Diéssica Sales
O Despertar ~ da Paixão ´ Amanhecer Serie
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O Despertar da Paixão
Diéssica Nunes Sales é natural de Juiz de Fora – Minas Gerais. Ama ler, escrever, ir ao teatro, tocar violão e ver seriados! Escreve desde os 14 anos, mas seu primeiro livro foi aos 16 anos. Após escrever três romances – que atualmente pretende amadurecê-los mais – começou a escrever o primeiro volume da trilogia Amanhecer. Tem um blog chamado Valorize Artistas Nacionais, onde procura divulgar um pouco mais da arte nacional, através de dicas, resenhas e entrevistas.
“Mas, para piorar minha vida, além dessa mulher que se diz minha mãe me ferrar, meu pai acha que eu sou a terapeuta da casa. Só pode! Eu sei que eu sou a mais velha, que eu tenho que ajudar ele, que eu conheço o jeito da minha mãe e que isso faz com que eu tenha que ter uma postura diferente. Mas caramba! Eu também sou humana! Aguentar essa mulher me enchendo o saco todos os dias... Eu fico chateada que ele me cobre tanta compreensão. Eu sempre tento aguentar as provocações dela, e nunca conto nada pra ele. Ele só fica sabendo quando ela conta pra ele. Diga-se de passagem que a culpa sempre é minha: Sempre sou eu que não quero ajudar, sempre sou eu que não falei direito com ela e blá blá blá. Não gosto de odiar ninguém, mas juro, que ela consegue fazer com que cada célula do meu corpo a odeie.”
Diéssica Sales
Diferente de muitas garotas que conhece, Nicole aproveita seu tempo escrevendo. Também gosta de pintar, tocar violão e cantar. É uma garota cheia de sonhos e esperanças, mas sua vida não é tão doce assim: desde a infância enfrenta sérios problemas em casa, em especial com a mãe. O pai sentindo-se culpado ao ver o sofrimento da filha, deixa-a viajar nos finais de semana para ver seus amigos e se alegrar um pouco, nem que seja por dois dias. Em uma dessas viagens, Nicole conhece um jovem e badalado ator, Vitor, o qual apesar do mutuo interesse é rejeitado por ela. Mesmo com o orgulho ferido, Vitor não desiste de conquistar a garota. Conseguiria Vitor ajudar Nicole a superar seus problemas?
´ Amanhecer Serie
´ Amanhecer Serie
Copyright © 2013 by Diéssica Salles Todos os direitos desta edição reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida por qualquer processo eletrônico ou mecânico, fotocopiada ou gravada sem autorização expressa do autor. ISBN: 978-85-8255-xx-xx Projeto gráfico: Aped - Apoio e Produção Editora Ltda. Editoração eletrônica: Thiago Ribeiro Revisão: Aped - Apoio e Produção Editora Ltda. Capa: Thiago Ribeiro
CIP-Brasil. Catalogação-na-Fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros – RJ
Aped - Apoio & Produção Editora Ltda. Rua Sylvio da Rocha Pollis, 201 – bl. 04 – 1106 Barra da Tijuca - Rio de Janeiro – RJ – 22793-395 Tel.: (21) 2498-8483/ 9996-9067 www.apededitora.com.br aped@wnetrj.com.br
“Criam-se mágoas mais que amores Voam os vasos e quebram as flores Por não saber o que é o amor, nós erramos.” Não dê Asas aos Vasos — Guga Sabatiê
Agradecimento
Obrigada pai e mãe. Obrigada por sempre me apoiarem e torcerem incondicionalmente por mim. Diúle, irmã querida, obrigada por ter nascido, por iluminar minha vida mesmo quando você me estressa intensamente! Obrigada por acreditar em mim, minha artista. Te amo! Guga Sabatiê, você também é um dos culpados por essa obra ter sido escrita, então, obrigada por suas músicas me inspirarem tanto! Carla Vilardi, Victor Paes Leme, Luiza Rocha, Cristal Caspary, Bruno Besler, Pedro Moreira e Beatriz Perçu obrigada por tudo! Obrigada por apoiarem e acreditarem no meu trabalho. Por entrarem na minha vida. Sucesso para nós! Mariana Seabra, obrigada por me ajudar — com um conselho que jamais esquecerei — a resolver um dos maiores impasses da obra: o nome do meu protagonista! Mari Sartorello e Letícia Falci, obrigada por me ajudarem com informações que necessitei para a escrita. Mari Bastos e Agatha de Assis, obrigada por me apoiarem tanto. Obrigada Leonardo Born, Juka Garibaldi, Alexandra Besler, Jodenir de Souza, Kaio Rodrigues, Lucas Villaça, Kelly 7
Diéssica Sales
Atalaia, Márcia Miranda, Bia Oliveira, Renata Canossa, Eddy Khaos, Beatriz Baesso, Júlia Baesso, Priscila Landim, a minha família e demais amigos. Obrigada pelo apoio e amizade de vocês.
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Sumário
Agradecimento • 7 Capítulo 1 • 11 Capítulo 2 • 15 Capítulo 3 • 61 Capítulo 4 • 89 Capítulo 5 • 115 Capítulo 6 • 133 Capítulo 7 • 149 Capítulo 8 • 157 Capítulo 9 • 169 Capítulo 10 • 195 Capítulo 11 • 221
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Capítulo 1
N
icole Rodrigues era estudante de psicologia e escritora. Residia na cidade de Juiz de Fora e tinha 18 anos. Sempre fora sonhadora. Desde pequena sonhava em ser uma escritora reconhecida. E não ficava apenas no sonho. Ela havia escrito vários contos e pensamentos, além de um livro. Gostava ler. Seu primeiro livro foi O Pequeno Príncipe. Logo que leu, surpreendeu seus pais, pedindo mais um livro de presente. Ganhou uma versão para crianças de Sonho de Uma Noite de Verão. Após lê-lo, pediu mais outro livro a seus pais. Aos dez anos escreveu seu primeiro pensamento. Tímida, não mostrou para ninguém. Com o passar dos anos, acumulou pensamentos, poeminhas e contos. Porém, com quase quinze anos resolveu escrever seu primeiro romance. Desmotivada com a falta de oportunidades para escritores brasileiros, Nicole abandonou temporariamente seu projeto; porém, sonhadora e lutadora como era, jamais deixaria um sonho morrer. Amante de todo o tipo de arte, além de escrever, desenhava como ninguém, pintava quadros a óleo e ainda tocava violão. 11
Diéssica Sales
Além de todos estes dons, tinha outro que nunca pensara em utilizá-la profissionalmente: a sua belíssima voz.. Durante um tempo, fez parte de um grupo de teatro amador com mais quatro amigos. Ensaiavam trechos de novelas, peças ou filmes todos os sábados em seu apartamento. Com tanto amor à arte, envolveu-se com o mundo do teatro e da música. Passou a ir para o Rio de Janeiro todos os finais de semana para ver uma peça ou visitar os amigos que fizera. Com essas viagens, conheceu muita gente, e uma dessas pessoas é a querida e talentosa atriz Ana Roumec. Nicole e Ana se conheciam há um ano. Apesar da distância, se comunicavam quase diariamente através de sms ou uma rede social. Apesar de amar tanto a arte, também amava a ciência. E essa é a razão para que não estivesse em uma faculdade relacionada à arte. Nicole estava no 2º período de Psicologia. Até seus 17 anos, não sabia o que queria fazer. Pensava em Letras, já amava escrever. Mas sentia que ainda não era o que ela queria. Até que então, faltando pouco tempo para a inscrição no vestibular pensou em Psicologia. Uma amiga, recém-formada no curso, foi uma das influências para que ela o escolhesse. Após ler um pouco sobre Psicologia e conversar com sua amiga, Nicole se interessou mais pelo tema de grande abrangência. Têm-se da ciência mais pura que é a Neuropsicologia até a psicologia transcendental, aquela que estuda o espírito humano, e que nem é aceita pelo Conselho Federal de Psicologia. Apesar de estar gostando demasiadamente do curso, ela não tinha ideia de que área seguir. Gostava um pouco de tudo: da neurociência, da psicologia comportamental e de algumas linhas psicanalíticas. Ela era grande fã de um cantor chamado Fred Muniz. Seu maior sonho era conhecê-lo. Tinha, inclusive, um fã clube no twitter chamado @Fred_MeuTudo. Também era viciada em filmes e seriados. 12
Amanhecer — O Despertar da Paixão
Vitor Amaral era ator. Tinha 22 anos e residia no Rio de Janeiro. Trabalhava numa das maiores redes de televisão do país, e era o astro da última novela produzida por esta. Lindo, gostoso, cheiroso, carismático, pegador eram alguns de seus adjetivos. Conhecido pelas fãs como “tchutchuco tudo de bom”, inicialmente, adorou todos os apelidos e assédios. Era alto, moreno, tinha olhos castanhos, corpo malhado e espetacular. Apesar do seu jeito popstar, Vitor fazia o que amava e não porque era bem pago e tinha todas as garotas aos seus pés. Sempre amou o teatro e a música. Aos doze anos, conseguiu convencer sua mãe de pô-lo em uma aula de teatro. Três anos depois também começou a cantar. Com isso, começou a fazer alguns shows com sua amiga Karina e seu amigo Gustavo. Deixou o grupo de teatro aos dezoito anos, ficando então apenas nos palcos das casas de shows e bares do Rio de Janeiro. Até que aos vinte e um anos, a emissora que ele trabalhava o procurou após ver alguns vídeos dele na internet. Vitor tinha vários videobooks num site de hospedagem de vídeos, com monólogos, diálogos e cenas das várias peças que apresentou ao longo dos anos. Ao ser procurado pela emissora, aceitou de prontidão o papel principal na nova novela, deixando assim, os palcos. Apesar de estar havia quase um ano longe dos palcos, nunca deixou de cantar e tocar. Quando não estava gravando, reunia-se na casa de seus amigos para fazer música. Compôs várias, porém nunca gravou nenhuma delas. Nunca pensou em fazer nenhum curso de graduação, apesar de sua mãe, sempre dizer-lhe o quanto seria importante qualquer tipo de curso, inclusive na área artística, já que ele não pensava em sair da arte por nada, nem por falta de dinheiro. Porém, apesar de amar e respeitar muitíssimo a mãe, nunca lhe dera ouvidos, pelo menos não quanto a isso. 13
Diéssica Sales
Um dos sonhos de Vitor era ver a arte se tornar mais valorizada no mundo. Ver as pessoas parassem de estigmatizá-la e marginalizá-la. Sentia-se mal ao saber que as pessoas não a valorizam, e que pensavam que quem fazia arte não passava de um desocupado, vagabundo e drogado. Não ligava para o que a pessoas pensavam dele, mas sim da arte. As pessoas não sabiam o que estavam perdendo, ele pensava. Afinal, a arte poderia ser tão mais do que uma simples cena ou uma simples música. “A arte transcende nossos seres”, ele dizia.
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