Glauber Minghetti
Glauber Minghetti nasceu em 1992. Começou a escrever seus romances aos 13 anos. Hoje, aos vinte anos, faz faculdade de Comunicação Social — Jornalismo. E publica o seu primeiro livro. Reside em São Paulo com seus pais, sua irmã e com a sua cachorrinha Belinha com que adora brincar.
Abriram a porta e entraram. Ao longe, podia-se ver um trono azul bem claro, como se fosse um lápis de cor. Lá, se sentava um grande fauno magro, mas de braços musculosos, tão fortes que faziam bolas de massa corporal, como se tivesse dado caxumba. Ele tinha os olhos turvos; não dava para negar que ele era estrábico. O fauno estava usando uma capa vermelha, uma coroa de ouro, com rubis em volta, e uma roupa azul, da mesma cor do trono. Abarba e os cabelos eram ruivos, que parecia vinho. O seu olhar era curioso, mesmo ele sendo estrábico, ele podia ver o que estava se passando ao seu redor... Quem são esses garotos?
Glauber Minghetti
Dom Lucí descobre que o seu antepassado, o general Aritec, foi amaldiçoado há mil anos, pelo rei dos dragões Mor, com a Maldição dos Lagartos, pois os dragões queriam destruir os seres humanos. Tendo o seu destino totalmente mudado, Dom Lucí tem uma estranha visão onde Mor aparece escondendo um ovo. Essa visão muda totalmente o seu destino. Desconfiado, ele decide partir, descobrindo um mundo de criaturas perigosas e mistérios além de sua compreensão. Enfrenta faunos, vendedores de escravos, gigantes e as perigosas Tiletys que também desejam o Cetro de Ouro para trazer as trevas ao Mundo Oril.
APED - Apoio e Produção Editora Ltda.
capa o ultimo dragão.indd 1
APED - Apoio e Produção Editora Ltda.
27/3/2013 11:12:06
Glauber Minghetti
Copyright © 2013 by Glauber Minghetti Todos os direitos desta edição reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida por qualquer processo eletrônico ou mecânico, fotocopiada ou gravada sem autorização expressa do autor. ISBN: 978-85-8255-030-4 Projeto gráfico: Aped - Apoio e Produção Editora Ltda. Editoração eletrônica: Thiago Ribeiro Revisão: Jota Cabral Capa: Thiago Ribeiro e Vanessa Orgélia
CIP-Brasil. Catalogação-na-Fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros – RJ M619u Minghetti, Glauber O último dragão e o começo da maldição / Glauber Minghetti. - Rio de Janeiro : APED, 2013. ISBN 978-85-8255-030-4 1. Ficção brasileira. I. Título. 13-1115. CDD: 869.93 CDU: 821.134.3(81)-3 20.02.13
22.02.13 042940
Aped - Apoio & Produção Editora Ltda. Rua Sylvio da Rocha Pollis, 201 – bl. 04 – 1106 Barra da Tijuca - Rio de Janeiro – RJ – 22793-395 Tel.: (21) 2498-8483/ 9996-9067 www.apededitora.com.br aped@wnetrj.com.br
Este livro é para todos que trabalham no Centro de Estudos Instituto Unibanco,e, principalmente, para o bibliotecário Ubirajara. Sabe por que ele é grande? Sem ofensas! Porque seu coração não cabe dentro do peito.
O Inimigo tem que ter medo do guerreiro, e, nĂŁo, da sua espada. Antigo ditado ĂŠlfico.
Agradecimentos
Agradeço ao meu pai Ailton, que me viu escrevendo no celular o meu primeiro livro, aos 13 anos, por ter me dado uma máquina de escrever para fazer os meus romances. Sem a ajuda dele, não teria sido escritor e nem rascunhados os primeiros capítulos deste livro. Também não posso esquecer a minha mãe, que ficava aguentando os cliques da máquina de escrever o dia inteiro, sempre me orientando para seguir em frente, principalmente nos momentos que eu achava que não conseguiria. A minha avó Norma, que sempre ouviu as minhas ideias, tendo conversas maravilhosas comigo, apoiando-me, para que o meu sonho se concretizasse. Ao bibliotecário Ubirajara Dias de Melo que sempre me dava um bom romance para leitura, ajudando na melhora da minha escrita. Ele é único! Aos meus amigos da faculdade, Jean Fernandes, Ailton Severino, Amanda Costa e Janaina Guimarães que acreditaram no meu sonho, ouvindo cada parte da minha obra e torcendo por mim.
Glauber Minghetti
Agradeço, principalmente, a Deus, por realizar um objetivo de longa data. A Ele dou todo critério. E não menos importante, a minha editora Zélia de Oliveira, que teve interesse na minha obra, que me deu a oportunidade de publicação e respondeu-me as inúmeras perguntas, com uma paciência admirável. Agradeço a todos! Glauber Minghetti
10
Sumário
Capítulo 1 — A Maldição dos Lagartos • 13 Capítulo 2 — Dom Lucí e Juli Male • 17 Capítulo 3 — O Reino dos Faunos • 25 Capítulo 4 — O Tabuleiro de Jogo • 37 Capítulo 5 — Sendo Vendido como Escravo • 45 Capítulo 6 — Juli Male é uma Professora de Etiqueta • 65 Capítulo 7 — As Fadas • 73 Capítulo 8 — O Diário • 79 Capítulo 9 — Fugindo da Escravidão • 85 Capítulo 10 — Os Gigantes • 99 Capítulo 11 — Uma História Antiga • 105 Capítulo 12 — Solução • 109 Capítulo 13 — O Reino de Erigestian • 115 Capítulo 14 — Um Guerreiro sem Glória • 127 Capítulo 15 — Conhecendo o Reino de Erigestian • 133
Capítulo 16 — O Desaparecimento das Crianças • 143 Capítulo 17 — O Cetro de Ouro • 155 Capítulo 18 — O Reino Maligno das Tiletys • 165 Capítulo 19 — A Liberdade • 167 Capítulo 20 — A Aldeia Eveu e o Último Dragão • 175 Capítulo 21 — O Amuleto de Thorkis • 181 Capítulo 22 — A Lança de Ferro com Sangue, o
Renascimento de Mor • 187
Capítulo 23 — O Começo dos Problemas • 191 Capítulo 24 — O Templo dos Dragões • 195
k
Capítulo 1 A Maldição dos Lagartos
H
omens e dragões lutavam em uma batalha mortal; os dragões queriam destruir o povo humano que, por sua vez, sofria com os ataques deles. Os dragões tinham um rei chamado Mor, que era frio, cruel e não tinha pena dos guerreiros que não tinham sucesso em suas missões. Não tinha nem piedade de si próprio. Quando falhava em alguma coisa, machucava seu corpo nas paredes pontiagudas da caverna. O rei de Amirestec não aguentava mais a opressão dos dragões que ameaçavam seu reino, por isso queria fazer alguma coisa para ajudar seu povo. Até que um dia, um feiticeiro de uma terra distante apareceu e lhe disse que o rei dos dragões, Mor, que morava após o norte do mundo, estava além do conhecimento dos homens. O rei, quando soube disso, fez uma expressão de triunfo. Ele não se importava se Mor era mais forte do que ele, só queria destruir a fera que estava trazendo destruição ao mundo, e, por isso, mandou o general Aritec Loves Meliques Beliques para além do norte do mundo, onde ficava o dragão. Aritec levara consigo seus soldados de guerra e partiram todos para o destino que o rei ordenara. Mas, eles não estavam livres dos dragões que os atacavam durante a jornada, que durou doze anos de suas vidas. 13
Glauber Minghetti
Faltavam dois dias para chegar à caverna de Mor e, antes que pudessem continuar à caminhada, apareceu um grande pergaminho mágico, parecido como uma folha velha, onde estavam escritas as seguintes palavras: “OS DRAGÕES FORAM DERROTADOS POR TODOS OS REINOS DO MUNDO? SIM! MAS, FALTA MOR, QUE AINDA PODE AMEAÇÁ-LOS.” DOS GNOMOS DAS MONTANHAS. Os soldados gritaram vitória, mas o general Aritec ainda não estava contente, pois queria a cabeça de Mor como troféu. Faltavam dois dias para chegar até a caverna. Os dois dias se passaram. Mor, ouvindo barulhos metálicos, guardou sua única preciosidade: o seu filho, que estava dentro de um ovo, para que não fosse afetado. Os soldados entraram. Todos estavam com um pouco de medo, principalmente, o general Aritec, porque não sabiam se voltariam vivos ou mortos para suas casas. Continuaram andando até que avistaram um enorme dragão cor de prata, cuja cara diabólica e demoníaca trazia olhos vermelhos como sangue. O general Aritec tomou coragem e disse com uma voz autoritária: — Renda-se, Mor! Seus dias de maldades acabaram! — Nunca! — Disse o dragão com voz fria — Os meus dragões não vão deixar vocês me matarem! — Você não soube da notícia?! — Falou debochando. — Qual?! — Questionou, falando de modo arrastado. — Os Gnomos das Montanhas disseram em um pequeno, ou melhor, grande pergaminho, que os dragões tinham sidos exterminados pelo mundo inteiro. E você será o próximo! 14
O Último Dragão e o Começo da Maldição
— Isso é que vamos ver! Mor abriu a sua boca, e dela começou a aparecer uma luz amarelada e laranjada, mas que depois se apagou, fazendo sair fumaça. Aritec deu um sorriso de triunfo. — O seu foguinho não deu em nada! — debochando com desprezo. — Soldados, ataquem-no! Uma nuvem de flechas e lanças pontiagudas foi em direção a Mor, de uma só vez. Várias delas ficaram cravadas em sua barriga, pernas e no seu rosto, mas uma flecha e uma lança, ao mesmo tempo, acertaram seu coração. Ele fechou os olhos e caiu morto no chão. O seu peso fez tremer a caverna, provocando um barulho forte de terremoto, que deixou tremendo todo o chão. O general Aritec ficou olhando para o dragão. Virou-separa seus soldados, erguendo a sua mão direita, gritando: — Vencemos! Os soldados se entreolharam, fazendo, depois, o mesmo gesto do general. — Vencemos! — Disseram os soldados. Deceparam o corpo de Mor em pedaços, preservando intacta a cabeça de Mor; isso era um triunfo para Aritec, que encarava o dragão morto. Perto da caverna de Mor, tinha uma coisa linda: um mar com águas bem azuis. O sol estava tão forte que os raios batiam nas águas, dando uma cor de ouro espelhado lindo, deixando parecer que o mar era feito de ouro. Os soldados jogaram os pedaços de Mor no mar. Aritec jogara a cabeça de Mor por último, mas, de repente, emergiu o espírito de Mor... Os seus olhos estavam cheios de ódio. Os soldados tremiam de medo. O dragão olhou para os soldados e para o general, dizendo em voz gélida: — Eu voltarei! A “Maldição dos Lagartos” começa! E seu espírito desapareceu como fumaça. Aritec e seus soldados não entenderam nada, mas aquelas palavras estariam guardadas em suas memórias. Começaram a comemorar, com ou sem “Maldição dos Lagartos”. Agora, só importava festejar a derrota dos dragões. 15
Glauber Minghetti
Voltaram felizes para o Reino de Amirestec, por terem derrotado os dragões. Não tinha mais nenhum perigo em suas vidas. — Parabéns, general Aritec e soldados vocês salvaram o Mundo Oril! — Disse o rei, no meio do povo. Todos aplaudiram. Passaram-se mil anos, depois do extermínio dos dragões.
16