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CONTINELA ® A R D S NUNCIANDO O
EINO DOS
EUSES
ANTOS
Número de assinantes: 015.967 EM 001 IDIOMA
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SETEMBRO DE 2012
O OBJETIVO DESTA REVISTA ELETRÔNICA*, A Continela, é honrar a Jeová, os Deuses santos — desde o maior até o menor Deles. (Sal 136:2) Assim como os vigias dos tempos bíblicos se postavam nas altas torres de ângulo, para dali monitorar os eventos, esta revista nos demonstra como enxergar as verdades bíblicas de um ângulo nunca antes observado. Consola e dá entendimento da verdade a todas as pessoas da atualidade — principiando pelas ungidas Testemunhas dos Deuses Santos — com as boas novas de que o Reino dos Deuses Santos em breve acabará com as mentiras e enganos religiosos e toda a maldade da terra, transformando-a num belo paraíso. Incentiva a fé em Jesus Cristo, um Deus santo que morreu para que pudéssemos ter vida feliz e sem fim, sob o Reino do qual ele é o principal dos reis. (Is 9:6; Jo 1:1, 18; Fil 2:6) Essa revista, que é publicada ininterruptamente pela Associação das Testemunhas dos Deuses Santos desde 2012, não é política, (embora tenha autorização para abordar temas relacionados) adere às Escrituras Sagradas e às ciências humanas como autoridades. No entanto, nunca infringirá a “regra básica” bíblica, conforme 1Co 4:6. Adere também à evolução da vida – de todas as espécies – como uma verdade perfeitamente apoiada pela Bíblia. — Gên 2:7. A menos que haja outra indicação, os textos citados são da moderna Tradução dos Deuses Santos das Escrituras Sagradas com Referências.
*Não será publicada em papel. Nenhuma árvore será derrubada. Não ‘arruinaremos a Terra.’ — Re 11:18.
ASSUNTOS DE CAPA 03 – Uma Crença Popular 04 – Espiritismo – o que é e Quão Poderosa é sua Atuação? 06 – Espiritismo Cristão – o que é? É Mesmo Possível? 11 – Espiritismo – Por Que Não?
Será que, por ocasião de nossa morte, há um espírito que sai vivo? Isso é o que descobriremos aqui!
SEÇÕES REGULARES
POR MILÊNIOS, LÍDERES RELIGIO-
NISTAS TÊM MANTENDO NA MAIS COMPLETA IGNORÂNCIA QUANTO À COMPREENSÃO BÍBLICA SEUS LEIGOS.
- CONHECENDO O LIVRO DE ENOQUE – PARTE IX
- COMO ENTENDER JÓ 26:7?
A QUESTÃO DO ESPIRITISMO É APENAS A PONTA DO ICEBERG PORQUE FAZEM ISSO PERMANECERÁ UM MISTÉRIO PARA MUITOS, MAS NÃO MAIS A NÓS, AS UNGIDAS TESTEMUNHAS CRISTÃS DOS DEUSES SANTOS.
Uma crença “O sonho certamente chega por causa da abundância de ocupação.” — Eclesiastes 5:3, TNM. Certamente, devido às abundantes ocupações que os homens têm tido na terra — sobretudo em imaginar o improvável —, concebe-se crenças que não aparenta ser algo do mundo da razão, mas dos domínios apenas dos sonhos, da ficção. O espiritismo, por exemplo, que é tido como uma expressão da religiosidade do povo e que tem como princípio fundamental a crença na indestrutibilidade do espírito humano, concebeu uma “ocupação” nada fácil de compreender-se com os mecanismos da razão: a crença da comunicação com os espíritos das pessoas que já morreram. Para os adeptos do espiritismo, ao morrermos, nosso espírito vaga por lugares áridos (num mundo espiritual), mas que, ao serem ‘chamados’, respondem. Isto é mesmo possível? Quão real isto é? De onde vem o espiritismo com suas crenças? A Palavra dos Deuses santos as apoia? Devemos praticar o espiritismo? Milhões de cristãos têm dito que não, que não se deve praticá-lo. Mas por que não? Pretendemos aqui, conforme verão, responder a estas e a outras perguntas.
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O QUE É E QUÃO PODEROSA É SUA ATUAÇÃO? “O Espiritismo nos ensina que somos espíritos imortais e quer estejamos na terra, quer no mundo espiritual, trabalhamos ativamente para alcançar a perfeição.” — Severino Celestino da Silva, médium espírita.
“O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.” — Al-
lan Kardec em O que é o Espiritismo — Preâmbulo.
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ESPIRITISMO não é algo tão fácil de ser explicado ou mesmo de ser compreendido. Isto se dá devido ao simples fato de que não existe uma só forma de crença espírita, tampouco é de se esperar que todas as centenas de versões espíritas sejam coerentes no que praticam ou ensinam. Pode-se definir espiritismo como “crença de que uma parte espiritual dos seres humanos sobrevive à morte do corpo físico e que este vai para um novo mundo — o mundo dos espíritos —, e que, uma vez vivendo ali, pode comunicar-se com os vivos daqui, em geral, por meio de uma pessoa que atua como médium espírita; um profissional da mediunidade.” Há formas de espiritismo do “leve” ao “forte”; da exploração do horóscopo ao curandeirismo e adivinhação; das práticas do ocultismo, da magia negra e da “magia branca”. Um aspecto curioso do espiritismo é que há um ramo dele que, segundo afirmam seus adeptos: “é espiritismo cristão”. Não importam as diferenças! Todas as formas de espiritismo baseiam-se no seguinte ponto em comum: o contato com os espíritos de pessoas já falecidas. Será que tudo isso é mesmo possível? Veremos.
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Por que tanto interesse no espiritismo? O fascínio pelo espiritismo é observado em todo o mundo. Em muitos países é comum observar-se que os livros que demonstram como falar com os mortos figuram entre os mais vendidos. No Brasil, maior produtor de novelas do mundo, observa-se que as que mais audiências dão são as que apresentam o tema do espiritismo. Para muitos que vivem na África, o espiritismo é tão comum quanto barganhar numa feira de rua. Nos bastidores do poder político, sessões psíquicas e espíritas entusiasmam políticos e empresários, que pagam altos preços por consultas. Assim, com a ajuda do espiritismo onde esteve envolvido o demonismo, sacrifícios de animais e magia negra, Fernando Collor de Mello foi eleito Presidente do Brasil em 1990. Inclusive, conforme revelações recentes de sua própria esposa, Rosane Collor Fantástico, (na verdade já estão separados a 7 anos) ‘ele teria subido a rampa do Planalto Central acompanhado por um espírito — alegadamente um espírito de um demônio — incorporado numa mulher ligada às práticas espírita’. Ao verem as imagens expostas, os brasileiros não tiveram dúvidas: o relato de Rosane mostrou-se verídico. O demônio estava mesmo lá! Outro nome bem conhecido no poder político brasileiro é Sarney. Este também, como o precedente, foi presidente do Brasil. Consta que este senhor sempre esteve envolvido com as práticas espíritas da umbanda e da magia negra. Não é nenhum segredo que o conhecido macumbeiro Mestre Bita-do-Barão, terecoseiro de Codó, município do Maranhão, é o “Pai de Santo”, não só de Sarney, mas de toda a família Sarney. Este médium, inclusive, é tido como o “Babalaorixá dos Poderosos”. Por que tanto interesse por parte dos poderosos homens da política no espiritismo? ‘Poder, riquezas e prestígio — este é o objetivo do envolvimento dos poderosos com o espiritismo’, disse Rosane Collor, ela mesma uma macumbeira.
(Assim como Bita-do-Barão “aconselha” Sarney, este aconselha Collor atualmente)
A influência do espiritismo sobre os
poderosos. Fernando Collor de Mello: Político, jornalista, economista, empresário e escritor brasileiro, tendo sido prefeito de Maceió (1979/1982), governador de Alagoas (1987/1989), deputado federal (1982/1986), 32º presidente do Brasil, (1990/1992), e senador por Alagoas (2007/ até a atualidade). Impitimado da presidência após dois anos no poder por ter enganado o povo.
José Ribamar Ferreira Araújo da Costa Sarney: Político e escritor brasileiro, membro da Academia Brasileira de Letras, tendo sido o 31º Presidente do Brasil, (1985/1990), Governador do estado do Maranhão (1966/1971), e Presidente do Senado Federal (1995/1997, 2003/2005, 2009/ até a atualidade). O que estes dois homens têm em comum além, claro, de serem nomes do poder político brasileiro? Os dois buscam no espiritismo — sobretudo na espécie de espiritismo da macumbaria e magia negra — ‘aconselhamento’ para permanecer no poder. Visto que, aparentemente, as macumbas do Collor não deram certo da primeira vez, ele tem procurado os ‘conselhos’ de Sarney, que recebe “conselhos” do “comendador dos poderosos”, mestre Bita-do-Barão que, por sua vez, recebe conselhos dos espíritos.
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Roseana Sarney: Em macumba promovida por Bita-do-Barão, em Codó, no Maranhão. Bita-do-Barão é praticamente o dono de toda a cidade. Em sua casa cabem, bem acomodadas, mais de 500 pessoas. Bita-do-Barão: Praticante do espiritismo e Paide-santo dos poderosos da política brasileira.
Brasília tornou-se, embora que por apenas dois anos, um terreiro de macumba e magia negra. Foi na Casa da Dinda, uma residência escolhida como o epicentro para a comunicação com o “mundo espiritual”, que Collor implantou seus guias e aparatos de macumbaria. Aparentemente, os métodos de Collor não deram certo. Ele foi impitimado do poder dois anos após sua posse. Sua atuação como presidente da República brasileira, de apenas dois anos, mostrou-se um desastre total. Seja como for, Collor agora está disposto a acertar. Voltou ao poder político como Senador de Alagoas e, como medida de cautela, tem recebido conselhos de nada menos que o Presidente do Senado brasileiro, ele mesmo: José Sarney! Este, por sua vez, é aconselhado pelo ‘Guru-comendador’ — Mestre Bita-do-Barão. Por último, este afirma receber informações e ajuda de um ou mais ‘espíritos’ dos que já se foram. Mas, retornando ao assunto do chamado ‘espiritismo cristão’, conforme falado acima, perguntemos: será mesmo possível sua existência? Vejamos.
O QUE É? É MESMO POSSÍVEL? “Só quem não conhece o Espiritismo pode fazer tal afirmativa ([de que “o espiritismo não é bíblico”]). Os postulados da Doutrina Espírita são todos baseados em princípios cristãos. O Espiritismo complementa o Cristianismo. . . . Toda a prática espírita é . . . dentro do princípio do Evangelho. . . . É a moral cristã, ditada pelo Cristo, o maior espírito que habitou o nosso planeta. “O Espiritismo nos ensina que somos espíritos imortais e quer estejamos na terra, quer no mundo espiritual, trabalhamos ativamente para alcançar a perfeição. O Espiritismo respeita todas as religiões, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização entre todos os homens. . . . O Espiritismo nos demonstra que a justiça divina é rigorosamente cumprida, havendo recompensa para os bons e cobrança para os maus”. — Severino Celestino da Silva, adepto do espiritismo, teólogo e professor universitário paraibano.
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raticar o espiritismo pode consistir desde magia negra, como vimos, a buscar presságios. Uma forma popular de espiritismo é a adivinhação — tentar conhecer o futuro ou o desconhecido com a ajuda também dos espíritos. Entre as formas de adivinhação incluem-se a astrologia, a consulta a bolas de cristal, a interpretação de sonhos, a quiromancia e a leitura da sorte com as cartas do tarô. Há, porém, uma forma de espiritismo que jura ser baseada inteiramente nas Escrituras Sagradas — conhecido como “espiritismo cristão”. Isto é mesmo possível? O Brasil tem a maior população católicaromana da Terra, mas, “milhões de fiéis acendem velas em mais de um altar e não veem nenhuma discrepância nisso”, disse um pesquisador. A revista Veja publicou que 80% dos macumbeiros no Brasil são católicos batizados que também assistem a missas. Visto que mesmo padres participam em sessões espíritas, não é de se admirar que seus fiéis façam o mesmo. Eles têm achado que a orientação vinda dos espíritos é da parte dos Deuses santos. Mas, é mesmo? O criador do “espiritismo cristão” Hippolyte Léon Denizard Rivail, um educador e filósofo francês do século 19, foi quem escreveu sob o nome de Allan Kardec. Kardec passou a interessar-se pelos fenômenos espíritas em 1854. Mais tarde, fez perguntas a médiuns em muitos lugares e registrou as respostas em O Livro dos Espíritos, publicado em 1857. Duas outras obras que ele escreveu são O Livro dos Médiuns e O Evangelho Segundo o Espiritismo. O espiritismo tem sido associado com práticas religiosas tais como macumba, feitiçaria, magia e satanismo. No entanto, os que seguem os ensinos de Allan Kardec dizem que suas crenças são diferentes. Suas publicações muitas vezes citam a Bíblia, e eles chamam a Jesus de “guia e modelo para toda a Humanidade”. Dizem que os ensinos de Jesus são “a
expressão mais pura da Lei [dos Deuses]”. Allan Kardec encarava os escritos espíritas como a terceira revelação da lei dos Deuses para a humanidade, as primeiras duas sendo os ensinos de Moisés e os de Jesus. O espiritismo atrai muitos porque destaca o amor ao próximo e obras de caridade. Uma crença espírita é: “Fora da caridade não há salvação.” Muitos espíritas se empenham em obras sociais, patrocinando hospitais, escolas e outras instituições. Esses esforços são elogiáveis. No entanto, cristãos preocupados têm questionado se essas crenças são mesmo ‘comparáveis com os ensinos de Jesus’, conforme registrados na Bíblia. Vejamos dois exemplos: a condição dos mortos e se há possibilidade de comunicações com tais. A condição dos mortos segundo o espiritismo? Muitos espíritas creem na reencarnação. Uma publicação espírita declara: “A doutrina da reencarnação é a única que corresponde à ideia que formamos da justiça [dos Deuses]; é a única que pode explicar o futuro e firmar as nossas esperanças.” Os espíritas explicam que o “espírito encarnado”, quando na morte de um homem, deixa o corpo — igual a uma borboleta
Allan Kardec nasceu em 1804, e ficou conhecido por ser um homem muito culto e figura eminente à sua época. Iniciou sua dedicação aos fatos espíritas aos 50 anos de idade, em 1854. Céptico, a princípio, descobre, porém, nessa época as leis que
regem o mundo dos espíritos. Por muitos considerado o Pai do Espiritismo, não o foi, mas sim, o Codificador da Doutrina Espírita (ou espiritismo). Ao morrer, deixou várias obras.
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que sai do casulo. Eles acreditam que esses espíritos reencarnam mais tarde como humanos para expurgar os pecados cometidos numa vida anterior. Mas não há lembranças desses pecados anteriores. “[Os Deuses consideraram] conveniente lançar um véu sobre o passado”, diz O Evangelho Segundo o Espiritismo. “Negar a reencarnação é renegar as palavras de Cristo”, escreveu Allan Kardec. Entretanto, Jesus não usou a palavra “reencarnação”, mas falou de ressurreição. A ressurreição, porém, pode perfeitamente ser o mesmo que a reencarnação. Como? Essa é uma nova luz da parte de Jeová. (Veja o quadro: Reencarnação é o Mesmo que Ressurreição, ao lado) Mas, qual é a condição dos que morreram, mas que ainda não ressuscitaram? Seu espírito, como creem os espíritas, continua a existir? Pode ele comunicar-se com os vivos? Temos algo dentro de nós que sobrevive à morte do corpo e permanece imortal em alguma parte? Afinal, qual a condição dos mortos? A confusão em torno disso não é nada nova. Desde os primórdios da humanidade o homem tem se perguntado sobre o que acontece conosco quando morremos. Jeová, nossos Criadores amorosos, porém, sempre estiveram interessados em nos fazer saber a verdade sobre isso — e de fato fizeram isso. Eles forneceram, em meio às páginas de “toda a Escritura”, as respostas certas a todas estas perguntas. — 2 Timóteo 3:16. A condição dos mortos segundo religionistas Entretanto, não é fácil assimilarmos a verdade acerca disso hoje, uma vez que religionistas presunçosos deturparam a verdade com seus ensinos inventados. (Deuteronômio 18:20, 21) Por exemplo, os Corpo dos Governantes das Testemunhas de Jeová interpretam que ‘não há a mínima possibilidade de comunicação com os espíritos de pessoas que já morreram, uma vez que, ao morrermos’, afirmam, ‘nada sobrevive à morte’. Mas é isso mesmo o que di8
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Reencarnação é o mesmo que Ressurreição. Como isso é possível? Líderes religionistas jamais admitirão esse novo ajuste no entendimento, mas isso de modo algum nos deve surpreender. Eles não aceitam nada que o espírito inspire a outros crentes a não ser a eles. Entretanto, nós, Testemunhas dos Deuses Santos, não tememos a verdade dos fatos. Pelo contrário! Encaramos corajosamente as mudanças para nos atualizarmos com as verdades bíblicas para nosso tempo! Durante o seu ministério terrestre, Jesus devolveu a vida a três pessoas — o filho duma viúva em Naim, a filha do presidente de uma sinagoga e o seu amigo íntimo, Lázaro. (Marcos 5:22-24, 35-43; Lucas 7:1115; João 11:1-44) É evidente que neste caso esteve envolvido apenas a ressurreição, uma vez que Jesus ‘devolveu o espírito’ ao mesmo corpo que havia morrido. Já no caso de “todos os que estão nos túmulos memoriais” e que futuramente ‘ouvirão a voz do Cristo’ dizendo “levante-se”, significará que voltarão à vida num novo corpo físico, (pois o anterior já não existe mais) e, portanto, aquele ato milagroso constituirá em uma ressureição e também reencarnação. Assim, todos os espíritos dos que morreram (morre a carne, mas o espírito ‘volta para os Deuses’), aguardam o dia em que ganharão um novo corpo carnal — uma reencarnação e também ressurreição. Este entendimento ajustado à verdade é plenamente defendido nas Escrituras e pela racionalidade humana, conforme poderão constatar por ler os textos bíblicos aqui sugeridos. Isso tudo significa, também, que os líderes religionistas cristãos não precisarão mais ensinar seus leigos a evitar seus semelhantes espíritas.
zem as Escrituras? Não raro, os veículos de comunicação dos do Corpo dos Governantes com o mundo — as revistas e demais publicações da Torre de Vigia — citam o seguinte texto como base de suas afirmações: “Não confieis nos nobres, nem no filho do homem terreno, a quem não pertence a salvação. sai-lhe o espírito, ele volta ao seu solo; neste dia perecem deveras os seus pensamentos.” — Salmo 146:3, 4, TNM. Junto à citação, também inserem uma explicação do tipo: “Quando aqui diz que ‘perecem deveras os seus pensamentos’, quer dizer que o espírito cessa; evapora; deixa de existir.” Essa evasiva, porém, não explica a curiosa afirmação: “Então [quando morremos] o pó [nosso corpo carnal] retorna à terra, assim como veio a ser, [mas] o próprio espírito retorna aos Deuses que o deram.” Logicamente, ‘os pensamentos que perecem’, não são os relacionados ao espírito — tampouco é o próprio espírito — mas são os pensamentos do cérebro, pois o próprio cérebro verdadeiramente cessa de vez. — Eclesiastes 12:7. Ademais, numa tentativa de fazer os textos dizer algo diferente, é de praxe os do Corpo dos Governantes fazerem aqui uma ilustração usando a chama de uma vela. Dizem que, ‘assim como a chama se apaga e não vai pra lugar algum, assim acontece com o espírito’.* No entanto, o “espírito dos Deuses santos”, que inspirou Salomão, discorda desse método. Como podemos lê: o homem que fora dotado de sabedoria extraordinária, Salomão, explanou sobre uma verdade que estes religionistas negam-se a acreditar e a aceitar. A Verdade é que temos um espírito dentro de nós e que, ao ________ *A revista A Sentinela de 15 de janeiro de 2007, na página 24 e parágrafo 17, diz: “O que a Bíblia diz a respeito desse assunto é simples e claro: os mortos não continuam a viver em nenhum lugar. Não existe nada que deixe o corpo por ocasião da morte e sobreviva . . ., como afirmam os que acreditam [nisso]. Podemos ilustrar isso da seguinte maneira: a nossa vida é como a chama de uma vela. Quando a chama se extingue, ela não vai para nenhum lugar. Ela apenas acaba.”
morrermos, nos deixa, ‘retornando aos Deuses, que o deram a nós’. Salomão não concorda que o espírito deixa de existir, “se apaga”, como a chama de uma vela. De acordo com ele, o corpo realmente morre, deixa de existir, pois se decompõe no solo. Mas o nosso espírito “retorna aos Deuses”. Como pode algo que “deixa de existir” retornar ao seu local de origem? Zacarias 12:1, esclarece que os Deuses foram quem “formaram o espírito do homem no seu íntimo.” Embora nossa vida seja sustentada pela respiração, ou “fôlego de vida” que Eles ‘sopraram em nós’ por ocasião de nossa criação, no princípio, há uma ligeira diferença entre este fôlego e o espírito. — Veja Jó 34:14; Isaías 42:5; Gênesis 2:27. A condição dos mortos segundo a Bíblia Então, será possível a comunicação entre espíritos e viventes? Sim, é possível. Tanto é possível que há até exemplos disso escritos na Bíblia. Um desses exemplos é o que está registrado no livro de Samuel. A Bíblia registra que uma médium espírita, ao ser consultada pelo rei Saul, o primeiro rei de Israel, ‘trouxe o espírito de Samuel’ a Saul. O relato garante que Samuel, tendo ‘subido’, verazmente, ‘falou com Saul’. Leiamos Samuel 28: 3-19: “Ora, o próprio Samuel havia morrido, e todo o Israel passara a lamentá-lo e a enterrá-lo em Ramá, sua própria cidade. Quanto a Saul, tinha removido do país os médiuns espíritas e os prognosticadores profissionais de eventos. Subsequentemente, os filisteus reuniram-se, e vieram e acamparam-se em Suném. . . . Quando Saul chegou a ver o acampamento dos filisteus, ficou com medo e seu coração começou a tremer muito. Embora Saul indagasse de Jeová, Jeová nunca lhe respondia, nem por sonhos, nem por Urim, nem pelos profetas. Finalmente, Saul disse aos seus servos: ‘Procurai-me uma mulher que seja dona de mediunidade espírita, e eu irei ter com ela e a consultarei.’ Seus servos disseram-lhe então: ‘Eis que A CONTINELA ・ SETEMBRO DE 2012
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há em En-Dor uma mulher que é dona de mediunidade espírita.’ Saul disfarçou-se, portanto, e vestiu-se de outras roupas e foi, ele e dois De acordo com a Bíblia, Saul comunicou-se com o espírito do profeta Samuel, que “subiu” ao ser chamado pela médium espírita
homens com ele; e foram ter com a mulher à noite. Ele disse então [a ela]: ‘Por favor, use de adivinhação para mim por meio da mediunidade espírita e faze-me subir aquele que eu te indicar.’ . . . A isto a mulher disse: ‘[O espírito de] quem te farei subir?’ Então ele disse: ‘Fazeme subir [o espírito de] Samuel.’ Quando a mulher viu [o espírito de] Samuel, começou a clamar ao máximo da sua voz; e a mulher prosseguiu, dizendo a Saul: ‘Por que me lograste, sendo tu o próprio Saul?’ Mas o rei lhe disse: ‘Não tenhas medo; mas o que vês?’ E a mulher prosseguiu, dizendo a Saul: ‘Vejo [o espírito de] um Deus subir da terra.’ Ele lhe disse imediatamente: ‘Qual é a sua figura?’ a que ela disse: ‘É [o espírito de] um homem idoso que está subindo, e ele mesmo se cobriu com uma túnica sem mangas.’ Em vista disso, Saul reconheceu que era Samuel, e ele passou a inclinarse com o seu rosto para a terra e a prostrar-se. E [o espírito de] Samuel começou a dizer a Saul: ‘Por que me inquietaste, fazendo-me subir?’ A isso Saul disse: ‘Estou num sério aperto, visto que os filisteus estão lutando contra mim, e os próprios Deuses se retiraram de mim . . .; de modo que te estou chamando para que me deixes saber o que devo fazer.’ E [o espírito de] 10
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Samuel prosseguiu, dizendo: ‘Então por que indagas de mim, quando os próprios [Deuses,] Jeová, se retiraram de ti e mostram ser teu adversário? E Jeová fará para si exatamente como falou por meu intermédio [quando eu vivia]. . . .Visto que não obedeceste à voz de Jeová e não executaste a ira ardente deles contra Amaleque, por isso é esta a coisa que Jeová te fará certamente neste dia. E Jeová entregará também Israel contigo na mão dos filisteus, e amanhã tu e teus filhos estareis comigo. Até mesmo o acampamento de Israel entregarão Jeová na mão dos filisteus.’ Nisso Saul caiu prontamente estendido por terra e ficou com muito medo por causa das palavras [ditas pelo espírito] de Samuel.” Religionistas obscurecem a verdade Líderes religionistas, numa tentativa de escaparem pela tangente da verdade — verdade esta claramente expressa neste texto sucinto — dizem que quem falou com Saul não foi o espírito de Samuel, mas um “demônio”. No entanto, o relato apoia essa ideia obscena? Consta algo parecido em “toda a Escritura”? Definitivamente não. Assim, nem mesmo as aspas (“”) inseridas no nome Samuel na Tradução do Novo Mundo, pelos do Corpo dos Governantes das Testemunhas de Jeová, é aceitável. Antes, constitui um claro indício de que ‘não respeitam a regra’, conforme salientou o apóstolo Paulo: “Não vades além das coisas que estão escritas” na Bíblia. (1 Coríntios 4:6) Diante disso, a possibilidade de se comunicar com os espíritos dos que já morreram, é garantida nas Escrituras.* (João 11:43) No entanto, há alguma razão pela qual não se deva praticar o espiritismo? Se sim, qual? ________ * Outros relatos também curiosos é o aparecimento dos espíritos de Elias e de Moisés na Transfiguração de Jesus e quando as Escrituras associaram João, o Batizador, como estando com o “espírito de Elias”. (Marcos 9:4; Malaquias 4:5; Mateus 11:14) Jeová são “os Deuses (Hebr.: ’Elo·héh, plural.) dos espíritos de toda sorte de carne”. Eles, portanto, permitem essa comunicação. — Números 16:22, n TDS; 27:16; Enoque 36:4; 39:1.
POR QUE NÃO? “Todo aquele que [pratica o espiritismo] é algo detestável para Jeová” — Deuteronômio 18:12
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MBORA tenhamos descoberto aqui que, biblicamente, é possível a comunicação entre dois mundos — o mundo material com o imaterial — temos algumas razões para não fazermos isto como cristãos. Não, os motivos não são os argumentados por líderes e governantes religionistas ignorantes, que, ao citarem dois textos bíblicos bem conhecidos, acrescentam seus engodos pessoais. Por exemplo. Citando Eclesiastes 9:5, que, conforme a NVI diz: “Pois os vivos sabem que mor-
rerão, mas os mortos nada sabem; para eles não haverá mais recompensa, e já não se tem lembrança deles.” É claro que este texto, ao descrever os que estão “mortos”, os que “nada sabem”, fala apenas do corpo carnal do homem, que morre. O espírito, porém, como aprendemos, ‘retorna vivo aos Deuses santos’. O processo é comparado a um celular quando fica danificado e seu dono retira o chip para, depois, implantá-lo em um aparelho novo que adquirirá mais tarde na A CONTINELA ・ SETEMBRO DE 2012
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loja. O nosso “chip” — nosso espírito — é retirado pelos Deuses quando nosso corpo morre. A partir de então ele passa a ser “guardado”, para, num momento oportuno, ser “implantado” num novo corpo — reencarnando-o, na ‘ressurreição dos justos e dos injustos’. (Atos 24:15) Isto sucederá durante os primeiros mil anos de reinado dos Deuses santos sobre este planeta — Mateus 6:9, 10; Revelação [Apocalipse] 20:4, 7. Um segundo motivo errôneo, apontado pelos líderes ébrios para rejeitarmos todo tipo de espiritismo, é o fato de Paulo ter alistado as “prática de espiritismo” entre as obras da carne, conforme podemos ler em Gálatas 5:20. Ora, o apóstolo não falava do tipo de espiritismo praticado hoje pelos Kardecistas. Por que não? Uma nota da Tradução dos Deuses Santos com referências sobre esta expressão, indica que o termo usado por Paulo pode ser vertido por “drogaria; drogueamento”, do grego “far·ma·kí·a”. Veja também Revelação (Apocalipse) 21:8 n.: “espiritismo”. Assim, o tipo de espiritismo abordado por Paulo é o do tipo que emprega drogas alucinógenas; também drogas pesadas, ilegais ou proibidas,* em suas práticas de feitiçaria. Os praticantes do Kardecismo, como se sabe, não se drogam. Então, qual seria um motivo válido para rejeitarmos toda forma de espiritismo? Espiritismo — por que não Dito de forma bem simples, mais direta: devemos rejeitar todo tipo de espiritismo — mesmo o do tipo “limpo”, como o Kardecismo — pela simples razão de que Jeová, os Deuses santos, ‘detestam-nos’. E por que Eles detestariam o espiritismo, mesmo o Kardecista? Eles ‘detestam quem consulta — ou inquieta — os mortos’, afirma a Palavra Santa Deles. Veja o quão incisivos são: “Quando tiveres entrado na terra que Jeová, teus Deuses, te dá, não deves ________ *Dentre as muitas práticas espíritas que envolvem drogas, citamos o uso do alucinógeno Ayahuasca, ou “santo daime”.
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aprender a fazer conforme as coisas detestáveis dessas nações. Não se deve achar em ti alguém que . . . empregue adivinhação, algum praticante de magia ou quem procure presságios, ou um feiticeiro, ou alguém que prenda outros com encantamento, ou alguém que vá consultar um médium espírita, ou um prognosticador profissional de eventos, ou alguém que consulte os mortos.” Por que não? “[Porque] todo aquele que faz tais coisas é algo detestável para Jeová, e é por causa destas coisas detestáveis que Jeová, teus Deuses, as expulsa de diante de ti.” A pessoa que pratica qualquer tipo de espiritismo se torna “impuro” e os Deuses ‘viram as costas’ para tais. — Levítico 19:31; 20:6 Ademais, como vimos no caso de Samuel e Saul, o próprio espírito de Samuel queixou-se de que Saul o havia ‘inquietado’. Este pequeno detalhe diz muita coisa. Os nossos espíritos, ao desencarnar na morte, ‘retorna aos Deuses’ para entrar num lugar de quietude. Não é correto tirá-los desse estado, inquietando-os. Só Jeová têm esse direito. Obviamente foram eles quem ‘inquietaram’ o espírito de Moisés e de Elias, fazendo-os ‘subir’ até onde estava o Messias, no “monte santo”. (Lucas 9:28-30; 2 Pedro 1:18) Afora Eles, todos os que pedem e os que fazem tais coisas “é algo detestável para Jeová”. DEVEMOS EVITAR TERMINANTEMENTE QUALQUER TIPO DE ESPIRITISMO PELA SIMPLES RAZÃO DE QUE PRATICÁLO “É ALGO DETESTÁVEL PARA JEOVÁ”.
SUA LEITURA E ESTUDO DA BÍBLIA “Mas tu resistes impacientemente. Não cumpres os mandamentos dos Senhores, mas és transgressor deles, caluniador dos Altíssimos. Malditas são as palavras em tua boca poluída contra suas Majestades. Tu, murcho de coração, a paz não estará contigo. Portanto, teus dias te amaldiçoarão, e os anos de tua vida findarão; execração incessante se multiplicará para ti, e não obterás misericórdias.” — Enoque 6:4-6.
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ONFORME conclusões de artigos anteriores desta série, Enoque profere suas palavras condenatórias contra os homens e mulheres ímpios de seus dias. Mas, como também deduzimos acertadamente, elas ainda estão vivas e devem ser proferidas contra os ímpios da atualidade. Foi assim também com os apóstolos do Senhor, que, estando eles de posse do livro de Enoque, foram inspirados a proferir as mesmas condenações que Enoque proferiu, só que aos ímpios do primeiro século. Mas quem são os ímpios de hoje? Como os identificamos? — Judas 4, 1416. Um Filho do Enoque destinado a julgar e exterminar da terra os ímpios Diferentemente dos apóstolos, que eram inspirados, ou de Enoque, o profeta que “andou com os Deuses” numa aeronave, (Gênesis 5:24; Enoque 13:8-11; 37:3) nós não temos essa capacidade especial para apontar quem são os atuais ‘murchos de coração’, ou ímpios. Só os Deuses santos — especialmente o Deus-Juiz designado, Jesus, é quem tanto sabe quanto ‘fará uma separação destes homens e mulheres semelhantes a cabritos e das suas ovelhas’.
Isso se dará quando ele vier em sua presença régia, “com poder e grande glória”. (Mateus 24:30) “Quando o Filho do homem chegar na sua glória, e com ele todos os [demais] Deuses, então se assentará no seu trono glorioso. E diante dele serão ajuntadas todas as nações, e ele separará uns dos outros assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. E porá as ovelhas à sua direita [do favor], mas os cabritos à sua esquerda [do desfavor, para o extermínio].” (Mateus 25:31-33) Assim, podemos ter a plena certeza que este poderoso Deus, estando revestido da “autoridade” de um Jeová, fará o julgamento perfeitamente justo, acabando cabalmente com toda a impiedade da terra. — Salmos 37:20, 39, 40; Mateus 7:29; 28:18; Judas 25; João 5:22; Atos 17:31; 2 Timóteo 4:1. Sim, quando o “Filho do homem” vier, não haverá mais lugar para os ímpios neste planeta. (Provérbios 2:21, 22) Será o tempo do retorno dos justos ao paraíso e às árvores da vida. Até mesmo os espíritos dos justos que ‘dormem’ serão trazidos de volta numa reencarnação, ou ressurreição. (Salmos 37:29; Atos 24:15; 1 Tessalonicenses 5:9; Revelação [Apocalipse] 21:1, 2) Que perspectivas maravilhosas A CONTINELA ・ SETEMBRO DE 2012
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o Filho do homem nos trado a estas semelhanrá! Naquele tempo “neças que, mais tarde, nhum residente dirá: ‘esJesus, o Filho de um tou doente’ [pois] o povo dos Deuses santos, que [viverá no paraíso] seveio também a ser rão os a quem se [perdoachamado de “Filho de rá] seu erro.”, profetizou Enoque”, (ben-ʼenóhsIsaías. — Isaías 33:24. h) ou “Filho do hoUma particularidade cumem”. riosa no título dado ao Senhor Jesus — “Filho do Os ímpios modernos homem” —, é que, no hee as pragas a eles braico, um dos termos declaradas usado é “ben-ʼenóhsh” sigO fato de não ponificando “Filho de Enodermos apontar quem que”. Isto é bastante signisão, hoje, os ímpios, ficativo, uma vez que, de os “murchos de coraduas maneiras, Jesus asção”, não elimina ou Milhares de pessoas estão sendo atraídas à Associação das semelhava-se a seu pai, Testemunhas dos Deuses Santos com o único objetivo de garantir mesmo minimiza o contadas como uma das “ovelhas” do Senhor Jesus. Estas genealogicamente falan- serrem fato de que eles exisserão preservadas, enquanto que os “cabritos”, exterminados. do! — Mateus 3:37. tam. Certamente, de1. Jesus pregou uma mensagem de jul- vemos denunciá-los duramente. gamento contra os ímpios de seus diEnoque disse: “Tu resistes impacientemente. as, os que viviam nos últimos dias do Não cumpres os mandamentos dos Senhores, sistema judaico de coisas. Foi bem se- mas és transgressor deles, caluniador dos Almelhante ao que Enoque fez aos ím- tíssimos.” Enoque não proferiria palavras aspios pré-diluvianos. sim a pessoas que nada tinham que ver com 2. Enoque esteve na residência dos Deu- Jeová. Certamente era aos que se diziam servir ses e foi comissionado por eles a pre- a Eles que Enoque proclamou essas condenagar uma mensagem aos anjos, as “sen- ções em primeiro plano. Quem eram os que tinelas”, pecadores, condenando suas ‘não cumpriam os mandamentos’ de Jeová? ações ímpias. Jesus, que ‘veio dessa Falando sobre os feitos daquele Deus que residência’ pregou a estes mesmíssi- “seduziu Eva”, Gadrel — mais conhecido como mos “espíritos”, embora, diferente da Satanás, o Diabo — Enoque disse: “Ele . . . desmensagem de seu pai Enoque, pregou cobriu aos filhos dos homens os instrumentos uma mensagem de ‘paz e de reconcili- de morte: o casaco de malha, o escudo, e a ação’ destes com os Deuses santos.* espada para matança; todo instrumento de Concordemente, o Senhor teve a quem imitar, morte para os filhos dos homens. Estas coisas ou puxar: a seu ‘pai Enoque’. Portanto, foi devi- derivaram de suas mãos para os habitantes da ________ terra daquele período em diante.” (Enoque *Para mais informação sobre esse assunto, queira acessar o blogue do apóstolo, Estudo Pessoal de uma Testemunha de Jeo- 67:7, 8) Segundo Gênesis, Tubalcaim, filho de vá, e ler as seguintes postagens: “Boas Novas aos Anjos Pecado- Zilá com Lameque (não o descendente de Seres”; “Boas Novas aos Anjos Pecadores II” e “Jesus Apareceu a te, mas de Caim), tornou-se o “forjador de Anjos – Quando e Quão Significado Isto é?” toda sorte de ferramenta de cobre e de ferro.” 14 A CONTINELA ・ SETEMBRO DE 2012
vistes desde o início, que devemos ter amor uns pelos outros; não como Caim, que se originou do iníquo e que matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas próprias obras eram iníquas, mas as de seu irmão eram justas.” (1 João 3:9-12) Os assassinos e violentos são descendentes de Caim, por natureza, e filhos dos Diabos, no espírito. “Ai deles, porque foram pela vereda de Caim”, disse Judas, que estudava o livro de Enoque, sobre os ímpios de seus dias. (Judas 11) Assim, com grande coragem Sob a influência de Gadrel, “daquele dia em diante”, todos os ímpios têm da parte de Jeová, condenamos todos os evidenciado de quem são filhos pelas práticas ímpias que fazem na terra. assassinos da atualidade, dizendo: “vós” asSão assassinos cruéis, monstros impiedosos e sem amor algum nos corasassinos, “sois de vosso pai, o Diabo, e queções. O fim deles todos será junto com os “praticantes de espiritismo” reis fazer os desejos de vosso pai. Esse foi drogados e com os mentirosos, “no lago que queima com fogo e enxofre. Este significa a segunda morte.” um homicida quando começou, e não per(Gênesis 4:22) Desse modo, podemos afirmar maneceu firme na verdade, porque não há nele categoricamente que os descendentes de verdade. Quando fala a mentira, fala segundo Caim, sob a influência do Caluniador dos Deu- a sua própria disposição, porque é um mentises santos, deram origem à violência em série roso e o pai da mentira.” — João 8:44, TNM. na terra. Não era de se estranhar, afinal, Caim, A todos os que hoje estão lendo estas palao pai deles, fora o primeiro assassino da histó- vras e que se encaixam nessas condenações, ria. dizemos no espírito corajoso de Enoque, ‘nosTodos os assassinos e violentos da atualida- so pai’: “teus dias te amaldiçoarão, e os anos de, são, por excelência, os ímpios, os “murchos de tua vida findarão; execração incessante se de coração”. Eles não ‘cumprem os manda- multiplicará para ti, e não obterás misericórmentos e leis dos Senhores. Mas são trans- dias.” — nunca! O quinhão de todos vocês será gressores deles’ — de fato nem podem cum- o mesmo que sucederá “aos covardes, e aos prir. Os maiores mandamento, conforme citou que não têm fé, e aos que são repugnantes na Jesus, são: ‘amar aos Deuses santos e ao pró- sua sujeira, . . . aos fornicadores, e aos que ximo’. (Mateus 22:34-39) Quem anda na vio- praticam o espiritismo [com drogas], e aos lência, tirando a vida de outros e portando ar- idólatras, e a todos os mentirosos”. Sim, o mas para esse fim, não pode estar amando lugar de vocês será “no lago que queima com ninguém. fogo e enxofre. Este significa a segunda mor“Todo aquele que nasceu dos Deuses não es- te.” tá praticando pecados, porque a semente reTudo indica que o tempo para o julgamento produtiva Deles permanece em tal, e ele não dos Deuses está chegando. Este dia significará pode praticar pecados, porque nasceu dos salvação aos santos, mas morte aos covardes Deuses. Os filhos dos Deuses e os filhos dos ímpios, os “murchos de coração” de todas as Diabos evidenciam-se pelo seguinte fato: Todo esferas. aquele que não está praticando a justiça não se origina dos Deuses, nem aquele que não ama seu irmão. Porque esta é a mensagem que ouA CONTINELA ・ SETEMBRO DE 2012
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Qual o significado desse texto bíblico:
“Eles estendem o norte sobre o vazio, Suspendem a terra sobre o nada” – Jó 26:7?
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m dos versículos que, mesmo depois de [perder a fé no religionismo], eu ainda considerava profundamente enigmático era Jó 26:7b. Nessa parte do versículo, nós somos informados que Jeová “suspende a Terra sobre o nada.” Poderia haver declaração mais surpreendente? Na antiguidade, quando se escreveu a Bíblia, havia muita especulação sobre como a Terra era sustentada no espaço. Alguns acreditavam que ela era sustentada por quatro elefantes em pé sobre uma grande tartarugado-mar. Nesse caso, então, dizer Jó que a Terra é suspensa “sobre o nada” iria, de fato, contra qualquer concepção cosmológica da época. Quando o homem foi à Lua, pôde-se comprovar que a Terra é mesmo suspensa sobre “nada”, como se estivesse flutuando sobre o espaço. Vejamos alguns comentários de como esse versículo é interpretado para provar que a Bíblia é inspirada por Deus. A Bíblia fala também de Deus como ‘suspendendo a terra sobre o nada’ ou “sobre o vazio”. (Jó 26:7) Em vista do conhecimento disponível em 1600 AEC, aproximadamente, quando essas palavras foram proferidas, seria necessário um homem de sabedoria excepcional para afirmar que um objeto sólido pode 16
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ria ficar suspenso no espaço sem nada para sustentá-lo.[1] “É impressionante que Jó 26:7 apresenta o mundo então conhecido como suspenso no espaço. Ao fazer isso, ele antecipa (no mínimo!) uma descoberta científica futura.”[2] Diversos sites de defensores do Cristianismo, bem como de assuntos relacionados com a Bíblia e a Ciência moderna, comentam coisas dessa natureza: “Além disso, a partir do livro de Jó temos: ‘Ele estende o norte sobre o vazio, ele suspende a terra sobre o nada.’ (Jó 26:7) Deve notarse que apenas no último século os cientistas acreditaram que o espaço consistia de uma substância hipotética chamada Éter (não o produto químico), que era o meio entre os corpos celestes. Além disso, os pagãos da época acreditavam em coisas como um personagem mítico, Atlas, que apoiava os pilares que sustentavam o céu e a terra, e mais tarde levou a Terra nos seus ombros.”[3] Notas de roda pé em Bíblias de estudo impressionam os leitores com asseverações como essas sobre Jó 26:7: “As lindas fotos tiradas pelo Apolo 10 dão realce empolgante a esta doutrina.”[4] [Ou seja,] a doutrina da [“]terra suspensa sobre o nada[”].
“Estende o norte sobre o vazio sem apoio nenhum além do poder de Deus. Assim, a terra também está suspensa no espaço sem qualquer outro apoio, além do poder divino [...]”[5] Quando comecei a questionar minha fé e passei a buscar novamente as respostas sobre se a Bíblia era ou não inspirada pelos Deuses, eu já havia analisado e refutado todos os outros argumentos relativos à inspiração bíblica, [conforme apresentados pela minha religião, as] Testemunha de Jeová – eu não podia conversar sobre essas descobertas com ninguém. Mas, sinceramente, Jó 26:7b ainda continuava um mistério para mim. Não obstante, eu tinha convicção que, assim como as outras [explicações dadas], essa também um dia teria uma resposta satisfatória, bastava apenas tempo e bastante pesquisa para compreendê-la. Um dia sentei, abri a Bíblia em Jó 26:7 e li com bastante atenção: “Ele estende os céus do norte sobre o espaço vazio; suspende a terra sobre o nada.”[6] De repente, a lâmpada das ideias acendeu! A forma exegética para se encontrar o verdadeiro significado desse versículo estava no gênero literário do livro de Jó e na característica poética chamado de paralelismo. Embora pareça um pouco chato, mas é extremamente importante que você entenda esse mecanismo de interpretação textual. § 1 Gênero Literário O livro de Jó pertence ao gênero poético dentro da literatura sapiencial. A poesia hebraica é diferente da nossa em português, pois ela não é representada por rimas e sim por paralelismos. “O núcleo central do livro é a poesia, definida como joia dentro de um prólogo e um epílogo da prosa épica. [...] Junto com Provérbios, Eclesiastes e, em certo sentido, o Cântico de Salomão. Jó pertence ao gênero Sabedoria (hokmâ), um tipo de escrito amplamen
te ilustrado em uma variedade de formas na literatura do Antigo Oriente.”[7] Em 1959, Norman K. Gottwald observou que Jó é “...uma obra tão única que não se encaixa em nenhum gênero literário da antiguidade ou modernidade.”[8] No entanto, de forma geral, os acadêmicos no campo bíblico concordam de forma unânime que o gênero do livro é poético, com prosa e teor sapiencial. “A obra prima da literatura do movimento sapiencial é o livro de Jó. Começa com uma narração em prosa.”[9] “Isto quer dizer que uma parte do livro é prosa, e outra poesia.”[10] ”Jó é o primeiro livro na seção de poesia. Sua colocação não nos diz que é o mais antigo dos livros de poesia.”[11] “O Prólogo, Jó 1 e Jó 2:1-13, uns poucos versos no começo do capítulo 32 (Jó 32:1-6), e o Epílogo (Jó 42:7-17) são escritos em prosa narrativa. O resto do livro (exceto pequenas sentenças introduzidas pelos oradores) está em poesia.”[12] Uma vez que determinamos seu gênero literário, agora partimos para uma das chaves para sua interpretação bíblica, i.e, o paralelismo poético de Jó. § 2 Paralelismo Poético Como mencionado na seção anterior, a característica principal da poesia hebraica é o paralelismo. Às vezes, os escritores bíblicos escreviam algo e, logo em seguida, construíam outra frase que mostrava o significado da primeira ou ajudava na compreensão da primeira sentença.[13] A chave para desvendar esse mistério está na compreensão do texto de Jó como paralelismo poético hebraico. “Uma compreensão do paralelismo, metro, e estrofes é uma ajuda para a interpretação de Jó. A poesia hebraica não se caracteriza pela rima ou padrões de aliteração, mas por paralelismo.”[14]
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“O paralelismo tem sido reconhecido como um dispositivo de estruturação fundamental da poesia hebraica. Uma estrutura comum paralela consiste em duas linhas, os membros da primeira correspondente em algum sentido as membros da segunda linha. [...] A maioria das características padrão formal da poesia hebraica são apresentados em Jó.”[15] “A existência de jogo de palavras no hebraico bíblico e na língua semita, em geral, é bem conhecido e é comumente aceito. Certos tipos de jogo de palavras têm sido bem estudados. Por exemplo, trocadilho ou jogo de som, é o tema da obra clássica de I.M Casanowicz, de inúmeros artigos de uma variedade de estudiosos, e do recente livro de M. Garsiel, dedicado ao jogo de sons em nomes bíblicos [...] Entre o último é o tipo de jogo de palavras conhecido como paralelismo polsemous, ou mais comumente, paralelismo de Janus.”[16] Observe os exemplos abaixo em outros livros bíblicos: “A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho.” – 119:105. Nós temos: “Lâmpada que ilumina”. “Luz que clareia”. Observe que as duas afirmações são paralelas, são as mesmas ideias com outras palavras. “Meu filho, meus ensinos não esquecerás e meus mandamentos no teu coração guardarás.” – Provérbios 3:1. Nós temos: “Não esquecerás”. “No teu coração guardarás”. Uma ideia é paralela a outra (não esquecer os mandamentos é igual a guardar os mandamentos). A primeira parte ajuda a entender a segunda, pois a mesma a completa. Em ou
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tras palavras, não esquecer os mandamentos de Jeová significa guardá-los. Como mencionei, às vezes, os paralelos eram de repetição de ideias, mas também poderiam ser usadas imagens diferentes para conceitos similares. Outro exemplo é o uso de termos identificadores, onde o segundo termo é uma definição do primeiro. “Jeová, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte?” – Sl. 15:1. Nós temos: “Habitará”. “Morará”. Bem como: “teu Tabernáculo”. “teu santo Monte”. Daí, nós perguntamos: O que é o “Tabernáculo” de Jeová? Ora, o tabernáculo dos Deuses nada mais é que o seu “santo Monte.” A segunda expressão explica a primeira de forma paralela. Há exemplos a perder de vista de paralelismos poéticos na literatura bíblica. § 3 Entendendo Jó 26:7 Como vimos, o gênero literário do livro de Jó é poético, portanto, esse mecanismo que acabamos de explicar está presente no texto, em especial, no texto de Jó 26:7. Vamos citálo mais uma vez: “Eles estendem os céus do norte sobre o espaço vazio; suspendem a terra sobre o nada.”[17] Vamos analisá-lo agora pelo mesmo mecanismo. Nós temos, nesse caso: “Os céus do norte”. “A terra”. Temos: “Estende”. “Suspende”. E por último, nós temos: “Vazio”. “Nada”. Logo de início observamos claramente as ideias paralelas e como elas lançam luz sobre
seus respectivos significados. Esse ponto é de suma importância: Se conseguirmos entender em que sentido os “céus do norte” estão estendidos sobre “o espaço vazio”, poderemos logo compreender como “a terra” está “suspensa sobre o nada”, pois as ideias são paralelas.[18] Quando o escritor do livro de Jó disse “espaço vazio”, no início do versículo, ele usou a palavra (heb.: tohu) que é exatamente a mesma palavra usada em Genesis 1:2a,[19] que nos diz que a terra estava “sem forma e vazia”. Precisamos agora entender a expressão “sem forma e vazia”, pois só assim entenderemos o “o espaço vazio” do texto de Jó. Em Jeremias 4:23, lemos: “Observei a terra, e eis que era sem forma e vazia; também os céus, e não tinham a sua luz.”[20] Note que o profeta emprega a mesma expressão de Gênesis 1:2. Ninguém acreditaria que nos tempos de Jeremias o planeta estava ainda sem forma. Na verdade, contextualizando as mensagens do profeta, entendemos que devido os pecados do povo de Jeová, Judá ficou devastada, desolada, uma ruína total. Albert Barnes comenta: “‘Sem forma e vazia’ – desolada e vazia (veja Gen. 1:2 nota). A terra se tornou um estado de caos (referência de nota na margem).”[21] “As palavras empregadas por Jeremias são as mesmas que lemos em Gên. 1:2 para descrever o caos primitivo da criação. Por cima da desolação, não havia luz, que na história de Gêneses aparece como primeiro sinal distintivo. Em Gên. 1:2 se diz que as “trevas cobriam a face do abismo.” Sem dúvida que Jeremias depende da descrição de Gênesis.”[21] Dessa forma, a expressão “sem forma e vazia” nos remete à “deserto”, “desolação”, “estado de caos”. Tendo isso em mente, voltemos à Gênesis 1:2 para entendermos como
essa mesma frase está relacionada ao planeta. Em que sentido a terra estava “sem forma e vazia”? Gênesis 1:2b explica que a terra estava “sem forma e vazia” porque o globo estava coberto pelos oceanos, as mesmas águas em que o Espírito dos Deuses pairava. Como bem sabemos, a água não possui forma em si, portanto, estando a terra coberta pelos oceanos, poderia ser dito apropriadamente que ela estava “sem forma”, bem como “vazia”, pois sobre as águas nada se vê.[23] Além disso, o termo “sem forma” se refere ao estado de “agitação” e “caos”, que são as mesmas definições para as águas do “abismo” em Genesis 1:2. Portanto, o termo “sem forma” se refere ao abismo de águas – os oceanos que cobriam a terra.[24] Sobre o termo “abismo”, nós lemos: “A primária referência em cada caso é simplesmente às profundezas dos oceanos.”[25] “o deserto e o vazio”, expressão que se tornou proverbial para toda falta de ordem, sobretudo quando é considerável. Esses termos, assim como o de “águas”, formam um quadro negativo em relação ao qual aparecerá a novidade da intervenção do Deus pessoal criando tudo por sua palavra.”[26] Segundo Parkhurst,[27] o grego ábyssos (abismo) significa “muito ou extremamente profundo”. Segundo Liddell e Scott,[28] significa “insondável, ilimitado”, como eram os oceanos para os antigos. A Septuaginta grega usa a palavra ábyssos regularmente para traduzir o hebraico tehóhm (água de profundeza), como em Gênesis 1:2; 7:11. “É usado para descrever as profundezas do tempo original (Preis. Zaub., II, 554; IV, 2835; Corp. Herm., III, 1, XVI, 5), o oceano primitivo (Test. Sol., II, 8, B.C. MacCown, 15). Na LXX é mais comumente usado para , que no AT descreve o dilúvio original ou dilúvio de águas[...]”[29]
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“A forma plural da palavra hebraica metsoh•láh (ou metsu•láh) é traduzida “grande abismo” no Salmo 88:6, e significa literalmen te “abismos” ou “profundezas”. (Veja Za 10:11.) Relaciona-se com tsu•láh, que significa “água de profundeza”. — Is 44:27.[30] Portanto, achamos o significado de “sem forma” de Gênesis 1:2a, que é a mesma palavra para “espaço vazio” em Jó 26:7a. Tendo isso em mente, em que sentido os “céus do norte” estão estendidos sobre o “espaço vazio”? No extremo norte, em termos gerais, só existe o oceano com suas geleiras. Uma vez que o norte está coberto por águas, o escritor podia dizer poética e corretamente que “os céus do norte” estão “estendidos sobre o espaço vazio”, ou seja, a imensidão das águas do abismo.[31] Já que encontramos o significado de “espaço vazio” – as águas do abismo, como em Gênesis 1:2 – então agora entendemos o significado da palavra “nada” na segunda parte de Jó 26:7, visto serem usadas em paralelo. Quando o escritor disse que “Deus suspende a terra sobre o nada”, quer dizer que a terra está suspensa pelos oceanos, o abismo de Gênesis 1:2. Isso ocorre porque, na concepção judaica antiga, a terra era suspensa pelos mares. Isso é algo que a maioria dos leitores da Bíblia desconhece. “De acordo com a cosmogonia primitiva Semítica, se supunha que a terra descansava na vastidão do corpo de água que era a fonte de todas as fontes de água e rios (Gen. 1:2; Deu 8:7; Sal. 24:2; 136:6). Esse oceano subterrâneo é as vezes descrito como “águas abaixo da terra” (Ex. 20:4; Deut. 5:8).”[32] Observe a citação abaixo que comprova esse entendimento: “De Yahweh é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem; pois foi ele quem fundou-a sobre os mares e firmou-a sobre as águas.” – Sal. 24:1-2. 20
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Usando mais uma vez de paralelismo poético, o escritor dos salmos mostra a concepção antiga dos judeus de que a terra estava suspensa sobre as águas, ou em termos poéticos, o “vazio” e o “nada”. Outro texto diz: “Deem graças a Yahweh [...] que com habilidade fez os céus [...] Que estendeu a terra sobre as águas.” – Sal 136:1, 5-6. Interessante que, Albert Barnes, erudito evangélico de reputada erudição, menciona algo em suas notas explicativas de Jó 26:7. Ele diz: “O parafrasista caldeu, para explicar isso, como a paráfrase sempre faz, acrescenta a palavra águas. “Ele que suspende a terra מיא על יsobre as águas, sem ninguém para sustentá-las.”[33] A Paráfrase Caldeia é uma das mais antigas traduções do A.T, e ela mostra como os judeus antigos entendiam Jó 26:7a. Eles não entediam que o planeta Terra estava suspenso sobre o nada, na imensidão do universo, isso nem de longe se passou pela cabeça deles! A tradução mostra claramente que Jó estava se referindo a cosmogonia de seu tempo, com a terra flutuando sobre as águas do abismo. Dessa forma, a Paráfrase Caldeia corrobora nossa interpretação de que os antigos hebreus viam a terra suspensa sobre as águas. § 4 Conclusão Buscamos interpretar tudo ao nosso redor, e assim fazemos de acordo com nossa cultura, entendimento e outros processos cognitivos. No desejo de buscar encontrar na Bíblia provas de sua inspiração, cristãos encontraram textos bíblicos como Jó 26:7 e Isaías 40:22 e interpretaram a partir do ponto de vista científico moderno, ao invés de buscar entender pelo contexto histórico-cultural a qual o livro foi produzido. O texto de Jó 26:7, ao invés de provar a [interpretação religionista moderna], nos re-
mete à [verdade dos fatos, de que a “Terra” que os Deuses criaram, conforme Gênesis 1:1, não nos remete à suposta criação do inteiro planeta, mas à “terra” continental – o solo seco. Mesmo isso, não foi uma criação literal da coisa, mas representou que, devido o processo de evaporação das águas para formar a atmosfera, aparece a terra seca].
[16] NOEGEL, Scott B. Janus Parallelism in the Book of Job, Edição 64, p. 12. [17] Tradução dos Deuses Santos das Escrituras Sagradas com Referências. [18] “Os céus do norte” e a “terra” são paralelos geográficos, que é comum também na literatura poética. [19] Essa palavra ocorre 20 vezes no A.T: Gen. 1:2 “sem forma” (ARA, NVI, KJ) “vazia” (BJ); Deu. 32:10 “ermo” (ARA) “vazio” (BJ); 1Sa. 12:21 “vã” (ARA) “inúteis” (NVI); Jó 6:18 “lugares desolados” (ARA) “deserto” (BJ, NVI);
Notas e Referências [1] A Sentinela, 1 de Abril de 2005, p. 7: A Ciência e a Bíblia Realmente se Contradizem? [2] HARRIS, R. Laird, et al., Theological Wordbook of the Old Testament, Moody Publishers, 2003, apud pr seção 3 pp. 11-12 par. 10. [3] Advanced Scientific Knowledge, acessado em 20 de Julho de 2012. [4] SHEDD, Russell. Bíblia de Estudo Shedd, São Paulo, 2 edição, Vida, 2007 [5] DAKE, Finnis Jennings, Bíblia de Estudo Dake, 1° edição, Atos, Belo Horizonte, Brasil, 2012 [6] Nova Versão Internacional [7] PFEIFFER, F. Charles e HARRISON, F. Everett, The Wycliffe Bible Commentary, Moody Press, 1990, p. 459 [8] Light, p. 472 [9] Bíblia de Jerusalém, Jó – Introdução, p. 800 Como é mesmo que devemos entender Jó 26:7? [10] DAVIDSON, Andrew Bruce, A Commentary, Grammatical and Exegetical, on the Book of Job: Volume 1 . p. 10. [11] ROSS, Hugh. Hidden Treasures in the 12:24 “desertos” (ARA, BJ); 26:7 “vazio” Book of Job: How the Oldest Book of the Bi- (ARA, BJ, NVI); Sl. 107:40 “confusão” (BJ) “deserto” (NVI); Isa. 24:10 “caótica” (ARA) ble, 2011, Baker Books, p. 30 [12] BROMILE, Geoffrey William. International “desolação” (BJ) “vã” (NVI) “confusão”; Standard Bible Encyclopedia, Eerdmans, 1988. 29:21 “sem motivo nenhum” (ARA) “sem [13] Hebraico Bíblico: Formas Primárias de Pa- razão” (BJ); 34:11 “destruição” (ARA) “caos” (BJ); 40:17 “vácuo” (ARA) “nada” (BJ), 23 ralelismo [14] HARTLEY, John E. New International “nada” (ARA) “coisa vã” (BJ); 41:29 “vácuo” Commentary on the Old Testament: Book of (ARA) “vazio” (BJ) “confusão” (KJ) “inutilidade” (NVI); 44:9 “nada” (ARA); 45:18 “caos” Job, 1988, Eerdmans Publishing, p. 33. [15] HABEL, Norman C., The Book of Job: A (ARA),19 “em vão” (ARA); 49:4 “gastei” (ARA); 59:4 “nulo” (ARA); Jer. 4:23 “sem forCommentary de Norman C. Habel p. 47, 48. A CONTINELA ・ SETEMBRO DE 2012
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ma” (ARA) “vazia” (BJ). [20] ALMEIDA, João Ferreira. Corrigida e Fiel. [21] Albert Barnes notes on the Bible, ed. eletr. [22] Comentário Bíblico Professores de Salamanca, ed. eletr. [23] A palavra também pode ser traduzida por “desolação”, “deserto”. Acho interessante que, se pensarmos na vastidão do oceano e na vastidão de um deserto, obtemos a mesma ideia de “nada”, “vazio”. [24] “O Theological Wordbook of the Old Testament, da mesma forma, ressalta que a falta de cognados semíticos faz a interpretação dessa palavra totalmente dependente de nossa análise do seu uso no contexto do A.T.” (Tohu in Genesis 1:2 and the Cause of the Darkness) Compreendemos, portanto, que tohu está se refere às águas do abismo porque a análise de Gênesis 1:2 conecta esse vocábulo hebraico com as águas dos oceanos. [25] BURDICK, Donald W., Wycliffe Bible Dictionary, Hendrickson, 2001, p. 15. [26] Bíblia de Jerusalém, p. 33 c) notas.
[27] PARKHURST, John. Greek and English Lexicon to the New Testament (Londres, 1845, p. 2). [28] LIDDEL, Henry George et al. GreekEnglish Lexicon, Oxford, 1968, p. 4. [29] JEREMIAS, Joachim. Theological Dictionary of the New Testament, vol. 1, 2006, Eerdmans Publishing, p. 9. [30] Estudo Perspicaz das Escrituras, vol. 1, p. 23: Abismo. [31] Talvez se pergunte como então Jó sabia que o extremo norte só tem oceanos. A resposta simples é que foi por mera dedução. Os judeus e os povos da Mesopotâmia pensavam na “terra” como o local até onde eles conheciam, eles não sabia o que existia depois dos mares. Uma vez que os oceanos se estendiam até o norte, não se precisava de inspiração divina para perceber que os “céus do norte” estavam estendidos sobre “o espaço vazio”, os oceanos. [32] BROMILE, Geoffrey William. International Standard Bible Encyclopedia, Eerdmans, 1988. [33] BARNES, Albert. Notes on the Bible, ed. eletr.
Artigo redigido pela TDS Eduardo Júnior Blogue: porque não creio [no religionismo]
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A CONTINELA ・ SETEMBRO DE 2012
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