Manual de acampamento 1 1

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ACAMPAMENTO

I

Manual realizado por: Cรกtia Patela & Sebastiรฃo Carvalho Marรงo de 2009


Especialidade de Acampamento 1

Março de 2009

1 – Ter pelo menos a classe de amigo. 2 - Explicar a ética de acampar e a preservação da natureza. A ética de acampar consiste em respeitar e aprender a conviver com a natureza, como também com os outros campistas. Conviver com a natureza é saber apreciar cada aspecto da Criação de Deus, tentando não destruir a fauna (animais) e a flora (plantas) características do local onde se está acampado, deste modo, também se conseguirá preservar a natureza. Respeitar os outros campistas é ter em atenção o barulho que se provoca, não entrar num acampamento (de outro clube) sem permissão e não deitar lixo para o chão. Deve-se preservar a natureza, promovendo o máximo de meios possíveis para a não a destruir, não deitando lixo na mata (chão), não cortando árvores desnecessariamente (aproveitando arvores caídas ou secas), não matar os bichos/ animais ou destruir o seu habitat, etc. Quando se vai acampar é para fugir à exibição da cidade, por isso leva contigo o mínimo de coisas que poderão ligar-te à cidade, de forma a conseguires conviver mais de perto com a natureza. Deste modo, quando for comprar uma tenda, escolhe-se com uma cor similar ao ambiente onde está inserido, por exemplo: verde, castanho ou azul, pois são cores predominantes na natureza. 3 - Conhecer os oito passos a seguir e o que fazer quando se está perdido. Há uma sigla chamada PASOCOLA, que significa: Parar, Acalmar-se, Sentar, Orar, Comer, Orientar-se, Levantar e Andar.

Parar – é muito fácil encontrar alguém, se estiver parado; Acalmar – não consegues pensar claramente se estiveres em pânico, tenta ouvir a natureza, um rio, uma estrada, outros caminhantes, tenta compreender onde te perdeste;

Sentar – descansa Março || Cátia Patela & Sebastião Carvalho || 2


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Orar – podes não saber onde estás, mas Deus sabe, por isso fala com Ele; Comer – podes estar bastante cansado, restitui as energias (bebe água e come alguma coisa);

Orientar – se tiveres um mapa ou uma bússola, tente localizar a sua posição olhando para os pontos de referência que possui, procura vestígios de pegadas ou sinais no chão e/ou arvores

Levantar; Andar; No caso de estar a escurecer, e não possuíres uma lanterna contigo, evita a montanha, pois escurece mais cedo, procura caminhos principais. 4 - Mencionar alguns equipamentos para dormir em relação às estações do ano. O saco-cama e a colchonete são os materiais mais comuns em acampamentos. Quando se faz acampamentos no Inverno necessita-se de meios de agasalho mais eficazes como as tendas e uma manta ou manta de sobrevivência*.

Saco-Cama O saco-cama é um bom isolante térmico, que proporciona boas acomodações e pouco volume de bagagem, é o equipamento mais importante que possas levar para um acampamento, e como tal, deve ser mantido em excelentes condições (principalmente seco), para que consigas descansar convenientemente. Existem pelo menos 3 tipos de sacos- cama, rectangular, múmia e o barril. Rectangular

O saco cama rectangular é provavelmente a mais comum. Estes não são adequados para transportar em mochila porque são muito pesados e pouco quentes. Tal como o nome refere, eles são em forma de rectangular. Enquanto isto os torna confortável e espaçoso, contudo a grande abertura perto do topo é uma grande fonte de perda de calor. Múmia

O saco em forma de múmia é semelhante um sarcófago. É estreito nos pés (mas alto, permite apenas o espaço suficiente para os pés), Março || Cátia Patela & Sebastião Carvalho || 3


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largo nos ombros e, afunila perto da cabeça. O topo é muito semelhante a um capucho de um casaco de inverno, com um fecho para fechar a brecha para cima e manter a cabeça quente. Como eles se ajustam com a forma humana, há muito pouco espaço desperdiçado no interior. Isso é bom, porque o teu corpo tem de aquecer todo aquele espaço, e como é pouco aquece mais rápido.

Barril

O saco barril é uma modificação do saco múmia. É mais espaçoso que o saco múmia e providencia quase o mesmo aquecimento com o custo de ser mais pesado. Não é muito comum ver-se este tipo de caso cama, fica unicamente como nota. Os sacos-cama para uso de excursionismo são geralmente constituídos em nylon leve não impermeável (o saco precisa “respirar” a humidade que o corpo liberta durante a noite), podendo ser enchidos com espuma, fibra sintética, penas e pluma. Sacos de pluma são especializados, muito leves, quentíssimos (e caríssimos), reservados praticamente ao uso em condições muito frias, como montanhas no Inverno, normalmente do tipo múmia. Já a espuma é normal na maioria dos sacos, bons para quase o ano inteiro e para a maioria dos locais aos quais podemos ir – mas a sua insolação pode deixar muito a desejar. Os sacos de fibra sintética, tipo Hollofil, Fiberfill, Polaguard, já começam a aparecer com maior frequência, embora, mais caros que os de espuma. A sua maior protecção ao frio (mesmo quando molhados) compensa o gasto extra. Outro factor é o zíper (fecho). A escolha de uma saco-cama com ou sem zíper é uma decisão pessoal. Em situações de frio, o zíper interfere na insolação. Já numa praia, no calor do Verão, podemos dormir dentro do saco-cama com o zíper aberto, é melhor do que ter que dormir fora dele. Colchonete As colchonetes possuem ser utilizadas em duas funções: • •

Fornecer amortecimento Proporcionar isolamento entre a cama e o chão.

Colchões de ar Os colchões de ar são almofadas insufladas que podem fornecer muito de conforto quando se trata de dormir no chão. Infelizmente, eles não são muito quentes, uma vez não possuem

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isolamento. Isto pode não ser um problema. Colchões tripartidos Os colchões tripartidos são feitos de espuma sintética, revestidos de tecido. São muito confortáveis, tanto ou mais que alguns colchões de ar. Ocupam muito espaço, e por isso não são aconselhados para dormias ao relento. Por serem de tecido ficam rapidamente molhados com o orvalho e ressoados quando em contacto com o chão (cimento ou mosaicos). Colchonetes de durefoam As colchonetes em durefoam, são as mais utilizadas, por serem muito leves, mas também por serem fáceis de arrumar, nem que seja por da fora da mochila. Como são muito finas, não é aconselhável serem utilizadas em terrenos muito pedregosos, pois sente-se tudo nas costas. Fornecem algum isolamento entre o saco de cama e o chão. * A manta de sobrevivência não aquece mas mantém a temperatura do corpo.

Material “Cozinha”

Material “Vestuário”

5 - Enumerar os itens pessoais que são necessários para um acampamento de fim-de-semana. Uniforme Completo (camisa, calças/saia, meias, cinto e lenço) Meias Roupa Interior Chinelos 1 Muda de roupa velha Vestuário (ex.: camisolas, calças, calções, t-shirts, sweatshirt, etc) Agasalho Calçado (calçado extra) Capa de chuva Alimentos (tomar atenção à ementa, nrº de pessoas e de dias) Material de cozinha para confecção (ex.: tachos, colher-de-pau) Caixa de fósforos e ou isqueiro Copo Prato Talheres (ex.: garfo, faca, colher) Cantil Pano limpar louça Material de limpeza (ex.: esponja, liquido da loiça) Março || Cátia Patela & Sebastião Carvalho || 5


Material “Diverso”

Material “Higiene”

Especialidade de Acampamento 1 Escova dos dentes Pasta dos dentes Escova do cabelo/pente Shampoo/ Condicionador Sabonete Desodorizante Papel Higiénico Saco de dormir Faca/Canivetes Lenços de bolso Lanterna (pilhas extras) Caneta/ Bloco de notas Máquina fotográfica Documentos Pessoais Kit Primeiros Socorros Bússola Estojo Simples de costura (ex.: alfinetes, agulha, linha) Repelente contra insectos Protector Solar

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6 Planejar um

acampamento de um fim-de-semana. (prático) 7 - Saber montar e desmontar uma barraca. Observar as precauções com a fogueira quando a barraca estiver em uso. Cuidados com a barraca: Ao montar e desmontar tem em atenção para não pisar com o calçado em cima do tecido. Ao desmontá-la procurar limpar e secar completamente o exterior e interior. Se estiver molhada, providenciar a secagem o mais rápido possível – ex.: sacudi-la, guardá-la num saco plástico e em casa abri-la para a limpar completamente. Se possível guardá-la num saco, que não o próprio, mais arejado. Observar periodicamente as costuras e os fechos. Sempre que costurarmos ou remendarmos, impermeabilizar o local com selante de silicone, uma camada fina. Não a manter embalada por um longo tempo. Periodicamente estender por alguns minutos num local arejado e com sol para prevenir o cheiro a mofo. Se possível guardá-la num saco, que não o próprio, mais arejado. Recortar da câmara do pneu do automóvel, anéis para serem usados como esticadores para as espias. Esta medida manterá a tenda mais segura e sempre esticada, mesmo durante uma ventania. Tornar visíveis os olhais dos espeques/espias, para que sejam facilmente localizados na erva, mesmo no escuro e em caso de perca. Março || Cátia Patela & Sebastião Carvalho || 6


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Ter cuidado com os materiais químicos como repelentes, detergentes, etc, que podem danificar o tecido da tenda como os impermeabilizantes.

Uma fogueira não deve ser construída a uma distância inferior a 6 metros da tenda. Tenha em atenção a direcção do vento quando construir uma fogueira para que as faúlhas não incendeiem a tenda. Se uma faúlha tocar na tenda, com sorte só fará um buraco, mas nos casos piores pode cause uma tragédia mortal (se estiver alguém no interior). Nunca acendas nenhum a espécie de fogo dentro da tenda, seja uma vela, uma lanterna (a gás ou a gasóleo), ou um fogão a menos que a tenda tenha sido concebido para o efeito. A fogueira deve estar longe das barracas cercadas com pedras, deve-se remover palhas secas que possam estar por perto, deve-se sempre limpar o local onde será feito a fogueira para que o fogo não se espalhe. Caso seja terreno de grama devese remover a grama e colocar num lugar apropriado para depois plantar no mesmo lugar. 8 - Conhecer e praticar a ética de sanitários tanto em acampamento primitivos como em acampamentos estabelecidos. Se acampares num local com casas de banho, deves utiliza-las. Se for um acampamento primitivo, terás de construir uma latrina ou usar um buraco existente no mato. Faz “as tuas necessidades” pelo menos a 60metros de distância de qualquer fonte de água (como cascatas, rios ou lagos), para não contaminares as águas e pelo menos a 30 metros do teu acampamento, por causa do odor. Cava um buraco com cerca de 15 a 30 cm de profundidade. Depois tape devidamente, de modo que não fique o papel higiénico à vista. A esta profundidade, existem muitas bactérias no solo que decomporão rapidamente. Podes cobrir com as cinzas da fogueira. O banheiro deve ficar limpo depois de o utilizarmos. Se tiver descarga, devemos puxá-la, no caso da latrina deve-se cobrir sempre com terra ou cal após o uso, de 2 a 3 vezes por dia. Não se deve urinar nem defecar pelo caminho, porque todos precisam passar nele.

9 - Usar correctamente o canivete e a machadinha. Para quem se vai aventurar é sempre bom ter um canivete ou uma faca para alguma eventualidade. Podemos definir os instrumentos de corte em três tipos:

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Pequeno porte/ médio porte/ grande porte Os instrumentos de grande porte mais conhecidos são os facões e a machadinha. Os facões têm a lâmina comprida, o que facilita a abertura de pequenas trilhas em mata fechada. Mas ao manusear um facão temos que ter cuidado com a lâmina para não nos picarmos, nem acertarmos nenhuma parte do corpo. Os casos de acidentes mais comuns ocorrem nas áreas das pernas. Machadinha

A machadinha é usada para cortar troncos de médio e grande porte, não sendo recomendada para pequenas viagens, uma vez que é muito pesada e tem uma função muito específica. Pode ser substituída por um Fio de Serra, que é semelhante a um cabo de aço com argola nas pontas e é afiado (pesa apenas algumas gramas e ocupa pouco espaço). Utilização da machadinha: A machada, usada só com uma mão, requer mais pontaria do que força. De facto, os golpes com a machada são dados pousadamente, calculando sempre o local do golpe, e sem excesso de força. Deve ser pegada pela “pega”, na ponta do cabo, e não a meio do cabo – temse melhor balanço, e é preciso fazer-se menos força.

Verificar com frequência, e antes de usar, se a cunha está bem fixa – mergulhar o machado em água faz inchar a madeira e assim aumentar a fixação ao cabo na lâmina. Verificar se não há ninguém à volta que possa ser atingida por um golpe. Para cortar um ramo, nunca o devemos fazer em cima da terra, pois a lâmina acabará sempre por se enterrar no solo, estragando o fio. Deve-se sempre apoiar o ramo em cima de um cepo mais grosso.

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O ponto onde vamos cortar deve estar bem apoiado e o mais fixo possível. Nunca se deve desferir golpes com o machado sobre um ponto do ramo que esteja sem apoio, pois o efeito será muito pouco e o ramo ao vibrar pode fazer com que o machado salte e atinja o utilizador.

A inclinação do machado é importantíssima para os efeitos dos golpes. Nunca se devem dar os golpes com a lâmina num ângulo de 90º, ou seja, na vertical. Deve-se inclinar sempre o machado para fazer aproximadamente um ângulo de 60º.

Os golpes devem ser alternados, ora inclinado para a esquerda ora para a direita.

O machado nunca deve ser usado como martelo, pois não foi para isso que foi concebido. Para limpar ou desbastar um ramo ou tronco, começa-se pelo início (parte mais grossa) e vai-se avançando em direcção à ponta, no sentido de crescimento da árvore. Se os golpes forem dados no sentido contrário, acabará por rachar o tronco.

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Deves ter todo o cuidado ao usares o machado para que este não te atinja uma perna ou um braço. Se estiveres a segurar com a mão no tronco ou ramo que cortas, verifica se a mão não fica ao alcance de nenhum golpe desviado por acaso.

O mesmo cuidado deves ter com as pernas, as quais deverás abrir conforme a posição em que estejas a cortar, de modo a que o machado nunca te atinja a perna, mesmo no caso de um golpe mal dado e que se desvie.

CORTAR UM TRONCO NA VERTICAL (ou abater uma árvore)

A técnica apenas precisa de duas zonas de golpe: a primeira de um lado, e a segunda do lado oposto e mais em cima. Esta técnica aplica-se tanto para um ramo, como para um tronco, como para uma árvore. No caso de uma árvore, esta cairá para o lado da primeira zona de golpe.

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Para cortar uma vara verde, seguras pela parte de cima para a vergar. Os golpes devem ser dados com inclinação de 60º e não perpendicularmente à vara. Vergar a vara aumenta o efeito de corte do machado.

RACHAR LENHA Para rachar lenha, começas por cravar a lâmina no tronco (não precisa de ser com muita força), junto a uma das extremidades. De seguida, vais batendo com o conjunto tronco-machado em cima de um cepo. Aos poucos e poucos o machado vai-se enterrando cada vez mais no tronco, rachando-o ao meio.

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FAZER UMA ESTACA Para afiar uma estaca, deves apoiá-la em cima de um cepo, e golpeares com pontaria, como na figura. A cada golpe rodas um pouco a estaca. Uma estaca deve ter a parte de trás ligeiramente desbastada, como na figura acima, para evitar que, ao bater na nela, se desfaça.

SEGURANÇA

Tal como a faca de mato ou outra qualquer ferramenta cortante, o machado não deve ser deixado caído no meio do chão, encostado a uma árvore e muito menos ainda cravado no tronco vivo de uma árvore. O machado deve ficar guardado dentro da respectiva baínha, ou cravado num cepo ou num suporte próprio montado no campo.

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Para cravar o machado num cepo é comum verem-se os pata-tenras a desferirem grandes golpes sem grandes resultados. A técnica consiste unicamente em espetar a lâmina em bico, e não com o fio todo. Para além disso, a lâmina deve ficar paralela ao cepo.

TRANSPORTE O transporte do machado é outro factor importante na segurança. Quando o transportares na mão, segura-o sempre pela lâmina, e nunca pelo cabo. Os patatenras, quando pegam no machado pela primeira vez, costumam andar a passear com ele segurando no cabo e balanceando-o «à índio», arriscando-se a bater com a lâmina nas pernas ou a atingir algum colega. Se o machado for grande podes levá-lo ao ombro, mas sempre com o fio da lâmina virado para fora.

Quando se passa o machado a outra pessoa, deves entregá-lo sempre segurando na lâmina, para que lhe possam pegar facilmente no cabo.

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CONSERVAÇÃO Para evitar a ferrugem, deves ter em atenção alguns conselhos: · quando regressas de uma actividade, limpa bem o machado, para tirar toda a humidade; · para retirar ferrugem, usa palha-de-aço; · para conservar o machado sem ferrugem, unta a lâmina com óleo ou outra gordura, e envolve-a com plástico; Canivete O canivete é uma ferramenta indispensável nos acampamentos. É com ele que tu vai preparar “acendalhas” para acender fogo, vais cortar seus alimentos. Antes de escolheres a sua faca tenha em mente o seguinte: • • •

As lâminas inoxidáveis são geralmente fracas e perdem o fio com facilidade. As de aço comum são mais fortes e permanecem afiadas por mais tempo, mas necessitam de cuidados e limpezas para não enferrujar. Não compre um canivete apenas por ser bonito. Compre consoante das ferramentas que necessitar, pois, mais ferramentas mais dispendiosas se tornam.

Regras de segurança: •

• •

Nunca utilizes as ferramentas em trabalhos, que sabes que não foram concebidos para realizar, pois podes estraga-las e pode colocar a sua saúde/vida em risco. Ao fechar cada umas das ferramentas, nunca coloques a mãos na lâmina, coloca a tua mão por trás e fecha, para não te cortares. Tem cuidados com os teus dedos e nunca te distraías a fazer qualquer tarefa. Ao passar o canivete a alguém nunca o Março || Cátia Patela & Sebastião Carvalho || 14


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atire com alguma ferramenta colocada. 10 - Fogueiras: a) Demonstrar habilidades em escolher e preparar o local para uma fogueira. Existem várias formas de preparar um local, onde queiras fazer uma fogueira. Se estás num espaço onde se fazem acampamentos, procura um local onde já se tenha feito uma fogueira. Não faças uma fogueira no local novo se já existir vestígios de uma fogueira, noutro local. Se tiveres de construir num local novo, terás de seguir algumas regras de segurança para te protegeres e o meio onde estás inserido, tanto as pessoas como a natureza. A fogueira deve ser feita em lugares planos. Antes de se montar uma fogueira deve-se limpar o local onde será feito a fogueira, não fazer em baixo de árvores, deve-se limpar em volta da fogueira para que ela não se espalhe etc. Se o solo estiver seco, raspe-o até chegar ao ponto de ali só ter mesmo terra; se estiver molhado, construa antes uma plataforma de pedras chatas. Faz um carreiro (vala) circular à volta do local onde vai construir a fogueira e coloca água ou areia ou terra, para que o fogo não se propague fora do círculo. Também poderás utilizar pedras para delimitar a área da fogueira. Antes de acenderes a fogueira garante que tens areia ou terra ou um balde com água, elementos utilizados para apagar uma fogueira. Depois poderá construir a tua fogueira. b) Conhecer as precauções de segurança. •

• •

• •

Limpar bem a área num diâmetro de pelo menos 3 metros, retirando capim seco, gravetos, folhas secas, musgos e outros materiais que possam espalhar fogo. Nunca se deve fazer uma fogueira debaixo de árvores. Tenha a certeza que o fogo ficou totalmente apagado antes de sair. Se não estiver demasiado quente, ponhas as suas mãos nas cinzas, senão conseguir então ainda não poderá abandonar a fogueira. Com um pau mexe as cinzas de baixo para cima, pois pode existir algumas ainda acenas em baixo; Não utilize aceleradores, como por exemplo: gasolina, álcool, etc. Aprenda a fazer uma figueira sem utilizar aceleradores. Coloca o material para apagar o fogo, à mão. Um balde de água, areia ou terra, são recomendados.

c) Como utilizar correctamente o fósforo.

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“Três coisas são necessárias para criar fogo: oxigénio, combustível (madeira) e calor. A cabeça do fósforo é o calor, que pode queimar até cerca de 182ºC, o que pode ser obtido através da fricção. O oxigénio é o suportado pelo ar.” Para incendiar um fósforo, terá de ser rápido e firme. Raspa a cabeça do fósforo contra a parte lateral da caixa (material abrasivo), no sentido contrario da pessoa, ou seja para a frente. Uma vez aceso, a temperatura aumentará drasticamente e incendiará através do pau. O fogo prefere subir, e tu poderá controlar o tamanho da chama de certo modo, coloca a cabeça do fósforo para baixo (para uma chama maior) ou para cima (para uma chama menor). Protege a chama do vento com a outra mão ao redor da chama (pois diminui a temperatura). d) Montar uma fogueira utilizando apenas um palito de fósforo e materiais naturais. Os fósforos podem ser postos à prova de água cobrindo-os com verniz das unhas ou parafina líquida. Devem ser guardados numa bolsa à prova de água. Para atear o fogo, use acendalhas que ardam prontamente, tais como pequenas aparas de madeira seca, pinhas, cascas de árvores, pequenos ramos, folhas de palmeira, caruma, capim seco, líquenes, fetos, plantas, excrementos de animais e até pássaros mortos. (ISCA – sua finalidade é fazer uma boa chama inicial) Reúna e disponha esse material de uma forma que permita a circulação de oxigénio (WIGWAM – “cabana de troncos”), pois assim o fogo arderá mais rápido. Tem em atenção a direcção do vento, para que este não apague ou descontrole a tua fogueira. Deixe à mão pedaços de madeira (árvores mortas, galhos secos) cada vez maiores para adicionar à chama inicial, tomando sempre o cuidado de não abafar o fogo e extinguir a chama. (ESCORVA – destinada a receber e aumentar a chama rápida da ISCA) Para manter a fogueira acesa é necessário alimentá-la conforme a necessidade. Não basta colocar sempre pequenos gravetos, pois eles queimam rápido e não dão continuidade, servem apenas para iniciar o fogo. Alimente com combustível maior (paus), para promover a brasa que ficará por várias horas acesa sem que seja necessário alimentar o fogo. IMPORTANTE: O fósforo deve ser aceso rapidamente e o mais junto possível da ISCA, para que as faíscas produzidas caiam bem no seu centro. Uma vez acesa, assopre-a ou abane-a com cuidado, até surgir a chama.

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Especialidade de Acampamento 1 e)

Demonstrar

como

proteger

a

lenha

em

clima

molhado.

Obviamente, tu quererás manter a tua madeira seca, e existem vários métodos para o conseguires. Um método é colocar um toldo no chão, colocar a madeira em cima e tapar a madeira com o resto do toldo. Coloque algumas pedras pesadas nas pontas do tolde para não levantar com o vento. Também poderás guardar a madeira num alpendre ou na carrinha se existir. Outra opção é guardar na tenda da cozinha ou nas casas de banho. 11 - Assar pão em uma vareta.

-

180 ml de água 2 colheres (sopa) de óleo 1 envelope de fermento em pó instantâneo 1 pitada de açúcar sal a gosto 2 xícaras (chá) de farinha de trigo (+/-) queijo parmesão ralado a gosto (opcional)

Numa tigela misture 180 ml de água, 2 colheres (sopa) de óleo, 1 envelope de fermento em pó instantâneo, 1 pitada de açúcar e sal a gosto. Aos poucos acrescente 2 xícaras (chá) de farinha de trigo (+/-). Dica: deixe um pouco mais de farinha de trigo separada para polvilhar na massa (se necessário).

Numa superfície lisa e enfarinhada, sove bem a massa até desgrudar das mãos. Deixe descansar, coberta com um pano ou dentro de um saco plástico por +/- 45 minutos ou até dobrar de volume. Com as mãos retire pequenas porções da massa. Coloque cada porção de massa na ponta de uma vara de bambu limpo (ou em palitos de churrascos, se for fazer na churrasqueira) e molde o pão no formato de uma mini-salsicha. Repita a operação até terminar a massa. Aproxime o pão (do espeto de bambu) perto da brasa da churrasqueira ou da fogueira. Vire o espeto constantemente para assar o pão de todos os lados, tomando o cuidado para não queimá-lo (+/- 20 a 25 minutos). Sirva a seguir.

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OBS: Se desejar, besunte este pão antes ou depois de assar numa pasta de alho e salpique queijo parmesão ralado a gosto. Volte o espeto de pão para fogueira. 12 - Descrever o processo correcto para lavar e manter limpos os utensílios da cozinha do acampamento. Lavar com sabão em água corrente, secar, e guardar em local limpo de preferência fechado. Os utensílios de cozinha devem ser lavados após a refeição e colocados em reservatórios específicos, como sacolas ou recipientes que mantenham eles fora de risco de sujarem. Se deixares o prato por lavar, depois ficará mais difícil de retirar, os restos de comida, pois endureceram, além de ser anti-higiénico, pode atrair bichos/ animais. Importante: nunca jogue restos de comida na pia do acampamento ou em rios limpos que servirão para se utilizar a água para beber. Coloca num saco de lixo, no caso de se tratar unicamente de lixo orgânico ou poderás fazer um buraco, longe do acampamento e dos caminhos, e colocar o que sobrou da tua comida, pois o solo assimilará rapidamente. Só o lixo orgânico -

comida 13 - Descrever qual a roupa adequada para dormir e como manter a temperatura quente durante a noite. Camiseta, calça de moletom, blusa e meia e caso seja preciso uma manta. (Para manter a temperatura quente durante a noite você deve se manter bem agasalhado). Devemos nos agasalhar, pois em acampamentos, a mata tende a esfriar a temperatura pela noite. O saco de dormir é muito útil tanto para calor como para frio, pois mantém a temperatura do corpo constante. Roupas largas são boas para dormir. Calça jeans e outras apertadas podem causar desconforto. 14 - Descubra um objecto na natureza durante sua experiência de acampar, que ensine uma lição espiritual.

15. Explicar e praticar o lema: "tire apenas fotos e deixe apenas pegadas”. Respeita a Natureza, não deixe mais que pegadas, não tire mais que fotografias e não tragas mais que recordações. Traz sempre um saco contigo para guardares o teu lixo e transporta-o contigo até poderes depositar nos locais apropriados. Março || Cátia Patela & Sebastião Carvalho || 18


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Não produzas poluição sonora respeita ao máximo a paz do local Evita riscos de incêndio. Se avistares fumo ou fogo liga o 117. Respeita a propriedade privada, as áreas de acesso interdito, limitado ou condicionado. Ao cruzar com portões, cercas, cancelas deixa-os como os encontraste. Respeita os residentes, o seu modo de vida e a sua cultura. Sempre que passes em zonas habitacionais, sê simpático com os naturais e explica o que estás a fazer, quem és e os cuidados que estás a ter para não interferir com o meio.

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