Livro de resumos do 8 congresso internacional da APEGEL

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Livro de Resumos


Associação Portuguesa dos Enfermeiros Gestores e Liderança –

APEGEL

8º Congresso Internacional da APEGEL - Liderança e Segurança nos Cuidados Funchal – Ilha da Madeira - Portugal 18, 19, e 20 de outubro de 2018

Autor: Associação Portuguesa dos Enfermeiros Gestores e Liderança Sede (prov) Rua Conselheiro Lopo Vaz, Lote D – 3º C 1800-142 Lisboa ISBN - 978-989-20-8907-2


8º Congresso Internacional da APEGEL - Liderança e Segurança nos Cuidados Funchal – Ilha da Madeira - Portugal 18, 19, e 20 de outubro de 2018

Caro/a Colega A Associação Portuguesa dos Enfermeiros Gestores e Liderança (APEGEL) realizou, nos dias 18, 19 e 20 de outubro de 2018, no Auditório do Meliá Madeira Mare Resort & SPA – Funchal, o seu 8º Congresso Internacional, sob o tema “LIDERANÇA E

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SEGURANÇA DOS CUIDADOS”. Como nos congressos anteriores procurámos promover momentos de discussão sobre temas da Liderança e da Segurança dos Cuidados, fatores imprescindíveis no desenvolvimento das competências dos Enfermeiros gestores. A contribuição de todos os oradores, tanto os que participaram nas sessões centrais como os que nos trouxeram as suas experiencias, nas comunicações livres e pósteres, todos, de uma forma ou de outra vieram enriquecer o nosso evento. Procurámos construir um programa cientifico de muita qualidade para o nosso congresso, do qual destacamos, pela inovação que trouxe, o painel inteiramente organizado pelos colegas da Universidade Federal de S. Paulo e da Universidade Federal do Paraná, que nos deu uma visão mais próxima da realidade do outro lado do atlântico. Mas este congresso também foi de parceria com a Rede Internacional de Enfermeiros / International Nursing Network, representada pelo seu presidente, que nos honrou com uma conferência oferecida onde abordou a Liderança Internacional de Enfermagem. Ainda no âmbito das parcerias, foi apresentado o protocolo celebrado com a Associação Nacional dos Diretivos de Enfermeria espanhola, cuja direção também se fez representar no nosso congresso. Com o esforço da comissão organizadora e a ajuda de todos erguemos bem alto e mais uma vez a gestão de enfermagem portuguesa. Foi um privilégio contar com todos no debate da gestão em enfermagem. Nelson Guerra


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Comissão cientifica É com muita honra que a comissão cientifica nomeada para o congresso exerceu as suas funções, no sentido de participar com opiniões sobre os temas deste

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congresso e sugestões de oradores, mas particularmente de analisar as propostas de comunicações livres e posters. Acreditamos que o material escolhido pode ser sempre melhorado, mas cada um deles apresenta alguma particularidade que irá enriquecer os participantes, no sentido de fazer um caminho reflexivo e critico para que a evidencia sobre a gestão em enfermagem esteja cada vez mais presente no dia a dia das suas praticas. A grande preocupação foi encontrar os temas que diretamente se apresentassem como uma área de gestão em enfermagem e que dessem resposta às normas propostas para os resumos. Cada membro desta comissão deu um contributo de forma a quantificar a analise realizada afim de ordenar os resumos para a aceitação. Cada apresentação será única e contamos com a dinâmica dos participantes para colocarem perguntas e sugestões para novos trabalhos e desafios de forma a que no próximo ano hajam ainda melhores participações e estudos. O fim desta atividade será o inicio de um novo ciclo, que esperamos ser o desfio para cada participante, uma motivação para que no próximo congresso saiam da caixa e apresentem os vossos estudos as vossas praticas. Maria Manuela Martins


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Programa oficial Quinta-feira 18 de Outubro 16:00h

Abertura do Secretariado Workshop 1– Processos de gestão - tecnologias

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facilitadoras - 30 participantes

(é necessário PC Manuela Martins

portátil) 16:30

18:30h

Workshop 2– Ambientes de Prática do Enfermeiro Gestor - 30 participantes Workshop 3– Bases para o desenvolvimento da competência profissional de liderança e simulação clínica - 20 participantes

Isabel Melgueira Elaine

Cristina

Moura

Comunicações Livres e Pósteres 20:00h

Madeira de Honra

Sexta-feira 19 de Outubro 09:00

-

09:30h

Boas vindas aos congressistas

Luísa Baeta

Mesa 1 - Ambientes de Prática da Gestão em Enfermagem: da Formação à Regulação Fundamento de Enfermagem para a Qualidade dos Cuidados 09:30

Enfermeiros

Carreira de Enfermagem – Enfermeiro Gestor

Juan Carvalho

de

boas

práticas

de

gestão

Enfermagem - APEGEL Satisfação e indicadores de qualidade –

11:30h

12:00 13:00h

Enfermagem –

em

Amélia Gracias Carlos Vilela

Pausa para café

– Conferência

12:00h

dos

Gestor Indicadores

11:30

Céu Barbieri

- Competências Acrescidas Avançadas do Enfermeiro Ordem

11:00h

11:00

Dalila Freitas

Sessão Solene

Liderança

Internacional

de Domingo Muñoz Arteaga


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13:00

14:30h

Almoço livre Mesa 2 – Liderança Autêntica na Gestão em Isabel Enfermagem: novo modelo para os Enfermeiros

Cunha Isabel

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Composição da mesa e breve explanação Liderança

autêntica

na

Enfermagem:

revisão

Alexandre Pazetto Balsanelli

Liderança Autêntica na perspectiva da equipe de Isabel enfermagem de um hospital especializado

Olm

Cunha

– Liderança Autêntica e sua relação com as taxas de

16:00h

Olm

Cunha

sistemática de literatura

14:30

Olm

adesão aos protocolos de prevenção de queda, flebite e úlcera por pressão

Isabel

Olm

Cunha

Liderança Coaching e satisfação no trabalho no Alexandre contexto do atendimento pré-hospitalar móvel

Pazetto Balsanelli

Discussão e síntese das apresentações

Isabel

Olm

Cunha Alexandre Pazetto Balsanelli 16:00

16:30h

Pausa para café Mesa Redonda – Educação para a Liderança na Gestão de Enfermagem: Desafios e estratégias na Aida Maris Peres formação e Educação Permanente Composição da mesa e breve explanação

16:30 18:00h

Aida Maris Peres

A atuação dos docentes da gestão em enfermagem Carmen na formação para a liderança.

Elizabeth Kalinowski

Estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas no Brasil para a formação da liderança do enfermeiro Coaching:

estratégia

enfermeiros líderes

para

desenvolvimento

de

Aida Maris Peres Aida Maris Peres


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Implantação

da

fortalecimento

do

Enfermagem comando

Primária

entre

e

enfermeiros

assistenciais hospitalares Discussão e síntese das apresentações

Elaine

Cristina

Carvalho Moura Carmen Elizabeth Kalinowski

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Aida Maris Peres Elaine

Cristina

Carvalho Moura 20:00h

Jantar do Congresso 20€ para inscritos - 25€ para acompanhantes

Sábado 20 de Outubro Mesa 3 - Ambientes de Prática de Enfermagem a Nível da

Gestão

Operacional:

Dimensões

/

Fatores, Élvio H Jesus

Impactos e Estratégias de Melhoria 09:00

-

11:00h

O Enfermeiro Gestor e Segurança

O Enfermeiro Gestor nos ambientes de prática clinica Sofia Roque A Relação interdisciplinar na gestão das unidades Adequação de recursos e segurança dos cuidados Coaching na liderança

11:00

11:30h 11:30 12:30h

Fernando Barroso Isabel Silva Isabel

Pereira

Lopes Cláudia Telles

Pausa para café Conferência – O icebergue da cultura de segurança:

Nelson Guerra

Perspetiva Nacional

Sérgio Gomes

Perspetiva da Região Autónoma da Madeira

Ricardo Silva

12:30h

Entrega dos Prémios das comunicações livres e pósteres

13:00h

Sessão de Encerramento


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Workshops


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Workshop 1– Processos de gestão - tecnologias facilitadoras

Tema : Processos de gestão - tecnologias facilitadoras

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Martins, Maria Manuela , E-mail mmartins@esenf.pt Doutorada em Ciências de Enfermagem, ICBAS- UP, Professora Coordenadora na Escola Superior de Enfermagem do Porto. Palavras chaves: funções de gestão; gestão em Enfermagem; tecnologias de gestão Introdução:

Na “Sociedade da Informação”, os avanços tecnológicos são um desfio para os cidadãos, para os profissionais de saúde mas particularmente para os gestores. As organizações tornaram-se muito complexas e sofisticadas, e por isso há a tentação de desenvolver cada vez mais tecnologias à medida o que nos leva a questionar se estaremos a aproveitar os recurso que temos e dominamos, para gerir a comunicação e desenvolver o processo de gestão isto é: planear, organizar, dirigir e controlar. A realidade da sociedade indica-nos que “ o desenvolvimento repousa principalmente sobre a evolução e integração das tecnologias da informação e da comunicação, como meio para favorecer a circulação e a troca de informações e conhecimentos.” (Carapeto e Fonseca, 2006, p.299). Muitos estudiosos, consideram que a Sociedade da Informação significa uma economia da informação e do conhecimento, onde se incluem as TIC, sendo o computador o meio essencial, para a reflexão de todos os aspetos das áreas de relevo da informação, a partir desta ideia organiza-se o presente Workshop no sentido de refletir e aplicar ao processo de gestão ferramentas de domínio comum. Muito da gestão das tecnologias estão alinhadas com a necessidade de encontrar estratégias facilitadoras para responder à gestão de recursos humano já na década de 90 havia a manifesta necessidade de aumentar a especialização dos recursos humanos para os acompanhar, eram fatores que podiam interferir no alcance dos objetivos da organização caso não ocorresse interação entre todos os membros que a constituem e defendia-


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se um um sistema integrado que concentre as informações necessárias ao seu funcionamento, que processe essas informações, de forma a facilitar o planeamento, participando no processo de tomada de decisão (Takahashi , 1991 , p. 181) contudo passados estes anos esta realidade ainda não responde integralmente ao planeamento, organização, direção e controle

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dos recursos humanos, o que nos leva neste Workshop a escolher TIC com maior aplicação na gestão das pessoas. A influenciam a reorganização do trabalho, através de tecnologias interativas; a globalização dos mercados; a eliminação dos modelos hierárquicos e burocráticos com valorização da gestão de cultura organizacional; a redefinição do poder politico que deixa de ter o poder de controlo total das atividades e dos mecanismos de regulamentação (Lopes, 2012) o que nos obriga a olhar o mundo tecnológico como um meio disponível mas não único. Metodologia: Workshop com exposição sobre as tecnologias seguido de praticas em ambiente virtual e simulação de casos tendo por objetivo: refletir sobre o processo de gestão; identificar ferramentas de facilitadoras no processo de gestão; treinar ferramentas básicas em função da sua utilização no processo de gestão. Apresentação: Os temas centrais e com a sua aplicabilidade na gestão de recursos humanos passam por explorar o uso de calendários, cronogramas, fluxogramas, Análise SWOT , Formulário Google, E-mail; gerir reuniões,

networking, Balanced

scorecard, analise de gráficos, gestão do tempo, Técnicas pedagógicas com recurso a TIC, cada uma das técnicas será vinculada a uma ou varias funções de gestão. Conclusão: As TIC independentemente da sua natureza ou especificidades podem contribuir para que o gestor atinja os seus objetivos e os da organização. O uso de aplicativos sociais que já dominamos, podem ser fundamentais na gestão do tempo e particularmente para dar corpo as funções administrativas dos enfermeiros gestores. As metodologias de gestão

devem ser utilizadas incorporando as tecnologias

disponível e considerando particularmente em cada fase do processo. Cada áreas de gestão desafia ao uso de varias tecnologias, há muitas tecnologias uteis para a gestão quer as mais clássicas quer as mais inovadoras


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A internet nas empresas é uma possibilidade que temos que adotar sistematicamente em todas organizações para acompanhar o mercado e ter sucesso. Acreditamos que esta aprendizagem vai responder à exigência de competências acrescidas avançadas para os enfermeiros gestores e lideres. Bibliografia:

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Pinto, C.A.M; Rodrigues, J.A.M; Santos, A; Melo, L.; Moreira, M.A; Rodrigues, R (2014) – Fundamentos de gestão. Barcarena :ed. Presença.

Ferrão, Francisco (2004) – E- empresa. Lisboa ed. Escolar editora

Reis, R.; Rodrigues, J. (2011). Controlo de gestão - Ao encontro da eficiência. Lisboa: Escolar Editora.

CARAPETO, Carlos; FONSECA, Fátima – Administração Pública Modernização, Qualidade e Inovação. 2ª ed. Lisboa: Edições Sílabo, 2006. ISBN: 972-618-423-1

MARTINS, António Eduardo; LOPES, Albino – Capital Intelectual e Gestão Estratégica de Recursos Humanos: Fundamentos e Estrutura da Gestão e do Conhecimento nas Organizações. Lisboa: Editora RH, 2012. ISBN: 978-972-8871-38-3.


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Workshop 2– Ambientes de Prática do Enfermeiro Gestor Isabel Maria Melgueira*; Élvio Henriques de Jesus ** * Doutoranda do XIII Curso de Doutoramento em Enfermagem no Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa ** PhD, Professor Auxiliar Convidado no Instituto de Ciências da Saúde da

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Universidade Católica Portuguesa

Palavras-Chave Ambiente de Prática de Enfermagem; Enfermeiro Gestor; Hospital; Impactos Resumo A crescente valorização dos recursos humanos, associada ao reconhecimento da complexidade dos contextos de prestação de cuidados de saúde e do seu impacto nas relações estabelecidas durante a trajetória da pessoa doente, tem sido determinante para que diferentes áreas de investigação tenham focado a sua atenção nas condições de exercício dos profissionais de saúde. Os enfermeiros são o maior grupo profissional do sistema de saúde dos diferentes países desenvolvidos, sendo, no contexto dos cuidados de saúde hospitalares, os profissionais que despendem maior número de horas nos cuidados diretos à pessoa em situação de doença, o que torna pertinente a realização de estudos sobre o ambiente de prática de enfermagem, o qual pode ser definido como o conjunto

de características organizacionais que facilitam ou constrangem a prática profissional de enfermagem (Lake,2002). Apesar das importantes evidências científicas já alcançadas sobre os impactos do ambiente de prática de enfermagem, tanto nos doentes, como nos próprios enfermeiros,

este constructo tem sido pouco estudado no que se refere à

especificidade do papel profissional e organizacional do enfermeiro gestor. O enfermeiro gestor (enfermeiro em função de chefia), ao desempenhar as suas funções ao nível da gestão operacional tem o papel determinante de, no seio do microssistema que constitui o serviço de atividade assistencial pelo qual tem responsabilidade, promover a operacionalização dos objetivos organizacionais e garantir a liderança, gestão e suporte da equipa de enfermagem. O presente workshop pretende criar um espaço de sensibilização e discussão sobre as dimensões do ambiente de prática de enfermagem do enfermeiro gestor e


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promover a reflexão sobre os impactos ao nível das equipas que lideram, assim como nos outcomes dos próprios enfermeiros gestores : sintomas de burnout, satisfação laboral, engagement e na intenção de abandono do local de trabalho ou

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da profissão.


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Workshop 3 –

Bases para o desenvolvimento da competência

profissional de liderança e simulação clínica Elaine Cristina Carvalho Moura Um dos resultados apontados na literatura pela aplicação da estratégia de

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simulação clínica avançada é o desenvolvimento de competências profissionais e seus conhecimentos, habilidades e atitudes (CHAs). A estratégia envolve o "exercício" de competências técnicas e não técnicas nas diversas áreas do conhecimento em saúde conforme a complexidade dos cenários clínicos experimentados pelos participantes durante a simulação. Assim, o presente curso justifica-se por propor essa interface entre o efetivo desenvolvimento de competências no ensino em saúde por meio de simulação clínica avançada, baseada na estruturação de competência profissional sob a ótica de Le Boterf com foco em liderança. Durante uma pesquisa de doutorado sobre o desenvolvimento de uma competência técnica foi construído um instrumento de medida, no qual o construto utilizou a perspectiva combinatória das três dimensões (CHAs) na perspectiva de Le Boterf. As propriedades psicométricas do instrumento foram testadas pela teoria da resposta ao item e provaram medida confiável, precisa e replicável para avaliar o desenvolvimento a competência preservada as bases teóricas utilizadas. O professor pode ser capaz de aumentar o aprendizado efetivo e o pensamento crítico durante a etapa de simulação “debriefing” se souber mais sobre o desenvolvimento de competências profissionais para analisar as lacunas no processo de ensino aprendizagem, especialmente durante a simulação avançada. Neste workshop vamos falar sobre a competência profissional, conceitual, dimensões: os CHAs e simulação com foco no desenvolvimento da competência liderança. Objetivos de Aprendizagem: Conhecer bases teóricas para o desenvolvimento de competências técnicas e não técnicas usando simulação clínica; Conhecer os elementos de cada dimensão para estruturação de competências; Entender a importância da simulação clínica para o desenvolvimento da competência liderança e Esboçar conhecimentos, habilidades e atitudes da competência liderança.


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Mesa 1 - Ambientes de Prática da Gestão em Enfermagem: da Formação à Regulação Moderador – Dalila Freitas


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Fundamento de Enfermagem para a Qualidade dos Cuidados Maria do Céu Barbieri - Figueiredo A qualidade dos cuidados de enfermagem é uma prerrogativa da profissão de enfermagem e a garantia da qualidade de cuidados a finalidade última

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das associações que regulam a profissão de enfermagem, em Portugal a Ordem dos Enfermeiros. O objetivo desta comunicação integrada na mesa-redonda: ambientes da prática da gestão em enfermagem: da formação à regulação é partilhar uma reflexão pessoal, alicerçada na experiência como docente da formação graduada e pós-graduada de enfermeiros, sobre a natureza da enfermagem, como disciplina científica e da sua expressão na garantia da qualidade dos cuidados de enfermagem. A nossa reflexão será alicerçada no pensamento de Marie-Françoise Collière, no Strenghts-Based Nursing Model de Laurie Gottlieb, assim como no Enquadramento Conceptual e Padrões de Qualidade dos Cuidados de Enfermagem, da Ordem dos Enfermeiros. Podemos concluir que enfermeiros portugueses dispõem dos fundamentos teóricos, da regulação profissional e de instrumentos validados que permitem guiar, implementar e avaliar a qualidade dos cuidados de enfermagem.


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Competências Acrescidas Avançadas do Enfermeiro Gestor Ordem dos Enfermeiros O foco da intervenção é o Regulamento dessas competências, publicado em D.R. Regulamento n.º 76/2018 Regulamento da Competência Acrescida Avançada em

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Gestão, de 30 de Janeiro, no contexto da política de desenvolvimento profissional priorizada para este mandato da OE.


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Indicadores de boas práticas de gestão em Enfermagem Amélia Gracias Indicadores para quê? como? Quando? Porquê?

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Experiência da Unidade Hospitalar de Portimão.


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Indicadores de Qualidade: Estudo centrado na satisfação do cliente e nos resultados com os cuidados de enfermagem Carlos Vilela E-mail carlosvilela@esenf.pt RESUMO

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No enquadramento da avaliação da qualidade dos serviços e no caso concreto das Equipas de Cuidados Continuados Integrados (ECCI), inseridas na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), emerge a necessidade de se definirem indicadores de ganhos em saúde “Sensíveis aos Cuidados de Enfermagem” – visto ser um contexto com grande ênfase nos cuidados de enfermagem. Perante esta realidade, foi desenvolvida uma investigação que assumiu como principais objetivos: 1) Construir um questionário que permita a avaliação da satisfação dos clientes com os cuidados de enfermagem prestados pelas ECCI; 2) Identificar as principais necessidades em cuidados de enfermagem da população em estudo; e, 3) Identificar os ganhos em saúde sensíveis aos cuidados de enfermagem. Foram necessários desenvolver dois estudos. Um do tipo metodológico, com recurso a uma amostra de 222 casos obtidos em quatro ECCI de uma ULS do Norte de Portugal, que permitiu a construção e validação do instrumento – SATENF-ECCI. O estudo consequente, de cariz quantitativo – exploratório, descritivo e correlacional –, permitiu a análise da documentação de enfermagem disponível nos Sistemas de Informação em uso, relativa aos diagnósticos de enfermagem identificados na mesma amostra. Dos resultados, o estudo da fiabilidade e validade de constructo do instrumento permitiu reter seis dimensões da satisfação. Ainda, a partir da análise de 9.258 enunciados de diagnósticos de enfermagem, foi possível definir cinco “domínios” dos indicadores de ganhos em saúde relativos à pessoa dependente e três relativos aos familiares cuidadores. O SATENF-ECCI apresentou elevados níveis de consistência interna elevados e demonstrou-se fiável, nesta amostra, sendo que a informação gerada com


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a sua aplicação pode constituir um importante recurso para as estruturas de governo da RNCCI. Relativamente aos indicadores definidos, cremos que estes podem contribuir para uma melhor redefinição do painel de indicadores atualmente existentes, com “sensibilidade” para o trabalho de enfermagem desenvolvido nas ECCI.

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DESCRITORES: Indicadores de Qualidade em Assistência à Saúde; Qualidade dos Cuidados de Saúde; Serviços de Cuidados Domiciliares; Cuidados de Enfermagem; Gestão dos Cuidados de Enfermagem KEYWORDS: Healthcare Quality Indicators; Quality of Health Care; Home Care Services; Nursing Care; Nursing Care Management REFERÊNCIAS (1) VILELA, Carlos. Satisfação dos clientes com os cuidados de enfermagem prestados pelas Equipas de Cuidados Continuados Integrados. Tese de Doutoramento, Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa, Porto, 2016.


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Conferência


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Conferência

Liderança

Internacional

de

Enfermagem Domingo Muñoz Arteaga

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A Rede internacional de Enfermagem (International Nursing Network) entende que a liderança em Enfermagem é construída ao longo da formação profissional e como seres humanos, devendo ser uma característica necessária em quem a dirige. A liderança é construída ao longo da formação profissional e, como seres humanos, deve ser uma característica necessária em quem dirige. Acreditamos que o modelo concetual para o desenvolvimento e manutenção da liderança é o ideal para garantir uma liderança de enfermagem eficaz. Este

modelo

transformacional

consiste

em

baseadas

cinco em

práticas

evidências,

de

desenvolvimento

fundamentais

para

a

transformação dos centros de trabalho em ambientes de trabalho saudáveis para os enfermeiros: 1.- A promoção de relações de confiança 2.- A criação de um ambiente de trabalho seguros 3.- A criação de um ambiente que apoie o desenvolvimento do conhecimento e integração 4.- Direcionar e manter a mudança 5.- Balancear os valores e prioridades


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Mesa 2 – Liderança Autêntica na Gestão em Enfermagem: novo modelo para os Enfermeiros Moderador Isabel Olm Cunha


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Relação da liderança autêntica na enfermagem: revisão sistemática de literatura Isabel Cristina Kowal Olm Cunha Alexandre Pazzeto Balsanelli Objetivo: identificar a relação da liderança autêntica exercida por enfermeiros sobre o burnout e a satisfação no trabalho da equipe de enfermagem. Método: revisão

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sistemática de literatura com dez estudos incluídos, identificados por meio de busca eletrônica no banco de dados da Biblioteca Virtual de Saúde, Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior, Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica, Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature, Web of Science, Scientific Electronic Library Online, Science Direct/Embase e Cochrane Libary, referências de artigo de revisão e revisão sistemática, publicados e identificados até abril de 2018 com a seguinte estratégia: “authentic leadership and nursing and health facility environment or professional pratice environment or workplace”. Resultados: a influência da liderança autêntica sobre o burnout e a satisfação no trabalho é positiva. Conclusão: as evidências encontradas auxiliam na criação de novas estratégias para melhoria da qualidade do cuidado, bem como desenvolvimento de programas de formação e capacitação da liderança, estimulando o surgimento de práticas voltadas para o bem-estar do colaborador, com profissionais satisfeitos com as suas atividades e baixo índice de burnout. Descritores: Liderança; Enfermagem; Ambiente de Saúde; Ambiente de Prática Profissional; Local de Trabalho; Pesquisa em Administração de Enfermagem.


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Liderança autêntica e sua relação com as taxas de adesão aos protocolos de prevenção de queda, lesão por pressão e flebite Carvalho AGF, Balsanelli AP, Cunha ICKO Introdução: Das lideranças, são exigidos os resultados, que precisam ser traduzidos no trabalho em equipe de uma maneira sofisticada, cuidadosa e autêntica para não

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comprometer a qualidade da assistência ou interferir negativamente no processo de trabalho. A liderança autêntica vem avançando paulatinamente seus estudos para a área da saúde. Objetivo: identificar a liderança autêntica em enfermeiros, verificar a associação da liderança autêntica ao perfil pessoal e profissional, analisar a correlação existente entre a liderança autêntica dos enfermeiros e a taxa de adesão da equipe de enfermagem aos protocolos de prevenção de queda, flebite e lesão por pressão. Método: pesquisa correlacional realizada num hospital público de São José dos Campos São Paulo, Brasil. Participaram 69 enfermeiros com mais de dois anos na instituição. Instrumentos utilizados: 1-) Caracterização contendo variáveis de perfil pessoal e profissional (sexo, cargo, horário de trabalho, outra ocupação laboral, curso de especialização, liderança já exercida e conhecimento sobre referenciais de liderança); 2-) adesão aos protocolos de queda, flebite e lesão por pressão nas unidades dos enfermeiros que compuseram a amostra e 3-) Authentic Leadership Questionnaire. Os dados foram analisados com estatística descritiva, teste t – Student e modelos de regressão linear (p<0,010). Resultados: para liderança autêntica, 36 (52,2%) apresentaram escores: muito alto e 32 (46,4%), alto. A subescala autoconsciência do Authentic Leadership Questionnaire mostrouse superior, em média 1,7, dentre os enfermeiros assistenciais em relação aos clínicos (p=0,006). Não houve relação entre a adesão da equipe de enfermagem aos protocolos de prevenção analisados. Conclusão: os enfermeiros apresentaram características de líderes autênticos, porém não houve associação com muitas das variáveis de caracterização e aos protocolos de prevenção de queda, flebite e lesão por pressão. O modelo de liderança autêntica precisa ser mais investigado para mostrar sua correlação com a segurança do paciente. Descritores: Liderança; Enfermagem; Pesquisa em Administração em Enfermagem; Segurança do Paciente


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Liderança autêntica na perspectiva da equipe de enfermagem de um hospital especializado Mondini C, Cunha ICKO Objetivo: Identificar o perfil do líder autêntico, as potencialidades e as fragilidades da equipe de enfermagem. Método: Estudo transversal realizado em um hospital

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público com 23 enfermeiros e 61 técnicos de enfermagem. Utilizaram-se dois instrumentos: um questionário sociodemográfico e com questões sobre liderança, fragilidades e potencialidades; e o Authentic Leadership Questionnaire. Resultados: A maior parte dos enfermeiros estava em cargo de liderança e desconhecia o modelo de liderança autêntica. Dos técnicos de enfermagem, a maior parte não tinha experiência em cargo de liderança e desconhecia a liderança autêntica. Ambos referiram

comunicação,

planejamento

organizacional

e

relacionamento

interpessoal como competências do líder. Nas fragilidades (p=0,001) foi significativo: “não executo meu trabalho de forma individualizada”, e nas potencialidades “participo junto à equipe na tomada de decisão”. Conclusão: Enfermeiros e técnicos de enfermagem apresentaram alto poder de liderança autêntica; porém, pela escassez de literatura, recomendam-se novos estudos para contribuir com sua utilização na enfermagem. Descritores: Liderança; Enfermagem; Técnicos de Enfermagem; Competência.


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Liderança Coaching e satisfação no trabalho no contexto do atendimento préhospitalar móvel no Estado de Goiás, Brasil. Objetivo: analisar a associação entre a prática de Liderança Coaching exercida pelos coordenadores de enfermagem e satisfação no trabalho, na percepção dos coordenadores e técnicos de enfermagem do Serviço de Atendimento Móvel de

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Urgências – SAMU, do Estado de Goiás. Método: estudo correlacional, cuja coleta de dados transcorreu entre os meses de abril a agosto de 2017, nas centrais de regulação do SAMU do Estado de Goiás. Na oportunidade, aplicaram-se os questionários sociodemográfico, de Autopercepção do Enfermeiro no Exercício da Liderança (QUAPEEL), de Percepção do Técnico / Auxiliar de Enfermagem no Exercício da Liderança (QUEPTAEEL), e para analisar a satisfação no trabalho – Job Satisfaction Survey (JSS). Foi realizada a estatística descritiva e, com o auxílio do teste de estatístico de Spearman, avaliaram-se as correlações entre as variáveis do estudo. Resultados:A população de profissionais é majoritariamente do sexo feminino, com média de idade de 38 anos para os coordenadores e 39,87 anos para os técnicos, e o vínculo empregatício foi o estatutário. Quanto à formação, a maioria dos enfermeiros (90,91%) possui pós-graduação- latu sensu, ao passo que um número significativo dos técnicos, n=87 (56,13%), possui curso complementar, e n=95 (61,29%) possuem graduação. Em relação ao tempo de serviço e tempo de formação, respectivamente, as médias encontradas foram: 10,45 (DP=3,7) anos e 4,73 (DP=2,8) anos (coordenadores); e 13,33 (DP=6,2) anos e 6,55 (DP=3,63) anos (técnicos). Considerando- se os domínios do instrumento de Liderança Coaching, para a percepção dos coordenadores, as maiores médias encontradas foram: “dar e receber feedback” (21,45; DP=2,84) e “comunicação” (21,27; DP=1,85). Na percepção dos técnicos de enfermagem, a “comunicação” apresentou a maior média (20,43; DP=5,57), seguida do domínio “dar e receber feedback” (17,72; DP=6,32). A respeito da satisfação no trabalho em ambas as categorias profissionais analisadas, observou-se que os profissionais não estão nem satisfeitos e nem insatisfeitos em relação ao seu trabalho. Quanto à avaliação das categorias que compõem o questionário JSS, os coordenadores encontravam-se satisfeitos em relação à “natureza do serviço” (21,18; DP=2,79); “supervisão” (19,36; DP=4,54); “comunicação” (18,36; DP=4,23); “colaboradores” (18,27; DP=3,55); sendo que “pagamento” foi a atribuição com maior índice de insatisfação na perspectiva da categoria (7,73; DP=4,36). Já para os aspectos que apresentaram satisfação para os


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profissionais de nível médio, as médias foram: “natureza do serviço” (22,21; DP=2,53); “supervisão” (19,95; DP=4,48) e “colaboradores” (17,54; DP=3,33). Contrariamente, as dimensões “pagamento” (7,14; DP=3,79) e “benefícios” (7,97; DP=3,99) foram identificadas como geradoras de insatisfação. Evidenciou-se uma associação positiva entre o exercício da Liderança Coaching pelos coordenados e a satisfação no trabalho, tanto

na autopercepção dos coordenadores de

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enfermagem, quanto na percepção dos técnicos de enfermagem. Para essa última categoria, houve uma relação estatisticamente significante para praticamente todos os domínios da Liderança Coaching e da satisfação no trabalho. Em contrapartida, houve

associação

negativa

entre

a

Liderança

Coaching

e

as

variáveis

sociodemográficas: tempo de formação (coordenadores e técnicos de enfermagem) e tempo na unidade (técnicos de enfermagem). Já em relação à associação entre a satisfação no trabalho e as variáveis sociodemográficas, verificou-se correlação negativa: tempo de formação com “supervisão” e “comunicação” para os coordenadores

de

enfermagem;

tempo

de

formação

com

“benefícios”,

“recompensas” e “escore total da escala” para os técnicos de enfermagem; da mesma forma, obteve-se correlação negativa entre tempo na unidade com as variáveis “promoção”, “recompensas” e “escore total da escala” para os técnicos de enfermagem. Descritores: Enfermagem. Liderança. Liderança em enfermagem. Satisfação no trabalho.


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Mesa 3 – Educação para a Liderança na Gestão de Enfermagem: Desafios e estratégias na formação e Educação Permanente Moderador - Aida Maris Peres


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A atuação dos docentes da gestão em enfermagem na formação para a liderança. Carmen Elizabeth Kalinowski

A atuação do enfermeiro requer competências para liderar o trabalho da

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enfermagem e da saúde nas instituições de saúde e/ou de educação, assim espera-se que os professores atuantes na formação para gestão e gerenciamento tenham como uma das prioridades estas duas competências. Assim, espera-se discutir a formação da liderança na educação em enfermagem brasileira, a partir de levantamento nas ementas em disciplinas nos programas de pós graduação com nota 5 a 7 (Avaliação quadrienal da CAPES) e 10 cursos de graduação também com nota máxima no SINAES ( Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior), bem como resultados da revisão integrativa sobre práticas pedagógicas em liderança nos periódicos brasileiros nos últimos 5 anos. Os resultados discutem a importância de uma formação significativa, dialógica e facilitadora; que mobilizem os professores e alunos para novos papéis nas práticas pedagógicas, principalmente a serem protagonistas na sua trajetória formativa; que os cenários pedagógicos possibilitem vivências formativas participativas, integrativas, valorizando o trabalho em equipe. Provoca os professores a pesquisarem e produzirem inovações em práticas pedagógicas coletivas,

reflexivas,

inclusivas,

que

permitam

a

compreensão

da

complexidade das relações humanas e organizacionais. Práticas que permitam relações lineares possibilitando ao educando planejar, intervir, conduzir processos de trabalho e/ou processos de mudanças que com compromisso e responsabilidade produzam qualidade no cuidado em enfermagem e em saúde. Assim, as considerações finais indicam que os espaços pedagógicos devem permitir a articulação entre a teoria e a prática, entre o saber e o fazer, desenvolvendo metodologias que construam a liderança em enfermagem.


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Estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas no Brasil para a formação da liderança do enfermeiro Aida Maris Peres - Cristiano Caveião - Elizabeth Bernardino amaris@ufpr.br

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Introdução: O cenário mundial de mudanças apresenta oportunidades para ocupação de novos espaços profissionais pelos enfermeiros, mas apresenta ameaças se a formação não contribuir para mobilizar liderança como garantia do cuidado de enfermagem. Objetivos: Identificar estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas por docentes para a formação da liderança do enfermeiro brasileiro. Metodologia: pesquisa não experimental, tipo survey, descritivo e exploratório, corte transversal. Com amostra não probabilística, do tipo censo, obtida pelos critérios de inclusão pré-definidos e técnica bola de neve, com coleta de dados realizada entre maio e junho de 2016, com 265 docentes de instituições de ensino superior privadas e públicas do Brasil, que responderam questionário na plataforma Survey Monkey. Todo o fluxo da pesquisa ocorreu via e-mail e preservou aspectos éticos das informações e participantes. A análise estatística dos dados utilizou o software SPSS 17.0. Resultados: Das estratégias mais usadas, destacamse a aula expositiva dialogada utilizadas por 241 (90,9%) dos docentes, pesquisa por 237 (89,4%), discussão ou trabalho em grupo por 221 (83,4%), aprendizagem baseada em casos 210 (79,2%), aprendizagem baseada na prática 208 (78,5%), reflexão guiada 180 (67,9%), dramatização 172 (64,9%), aprendizagem baseada em problemas 170 (64,9%). Aprendizagem em espiral 166 (62,6%) e programas on-line 151 (57%) foram técnicas não utilizadas. A estratégia de assimilação e mapas conceituais encontra-se neutra em relação à utilização e não utilização. Conclusões: dentre as estratégias citadas, todas estão alinhadas com as políticas públicas, indicações da literatura para o ensino de enfermagem e formação da competência liderança, entretanto sua frequência e alinhamento ao projeto pedagógico do curso precisam ser observados. Referência bibliográfica: Caveião C, Peres AM, Zagonel IPS, Amestoy SC, Meier MJ. Teaching-learning tendencies and strategies used in the leadership development of nurses. Rev Bras Enferm [Internet]. 2018;71(Suppl 4):1531-9.

[Thematic

Issue:

Education

and

http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0455 .

teaching

in

Nursing]

DOI:


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Coaching: estratégia para desenvolvimento de enfermeiros líderes Aida Maris Peres - Louise Aracema Scussiato - Elizabeth Bernardino amaris@ufpr.br Introdução: A competência profissional pode ser construída durante a formação

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acadêmica, mas muitos enfermeiros ainda apresentam dificuldades para exercer liderança. A estratégia do processo de coaching pode ser uma opção para enfermeiros desenvolverem sua liderança apoiados pelas suas instituições. Objetivos: Refletir sobre o uso do coaching como estratégia para o desenvolvimento de enfermeiros líderes; apresentar o diagnóstico de liderança dos enfermeiros previamente ao desenvolvimento da estratégia de coaching. Metodologia: Pesquisa de corte transversal, com aplicação do Questionário de Autopercepção do Enfermeiro

no

Exercício

da

Liderança

(QUAPEEL),

que

contém

dados

sociodemográficos na primeira parte e quatro questões referentes à liderança na segunda, para identificação da autopercepção da competência liderança. O questionário foi respondido por

enfermeiros assistenciais de uma instituição

hospitalar oncológica de referência do Sul do Brasil, de julho a agosto de 2018. Resultados: Dos 46 enfermeiros participantes, 37(80,43%) são do sexo feminino. Quanto ao tempo de formação, um(2,17%) enfermeiro tem menos de um ano, 15 (32,6%) entre um e cinco anos, 17(36,95%) entre seis e 10 anos e, 10 (21,73%) são formados há mais de 10 anos e três (6,52%) não responderam esta questão. Apenas três (6,52%) não possuem pós-graduação, sendo Urgência e Emergência a mais citada. O tempo de atuação na organização variou de três meses a 22 anos. Na segunda parte do QUAPEEL os resultados mostraram que quatro(8,7%) enfermeiros não se consideram líderes. Conclusões: Apoś este diagnóstico desenvolver-se-á estratégia coaching individual aos dez enfermeiros avaliados com maiores dificuldades para mobilizar sua liderança, com reaplicação do QUAPEEL seis meses após, para analisar se o coaching promoveu mudanças positivas na liderança. Referências bibliográficas: CARDOSO, M. L. A. P.; RAMOS, L. H.; D’INNOCENZO, M. Coaching leadership: leaders' and followers' perception assessment questionnaires in nursing. Einstein, São Paulo, v.12, n.1, p.66-74, 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S167945082014000100014&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso em: 3 julho de 2018.


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Implantação da Enfermagem Primária e fortalecimento do comando entre enfermeiros assistenciais hospitalares Elaine Cristina Carvalho Moura e Magno Batista Lima. A Enfermagem Primária é um Sistema de prestação de cuidados centrado nos

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pacientes baseado em relacionamento e recursos que objetiva a utilização máxima dos recursos disponíveis, inserindo-se como modelo de organização da assistência de enfermagem com foco na elaboração de planos de cuidados com atribuições definidas para a equipe de trabalho. A presente experiencia relata as contribuições da implantação da Enfermagem primária para o fortalecimento do comando entre enfermeiros assistenciais. Trata-se do recorte de dados de estudo correlacional preditivo, desenvolvido após a implantação da Enfermagem Primária no Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí, no município de Teresina, Piauí, de Novembro de 2016 a Abril de 2017. A amostra da pesquisa constituiu-se de 39 enfermeiros e 57 técnicos em enfermagem, totalizando 96 profissionais, que preencheram o MISSCARE- Brasil, instrumento capaz de investigar cuidados de enfermagem omitidos e as suas respectivas razões. As análises de predição ocorreram a partir dos dados assistenciais gerados pelo instrumento aplicado em dois momentos de monitorização durante o processo de implantação do modelo: quatro e sete meses. Nível de significância do estudo foi 5% (p<0,05). Em todas as dimensões investigadas pelo instrumento (comunicação, recursos matérias, recursos laborais, dimensão ética e gerenciamento) houveram reduções nos níveis das médias de omissão, que variaram de 1,2% a 4,2%. As razões para omissão, de maior significado, estiveram nas dimensões relacionadas aos recursos laborais e materiais. Verificou-se impactos no gerenciamento do cuidado por meio da redução de frequência de omissão evidenciando melhor preparo dos enfermeiros para liderar supervisionar e conduzir o trabalho em equipe; direcionamento de treinamento, atualização, aperfeiçoamento e aprimoramento de pessoal nas reuniões mensais de área; motivação do enfermeiro pela valorização do seu nível de governabilidade e melhor organização do serviço para o comando.


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Mesa 4 - Ambientes de Prática de Enfermagem a Nível da Gestão Operacional: Dimensões / Fatores, Impactos e Estratégias de Melhoria Moderador Élvio H Jesus


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O Enfermeiro Gestor e Segurança Fernando Barroso Ao refletir na dimensão “Segurança”, não posso deixar de o fazer, explorando o importante papel que o Enfermeiro Chefe/Gestor desempenha através da sua

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equipa. A Segurança sempre foi identificada como uma responsabilidade e uma competência do Enfermeiro Chefe. Mas como alcançar essa “segurança” quando não se está permanentemente no Serviço nem se prestam cuidados diretos ao doente? O Regulamento n.º 76/2018 de 30/01/2018 - Regulamento da Competência Acrescida Avançada em Gestão da Ordem dos Enfermeiros – refere no seu preambulo que “O exercício de funções de gestão por enfermeiros é determinante para assegurar a qualidade e a segurança do exercício profissional, (…) E prossegue no artigo 2º (conceitos) afirmando que o enfermeiro gestor “(…) é o responsável, em primeira linha, pela defesa da segurança e qualidade dos cuidados de enfermagem e o promotor do desenvolvimento profissional dos enfermeiros; (…) Na sua obra “Qualidade em Enfermagem – Walter Hesbeen (1998) aponta a missão principal do Enfermeiro Chefe – “Cuidar de quem cuida”. Diz-nos Hesbeen que (…) “a missão principal do chefe é de dar atenção ao pessoal do seu serviço, a fim de lhe oferecer as melhores condições possíveis para exercer a profissão, desenvolvê-la e nela encontrar satisfação. Esta missão encerra preocupação com o respeito verdadeiro pelas pessoas, independentemente das suas posições, das suas qualificações e até das suas competências.” O Enfermeiro Chefe/Gestor apenas conseguirá a “segurança” desejada (e necessária) através dos outros – da sua Equipa Multidisciplinar. Não se trata, pois, de impor mas de envolver a todos num mesmo objetivo – A Segurança (do Doente). Para o alcançar, o Enfermeiro Chefe/Gestor terá de batalhar por dotações seguras; formação adequada e equilibrada da equipa multidisciplinar; permitir o trabalho dos elos de ligação e implementar no seu serviço o Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2015-2020


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O Enfermeiro Gestor nos ambientes de prática clinica Sofia Roque A globalização está historicamente relacionada com o comércio e as tendências económicas, sabendo-se atualmente que é mais abrangente ao considerar-se a

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perspetiva politica, tecnológica e cultural, influenciada pela tecnologia da informação e pelas comunicações modernas, conduzindo a uma interdependência crescente da população mundial com oportunidades de progresso quer em termos gerais, quer na Saúde mas também conduzindo a ameaças. Fruto da Globalização emergem diferentes fatores que obrigam às mudanças nos sistemas de saúde visando melhorar o estado de saúde das populações, implicando/obrigando ao desenvolvimento e implementação de políticas proactiva em ambientes multidisciplinares. Pretende-se com esta apresentação fomentar o debate reflexivo com enfermeiros gestores e da prestação de cuidados acerca de uma das estratégias com evidência robusta ao longo dos tempos e com impacto nos cuidados que os enfermeiros prestam: O ambiente de prática de enfermagem. Estratégia na qual o enfermeiro gestor tem um papel preponderante na criação e manutenção da mesma, com implicação ao nível dos profissionais, utentes e organização. Procuraremos, deste modo, elencar a evolução do ambiente de prática de enfermagem, bem como a forma operacional de medição do conceito nos enfermeiros da prestação direta de cuidados. Considerámos, também pertinente um breve escrutino sobre a realidade Portuguesa e a sua evolução, como ponto de partida para a análise do ambiente de prática do enfermeiro gestor, pois só conhecendo e tendo a evidencia cientifica que fundamenta o contexto onde exerce as suas funções, só assim poderá revindicar novas/diferentes politicas de orientação e decisão de gestão, uma vez que os ambientes de prática de Enfermagem influenciam a qualidade e a segurança dos cuidados evidencia esta também obtida no nosso pais, dados que pretendemos apresentar.


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A Relação interdisciplinar na gestão das unidades Isabel Silva A matriz da apresentação, de cariz reflexivo, gira em torno dos eixos relação Interdisciplinar e gestão de unidades, tendo sido uma opção da autora fundar ainda

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a comunicação no artigo 112 do Estatuto da Ordem dos Enfermeiros – Dos deveres para com outras profissões. A reflexão afeta ao primeiro eixo - Relação Interdisciplinar- visa olhar a própria relação interdisciplinar como estratégia de melhoria dos ambientes de prática com impacto na melhoria da qualidade dos cuidados , aumentando a segurança dos doentes , bem como na

melhoria da satisfação dos profissionais, conforme é

robustamente demonstrado na literatura. O segundo eixo – gestão de unidades , expressará a reflexão acerca da complexidade dos settings de cuidados, por via da crescente e complexa natureza de cuidados de saúde , e da emergente e eficiente necessidade de uma gestão fundada em visão e valores partilhados – igual acesso à governação, participação na tomada de decisão aos vários níveis, respeito e confiança por parte de todos os atores, entre outros aspetos também expresso desde há muito pelos peritos dedicados ao tema.


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Adequação de recursos e segurança dos cuidados Isabel Pereira Lopes

Os Líderes na área da saúde devem ter como Missão nas suas Organizações a

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garantia da Qualidade e Segurança dos cuidados. Nesse percurso, sempre focado no Doente/Utente, devem promover a utilização de ferramentas e conhecimentos, que impulsionem novas metodologias na organização de trabalho e de equipas para atingir o propósito. Numa perspetiva inovadora, este pode ser o caminho estratégico para Focar as equipas no que realmente é o Core da sua profissão – CUIDAR. A tecnologia desafia-nos e pode quebrar paradigmas e dogmas, no nosso caso foi a peça responsável por alavancar a Qualidade e Segurança dos cuidados de saúde. Partilhamos o caminho percorrido no Grupo Lusíadas.


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Coaching na liderança Cláudia Telles de Freitas

Dimensões, Fatores, Impactos e Estratégias de Melhoria

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O Enfermeiro Gestor, que se desafia, hoje, a ser Líder, a ser ®P.E.S.S.O.A., a ser Coach com ®C.H.Á. é, para a Equipa e ®O.R.G.A.N.I.Z.A.Ç.Ã.O, um tipo de super-herói. Um super-herói, agente desenvolvimentista e transformacional dele próprio e da ®E.Q.U.I.P.A. de que é ®C.A.R.R.U.A.G.E.M.

do

“Aqui”

parte, co-responsável e de que é para

o

“Lá

“,

para

estados

melhorados/desejados, e, em parceria, identificados. Um super-herói do ®R.O.S.A. às Perguntas Poderosas, do Feedback à Escuta Estruturada, do ®G.R.O.W. ao Rapport, partes da caixa de ferramentas potenciadoras de análise, reflexão, desafio e operacionalização. Um superherói que ateia mudança pela ação, que provoca foco pelo compromisso, que gera consciência pela clarificação. Um

super-herói,

acompanhador

de

processos,

empoderador

de

autonomia/decisão, um estimulador de capacitação/resolução, alimentador de relações adulto-adulto fertilizadas pela Confiança Mútua, Cooperação, Comunicação, Congruência, Corresponsabilidade. Um super-herói que estimula o extrair, o conseguir, o superar, o criar alternativas construtivas e viáveis, o resultar, o prosseguir novas metas, o compreender antes do ajuizar, o alcançar, o autoexprimir, o ressignificar e o envolver, nas doses certas. Um super-herói desenvolvedor de super-heróis, e que com eles é “sociedade anónima”, e uma de todas as ações de responsabilidade. Um super-herói que, refletimos e descortinamos, criativamente, nesta Conferência, sob a égide da máxima Quem Sempre Fez o que Sempre Fez, Tem O Que Sempre Teve.


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Conferência – O icebergue da cultura de segurança: Moderador Nelson Guerra


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Perspetiva da Região Autónoma da Madeira Ricardo Silva Uma abordagem que incide no reforço da importância, compreensão e assimilação dos conceitos de cultura e segurança para as organizações da Região Autónoma da

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Madeira (RAM). Uma reflexão à necessária mudança cultura, aos fatores que influenciam a cultura de segurança instalada e a desejada, tornando as organizações em locais mais seguras e confiáveis. O destaque no reforço de tornar o Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira e suas estruturas, em “organizações que aprendem”, tendo por vetores principais a qualidade e a melhoria contínua. Apresentam-se sumariamente os resultados de um estudo efetuado na RAM sobre a avaliação da segurança nos CSP e suas dimensões. Perspetiva-se o futuro em termos de assegurar uma avaliação da cultura de segurança abrangente a todos os contextos de cuidados na região. São elencadas as diversas iniciativas que têm vindo a ser desenvolvidas para colocar a segurança como um compromisso ao serviço dos profissionais e dos utentes na região. Destacam-se duas abordagens: a reativa, através dos processos de notificação de incidentes e da análise causa/raiz e sua resolução, tornado visível a parte do icebergue que está oculto; a abordagem preventiva, através da avaliação prévia dos riscos e planos de intervenção para a sua mitigação. Abordam-se a reativação de diversas estruturas organizacionais de gestão de risco, dos elos de risco clínico e não clínico, à revisão de procedimentos e ao processo formativo em curso na região em termos de gestão de risco e segurança.


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Perspetiva Nacional Sérgio Gomes Cultura de segurança na Saúde – perspetiva nacional

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Garantir a segurança dos doentes e dos profissionais e melhorar a qualidade dos serviços de saúde são objetivos prioritários dos Sistemas de Saúde (WHO, 2003). A Qualidade em Saúde pode ser definida como a prestação de cuidados de saúde acessíveis e equitativos, com um nível profissional ótimo de acordo com os recursos disponíveis, possibilitando a adesão e a satisfação do utente. O acesso a cuidados de saúde de qualidade, durante todo o tempo e em todos os níveis da prestação, é um direito fundamental do cidadão, a quem é reconhecida toda a legitimidade para exigir qualidade nos cuidados que lhe são prestados, sendo que a segurança é um dos elementos fundamentais da qualidade em saúde. Se os enfermeiros são um elo forte na cadeia de valor dos cuidados de saúde, organizando os cuidados de enfermagem numa dimensão de qualidade e segurança de acordo com a evidência científica, então, creio poder afirmar que existe uma janela de oportunidade para que os enfermeiros contribuam de forma decisiva na implementação da Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 20152020. Saibamos aproveitá-la! Também está nas nossas mãos. O passado da Enfermagem não engana nem nos envergonha. Muito pelo contrário. No que á Enfermagem diz respeito, importa apoiar os enfermeiros (área da gestão e da prestação de cuidados): - na melhoria da gestão dos riscos associados à prestação de cuidados de saúde; - na segurança dos doentes, reforçando a responsabilidade de equipa, que mobiliza as competências individuais; - na melhoria contínua da qualidade aplicado à segurança dos doentes, identificando, avaliando e hierarquizando os riscos e as ações de melhoria a desenvolver. Na área da gestão em enfermagem, o cimento apropriado para melhores cuidados de enfermagem passa também pelos contributos no adequado planeamento, na identificação da eficácia dos cuidados de enfermagem e, em especial, a efetividade e relação custo-eficácia das intervenções dos enfermeiros como contributo importante para os ganhos em saúde dos cidadãos.


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Contudo, exige-se uma cultura de responsabilidade e de qualidade na gestão de enfermagem porque a gestão em enfermagem tem o seu quê de complexo e tem um nexo causal com as boas respostas em saúde. Merece um olhar crítico e descomprometido, mas qualificante. Importa encontrar formas, descobrir ou (re)dimensionar dinâmicas de trabalho que trarão aportes de maior sistematização aos processos de gestão em enfermagem.

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Os seus contributos são importantes pelo reforço, pelo cimentar de posições que permitirão que o SNS continue a assegurar as respostas em saúde, em particular aos mais desfavorecidos e garanta melhor saúde para todos. Contudo, continuo a interrogar-me: Os enfermeiros gestores estão mais aptos e capazes de reconhecer e lidar com os problemas? Será que estamos a utilizar o planeamento estratégico? E o pensamento estratégico? Será que estamos a conceber processos para identificar e desenvolver aliançaschave, de apoio? Ou mesmo a qualificar as exigências de gestão em enfermagem? Temos contribuído para evidenciar o valor acrescentado dos cuidados de enfermagem nos cuidados de saúde? Será que estamos a ser proactivos nas propostas de soluções de financiamento para os cuidados de saúde? de enfermagem? Será que o “furo no barco” é do nosso lado? O que serão os enfermeiros gestores em 2030? Melhorar a qualidade e a segurança dos cuidados prestados aos utentes e uniformizar a equidade no acesso a tratamento com qualidade para todos os portugueses é fundamental pelo que, basicamente, temos que passar das palavras aos atos. Entendo que é o tal compromisso emocional que tem de estar presente na gestão em Enfermagem. Mas … precisamos de gerir com competência para dar valor aos cuidados!


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Comunicação livre


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Os Fatores Que Determinam Os Enfermeiros A Mudar De Organização Ana Filipa da Silva Poeira - Ricardo Nuno Ferreira Paes Mamede Maria Manuela Ferreira Pereira da Silva Martins Introdução: É imperioso que as organizações de saúde se interessem pelas causas que conduzem os enfermeiros ao comportamento da rotatividade externa, já que a

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mesma representa custos elevados e diminuição da qualidade dos cuidados de enfermagem. O fenómeno em causa é influenciado por uma miríade de fatores que devem ser identificados de forma a direcionar práticas de gestão de recursos humanos. Objetivos: Identificar os fatores que tiveram maior contributo para a rotatividade externa dos enfermeiros. Analisar a relação entre variáveis sociodemográficas e profissionais com os fatores determinantes da rotatividade externa. Metodologia: É um estudo descritivo, correlacional, transversal e quantitativo. Sustentado em questionários, aplicados mediante a técnica de snowball, obteve-se uma amostra de 463 enfermeiros. O tratamento estatístico foi efetuado com recurso ao software versão 24. Utilizaram-se técnicas de análise descritiva para os diferentes fatores, seguida de técnicas diversas de análise multivariada para compreender de que forma as variáveis sociodemográficas e profissionais se relacionam com os mesmos. Resultados: Os fatores com maior contributo para a rotatividade externa foram ‘vontade de realizar um trabalho mais desafiante’ e ‘melhores perspetivas de progressão na carreira’. As variáveis relativas ao tipo de organização e à categoria profissional destacam-se pela sua influência nas várias componentes de rotatividade externa. Conclusões: É fundamental que as organizações de saúde, sobretudo as pertencentes ao setor público, se preocupem com a retenção dos seus enfermeiros, sendo necessário a implementação de políticas que promovam a satisfação e a valorização e reconhecimento profissional. Referências bibliográficas: Hayes, L. et al. (2012). Nurse turnover: a literature review – An update. International Journal of Nursing Studies, vol. 49, p. 889-905.


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Poeira, A. (2017). Rotatividade Externa dos Enfermeiros em Portugal. Tese de Doutoramento em Ciências de Enfermagem. Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, da Universidade do Porto. Portugal.

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Contato 1º autor: ana.poeira@ess.ips.pt


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Competências Gerenciais De Técnicos Administrativos Em Educação Das Universidades Federais Brasileiras Isabel Cristina Kowal Olm Cunha Rosane Cristina Piedade Tamada

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Pesquisa documental que objetivou conhecer as competências gerenciais dos técnicos administrativos em educação das universidades federais brasileiras. Não há atividade relacionada ao ensino, pesquisa e extensão, tripé que sustenta a missão das universidades, que não conte com o trabalho do técnico-administrativo em educação, de forma direta ou indireta1. São trabalhadores que exercem as mais variadas atribuições, em cargos que incluem também as atividades na área da saúde, como os médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, auxiliares de enfermagem e outros. As competências gerenciais são aquelas que colocam em ação os projetos e propostas organizacionais2 e devem fazer parte do rol de competências profissionais do gestor, incluindo-se habilidades e conhecimentos referentes ao gerenciamento, à coordenação e ao controle. Neste sentido, as universidades passam a ter papel importante na formação de profissionais qualificados, inclusive para a gestão. Foram analisados 42 instrumentos de avaliação de desempenho de servidores em cargos de chefia. As dez competências gerenciais mais frequentes nos instrumentos foram: liderança (81,25%), planejamento e acompanhamento (75%), desenvolvimento de equipes (56,25%), capacidade técnica (50%), relacionamento interpessoal (50%), tomada de decisão (43,75%), orientação para resultados (43,75%), uso adequado de recursos (37,5%), gestão participativa (31,25%) e adaptação/flexibilidade (31,25%). Conhecer as competências gerenciais destes profissionais torna-se essencial para o desenvolvimento constante e o consequente aprimoramento de seu desempenho no contexto atual dos serviços de saúde no Brasil 3. 1. Valle, AS. Trabalhadores técnicos-administrativos em educação da UFMG: inserção institucional e superação da subalternidade [dissertação]. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais; 2014. [acesso em 01 ago 2018]. Disponível em:

http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/BUBD-

9UHGC5/arthur_dissertacao_final2014.pdf?sequence=1. 2. Cassol, E. et al. Competências gerenciais relevantes para a atuação do administrador: uma análise comparativa entre as percepções de gestores


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organizacionais e de estudantes no estado de Santa Catarina. Revista de Tecnologia Aplicada, 2017; 6(3): 15-32. [acesso em 01 ago 2018]. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Fernando_Ramos29/publication/322810606 /links/5a790b040f7e9b41dbd44871.pdf. 3. Cunha ICKO, Ximenes Neto FRG. Competências gerenciais de enfermeiras: um novo velho desafio? Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2006 Jul-Set; 15(3): 479-

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82. Contato 1º autor: isabelcunha@unifesp.br


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Conflitos Na Enfermagem Hospitalar Isabel Cristina Kowal Olm Cunha Katya Araujo Machado Saito

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Introdução: O conflito como uma tensão produzida por motivos contraditórios entre as partes envolvidas é inerente às relações sociais e presente ao longo da vida pessoal e profissional.(1,2) A Enfermagem, com grande presença dentro de um hospital, está propensa a conflitos das mais diversas naturezas. Diante desse contexto espera-se que o enfermeiro realize a gestão de conflitos.(3) Objetivos: Identificar os conflitos vivenciados pelos profissionais de enfermagem em unidades de internação hospitalar. Método: O estudo exploratório foi realizado a partir da aplicação da Escala de Conflitos Intragrupos Adaptada (ECIGA) e do instrumento de dados sóciodemográficos em enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem de quatro unidades de internação, de um hospital filantrópico do município de São Paulo, Brasil. O período de coleta de dados foi julho a setembro de 2015 e responderam 54 enfermeiros e 137 auxiliares e técnicos de enfermagem. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa e todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: A maior parte dos participantes foi do gênero feminino (133=69,6%), com idade superior a 30 anos (158=82,7%), de 6 a 10 anos de profissão (76=39,8%), com 1 a 5 anos de trabalho na instituição (79=58,3%), 1 a 5 anos na equipe (82=66,7%) e sem outro vínculo empregatício (162=84,8%). O conflito de tarefas entre os enfermeiros foi superior ao dos técnicos de enfermagem.(4) Os profissionais de enfermagem apresentaram maior conflito de tarefas do que de relacionamentos Contato 1º autor: isabelcunha@unifesp.com.br


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Perfil De Liderança Do Enfermeiro Na Atenção Primária Em Saúde: Contexto Brasileiro Alexandre de Assis Bueno Millainy Lorrainy de Andrade

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Renata Alessandra Evangelista Introdução: A liderança nas organizações tem apresentado características específicas que se relacionam com sua referência conceitual, competências requeridas e o desenvolvimento de habilidades. Tais especificidades surgem como consequência das mudanças no cenário mundial e a complexidade da globalização com impacto direto na estrutura e processos das organizações. Objetivo: Caracterizar o perfil da liderança exercida pelo enfermeiro em unidades da Atenção Primária. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa, uma vez que se busca conhecer e compreender os valores agregados a uma situação. Os dados foram coletados mediante uma entrevista semiestruturada e submetidos a análise temática de conteúdo. Resultados: A abordagem da atenção primária tem por foco o indivíduo, família e comunidade e requer um dinamismo específico na composição dos processos de trabalho. A ação das equipes de saúde neste contexto se caracteriza por intervenções pontuais e ações de caráter contínuo. Na análise realizada, foi identificado o protagonismo do papel do enfermeiro para a composição deste cuidado, sendo caracterizado por uma liderança que possui como componentes fundamentais a valorização da comunicação, relação interprofissional e da qualificação. O contexto em que essa liderança é exercida tem característica bidirecional, sendo dirigida para a equipe de trabalho, como também ao objeto de cuidado. Em sentido mais amplo, esta liderança possui um compromisso com o exercício da gestão, isto é, sua prioridade é o alinhamento dos recursos disponíveis com a composição do cuidado. Conclusões: O tema liderança se mostrou fundamental na construção dos processos de trabalho na atenção primária e o enfermeiro foi identificado como protagonista neste contexto, sendo fundamental o desenvolvimento de ações que qualifique e fortaleça o exercício desta liderança. Contato 1º autor: alexissbueno@usp.br


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Normas clínicas: o quê, para quem e para quê? Cristina Maria Antunes Martins Arrábida Introdução: As Normas Clínicas devem assentar em recomendações para a pratica clínica ou políticas públicas de saúde e na evidência científica. Pretendem dar

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suporte à prática clínica dos profissionais de saúde e aos cidadãos na tomada de decisões acerca de cuidados apropriados em circunstâncias específicas, expressa pelo consentimento informado. Objetivos: A comunicação livre tem como objetivo partilhar uma reflexão em termos de abordagem do processo de Normas Clínicas, designadamente, nas seguintes áreas: a) entidade técnico-normativa; b) princípios éticos na saúde; c) responsabilidades éticas da prática clínica (cuidar e tratar) d) objetivos; e) características específicas de Normas Clínicas; f) características de enunciados normativos; g) efeitos esperados de Normas clínicas; h) potenciais benefícios para as pessoas/cidadãos e profissionais de saúde. A implementação de Normas Clínicas deve ser acompanhada pela sua acessibilidade, pelo desenvolvimento de auditorias internas, a nível das organizações de saúde, para avaliação, não só da capacitação de repostas, em termos do seu impacte nos resultados de saúde, bem como, entre outras, de atender à necessidade de adaptação a aspetos do contexto local (pessoas e recursos matérias, prevalência). Referências bibliográficas Archer L. e Biscaia J., Osswald W. Bioética. Editorial Verbo. Edição realizada em colaboração com o Centro de Estudos de Bioética. Lisboa-São Paulo1996. Kredo T et al. Perspectives on Quality. Guide to clinical practice guidelines: the current state os play. ISQua. International Journal for Quality in Health Care. 2016. 28(1): 122-128. Murat H. M. Clinical Practice Guidelines: A Primer on Development and Dissemination. 2017. Mayo Foundation form Medical Education and Research. Mayo Clin Proc. 2017. 92(3):423-433. Serrão D. e Nunes R. (Coord), Ética em Cuidados de Saúde, Porto editora, 1998. Wang Z., Norris S. L. and Bero L. The advantages and limitations of guideline adaptation frameworks. Implmentation Science. 2018. 13:72 Woolf S. H. et al. R. Clinical guidelines Potential benefits, limitations, and harms of clinical guidelines. 527BMJ Vol 318. 20 February 1999 www.bmj.com Contato 1º autor: cristinr2001@gmail.com


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Conributo Da Global Trigger Tool Para Desenvolvimento De Estratégias De Melhoria Contínua Ludmila Pierdevara Alexandra Ferreira Fatima Barros de Sousa Fernandes

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Inês Ventura Andreia Martins Contributo da Global Trigger Tool para desenvolvimento de estratégias de melhoria contínua A prestação de cuidados de saúde está associada a potenciais Eventos Adversos (EA), podendo causar danos aos doentes. A implementação de novas programas e instrumentos de gestão de risco clínico para deteção precoce dos EA torna-se imperativo. Objetivos: Analisar e comparar os EA num Serviço de Medicina após implementação de medida de melhoria continua. Metodologia:

Realizou-se

um

estudo

quantitativo,

descritivo

transversal

retrospetivo, num Serviço de Medicina do Centro Hospitalar Universitário do Algarve. Para identificar os EA utilizou-se a metodologia Global Trigger Tool (GTT). A recolha de dados realizou-se em dois tempos distintos com uma duração de nove meses cada período analisado. Em cada período listaram-se 90 processos clínicos dos doentes que tiveram alta hospitalar pelo menos há dois meses, previamente a revisão. O primeiro período de recolha de dados serviu como diagnóstico de situação. Perante os resultados obtidos identificou-se área prioritária de intervenção com introdução de medidas de melhoria continua. Para averiguar a efetividade das medidas pós-implementação e obter novas informações acerca da prevalência dos EA procedeu-se novamente a recolha de dados. Resultados: A primeira fase a GTT permitiu identificar 278 triggers, dos quais 124 considerou-se EA, 44,6% ocorreram durante o internamento e 9,4% dos doentes apresentavam EA no momento de admissão. Com estes dados é importante destacar a taxa de 8,9% (n=6) dos danos que contribuíram para a morte do doente, encontrando-se 4 destes casos, (6,7%), relacionados com pneumonia de aspiração no internamento e, 2 com septicemia. Como medida de melhoria continua implementou-se aplicação da Escala Gugging Swallowing Screen (GUSS). Após um ano de aplicação da GUSS, a segunda fase de recolha de dados, a GTT possibilitou perceber que o número dos EA aumentou para 142 no internamento e, no momento da admissão os EA representava uma taxa de 11,5%. Porém, os casos da pneumonia de aspiração relacionados com a morte do doente diminuíram para


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3,3% no internamento, mas em contrapartida, a infeção associada aos cuidados de saúde aumentou exponencialmente. Conclusão: A metodologia GTT é uma ferramenta útil no estudo dos EA no contexto hospitalar. Referências bibliográficas: 1. Balding C. From quality assurance to clinical governance. Aust. Health Rev. 2008;32(3):383-91. 2. Murff HJ, Patel VL, Hripcsak G,

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Bates DW. Detecting adverse events for patient safety research: a review of current methodologies.

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Envolvimento Do Cuidador Informal Na Alta Hospitalar Pedro Temtem

Rita Mendonça

Introdução: O tempo de internamento é um indicador da eficiência dos sistemas hospitalares. A permanência prolongada predispõe os doentes a infecções

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hospitalares e lesões iatrogênicas. Segundo o Barómetro de internamentos sociais a 19 de Fevereiro de 2018, 6% dos doentes internados encontravam-se em situação de inapropriação por motivos sociais, correspondendo a uma despesa estimada de 26,3 milhões de euros. Os principais motivos de inapropriação centram-se na falta de resposta da rede de cuidados continuados e incapacidade de resposta do familiar/cuidador. É neste contexto que os cuidadores informais tornam-se de vital importância na satisfação das necessidades dos doentes. O serviço de medicina interna 3º piso nascente, depara-se com os mesmos problemas, pelo que o presente estudo retrata uma experiência piloto desenvolvida pelos enfermeiros. Objectivos do projecto são: envolver o cuidador nos cuidados ao cliente dependente durante o internamento; e promover o regresso do doente com alta médica ao domicilio. Metodologia: Estudo experimental, relato de um conjunto de casos individuais: A colheita de dados foi efectuada de 1 de Abril a 31 de Agosto de 2018, tendo envolvido 8 doentes com alta médica e 10 cuidadores informais. Os critérios de inclusão foram: Doentes com alta médica, um cuidador disponível e potencial do cliente para regressar ao domicílio. Resultados: Todos os doentes envolvidos regressaram ao domicílio, 100% de eficácia do projecto. Discussão: Durante o período do projecto 70 doentes permaneceram no serviço após alta, pelo que a percentagem de eficácia do projecto no que concerne ao regresso dos doentes com alta médica é de 11,43%, os restantes doentes com alta foram encaminhados para UILD, faleceram ou regressaram a casa sem necessidade de ensinos. A demora média de dias após alta foi de 18 dias. Conclusão: O projecto é exequível, sendo imprescindível o envolvimento dos cuidadores para promover o regresso a casa dos doentes. Referências: Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, (2018), Barómetro de internamentos sociais, 4.as Conferências de Valor APAH, 16 e 17 de Março de 2018, Portugal, Viseu. Bragstad L., et al., Informal caregivers participation when older adults in Norway are discharged from the hospitalHealth and Social Care in the Community (2014) 22(2), 155–168 DOI: 10.1111/hsc.12071 Chenoweth, L.,


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Kable, A., and Pond, D. (2015) Research in hospital discharge procedures addresses gaps in care continuity in the community,but leaves gaping holes for people with dementia: A review of the literatur, Australasian Journal on Ageing, Vol 34 No 1 March, 9–14, DOI:10.1111/ajag.12205 Chunzhen, H., et al, (2014) Disability Impacts Length of Stay in General Internal Medicine Patient, Journal General Internal Medicine 29 (6) :885–90 DOI: 10.1007/s11606-014-2815 z Everink et al. (2016) Factors

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influencing home discharge after inpatient rehabilitation of older patients: a systematic revie, BMC Geriatrics DOI 10.1186/s12877-016-0187-4 MacNaughtonDouce, L., (2013) Determinants of Health in Discharge Planning for Seniors: Asking the Right Questions, Canadian Journal on Aging / La Revue canadienne du vieillissement 32 (3) : 307 – 315 DOI:10.1017/S0714980813000342 Neiterman, E., Wodchis, W., and Lynn, I., (2015) Experiences of Older Adults in Transition from Hospital to Community, Bourgeault Canadian Journal on Aging / La Revue canadienne du vieillissement 34 (1) : 90–99 DOI:10.1017/S0714980814000518 Toye et al. (2015) Protocol for a randomised controlled trial of an outreach support program for family carers of older people discharged from hospitalBMC Geriatrics DOI 10.1186/s12877-015-0065-5 Wrobleski, D., et al., (2014) Discharge Planning Rounds to the Bedside: A Patient- and FamilyCentered Approach, MedSurg, MarchApril 2014 • Vol. 23/No. 2 Contato 1º autor: pedtem@gmail.com


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Gerenciamento De Enfermagem No Serviço De Atendimento PréHospitalar: Percepção Dos Enfermeiros Renata Alessandra Evangelista

Alexandre de Assis Bueno

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Introdução: As exigências crescentes de produtividade e qualidade, associadas a um contexto de mercado de trabalho instável e flexível, ampliaram a necessidade de qualificação dos trabalhadores e tornaram cada vez mais frequente a implantação de modelos de formação e de gestão fundamentados na competência profissional, dentre eles, o Serviço de Atendimento Pré-Hospitalar Móvel de Urgência e emergência (SAMU). Objetivo: Identificar a prática de gerenciamento do enfermeiro no APH - Móvel segundo a visão dos enfermeiros. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva, transversal, com abordagem qualitativa, realizada no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), pertencente à Região da Estrada de Ferro no interior de Goiás, Brasil. A coleta de dados foi realizada pelo próprio pesquisador, com a utilização de uma entrevista semiestruturada. Os participantes foram informados sobre os objetivos da pesquisa e da garantia do anonimato, tendo liberdade total na decisão quanto à aceitação. Dentre as variadas técnicas de análise dos dados, optou-se por utilizar da Análise Temática de Conteúdo. Resultados e Discussão: Participaram 08 enfermeiros, com idade média de 30 anos e tempo médio de trabalho no SAMU de 24 meses. Através da análise temática das entrevistas, o resultado encontrado trouxe como tema central um modelo de gestão centralizada cuja ênfase é o controle, seja nas ações, competências e habilidades de comunicação. Demonstrou existir limitações na apreensão do processo de trabalho em sua complexidade pela equipe, evidenciando que os profissionais reconhecem a existência de fragmentação das ações. Conclusão: Constata que, adotar modelos de gestão mais participativos com enfoque na comunicação é fundamental, uma vez que este busca o coletivo e horizontaliza as relações de seus atores formais e informais. Insistir em modelos tradicionais de administração tem contribuído para a limitações nos resultados alcançados e desempenho das equipes de trabalho. Referências: Bueno AA, Bernardes A. Percepção da equipe de enfermagem de um serviço de atendimento pré-hospitalar móvel sobre o gerenciamento de enfermagem. Texto Contexto Enferm. 2010; 19 (1): 45-53. Cavalcante RB, Calixto P,


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Enferm. 2011; 32(4): 695-702 Santos MC, Bernades A. Comunicação da equipe de enfermagem e a relação com a gerência nas instituições de saúde. Rev Gaúcha Enferm. 2010; 31 (2): 359-366. Veiga HMS, Machado SF, Pinheiro IMO, Rebouças CRM. Relações entre comportamento pró-ativo e comprometimento organizacional. Gerais, Rev. Interinst. Psicol. 2013; 6(1):127-43. Contato 1º autor: evangelrae@gmail.com


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Feridas Complexas: Domínios da Gestão em Enfermagem Cláudia Cristina Alves de Sousa Introdução: As feridas constituem cada vez mais um problema de saúde pública,

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sendo indicador fundamental da qualidade dos cuidados prestados pelas instituições de saúde. As feridas crónicas/complexas são as que evoluem durante mais de seis semanas, sendo as mais frequentes as úlceras por pressão, as vasculares, as neuropáticas/pé diabético e as feridas malignas. A prevalência de feridas crónicas em Portugal não é totalmente conhecida, no entanto, segundo estudos recentes, representam uma prevalência estimada de 1,6 /1000 habitantes. A gestão em enfermagem, por abranger diversas vertentes no âmbito hospitalar, constitui um pilar fundamental na avaliação, monitorização e tratamento de feridas complexas, muitas vezes subvalorizado. Objetivos: Identificar os domínios da gestão em enfermagem direta ou indiretamente relacionados com a avaliação, monitorização e tratamento de feridas complexas. Metodologia: Revisão bibliográfica através da pesquisa em bases de dados e de resultados de investigações científicas em enfermagem (PubMed, LILACS, Scielo, EBSCO, RCAAP, entre outras). Resultados/Discussão: Através da pesquisa realizada foi possível denotar que a gestão em enfermagem contempla domínios em diversos níveis: recursos humanos e materiais; formação; registos electrónicos/informática; qualidade dos cuidados de saúde; segurança dos cuidados; indicadores epidemiológicos, de processo, de resultado e de estrutura; articulação com outras especialidades; e investigação. Conclusão: A gestão em enfermagem tem assumido papel fundamental na elaboração de políticas e práticas para a melhoria contínua da assistência aos doentes, identificando riscos, implementando medidas preventivas, contingenciais e curativas, focalizando a redução de danos e perdas. Na área das feridas complexas existem diversos domínios onde o enfermeiro gestor desenvolve a sua atividade, sendo estes fundamentais para a minimização de danos, gestão de custos e de recursos, reconhecimento de riscos e potencialidades, aplicação de resultados válidos de investigações na prática, promoção do trabalho multidisciplinar, propagando a qualidade e a segurança dos cuidados de saúde, que vão de encontro às necessidades dos clientes. REFERÊNCIAS


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de Qualidade dos Cuidados Especializados em Enfermagem em Pessoa em Situação Crítica. Diário da República nº 123, II Série. SESARAM, EPE. (2013). Estratégia de gestão do risco clínico. Funchal: Autor. Silva, R. M. (2014). Fatores que contribuem para a tomada de decisão dos enfermeiros no cuidado à pessoa adulta com ferida crónica. (Dissertação de Mestrado, Universidade Católica Portuguesa: Lisboa). Disponível em: http://repositorio.ucp.pt/handle/10400.14/17108. Soares, R. S., Lima, S. B., Camponogara, S., Eberhardt, T. D., Fonseca, G. G. & Kessler, M. (2017). Significado do protocolo de úlcera por pressão: qualificando a gerência do cuidado do

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Enfermagem

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em: DOI:


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Automatização

do

Sistema

de

Classificação

de

Doentes

em

Enfermagem José Manuel Chora Cristina Duarte Paulino Introdução: Automatização do Sistema de Classificação de Doentes em

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Enfermagem (SCDE) constitui uma solução criativa e inovadora cuja coordenação é da responsabilidade da ACSS. Face aos novos desafios enfrentados pelas organizações de saúde, constitui o desenvolvimento e aperfeiçoamento de um novo SCDE, com base nas tecnologias de informação e comunicação e que propicia a celeridade dos processos de decisão operacionais, táticos e estratégicos e uma resposta eficiente e eficaz às funções e objetivos organizacionais. Objetivos: - Descrever a automatização do SCDE como um processo de intraempreendedorismo desenvolvido entre a ACSS/SPMS e as organizações de saúde. - Identificar as mudanças associadas à automatização do SCDE para os doentes/utentes e profissionais de enfermagem e impacto nos cuidados de enfermagem. - Apresentar estratégias de desenvolvimento do novo produto/serviço como uma experiencia de empreendedorismo sustentado. Metodologia: Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas à coordenadora central; coordenadores regionais e colaboradores que operacionalizam o projeto. Apresentação de Resultados: No HESE são classificados diariamente cerca de 307 utentes/doentes, o que consume diariamente cerca 3070 minutos, ou seja no total cerca de 50 horas. Com base nestes custos diretos, a solução passou pela automatização da classificação por não precisar de intervenção manual, sendo aplicável nos serviços com registos de enfermagem informatizados. Apresenta como vantagens: melhorar os cuidados prestados, planear esses cuidados, identificar as necessidades, otimizar recursos, gerir o orçamento e adequar a dotação dos quadros de pessoal, com maior eficácia e eficiência com base nas horas de cuidados prestados. Conclusões: A automatização contribuirá diretamente para reduzir os tempos com os registos clínicos; aumentar os tempos na prestação de cuidados de enfermagem, no cuidar aos doentes/utentes e no grau de satisfação dos profissionais de enfermagem, porque minimiza o tempo para a elaboração dos registos clínicos. Bibliografia: - Ministério da Saúde (2010). Unidade Operacional de Financiamento e Contratualização. Manual do Sistema de Classificação de Doentes em Enfermagem. Administração Central do Sistema de Saúde. Lisboa. - Monteiro, A.,


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Palma, P. & Lopes, M. (2012). Como os gigantes aprendem a dançar: o papel mediador do capital empreendedor na relação entre cultura de inovação e desempenho. Revista de Administração e Inovação, vol. 9, out-Dez 2012. pp. 44-67. - Palma, P. (2017). Porque é tão importante desenvolver uma atitude empreendedora?

Consultado

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Comportamento organizacional positivo e empreendedorismo: Uma influência mutuamente vantajosa. Comportamento Organizacional e Gestão, 13, N.º 1, pp. 93114.

Contato 1º autor: jmlchora@gmail.com


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Cultura Organizacional e Lidrança do sub-sistema de Enfermagem José Manuel Chora Maria Lisete Santos Mendes Candeias Introdução: Cultura Organizacional e Liderança do Subsistema de Enfermagem As organizações de saúde têm uma matriz única e extremamente complexa, tendo

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subjacente o seu percurso histórico, o contexto interno e externo e respetivas interações entre os atores sociais. Neste contexto necessitamos de líderes de espectro total que atuem em prol do bem comum, que apoiem a diversidade e garantam a participação de todos. O sucesso organizacional terá de ser feito com e para as pessoas envolvendo-as, deste modo teremos de aprender, compreender, pensar e sentir a cultura organizacional e as suas práticas. Quinn (1998) considera que viajar nesta incerteza organizacional, abre as portas para outras e novas aprendizagens, a esquecer o que sabemos e a descobrir o que precisamos. Considera-se que o novo modelo de gestão baseia-se no poder dos indivíduos como drives da criação de valor na empresa e no desenvolvimento das suas capacidades (Bilhim, 2011). Objetivos: Efetuar o diagnóstico da cultura organizacional dos Enfermeiros Chefes e Responsáveis do HESE. Metodologia: Inquérito por questionário de Quinn e Cameron aplicado aos líderes de enfermagem. Resultados: Nesta organização hospitalar predomina com 33,29 % a Cultura de Apoio caraterizada por se concentrar na manutenção interna com flexibilidade, preocupação com as pessoas e sensibilidade em relação aos clientes. As organizações são descritas como um lugar bastante amigável para trabalhar, onde as pessoas compartilham muito delas mesmo, umas com as outras em que os líderes são vistos como mentores e até como figuras paternas. A Cultura Hierárquica obteve com 31,16 % (variação de -2,13% face à cultura dominante). Carateriza-se pela manutenção interna, com enfatizando-se a estabilidade e o controlo, constitui um local muito formal e estruturado baseado em políticas, normas e procedimentos. Os líderes são considerados bons coordenadores e organizadores, sendo orientados para a eficiência. A preocupação no longo prazo é com a estabilidade e o desempenho, com operações eficiente e uniformizadas. A gestão de recursos humanos é orientada para o emprego seguro e a previsibilidade. Conclusão: Face aos resultados obtidos propomos o desenvolvimento de estratégias macro, de análise e maior centralização no ambiente externo,


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nomeadamente em novos segmentos de mercado e enfase nos vetores da flexibilidade e individualidade, de modo a constituir-se como um ambiente mais dinâmico, empreendedor e criativo. Os líderes terão de assumir um papel mais proactivo, nos processos de mudança e na capacidade de enfrentar novos desafios e correndo riscos controlados. Bibliografia: Barrett, R. (2011). Como construir uma organização gerida por valores.

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Porto: Biorumo. Bilhim, J (2011). Questões atuais de gestão estratégica de recursos humanos. Universidade Técnica de Lisboa: Instituto Superior de Ciências Sociais e Politicas. Bilhim, J. (2016). Gestão estratégica de recursos humanos. Universidade de Lisboa: Instituto Superior de Ciências Sociais e Politicas. Quinn, R. (1998). Desperte o líder em você: mudança organizacional a partir do autoconhecimento. Rio de Janeiro: Editora Campus. Contato 1º autor: jmlchora@gmail.com


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Póster


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A Vontade De Exercer Enfermagem Noutro País Que Não Portugal Ana Filipa da Silva Poeira

Ricardo Nuno Ferreira Paes Mamede

Maria Manuela Ferreira Pereira da Silva Martins Renato José Rodrigues Introdução: Segundo o ICN (2010) os enfermeiros sempre estiveram dispostos a

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transpor fronteiras em busca de novas oportunidades e melhores perspetivas de carreira. Até à crise internacional, Portugal caracterizava-se pela imigração de enfermeiros, atualmente a tendência inverte-se com uma saída líquida de enfermeiros para o estrangeiro. Portugal, com o programa de ajustamento decorrente do quadro do resgate financeiro que vigorou entre 2011 e 2014, obrigou um número crescente de enfermeiros a procurar trabalho fora do seu país. Objetivos: identificar e descrever os determinantes da intenção de emigrar. Metodologia: É um estudo descritivo, correlacional, transversal e quantitativo. Sustentado em questionários, aplicados mediante a técnica de snowball, obteve-se uma amostra de 463 enfermeiros. O tratamento estatístico foi efetuado com recurso ao software versão 24. Recorreu-se ao método Regressão Logística para calcular a probabilidade de predisposição de um enfermeiro a emigrar. Resultados: A inclusão das variáveis independentes tornou o modelo significativo (p<0,001), explicando o mesmo 18,7% da predisposição de um enfermeiro a emigrar. O teste de Likelihood-Ratio, conferiu a adequabilidade do modelo (p<0,001). Verifica-se que quando os enfermeiros estão próximos dos seus, no seu contexto de trabalho e se encontram satisfeitos com a profissão, diminui a propensão a emigrar. Por outro lado, quando no seu contexto de trabalho se deparam com o aumento da carga horária e laboral, aumenta a predisposição a emigrar. Conclusões: Compreender a predisposição dos enfermeiros a emigrar permite direcionar estratégias de retenção dos mesmos, contribuindo para melhores práticas de gestão de recursos humanos. Referências bibliográficas: ICN (2010). Career Moves and Migration: Critical Questions. Geneva: International Council of Nurses. Kingma, M. (2008). Nurses on the move: Historical perspective and current issues. The Online Journal of Issues in Nursing, vol. 13, n.º 2. Pereira, C. et al. (2015). Enfermeiros portugueses no Reino Unido 2014. Observatório da Emigração: CIES-IUL, ISCTE-IUL. Contato 1º autor: ana.poeira@ess.ips.pt


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Handover E Segurança Do Doente Maria Manuela Frederico Ferreira Fernando António Neto Teixeira de Sousa

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Introdução: A segurança do doente é uma área essencial para a qualidade dos cuidados de saúde, sendo um dos fatores determinantes de sucesso as informações específicas, sobre o doente, transmitidas, em tempo real, de um profissional para outro ou de uma equipa de saúde para outra. Este processo é definido pela Joint Commission (JC) como “Handover”, equivalendo ao que em Portugal se designa por “passagens de turno”. Muita e qualificada informação é transmitida e as passagens de turno são consideradas eficazes quando asseguram a comunicação de informações críticas e a continuidade dos cuidados. Objetivos: Identificar a perceção dos enfermeiros relativamente à passagem de turno em enfermagem e, consequentemente, promover melhorias no serviço. Metodologia: Estudo descritivo longitudinal, natureza quantitativa, realizado em janeiro de 2017, com base no questionário Handover Evaluation Scale (HES). Este instrumento foi desenvolvido por O’Connell et al., 2008 e validado para a população portuguesa por Frederico, M. O estudo respeitou os princípios éticos (Parecer Nº P334-03/2016). Resultados: 24 questionários, válidos para análise. Tempo (médio) que despendem por turno em registos de enfermagem”, 101 minutos Passagem de turno da manhã: Tempo médio de preparação 43,4 minutos. Conclusões: Apenas são apresentados parte dos resultados do estudo, mas fica evidente que o mesmo serve de referência para a formulação de políticas com vista à otimização da passagem de turno. Neste serviço evidenciaram-se necessidades de melhorias tanto a nível da estrutura, como a nível do processo de passagem de turno, tendo este aspeto sido motivo de investimento por parte do enfermeiro gestor, com a correspondente resposta da equipa. Podemos, para além do mais, estar em presença de um ponto de partida para futuros estudos e benchmarking, onde poderá estar incluída a Associação Portuguesa dos Enfermeiros Gestores e Liderança para alargamento do projeto e enriquecimento da Enfermagem e obtenção de ganhos em saúde. Referências bibliográficas: - Friesen, M.; White, S.; Byers, J. (2008). Handoffs: Implications for Nurses. In R. Hughes, Patient Safety and Quality: An Evidence-Based Handbook for Nurses. United States. [acesso em 13 de


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Março de 2014] http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK2651. - O’Connell, B.; Ockerby, C.; Hawkins, M. (2013). Construct validity and reliability of the Handover Evaluation Scale. Journal of Clinical Nursing, 23, 560–570. - Santos, M. et al (2010). Comunicação em saúde e a segurança do doente: problemas e desafios. Revista Portuguesa de Saúde Pública, 10, 47-57.

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Contato 1º autor: mfrederico@esenfc.pt


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Comunicação Na Liderança Da Gestão Em Enfermagem Paula Alexandra Amaral Ramos

Nelson Emídio Henriques Guerra

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Introdução: A comunicação e a liderança são elementos essenciais no processo de gestão em enfermagem, consagradas no perfil de competências do enfermeiro gestor, seja pela necessidade de promover a articulação com a equipa de saúde, seja na gestão de conflitos ou garantindo a existência de mecanismos de comunicação na equipa. Objetivo: realizar uma revisão da literatura acessível sobre a comunicação na liderança na gestão em enfermagem. Metodologia: utilizou-se a metodologia PICo, enquanto metodologia voltada para a pesquisa não clinica procurando integrar a comunicação (Problema), a liderança (Interesse) e a gestão em enfermagem (Contexto), construindo assim a questão “Qual o efeito da comunicação na liderança da gestão em enfermagem”. A partir da identificação dos termos utilizaram-se as bases NURSING & ALLIED HEALTH COLLECTION, MEDLINE e CINAHL, com os descritores em português e inglês: comunicação ou communication, liderança ou leadership, gestão ou management e enfermagem ou nursing, com delimitação temporal de 2008-2018 e acesso integral ao artigo. A amostra foi composta por 6 artigos. Resultados: a comunicação é uma das principais estratégias de sucesso no relacionamento interpessoal da equipa de Enfermagem e a eficácia da comunicação influencia aspetos como a liderança. É realçada a necessidade dos enfermeiros desenvolverem habilidades de comunicação interpessoal. A comunicação e Liderança são identificadas como áreas de articulação com a gestão e de competência em enfermagem, verifica-se que um dos papeis do enfermeiro gestor está relacionado com a gestão de conflitos, logo é essencial que tenha desenvolvida a habilidade de comunicação interpessoal para atingir resultados positivos na qualidade dos cuidados. Conclusões: É unanime a importância da comunicação e a sua influência em vários aspetos como a liderança no processo de gestão em enfermagem. Estes elementos estão espelhados no perfil de competências do enfermeiro gestor, na promoção de mecanismos de comunicação na equipa, na liderança e gestão dos membros da equipa de cuidados sob a sua responsabilidade.


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Referências Bibliográficas CAMARGO, Daniel R. et al. A comunicação na enfermagem como estratégia de liderança na assistência. Enfermagem BRASIL, 2011, setembro / outubro;10(5), 309313. CORTEZ de Faria, C; et al. How leader nurse communicates in a hospital: an analysis of discursive practices. Revista de Pesquisa: Cuidado e Fundamental. 9, 1, 152-158,

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Jan. 2017. ISSN: 2175-5361. ELLIS, Petere e ABBOTT, Jane. Leadership and management skills in health care. British Journal of cardiac Nursing, 2013, January, Vol No 2, 96-99. LEAL, Laura A. et al. competências profissionais para enfermeiros: a visão de discentes de graduação em enfermagem. Revista Baiana de Enfermagem, 2016, jul./set Salvador, v. 30, n. 3, p. 1-12. MORORÓ, Deborah D. de S. et al. Concept analysis of nursing care management in the hospital contexto. Acta Paul Enferm, 2017; 30(3):323-32. ROCHA, Maria do C.do J., Paulino, Sousa e Martins, Manuela. A opinião dos enfermeiros diretores sobre a intervenção do enfermeiro chefe. Investig. Enferm. Imagen Desarr., 2016, julio-diciembre, 18 (2): 89-105. SALEH, Usama et al. The impact of nurse managers’ leadership styles on ward staff. British Journal of Nursing, 2018, Vol 27, No 4:197-203. VASCONCELOS, Rosane M. et al. Communication in the relationship between leaders and lead in the context of nursing. J Nurs UFPE on line, 2017 Nov., Recife, 11(Suppl. 11):4767-77. Contato 1º autor: ramos04paula@gmail.com


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A Liderança Transformacional Como Factor Catalisador Para A Motivação Em Enfermagem Sandra Cristina Moreira Dias - Maria Manuela Ferreira Pereira da Silva Martins Alberto José Roque Teixeira Abrunhosa - Onélia Bernardete Almeida Silva Ramos

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Marlene Serpa Morais Ribeiro Introdução: Os gestores de enfermagem lidam diariamente com a necessidade de manterem altos padrões de cuidados, com excelência e qualidade, e ao mesmo tempo aumentarem ou manterem o empoderamento e motivação da sua equipa, este tipo de gerenciamento requer um tipo de especial de liderança. É importante compreender a influência da liderança transformacional nas equipas de enfermagem como factor catalisador da motivação. Metodologia: Efetuou-se uma revisão integrada através de pesquisa nas bases de dados EBSCO Host; Medline; Web of science; LILACS, de artigos em português e inglês, publicados entre 2013 e 2018. Foram selecionados 5 artigos que respondiam aos critérios de inclusão. Resultados: Os enfermeiros gestores reconheceram a importância de investir na formação de técnicas de liderança e de comunicação, estas técnicas são eficazes para maior consciencialização sobre sua missão, suas responsabilidades e suas possibilidades de influenciar o grupo e expressaram maior engajamento e satisfação no trabalho. Para uma liderança autêntica, os enfermeiros gestores devem estar muito próximos de seus subordinados, correspondendo aos desejos dos membros da equipe. A liderança transformacional é importante para a prestação de cuidados de alta qualidade, os comportamentos dos líderes de enfermagem inspiram, modelam e reforçam a criação de práticas de trabalho com qualidade. Uma comunicação clara da visão e da missão das organizações, com a utilização de estratégias de liderança o gestor capta e potencia o compromisso dos enfermeiros

com

a

organização.

Conclusão:

Um

estilo

de

liderança

transformacional envolve potenciação, coordenação e articulação das atividades da toda a equipe para a prestação de cuidados de enfermagem. Este estilo de liderança pode afetar positivamente as atitudes e comportamentos das equipas, promovendo a motivação, o compromisso com a missão e a visão da organização. Descritores: “Transformational Leadership”; “nursing management”; “motivation”; e “Leadership” Bibliografia: BARROS, A. [et al] - Motivation Practices To Promote Safety Culture By Nursing Leaders According To Assisting Nurses. Journal of Nursing UFPE On Line,


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Recife, Recife, 8(12):4330-6, Dec., 2014. CARVALHO, A. [et al] - Authentic leadership and the personal and professional profile of nurses. Acta Paul Enferm. 29(6):618-25, 2016. CHUNG, S. & FITZSIMONS, V. - Knowing Generation Y: a new generation of nurses in practice British Journal of Nursing, 22(20). 2013. CURTIS, E. & O'CONNELL, R. - Essential Leadership Skills For Motivating And Developing Staff. Nursing Management - UK. Vol. 18 Issue 5, p32-35. 2011 HENDERSON, A. - Processes To

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Engage And Motivate Staff. 20(8), Dec.2013. LEFÈVRE, Å . [et al] - “From resistance to challenge”: child health service nurses experiences of how a course in group leadership affected their management of parental groups. BMC Nursing 16:73;2017. WELFORD, C. - Transformational Leadership in Nursing- Matching Theory to Pratice. Nursing Management, 9(4): 7-11. 5p. 2002. Contato 1º autor: sandra.c.dias3@gmail.com


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Impacto Da Liderança Na Satisfação Das Equipas De Enfermagem Onélia Bernardete Almeida Silva Ramos – Maria Manuela Ferreira Pereira da Silva Martins - Alberto José Roque Teixeira Abrunhosa - Carla Marisa Antunes Moreira Sandra Cristina Moreira Dias

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Palavras-Chave: Satisfação da Equipa, Liderança, Equipa de Enfermagem. Introdução: Enfermagem é uma classe profissional com grande representatividade no setor da saúde, pelo que há cada vez mais necessidade de definir papéis hierárquicos, de modo que as funções que cada um desempenha estejam bem definidas. Segundo O’Neil e Morjikian (2003) ao nível dos cuidados de saúde para desenvolver uma liderança bem-sucedida, as atuais e futuras lideranças em enfermagem necessitam de desenvolver um conjunto de habilidades, visão e coragem para enfrentar os desafios atuais dos sistemas de saúde, pois existindo uma boa liderança há uma grande satisfação profissional, o que resulta em melhores cuidados de saúde prestados. Objetivo: Compreender o que motiva os profissionais de saúde, nomeadamente os enfermeiros, e qual o impacto da liderança na satisfação. Metodologia: Efetuou-se uma revisão integrada através de pesquisa nas bases de dados Biblioteca virtual em saúde, SCIELO, Google scholar e na EBSCO, como critérios de inclusão trabalhos em formato completo e disponíveis de forma gratuita no período de 2013 a 2018,em português e participantes enfermeiros em meio hospitalar. Foram selecionados 5 artigos que respondiam aos critérios de inclusão. Resultados: Inconclusivo, verificando-se uma carência no meio cientifico em relação à temática. Não se conseguiu determinar se as equipas estão satisfeitas com o estilo de liderança mas identificou-se principalmente que o fator comunicação é um dos que mais impacto tem sobre a equipa, o que por sua vez favorece a satisfação profissional. Conclusão: Um líder em enfermagem deve possuir um conjunto de habilidades, conhecimentos pessoais e profissionais, que tem como objetivo primordial o bemestar da sua equipa e qualidade no cuidar, só assim será reconhecido como líder pelos seus colaboradores efetuando uma boa gestão e consequentemente gerando satisfação.


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Referências bibliográficas: O´Neil, E. e R. Morjikian (2003), “Nursing leadership: challenges and opportunities”, Policy, politics & nursing practice, Vol. 4, Nº 3, pp. 173179.

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Contato 1º autor: 86onelia@gmail.com


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Liderança De Enfermagem Na Gestão De Conflitos Alberto José Roque Teixeira Abrunhosa - Maria Manuela Ferreira Pereira da Silva Martins - Carla Marisa Antunes Moreira - Sandra Cristina Moreira Dias Onélia Bernardete Almeida Silva Ramos

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Introdução: Os profissionais vivenciam conflitos na primeira pessoa com a mais variadas origens. O enfermeiro gestor tem por função gerir conflitos, como se pode constatar objetivamente no Perfil das Competências do Enfermeiro Gestor. Objetivo: Descrever a origem dos conflitos nas instituições de saúde. Identificar a forma que melhor se adapte à gestão dos conflitos que envolvem as equipas de enfermagem. Metodologia: Pesquisa bibliográfica em três bases de dados internacionais: BVS, SciELO e EBSCOhost. Descritores: Gestão, conflito, liderança e enfermagem. Intervalo 2008-2018. Selecionados 4 artigos, texto integral disponível. Resultados: A Mediação, revela-se uma mais-valia na gestão do conflito, permitindo alcançar desfechos efetivos e duradouros com ganhos individuais e grupais. Conclusão: A mediação, é essencial para gerir conflitos. Os líderes têm um papel preponderante na condução e resolução dos conflitos, devendo utilizar a Mediação como técnica. A resolução de conflitos deve ser uma prioridade absoluta dentro das atividades do enfermeiro gestor. Referencias bibliográficas Amestoy, Simone Coelho; Backes, Vânia Marli Schubert; Thofehrn, Maira Buss; Martini, Jussara Gue; Meirelles, Betina Hörner Schlindwein; Trindade, Letícia de Lima (2016): Conflict management: challenges experienced by nurse-leaders in the hospital environment. Em: Rev Gaucha Enferm 35 (2), pág. 79–85. Chiavenato, Idalberto (2000): Introdução à teoria geral da administração. 2. ed., rev. atual. Rio de Janeiro: Elsevier. Claro, Raquel; Santos, Pedro (2017): Strategies of constructive conflict management in health: a perspective of health professionals. Em: Psic., Saúde & Doenças 18 (1), pág. 55–68. DOI: 10.15309/17psd180105. Corradi, Ezia; Zgoda, Lilian; Paul, Marilene (2008): O gerenciamento de conflitos entre a equipe de enfermagem. 13, n. 2, p. 184-193: Cogitare enferm. Jabur, Maria Regina Lourenço; Trevizan, Maria Auxiliadora; Shinyashiki, Gilberto Tadeu (2008): Competência em liderança e clima organizacional. Em: CuidArte, Enferm 2 (2), pág. 126–133. Contato 1º autor: albertoabrunhosa@gmail.com


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Leader Coach em Enfermagem - Arte Estratégica Promotora das Equipas Marlene Serpa Morais Ribeiro -Maria Manuela Ferreira Pereira da Silva Martins

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Sandra Cristina Moreira Dias A principal tendência da gestão moderna tem sido incrementar o trabalho em equipa com vista a melhorar a eficácia e a produtividade. É premente potenciar a inovação, catalisar a satisfação do capital humano e diminuir os custos de produção, o turnover e o absentismo. A liderança Coaching é a arte de influenciar a equipa a cumprir uma determinada tarefa e alcançar um objetivo comum, subsidiando-se das melhores estratégias, mantendo um olhar futurista e inovador. Objetivo: Identificar as estratégias a utilizar para desenvolver a Liderança Coaching em equipas de enfermagem. Revisão integrativa de estudos internacionais (espaço temporal jan. 2010 – abr. 2018), durante o mês de maio de 2018. Pesquisa: bases de dados certificadas. Critérios de seleção descritos em fluxograma (informação de tiragem). Origem: 1 Alemanha, 1 Bélgica, 3 Brasil, 1 Portugal e 1 USA. Resultados Ser um Leader Coach reflete a “arte da mudança”, inclui a mobilização dos recursos para a inovação e melhoria. São referidas três categorias Coaching: orientação, facilitação e inspiração (Dossey, B. et al. 2013). As habilidades necessárias ao Coach, destacam-se: a comunicação, dar e receber feedback, o relacionamento interpessoal, tomada de decisão coletiva e a habilidade clinica para alcançar sucesso na assistência prestada. São estratégias para construir confiança e ambientes de trabalho mais saudáveis que promovam a segurança do cliente e excelência no atendimento. Conclusão A prática da liderança Coaching carateriza-se como nova alternativa de gestão, o Leader Coach em Enfermagem terá a possibilidade de aprimorar os seus conhecimentos, habilidades e atitudes para garantir o desenvolvimento das competências dos profissionais da equipa que lidera. É um processo contínuo que exige profunda dedicação, para que o resultado singularize uma prática profissional e ética e reverta em melhoria continua da qualidade dos cuidados de enfermagem, na consonância com o Regulamento do Perfil de Competências do Enfermeiro Gestor, Nº 101/2015.


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Referencias bibliograficas AMESTOY, S. [et al.] - Contribuições freirianas para entender o exercício da liderança dialógica dos enfermeiros no ambiente hospitalar. Revista Gaúcha Enfermagem, Brasil, 2017, Nº 38, Vol.1, pp. 1 – 7. [consultado a 04/05/2018]. Disponível em: www.scielo.br/pdf/rgenf/v38n1/0102-6933-rgenf-1983144720170164764.pdf BOGAERT, P. [et al.] – Nurse managers perceptions and experiences regarding staff nurse empowerment: a qualitative study. Frontiers in

Associação Portuguesa dos Enfermeiros Gestores e Liderança –

APEGEL

Psychology, Bélgica, 2015, Vol. 6, Arigo 185. [consultado a 04/05/2018]. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4604254/ CARDOSO, M. [et al.] - Liderança Coaching: um modelo de referência para o exercício do enfermeiro-líder no contexto hospitalar. Rev Esc Enferm USP, Brasil, 2011, Nº 45, Vol. 3, pp. 730 – 737. [consultado

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04/05/2018].

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www.scielo.br/pdf/reeusp/v45n3/v45n3a26.pdf DOSSEY, B. [et al.] - Professional Nurse Coaching: Advances in National and Global Healthcare transformation. Editorial, 2013, USA, 2013, Nº 4, Vol. 2, pp. 10 – 16. [consultado a 04/05/2018]. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24416681 KORNER, M. [et al.] - A cluster-randomized controlled study to evaluate a team coaching concept for improving teamwork and patient centeredness in rehabilitation team. PLOS ONE, 2017, Alemanha, pp. 1 – 20. [consultado a 04/05/2018]. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28704377 MOURA, G. [et al.] - Expetativas da equipe de enfermagem em relação à liderança. Acta Paul Enferm, Brasil, 2013, Nº 26, Vol. 2, pp. 198 – 204. [consultado a 04/05/2018]. Disponível em: www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-21002013000200015. MOHER, D. [et al.] – Principais itens para relatar revisões sistemáticas e meta-análises: a recomendacão PRISMA. Epidemiol Serv Saúde, 2015, Nº 24, Vol. 2, pp. 335 – 342. Galvão TF, Pansani TSA,

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Politicas Publicas De Saúde Para A Segurança Dos Doentes Cristina Maria Antunes Martins Arrábida POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE PARA A SEGURANÇA DOS DOENTES O Plano

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Nacional para a Segurança dos Doentes (PNSD) 2015-2020, dirigido ao Serviço Nacional de Saúde, aprovado pelo Despacho n.º 1400-A/2015, integra a Estratégia Nacional para a Qualidade na Saúde (ENQS) 2015-2020, aprovada pelo Despacho n.º 5613/2015 de 27 de maio que pretende reforçar a anterior estratégia. O PNSD tem como principal missão potenciar e reconhecer a qualidade e segurança da prestação de cuidados de saúde para garantir os direitos do cidadão na sua relação com o sistema de saúde. Visa a melhoria da prestação segura de cuidados, de forma integrada e num processo de melhoria da Qualidade do Serviço Nacional de Saúde. Nesta análise foi utilizada a adaptação do modelo de Knoepfel, P e outros (2011) (1), sendo a ação política analisada como um processo sequencial e inacabado que se repete e reconstrói (Rodrigues, M.L., 2014), de acordo com as etapas apresentadas (2). Cerca de um em cada 10 doentes em países desenvolvidos sofre dano ao receber cuidados hospitalares (OMS, 2011). Entre 8% e 12% dos doentes internados são afetados por problemas relacionados com os cuidados de saúde prestados durante o internamento hospitalar (UE, 2014). As Comissões da Qualidade e Segurança (CQS) foram criadas, através do Despacho nº 3635/2013, de 7 de março e concretizam a implementação, sob coordenação da Direção-Geral da Saúde, através do Departamento da Qualidade na Saúde. Perspetivas futuras para o PNSD: a) continuidade ou reajustamentos da política em que moldes? b) reavaliação das soluções políticas? c) publicação de classificação dos resultados das unidades de saúde (Benchmarking nacional)? d) criação de incentivos? e) PNSD dirigido ao Sistema de Saúde Português? Contato 1º autor cristinr2001@gmail.com


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STAKEHOLDERS / MODELO DEMING - Melhoria da Qualidade em Enfermagem Marlene Serpa Morais Ribeiro

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Descritores: Gestão de Stakeholder; Melhoria da Qualidade; Cuidados de Enfermagem. Objetivo: Identificar a potencial relação entre a gestão coletiva - Stakeholders e a melhoria da qualidade nos cuidados de enfermagem. Metodologia: Revisão integrativa de estudos internacionais: Inglaterra, Canada, Africa e UK. Questão PICO: “A Gestão de Stakeholders Externos contribui para a melhoria da qualidade nos cuidados de enfermagem?” A qualidade no setor da saúde é prioridade, exigência e requisito de colossal importância na gestão das organizações. O envolvimento dos Stakeholders (partes interessadas que influenciam ou podem influenciar a organização) constituiu uma peça essencial para transferir conhecimento para a ação dentro das organizações, promovem uma liderança de enfermagem para a mudança nas práticas e a inovação, resultando em ganhos na qualidade dos cuidados. Os enfermeiros gestores trabalham num contexto de saúde em que precisam conciliar custo eficiência, responsabilidade e oferta de cuidados de enfermagem, que se baseiam nas necessidades e preferências dos clientes. (Kieft et al. 2014 ) Resultados: O envolvimento dos Stakeholders é essencial para a melhoria da qualidade de saúde bem-sucedida, mas é difícil de alcançar e medir. Os modelos identificam o envolvimento como importantes, ao mesmo tempo em que fornecem pouca clareza sobre o envolvimento ou a forma de envolver várias partes interessadas na implementação de inovações. (Norris et al. 2017) Conclusão: Revelou-se que a gestão coletiva - Stakeholders contribui para planear e desenvolver modelos de intervenções que potenciam a melhoria da qualidade dos cuidados de enfermagem. No entanto, verificou-se uma assimetria de informação relativa ao conceito de qualidade, devido às diferentes perceções, pois a implementação de uma pesquisa baseada apenas na experiência do cliente não garante a melhoria da qualidade, podendo tornar-se ambígua a evidencia. Os resultados podem ser usados em conjunto com modelos de melhoria para compreender, desenvolver e orientar estratégias de engajamento.


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Referências Bibliográficas ALHASSAN, R. et al. (2015): Comparison of Perceived and Technical Healthcare Quality in Primary Health Facilities: Implications for a Sustainable National Health Insurance Scheme in Ghana. Published online. 10(10): e 0140109. DOI: 10.1371/journal.pone.0140109 BACKHOUSE; A. et al. (2017): Stakeholders

perspectives

on

the

key

components

of

community-based

interventions coordinating care in dementia: a qualitative systematic review.

Associação Portuguesa dos Enfermeiros Gestores e Liderança –

APEGEL

Published

online.

DOI:

10.1186/s12913-017-2725-y.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5700484/ HANSON, H. et al. (2017) Facilitators and barriers of change toward an elder-friendly surgical environment: perspectives

of

clinician

stakeholder

groups.

Published

online.

DOI:

10.1186/s12913-017-2481-z NORRIS, J. et al. (2017): How do stakeholders from multiple hierarchical levels of a large provincial health system define engagement? A

qualitative

study.

Published

online.

DOI:

10.1186/s13012-017-0625-5.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5540524/ KIEFT, A. et al. (2014): How nurses and their work environment affect patient experiences of the quality of care: a qualitative study. Published online. pp.14:249. DOI: 10.1186/1472-6963-14249. SOUSA, M. et al. (2010): Revisão Integrativa: o que é e como fazer. Einstein. 8 (1 pt 1): 102 - 106. Contato 1º autor marlenemorais04@gmail.com


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Contratualização nas UCC – o caminho percorrido Maria Alice Cardoso Martins - Ana Isabel Gonçalves Lima - Isabel da Conceição Vasconcelos Babo e Silva - Amélia Augusta Moreira Cunha

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"O atual processo de contratualização nos Cuidados de Saúde Primários assenta num novo modelo de gestão por objetivos orientado para os resultados em saúde, centrado no utente e no desempenho, tendo por missão a otimização dos cuidados de saúde. A contratualização é um processo negocial entre 2 níveis diferentes da organização, quer a contratualização externa, quer a contratualização interna. Será ao nível da contratualização interna entre o ACES e as Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC) que este trabalho será desenvolvido. O processo de contratualização tem como objetivos obter resultados em saúde em contextos de boas práticas e analisar o desempenho das organizações nas suas diferentes dimensões. É operacionalizado pela negociação de um plano de ação plurianual, com definição de metas anuais, centrado no utente, família, comunidade. Está focado nos resultados esperados e na respetiva variação aceitável, em que na sua matriz de desempenho multidimensional abrange as seguintes áreas: desempenho, serviços, qualidade organizacional, formação e atividades científicas. A metodologia deste

processo

pressupõe

a fase

de

negociação com

a definição

de

estratégias/atividades a implementar, baseada nas necessidade de saúde identificadas com base no Plano Nacional de Saúde e no Plano Local de Saúde. A monitorização e acompanhamento constituí a segunda fase e posteriormente a avaliação que encerra o ciclo de contratualização com a reflexão sobre o desempenho de todos os intervenientes. Para que o processo se desenvolva de acordo com os princípios de transparência, rigor, envolvimento, proximidade, é fundamental que os sistemas de informação, de registo e de monitorização sejam adequados à documentação e que reflitam a intervenção dos diferentes profissionais que integram as UCC. O percurso da contratualização nas UCC, ainda em fase embrionária, é uma mais-valia para estas unidades funcionais permitindo o benchmarking, o crescimento, a qualidade e segurança dos cuidados e a motivação dos profissionais de saúde. Referências bibliográficas: Documentos da Comissão Nacional da Reforma dos Cuidados Saúde Primários, 2017


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ACSS; Termos de Referência para contratualização de cuidados de saúde no SNS para 2018, Nov 2017

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Contato 1º autor alice.martins@ulsm.min-saude.pt


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Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) no Centro de Reabilitação Psicopedagógica da Sagrada Família Gabriel Rodriguez Rodriguez - Andre Barreto - Teresa Gorete Milho

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Título: Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) no Centro de Reabilitação Psicopedagógica da Sagrada Família Introdução: O SGQ, é o sistema (conjunto de elementos interrelacionados e interatuantes) de gestão (para o estabelecimento da política, dos objetivos e para a sua concretização) para dirigir e controlar uma organização (conjunto de pessoas e de instalações inseridas numa cadeia de responsabilidades, autoridades e relações) no que respeita à qualidade. A certificação EQUASS (European Quality in Social Services, certifica a qualidade de organizações no sector social, estimulando o desenvolvimento, a modernização e a competitividade do sector social, assim como promove o compromisso dos prestadores de serviços com a qualidade e a melhoria contínua. Objetivos: Conhecer o processo de certificação; os princípios da EQUASS; os benefícios da certificação e os desafios para a enfermagem no processo de certificação Apresentar os resultados da monitorização de indicadores de saúde Metodologia: - Monitorização dos indicadores clínicos com base nos princípios da EQUASS. Resultados % Satisfação das partes interessadas (?) % Cumprimento dos objetivos dos planos individuais de Intervenção (PII) % Eficácia dos programas de intervenção terapêutica % Prevalência de quedas % Incidência de ulceras de pressão % Efetividade da prevenção do suicídio Conclusões O SGQ (Sistema de Gestão de Qualidade) permite uma uniformização das metodologias e práticas da instituição; melhoria dos canais de comunicação entre as diferentes áreas da organização; maior envolvimento de todos os colaboradores, por conseguinte, uma melhoria da qualidade dos serviços prestados aos clientes; a melhoria contínua, aprendizagem e inovação, bem como uma melhor orientação para os resultados. Bibliografia EQUASS (2012). EQUASS Assurance - Critérios – Serviços sociais de interesse geral; European Quality in Social Services. Disponível em: www.equass.be Conselho de Enfermagem. (2006). , Projecto: “padrões de qualidade dos cuidados de enfermagem”: Relatório de progresso. , Lisboa: Ordem dos Enfermeiros. Rodrigues, O. Sistema de Gestão da Qualidade nas Instituições Particulares de Solidariedade Social, que benefícios?. Dissertação apresentada ao Instituto


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Politécnico de Viana do Castelo para obtenção do Grau de Mestre em Gestão das Organizações, Ramo de Gestão de Empresa . Instituto politécnico de Bragança.

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Contato 1º autor gabrielrodriguez2@hotmail.com


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Deteção de Eventos Adversos num Departamento de Medicina com Metodologia Global Trigger Tool Ludmila Pierdevara - Patricia Nunes - Daniela Lopes - Sonia Guerreiro Catia Afonso

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Atualmente, cada vez mais a prevalência elevada dos Eventos Adversos (EA) tornase preocupante para as organizações de saúde, porque tem vindo a traduzir-se no aumento de morbilidade, mortalidade, aumento de custos e a perda de confiança dos usuários dos sistemas de saúde. As organizações de saúde necessitam de implementar estratégias e ferramentas mais eficientes para a detecção de EA e perceber que tipo de danos causaram aos doentes, para à posteriori servir para introdução de medidas de melhoria continua, em prol da segurança. Objetivos: Verificar a prevalência dos EA num departamento de medicina e identificar e caracterizar por grau de severidade os danos mais comuns através da ferramenta Global Trigger Tool (GTT). Metodologia: Realizou-se um estudo quantitativo, descritivo observacional retrospetivo, num Departamento de Medicina, composto por 4 serviços, do Centro Hospitalar Universitário do Algarve. Para identificar os EA utilizou-se a metodologia GTT. O período de recolha ocorreu entre 1 de agosto 2017 e 30 de abril de 2018. Num universo de 2287 altas, foram selecionados aleatoriamente 360 processos clínicos. Por cada serviço, listou-se 90 processos clínicos dos doentes que tiveram alta hospitalar, de pelo menos dois meses prévios, a esta revisão. Resultados: Com aplicação da metodologia GTT identificou-se 1565 triggers, dos quais após consenso dos revisores, considerou-se 614 EA. Cerca de 81,3% dos doentes analisados sofreram pelo menos um EA e a taxa de admissões, também com pelo menos um EA, foi de 18,8%. Os EA mais comuns, com 53,86%, foram de categoria E (dano temporário com necessidade de intervenção), porém os EA com maior expressão e impacto na vida dos doentes (G, H e I) foi cerca de12%. Conclusão: Conclui-se que a GTT é um instrumento sistémico de deteção de EA eficaz que para além de caracterizar os EA, consegue fornecer dados em tempo real para avaliar as medidas implementadas para a melhoria de segurança do doente. Refrencias Bibliogáficas: 1. Von Plessen C, Kodal AM, Anhøj J. Experiences with global trigger tool reviews in five Danish hospitals: an implementation study. BMJ Open 2012;2(5):1-8. doi:10.1136/bmjopen-2012-001324. 2. Rozenfeld S, Giordani F, Coelho S. Eventos adversos a medicamentos em hospital terciario: estudo piloto


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com rastreadores. Rev. Saude Publica 2013;47(6):1102-1111. doi:10.1590/S00348910.2013047004735. 3. Asavaroengchai S, Sriratanaban J, Hiransuthikul N, Supachutikul A. Identifying adverse events in hospitalized patients using Global Trigger Tool in Thailand. Asian Biomed. 2009;3(5):545-550. Available at: http://ovidsp.ovid.com/ovidweb.cgi?T=JS&PAGE=reference&D=emed10&NEWS=N& AN=2011121614. 4. Classen DC, Resar R, Griffin F, et al. “Global trigger tool” shows

Associação Portuguesa dos Enfermeiros Gestores e Liderança –

APEGEL

that adverse events in hospitals may be ten times greater than previously measured. Health

Aff.

(Millwood).

2011;30(4):581-9.

doi:10.1377/hlthaff.2011.0190.

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Landrigan C, Parry G. Temporal trends in rates of patient harm resulting from medical care. … Engl. J. … 2010. 6. Rutberg H, Borgstedt Risberg M, Sjödahl R, Nordqvist P, Valter L, Nilsson L. Characterisations of adverse events detected in a university hospital: a 4-year study using the Global Trigger Tool method. BMJ Open 2014;4(5):e004879. doi:10.1136/bmjopen-2014-004879. 7. Ganachari MS, Wadhwa T, Walli S, Khoda DA, Aggarwal A. Trigger Tools for Monitoring and Reporting of Adverse Drug ReactionsA Scientific Tool for Efficient Reporting. 2013;2(4):2-6. doi:10.4172/scientificreports. 8. Hwang J-I, Chin HJ, Chang Y-S. Characteristics associated with the occurrence of adverse events: a retrospective medical record review using the Global Trigger Tool in a fully digitalized tertiary teaching hospital in Korea. J. Eval. Clin. Pract. 2014;20(1):27-35. doi:10.1111/jep.12075. 9. Landis JR, Koch GG. The measurement of observer agreement for categorical data. Biometrics 1977;33(1):159-174. doi:10.2307/2529310. 10. Rutberg H, Borgstedt Risberg M, Sjödahl R, Nordqvist P, Valter L, Nilsson L. Characterisations of adverse events detected in a university hospital: a 4-year study using the Global Trigger Tool method. BMJ Open 2014;4:e004879. doi:10.1136/bmjopen-2014-004879. 11. Improvement I for H. IHI Global Trigger Tool for Measuring Adverse Events. Institute for Healthcare Improvement; 2009. Available at: www.IHI.org. Contato 1º autor pierdevara@hotmail.com


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Avaliação Do Impacte Na Redução Do Recurso Às Urgências – JaneiroAbril 2017 Sérgio David Lourenço Gomes - Nelson Emidio Henrique Guerra

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Introdução: O Centro de Atendimento do Serviço Nacional de Saúde tem-se revelado um importante instrumento de apoio na prestação de cuidados de saúde, permitindo ampliar e melhorar a acessibilidade aos serviços de saúde e racionalizar a utilização dos recursos existentes, materiais e humanos, disciplinando a orientação de utentes no acesso aos serviços, bem como aumentar a eficácia e eficiência do sector público da saúde através do encaminhamento dos utentes para as instituições integradas no Serviço Nacional de Saúde mais adequadas. Objetivos: Avaliar o impacte da atividade do Centro de Atendimento do SNS na redução do recurso aos serviços de urgência hospitalar pelos cidadãos1 de janeiro a 30 abril de 2017. Metodologia: O presente estudo enquadra-se numa abordagem quantitativa e descritiva. É efetuada a validação da presença do utente nos serviços de urgência, comparando-se com a intenção inicial manifestada no momento do atendimento telefónico. Deste modo é possível verificar, de entre os utentes com intenção inicial de ida à “Urgência hospitalar”, qual o tipo de adesão do utente após avaliação algorítmica e encaminhamento efetuado. Resultados: A avaliação do impacto da triagem tem em conta a modificação de comportamento dos utentes após atendimento telefónico. Das 195.099 chamadas com número de utente, verificou-se que 93.252 (47,8%) utentes expressou intenção inicial de se deslocar a um serviço de urgência hospitalar. Dos 93.252 utentes com intenção inicial de se deslocarem ao serviço de urgência, apenas 55,3% (51.611) tiveram indicação para observação urgente e destes, somente 32.016 (62%) foram efetivamente observados nas primeiras 24 horas, o que representa uma boa anuência ao encaminhamento, até porque tinham intenção de se deslocar à urgência hospitalar. Conclusões: Foram evitadas 34.136 idas desnecessárias aos serviços de urgência hospitalar por parte de utentes que manifestaram intenção inicial

de

realizar

essa

deslocação,

evidencia-se

assim

a

alteração

de

comportamento dos utentes quando utilizam o Saúde 24 antes de se dirigirem à UH, com implicações efetivas na redução de idas desnecessárias, induzindo a procura mais racional dos serviços de saúde, com ganhos de eficiência. Este estudo confirma estudos anteriores que demonstram que o atendimento telefónico tem


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impacto efetivo na redução de idas às urgências hospitalares que se revelam evitáveis após intervenção de enfermagem. Referências bibliográficas: Call Center e

Satisfação:

http://www.rose-

hulman.edu/Users/faculty/williams/Public/PDF%20Files/41.pdf acedido em 05 abril de 2015; Parra, F: “Saúde 24, o Centro de Atendimento do Serviço Nacional de Saúde” in Monteiro, M.H. et all (2007): “Telemedicina – Onde estamos e para onde

Associação Portuguesa dos Enfermeiros Gestores e Liderança –

APEGEL

vamos”. Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação,

Capítulo

3,

páginas

103-111.

Telehealth:

http://www.bmj.com/content/344/bmj.e3874 acedido em 05 abril de 2015; Telehealth:http://www.nuffieldtrust.org.ukTelenursing:http://www.ncbi.nlm.nih.gov /books/NBK2687/?report=reader#!po=25.0000;

The

Scottish

Government,

Edinburgh 2012: A National Telehealth and Telecare Delivery Plan for Scotland to 2015 in http://www.gov.scot/Resource/0041 /00411586.pdf acedido em 05 abril de 2015 Contato 1º autor sergiogomes@dgs.min-saude.pt


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Satisfação profissional dos enfermeiros e estilos de liderança dos gestores Eugénia Maria Garcia Jorge Anes

Carina Alexandra Salvador Ferreira

Associação Portuguesa dos Enfermeiros Gestores e Liderança –

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Manuel Alberto Morais Brás Tem sido dada especial relevância à satisfação e à liderança em enfermagem, uma vez que se tem verificado uma relação muito próxima e uma associação a fatores comportamentais dentro das organizações. A satisfação profissional dos enfermeiros é um indicador de resultado, válido na avaliação da qualidade dos serviços, associado direta ou indiretamente à realização pessoal. Surgindo como resultado efetivo da motivação no trabalho. O que implica gestores de saúde detentores de competências específicas, entre elas competências de liderança, capazes de conduzir os comportamentos dos enfermeiros face aos objetivos organizacionais, e, simultaneamente, à sua satisfação profissional. O presente estudo pretendeu avaliar a satisfação profissional dos enfermeiros em relação ao estilo de liderança dos enfermeiros gestores, em meio hospitalar. Foi realizado uma investigação de metodologia quantitativa, estudo, descritivo, correlacional e transversal numa amostra constituída por 126 enfermeiros. Foi utilizada a Escala de Avaliação da Satisfação no Trabalho para Enfermeiros (EASTEnf), à qual foram associadas questões de caracterização sociodemográfica e do tipo de liderança. A amostra é predominantemente feminina, com idade média de 42 anos, maioritariamente casados, licenciados, com tempo de ser serviço a rondar os 17 anos, a grande maioria trabalha por turnos e auferem de rendimentos entre 1000 e 1200 € mensais. São identificados diversos determinantes da satisfação profissional dos enfermeiros. Os enfermeiros mais satisfeitos são os mais novos, com menor formação, com menos de 10 anos de tempo de serviço, com menores remunerações e que exercem funções nos serviços de AVC e Medicina. No que respeita à liderança, a investigação revelou níveis de satisfação superiores nos serviços em que os enfermeiros gestores utilizavam uma liderança democrática. Referências Bibliográficas Cañón Buitrago, S. C., & Galeano Martinez, G. (2011). Factores laborales psicosociales y calidad de vida laboral de los trabajadores de la salud de ASSBASALUD ESSE Manizales (Colombia). Archivos de Medicina, 11(2), 114126. Recuperado de http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=273821489004 Dinis, L. I., & Fronteira, I. (2015). A influência da rotação no trabalho na satisfação profissional


8º Congresso Internacional da APEGEL - Liderança e Segurança nos Cuidados Funchal – Ilha da Madeira - Portugal 18, 19, e 20 de outubro de 2018

dos enfermeiros num serviço de cirurgia. Revista de Enfermagem Referência, 4(5), 17-26. Geraldes, M.F.P.; Anes, E.M.G.J.A. & Brás, M.A.M. (2012). Satisfação profissional em enfermagem num serviço de saúde mental. International Journal of Developmental and Educational Psychology INFAD Revista de Psicología, 1(4), pp:457-461. João, A. L., Alves, C. P., Silva, C., Diogo, F., & Ferreira, N. D. (2017). Validação de uma escala de satisfação dos enfermeiros com o trabalho para a

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