já adolescentes, em condições de empunhar alguma arma, mesmo que uma faca, foram poupados outra vez naquela batalha. Alto, corpulento, impiedoso, forte, fazia questão de lutar e não apenas ficar assistindo às tropas. A batalha finda. Gritos de vitória são dados. Todos os oponentes são mortos. Voltam à sua aldeia. – Gárgon, tudo feito. – Saquearam tudo? – Sim. Gárgon, o Anjo do Abismo • 11 •
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– Sobreviventes? – Só as mulheres que poupamos, e os meninos maiores. As mulheres estão esperando para você escolher. – Vamos lá. E Gárgon escolhe mais duas para seu harém. Usava-as e quando renovava ia dispensando algumas para seus homens. Bríton, seu fiel assessor, pergunta: – E os meninos, para que os queres? – Estarão em batalha dentro de pouco tempo. – Mas eles não estão preparados, não têm força para empunhar uma espada. – Espere Bríton. Espere. Não vão precisar lutar. Quantos já temos? – Com estes últimos um total de trezentos e cinquenta. – Na hora devida, eles serão usados. Não vai demorar muito. Mantenha-os presos. Bríton se retira sem entender as intenções do chefe, mas não se atreve a questionar. Gárgon não dava explicações. Outro dia havia matado um assessor por tê-lo questionado. Planeta 1 era um planeta saindo do estágio de planeta primitivo para planeta de expiação e provas. Carroças, utensílios domésticos eram conquistas recentes, habitações fora de grutas não eram coisas muito distantes. A confecção de armas fundidas era algo novo. Possuía uma humanidade bárbara, a maioria de espíritos cruéis, reprovados de outros planetas e espíritos primitivos, recém entrados na esfera hominídea. Era uma selvageria. Compaixão não existia, imperava a lei do mais forte, a da astúcia dos espíritos já mais intelectualizados que para ali haviam sido expulsos de diversos planetas. Gárgon era apenas mais um destes líderes cruéis, sabia que a lei era matar ou morrer, dominar ou ser dominado, escravizar ou ser escravizado. Pelo menos era assim que entendiam a lei. Não acordavam ainda para o fato de que estavam num planeta destes justamente porque pensavam assim. Inteligente, em relação aos outros, dominava sua aldeia pelo medo e procurava espalhar esse terror para as outras aldeias. Duas encontravam-se em reunião.
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– Tantara, somos inimigos, mas agora temos de nos unir. Gárgon vai liquidar a todos. – Nós dois sozinhos não daremos conta. Precisamos de mais três tribos. – Vamos falar com as tribos do norte. E marcam um grande encontro com as outras tribos. Todos eram inimigos de todos, viviam cada um em sua região, mas agora tinham um inimigo comum, era preciso que acertassem suas diferenças. – Como faremos? – Juntaremos nossa cavalaria e entraremos na planície. Temos mais cavalos do que ele. Acabamos com a cavalaria dele, e depois atacamos as tropas de terra. Tudo estava centrado na cavalaria, pois Gárgon possuía um efetivo de terra suficiente para enfrentar o efetivo das cinco tribos reunidas, um pouco menor, mas o suficiente. Enquanto isso, o tirano reúne também seu staff. – Eles devem atacar em breve. Bríton, reúna os chefes. Mande espiões para calcular o dia certo deles chegarem. – Sim, Gárgon.
Livros publicados: • Os Amorais Trata-se da doença moral. Moral e não mental. De como se educar as crianças evitando essas doenças ou minimizando-as. • O Dançarino Através de uma história singela traz exemplos de comportamento. É uma novela suave, sem cunho religioso, mas que nos faz pensar. • Trajetória De como a espiritualidade superior conduz a humanidade, através dos tempos, da sombra para a luz. Perpassa os grandes momentos da história: Grécia, Roma, Arábia, Cruzadas, Inquisição, Revolta Protestante, Revolução Francesa, Ciência, Grandes Guerras, Apocalipse e a atuação dos mentores siderais nelas. • Drusus, o Aprendiz Esclarece o fenômeno da obsessão em várias facetas, muitas delas sutis e despercebidas. • Gárgon, o Anjo do Abismo Traz a saga de um espírito com sua ida ao abismo e sua redenção. O livro discute o livre arbítrio, o elo perdido onde está e a paciência divina conosco.
Próximos lançamentos: • O Cálice de Ouro Através de uma busca a um cálice de ouro, com uma poção mágica que traz a felicidade, discute-se essa busca e a resposta à pergunta: Quem criou Deus? • O Último Dragão O livro se desenvolve numa história de um videogame em que os jogadores aprendem conceitos filosóficos até descobrirem quem é a besta do apocalipse, o significado do número 666 e quem é seu maior inimigo, o último dragão. • Barreiras Quando Deus quer, não existem barreiras. O livro discute assuntos como a indissolubilidade do casamento, a natureza do corpo de Jesus. Pretende provar, através de argumentos bíblicos que Jesus nasceu de uma relação sexual normal (e para o autor prova), discute o relacionamento Jesus e Madalena, problemas de governo, do país, de imposição linguística e outros. • O Dragãozinho Edevaldes Livro de história infantil de um dragãozinho bom e os questionamentos de seu aspecto mau, sua índole boa e sua adaptação ao mundo real.