Farois

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FARÓIS

PARA AS ESPECIALIDADES FARÓIS E FARÓIS AVANÇADO

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O estudo das especialidades Faróis e Faróis avançados poderá ser bastante desafiador par a os desbravadores. Nisto, se deverão limitar apenas ao que é trazido nesta apostila. Um estudo mais aprofundado, poderá incluir visitas a alguns Faróis, colecção de fotografias e outros dados em scrapbooks e a visitação a entidades ou orgãos responsáveis pela manutenção e fiscalização de faróis.

Jeremias Carlos Maxaieie. Moçambique, 1986. Autor do blog apostilasdesbravadores@blogspot.com, é actualmente director do Clube de Desbravadores John Camasso. Foi director do Clube de Desbravadores Vislumbre de Um Deus Escondido, Co-Fundador do Clube Central de Líderes de Maputo (Capital de Moçambique) e fundador do Clube Central de Líderes de Inhambane. É Desbravador de Profissão e Contabilista nas horas vagas (ADRA Moçambique). Esta é a primeira publicação da colecção “Cadernos do Desbravador”.

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O Que São Faróis História dos Faróis

Os Maiores Faróis do Mundo

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Faróis do Brasil

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O Faroleiro

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Sinalização

Lentes de Fresnel

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O Navio Farol

De Dia e de Noite

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Termos Gerais 2


O Que São Faróis Faróis são auxílios à navegação constituídos por uma estrutura fixa, de forma e cores distintas, montados em pontos de coordenadas geográficas conhecidas na costa ou em ilhas oceânicas, bancos, rochedos, recifes ou margens de rios, dotados de equipamento luminoso exibindo luz com característica predeterminada, com alcance luminoso noturno maior que 10 milhas náuticas. Os componentes essenciais de um farol são a estrutura e o aparelho de luz. A estrutura deve ser resistente às intempéries, fácil de ser vista e reconhecida pelo navegante. O equipamento luminoso é constituído pela fonte de luz, por um aparelho ótico que concentre os raios luminosos na direção do horizonte e por um acessório que dê ritmo à luz exibida. Este instrumento surgiu com a necessidade do homem de se deslocar à noite sendo um ponto de referencia. No começo eram acesas fogueiras nos lugares mais altos da costa, mas a necessidade fez evoluir este sistema de iluminação náutica até chegar no que existe hoje: obras imponentes, de rara beleza e de suma importância. Os Faróis não eram somente estruturas, mas também uma demonstração da dedicação sem igual daquele que era seu companheiro infalível, o faroleiro. Farologia é o estudo cientifico dos Faróis e luzes de sinalização, sua construção e iluminação. Aqueles que estudam ou são entusiastas pelos faróis são conhecidos como Farologistas. Conforme sua utilização os faróis fixos são relacionados em três categorias principais: faróis de entrada de porto; faróis costeiros; e faróis de escolhos, construídos sobre pequenas ilhas ou recifes. 3


História dos Faróis Utilizados desde a antiguidade, quando eram acesas fogueiras ou grandes luzes de azeite (de oliveira ou de baleia), os faróis foram concebidos para avisar os navegadores que se estavam a aproximar da terra, ou de porções de terra que irrompiam pelo mar adentro. As fontes de alimentação da luz foram melhorando, tendo sido o azeite substituído pelo petróleo e pelo gás, e posteriormente pela electricidade. Paralelamente, foram inventados vários aparelhos ópticos, que conjugavam espelhos, reflectores e lentes, montados em mecanismos de rotação, não só para melhorar o alcance da luz, como também para proporcionar os períodos de luz e obscuridade, que permitiam distinguir um farol de outro.

A Torre de Hércules

Historicamente, este tipo de construções ganhou características temporais e sociais, sendo dotados de características distintas de zonas para zonas. O primeiro farol de que se tem registro é o farol de Alexandria, construído em 280 a.C. na ilha de Faros. O faraó Ptolomeu Soter encomendou ao arquitecto Sostratus a sua construção para orientar a entrada do porto de Alexandria, no Egito, cidade fundada por Alexandre o Grande e que em breve se transformou num polo comercial e cultural de grande importância. A baixa linha da costa, desprovida de qualquer referência visual, oferecia grandes riscos.

Farol de Alexandría

A impressionante torre de aproximadamente 135 metros de altura (jamais existiu outro farol desse tamanho) toda revestida de mármore branco foi inaugurada no reinado de Ptolomeu Filadelfo. Segundo relactos, espelhos faziam com que sua luz pudesse ser vista à 50 km de distância. O imponente

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edifício ainda incorporava cisternas, escolas, templos e observatórios astronômicos.

Ptolomeu Soter

Devido ao facto de se localizar na ilhota de Faros (bem em frente ao porto), toda e qualquer construção desse tipo passou à ser conhecida por esse nome. Sua forma (uma fogueira sustentada por uma estrutura) se tornou um padrão para todos os faróis até o advento de outras fontes luminosas no séc XVII.O farol de Alexandria também detém o recorde de maior tempo de serviço (1220 anos). Desmoronou em 1374 após uma série de violentos terremotos. Por tudo isso, o farol de Alexandria é considerado o

"pai dos faróis". Vários faróis datados do período medieval estão em actividade até hoje. O farol Hook Head, na Irlanda, funciona desde 1172. Em La Coruña, na Espanha está o que é considerado o farol mais antigo do mundo ainda em funcionamento – A torre de Hércules - o edifício original foi erguido pelos romanos (os maiores construtores de "faros" da antiguidade) durante o reinado do imperador Trajano.

Representação do Farol de Alexandria

Os romanos construíram também diversos faróis ao longo do Mar Mediterrâneo, Mar Negro e até o Oceano Atlântico. Mas, com a derrocada do Império Romano do Ocidente, o comércio marítimo diminuiu e os faróis romanos desapareceram. Somente no século XI os faróis passariam a renascer na Europa Ocidental e, com a expansão marítima das grandes navegações, para o novo mundo. Um dos faróis dessa nova era dos faróis era a Lanterna de Gênova, cujo faroleiro era Antônio Colombo tio do navegador Cristóvão Colombo por volta de 1450.

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Actualmente são construcções de alvenaria que incluem para além da torre (geralmente redonda para minimizar o impacto do vento na estrutura), a habitação do faroleiro, armazéns, casa do gerador de emergência, a "casa da ronca" (onde estão instalados os dispositivos de aviso sonoro que são utilizados em dias denevoeiro). Frequentemente associado aos faróis e aos faroleiros surge um outro personagem: os afundadores. Este termo designa aqueles que criavam falsos faróis com o intuito de atrair os navios para zonas perigosas, causando o seu afundamento, para posteriormente saquearem os destroços. Em Portugal esta prática nunca assumiu a dimensão que teve no norte da Europa, pois ao contrário do que aí acontecia, os salvados de um naufrágio em Portugal pertenciam à Coroa e não a quem os recuperasse.

Origem do termo O termo farol deriva da palavra grega Faros, nome da ilha próxima à cidade de Alexandria onde, no ano 280 a.C., foi erigido o farol de Alexandria — uma das sete maravilhas do mundo antigo. Faros deu origem a esta denominação em várias línguas românicas; como em francês (phare), em espanhol e em italiano(faro) e em romeno (far).

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Os Maiores Faróis do Mundo Posição

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Nome Construção Observações

Farol de Jidá. Concreto e aço.

Torre Marítima de Yokohama. Tr eliça de aço

Farol da Ilha Virgem. Pedra (granito). O mais alto farol tradicional; para muitos o mais alto do Mundo.

Lanterna de Gênova. Pedra. O mais alto da Itália e do Mediterrâneo.

Farol de Gatteville. Pedra (granito).

Altura

133 metros (436 pé)

106 metros (348 pé)

82 metros (269 pé)

77 metros (253 pé)

74,75 metros (245 pé)

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-

397

365

365

Local

Jidá

Yokohama

Finisterra

Génova

País

Arábia Saudita

Gatteville-lePhare

Japão

França

Itália

França

Ano

-

1961

1902

1128

1835

Imagem

Degraus

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Faróis do Brasil O primeiro Farol a ser construído na costa brasileira foi o da Barra do Rio Grande de São Pedro do Sul, na capitania do Rio Grande, hoje estado do Rio Grande do Sul. Em 1820, o Farol foi erguido sobre uma velha torre existente no local e de propriedade do capitão Mor, não chegou a ser aceso, pois foi destruído por uma forte chuva de granizo, no mesmo ano de sua construção. No período em que o Farol não havia sido reconstituído era deslocada uma balsa, que todas as noites acendia um fogacho para guiar os navegantes. Em janeiro de 1952 foi inaugurada uma torre de ferro encomendada da Inglaterra, acompanhada de um bom aparelho de luz, a velha torre, a Atalaia, com mais de um século, continua erguida. Mas o que se sabe através de pesquisa é que o primeiro Farol a brilhar na costa brasileira é o do Picão em Recife, inaugurado em 1821. No Brasil, os Faróis são coordenados pelo Ministério da Marinha através do Centro de Sinalização Náutica Almirante Moraes Rego.

OOFaroleiro Faroleiro Faroleiro é aquele que tem a missão de cuidar de um farol. Individuo empregado no serviço dos faróis.

Durante séculos, faroleiros e suas famílias viveram em lugares inóspitos, garantindo o perfeito funcionamento dos faróis. O surgimento de equipamentos à gás acetileno desenvolvidos pelo sueco Gustav Dalén em 1914 deu origem ao processo de automação que se intensificou à partir dos anos 80. Hoje, muitos faróis são equipados com lanternas compactas de acrílico.Em seu interior, eclipsores eletrônicos fazem a luz piscar e trocadores automáticos comportam até 5 lâmpadas. Sensores electrônicos acendem e apagam a luz.Todo o sistema é monitorado via satélite. A presença do dedicado faroleiro é cada vez mais rara.

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A História do Faroleiro Era uma vez um velho e grisalho Faroleiro que vivia com sua esposa e cão, numa ilha não muito longe da terra firme, onde uma pequena aldeia se erguia.Nada havia nesta ilha, além do grande farol. Todos os dias, pela fresquinha, o faroleiro saía com o seu barco azul e pescava peixe para o almoço e o jantar; três vezes por semana ele ia à aldeia comprar pão, leite, queijo, comida para o cão, e petróleo para o farol. Àtarde, enquanto ele dormia, a sua mulher tratava da horta e dedicava‐se à tapeçaria; à noite, do alto dos cento e quarenta e oito degraus do seu farol, o velho homem acendia a luz que guiava os barcos, e o seu cachimbo, para se sentar numa cadeira de baloiço e ler um dos muitos livros da sua extensa biblioteca. Às vezes lia alto para a sua mulher; outras, lia alto para o cão (que escutava sempre com um ar muito atento), e outras ainda ele lia baixinho, só para si. E todos os domingos de manhã ele ia com a sua querida esposa à missa, na aldeia, onde eram conhecidos como pessoas simpáticas. Às vezes o faroleiro andava de casa em casa para vender tapeçarias da sua esposa, que vendiam sempre bem, e rendiam bom dinheiro. Este, e muito do que recebia da Câmara pelo seu serviço, guardava‐o ele no banco; dizia‐se que devia ser muito rico, mas cada vez que alguém perguntava ao banqueiro, este sorria.Dizia‐se também que o faroleiro era muito infeliz por todos os dias ter de fazer as mesmas coisas, sem nunca poder variar. E assim, um dia, o padre da aldeia foi com um pescador até ao farol, convidar o faroleiro para cantar no coro da igreja. Quando o padre chegou ao farol, o faroleiro estava adormir e a esposa recebeu‐o, muito simpática. Foi buscar o marido e sentou‐se de novo ao tear. O padre, com muita eloquência, como era seu costume, explicou ao faroleiro, que acendia o seu cachimbo, que devia vir mais vezes à aldeia, conviver com as pessoas que o prezavam muito, vir aos bailes com a sua adorável esposa (sorrindo para ela), e até cantar no coro da igreja, que era famoso na região. Sempre se distraia e podia fugir ao seu quotidiano enfadonho. Houve uma pausa enquanto o faroleiro, com um ar muito grave,trincava no bocal do seu cachimbo.O padre parecia estar mesmo convencido daquilo que dizia: "quotidiano enfadonho"⎯por pouco o faroleiro não se zangou... mas afinal, o padre era bom homem, de boas intenções. Então, lentamente, a cara do faroleiro iluminou‐se, e ele sorriu. Passou a explicar, com o seu falar simples e rude, que era a pessoa mais feliz do mundo e que não era capaz de fazer outra coisa senão aquilo que fazia todos os dias, e que adorava. Trocou um olhar com a sua esposa e disse ao padre que eram ambos muito felizes, e além de tudo ele tinha uma voz horrorosa para cantar. Na despedida o faroleiro agradeceu a preocupação e a boa vontade do padre, e quando este já estava no barco e olhou para o faroleiro que abraçava a sua mulher e fazia festas ao cão, percebeu o que ele queria dizer. 9‐4‐97/Marc

Sinalização

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Sinalização Os sistemas e sinais de auxílio à navegação classificam–se, quanto ao tipo de informações fornecidas, em: VISUAIS, SONOROS, RADIOELÉTRICOS OU ELETRÔNICOS, COMBINADOS e ESPECIAIS. Vamos tratar dos dois primeiros: Os auxílios visuais são aqueles destinados a possibilitar a orientação ou o posicionamento do navegante, ou a transmitir–lhe determinada informação, por sua forma, cor e/ou luz emitida. Os sinais visuais podem ser luminosos ou cegos, conforme se destinam a orientar o navegante de dia e de noite (luminosos), ou apenas durante o dia (cegos). Os sinais sonoros são dotados de equipamento acústico (apito, sino, gongo, sirene ou buzina de cerração) e destinam–se a orientar o navegante mediante a emissão de sons especiais, em situações de visibilidade restrita, quando os sinais cegos e luminosos, devido à cerração, nevoeiro ou bruma, só dificilmente são vistos, mesmo em distâncias muito curtas.

Lentes de Fresnel Deste a sua criação dos Faróis até os meiados do século XVIII, a iluminação nos Faróis era garantida pela combustão de óleo vegectal ou animal colocado no topo da torre. Este método era extremamente ineficaz pois apenas três porcento da luz gerada era visualizada num determinado ponto no mar. A única maneira de aumentar a visibilidade da luz seria a colocação de mais combustivel na chama, tornando o trabalho mais pesado e aumentado os custos com o farol. Nos principios do seculo XIX, foi criado uma lâmpada que ardia com base em óleo de baleia, cuja parte trazeira era um reflector parabólico que capturava a luz, que anteriormente era perdida para a direcção contrária, e redireccionava ao mar, na direcção desejada. Embora este sistema fosse viável e apresentasse uma grande melhoria em relação a lâmpada simples, foi também muito ineficiente, com apenas trinta e nove por cento da luz original transmitida na direcção desejada.

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A distância de alcance era ainda muito pequena um máximo de quinze a vinte milhas em óptimas condições atmosféricas. No momento em que um navio visse essa luz, haveria muito pouco tempo disponível para se afastar do perigo para qual a luz tinha a intenção de avisar. Com o navegação marítima a aumentar em todo o mundo, um sistema óptico mas eficaz era desesperadamente necessário. Nesse sistema, a luz poderia ser projectada muitas milhas para o mar, oferecendo aviso antecipado de qualquer perigo ou da presença de um porto seguro. Em 1819, o governo francês imputou à Augustin Jean Fresnel (pronuncia-se Fruh-nell) de 34 anos, a tarefa de desenvolver um sistema de iluminação melhorado para faróis franceses. Fresnel era um físico bem conhecido por seus experimentos nas teorias de reflexão da luz e refração. Ignorando os paradigmas, Fresnel começou a investigar as diferentes maneiras pelas quais as lentes de vidro poderiam ser usadas para concentrar luz. Uma vez que uma única lente com tal capacidade teria que ser demasiado grande para ser prático, Fresnel começara a estudar formas como múltiplas lentes rodeiando a fonte de luz poderiam captar os raios de luz emitidos a partir de uma única fonte de luz e dirigi-los para um plano horizontal fixo. Na sua forma mais simples, o projeto de Fresnel foi uma matriz em forma de barril de lentes que cercam a fonte de luz. Na área imediatamente horizontal à fonte de luz, lentes dióptricas concentravam e ampliavam a luz ao passar por elas. Ao mesmo tempo, por cima e por baixo da fonte de luz, várias prismas catadioptricas montadas em torno da perifería do “barril” recolhiam e intensificavam a luz redireccionada-a no mesmo plano ao qual as lentes asdióptricas direccionavam. Com a matriz óptica de Fresnel, a projecção foi aumentado dramaticamente em relação aos sistemas de refletores antigos, com até oitenta por cento da luz a ser transmitida para mais de vinte milhas em direcção ao mar.

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Não surpreendentemente, este tipo de matriz óptica tornou-se rapida e genericamente conhecida como a lente "Fresnel". Através da rotação da matriz , diversas possibilidades de padrões de flash(ocultações) poderiam então ser obtidas mediante a instalação de painéis ‘olhos de boi’ em torno da circunsferência da matriz. Além disso, através da colocação de painéis de vidro colorido em frente aos ‘olhos de boi’, pode se ter a luz, não só com uma característica facilmente identificável, mas poderia também fazer cintilar cores diferentes dentro de uma sequência. Esta inovação teve um enorme benefício em situações em que vários faróis eram instalados ao longo da linha costeira. Cada um deles, ao fornecer sua própria combinação de padrões de flash e cor, não só alertava sobre a aproximação a obstáculos ou porto seguro, mas os marinheiros poderiam identificar sua localização exacta à noite atravez da triangulação dos pontos peculiarmente conhecidos pela caracteríitica dos padrões de luz. Outro benefício do design revolucionário das lentes de Fresnel foi a sua construção modular. As lentes Fresnel poderiam ser construídas em um único local, facilmente desmontadas e transportadas em múltiplas e pequenas seções, tornando o transporte e a remontagem nas confindas salas dos Faróis significativamente mais fácil do que teria sido o caso em que a óptica era composta de poucas mas enorme componentes vidro. Além disso, a natureza modular do design da lente, facilitaria a modificação das suas características através da inserção de painéis olhos de boi e da mudanças na velocidade de rotação lentes. Tão revolucionário era o projeto dos Fresnels que foi imediatamente adotado em todo o mundo como a lente padrão para Faróis, uma conquista que manteve até o século XX. Enquanto August Fresnel viu a rápida adoção de sua gama óptica, ele não viveu para vê-lo tornar-se universalmente adotada devido a sua morte cinco anos depois, em 1827. O design da lente Fresnel acabaria por ser refinado em onze ordens, cada ordem possuia uma distância focal standard. Sendo distância focal a distância a partir do centro da fonte de luz (ponto focal) até a lente. Destas onze ordens, apenas a segunda, Terceira, 12


Terceira e meia, quarta, quinta e sexta foram utilizados nos faróis ao ocidente dos Grandes Lagos. As enormes lentes Hyper-Radial, Meso-radiais e da primeira ordem foram reservadas para uso em faróis das costas de água salgada e as menores da sexta, sétima e oitava ordens para os rio e para navegação portuária. François Soleil Sr. foi o primeiro a construir as lentes de Fresnel. Seu filho François Jr. assumiu o trabalho, e continuou trabalhando em Paris, até que foi para São Petersburgo na Rússia, onde continuou a construir lentes. Várias empresas francesas, todas localizadas nas proximidades de Paris, foram os responsáveis pela fabricação de quase todas as lentes Fresnel usadas em faróis dos Estados Unidos durante o século XIX.

O Navio Farol Um navio farol é um tipo de navio adaptado para operar como um farol. Estes navios são fundeados por forma a assinalarem perigos à navegação em locais onde de não é possível construir um farol tradicional. Esta situação ocorre habitualmente em zonas onde há cabeços ou escolhos muito próximos da superficíe, mas onde as águas em seu redor são muito profundas, inviabilizando a construção de uma estrutura desde o fundo. O primeiro foi uma galé romana do tempo de Júlio César. No alto do mastro, um braseiro de ferro com carvão incandescente iluminava o céu noturno, e suas brasas muitas vezes caíam sobre os corpos suados dos remadores escravos, acorrentados lá embaixo. Com o fim do império romano na parte ocidental, os navios farol da época sumiram. O primeiro real navio farol documentado foi colocado no banco de areia de Nore, na foz do rio Tamisa, emInglaterra em 1732. Os navios farol tem vindo a ser substituídos por bóias com luzes, uma vez que actualmente a fiabilidade do aparelho óptico (luz) e a gestão por telemetria, à semelhança do que se passa em terra, dispensa a intervensão humana, outra das razões para ter um navio, que para além de armazenar o combustível para gerar a luz, abrigava os faroleiros.

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De Dia e de Noite Para a sua melhor identificação durante o dia, os Faróis são pintados com listras ou outros padrões de corres. Geralmente essas pinturas são diferenciadas de farol para farol; de modo a facilitar a identificação específica de cada um dos Faróis. À noite, cor e ritmo da luz Características das Luzes A. Fixa

Luz contínua e uniforme e com a cor constante, não sendo aplicada em sinais náuticos.

B. Rítmica

luz intermitente e com periodicidade regular.

1. Ocultação

luz na qual a duração total das somas das faces em um mesmo periodo é nitidamente mais longa que a duração total dos eclipses, e na qual os eclipses têm igual duração.

1.1. Ocultação Simples

Luz na qual os eclipses se repetem regularmente.

1.2. Grupo de Ocultação

Luz na qual os grupos de eclipses em números específicos são repetidos em intervalos regulares.

1.3. Grupo de ocultação Composto

Luz em que as ocultações são combinadas em sucessivos grupos de diferentes ocultações que se repetem regularmente.

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2. ISOFÁSICA 3. Lampejo

Luz em que todas as durações e de obscuridade são iguais. Luz na qual a duraçao da emissão luminosa, em cada periodo, é claramente menor que a duração do eclipse ena qual essa emissão luminosa tem sempre a mesma duração.

3.1.

Lampejo Simple

Luz na qual a emissãoluminosa é regularmente repetida em uma frequência inferior a 50 vezes por minuto.

3.2.

Lampejo Longo

Luz em que a emissão luminosa com duração igual ou superior a 2 segundos é repetida regularmente.

3.3. Grupos de Lampejos

Luz em que um determinado número de lampejos (dois, três ou mais) é repetido regularmente.

3.4. Grupo de Lampejos Compostos

Luz em que os lampejos são combindos em sucessivos grupos de diferentes números, que se repetem regularmente.

4. RÁPIDA

Luz em que as emissões luminosas são repetidas em uma frequência igual ou superior a 50 vezes por minuto e inferior a 80 vezes por minuto.

4.1. Luz Rápida Contínua

Luz em que as emissões luminosas rápidas são repetidas reguglarmente, 15


por tempo indeterminado. 4.2. Grupo de Luz Rápida

Luz em que um determinado grupo de emissões luminosas rápidas e repetido regularmente.

4.2.1. Grupo de Luz Rápida (6 emissões ) mais lampejo longo

Característica de luz em uso exclusivo para indicar um sial cardial sul.

5. MUITO RÁPIDA

Luz em que as emissões luminosas são repetidas com fre quência igual ou su perior a 80 vezes por minuto e inferior a 160 vezes por minuto.

5.1. Luz Muito Rápida Contínua

Luz em que as emissões luminosas muito rápidas são repetidas regularmente, por tempo indeterminado.

5.2. Grupo de Luz MuitoRápida

Luz em que um determinado grupo de emissões luminosas muito rápidas é repetido re gularmente.

5.2.1. Grupo de Luz Muito Rápida (6 emissões) mais Lampejo Longo

Característica de luz de uso exclusivo para indicar um sinal cardinal sul.

6. ULTRAR RÁPIDA

Luz em que as emissões luminosas ultrarrápidas são repetidas com frequência igual ou superior a 160 vezes por minuto e inferior a 300 vezes por minuto.

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6.1. Luz Ultrarrápida Contínua

Luz em que as emissões luminosas ultrarrápidas são regularmente repetidas, por tempo indeterminado.

6.2. Luz Ultrarrápida Interrompida

Luz em que a se quência de emissões luminosas ultrarrápidas é interrompida regularmente por um eclipse de duração longa e constante.

7. EM CÓDIGO MORSE

Luz em que as emissões luminosas têm durações nitidamente diferentes e são combi nadas com eclipses para representar um ou mais caracteres do alfabeto em código Morse.

8. FIXA E DE LAMPEJO

Luz em que uma luz fixa é combinada com outra de lampejo de maior intensidade luminosa.

8.1. Fixa e de Grupo de Lampejos

Luz em que uma luz fixa é combinada com outra de lampejo de maior intensidade luminosa.

9. ALTERNADA

Luz que exibe dife rentes cores alternadamente.

9.1. Alternada Contínua

Luz que muda de cor contínua e regularmente.

9.2. Lampejo Alternado

Luz em que os lampejos se repetem regular e alternadamente, com duas cores indicadas em uma frequência infe rior a 50 vezes por minuto.

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9.3. Grupo de Lampejos Alternados

Luz em que o grupo de lampejos indicado se repete, regular e alternadamente, em cores diferentes.

9.4. Grupo de Lampejos Compostos Alternados

Luz semelhante à de grupo de lampejos alternados, mas, neste caso, os sucessivos grupos de lampejos, em um mesmo período, têm número diferente de lampejos e cores diferentes.

9.5. Ocultação Alternada

Luz em que o ecli pse se repete regularmente, enquanto que as luzes se apresentam com cores alternadas.

9.6. Fixa Alternada e de Lampejo

Luz fixa que se combina, em interva los regulares, com outra de lampejos de maior intensidade e de cor dife rente.

9.7. Fixa Alternada e de Grupo de Lampejos

Luz fixa que se com bina, em intervalos re gulares, com outra de grupo de lampejos, de maior intensidade e de cor diferente.

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Termos Gerais Característica: a combinação entre o ritmo e a cor com que uma luz é exibida ao navegante. Período: intervalo de tempo decorrido entre os inícios de dois ciclos sucessivos e idênticos da característica de uma luz rítmica. Fase: cada um dos sucessivos aspectos de emissão luminosa (luz) ou de ausência (obscuridade), em um mesmo período. Fase detalhada: descrição, em termos de intervalos de tempo, da duração de cada uma das diversas fases que constituem um período. Emissão luminosa, emissão de luz ou luz: radiação capaz de causar uma impressão visual, com característica regular, para ser empregada em um sinal náutico. Lampejo: intervalo de luz em relação a outro de maior duração de ausência total de luz (obscuridade) em um mesmo período. Eclipse: intervalo de obscuridade entre dois sucessivos lampejos em um mesmo período. Ocultação: intervalo de obscuridade relativamente mais curto que o de luz em um mesmo período. Isofase: intervalo de tempo em que a luz e a obscuridade têm igual duração em um mesmo período. Aerofarol : luz, muitas vezes de grande intensidade e elevação (altitude), exibida, a princípio, para uso na navegação aérea. Devido à sua intensidade, pode ser a primeira a ser avistada. Altura de uma luz: a distância vertical do topo da estrutura da luz do sinal até sua base. Altitude da luz: a distância vertical entre o plano horizontal focal da luz e o nível médio do mar local ou um datum indicado. Farol aeromarítimo: luz de tipo marítima na qual o feixe luminoso é defl exionado para um ângulo de 10 a 15 graus sobre o horizonte, para uso de aeronaves. Farol guarnecido: o farol que em suas instalações dispõe, permanentemente, de pessoal destinado a garantir seu contínuo funcionamento. Intensidade luminosa: o fluxo luminoso que parte de uma fonte luminosa, em uma dada direcção, geralmente expresso em candelas. Luz diurna: luz exibida durante as 24 horas sem mudança de característica. Durante o dia sua intensidade pode ser aumentada. Luz onidirecional: luz que exibe ao navegante, em todo o seu entorno, uma mesma característica. Luz direcional: luz que exibe ao navegante, com um mesmo ritmo, em um sector bem 19


estreito, uma cor definida para indicar uma direcção, podendo ser flanqueada por sectores de cores ou intensidades diferentes. Luz de detecção de cerração: luz instalada para a detecção automática de cerração. Há uma variedade de tipos em uso, algumas visíveis somente em um arco estreito, algumas exibindo um lampejo branco-azulado possante de cerca de um segundo de duração; outras podendo alcançar a parte de trás e da frente. Luz de cerração: luz exibida somente em visibilidade reduzida. Luzes de alinhamento: duas luzes associadas, de mesma cor, instaladas em faróis ou faroletes de alinhamento, para definir para o navegante, conforme o caso, uma direção que coinscida com o eixo do canal, um rumo a ser seguido ou uma referência para manobra. Luzes em linha: luzes associadas para formarem uma linha marcando os limites de áreas, alinhamentos de cabos, alinhamentos para fundeio etc. Elas não marcam direção a ser seguida. Luz principal: a maior de duas ou mais luzes situadas no mesmo suporte ou suportes vizinhos. Luz de obstrução: luz sinalizando obstrução a aeronaves, geralmente encarnada. Luz ocasional: luz colocada em serviço somente quando especialmente necessário. Luz de setor: luz que exibe ao navegante, com mesmo ritmo e diferentes cores, diferentes sectores do horizonte. Luz suplementar (auxiliar): luz colocada sobre ou próxima do suporte da luz principal e que tem um uso especial na navegação. Luz desguarnecida: luz que é operada automaticamente e pode ser mantida em serviço automaticamente por períodos de tempo prolongados, com visitas de rotina somente para fi ns de manutenção. Resplendor: o brilho difuso, devido à dispersão atmosférica, observado de uma altura que está abaixo do horizonte ou escondida por um obstáculo. Alcance Luminoso: é a maior distância da qual uma luz pode ser vista em função de sua intensidade luminosa, do coeficiente de transparência atmosférica (T) ou da visibilidade meteorológica local e do limite de luminância no olho do observador, em função da interferência de luz de fundo.

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FIM 21


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