Capa: Aped - Apoio e Produção Editora Ltda.
O autor não deseja impor a sua verdade. Deseja, apenas, encorajar outras pessoas a procurarem a sua própria verdade, sem fugirem de si mesmos. Espera, mais do que tudo, que as verdades que descobriu possam suavizar os caminhos do próximo.
“– Ramshim! – Sim, meu pequeno. – Por que o Luminoso não destrói logo a águia? – Porque a ama. – Ama? Como pode alguém amar quem faz o mal? – O sol brilha sobre bons e maus, sobre a lama e sobre a terra limpa. Brama ama ao bom e ao mau. Ele não destrói o mau, transforma-o em bom. Se ele destruísse o mal não conseguiria transformá-lo em bem. Veja este esterco, nós não o jogamos fora, misturamos na terra e da terra nascem flores perfumadas. – Mas eu devo aceitar o mal? – Não. Mas não deve odiar quem o pratica.”
Trajetória
O aprofundamento na Psicologia o ajuda a respaldar algumas de suas opiniões, mas a graduação, mestrado ou doutorado não são vistos por ele como as coisas mais importantes. Segundo o autor, existe uma sabedoria espalhada pelo Universo que pode ser apreendida por qualquer um. Ninguém é mais do que ninguém, ninguém é menos do que ninguém. O estudo ajuda, mas a sensibilidade é fundamental. Em seus livros, Floriano procura transmitir ao leitor o que a sua sensibilidade conseguiu captar e vislumbrar.
E
ste pequeno trecho demonstra a ideia fundamental do livro: a profunda amorosidade e tolerância divinas para cuidar de seus filhos. Transmutando e não destruindo, as hostes celestes vão trabalhando em nossa trajetória conduzindo-nos, através dos tempos, das trevas para a luz, da ignorância para a sabedoria .
Floriano Alves Borba
Floriano Alves Borba formou-se em Odontologia em 1973, mas seu interesse maior sempre foi voltado para os assuntos ligados à filosofia, religião e a psiquê humana. Essa tendência levou o autor a se interessar pela Psicanálise. E, procurando suprir a necessidade de um conhecimento maior, busca agora a graduação em Psicologia.
O Floriano Alves Borba
Trajetória
presente livro visa expor um ciclo de evolução de um planeta saindo de um estágio primitivo, passando pelo estágio de expiação e provas para caminhar para o nível de regeneração. Não é um livro científico, filosófico, doutrinário. São impressões, ideias, opiniões pessoais do autor que serão combatidas por muitos e bem recebidas por outros. É uma visão, um panorama da história, da trajetória de uma humanidade em um ciclo de aprendizado. A obra procura mostrar como o caminhar global da história é planejado pelos mentores e pedagogos siderais possibilitando um evoluir moral e intelectual. Através dos personagens, com seus dramas pessoais, atravessamos a história acompanhando a grande luta interna dos indivíduos até a vitória final do bem. Ao lerem este livro, transportem-se para o cenário ou época que lhes for mais caro. Em todos os lugares, no entanto, a assistência espiritual do alto sempre se fez presente.
Floriano Alves Borba
Trajet贸ria
Floriano Alves Borba
Trajet贸ria
Copyright © 2011 by Floriano Alves Borba Todos os direitos desta edição reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida por qualquer processo eletrônico ou mecânico, fotocopiada ou gravada sem autorização expressa do autor. ISBN: 978-85-98792-28-6 CAPA | PROJETO GRÁFICO | DIAGRAMAÇÃO Aped - Apoio e Produção Editora Ltda. ILUSTRAÇÃO DE CAPA Vanderlei Assis E-mail do autor: florianopacon@yahoo.com.br CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ B719t Borba, Floriano Alves, 1952Trajetória / Floriano Alves Borba. - 1.ed. - Rio de Janeiro : APED, 2011. ISBN 978-85-98792-28-6 1. Ficção brasileira. I. Título. 11-8323.
CDD: 869.93 CDU: 821.134.3(81)-3
08.12.11 09.12.11
Aped - Apoio & Produção Editora Ltda. Rua Sylvio da Rocha Pollis, 201 - bl. 04 - 1106 Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ - 22793-395 Tel.: (21) 3183-0849/ 2498-8483 www.apededitora.com.br aped@wnetrj.com.br
031925
A Zulmira, Por ter me incentivado a entrar na carreira liter谩ria e pela ajuda que sempre me deu em minha trajet贸ria.
Agradecimento
A Vanderlei Assis, pela imagem da capa
Sumário
Agradecimento
7
Apresentação
11
Grécia – O início
13
Capítulo 2 – Ianzis
17
Capítulo 3 – A festa
21
Capítulo 4 – Ramsa
25
Capítulo 5 – A luta
29
Capítulo 6 – Almas afins
33
Capítulo 7 – Nova vida
37
Capítulo 8 – O prontuário
41
Capítulo 9 – A cirurgia
45
Capítulo 10 – O novo Kanoplus
49
Capítulo 11 – A província
53
Capítulo 12 – A estratégia
57
Capítulo 13 – Avaliações
63
Capítulo 14 – Novos escravos
67
Capítulo 15 – Fim de ciclo
79
Capítulo 16 – Caronte
83
Capítulo 17 – O julgamento
87
Capítulo 18 – Novo ciclo Capítulo 19 – Kanoplus reencarna
93 101 Trajetória | 9 |
Capítulo 20 – Kanoplus reencarna outra vez
107
Capítulo 21 – A chegada dos outros
115
Capítulo 22 – Os ovóides
123
Capítulo 23 – Klonus
129
Capítulo 24 – Caronte reencarna
133
Capítulo 25 – Krepus
145
Capítulo 26 – Anfilos
153
Capítulo 27 – O Almirante
163
Capítulo 28 – Judeia
167
Capítulo 29 – A aldeia
175
Capítulo 30 – Em casa
185
Capítulo 31 – Júlia e Lívia
193
Capítulo 32 – Ramshim
199
Capítulo 33 – Babilônia
203
Capítulo 34 – Magia
207
Capítulo 35 – Dor
213
Capítulo 36 – O menino águia
217
Capítulo 37 – Roma
227
Capítulo 38 – O resgate
237
Capítulo 39 – Cardus
247
Capítulo 40 – Idade das trevas
257
Capítulo 41 – Cruzadas
269
Capítulo 42 – Caravelas
277
Capítulo 43 – Inquisição
285
Capítulo 44 – Igualdade, liberdade e fraternidade
293
Capítulo 45 – A ciência e o espírito
301
Capítulo 46 – Guerras
307
Capítulo 47 – Hoje
313
Capítulo 48 – O túnel magnético
323
Apresentação
O
presente livro visa expor um ciclo de evolução de um planeta saindo de um estágio primitivo, passando pelo estágio de expiação e provas para caminhar para o nível de regeneração. Não é um livro científico, filosófico, doutrinário. São impressões, ideias, opiniões pessoais do autor que serão combatidas por muitos e bem recebidas por outros. É uma visão, um panorama da história, da trajetória de uma humanidade em um ciclo de aprendizado. A obra procura mostrar como o caminhar global da história é planejado pelos mentores e pedagogos siderais possibilitando um evoluir moral e intelectual. Através dos personagens, com seus dramas pessoais, atravessamos a história acompanhando a grande luta interna dos indivíduos até a vitória final do bem. Poderia ser feito com outros personagens, outros cenários, outras civilizações, mas, ao que parece, os cenários escolhidos são mais familiares ao espírito do autor. Ao lerem este livro, transportem-se para o cenário ou época que lhes for mais caro. China, Egito, Capadócia, Japão, Trajetória | 11 |
Mongólia, Alasca, Austrália, Índia e outros lugares que , com certeza, foram palco de dramas iguais ou parecidos. Em todos os lugares, no entanto, a assistência espiritual do alto sempre se fez presente. E em todos eles, a oportunidade de redenção foi concedida. A hora, porém, chegou. Mais um ciclo se completa. Como eu já disse em outro livro: – Não espero que concordem comigo, mas gostaria imensamente que pensassem sobre o assunto. Boa leitura.
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Floriano Alves Borba
Grécia – O início
G
récia clássica, século VII A.C., burburinho na ágora, Kanoplus se envolve em mais uma pugna. Corpulento, debochado e agressivo, Kanoplus vivia provocando os outros para, depois, ter o prazer de bater neles. Preguiçoso, beberrão, não era atlético sendo mais para o flácido e gordo. Sua compleição física, altura e força eram genéticos, nada devido a exercícios, pois não tinha nenhuma disciplina. Tinha olhos e cabelos claros. A inteligência era mediana, por determinação cármica, para facilitar o aprendizado de aspectos da emoção. Kanoplus era um reprovado sideral. Seu espírito veio expulso de outro planeta que se adiantou na escala evolutiva e ele, à época, rebelde e cruel, renasceu na Terra em civilizações mais antigas que a grega. Nessas, mandou e foi mandado, escravizou e foi escravizado, matou e foi morto, aprendendo alguma coisa. Durante esse tempo deixou de ser um espírito cruel, mas ainda estava saindo de espírito mau para zombeteiro. Assim o encontramos aos vinte anos, brigando na ágora. Derrota o seu adversário e sai rindo com os amigos em busca de vinho. O planejamento Trajetória | 13 |
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pedagógico de sua evolução estava a cargo de Ramsa, espírito sábio e amoroso responsável por ele e um grupo de mais vinte espíritos. Tinha sob suas ordens auxiliares aprendizes. Era um trabalho árduo cuidar desses espíritos rebeldes. Vamos encontrá-lo em conversa com seus discípulos. – Mestre Ramsa. – Sim Fínius. – Kanoplus arrumou mais uma confusão. Até quando o senhor vai permitir isso? – O tempo necessário para ele pensar que é invulnerável. – E quando é isso? – Hoje. – Hoje? – Sim. Ele já teve todas as oportunidades – pais bondosos, um irmão ajuizado, contato com os filósofos na ágora. Chegou a hora. E você vai acompanhá-lo. – Eu? – Sim, até que eu te dê ordem para voltar. E assim foi Fínius largando a colônia espiritual rumando à crosta terrestre para acompanhar Kanoplus. Encontra-o bebendo vinho com os companheiros. – Mas o que é isso? Estão colocando algo na bebida dele, tenho de avisá-lo. Mas Kanoplus está completamente bloqueado a qualquer influência protetora. Os poucos trabalhadores do bem que trabalhavam na crosta já haviam tentado de tudo. Resta a Fínius observar. – Pronto, adormeceu. – Diz um companheiro. – Vamos levá-lo de carroça, ele é muito pesado. – Diz o outro.
Fínius acompanha o cortejo até o porto e vai se inteirando da história através dos trabalhadores diretos. Comerciantes, sofistas e alguns cidadãos não aguentavam mais as confusões do brutamontes, e encontraram nos próprios companheiros dele, em troca de dinheiro, a ajuda para se livrarem do problema. Eles receberam o dinheiro, mas não o mataram, levaramno ao porto e o venderam para um navio de mercadores fenícios. Ganharam duas vezes, o que significava mais bebida. E Kanoplus dormia. Sol a pino, Kanoplus acorda acorrentado no porão do navio pensando estar tendo um pesadelo. Demorou um tempo para se dar conta de que aquilo era real. Esbraveja. – Que desgraça é essa? O responsável vai pagar por isso. A porta superior se abre. Aparece o capitão. Kanoplus esbraveja de novo e toma uma chicotada. Enraivecido, avança contra o opositor, as correntes o contém e ele leva uma chicotada no braço. Rebelde, insiste. Outra chicotada. Para, se aquieta, dialoga. – O que está acontecendo? – Você está num barco mercante. – Mas eu sou um cidadão grego. – Aqui você é mercadoria. Se causar problema não recebe comida e apanha mais. E dá as costas sem esperar resposta deixando Kanoplus espumando de raiva, mais por quem o havia traído do que por quem lhe havia batido. A mente borbulhava de ódio exalando chispas venenosas facilmente reconhecidas por Fínius, que também percebia o desespero e a dor que acompanhavam a revolta. Fínius, antes antipático àquela figura, viu que ele era Trajetória | 15 |
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apenas mais um ignorante que fazia sofrer e a quem faziam sofrer e se condoeu por ele. O navio aporta nas costas da África. Kanoplus vai para o mercado de escravos acorrentado e amordaçado porque não parava de reclamar. O capitão o negocia com os mercadores de escravos. Na manhã seguinte leilão. – Quinze moedas senhores? Por esse espécime? Vale no mínimo trinta. – Trinta. – Trinta e cinco. – Cinquenta. O silêncio se fez. Todos olharam para o comprador. O comprador manda os servos pagarem e se retira. Kanoplus é levado para a propriedade de Ianzis, o rico produtor de frutas. Adentrando aos pomares, o novo escravo observou que pela quantidade de frutos não passaria fome, verificou atentamente os outros serviçais e os viu saudáveis e calmos. Resolveu aquietar-se e observar. Mandaram-no tomar banho e deramlhe roupas; recebeu uma refeição que ele notou ser melhor do que a dos outros escravos. Mais tarde o senhor volta e manda chamá-lo. Três guardas vão pegá-lo, tiram-lhe a corrente e o escoltam até a sala. O senhor iria lhe passar as instruções do que desejava. Fínius a tudo acompanhava tentando colocar bons pensamentos naquela cabeça dura.